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quinta-feira, 29 de outubro de 2020

São Judas Tadeu: o Santo das causas impossíveis

São Judas Tadeu | Guadium Press

Redação (28/10/2020 09:00, Gaudium Press) No dia de hoje, 28 de outubro, a Igreja Católica celebra a festa de São Judas Tadeu, um dos doze apóstolos de Jesus.

São Judas Tadeu era primo-irmão de Jesus

Nascido em Caná da Galiléia, Palestina, São Judas era filho de Alfeu (ou Cleofas) e Maria Cleofas. Seu pai, era irmão de São José e sua mãe prima-irmã de Maria Santíssima. Portanto, São Judas Tadeu era primo-irmão de Jesus.

Alfeu (Cleofas) era um dos discípulos a quem Jesus apareceu no caminho de Emaús, no dia da ressurreição. Maria Cleofas, era uma das piedosas mulheres que tinham seguido a Jesus desde a Galiléia e que permaneceram ao pé da Cruz, no Calvário, junto com Nossa Senhora.

Os quatro irmãos de São Judas Tadeu

São Judas Tadeu tinha quatro irmãos: Tiago, que foi um dos doze apóstolos e primeiro Bispo de Jerusalém; José, conhecido como o Justo; Simão, que foi o segundo Bispo de Jerusalém, sucessor de Tiago; e Maria Salomé, mãe dos apóstolos São Tiago Maior e São João Evangelista.

Acredita-se que São Judas Tadeu conviveu bastante com seu primo Jesus e seus tios, Maria e José. Foi certamente essa fraterna convivência, além do parentesco muito próximo, que levou São Marcos a citar São Judas Tadeu e seus irmãos como sendo os “irmãos” de Jesus (Mc 6,3).

São Judas Tadeu e a Bíblia

O nome de São Judas Tadeu é pouco citado na Bíblia. Ele aparece como um dos apóstolos escolhidos a dedo por Jesus e no episódio da Santa Ceia, na quinta-feira santa.

Nesta ocasião, quando Jesus confidenciava aos apóstolos as maravilhas do amor do Pai e lhes garantia especial manifestação de si próprio, São Judas Tadeu, demonstrando sua generosa compaixão para com todos os homens, perguntou: “Mestre, por que razão hás de manifestar-te só a nós e não ao mundo?”. Jesus lhe respondeu afirmando que haveria manifestações d’Ele a todos os que guardassem sua palavra e permanecessem fiéis a seu amor.

Uma vida dedicada à evangelização

Após receber o Espírito Santo, no Cenáculo em Jerusalém, junto dos outros apóstolos, São Judas iniciou sua pregação na Galiléia, viajando depois para a Samaria e outras populações judaicas. Ele também participou do primeiro Concílio de Jerusalém, realizado no ano 50.

Mais tarde evangelizou a Síria, a Armênia e a Mesopotâmia (atual Irã), onde ganhou a companhia de outro apóstolo, Simão, o “zelote”, que já evangelizava o Egito. Por conta de sua pregação e o testemunho enérgico e vigoroso, São Judas Tadeu converteu ao cristianismo inúmeros pagãos e povos de outras religiões.

São Judas Tadeu é preso junto de São Simão

Sua vida foi totalmente dedicada à evangelização e ao testemunho completo e incondicional aos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Suas pregações começaram a atrair a inconformidade de alguns pagãos, que começaram a colocar o povo contra ele.

São Judas Tadeu e São Simão foram presos e levados ao templo do sol. Ali recusaram-se a renegar a Jesus Cristo e prestar culto à deusa Diana. Nessa ocasião São Judas disse ao povo: “Para que fiqueis sabendo que estes ídolos que vós adorais são falsos, deles sairão os demônios e os hão de quebrar”. No mesmo instante, dois demônios hediondos quebraram todo o templo e desapareceram.

O martírio de São Judas Tadeu

O povo indignou-se e, incitado pelos sacerdotes pagãos, atirou-se contra os apóstolos furiosamente. São Judas Tadeu foi trucidado por sacerdotes pagãos de modo cruel, violento e desumano.

São Judas Tadeu é representado segurando um livro, que simboliza a palavra de Deus que ele anunciou, e uma alabarda, uma espécie de machado, que foi o instrumento utilizado em seu martírio. Suas relíquias são veneradas na Basílica de São Pedro, em Roma.

Oração a São Judas Tadeu, padroeiro das causas impossíveis

São Judas Tadeu, apóstolo escolhido por Cristo, eu vos saúdo e louvo pela fidelidade e amor com que cumpristes vossa missão.

Chamado e enviado por Jesus, sois uma das doze colunas que sustentam a verdadeira Igreja, fundada por Cristo.

Inúmeras pessoas, imitando vosso exemplo e auxiliadas por vossa oração, encontram o caminho para o Pai, abrem o coração aos irmãos e descobrem forças para vencer o pecado e superar todo o mal.

Quero imitar-vos, comprometendo- me com Cristo e com sua Igreja, por uma decidida conversão a Deus e ao próximo, especialmente o mais pobre.

E, assim convertido, assumirei a missão de viver e anunciar o Evangelho, como membro ativo de minha comunidade. Espero, então, alcançar de Deus a graça que imploro confiando na vossa poderosa intercessão. Amém!

São Judas Tadeu, rogai por nós! (EPC)

https://gaudiumpress.org/

Papas corruptos em uma Igreja infalível? (Parte 4/4): Papas exemplares

Veritatis Splendor
  • Autor: Jesús Urones
  • Fonte: Blog Convertidos Católicos-Religion en Libertad
  • Tradução: Apostolado Veritatis Splendor

É muito fácil listar todos os escândalos que alguns Papas cometeram por escolher mal o seu caminho. O que é realmente difícil e complicado é conhecer toda a História e apontar não apenas o ruim mas também o bom e os grandes dons que muitos deles possuíam. Infelizmente, Satanás é bastante astuto para fazer o protestante não enxergar as coisas, levando-o sempre a ver e pregar tudo o que de ruim encontra na Igreja Católica para, desta forma, regozijar-se na ignorância protestante e fazê-lo crer que está vivendo na Verdade.

Durante 2000 anos a Igreja deu ao mundo muitos Papas bons que, nestas questões costumam a ser esquecidos, afastando-se assim de toda a verdade histórica. É por isso que devem ser lembrados, para que sirvam de exemplo do autêntico Cristianismo.

Mencionarei então alguns entre muitos Santos Padres que passaram pela Igreja Católica. Sem dúvida, de suas vidas e obras se pode aprender muitíssimo:

a) SÃO PONCIANO (MÁRTIR, 230-235)

Foi ordenado Bispo de Roma no ano 231. O imperador Maximino o desterrou para a Sardenha, para trabalho forçado nas minas, no ano 235, juntamente com o presbítero Hipólito. São Ponciano foi o primeiro Papa a abdicar do seu pontificado. Ambos morreram mártires no mesmo ano. Preferiram passar por grandes sofrimentos a renunciar Jesus Cristo. O corpo de Ponciano foi sepultado no cemitério de São Calisto; o de Hipólito, no da Via Tiburtina. A Igreja romana tributava culto a ambos os mártires já no início do século IV. Celebra-se em 13 de agosto o translado dos restos de São Ponciano, Papa, para a cripta dos Papas do cemitério de São Calisto; e de Santo Hipólito, sacerdote, para o cemitério da Via Tiburtina.

b) SÃO DÂMASO (366-384)

Dâmaso defendeu vigorosamente a Fé católica numa época de graves e variados perigos. Em dois Sínodos romanos (anos 368 e 369), condenou o Apolinarismo e o Macedonianismo; também enviou legados para o Concílio de Constantinopla (ano 381), convocado contra as heresias acima. No Sínodo romano do ano 369 (ou 370), Auxêncio, bispo ariano de Milão, foi excomungado, mas manteve a Sé até a sua morte, no ano 374, facilitando a sucessão por Santo Ambrósio. O herege Prisciliano, condenado pelo Concílio de Saragoça (ano 380) dirigiu-se em vão até Dâmaso (Prisciliano era natural da Galícia, Espanha, e há pesquisadores que apontam Dâmaso e sua família também como galega). Dâmaso animou São Jerônimo a realizar sua famosa revisão das versões latinas mais antigas da Bíblia. Durante algum tempo, São Jerônimo também foi seu secretário particular (cf. Ep. 123,10). Um importante cânon do Novo Testamento foi proclamado por Dâmaso no Sínodo romano de 374. A Igreja Oriental recebeu grande ajuda e estímulo de Dâmaso contra o Arianismo triunfante, na pessoa de São Basílio da Cesareia; no entanto, o Papa manteve certa reserva para com o grande Doutor da Capadócia. Dâmaso restaurou sua própria igreja (a atual igreja de São Lourenço em Dâmaso) e a dotou de instalações para os arquivos da Igreja romana. Construiu a Basílica de São Sebastião na Via Apia (ainda visível) como um edifício de mármore conhecido como “a Platônia” (platona, pavimento de mármore), em honra do translado temporário para esse local (ano 258) dos corpos dos Santos Pedro e Paulo, e a decorou com uma importante inscrição histórica. Na Via Argentina, construiu também, entre os cemitérios de Calisto e Domitila, uma Basilícula (pequena igreja), cujas ruínas foram descobertas em 1902 e 1903, onde, segundo o Liber Pontificalis, o Papa foi sepultado com sua mãe e sua irmã.

c) SÃO JOÃO I (MÁRTIR, 526)

Em 523, foi eleito Sumo Pontífice. A Itália era então governada pelo rei Teodorico, que apoiava a heresia ariana. Quando o imperador Justino de Constantinopla decretou o fechamamento de todos os templos arianos dessa cidade e proibiu que os partidários do Arianismo ocupassem empregos públicos (os arianos negavam a divindade de Jesus Cristo, o que é muito grave e contrário à fé católica), o rei Teodorico obrigou o Papa a se dirigir a Constantinopla para convencer o imperador Justino a revogar as leis contra os arianos. Contudo, João não possuía nenhum interesse em apoiar os hereges, como compreendeu o povo desta grande cidade. Assim, mais de 15 mil fiéis saíram às ruas de Constantinopla para receber o Papa João, com velas acesas nas mãos e estandartes; e o fizeram presidir solenemente as festividades de Natal. E embora o imperador Justino tenha devolvido algumas igrejas aos arianos, não permitiu que nenhum destes hereges ocupassem postos públicos. Em razão disto, Teodorico se encheu de fúria e, ao chegar a Ravena o Santo Padre (a cidade onde o rei vivia), o mandou prender. Pouco tempo depois, morreu em razão dos maus tratos e crueldades que recebeu na prisão. Junto com o Papa foram martirizados dois dos seus grandes conselheiros: Boécio e Símaco.

d) SÃO MARTINHO (MÁRTIR, 656)

São Martinho foi o último Papa martirizado (na verdade, mais de 40 Pontífices sofreram o martírio).

Foi eleito Papa no ano 649 e, pouco depois, convocou um Concílio, ou reunião de todos os Bispos, para condenar a heresia dos que afirmavam que Jesus Cristo não tinha vontade humana, mas apenas vontade divina (estes hereges são chamados “monotelistas”).

Constante II era um herege monotelista e, por isso, ordenou que um chefe militar com um batalhão matasse o Pontífice, mas quem se dirigiu para assassiná-lo acabou ficando cego e o chefe militar resolveu mudar de ideia.

Então Constante enviou outro chefe militar, o qual aproveitando que o Papa estava doente, o retirou secretamente de Roma e o levou como prisioneiro para Constantinopla. A viagem durou 14 meses e foi muito cruel e impiedosa: não lhe davam alimentação adequada e, segundo diz ele mesmo em suas cartas, se passaram 47 dias sem que lhe permitissem sequer que molhasse o rosto. Um verdadeiro martírio que ele suportou com grande paciência. Naqueles dias, escreveu estas palavras: “O frio me martiriza; tenho fome e estou doente, mas espero que por estes sofrimentos Deus conceda aos meus perseguidores – após a minha morte – arrependimento e conversão”.

Foi exposto ao público em Constantinopla como um malfeitor, para que o povo pudesse ironizá-lo. Porém, o que conseguiram foi fazer que muitíssimos admirassem a virtude daquele santo homem, que tudo sofria com admirável valor. Um tribunal constituído por hereges o condenou sem permitir que se dissesse uma só palavra em sua defesa. O mantiveram por 3 meses padecendo no cárcere destino aos condenados à morte, mas logo o tiraram dali a pedido do Patriarca-Arcebispo de Constantinopla, para que ali não morresse, porém o mandaram para o desterro.

Seus sofrimentos eram tão grandes que quando alguém o ameaçava com a morte, exclamava: “Seja qual for a morte que me deem, certamente não será mais cruel do esta vida que me obrigam a passar”. Também o ameaçaram de deixar o seu corpo exposto, para que fosse devorado pelos corvos; a isto, respondeu: “Quanto ao meu corpo, Deus se encarregará de cuidar dele. Deus está comigo. Por que vou me preocupar”. E dando um suspiro de esperança, acrescentou: “Espero que o Senhor Deus terá misercórdia de mim e não prolongará por muito tempo a minha vida neste mundo”. Realmente, seus sofrimentos deviam ser muito grandes para preferir morrer a prosseguir vivendo.

Em sua última carta, São Martinho diz assim: “Estou surpreso do total abandono que tenho neste desterro daqueles que foram meus amigos. E me entristece ainda mais a total indiferença com que meus companheiros de trabalho me abandonaram. Não têm dinheiro? Não há sequer algumas libras de alimento para enviar? Ou o medo dos inimigos da Igreja o fazem esquecer da obrigação que todos têm de dar de comer a quem tem fome? Mas, apesar de tudo, sigo rezando a Deus, para que conserve firmes na fé todos aqueles que pertencem à Igreja”.

Morreu mais em virtude do sofrimento e da falta do necessário do que por enfermidade ou velhice, no ano 656. Em Constantinopla, onde fôra tão humilhado, foi declarado Santo e passaram a venerá-lo como um mártir da Religião. Na Igreja de Roma é venerado entre o número dos Santos Mártires. Depois de ser humilhado por alguns anos, passou a ser glorificado por muitos séculos. Nele se cumpriu o que foi anunciado por São Paulo: “Após um curto sofrer nesta terra, nos aguarda uma imensa alegria na glória celeste”.

e) SÃO LEÃO IX (1049-1054)

Teve uma trajetória exemplar, do pai que defende a pureza da fé e dos costumes, bem como a independência da Igreja, intervindo na política mundial para estabelecer a paz, com um talento de bondade evangélica que desarmava até mesmos os seus próprios inimigos.

Um epitáfio em seu sepulcro diz assim: “A Roma vencedora está pesarosa ao tornar-se viúva de Leão IX, segura de que, entre muitos, não haverá um pai como ele”

Era intransigente com os abusos e, sobretudo, era duro consigo mesmo, não permitindo a si mesmo, nem aos seus, obra alguma que pudesse causar escândalo. Escolheu como norma da sua vida aquele ditado: “Vencer o mal através do bem”. Percebeu claramente que o futuro da Igreja estava na reforma das grandes Ordens religiosas e que, uma vez reformadas, não seria tarefa difícil reformar o resto.

f) URBANO II (1088-1099)

É, indubitavelmente, um dos Papas mais insígnes da Idade Média, cujo principal mérito consiste – além da santidade de vida – em ter feito progredir notavelmente e ter levado adiante a reforma eclesiástica, amplamente empreendida pelo [seu antecessor] São Gregório VII (1073-1085). O resultado brilhante dos seus esforços aparece claramente nos grandes Sínodos de Piacenza e de Clermont, de 1095, e na 1ª Cruzada (1095-1099), iniciada neste último Concílio

Inflexível nos princípios e genuíno representante da reforma gregoriana, sabia se acomodar às circunstâncias, procurando tirar delas o máximo possível. Símbolo do seu modo de proceder são Felipe I da França, vicioso e afeminado, mas no fundo homem de boa vontade; e Henrique IV da Alemanha, muito conhecido por seus caprichos e má-fé. Do primeiro, procurou tirar o máximo que pôde através de concessões e paternais conselhos; do segundo, nem sequer tento, mantendo diante dele os princípios da reforma e incentivando sempre os partidários da mesma.

Com nítida visão da necessidade de intensificar o ambiente geral da reforma, incentivou e impulsionou as obras dos apologistas. Assim, portanto, enquanto que com prudentes concessões e vantajosos convênios para a Igreja Urbano II conseguiu fortalecer sua influência na França, Espanha, Inglaterra e outros territórios, na Alemanha prosseguiu em luta aberta e decidida contra Henrique IV. Na França, manteve com energia a santidade do matrimônio cristã frente ao divórcio realizado pelo rei ao separar-se da rainha Berta, chegando até a excomungá-lo em 1094; por outro lado, na questão da investidura leiga, pela qual os príncipes defendiam seu direito de nomear os Bispos, chegou a um acordo, que se tornou base para a solução final e definitiva: o rei renunciava à investidura com o anel e o báculo, deixando para os eclesiásticos a eleição canônica, porém se reservava a eleição à aprovação, que seria então acompanhada pela investidura das insígnias temporais.

Urbano II teve também que se manter enérgico na Inglaterra diante do rei Guilherme que, por ocasião da morte de Lanfranco, não queria reconhecer nem Urbano II e nem o antipapa Clemente III; contudo, ao final, chegou-se a uma espécie de reconciliação.

g) SÃO PIO V (1566-1572)

Nasceu num povoado chamado Bosco, na Itália, em 1504. Seus pais eram bastante peidose, mas muito pobres. Ainda que fosse um menino bastante inteligente, teve que se dedicar até aos 14 anos em cuidar das ovelhas no campos, porque seus pais não tinham como custear-lhe os estudos. Porém, a vida retirada na solidão do campo serviu-lhe muito para se dedicar à piedade e à meditação, e a grande pobreza da família foi-lhe bastante útil para adquirir fortaleza para suportar os sofrimentos da vida. Mais tarde, seria também o Pastor de toda a Igreja.

Uma família rica percebeu que seu filho, Antonio, passou a se comportar melhor ao fazer amizade com o nosso Santo e então se dispôs a custear-lhe os estudos, para que acompanhasse Antonio e o ajudasse a ser melhor. Foi então estudar com os Padres Dominicanos, para se tornar um religioso dessa comunidade. O futuro Pontífice jamais se esquecerá deste grande favor dessa generosa família. Na comunidade, foram-lhe dando cargos de maior importância: mestre dos noviços, superior de diversos conventos; logo o Santo Padre, o Papa, o nomeia Bispo, pois possuía especiais qualidades para governar.

Como o Protestantismo vinha invadindo todas as regiões e ameaça tirar a verdadeira fé de muitos católicos, o Papa nomeou nosso Santo como encarregado da associação que na Itália defendia a verdadeira religião. Ele, viajando quase sempre a pé e em grande pobreza, foi visitando povoados e cidades, prevenindo os católicos contra os erros dos evangélicos e luteranos, se opondo fortemente a todos os que queriam atacar a nossa Religião. Esteve muitas vezes em perigo de ser assassinado, mas nunca se deixou vencer pelo temor. Era sumamente bondoso e generoso com as pessoas de boa vontade, mas demonstrava sua grande ciência e seus dotes oratórios contra os hereges, confundindo-os e afastando dos lugares aonde chegava.

O Papa, para premiar-lhe seus valorosos serviços e para tê-lo sempre próximo como colaborador em Roma, o nomeou Cardeal e encarregado de dirigir toda a luta na Igreja Católica em defesa da Fé contra os erros protestantes.

Pio V parecia um verdadeiro monge no seu modo de viver, rezar e se mortificar. Comia bem pouco. Passava muitas horas rezando. Possuía 3 devoções favoritas: a Eucaristia (celebrava a Missa com grande fervor e passava longos intervalos de tempo de joelhos diante do Santíssimo Sacramento), o Rosário (que recomendava a todos que podia) e a Santíssima Virgem (pela qual sentia uma grande devoção e muita confiança), de quem obteve maravilhosos favores.

O povo comentava admirado: “Este é o Papa que precisávamos!”. A primeira coisa que mandou fazer foi que todo Bispo ou Pároco deveria residir no local para onde foram nomeados (porque havia o péssimo costume de viver em outras cidades, descuidando da diocese ou paróquia para onde tinham sido nomeados). Proibiu a pornografia. Perseguiu e prendeu centenas de bandidos que atacavam as pessoas nos arredores de Roma. Visitava frequentemente hospitais e casas de pobres para oferecer ajuda aos necessitados.

h) SÃO PIO X (1903-1914)

Sendo Cardeal de Veneza, encontrou um idoso que teve seu burrico apreendido pela polícia, animal que era usado para o trabalho. Ao saber disto, o Cardeal se ofereceu para pagar a multa que estava sendo cobrada e a acompanhá-lo na retirada do burrico, porque exigiam o respaldo de uma pessoa de confiança. Diante da negativa do ancião, afirmou que se uma obra boa não custava, não mereceria grande recompensa.

Quando jovem sacerdote, José Sarto, estando com sua irmã, queixou-se de dor de dente, o que fez com que ela o criticasse, rotulando-o de chorão e frouxo; ele respondeu com uma bofetada nela. Porém, sentindo-se envergonhado, pediu desculpas por ter sido violento, defeito que passou a corrigir. (…)

Em 1903, ao morrer Leão XIII, foi convocado a Roma para eleger o novo Pontífe. Em Roma, não era considerado candidato por alguns, por não saber falar francês. Ademais, ele mesmo se considerava indigno de tal nomeação.

Realizada a votação, os Cardeais se inclinaram para o Cardeal Sarto, o qual suplicou para que não o escolhessem, até que certa noite uma Comissão de Cardeais o visitou para fazê-lo enxergar que não aceitar a nomeação era não aceitar a vontade de Deus. Aceitou, portanto, convencido de que se Deus concede um cargo, concede também as graças necessárias para desempenhá-lo.

Escolheu o nome de “Pio” inspirado no fato de os Papas que escolheram esse nome terem sofrido por defender a Religião.

Três eram as suas maiores características: pobreza (foi um Papa pobre que jamais foi servido por mais de duas de suas irmãs, para as quais solicitou um pensão para que não ficassem na miséria após a sua morte); humildade (sempre se sentiu indigno do cargo de Papa e, inclusive, não permitia luxos excessivos em seus aposentos; e suas irmãs, que o atendiam, não gozavam de qualquer privilégio no Vaticano); e bondade (nunca foi difícil se dirigir a Pio X, pois ele sempre estava alegre e disposto a se mostrar como um pai bondoso).

Fundou ainda o Instituto Bíblico para aperfeiçoar as traduções da Bíblia e nomeou uma Comissão encarregada de ordenar e atualizar o Direito Canônico. Promoveu também o estudo do Catecismo.

i) JOÃO XXIII

Foi a autêntica imagem do Bom Pastor. Manso e atento, empreendedor e corajoso, simples e cordial, exerceu cristãmente as obras de misericórdia corporais e espirituais, visitando os encarcerados e doentes, recebendo homens de todas as nações e crenças, e cultivando um forte sentimento de paternidade para com todos. Seu magistério, sobretudo suas encíclicas “Pacem in terris” e “Mater et magistra”, foi muito apreciado.

Convocou o Sínodo romano, instituiu uma Comissão para a revisão do Código de Direito Canônico e convocou o Concílio Ecumênico Vaticano II. Visitou muitas paróquias da sua Diocese de Roma, sobretudo as dos novos bairros. O povo enxergou nele um reflexo da bondade de Deus e o chamou de “o Papa bom”. Mantinha um profundo espírito de oração. Sua pessoa, iniciadora de uma grande renovação na Igreja, irradiava a paz própria de quem sempre confia no Senhor. Faleceu na tarde de 3 de junho de 1963.

O Papa João Paulo II o beatificou em 3 de setembro de 2000 e estabeleceu que a sua festa fosse celebrada em 11 de outubro, recordando assim que foi João XXIII quem solenemente inaugurou o Concílio Vaticano II em 11 de outubro de 1962.

CONCLUSÃO

Creio que estes poucos exemplos são suficiente para saber como na Igreja existem peixes bons e maus, santos e pecadores; porém, ainda existindo pecadores, a Igreja segue peregrinando neste mundo pelo caminho que Cristo nos ensinou. Sendo infalível na doutrina, como Cristo nos deu esse dom, porém sendo formada por seres humanos pecadores.

Não é justo, mas ato próprio do maligno, ressaltar apenas os maus sucessores de São Pedro, não mencionando nunca os grandes Santos Padres que ocuparam a cátedra de São Pedro, que são exemplo para todos os cristãos. É por isso que espero que esta breve lista sirva para dar a conhecer um pouco mais sobre a magnificência da nossa Santa Madre Igreja e do grande amor que todos estes Pontífices tinham para com Cristo e a sua Igreja; servem de exemplos a serem imitados pelos cristãos, sempre esquecidos nos círculos anticatólicos, pois não parece ser bom que as pessoas conheçam a Verdade; interessa apenas tornar públicas as más ações. Com efeito, existem também boas obras nos Papas da nossa Igreja e devemos nos orgulhar deles!

Veritatis Splendor

Quem são os brasileiros que tiveram martírio e virtudes heroicas reconhecidos pelo Papa?

Isabel Cristina Mrad Campos e Ir. Roberto Giovanni /
Fotos: Wikipedia - Congregação dos Estigmatinos

REDAÇÃO CENTRAL, 28 out. 20 / 10:39 am (ACI).- O Papa Francisco autorizou a publicação de novos decretos pela Congregação para as Causas dos Santos, entre os quais estão incluídos os de dois brasileiros: o reconhecimento do martírio da Serva de Deus Isabel Cristina Mrad Campos e das virtudes heroicas do Servo de Deus Roberto Giovanni.

Isabel Cristina

Isabel Cristina Mrad Campos nasceu em 29 de julho de 1962, em Barbacena (MG), em uma família católica, filha de José Mendes Campos e Helena Mrad Campos. De acordo com informações da Arquidiocese de Mariana, era “sensível, sobretudo com os mais pobres, idosos e crianças, o que certamente aprendeu na família, que era vicentina”, sendo o seu pai presidente do Conselho Central de Barbacena.

Em 1982, mudou-se para Juiz de Fora a fim de frequentar um curso pré-vestibular para ingressar na faculdade de medicina, pois sonhava em ser pediatra para ajudar crianças carentes.

Como todo jovem, assinala a Arquidiocese, “estudava, namorava, participava de festas”, mas “tinha uma vida de oração”.

Naquele mesmo ano, a jovem preparava um pequeno apartamento para onde havia se mudado com seu irmão, Paulo Roberto. No dia 1º de setembro, um homem que foi para montar um guarda-roupa tentou violentá-la, mas Isabel resistiu para manter sua castidade.

Diante da resistência da jovem, o homem lhe deu uma cadeirada na cabeça, amarrou a moça, amordaçou e rasgou suas roupas. Como a jovem não cedeu, o agressor lhe deu 15 facadas, matando-a.

Devido ao modo como morreu e, sobretudo, pela forma como viveu – indica a Arquidiocese mineira – “algumas pessoas tiveram a iniciativa de entrar com o pedido de um processo para sua beatificação” e o processo foi instalado em 2001.

Como Isabel Cristina foi batizada e recebeu a primeira comunhão na Matriz da Piedade, em Barbacena, e também pela ligação afetiva de seus pais com a paróquia, decidiu-se que seus restos mortais deveriam ficar no Santuário da Piedade.

Ir. Roberto Giovanni

Irmão professo da Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo (Estigmatinos), Roberto Giovanni nasceu em 16 de março de 1903, em Rio Claro (SP). Era o quinto dos treze filhos de Paschoal Giovanni e Severina Padula, imigrantes italianos.

Foi batizado em 21 de julho de 1903 e crismado em 1909. Fez sua Primeira Comunhão em 19 de setembro de 1915. Todos os três sacramentos foram administrados na Matriz de São João Batista.

Estudou em sua cidade natal, onde atuou como guarda-livros e contador. Além disso, destacou-se por seu trabalho junto aos Vicentinos.

Entretanto, relata o site da Congregação dos Estigmatinos, “com mais de vinte anos de idade decidiu abraçar a vida religiosa, entrando para o seminário”.

Após alguns anos de estudo, ao ingressar no noviciado, decidiu ser irmão coadjutor e não sacerdote. Sua profissão ocorreu em 16 de setembro de 1931, na Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo (Estigmatinos).

Em 1939, foi transferido para Casa Branca (SP), onde viveu maior parte de sua vida e, por mais de meio século, desenvolveu “um apostolado inteiramente voltado à caridade”.

“Rigoroso consigo próprio, transbordante de amor para com os outros, ele se dedicou aos trabalhos domésticos, ao serviço paroquial e ao Santuário Nossa Senhora do Desterro, à assistência espiritual ao povo, principalmente aos pobres e doentes. Sua amabilidade e simplicidade atraíam a todos simples ou doutos”, assinalam os Estigmatinos.

Ir. Roberto Giovanni dedicou especial atenção aos órfãos, crianças carentes, idosos, enfermos, pobres, presidiários, fracos e migrantes, orando por eles, assistindo-os material e espiritualmente e levando a Sagrada Eucaristia aos acamados, ininterruptamente, por anos.

Em novembro de 1993, já enfermo, Ir. Roberto se mudou para Campinas, onde passou a morar na casa de repouso dos Padres e Irmãos Estigmatinos. Faleceu em 11 de janeiro de 1994, aos 90 anos.

A população de Casa Branca quis que seu corpo fosse sepultado no mesmo Santuário onde serviu durante anos. Assim, Ir. Roberto foi sepultado ao lado do altar-mor, no lugar exato onde, em vida, costumava rezar.

ACI Digital

Atentado na Catedral de Nice: três mortos. Pesar dos bispos franceses

No fundo, a Catedral de Note-Dame de Nice

O ataque foi perpetrado dentro da Catedral de Notre-Dame da cidade situada no sul da França. Três pessoas morreram. Uma delas foi decapitada. Há também feridos.

Vatican News

Três pessoas morreram, em Nice, sul da França, num ataque perpetrado na manhã desta quinta-feira (29/10), na Catedral da cidade. Uma das vítimas foi decapitada.

O prefeito de Nice, Cristian Estrosi, declarou tratar-se de um ataque terrorista. O ministro do interior francês, Gerald Darmanin, afirmou que a Polícia está conduzindo uma operação de segurança. Fontes da imprensa falam que um homem foi preso. O ataque perpetrado com uma faca ocorreu esta manhã, por volta das 9h, na Catedral situada no centro de Nice, na avenida Jean-Medecin.

O primeiro-ministro francês, Jean Castex, deixou apressadamente a Assembleia Nacional, onde deveria apresentar as novas medidas introduzidas para combater a pandemia de coronavírus. Ele deverá participar da reunião de crise organizada no Ministério do Interior pelo ministro Gerald Darmarin em decorrência do ataque.

Oração e a proximidade dos bispos da França

O presidente da Conferência Episcopal Francesa, dom Éric de Moulins-Beaufort, imediatamente expressou seus sentimentos à Diocese de Nice e a seu pastor, através do tuíte: “A minha oração muito especial pelo povo diocesano de Nice e pelo bispo dom Marceau. Que eles saibam como se sustentar nesta prova e apoiar aqueles que são provados em sua carne.” Rezando pelas vítimas e lembrando a proximidade da Solenidade de Todos os Santos, acrescentou: “No domingo, de Todos os Santos, ouviremos o Senhor: Bem-aventurados os que promovem a paz, eles serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados vocês que são perseguidos pelo meu bem. Pois grande é a sua recompensa no céu”.

O pároco: fomos avisados ​​do risco

“Tínhamos sido avisados ​​há dois ou três dias que havia risco de outros ataques com o aproximar-se da Solenidade de Todos os Santos, porque alguns faziam a ligação entre a comemoração cristã dos mortos e o fato de aumentar o número de mortos. Foi o que disse o pároco de Nice-Centre, Gli Florini, entrevistado pela BFM-TV após o atentado contra a catedral de Notre-Dame. “Estávamos atentos, mas não pensávamos que fosse acontecer desta maneira”, acrescentou.

Duas semanas atrás, a morte de Samuel Paty

O ataque foi perpetrado num momento em que a França ainda está em choque com a decapitação de Samuel Paty, o professor morto em 16 de outubro por ter falado aos alunos sobre as caricaturas de Charlie Hebdo retratando o profeta Maomé. Além disso, a tensão aumentou nas últimas horas depois que Charlie Hebdo publicou novas caricaturas contra o presidente turco Erdogan e depois das declarações do presidente francês, Emmanuel Macron.

O massacre de 2016

Retorna à mente o massacre perpetrado em Nice às 22h30 do dia 14 de julho de 2016, que ceifou a vida de 84 pessoas. Um homem, dirigindo um caminhão, acelerou voluntariamente contra a multidão que participada das festividades por ocasião do Dia da Bastilha, feriado nacional francês, na avenida Promenade des Anglais. O veículo percorreu 1.847 metros, durante os quais o motorista atirava de forma selvagem, forçando a zona de pedestres e ziguezagueando, causando um número elevado de vítimas. A estimativa dos feridos foi posteriormente atualizada para duzentos, cinquenta dos quais se encontravam em estado muito grave. O agressor foi ligeiramente desacelerado pela intervenção de um homem, que tentou se colocar do lado do veículo com sua lambreta. Depois de tentar imobilizar o motorista, procurando pular dentro da cabine do caminhão, ele caiu no chão. O agressor foi morto por tiros da Polícia disparados contra a cabine do motorista e o caminhão parou por volta das 22h50.

Vatican News

São Narciso

São Narciso | ArqSP

Não faltam informações sobre este longevo bispo de Jerusalém: Eusébio dedica um inteiro capítulo de sua História eclesiástica aos milagres realizados pelo santo — dentre os quais o mais conhecido foi o de transformar a água em azeite para alimentar as lamparinas da igreja.

Por Eusébio ficamos sabendo que Narciso foi o 15o bispo de Jerusalém e presidiu o sínodo no qual se decidiu, entre outras resoluções, uniformizar com base na Igreja de Roma a data da celebração da Páscoa. As inovações não agradaram a todos; talvez por causa dessa sua iniciativa, alguém tenha cogitado em dele se desembaraçar, tramando para tal uma acusação infamante.

Narciso não julgou oportuno defender-se e, para não dividir a própria comunidade em inocentistas e culpabilistas, preferiu desaparecer da sociedade. Foi viver como eremita perto do deserto, até que uma das testemunhas que havia jurado em falso decidiu dizer a verdade. Mas tinham-se passado já muitos anos desde o desaparecimento de Narciso, e os cristãos de Jerusalém, considerando-o morto, elegeram um novo bispo.

Com estupor, mas também com grande alegria, viram-no reaparecer e rogaram-lhe que retomasse seu posto. Narciso aceitou, mas quis ter a seu lado um coadjutor escolhido por ele. Assim pôde confiar a cura pastoral ao amigo Alexandre, então bispo na Capadócia, que ficou junto dele nos seus últimos dez anos de vida.

Por meio de uma carta do bispo Alexandre aos fiéis de Antínoe, no Egito, ficamos sabendo da longevidade de Narciso. Nela se lê: “Saúda-vos Narciso, que antes de mim ocupou esta sede episcopal e agora está colocado na mesma categoria que eu nas orações. Ele agora completou 116 anos e vos exorta, como eu, à concórdia”.

Assim como a Igreja grega comemora são Narciso, a Igreja latina recorda neste dia santa Ana, a Jovem (†820), cuja história ofereceu o mote para contos fantasiosos.

Nascida de boa família de Constantinopla, foi casada contra a própria vontade. Ao ficar viúva, vestiu roupas masculinas e com o nome de Eufemiano foi acolhida entre os monges do monte Olimpo. Sua verdadeira identidade só foi descoberta depois da morte.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Manteiga ou Margarina: Saiba a diferença para consumir

Foto Divulgação Brasil Escola
por Ana Rita Fernandes

É comum, pessoas com a finalidade de evitar o consumo de colesterol e as gorduras saturadas que são encontradas na manteiga, passarem a consumir a margarina como se fosse uma solução saudável.

Não é bem assim.

Tanto a margarina quanto a manteiga são alimentos ricos em gorduras. O mais importante, ao escolher para consumir, é atentar para o valor calórico desses alimentos, além de outros nutrientes, como gordura saturada, poliinsaturada e monoinsaturada.

Produzida por meio do batimento do creme de leite, que é a nata do leite, a manteiga é um alimento rico em gorduras saturadas e colesterol. Já a margarina é obtida a partir de óleos vegetais que são ricos em gorduras insaturadas. No processo de produção da margarina são utilizadas altas temperaturas que modificam as estruturas moleculares, transformando a gordura insaturada em parcialmente saturada e trans (hidrogenadas). Sendo assim, o consumo de margarina resultante desse processo tradicional de produção também pode aumentar os níveis de colesterol e triglicerídeos e diminuir o HDL-c.


Atualmente, grande parte das margarinas já utilizam gorduras interesterificadas na sua formulação, como alternativa para as hidrogenadas. Devido às políticas que buscam a restrição do uso de gorduras trans em produtos industrializados, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, em 17/dezembro, um conjunto de regras com o objetivo de banir o uso e o consumo de gordura trans até 2023.


Desta forma, o ideal é não consumir em excesso nenhum tipo de gordura e procurar um médico especialista para acompanhar e balancear dietas de qualquer natureza.

Fonte: Anvisa e Infoescola.com

5 hábitos adquiridos na pandemia e que todo mundo deveria manter

Milan Ilic Photographer | Shutterstock
por Matt Paolelli

Esses novos costumes podem dar mais sentido à vida nos próximos anos.

Durante a pandemia, certamente, trouxe novos hábitos. Porém, não foi só o costume de lavar mais as mãos ou viver como um eremita. Voltar ao básico e trabalhar em casa, por exemplo, me proporcionaram a capacidade de implementar alguns hábitos positivos em minha vida cotidiana. Alguns deles venho tentando dominar há anos. Mas sem sucesso.

Portanto, à medida que voltamos a um senso de normalidade, espero continuar seguindo alguns desses hábitos da pandemia. Veja alguns exemplos:

1. Conversar com os vizinhos

Naqueles gloriosos dias pré-pandemia, eu costumava ver meus vizinhos quando estava cortando a grama, empurrando meus filhos em balanços no quintal ou voltando para casa depois de fazer alguma coisa. Na maioria das vezes, eu fazia apenas um aceno ou dizia um “oizinho”, por exemplo, e só.

Entretanto, depois de ser obrigado a ficar em casa por vários meses, comecei a me tornar muito mais amigável com eles. Eu me senti como se estivesse de volta no tempo. Me peguei, então, em conversas por cima da cerca com meus vizinhos, conversas aleatórias com pessoas passeando com seus cachorros, encontros socialmente distantes na calçada com pessoas da rua. Como consequência, nosso bairro está começando a parecer mais como uma comunidade de pessoas que realmente conhecemos. Isso, sem dúvida, se tornará ainda mais verdadeiro quando pudermos passar algum tempo de qualidade um com o outro.

2. Fazer atividade física

Embora eu tenha sido um corredor casual por um bom tempo, a pandemia me elevou para o status de “corredor ávido” e eu simplesmente não me sinto bem nos dias em que não posso sair correr ou caminhar. Quando o tempo está ruim, eu corro na esteira mesmo. A propósito, também observei melhorias na pressão alta, no apetite, no humor e no sono, graças a esse aumento de exercícios.

3. Conversar com amigos distantes

Durante a pandemia, reservei uma noite por semana para uma ligação via Zoom com o primo de minha esposa e uma de nossas sobrinhas, que moram em um estado diferente. Começamos chamando-a de “noite de jogos” e jogávamos online. Como resultado, o hábito tornou-se uma necessidade terapêutica de autocuidado, bem como uma maneira de conhecer melhor esses membros da família em um nível muito mais profundo. E isso simplesmente nunca teria acontecido sem a pandemia.

Há outros amigos distantes com quem conversei via Zoom. E concordamos que não deveria haver uma doença perigosa varrendo o mundo para usarmos a tecnologia para nos reconectar. Agora que o constrangimento do bate-papo por vídeo foi superado, espero continuar a conversar com as pessoas com quem, de outra forma, perdi contato.

4. Fazer um diário de jornada

Sim, às vezes parece que cada dia desta pandemia é exatamente igual ao anterior. Mas isso não precisa tornar nossas atividades diárias menos significativas. Para ajudar a capturar os momentos mais memoráveis ​​desta época que um dia será um capítulo nos livros de história de nossos netos, eu baixei um aplicativo que me pede a cada noite para escrever algumas linhas. Assim como acontece com a corrida, tenho feito, aos trancos e barrancos, um diário da minha vida. Embora tenha que admitir que isso ainda não se tornou um hábito, acho que quando posso me limitar a escrever apenas uma anedota rápida sobre o dia, minha taxa de sucesso sobe. O ritmo interminável da vida na pandemia e o estresse de ter filhos pequenos estão causando estragos na minha memória. Então, sei que um dia vou valorizar esses breves vislumbres da vida cotidiana na época da Covid.

5. Tornar a gratidão um hábito

O traço comum dos hábitos acima é o foco na gratidão. Praticar a gratidão, portanto, é um hábito em si mesmo. Isso, porém, requer muita prática, especialmente quando a vida é mais complicada ou difícil do que gostaríamos que fosse. Reconhecer e agradecer a Deus pelos dons que Ele nos deu em meio às nossas provações nos ajuda a mudar nosso foco na reclamação, no estresse e na negatividade. Por outro lado, entram em cena a esperança, a alegria e as possibilidades do plano de Deus para nossos vidas.

Mesmo que seja a última coisa que possamos querer fazer, enfrentar mais um dia de pandemia com uma disposição consciente de gratidão pode nos ajudar a encontrar um significado maior na monotonia e na paz mais profunda em nossos corações. A bênção oculta é que todos nós temos muito tempo para começar a desenvolver esse hábito agora.

Aleteia

Mártir espanhol de 19 anos será beatificado em novembro

Joan Diggle | Guadium Press

Redação (27/10/2020,  11:00, Gaudium Press) No próximo dia 7 de novembro será beatificado em Barcelona o jovem Joan Roig Diggle.
Joan Diggle tinha apenas 19 anos quando, por ódio à Fé, foi assassinado pelos comunistas durante a guerra Guerra Civil Espanhola de 1936.
Ele tinha a devoção de ir à missa diariamente, queria ser missionário e, de certa feita, diante de tentativa de dessacralização e profanação do Santíssimo Sacramento enfrentou o perigo de morte para defender a Eucaristia. Como catequista, dedicou grande parte de seu tempo na evangelização das crianças em uma época que isto era um perigo constante.

Seu exemplo de vida convertia mais do que suas palavras

O novo Beato nasceu em Barcelona em 12 de maio de 1917. Seu pai era Ramón Roig Fuente e sua mãe era Maud Diggle Puckering, uma mulher da Inglaterra com quem o jovem falava em inglês.
Ele estudou com os Irmãos de La Salle e com os padres escolápios. Teve como professores os sacerdotes Ignacio Casanovas e Francesc Carceller, que também foram mártires e beatos.
Participou da Federação de Jovens Cristãos da Catalunha (FJCC), criada em 1932 e que tinha 8 mil membros antes da Guerra Civil.
Joan Meseguer, presidente em 1936 do ramo infantil do FJCC, escreveu sobre Joan que, “quando veio para Masnou ninguém o conhecia, mas logo se fez notória sua piedade e amor ardente pela Eucaristia. Passava horas diante do Santíssimo Sacramento sem perceber. Seu exemplo convertia mais do que suas palavras”.

A Catalunha será vermelha, pelo comunismo e pelo sangue de mártires: preparemos com Fé e coragem, podemos ser um deles

Meseguer recorda que Joan Diggle “queria ser missionário. Em um círculo de estudos realizado poucos dias antes de 18 de julho, ele nos disse que veríamos a Catalunha vermelha, mas não só do comunismo, mas do sangue de seus mártires, e que todos deveríamos nos preparar, porque se Deus nos tivesse escolhido para ser um destes, deveríamos estar dispostos a receber o martírio com graça e coragem, como convém a todos os bons cristãos, e assim o fizeram os primeiros nas catacumbas”.

 Joan Diggle tinha apenas 19 anos quando, por ódio à Fé, foi assassinado pelos comunistas durante a guerra Guerra Civil Espanhola de 1936.

Para evitar que os comunistas profanassem uma Igreja disse: coloco meus braços na cruz da porta. Teriam que queimá-lo antes de tirá-lo de lá

Aos amigos, em momentos de perigo, dizia: “Não morrerei sem os sacramentos porque cumpri as nove primeiras sextas-feiras, e a promessa do Coração de Jesus não falha”, algo que se cumpriu no dia em que foi preso e executado.

José Gili Doria, Vigário de Masnou, escreveu em 1936: “Um dia Joan me disse: ‘Normalmente dedico pelo menos duas horas por dia à vida espiritual: Missa, comunhão, meditação e visita ao Santíssimo Sacramento; é pouco, mas o meu trabalho e o apostolado não me deixam fazer mais’”.
Gil Doria também disse que “quando depois das eleições de 16 de fevereiro começaram a queimar igrejas, Joan me disse que, se o caso chegasse a Masnou, ele não suportaria ver nossa igreja queimar; colocaria seus braços na cruz diante da porta, e teriam que queimá-lo também antes de tirá-lo de lá”.

Catequista e amigo de bem-aventurados

Joan foi nomeado responsável pelo ramo infanto-juvenil da FJCC, do qual faziam parte crianças de 10 a 14 anos, as quais ele evangelizava com zelo e carinho. Ia à Missa diariamente às 7h e depois pegava o trem para estudar em Barcelona.
Posteriormente assumiu mais responsabilidades na FJCC e tornou-se amigo de Pe. Pere Llumá, que também foi seu diretor espiritual. Também teve amizade com o Beato Pere Tarrés, que naquela época era um jovem médico leigo e vice-presidente da FJCC.

Joan Diggle tinha apenas 19 anos quando, por ódio à Fé, foi assassinado pelos comunistas durante a guerra Guerra Civil Espanhola de 1936.

Por que razão mataram Joan Diggle?

Um de seus biógrafos explica que “a única razão pela qual o mataram foi porque ele era católico. Não tinha outros vínculos senão a paróquia e a Federação dos Jovens Cristãos. Morreu porque não teve medo de defender Cristo”. Isso teria despertado ódio contra ele.
Em 20 de julho de 1936, milicianos vermelhos queimaram a sede da FJCC. Assim começou uma feroz perseguição contra os jovens “fejocistas”, como eram chamados os membros desta associação que não tinha laços partidários.
Estima-se que cerca de 300 jovens da organização foram assassinados na Catalunha, incluindo cerca de 40 sacerdotes.

Maud, a mãe de Joan, diz que naquela época seu filho “foi aliviando penas, encorajando os tímidos, visitando os feridos, buscando diariamente nos hospitais entre os mortos, para saber quais dos seus tinham caído assassinados”.
“Todas as noites, aos pés da cama, com o crucifixo nas mãos, implorava para uns, clemência, para outros, perdão, e para todos, misericórdia e força”.

Igrejas fechadas, guardião da Eucaristia

Diante da perseguição, os templos de Barcelona foram fechados, queimados ou destruídos e não era possível participar da Missa em nenhuma igreja.
Pe. Llumá deu ao jovem uma âmbula com a Eucaristia para que pudesse dá-la aos mais necessitados em suas casas.
Em uma dessas visitas, Joan Roig disse à família Rosés que naquele dia que estava com eles iam matá-lo. “Nada temo, carrego comigo o Amo”. Deixou o Santíssimo Sacramento e, após voltar de seu trabalho, o pegou e o levou para sua casa.

Algumas horas depois, milicianos bateram na porta de sua casa e Joan rapidamente consumiu as hóstias que custodiava. Abraçou sua mãe e se despediu dela em inglês, dizendo: “God is with me” (Deus está comigo).

As últimas palavras ao ser executado pelos comunistas

A patrulha das juventudes libertárias de Badalona, formada por militantes comunistas, o levou junto ao cemitério de Santa Coloma de Gramanet. Suas últimas palavras foram: “Que Deus os perdoe como eu os perdoo”.
Joan Roig foi assassinado com 5 tiros no coração e um na cabeça, em 11 de setembro de 1936. Tinha 19 anos. Segundo as leis da época, não era considerado adulto. Após a guerra, seus restos mortais foram recuperados e reconhecidos pelas 5 feridas no peito e no crânio.

Jaume Marés, tio de Joan Roig, quando soube de sua prisão, pediu ajuda a um amigo policial. Ele revelou que um dos algozes havia lhe falado sobre o menino: “Ah! Aquele menino loiro era um homem corajoso, morreu pregando. Morreu dizendo que nos perdoava e que pedia a Deus que nos perdoasse. Quase nos comoveu”.

Em 7 de novembro o jovem mártir será o Beato Joan Roig Diggle

Seus restos mortais repousam em uma capela da paróquia de San Pere de Masnou. O Cardeal Ricard Maria Carles encerrou a fase diocesana do processo de beatificação em 2001 e o enviou ao Vaticano.
Em 2 de outubro, o Papa Francisco aprovou o decreto que reconhece o martírio de Joan Roig, que será beatificada no dia 7 de novembro, em Barcelona. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações ACI)

https://gaudiumpress.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF