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sábado, 11 de abril de 2020

Isso é o que deve saber sobre o Sermão das 7 Palavras

Imagem referencial / Foto: Pixabay (Domínio público)
REDAÇÃO CENTRAL, 10 Abr. 20 / 10:00 am (ACI).- O Sermão das 7 palavras é uma reflexão sobre as últimas palavras pronunciadas por Jesus Cristo na Cruz.
Esta prática começou com o sacerdote jesuíta peruano Francisco del Castillo, que em 1660, realizou um sermão de três horas na Sexta-feira Santa, no qual comparou o sofrimento de Cristo com o sofrimento dos escravos e dos indígenas.
Desde então, o "Sermão das 7 palavras" se espalhou para o resto da América e para a Europa.
Essa tradição é importante porque cada palavra tem um significado e um sentido. Por exemplo, a frase “Pai, perdoai-lhes porque eles não sabem o que fazem" destaca a atitude piedosa de Jesus, que reza por seus carrascos.
Outras palavras que são consideradas como uma promessa são aquelas que Cristo dirigiu ao bom ladrão: "Em verdade eu te digo: hoje estarás comigo no Paraíso". Também as frases ditas a João representam a entrega de sua Mãe à humanidade.
Em entrevista ao Grupo ACI, Padre Donato Jiménez explicou que as palavras de Cristo representam o término de toda a sua obra redentora: Cristo se entrega ao Pai sabendo que sua missão terminou e com a plena confiança de que ressuscitará ao terceiro dia.
Estas são as sete últimas palavras de Jesus na Cruz:
1 – “Pai, perdoai-lhes porque eles não sabem o que fazem” (Lc 23,34);
2 – “Em verdade eu te digo: hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23,43);
3 – “Mulher, eis aí o teu Filho. Filho, eis aí a tua mãe” (Jo 19,26);
4 – “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?” (Mt 27,46);
5 – “Tenho sede!” (Jo 19,28);
6 – “Tudo está consumado” (Jo 19,30);
7 – “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46).
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sexta-feira, 10 de abril de 2020

Por que a Cruz é o símbolo dos cristãos

REDAÇÃO CENTRAL, 10 Abr. 20 / 08:00 am (ACI).- Nesta Sexta-feira Santa, ao recordar a Paixão de Cristo, toda a Igreja olha para a Cruz, o símbolo dos cristãos, sinal de um amor sem limites, que os ensina qual é sua autêntica vocação como seres humanos.

Hoje parece se assistir ao desaparecimento progressivo do símbolo da cruz. Desaparece das casas dos vivos e das tumbas dos mortos, e desaparece sobretudo do coração de muitos homens e mulheres a quem incomoda contemplar um homem cravado na cruz. Não se deve estranhar isto, pois já no início do cristianismo São Paulo falava de falsos irmãos que queriam abolir a cruz: “Pois há muitos dos quais muitas vezes eu vos disse e agora repito, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo” (Fl 3, 18).
Uns afirmam que é um símbolo maldito; outros que não houve tal cruz, e que era apenas um mastro; para muitos o Cristo da cruz é um Cristo impotente; há quem ensine que Cristo não morreu na cruz. A cruz é símbolo de humilhação, derrota e morte para todos aqueles que ignoram o poder de Cristo para mudar a humilhação em exaltação, a derrota em vitória, a morte em vida e a cruz em caminho para a luz.
Jesus, sabendo a repulsa que ia produzir a pregação da cruz, “começou a mostrar aos seus discípulos que era necessário que fosse a Jerusalém e sofresse muito... que fosse morto e ressurgisse ao terceiro dia. Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo dizendo: ‘Deus não o permita, Senhor, isto jamais te acontecerá!’. Ele, porém, voltando-se para Pedro, disse: ‘Afasta-te de mim, Satanás! Porque não pensas as coisas de Deus, mas as dos homens!’” (Mt 16, 21-23).
Pedro ignorava o poder de Cristo e não tinha fé na ressurreição, por isso quis apartá-lo do caminho que leva a cruz, mas Cristo lhe ensina que quem se opõe à cruz fica do lado de Satanás.
Satanás, o orgulhoso e soberbo, odeia a cruz, porque Jesus Cristo, humilde e obediente, venceu-o nela, porque “humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz!”, e assim transformou a cruz em vitória: “Por isso Deus o sobrexaltou grandemente e o agraciou com o Nome que é sobre todo o nome” (Fl 2, 8-9).
Algumas pessoas, para nos confundir, perguntam-nos: Você adoraria a faca com que mataram o seu pai?
É obvio que não!
1º. Porque meu pai não tem poder para converter um símbolo de derrota em símbolo de vitória; mas Cristo sim tem poder. Ou você não crê no poder do sangue de Cristo? Se a terra que pisou Jesus é Terra Santa, a cruz banhada com o sangue de Cristo, com mais razão, é Santa Cruz.
2º. Não foi a cruz que matou Jesus, mas os nossos pecados. “Ele foi trespassado por causa das nossas transgressões, esmagado em virtude de nossas iniquidades. O castigo que havia de trazer-nos a paz caiu sobre Ele, sim, por suas feridas fomos curados” (Is 53, 5). Como pode ser a cruz um sinal maldito se nos cura e nos devolve a paz?
3º. A história de Jesus não termina na morte. Quando recordamos a cruz de Cristo, nossa fé e esperança se centram no ressuscitado. Por isso, para São Paulo a cruz era motivo de glória (Gl 6, 14).
Ensina-nos quem somos
A cruz, com seus dois madeiros, ensina-nos quem somos e qual é nossa dignidade: o madeiro horizontal nos mostra o sentido de nosso caminhar, ao qual Jesus Cristo se uniu fazendo-se igual a nós em tudo, exceto no pecado. Somos irmãos do Senhor Jesus, filhos de um mesmo Pai no Espírito! O madeiro que suportou os braços abertos do Senhor nos ensina a amar nossos irmãos como a nós mesmos. E o madeiro vertical nos ensina qual é nosso destino eterno. Não temos morada aqui na terra, caminhamos para a vida eterna. Todos temos uma mesma origem: a Trindade que nos criou por amor. E um destino comum: o céu, a vida eterna. A cruz nos ensina qual é nossa real identidade.
Recorda-nos o Amor Divino
“Pois Deus amou tanto ao mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (Jo 3, 16). Mas como o entregou? Acaso não foi na cruz? A cruz é a lembrança de quanto amor o Pai tem por nós e do amor maior de Cristo, que deu a vida por seus amigos (Jo 15, 13). O demônio odeia a cruz, porque nos recorda o amor infinito de Jesus. Leia: Gálatas 2, 20.
Sinal de nossa reconciliação
A cruz é sinal de reconciliação com Deus, conosco mesmos, com os humanos e com toda a ordem da criação em meio a um mundo marcado pela ruptura e pela falta de comunhão.
O sinal do cristão
Cristo tem muitos falsos seguidores que o buscam só por seus milagres. Mas Ele não se deixa enganar, (Jo 6, 64); por isso advertiu: “Aquele que não toma sua cruz e me segue não é digno de mim” (Mt 10, 38).
Objeção: A Bíblia diz: “Maldito o que pende do madeiro...”.
Resposta: Os malditos que merecíamos a cruz por nossos pecados éramos nós, mas Cristo, o Bendito, ao banhar com seu sangue a cruz, converteu-a em caminho de salvação.
Contemplar a cruz com fé nos salva
Jesus disse: “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que seja levantado o Filho do Homem, para que todo aquele que crer tenha nele vida eterna” (Jo 3, 14-15). Ao ver a serpente, os feridos de veneno mortal ficavam curados. Ao ver o crucificado, o centurião pagão tornou-se crente; João, o apóstolo que presenciou o fato, converteu-se em testemunha. Leia: João 19, 35-37.
Força de Deus
“Com efeito, a linguagem da cruz é loucura para aqueles que se perdem, mas para aqueles que se salvam, para nós, é poder de Deus” (1Cor 1, 18), como foi para o centurião, que reconheceu o poder de Cristo crucificado. Ele vê a cruz e confessa um trono; vê uma coroa de espinhos e reconhece um rei; vê um homem com os pés e mãos cravados e invoca um salvador. Por isso, o Senhor ressuscitado não apagou de seu corpo as chagas da cruz, mas mostrou-as como sinal de sua vitória. Leia: João 20, 24-29.
Síntese do Evangelho
São Paulo resumia o Evangelho como a pregação da cruz (1Cor 1,17-18). Por isso, o Santo Padre e os grandes missionários pregaram o Evangelho com o crucifixo na mão: “Os judeus pedem sinais e os gregos andam em busca de sabedoria; nós, porém anunciamos Cristo crucificado, que para os judeus é escândalo (porque para eles era um símbolo maldito), para os gentios é loucura (porque para eles era sinal de fracasso), mas para aqueles que são chamados, [...] é Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus” (1Cor1, 23-24).
Hoje há muitos católicos que, como os discípulos de Emaús, vão-se da Igreja porque acreditam que a cruz é derrota. Jesus sai ao encontro de todos eles e lhes diz: “Não era preciso que o Cristo sofresse tudo isso e entrasse na sua glória?” Leia: Lucas 24, 25-26. A cruz é, pois, o caminho à glória, o caminho à luz. Quem rechaça a cruz não segue Jesus. Leia: Mateus 16, 24
Nossa razão, dirá João Paulo II, nunca vai poder esgotar o mistério de amor que a cruz representa, mas a cruz pode dar à razão a resposta última que esta procura. São Paulo coloca, não a sabedoria das palavras, mas a Palavra da Sabedoria como critério, simultaneamente, de verdade e de salvação (JP II, Fides et ratio, 23).
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Sexta-feira Santa: Celebração da Paixão do Senhor

REDAÇÃO CENTRAL, 10 Abr. 20 / 05:00 am (ACI).- Hoje toda a Igreja Católica se une em penitência, abstinência e jejum para celebrar a Paixão do Senhor. Entre as atividades deste dia, estão a Via Sacra, o Sermão das Sete Palavras de Jesus na Cruz; as procissões com a imagem de Cristo e da sua Mãe Dolorosa, entre outros.

Neste dia, a Igreja não celebra a Eucaristia e nenhum sacramento, exceto a Reconciliação e a Unção dos Enfermos.
A celebração litúrgica celebra a morte do Senhor, também é realizada a celebração da Palavra, que termina com a adoração da Cruz e Comunhão Eucarística, com as hóstias consagradas na Quinta-feira Santa.
Além disso, hoje, convida-se a acompanhar ao final da adoração da Cruz uma pequena comemoração da Virgem Maria, a Mãe Dolorosa, que esteve aos pés da Cruz.
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Este é o significado da Via-Sacra

Via-Sacra / Crédito: Pintura de Raúl Berzosa
REDAÇÃO CENTRAL, 10 Abr. 20 / 06:00 am (ACI).- A Via-Sacra consiste em percorrer espiritualmente o caminho de Jesus ao Monte Calvário enquanto carregava a Cruz, assim como a oportunidade de interiorizar em seu sofrimento.
Em relação ao seu significado, “Via Crucis”, ou Via-Sacra, significa em latim “O caminho da Cruz”. Este caminho é formado por 14 estações que representam determinadas cenas da Paixão, cada uma corresponde a um acontecimento especial ou a maneira especial de devoção relacionada a tais representações.
Antigamente, o número de estações variava consideravelmente em diferentes lugares, mas agora o Magistério prescreve quatorze:
1. Cristo é condenado à morte
2. Jesus carrega a cruz aos ombros
3. Jesus cai pela primeira vez
4. Jesus encontra a sua Santíssima Mãe
5. Simão Cirineu ajuda Jesus a carregar a cruz
6. Verônica enxuga o rosto de Jesus
7. Jesus cai pela segunda vez
8. Jesus encontra as mulheres de Jerusalém
9. Jesus cai pela terceira vez
10. Jesus é despojado de suas vestes
11. Jesus é pregado na cruz
12. Jesus morre na cruz
13. Jesus é descido da cruz
14. Jesus é colocado no sepulcro
No princípio, a oração da Via-Sacra era diferente. No século IV, a religiosa Egedia escreveu acerca das peregrinações que os cristãos realizavam a Jerusalém para percorrer os lugares da paixão e morte de Jesus com os Evangelhos na mão. Esta peregrinação terminava no Monte Calvário.
“É uma devoção muito importante e favorável para o cristão, pois o ajuda a representar na imaginação e na memória os passos sucessivos de Jesus, os seus sofrimentos e sentimentos”, comenta Pe. Donato Jiménez.

Um doutor no Calvário: As observações de um perito sobre a morte de Cristo

Santo Sudário / Crédito: José Castro (ACI Prensa)
REDAÇÃO CENTRAL, 10 Abr. 20 / 09:00 am (ACI).- Autor do livro “A Paixão de Cristo segundo o Cirurgião”, o doutor Pierre Barbet, cirurgião do Hospital de São José, em Paris, é quem fez, até agora, o estudo médico mais completo da Paixão de Cristo, conforme se deduz do Santo Sudário. Na impossibilidade de abranger todos os aspectos, resumimos alguns de maior interesse.
a) Lesões sofridas na Via Crucis
Barbet descobre no Santo Sudário lesões provocadas pelas quedas de Jesus na Via Crucis. São chagas na face anterior do joelho, sobretudo na direita. Esta última apresenta escoriações de forma e tamanho diversos, de bordos recortados e situadas exatamente na região rotuliana. Para cima e para fora se observam duas chagas redondas de dois centímetros de diâmetro. As lesões são menos evidentes e numerosas no joelho esquerdo.
As marcas da cruz sobre as costas despontam com nitidez na imagem dorsal da silhueta da relíquia. Sobre o ombro direito, na parte externa da região supra escapular, é visível uma extensa zona escoriada para baixo e para dentro, que oferece a forma de um retângulo de 10 centímetros de comprimento por 9 de largura. Mais abaixo na região escapular, observa-se outra zona escoriada que apresenta as mesmas características (forma redonda com um diâmetro de 14 centímetros), exatamente situada na região subescapular, na ponta do omoplata esquerdo.
b) Topografia das chagas das mãos
Graças às observações do professor Barbet sobre o Santo Sudário, completadas depois com detidas experiências anatômicas, pôde-se localizar a topografia exata das chagas que produziram os pregos nas mãos de Jesus ao ser crucificado. Os pregos não atravessaram a palma, como vulgarmente se acredita, mas sim o carpo ou região do pulso, isto é, o pulso, precisamente pelo espaço livre, chamado de Destot, limitado pelos ossos semilunar, piramidal, grande e ganchoso. Com efeito, no Santo Sudário se descobre na mão esquerda, que é a mais visível, uma chaga redonda, muito nítida, na altura do carpo, da qual parte um filete de sangue que se irradia obliquamente para cima e para a direita até alcançar a margem cubital do antebraço.
c) O golpe da lança e a chaga do flanco
É crença muito comum situar o coração à esquerda do tórax, mas esta localização não é exata. O coração ocupa uma posição média e anterior e repousa sobre o diafragma, detrás dos pulmões e do peitilho ósseo esternocostal, no mediastino anterior. Somente sua ponta fica situada nitidamente à esquerda, enquanto sua base supera pela direita o esterno.
Certamente como consequência da opinião popular, que localiza o coração à esquerda do peito, existe uma tradição de opiniões que colocam o golpe de lança como desferido no flanco esquerdo de Jesus. Não todas, entretanto. Santo Agostinho, por exemplo, fala em “A Cidade de Deus” de latere dextro, flanco direito, tal como São Francisco de Assis. Segundo Barbet, o Santo Sudário veio elucidar com seu testemunho objetivo este problema, como tantos outros. A silhueta do tecido, com a manifestação clara da ferida, prova que o cadáver de Cristo sofreu o golpe da lança no costado direito e não no esquerdo. Observa-se assim na imagem anterior do lençol um enorme coágulo de sangue no lado direito, que se estende para cima uns seis centímetros e descende em uma dimensão de 15. Sua margem interna aparece mordiscada com recorte arredondado. Esta mancha de sangue ressalta no lençol, vista a pleno dia, por sua tonalidade carmim. A parte superior do coágulo, a mais próxima à chaga, é a mais espessa e a mais larga, e nela se distingue nitidamente um rastro oval, que é evidentemente a estampagem da chaga do flanco. Esta chaga mede 4,4 centímetros de comprimento por 1,5 de largura.
Barbet deduz que a ferida foi aberta por uma lança usada por um soldado de infantaria do chão, a qual penetrou pelo quinto espaço intercostal direito, atravessou a pleura e o pericárdio e feriu a aurícula direita. O sangue que brotou da ferida provinha de tal aurícula, e a água, do pericárdio, em virtude da agonia extraordinariamente penosa do Salvador.
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Os símbolos da Sexta-feira Santa

Foto: Cruz / Crédito: Lauren Cater CNA.
REDAÇÃO CENTRAL, 10 Abr. 20 / 07:00 am (ACI).- A tarde de Sexta-feira Santa apresenta o drama imenso da morte de Cristo no Calvário. A cruz erguida sobre o mundo continua de pé como sinal de salvação e de esperança.
Com a Paixão de Jesus segundo o Evangelho de João, é contemplado o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que lhe traspassou o lado.
Neste dia não há Missa, celebra-se a Paixão do Senhor, que conta com os seguintes símbolos:
A cruz
A cruz foi, na época de Jesus, o instrumento de morte mais humilhante. Por isso, a imagem do Cristo crucificado se converte em “escândalo para os judeus e loucura para os pagãos” (1 Cor 1,23). Teve que passar muito tempo para que os cristãos se identificassem com esse símbolo e o assumissem como instrumento de salvação, entronizado nos templos e presidindo as casas e habitações, e pendendo no pescoço como expressão de fé.
Isto demonstram as pinturas nas catacumbas dos primeiros séculos, onde os cristãos, perseguidos por sua fé, representaram a Cristo como o Bom Pastor pelo qual “não temerei nenhum mal” (Salmo 22,4); ou fazem referência à ressurreição em imagens bíblicas como Jonas saindo do peixe depois de três dias; ou ilustram os sacramentos do Batismo e a Eucaristia, antecipação e alimento de vida eterna. A cruz aparece só velada, nos cortes dos pães eucarísticos ou na âncora invertida.
Poderíamos pensar que a cruz era já a que eles estavam suportando, nos anos da insegurança e a perseguição. Entretanto, Jesus nos convida a segui-lo negando a nós mesmos e tomando nossa cruz a cada dia (cfr. Mt 10,38; Mc 8,34; Lc 9,23).
Expressão desse martírio cotidiano são as coisas que mais nos custam e nos doem, mas que podem ser iluminadas e vividas de outra maneira precisamente desde Sua cruz.
Só assim a cruz já não é um instrumento de morte, mas de vida e ao “por que eu” expresso como protesto diante de cada experiência dolorosa, substituímo-lo pelo “quem sou eu” de quem se sente muito pequeno e indigno para poder participar da Cruz de Cristo, inclusive nas pequenas “lascas” cotidianas.
A coroa de espinhos, o látego, os pregos, a lança e a esponja com vinagre
Estes “acessórios” da Paixão muitas vezes aparecem graficamente apoiados ou superpostos à cruz.
São a expressão de todos os sofrimentos que, como peças de um quebra-cabeças, conformaram o mosaico da Paixão de Jesus.
Eles materialmente nos recordam outros sinais ou elementos igualmente dolorosos: o abandono dos apóstolos e discípulos, as brincadeiras, as cusparadas, a nudez, os empurrões, o aparente silêncio de Deus.
A Paixão revestiu os três níveis de dor que todo ser humano pode suportar: física, psicológica e espiritual. A todos eles, Jesus respondeu perdoando e abandonando-se nas mãos do Pai.
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Como enfrentar o luto pela morte de um familiar por coronavírus? Especialista explica

Imagem referencial. Crédito: Pixabay.
MADRI, 09 Abr. 20 / 12:00 pm (ACI).- No mundo, mais de 88 mil pessoas morreram devido ao coronavírus COVID-19; e as medidas de segurança impediram que muitos dos familiares pudessem se despedir de seus seres queridos, o que torna o luto pela perda muito difícil.
O religioso camiliano José Carlos Bermejo, diretor do Centro de Humanização da Saúde São Camilo, especialista em humanização da saúde, aconselhamento e luto, em Madri (Espanha), deu uma entrevista à Revista Ecclesia, onde explicou como é possível enfrentar a morte.
"É muito difícil. Muitas pessoas se prometeram fidelidade ‘na saúde e na doença, nas alegrias e tristezas, todos os dias de suas vidas’. E agora, nesta crise, os motivos da saúde comunitária nos obrigam a estar separados na maior dor: a separação final, a morte. Expressamos no cuidado recíproco a natureza do nosso amor, do nosso vínculo. E, agora, somos privados dessa chave de ouro do amor: a presença na morte”, expressa.
Por isso, nesta entrevista, incentivou “a reagir com criatividade e reforçar o sentimento comunitário. No coração, passar confiança aos cuidadores profissionais, transmitir-lhes mensagens que possam levar aos doentes isolados, fazê-las chegar com as tecnologias de comunicação que sejam possíveis, substituir o carinho físico pelo carinho emocional e espiritual”.  
“A palavra também tem o poder de acariciar. A ausência de ritos e solidariedade nos primeiros momentos do luto é outra variável de sofrimento que pode dificultar o trabalho de elaboração da dor pela perda de um ser querido. Há pessoas que estão reagindo com criatividade e criando assembleias virtuais e orações, e ritos que são seguidos na comunidade virtual. São oportunidades de expressão da solidariedade em tempos de distância física", afirmou o religioso camiliano.
Ele também enfatizou que para superar o luto é necessário “o dinamismo da esperança. É próprio da esperança se lamentar, em um primeiro momento. Quem lamenta é porque deseja que as coisas não sejam do jeito que são, mas de uma maneira diferente. Agora, aquele que se instala na lamentação não dá início ao dinamismo de trabalhar para que o seu desejo se torne realidade. Por isso, é doloroso recriar-se no drama”.
“É saudável desabafar e expressar os sentimentos, também os de desânimo; mas, ao mesmo tempo, precisamos nos comprometer responsavelmente com o que é desejado, confiando em nossos recursos, nos demais, nos recursos do coração, no próprio Deus", assegurou.
Nesse sentido, explicou à revista Ecclesia que "não poder estar no final e naquilo que rodeia a morte, antes e depois da ocorrência, é um fator que pode aumentar a vulnerabilidade a um luto complicado".
"A ausência não impede apenas o contato físico, mas, às vezes, impede a expressão direta de chaves de fechamento, como são os agradecimentos, pedir perdão, verificar visivelmente a dor da separação, contemplar a natureza da morte como processo, presenciar a verdade imposta pela natureza, que é a transformação de um ser vivo em um cadáver...”, indicou.
E, frente à possibilidade de passar por "duelos complicados", Bermejo incentivou "ter a coragem de pedir ajuda com naturalidade aos principais especialistas no acompanhamento de luto complicado, como os Centros de Escuta de São Camilo, que existem na Espanha desde o primeiro, fundado em 1997”.
Em toda essa dor, o religioso camiliano lembrou que “Deus está mais visível do que nunca, se possível. Estamos vendo-o em sua bondade e misericórdia no batalhão de profissionais de saúde e de assistência em centros maiores, que, em circunstâncias extremas e sem recursos de proteção suficientes, demonstram a ternura de Deus e sua presença saudável: que dá saúde e cuidado. Deus está mais visível do que nunca, como sempre esteve, na pessoa que sofre e está crucificada em sua cama, em sua casa, na residência ou no hospital, esperando que outro ser humano tenha o suficiente e necessário para cuidar dele dignamente. Deus sofre naquele sofre, cura através do cuidador”.
Também explicou que “a dimensão espiritual é um fator que protege a resiliência, a possibilidade de crescer na situação traumática. O dinamismo da esperança, próprio do ser humano e muito particular do fiel, reforça o compromisso pelo bem e a paciência na adversidade”.
“O dinamismo de cura da esperança constrói comunidade e esforço para ajudar-nos uns aos outros, fisicamente, emocionalmente e espiritualmente. A fé em Deus nos permite cultivar a interioridade e o relacionamento pessoal com a parte mais íntima de nós mesmos, e nos direcionar, do mais profundo, para Aquele que sempre esteve e estará do nosso lado e conosco”, destacou.
“Se em outro momento o silêncio era o melhor companheiro do carinho físico e da presença, agora pode ser o contrário. A palavra pode ser o melhor veículo para dizer o que a pele diria. Dizer obrigado, eu te amo, adeus, pedir perdão, resumir o que significou um para o outro ou pedir um legado espiritual, se o outro puder fazer isso, são as chaves para estar nos momentos de despedida, quando isso seja possível", reforçou.
Nesse sentido, José Carlos Bermejo também garantiu que “um dos aprendizados da crise do coronavírus é a conscientização do valor do contato físico. O próprio Jesus valorizou isso, como o descobrimos nas narrações dos milagres da cura”.
“O olhar, nesses momentos, reforça seu valor, pois a possibilidade de contato físico é restrita. O olhar também pode acariciar”, afirmou.
"Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

quinta-feira, 9 de abril de 2020

Hoje é celebrada a Quinta-feira Santa, dia da instituição da Eucaristia

REDAÇÃO CENTRAL, 09 Abr. 20 / 05:00 am (ACI).- A Igreja celebra hoje a Quinta-feira Santa. Neste dia, durante a Última Ceia, Jesus instituiu dois sacramentos: a Eucaristia e a Ordem Sacerdotal.

Esta data é comemorada pela Igreja com uma eucaristia especial. Nela, o sacerdote lava os pés de doze pessoas que representam os apóstolos, repetindo assim o gesto de Jesus Cristo.  Com esta ação, Jesus transmite a mensagem da caridade, quando diz: “Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz”.
Dessa forma, o Senhor Jesus dá um testemunho idôneo da vocação ao serviço do mundo e da Igreja que todos os fiéis devem seguir.
Por outro lado, também é celebrada a instituição do Sacramento da Ordem sacerdotal por Cristo e a instituição da Eucaristia.
A Santa Missa é então a celebração da Ceia do Senhor, na qual Jesus, na véspera da sua paixão, “enquanto ceava com seus discípulos, tomou pão...”.
Ele quis que, como em sua última Ceia, seus discípulos se reunissem e recordassem-no abençoando o pão e o vinho: “Fazei isto em memória de mim”.
Neste dia, há alegria e a Igreja rompe a austeridade quaresmal cantando o “Glória”: é a alegria de quem se sabe amado por Deus; porém, ao mesmo tempo, é sóbria e dolorida, porque é conhecido o preço que Cristo pagou por nós.
Hoje inicia a festa da "crise pascoal", isto é, da luta entre a morte e a vida, já que a vida nunca foi absorvida pela morte mas sim combatida por ela. A noite do sábado de Glória é o canto à vitória, porém tingida de sangue, e hoje é o hino à luta, mas de quem vence, porque sua arma é o amor.
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Os símbolos da Quinta-feira Santa

REDAÇÃO CENTRAL, 09 Abr. 20 / 09:00 am (ACI).- Com a Santa Missa da Ceia do Senhor, nesta Quinta-feira Santa, tem início o Tríduo Pascal. Ao recordar a Última Ceia de Jesus com os discípulos, celebra-se a instituição da Eucaristia. Além disso, ocorre o rito do lava-pés, repetindo o gesto de Cristo que lavou os pés dos seus discípulos, deixando a todos um testemunho da vocação ao serviço do mundo e da Igreja.

Conheça alguns símbolos da liturgia desta Quinta-feira Santa:
O pão e o vinho
São os elementos naturais que Jesus toma não para que simbolizem, mas sim para que se convertam em seu Corpo e seu Sangue e o façam presente no sacramento da Eucaristia.
Jesus os assume no contexto da ceia pascal, onde o pão ázimo da páscoa judaica que celebrava com seus apóstolos fazia referência a essa noite no Egito em que não havia tempo para que a levedura fizesse seu processo na massa (Ex 12,8).
O vinho é o novo sangue do Cordeiro sem defeitos que, posto na porta das casas, evitou aos israelitas que seus filhos morressem na passagem de Deus (Ex 12,5-7). Cristo, o Cordeiro de Deus (Jo 1,29), ao que tanto se refere o Apocalipse, salva-nos definitivamente da morte por seu sangue derramado na cruz.
Os símbolos do pão e o vinho são próprios da Quinta-feira Santa quando, durante a Missa vespertina da Ceia do Senhor, celebramos a instituição da Eucaristia, da qual encontramos alusões e alegorias ao longo de toda a Escritura.
Mas como esta celebração vespertina é o princípio do Tríduo Pascal, é necessário destacar que a Eucaristia dessa Quinta-feira Santa, celebrada por Jesus sobre a mesa-altar do Cenáculo, era a antecipação de seu Corpo e seu Sangue oferecidos à humanidade no “cálice” da cruz, sobre o “altar” do mundo.
O lava-pés
O Evangelho de São João é o único que nos relata este gesto simbólico de Jesus na Última Ceia e antecipa o sentido mais profundo do “sem-sentido” da cruz.
Um gesto incomum para um Mestre, próprio dos escravos, converte-se na síntese de sua mensagem e dá aos apóstolos uma chave de leitura para enfrentar o que virá.
Em uma sociedade onde as atitudes defensivas e as expressões de autonomia se multiplicam, Jesus humilha nossa soberba e nos diz que abraçar a cruz, sua cruz, hoje, é estar a serviço dos outros. É a grandeza dos que sabem fazer-se pequenos, a morte que conduz à vida.
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quarta-feira, 8 de abril de 2020

A história de Santo Sudário

Em nossos dias o Santo Sudário desperta interesse tão ou mais significativos que nos primeiros séculos, sobretudo por causa das incógnitas que apresenta e que nem a ciência moderna consegue desvendar inteiramente.
Em nossos dias o Santo Sudário desperta interesse tão ou mais significativos que nos primeiros séculos, sobretudo por causa das incógnitas que apresenta e que nem a ciência moderna consegue desvendar inteiramente.

Redação (Terça-feira, 07-04-2020, Gaudium Press) Quando Jesus disse: “consummatum est” e expirou, José de Arimateia teve a “audácia de ir a Pilatos” (Mc 15, 43) pedir o corpo de Jesus para proceder ao sepultamento conforme o costume.
Os Evangelhos nos contam que, uma vez concedida a licença, Jesus foi envolto num lençol e depositado num sepulcro novo. São Mateus fala de um pano limpo de linho e São Lucas de um lençol de linho.
O que é o Santo Sudário?
O que conhecemos hoje como Sudário é um lençol de linho, de tecido firme e forte, de cor sépia, e de grandes dimensões (4,36m de comprimento por 1,10m de largura), que traz milagrosamente estampado, de frente e de costas em tamanho natural, a figura de um homem de barba com idade calculada entre 30 e 35 anos, de aproximadamente 1,80m de altura e pesando mais ou menos 80 quilos, que foi torturado, flagelado e crucificado. Conserva-se há mais de quatro séculos na cidade italiana de Turim.
Um lenço com o qual se enxugava o suor do rosto designava-se: sudário. Depois, com o tempo essa terminologia passou a ser usada para designar o lençol ou mortalha utilizada para envolver cadáveres nos sepultamentos. Com o mesmo significado, temos em grego a palavra “sidon“, daí vem sindonologia que quer dizer: estudo do sudário.
Desde o momento em que José de Arimateia saiu do Pretório, às pressas, para adquirir o lençol no mercado de Jerusalém, iniciou-se uma história que atravessaria os séculos. Em nossos dias ela desperta interesse tão ou mais significativos que nos primeiros séculos, sobretudo por causa das incógnitas que apresenta e que nem a ciência moderna consegue desvendar inteiramente.

O Santo Sudário ao longo da história

Foi um longo período, marcado por aparecimentos e desaparecimentos que vai desde o ano 30 de nossa era até 1356, quando é entregue por Godofredo de Charny I aos cônegos de Lirey, na França. A partir daí a história do Santo Sudário é bem conhecida e está devidamente documentada.
Em 1356, Godofredo de Charny I -cavaleiro cruzado- entrega aos cônegos de Lirey o Sudário, que estava em seu poder há pelo menos três anos.
Difícil saber, entretanto, como o Sudário foi parar na França porque Godofredo jamais revelou como entrou na posse dele. Acreditam alguns historiadores que tenha sido na época em que Constantinopla caiu nas mãos dos bizantinos.
Em 1390, duas bulas tratando do Sudário foram editadas pelo antipapa de Avignon, Clemente VII.
Não se ouviu falar do Sudário até 1418, quando Humberto, Conde de La Roche, que se casara com Margarida de Charny, recebeu o Santo Sudário dos cônegos de Lirey, para guardá-lo por um certo período em que ocorriam guerras e desordens. O Conde de La Roche, entretanto, veio a falecer sem ter restituído a relíquia aos cônegos de Lirey.
Em 8 de maio de 1443, Margarida de Charny, neta de Godofredo de Charny, foi intimada em juízo a devolver o Sudário aos cônegos de Lirey, quando alegou “ser ele de sua propriedade por direito de conquista feita em guerra por seu avô”.
Em 1453, no dia 22 de março, Margarida entrega o Sudário à mulher do duque Ludovico de Sabóia, Ana de Lusignano. Em 1457, no dia 30 de maio, Margarida foi apenada com excomunhão pelo tribunal eclesiástico de Besançon. Em 7 de outubro de 1459, Margarida de Charny faleceu.
Em 1464, no dia 6 de fevereiro, o duque Ludovico de Sabóia, (que estava na posse do lençol), nega-se a atender um pedido de restituição da relíquia, feito pelos cônegos de Lirey, que se consideravam os legítimos proprietários do lençol. Em 1502, o Sudário foi levado à Sacra Capela do castelo, em Chambéry, especialmente construída para ele.

Liturgia do Santo Sudário

Em 1506, o Papa Júlio II aprova a Liturgia do Santo Sudário, com festa anual no dia 4 de maio. Desde 1453 até 1506 o Sudário esteve na posse da família Sabóia, em Chambéry, como objeto privado.

Incêndio danifica o Santo Sudário

Um violento incêndio, ocorrido na noite de 3 para 4 de dezembro de 1532 na sacristia da Sacra Capela, atingiu seriamente o Sudário lá guardado dentro de uma urna de prata. O cônego Lambert, ajudado por dois franciscanos e um ferreiro, conseguiu salvá-lo lançando grande quantidade de água sobre a urna, já incandescente e começando a fundir-se. Felizmente os danos, embora irreversíveis, não prejudicaram totalmente as imagens impressas. Como o lençol estava dobrado dentro da urna, as bordas das dobras, que estavam em contato com uma lateral incandescente, ficaram chamuscadas. Algumas gotas da prata fundida também o perfuraram e a água, utilizada para debelar o incêndio, produziu manchas em forma de losango, tanto na imagem frontal, como na dorsal.
Em 1534, no período de 15 de abril a 2 de maio, as irmãs Peronette Rosset, Marie de Barre e Collete Rochete, aplicaram remendos triangulares nos furos, costurando-os pelo avesso do lençol, porque ali não há nenhuma imagem.
Em 1535, por motivo de guerra, o Sudário foi levado para outras cidades da Itália e da França. Saiu de Chambéry, passou por Turim, Vercelli, Milão, Nice, novamente Vercelli. Em 1561, a relíquia retornou a Chambéry. O traslado para Turim deu-se por um ato de piedade do então Cardeal Carlos Borromeu.

Santo Sudário e a Catedral de Turim

Em 1578, no dia 8 de outubro, o Sudário foi trasladado para a Catedral de Turim. Nesse ano, o Cardeal de Milão, hoje São Carlos Borromeu, fez um voto de ir a pé, de Milão a Chambéry, em peregrinação para adorar o Sudário, caso a epidemia de peste desaparecesse de sua cidade. Alcançada a graça, o Cardeal iniciou a caminhada. Para poupá-lo da penosa viagem através dos Alpes, o duque Emanuel Filiberto de Sabóia mandou levar o Sudário até Turim, metade do caminho entre Milão e Chambéry. Desde então, permanece o Santo Sudário em Turim até nossos dias.
Por Padre David Francisco, EP

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF