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quarta-feira, 21 de abril de 2021

PAIS DA IGREJA: Santo Ambrósio de Milão

Santo Ambrósio de Milão | Paulinos

Santo Ambrósio de Milão (cerca de 340-397)

Sobre Abraão

«Abraão viu o meu dia»


Deus disse a Abraão: Toma o teu filho bem-amado, esse Isaac que acarinhaste; parte para a montanha e lá mo oferecerás em holocausto» (Gn 22,2). Isaac prefigura Cristo que vai sofrer: vem sobre uma burra...

Quando o Senhor veio sofrer por nós na sua Paixão, soltou o jumento de junto da burra e sentou-se nela... Abraão disse aos servos: «Já voltaremos para junto de vós»; sem que ele o soubesse, isto era uma profecia... Isaac carregou a lenha e Cristo levou a própria cruz. Abraão acompanhava o seu filho; o Pai acompanhava Cristo. Na verdade, ele diz: «Deixar-me-eis só, mas eu não estou só; o Pai está comigo» (Jo 16,32). Isaac diz a seu pai...: «Está aqui a lenha, onde está o cordeiro para o holocausto?» São palavras proféticas, mas ele não o sabe; com efeito, o Senhor preparava um Cordeiro para o sacrifício. Também Abraão profetizou ao responder: «Deus proverá o cordeiro para o holocausto, meu filho»...

«O anjo diz: 'Abraão, Abraão!... Não ergas a mão sobre o menino, não lhe faças mal; porque agora sei que temes a Deus, tu que não poupaste o teu filho bem-amado por minha causa' (cf. Rm 8,32)... Abraão levantou os olhos e viu: estava ali um carneiro suspenso pelos cornos num arbusto». Porquê um carneiro? É o que tem mais valor em todo o rebanho. Porquê suspenso? Para te mostrar que não era uma vítima terrestre... O nosso corno, a nossa força, é Cristo (Lc 1,69), que é superior a todos os homens, tal como lemos: «És o mais belo dos filhos dos homens» (Sl 44,3). Só ele foi erguido da terra e exaltado, como no-lo ensina com estas palavras: «Eu não sou deste mundo; sou do alto» (Jo 8,23) Abraão viu-o neste sacrifício, apercebeu-se da sua Paixão. É por isso que o Senhor diz dele: «Abraão viu o meu dia e rejubilou». Ele apareceu a Abraão, revelando-lhe que o seu corpo sofreria a paixão pela qual resgatou o mundo. Indica mesmo o tipo de Paixão ao mostrar o carneiro suspenso; aquele arbusto é o braço da sua cruz. Erguido sobre esse madeiro, o guia incomparável do rebanho tudo atraiu a si, para por todos ser conhecido.

Mais de Santo Ambrósio de Milão...

FONTE:

Evangelho Cotidiano


 ECCLESIA do Brasil

O cansaço da pandemia pode afetar a alegria cristã?

Shutterstock | dissx
Por Benito Rodríguez

Encontre e valorize as “alegrias simples” que o Senhor nos oferece a cada dia.

De acordo com um estudo da Universidade de Comillas, uma em cada três pessoas nos países atingidos pela pandemia sofre de um tipo de cansaço extremo chamado “fadiga pandêmica”.

Mas a Igreja Católica ensina que existe um tipo de alegria que não depende das dificuldades e circunstâncias do nosso dia-a-dia. É a alegria cristã, que pode ser cultivada especialmente através da fé.

À luz do magistério dos três últimos papas, podem-se enumerar as seguintes chaves para alcançar a alegria cristã.

Peça ao Espírito Santo

Segundo o Papa Bento XVI, a alegria cristã é uma aspiração gravada no íntimo do ser humano. É, portanto, dom do Espírito, que é o que nos permite nos reconhecermos como filhos de Deus. Por isso, peça ao Espírito Santo que fortaleça sua alegria interior.

Trate a tristeza como a grande inimiga

Bento XVI, em sua mensagem para a JMJ de 2012, disse que “em um mundo muitas vezes marcado pela tristeza e inquietação, a alegria é um importante testemunho da beleza e da confiabilidade da fé cristã”.

Santo Tomás dizia que a tristeza “tem sua origem no amor desordenado de si mesmo”.

Entusiasmo para fazer o bem

Bento XVI nos pede para “sermos úteis aos outros”.

Francisco nos exorta a sairmos do egoísmo:

Quando a vida interior se fecha nos próprios interesses, deixa de haver espaço para os outros, já não entram os pobres, já não se ouve a voz de Deus, já não se goza da doce alegria do seu amor, nem fervilha o entusiasmo de fazer o bem.

Madre Teresa de Calcutá disse: “A alegria é uma rede de amor para capturar as almas. Deus ama a quem oferece felicidade. E quem oferece com alegria dá mais».

Encontre e valorize as “alegrias simples” que o Senhor nos oferece a cada dia.

Bento XVI lista algumas:

A alegria de viver, a alegria face à beleza da natureza, a alegria de um trabalho bem feito, a alegria do serviço, a alegria do amor sincero e puro. E se olharmos com atenção, existem muitos outros motivos de alegria: os bons momentos da vida familiar, a amizade partilhada, a descoberta das próprias capacidades pessoais e a consecução de bons resultados, o apreço da parte dos outros, a possibilidade de se expressar e de se sentir compreendidos, a sensação de ser úteis ao próximo.

A regra de ouro: o encontro pessoal com Cristo.

Deus é a fonte da alegria. Deus é amor eterno, alegria infinita.

Bento XVI conta como o Pai quer nos dar essa alegria:

Na hora da paixão de Jesus, este amor manifesta-se em toda a sua força. Nos últimos momentos da sua vida terrena, na ceia com os seus amigos, Ele diz: «Como o Pai Me amou, também Eu vos amei. Permanecei no meu amor… Digo-vos isto para que a Minha alegria esteja em vós e o vosso gozo seja completo» (Jo 15, 9.11). Jesus quer introduzir os seus discípulos e cada um de nós na alegria plena, a mesma que Ele partilha com o Pai, para que o amor com que o Pai o ama esteja em nós (cf. Jo 17, 26). A alegria cristã é abrir-se a este amor de Deus e pertencer-Lhe.

Buscar o encontro pessoal com Cristo na oração, na família, no próximo, na Palavra de Deus será sempre fonte de alegria cristã.

Aleteia

Chile: outra Igreja Católica incendiada por Terroristas Mapuches

Guadium Press
A polícia confirma que o incêndio foi provocado intencionalmente e que os terroristas atacaram a Capela com “coquetéis molotov” atirados de um veículo em movimento.

Redação (20/04/2021, 10:50, Gaudium Press) Mais um ato de violência contra instituições da Igreja Católica. Desta vez, o terrorismo antirreligioso foi realizado contra uma Capela na diocese de Villarrica:
Um incêndio destruiu completamente a Capela Roble Huacho que pertence à Paróquia de Santo Antônio, na cidade de Padre de Las Casas, na região chilena de Araucania.

O atentado criminoso ocorreu na noite da última sexta-feira, 16/04, no quilômetro 8 da estrada que conduz a Huichahue. Os bombeiros que chegaram para debelar as chamas fizeram o que puderam, mas não conseguiram evitar a destruição do edifício religioso.

A Brigada Especial de Investigações Policiais (BIPE) confirmou que houve intenção de provocar o incêndio: a Capela foi atacada com “coquetéis molotov” atirados de um veículo em movimento, confirma a perícia da polícia.

A Associação para a Paz e Reconciliação La Araucanía (APRA), por meio das redes sociais, reiterou que o incêndio foi um atentado terrorista.

Bispo de Villarrica manifesta apoio ao Pároco, proximidade solidariedade à comunidade

A propósito deste atentado terrorista, Dom Francisco Javier Stegmeier, Bispo de Villarrica, manifestou seu apoio ao pároco e expressando ainda sua proximidade e solidariedade à comunidade afetada:

“É com grande dor que vemos, mais uma vez, que foi queimada uma das nossas capelas, o templo da Comunidade de San Andrés. O meu carinho e o meu apoio vão para a comunidade que sofreu esta afronta ”, afirmou.

Segundo expressa Dom Stegmeier em uma mensagem, “Este fato que, além de nos motivar a rezar intensamente pela paz na região, deve nos fazer refletir sobre o motivo dessa violência irracional e quais caminhos todos devemos percorrer como sociedade para resolver a situação crítica que vivemos “.

Rezem com mais intensidade pelos que sofrem esta violência terrorista inútil e crescente…

O Bispo de Villarrica, ainda em sua mensagem, pediu à sua comunidade diocesana para “ser capaz de levar a paz à região”.

Para o Prelado, isso será possível se cada um assumir seu papel ativo e decisivo junto “àqueles que pensam que na violência está a solução para suas demandas –talvez– sem saber que é a violência que deslegitima suas aspirações e dificulta as soluções”.

Concluindo suas palavras, Dom Francisco Javier Stegmeier exortou os fiéis “a continuar rezando, com mais intensidade, por todos aqueles que sofrem esta violência inútil e crescente, bem como por aqueles que erroneamente buscam soluções através da destruição e do terror, e também pelas autoridades responsáveis pelo bem comum”. (JSG)

(Informações AICA, foto InfoCatólica)

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Busto de São João Paulo II vandalizado perto de paróquia polonesa em Paris

Entrada da paróquia polonesa de Paris.
Aloveswiki via Wikimedia (CC BY-SA 3.0)

PARIS, 20 abr. 21 / 08:27 pm (ACI).- Um busto de São João Paulo II foi vandalizado nesta segunda-feira fora de uma igreja católica em Paris, onde se reúnem fiéis de origem polonesa. Um criminoso não identificado derramou tinta vermelha sobre a escultura fora da Igreja Notre-Dame-de-l'Assomption no coração da capital francesa na manhã deste 19 de abril.

O busto está localizado na entrada da igreja, que é a mais antiga e a maior paróquia católica polonesa da cidade e está situada perto da Place de la Concorde, um conhecido ponto da capital francesa.

O padre Paweł Witkowski, pároco do lugar, disse ao portal PolskiFR que ele e seus paroquianos ficaram profundamente tristes com o incidente.

Ele disse que João Paulo II, que foi Papa de 1978 a 2005 e ajudou a libertar a Polônia do comunismo, "certamente não merecia tal tratamento".

O padre agradeceu à polícia francesa por sua rápida resposta e profissionalismo.

Embora os motivos do crime não sejam conhecidos, atos semelhantes de vandalismo ocorreram na Polônia durante protestos após uma decisão do Tribunal Constitucional sobre aborto em outubro.

Uma estátua de São João Paulo II em Poznań, oeste da Polônia, foi coberta por slogans pró-aborto. As mãos de uma estátua do Papa polonês em Konstancin-Jeziorna, ao sul de Varsóvia, foram cobertas com tinta vermelha.

Refletindo sobre como os católicos poloneses em Paris deveriam responder ao último incidente, o Padre Witkowski lembrou que João Paulo II perdoou publicamente seu agressor Mehmet Ali Ağca durante um encontro em 1983.

"O Santo Padre perdoou aquele homem que atirou nele; essa é a atitude que podemos ter em relação a quem cometeu essa profanação", disse o padre.

ACI Digital

S. ANSELMO, ARCEBISPO DE CANTUÁRIA E DOUTOR DA IGREJA

S. Anselmo, 1160 | Vatican News

A força de um sonho

Quanta força tem um sonho? Folheando as páginas da vida de Santo Anselmo, poder-se-ia dizer: muita força.
Uma noite, quando Anselmo ainda era criança, sonhou que Deus que o convidava para ir sobre os cumes dos altos Alpes, onde lhe daria "um pão puríssimo" para comer. Desde então, a vida do futuro Santo foi toda voltada a "elevar a mente à contemplação de Deus". Este objetivo foi levado adiante com absoluta abnegação, apesar das adversidades.
Nascido em Aosta, em 1033, no seio de uma família nobre, Anselmo sofreu fortes contrastes com o pai, um homem rude e envolvido com os prazeres da vida, que o impediu, com todos os meios, de entrar para a Ordem Beneditina, para evitar a dispersão do patrimônio familiar. Diante da oposição paterna, Anselmo, com apenas 15 anos, adoeceu por tamanha decepção. Ao recuperar a saúde, decidiu partir para a França, onde se deixou levar pela dissipação moral, tornando-se surdo ao chamado de Deus.

Um grande educador

Após três anos, teve um encontro providencial com Lanfranco de Pavia, prior da Abadia Beneditina de Bec, na Normandia, que reanimou a sua vocação. Finalmente, aos 27 anos, Anselmo pôde entrar para a Ordem monacal e ser ordenado sacerdote.
Em 1063, tornou-se prior do mesmo mosteiro de Bec, onde demonstrou ser um educador dócil, mas também determinado. Não gostava de métodos autoritários. Por isso, preferiu o princípio de persuasão, que fazia os estudantes crescer com sabedoria, ensinando-lhes o valor inviolável da retidão e a adesão livre e responsável da verdade e da bondade.
Seu gênio educacional expressou-se com a "via discretionis", que abrangia compreensão, misericórdia e firmeza. Os jovens, dizia Anselmo, são como pequenas plantas que florescem, não fechadas em uma estufa, mas graças a uma "liberdade saudável".

Em defesa da liberdade da Igreja

No entanto, tornando-se arcebispo de Cantuária, Lanfranco de Pavia pediu ajuda ao seu discípulo para reformar a comunidade eclesial local, devastada pela passagem dos invasores Normandos.
Assim, Anselmo transferiu-se para a Inglaterra, onde se dedicou, com paixão, à nova missão, tanto que - com a morte de Lanfranco – foi seu sucessor na sede de Cantuária, recebendo a ordenação episcopal em 1093.
Precisamente naquele período, o futuro Santo trabalha, sem cessar, pela “libertas Ecclesiae”: apoiou, com inesgotável energia e intrépida coragem, a independência do poder espiritual do poder temporal, defendendo a Igreja das ingerências das autoridades políticas. Todavia, esta sua atitude custou-lhe dois exílios da sede de Cantuária, para a qual retorna, definitivamente, apenas em 1106, para dedicar os últimos anos da sua vida à formação moral dos sacerdotes e à pesquisa teológica.
Anselmo faleceu em 21 de abril de 1109 e seus restos mortais foram sepultados na famosa Catedral de Cantuária.

"Doutor Magnífico"

Como fundador da teologia escolástica, a tradição cristã atribuiu-lhe o título de "Doutor Magnífico" porque foi magnífico seu desejo de aprofundar os mistérios divinos, através de três etapas: a fé, como dom gratuito de Deus; a experiência ou encarnação da Palavra na vida diária; e o conhecimento ou intuição contemplativa. De fato, Anselmo afirma: "Senhor, eu não tento penetrar na vossa profundeza, porque nem posso comparar meu intelecto com ela. Porém, queria entender, pelo menos até certo ponto, a vossa verdade, que meu coração acredita e ama. Eu não procuro entender para acreditar, mas acredito para entender".

Amor pela verdade e honestidade episcopal

As principais obras de Anselmo - o Monologion (Monólogo) e o Proslogion (Colóquio), que demonstram a existência de Deus, respectivamente, a “posteriori” e a “priori” – pretendem reafirmar que Deus é "o Ser do qual não se pode imaginar um maior".
Por outro lado, a grande coleção de epístolas de Anselmo revela a sua atuação e o seu pensamento político, sempre inspirados no seu "amor pela verdade", pela retidão e a honestidade episcopal, longe dos condicionamentos temporais e dos oportunismos.
De fato, o Arcebispo de Cantuária escreve: "Prefiro discordar com homens que, de acordo com eles, discordam com Deus", colocando em evidência os traços do governante justo, que visa o bem comum e não seu interesse pessoal.
Em 1163, o Papa Alexandre III concedeu ao falecido Anselmo "a elevação do corpo", um ato que, naquela época, correspondia à Canonização. Enfim, em 1720, o Papa Clemente XI o proclamou "Doutor da Igreja".

Vatican News

terça-feira, 20 de abril de 2021

SINODALIDADE E MISSÃO

Pontifícias Obras Missionárias
Dom Pedro Luiz Stringhini
Bispo de Mogi das Cruzes (SP)

A 58ª Assembleia Nacional dos Bispos do Brasil aconteceu de 12 a 16 de abril de 2021, com a participação de quase 400 bispos, por videoconferência, o que demonstra importante aprendizado no manejo das redes sociais. Há que se reconhecer o empenho e a eficiência da presidência e assessoria. Desta forma, a Igreja no Brasil se esforça, por todos os meios, para responder aos desafios de sua missão evangelizadora.

O episcopado brasileiro conta com 475 bispos (166 eméritos e 309 ativos). Com tristeza, registrou-se o número de 36 bispos falecidos desde a assembleia de 2019; diversos deles vítimas da Covid-19. Pela primeira vez, esteve na assembleia o novo Núncio Apostólico, Dom Giambattista Diquattro.

A assembleia é sempre um forte momento de amizade e fraternidade, comunhão e unidade, oração e espiritualidade, aspectos esses que, nessa assembleia, encontraram eco na palavra sinodalidade. Separados pelas grandes distâncias, no imenso território nacional, os bispos esperam com ansiedade por esse encontro anual e o apreciam.

A pauta de assuntos a tratar é extensa, afinal, a Conferência se organiza em doze comissões episcopais de pastoral e cada uma delas apresenta seu relatório.

O tema central trouxe a reflexão sobre a Palavra de Deus na vida da Igreja, com o tema “Casa da Palavra: animação bíblica da vida e da pastoral nas comunidades eclesiais missionárias”, inspirado no prólogo joanino: “E a palavra habitou entre nós” (Jo 1,14).

No início, foram apresentadas as análises de conjuntura social e eclesial. Fez-se a avaliação da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2021, considerando a repercussão e os ataques que recebeu. Houve também a apresentação da próxima campanha, com o tema: Fraternidade e Educação e o lema “Fala com sabedoria, ensina com autoridade (cf. Pr 31,26).

O CELAM (Conselho Episcopal Latino-americano) realizará, neste ano, a Assembleia eclesial latino-americana, por inspiração e sugestão do Papa Francisco. O próprio presidente do CELAM, Cardeal Dom Héctor Miguel Cabrejos Vidarte, Arcebispo de Trujillo-Peru, conduziu a apresentação, com a colaboração do Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer (primeiro vice-presidente) e outros assessores.

O Congresso Eucarístico Nacional, com o tema “Pão em todas as mesas” e o lema “Repartiam o pão com alegria e não havia necessitados entre eles” (At 2, 45.47), acontecerá em Recife, de 11 a 15 de novembro de 2022. Para 2023, foi aprovado o ano vocacional.

Em 7 de abril de 2020, a CNBB criou o Pacto pela Vida e pelo Brasil, firmado pelas seguintes entidades: Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns (Comissão Arns), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e Academia Brasileira de Ciências (ABC). O Pacto conclama os cidadãos brasileiros, mulheres e homens de boa-vontade, visto que “o Brasil vive uma grave crise sanitária, econômica, social e política, exigindo de todos, especialmente de governantes e representantes do povo, o exercício de uma cidadania guiada pelos princípios da solidariedade e da dignidade humana”.

A sexta Semana Social Brasileira, sob a condução da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sócio-transformadora, com o tema Mutirão pela Vida: por Terra, Teto e Trabalho, ecoa as palavras do Papa Francisco: “nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos, nenhuma pessoa sem a dignidade que o trabalho dá”.

Através da Mensagem ao Povo brasileiro, os bispos sintetizam, com afeto, solidariedade e empatia, os sinceros sentimentos que brotam do coração dos pastores: “expressamos a nossa oração e a nossa solidariedade aos enfermos, às famílias que perderam seus entes queridos e a todos os que mais sofrem as consequências da Covid-19. Na certeza da Ressurreição, trazemos em nossas preces, particularmente, os falecidos. Ao mesmo tempo, manifestamos a nossa profunda gratidão aos profissionais de saúde e a todas as pessoas que têm doado a sua vida em favor dos doentes”.

Sob a intercessão de São José, patrono da Igreja, neste ano a ele dedicado, e de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, a Igreja de Cristo possa ser, na sociedade brasileira, por meio de seus bispos, padres, diáconos, consagradas/os, leigas/os, sinal do Reino de Deus.

CNBB

Você conhece os santos casados?

S. Luís Martin e Sta. Zélia Guérin | Canção Nova

Conheça alguns dos santos casados

A própria história atesta que houve Santos e Santas, de grande vulto, também entre as pessoas casadas. Um exame atento do catálogo dos Santos dissipa a impressão contrária. Eis alguns nomes dentre os vários que poderiam ser citados:

>Maridos Santos: Gregório de Nissa (+394); Paulino de Nola (+431); Estêvão, rei da Hungria (+1038); Omobono de Cremona (+1197); Luís IX, rei da França (+1272); Nicolau de Flüe, patrono da Suíça (+1487); Tomás Moro, ministro do rei Henrique VIII da Inglaterra (+1535); isto sem contar os Apóstolos, dos quais alguns devem ter sido casados, como foi São Pedro, cuja sogra é mencionada no Evangelho (cf. Mc 1,29s).

>Viúvos Santos: Raimundo Zanfogni (+1200); Henrique de Bolzano (+1315); o Bem-aventurado Bartolo Longo (+1926).

> Esposas Santas: Perpétua de Cartago (+202); Margarida da Escócia (+1093); Gentil Giusti (+1530); Anna Maria Taigi (+1837).

> Viúvas Santas: Mônica, mãe de S. Agostinho (+387); Elisabete, rainha da Hungria (+1231); Edviges da Silésia (+1234); Ângela de Foligno (+1309); Elisabete, rainha de Portugal (+1336); Brígida da Suécia (+1373); Francisca Romana (+1440); Rita de Cascia (+1456); Catarina Fieschi Adorno (+1510); Joana Francisca Frémyot de Chantal (+1641); Luísa de Marillac (+1660); Elisabete Bayley Seton (+1821).

> Casais Santos: Henrique Imperador da Alemanha (+1024) e Cunegundes; Isidoro (+1130) e Maria Toribia; Lucchese (século XIII) e Buonadonna; os genitores de Teresa de Lisieux.

Vocação primeira: a santidade

O Concílio do Vaticano II, ainda uma vez, há poucos decênios (1965), lembrava da vocação de todos os cristãos à santidade, removendo a impressão de que somente em alguns estados de vida se pode chegar à perfeição cristã:

“É evidente que todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade” (Lumen Gentium nº 40).

 ‘Todos os fiéis cristãos, nas condições, tarefas ou circunstâncias de sua vida e, por meio disso tudo, dia a dia mais se santificarão, se com fé tudo aceitarem da mão do Pai celeste e cooperarem com a vontade divina, manifestando a todos, no próprio serviço temporal, a caridade com que Deus amou o mundo’ (ib. nº 41).

‘Todos os fiéis cristãos são convidados e obrigados a procurarem a santidade e a perfeição do próprio estado’ (ib. nº 42).

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Como pensar como Dante Alighieri

Manuel Cohen | AFP
Por Michael Rennier

Se todos nós pensarmos mais como Dante, estaremos muito mais bem preparados para os desafios modernos.

Eu regularmente cito Dante Alighieri nas minhas homilias. Tenho certeza que meus paroquianos já estão cansados ​​disso, mas eles são um grupo paciente, disposto a aturar um padre excêntrico como eu.

Eu sei que quando um nome como Dante Alighieri surge, muitos param de ouvir porque foram convencidos, em algum momento de suas vidas, de que não conseguem entender sua poesia. Apenas professores fumantes de cachimbo que usam paletós com remendos de couro nos cotovelos podem falar sobre “A Divina Comédia”. Quando eu falo sobre Dante, no entanto, é para apresentar a eles a beleza de sua poesia, que é para todos.

Quando Dante escreveu sua “A Divina Comédia”, ele o fez com a intenção de que cada pessoa pudesse entendê-la. É por isso que ele escreveu em italiano, ao invés da língua mais acadêmica, o latim. Até hoje, seu trabalho tem um apelo abrangente porque não se preocupa com questões intelectuais obscuras, mas sim com as experiências que você e eu temos em nosso dia a dia.

Dante Alighieri e os desafios modernos

Recentemente, a Igreja Católica celebrou o aniversário de 700 anos da morte de Dante Alighieri com o lançamento de uma Carta Apostólica. Nela, o Papa Francisco escreve que a vida e a obra de Dante são atemporais. Eu concordo. Se todos nós pensarmos mais como Dante, estaremos muito mais bem preparados para enfrentar os desafios modernos.

Por causa da guerra em sua cidade natal, Florença, Dante passou grande parte de sua vida no exílio, sem poder voltar para casa. Ele descreve como isso foi difícil para ele:

“Tu provarás como tem gosto de sal
o pão alheio, e descer e subir
a alheia escada é caminho crucial.”

Qual de nós não sentiu essa sensação de exílio? Qual de nós não sentiu saudades de casa ou não estava no lugar certo em nossas vidas?

Sentimento de exílio

Há uma razão pela qual tantas pessoas estão insatisfeitas e procuram incessantemente algum tipo de significado para sua existência. Não existem apenas lugares que amamos que devem ser deixados para trás, como uma casa de infância vendida , uma mudança difícil para uma nova cidade, uma cidade universitária que nunca mais se sente igual , mas também há pessoas que continuam na jornada apesar de tudo. É o caso de ter um pai que morreu, uma amizade que vacilou, filhos que cresceram antes de estarmos prontos para isso.

Há uma razão pela qual essas experiências nos deixam profundamente afetados, a ponto de ficarmos inquietos e inseguros de como exatamente nos encaixamos neste mundo. Este mundo não é nosso verdadeiro lar, então somos constantemente atormentados por um sentimento de saudade.

Como lidar?

Como podemos lidar com esses sentimentos? O Papa Francisco ressalta que Dante admite sua melancolia e não finge que a vida é perfeita. Por exemplo, no oitavo canto do Purgatório, ele escreve:

Era já a hora em que a saudade se volta/ aos navegantes e enternece seu coração/ no dia em que deram adeus aos amigos queridos;e em que o novato viajante punge/ de amor, se ouve sino ao longe,/ que parece prantear o dia agonizante

Dante, ponderando seu exílio, os amigos que perdeu e a fragilidade da vida, não ignora a dor. Ele faz algo muito melhor. Reconhece seu sofrimento e o transforma. Entende que a vida é uma jornada e, por definição, uma jornada envolve deixar pedaços de nós mesmos no caminho.

Crescimentos pessoal e espiritual

Essa luta pelo crescimento pessoal e espiritual é como pegar um peso pesado e escalar uma montanha, mas é a chave para a felicidade. Em vez de chafurdar na autopiedade ou aceitar a mediocridade, Dante nos ensina a pensar na vida como uma peregrinação heroica, na qual transformamos nosso sofrimento, nosso passado e nossos desejos para lutar pelo objetivo final, atingir o amor a si mesmo, que é Deus.

Esta é a visão de um lar perfeito que nos mantém avançando e dá sentido às nossas vidas.

Em minha vida, lidei com depressão, tristeza e sentimentos de rejeição. Eu tive uma crise completa de meia-idade. Estive tão frustrado que estava com vontade de largar meu emprego. Eu senti a dor de desejos que são impossíveis de cumprir. E Dante me ajudou em tudo isso. Ele me ajudou a colocar esses contratempos e desejos não realizados aos pés de Deus. No final, é apenas Deus quem os leva e traz a cura.

Dante e a fé em Deus

Para Dante Alighieri, aprender a confiar em Deus foi um caminho longo e difícil. É o mesmo para todos nós. Isso não significa que devemos desistir, porque se há uma coisa que Dante me ensinou é que sempre há algo mais.

Portanto, procure o próximo nível. Dê o próximo passo. Por fim, todos nós chegamos à fonte do desejo, o próprio Deus, e então conheceremos o amor verdadeiro e encontraremos um lar eterno.

Aleteia

Encontradas relíquias nos escombros da Catedral Christchurc

Guadium Press
Os objetos sagrados estavam “guardados” em potes de café e garrafas de refrigerante e enterrados sob o concreto do solo da capela…

Redação (19/04/2021, 18:28, Gaudium Press) O mais recente tesouro recuperado dos escombros da Catedral do Santíssimo Sacramento, em Christichurch, na Nova Zelandia, que foi seriamente danificada e semidestruída pelos devastadores terremotos de 2010 e 2011 é uma coleção de relíquias católicas descoberta por uma equipe de trabalhadores que trabalha na recuperação da Catedral.

O que surpreende é que as relíquias sagradas foram preservadas porque se encontravam enterradas no subsolo da igreja e guardadas em prosaicos potes utilizados para guartdar café…

De acordo com o jornal The Guardian, o processo de demolição preventiva foi lento porque, muitas vezes, os trabalhadores tesouros soterrados que os faziam parar.

Entre as descobertas estão incluídas pedras do altar, um presépio e uma caixa de coleta de donativos para promoção de atos de caridade que continha moedas fora de circulação.

A mais importante e preciosa descoberta até agora é esta coleção de relíquias que já foram, outrora, expostas depois de reunidas pelo Bispo John Grimes em suas viagens pela Europa, no século 19. no século 19 pela Europa e que na década de 1970, porém, foram enterradas embaixo do solo da capela.

Relíquias enterradas em potes usados para colocar café…

As relíquias estavam em potes de café, que as protegeram durante os últimos 40 anos.

O maior dos dois potes continha vários fragmentos de ossos de santos. O frasco menor continha pequenos relicários com pedaços de tecido ou carne de figuras católicas históricas.

No meio das descobertas encontrou-se também uma velha garrafa usada para refrigerante que continha um pequeno papel enrolado. Ainda não se desenrolou o papel, mas, crê-se que seu conteúdo possa ajudar na identificação das relíquias.

Depois dos desleixos para com as relíquias que têm tudo para serem autênticas, as autoridades arquidiocesanas atuais explicaram em um post no Facebook que as relíquias da igreja serão expostas para veneração na nova catedral. (JSG)

(Fonte Aleteia-foto- identidadesdopatrimonio.blogspot.com)

https://gaudiumpress.org/

Pandemia: a experiência de uma psicopedagoga no sul do Ceará

Colégio Padre Viana - Brejo Santo 

Pedrina, uma psicopedagoga neste artigo nos fala da escola onde trabalha e da sua experiência de escola neste tempo de pandemia. Uma descrição de seu amor pelo que faz e como faz.

Pedrina Siane Araújo de Figueiredo - Psicopedagoga

O senhor José Teles de Carvalho foi o fundador da escola na qual trabalho há oito anos. O Colégio Padre Viana está localizado no município de Brejo Santo, região Sul do Ceará, Brasil. José Teles veio da zona rural para estudar e cuidar de sua mãe e irmão. Era muito devoto do Sagrado coração de Jesus, colocando tudo em suas mãos chagadas. Logo, sentiu que sua missão era no caminho da educação.

Muito sereno e fiel a Jesus, sonhou e lutou para alcançar a formatura e fundar sua escola. Estudou em Canindé, cidade próxima a capital Fortaleza. Ao regressar à sua cidade, casou-se e teve 5 filhos. Ao passar do tempo, voltou à cidade de Brejo Santo e fundou o Instituto Padre Viana, nome esse dado pelo senhor José Teles em homenagem a um padre filho da nossa terra e que a cidade tinha orgulho, sendo uma das pessoas que ajudou muito na fundação da escola, o Padre Viana. Ser humano de uma inteligência e sabedoria divina.

As atividades fundamentais quando da criação do Instituto foram iniciadas em 10 de fevereiro de 1941. E, ao longo de todos esses anos até os dias atuais, foram de lutas e muito labor. A missão do colégio sempre foi proporcionar uma educação de qualidade aos seus alunos e formar grandes profissionais. O colégio proporcionava, também, por meio de bolsas escolares aos menos favorecidos, um estudo digno. São 80 anos de história, pois educar é da nossa natureza.

O Colégio Padre Viana

Após essa breve apresentação histórica do nosso colégio, apresento-me. Sou Pedrina Siane Araújo de Figueiredo, tenho 46 anos, sou natural de Brejo Santo – Ceará. Graduada em Pedagogia pela Universidade Vale do Acaraú (UVA), com Especialização em Psicopedagogia pela Faculdade vale do salgado (FVS). Exerço minha profissão no colégio Padre Viana, escola a qual falei brevemente acima. O colégio Padre Viana é uma escola de ensino fundamental e médio, localizada a praça Dionísio Rocha de Lucena, no centro da cidade. Faço parte desse instituto há oito anos e tem sido anos de experiências e aprendizados no âmbito educacional.  Uma troca de valores que fortalece nosso conhecimento e crescimento. 

Faço acompanhamentos pedagógicos e orientação educacional na escola, aos alunos dos anos finais (6° ao 9° anos), e do Ensino Médio. Realizo o trabalho de rotina de estudo dos nossos alunos, que se estende a família, proporcionando uma comunicação entre família e escola. Minha missão é criar pontes entre os alunos, professores e a família. Quando criamos harmonia entre ambas as partes, a aprendizagem do aluno fica mais sólida e tranquila.

É um trabalho que vai além das paredes institucionais, facilitando uma convivência de respeito e honrada entre as pessoas. Cresci vivenciando o amor de minha mãe por nossa senhora, ela sempre me disse que a nossa melhor amiga é a mãe de Jesus. Comprovei essa amizade muitas vezes em minha vida. Aprendi que o amor de Deus está acima de qualquer conhecimento humano e razão, e carrego comigo essa certeza.

Alunos do Colégio Padre Viana

Trabalho em um ambiente saudável, amo o que faço e como profissional, amadureci bastante. Hoje, o trabalho continua de forma remota, pedindo forças a Deus   para enfrentar os desafios do dia a dia. As dificuldades são muitas, já que precisamos nos adaptar a toda essa tecnológica, mas vamos vencendo. Nada supera o contato humano e a vivência.

Realizo na escola o projeto Setembro Amarelo, durante todo o mês e setembro. Nesse mês, desenvolvemos atividades que levam os nossos jovens alunos a participar com muita força, trabalhando temas que conscientizem sobre a importância e o valor que cada um tem. Uma conscientização profunda sobre o suicídio, que têm assolado nossos Jovens. Temos o grupo Germinar, formado por mães de alunos que são acompanhados na orientação escolar e através do grupo, a escola colabora com a formação emocional e intelectual do aluno.

Hoje compreendi que o e-mail que chegou às suas mãos, senhor Silvonei foi ação da minha mãe e amiga Nossa Senhora.  Senti-me como em Cana da Galileia “faça tudo que Ele vós disser”, E fiz sem compreender aquela madrugada de muitos questionamentos, de falta de vinho na vida.

Então, estou aqui através dessa comunicação, para pedir que nos ajude de alguma forma e creio que Deus traduzirá ao vosso coração o que falo. São tantos os pais de família que presenciei de coração aflito, e acalmo dizendo que precisam aguardar, que tudo passa e que iriam retornar.  Estamos a um ano e um mês, e ainda não retornaram ao trabalho. Deus é fiel e vai passar, mas enquanto isso acredito que o pai nos manda salvar vidas até chegar em terra.

O gestor da escola a qual trabalho estava desfigurado ao terminar aquela dolorosa reunião. Quando teve que informar a alguns profissionais suas demissões, pois somos de rede particular e não temos incentivo do governo, nossos alunos filhos de trabalhadores simples que pensam no melhor para seus filhos.  Rogo a Deus que eles encontrem forças para continuar lutando por seus filhos.

Vatican News

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF