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quinta-feira, 29 de abril de 2021

11 dados fascinantes sobre a vida de Santa Catarina de Sena

ACI Digital

REDAÇÃO CENTRAL, 29 abr. 21 / 06:00 am (ACI).- “Se formos o que devemos ser, incendiaremos o mundo”, costumava dizer Santa Catarina de Sena, Doutora da Igreja, que pertenceu à Ordem terceira de São Domingos.

Santa Catarina nasceu em Sena (Itália), em 1347, em uma família de pais piedosos, e foi chamada à Casa do Pai em 29 de abril de 1380, em Roma, com apenas 33 anos.

Hoje o mundo inteiro celebra a festa desta grande santa. Por isso, apresentamos 11 dados que provavelmente você não conhecia sobre sua vida:

1. Tinha uma irmã gêmea

Embora não esteja claro se eram idênticas ou não, Santa Catarina teve uma irmã gêmea chamada Giovanna. Nasceram prematuramente quando sua mãe tinha 40 anos, mas, infelizmente, sua irmã faleceu ainda criança. Dois anos depois, sua mãe teve outra filha e também a chamou de Giovanna.

2. Teve 24 irmãos

Santa Catarina foi uma dos 25 filhos de sua família; todos dos mesmos pais. Só a metade deles chegou à idade adulta, por causa da alta taxa de mortalidade infantil.

3. Seu apelido era “Eufrosina”

Era tão alegre que uma criança de sua família a chamou de “Eufrosina”, que em grego significa “alegria”.

4. Teve uma visão mística do Menino Jesus

Uma antiga biografia escrita por seu confessor afirma que, quando tinha 5 e 6 anos, teve uma visão de Jesus entronizado no céu e rodeado de seus apóstolos Pedro, Paulo e João.

5. Teve uma visão mística de São Domingos

Os dois caminhos aceitos culturalmente para uma mulher de seu tempo era se casar ou se tornar uma monja de clausura. Santa Catarina resistiu a ambas as opções.

Aparentemente, o próprio São Domingos de Gusmão apareceu a ela em uma visão e a convenceu de ser dominicana terciária, algo que até então normalmente estava reservado para as viúvas. Também obteve uma permissão especial para usar o hábito.

6. Teve outra visão de Jesus quando tinha 21 anos

A princípio, ela viveu sua vocação como dominicana terciária em seu lar. Quando tinha 21 anos, experimentou uma visão de Jesus na qual Ele a levava como sua noiva e inclusiva lhe dava uma aliança. Cristo lhe pediu que abandonasse sua solidão e servisse aos pobres, o que cumpriu.

7. Teve a graça de experimentar a dor dos estigmas de Cristo

Segundo a biografia escrita por seu confessor, Catarina recebeu em 1375 uma versão dos estigmas de São Francisco de Assis, que só eram visíveis para ela própria, mas causavam a mesma dor.

8. Contribuiu diretamente com o pontificado de seu tempo

Quando tinha quase 20 anos, enviou cartas a vários governantes e clérigos, pedindo pela paz entre os estados e que o papado voltasse a Roma, saindo de Avignon, na França (1309-1377). Foi tão respeitada que também a enviaram em diversas missões diplomáticas de paz por vários governos.

9. Sobreviveu a uma tentativa de assassinato

No começo de 1378, foi enviada pelo Papa Gregório XI a Florença (Itália) para buscar a paz entre esta cidade e Roma. Entretanto, pouco depois estourou a violência e, em 18 de junho, em meio à violência, tentaram assassiná-la.

10. Foi atacada por demônios em seu leito de morte

Isto testemunhou uma testemunha ocular: “Santa Catarina começou a mudar e a fazer vários sinais com a cabeça e os braços, como se quisesse demonstrar que sofria graves ataques de demônios, e permaneceu neste estado calamitoso durante uma hora e meia, na qual a metade desse tempo passou em silêncio...”.

11. É copadroeira de Roma, da Itália e da Europa

O Papa Pio IX a declarou copadroeira de Roma em 1866; Pio XII a declarou copadroeira da Itália em 1939; e, em 1999, São João Paulo II a declarou copadroeira da Europa.

ACI Digital

Lições dos Padres do Deserto para superar o orgulho

GoodStudio I Shutterstock
Por Aliénor Strentz

Se a queda de Satanás se deve ao seu orgulho, é essencial que o cristão rejeite esse veneno da alma se quiser permanecer unido a Deus.

Os Padres do Deserto são homens que, apaixonados por Cristo, se retiraram para o deserto para viver de coração a coração com Deus, na solidão. Eles viviam nos primórdios do cristianismo (a partir do final do século III século), principalmente no Oriente Médio. 

Os padres mais famosos são os do deserto do Egito. Entre eles estavam os eremitas ou anacoretas, os que viviam sozinhos, e os cenobitas, os que viviam em comunidades. 

Vários fatores podem explicar a ruptura deles com a sociedade. Exemplos: as perseguições anticristãs organizadas pelo poder imperial, em particular entre 250 e 303, as lutas doutrinárias na jovem Igreja ou o desejo de seguir a Cristo.

O que se sabe sobre os Padres do Deserto

Pouco se sabe sobre os Padres do Deserto. Mas o certo é que os retiros que eles faziam os tornaram mestres no campo do discernimento espiritual. Frequentemente, jovens discípulos vinham vê-los para pedir “uma palavra” que iluminasse seus caminhos.

Eles nos deixaram sábios pensamentos, conjuntos de anedotas e palavras cuja sabedoria, edificava seus contemporâneos. Estas histórias foram compiladas, provavelmente no final do século V. Fazem parte do patrimônio literário cristão e até constituem um “tesouro ecumênico”, para usar a expressão da teóloga Marie-Anne Vannier.

A consciência muito aguda que os Padres tinham do pecado, começando pelos deles, mas também da perfeição e misericórdia de Deus, fez com que eles valorizassem a humildade mais do que qualquer outra virtude. Antônio, o Grande, por exemplo, disse.

“Vi todas as redes do Inimigo estendidas em direção à terra e disse, gemendo: quem vai passar? E ouvi uma voz me dizer: humildade. “

(Antoine, o Grande, 251-356)

Retenhamos aqui cinco lições que emergem da leitura de seus ditos e outros escritos, para superar o orgulho e cultivar a humildade diariamente.

1MEDITAR SOBRE OS PRÓPRIOS PECADOS

upérèphania (orgulho) manifesta uma profunda ignorância da natureza humana. Como observa o Padre Jean-Yves Leloup, autor de uma obra inspirada na sabedoria dos Padres do Deserto ( Métanoïa: une Révolution Silente , 2020), o orgulho é certamente a “patologia mais óbvia do homem contemporâneo”.  O orgulhoso é autossuficiente; ele toma o lugar de Deus tanto em seus pensamentos e julgamentos quanto em suas ações. 

Portanto, o melhor remédio para contrariar essa tendência natural do homem é meditar sobre seu estado de pecador e sua incapacidade de fazer o bem a si mesmo.

Perguntaram a Abba Isaías: O que é humildade? E ele disse: Humildade é considerar-se mais pecador do que os outros homens e menosprezar-se por não estar fazendo nada de bom diante de Deus.”

2VIVER O EVANGELHO

Os Padres do Deserto não tinham uma “Bíblia” como nós. Mas consultavam fragmentos bíblicos em rolos de papiro ou os lembravam de quando ouviam na liturgia. Então, eles tinham o hábito, nas palavras de Abba Nesterios, de “retomá-los constantemente na memória.”

Esta “ruminação” diária da Palavra tinha o duplo propósito de evitar os maus pensamentos e também de deixar que a Palavra se enraizasse aos poucos até que se conformassem perfeitamente à própria vida de Cristo. A seguinte declaração de Aba Daniel nos mostra que os Padres tinham um desejo enorme de viver o evangelho até o fim. 

“Chegou o dia em que uma mulher possuída deu um tapa na cara do monge. O último imediatamente deu a outra face, de acordo com o preceito do Senhor. Torturado, o demônio exclamou: ‘Ó violência, a ordem de Jesus me expulsa. Imediatamente a mulher foi purificada. Quando os anciãos chegaram, eles foram informados do que havia acontecido e glorificaram a Deus, dizendo: É costume derrubar o orgulho do diabo pela humildade da ordem de Cristo.'”

3MANTER BONS PENSAMENTOS

O primeiro objetivo dos Padres era permanecer sempre com Deus em suas mentes. Eles, portanto, advogavam vigilância constante.

Estar atento a si mesmo, ter sempre Deus “diante dos olhos”, “violentar” o próprio pensamento e adquirir um “coração de aço” são os preceitos que souberam transmitir aos seus discípulos. Abba Théonas resume isso em uma frase: “ Quero encher minha mente de Deus!

4DESAFIAR-SE A SI MESMO E AO PRÓXIMO

Ao contrário do homem orgulhoso que se arroga o direito de julgar seu irmão como se ele fosse Deus, o homem humilde desconfia de seu próprio julgamento. Os Padres do Deserto evitavam o orgulho do espírito sempre se referindo a um ancião e também reconhecendo quando um discípulo ou um leigo passava por eles. Esta frase do Abba Arsène atesta esta humildade de espírito para com o próximo:

“Enquanto Abba Arsene questionava um velho egípcio, outro, ao vê-lo, disse-lhe: ‘Abba Arsene, como você, que tem tal cultura romana e grega, questiona este camponês sobre seus próprios pensamentos? Ele respondeu: Certamente tenho cultura romana e grega, mas nem mesmo conheço o alfabeto deste camponês.'”

5ESTAR SEMPRE ALERTA

Se os Padres do Deserto conseguiram adquirir uma “paternidade espiritual” reconhecida por todos, é porque passaram pelo cadinho da aniquilação do seu “ego”. Conscientes de sua pequenez, de seu “nada” diante da infinitude de Deus, tiveram a humildade de se considerar sempre noviços. Abba Sisoes, no momento de sua morte, teve esta experiência:

Disseram que Abba Sisoes quando ele estava para morrer, enquanto os Padres estavam sentados ao lado dele, seu rosto brilhava como o sol. E ele lhes disse: Aí vem Abba Anthony. Logo depois, ele disse: Lá vem o coro dos profetas. E novamente seu rosto brilhou e ele disse: Lá vem o coro dos apóstolos. O rosto dele redobrou de brilho e ele parecia estar conversando. E os anciãos lhe perguntaram: Com quem você está falando, padre? Ele disse: Aqui vêm os anjos para me levar, e imploro que me deixem fazer uma pequena penitência. Os anciãos disseram a ele: Você não precisa fazer penitência, padre. Mas Abba Sisoes disse-lhes: Na verdade, sei que estou ainda no início. E então todos sabiam que ele era perfeito.”

Aliénor Strentz é doutor em etnologia-antropologia, professor e fundador do blog “  Cristãos Felizes  ”.

Aleteia

Vaticano anuncia 30 Santuários que participarão das orações pelo fim da pandemia

Santuário Nacional Nossa Senhora Aparecida | Guadium Press
A iniciativa da Santa Sé de realizar uma “maratona de orações” pelo fim da pandemia tem como inspiração a expressão bíblica: “De toda a Igreja subia incessantemente a oração a Deus” (At 12,5).

Cidade do Vaticano (28/04/2021, 10:31,  Gaudium Press) O Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização foi encarregado pelo Papa de organizar a “maratona” de orações no mês de maio para pedir o fim da pandemia que aflige todo o mundo.

De fato, o desejo manifestado pelo Pontífice é de que o mês de maio seja dedicado a essa “maratona” de orações que deva envolver todos os Santuários do mundo nesta iniciativa, para que todos se tornem instrumentos de uma oração de toda a Igreja.

A iniciativa deve ser realizada tendo como inspiração a expressão das Sagradas Escrituras: “De toda a Igreja subia incessantemente a oração a Deus” (At 12,5).
Foi para realizar este desejo que o Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização estendeu o convite a todos os Santuários do mundo, a fim de promover a difusão da iniciativa nas respectivas Regiões, de modo a chegar aos sacerdotes, às famílias e a todos os fiéis, convidando-os a unir-se a esta oração de intercessão e esperança à Santíssima Virgem.

Com a recitação do Santo Terço, cada dia do mês será marcado por uma intenção de oração pelas diversas categorias de pessoas mais afetadas pelo drama da pandemia.
Assim, entre outras intenções específicas, serão feitas orações à Santíssima Virgem por aqueles que não puderam se despedir de seus entes queridos, pelos profissionais da saúde, pelos que perderam seus trabalhos e seus bens, pelos que estão ainda nos hospitais, pelos falecidos…

No mês dedicado a Nossa Senhora, orações contínuas pelo fim da pandemia e retomada da vida

O convite à oração é feito a cada Santuário do mundo para que rezem de acordo com os costumes locais invocando a retomada da vida social, do trabalho e das muitas atividades humanas que foram suspensas durante a pandemia, inclusive as atividades religiosas.

Com este chamado à oração, visa-se realizar uma impetração contínua à Santíssima Virgem, em todas as horas do dia, em todo o mundo.

Este chamado comunitário procura realizar uma oração contínua, distribuída pelos meridianos do mundo, que se eleva incessantemente de toda a Igreja ao Pai através da intercessão da Virgem Maria. Por esta razão, os Santuários são chamados a promover e solicitar o máximo possível a participação do povo, para que todos possam dedicar um momento à oração diária, no carro, na rua, com o smartphone e graças às tecnologias de comunicação, pelo fim da pandemia e a retomada das atividades sociais e de trabalho.

Papa iniciará a Maratona de Orações na Capela Gregoriana, junto a Nossa Senhora do Bom Sucesso

Conforme informa o Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, o Papa Francisco deverá abrir e concluir a “maratona de orações” juntamente com os fiéis de todo o mundo, a partir de dois locais significativos dentro do Estado da Cidade do Vaticano.

No dia 1º de maio, Francisco rezará junto ao ícone de Nossa Senhora do Bom Sucesso, já venerado desde o século VII, que retrata em um afresco acima do altar de São Leão, perto do transepto sul da primitiva Basílica do Vaticano, colocado mais tarde, onde se encontra até hoje, dentro da nova Basílica de São Pedro em construção, pelo Papa Gregório XIII em 1578, na Capela Gregoriana.

Será nesta ocasião que o Pontífice abençoará os Terços especiais utilizados especificamente para este evento, que serão então enviados aos trinta Santuários diretamente envolvidos na “maratona”.

Várias famílias das paróquias de Roma e região estarão presentes e participarão da oração e da leitura junto com jovens representantes dos Novos Movimentos de Evangelização.

O encerramento desta “maratona de orações” será no dia 31 de maio e dele o Papa Francisco deverá participar.
Também a conclusão desta iniciativa de orações deverá ter lugar em um local significativo, dentro dos Jardins do Vaticano.

Sobre a conclusão, melhores informações ainda serão anunciadas pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.

Santuários escolhidos para dirigir a oração mariana do terço em um dia do mês

30 Santuários representativos, espalhados pelo mundo, foram escolhidos para dirigir a oração mariana em um dia do mês
O Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização anunciou quais são –em todo o mundo– os trinta Santuários mais representativos que foram escolhidos para dirigir a oração mariana em um dia do mês.

Entre os Santuário escolhidos encontra-se o Santuário de Nossa Senhora Aparecida, no Brasil.

Os demais Santuários são os seguintes:
Nossa Senhora de Walsingham, na Inglaterra; 
Jesus o Salvador e Mãe Maria, na Nigéria; 
Nossa Senhora de Częstochowa, na Polônia; 
Basílica da Anunciação, em Nazaré; 
Nossa Senhora do Rosário, na Coréia do Sul; 
Nossa Senhora da Paz e Boa Viagem, nas Filipinas; 
Nossa Senhora de Lujan, na Argentina; 
Santa Casa de Loreto, na Itália; 
Nossa Senhora de Knock, na Irlanda; 
Virgem dos Pobres, em Banneux na Bélgica; 
Mary’s Cathedral, na Austrália; 
Imaculada Conceição, nos Estados Unidos; 
Nossa Senhora de Lourdes, na França; 
Meryem Ana, na Turquia; 
Nuestra Señora de la Caridad del Cobre, em Cuba; 
Nossa Senhora de Nagasaki, no Japão; 
Nuestra Señora de Montserrat, na Espanha; 
Notre Dame du Cap, no Canadá; 
Santuário Nacional Nossa Senhora Ta’ Pinu, em Malta; 
Nuestra Señora de Guadalupe, no México; 
Mãe de Deus, em Zarvantysia, na Ucrânia; 
Virgem Negra, de Altötting, na Alemanha; 
Nossa Senhora do Líbano; 
Nossa Senhora do Santo Rosário de Pompeia, na Itália. 
(JSG)

(Informações Vatican News – Foto Pinterest)

https://gaudiumpress.org/

Cardeal perseguido por comunistas comemora 65 anos de sacerdócio

TIZIANA FABI | AFP
Por Gelsomino Del Guercio

Este "mártir vivo" passou 28 anos na prisão, fazendo trabalhos forçados por não renegar a Cristo.

Sessenta e cinco anos de sacerdócio, alguns deles exercidos em condições extremas: o cardeal albanês Ernest Simoni, de 92 anos, celebrou este marco eclesiástico verdadeiramente excepcional em Florença, Itália, no dia 7 de abril. Ele passou 28 anos como prisioneiro fazendo trabalhos forçados, por não ter aceitado renegar a Cristo e Sua Igreja.

Única testemunha restante da perseguição albanesa

Hoje, Simoni é cônego na catedral de Florença, a capital da Toscana. Ele é o único padre ainda vivo que testemunhou a perseguição ao regime comunista de Enver Hoxha, que proclamou a Albânia o “primeiro estado ateu do mundo”.

Desde o dia de sua libertação em 1990, e até a chegada da pandemia, ele nunca cessou seu ministério. Nesses anos sempre visitou as paróquias e encontrou-se com fiéis na Albânia, como também na Itália e nos Estados Unidos, onde vivem também muitos grupos da sua terra natal.

“Quem sou eu …”

Para dar uma ideia de sua personalidade, lembra o cardeal:

Eu costumava repetir para mim mesmo, e ainda repito: quem sou eu, um homem pobre e pecador, para tomar o corpo de Jesus em minhas mãos? Hoje reafirmo meu amor a Cristo e à Igreja, como tenho procurado fazer todos os dias nestes 65 anos.

Durante esses anos, o homem que brincava de rezar a missa já quando criança, segundo Avvenire, colocou o memorial do sacrifício de Cristo no centro de sua existência. No final de uma celebração eucarística, ele foi preso em sua paróquia de Barbullush, um vilarejo próximo a Scutari, na noite de Natal de 1963.

A noite da prisão

Ernest Simoni foi preso após a celebração da missa. “Quatro policiais me levaram à força; eles estavam a ponto de quebrar meus braços ”, disse ele.

Ele lembra que foi preso pelas autoridades comunistas porque praticava exorcismos e porque havia celebrado missas em sufrágio do presidente dos Estados Unidos, John Fitzgerald Kennedy, assassinado no mês anterior. Ele foi preso, torturado e condenado à morte – uma sentença comutada para 25 anos de trabalhos forçados.

Condições extremas

Ele celebrava a missa então em condições extremas e sob risco de morte. “Eu separava um pouco de farinha de rosca e espremia uvas para consagrar”, disse ele ao Avvenire. “Os guardas não entendiam e achavam que eu estava louco. Nossa Senhora me protegeu.”

Uma testemunha da fé que deve ser honrada

O cardeal Giuseppe Betori, arcebispo de Florença, que o nomeou cônego da catedral, comemorou o 65º aniversário de Simoni.

“Nossa Igreja florentina”, disse Betori, “acolheu uma testemunha da fé, que deve ser honrada e reconhecida pelo sofrimento que suportou por causa de sua fidelidade a Cristo”.

Aleteia

Partido Comunista limita liberdade religiosa em Cuba, diz relatório

Imagem referencial. Crédito: Unsplash
Por Eduardo Berdejo

HAVANA, 29 abr. 21 / 09:30 am (ACI).- As perspectivas para a liberdade religiosa em Cuba "continuam a ser negativas." "A verdadeira questão é o papel, na nova Constituição, do Partido Comunista”, disse a fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN na sigla em inglês), em seu relatório sobre a liberdade religiosa no mundo.

Em 20 de abril, a ACN apresentou o seu Relatório sobre Liberdade Religiosa que abrange o período de 2018-2020. O estudo mostra que em 1 em cada 3 países este direito é “gravemente violado” e que os principais atores são governos autoritários e grupos de extremistas islâmicos.

De acordo com o relatório, cerca de 5,2 bilhões de pessoas, o equivalente a 67% da população mundial, vivem em países onde ocorrem graves violações da liberdade religiosa. Nas Américas, o grupo ACN atende os casos da Nicarágua, Venezuela e Cuba.

Em Cuba, dos quase 11,5 milhões de habitantes, 61,7% se declaram cristãos, 17,2% agnósticos, 16,7% afirmam ser espíritas, 3,9% são ateus e 0,5% não especifica.

“Ao mesmo tempo e que o Estado é secular e a perseguição religiosa já não é exercida no sentido próprio da palavra, a verdadeira questão é o papel na nova Constituição do Partido Comunista (marxista-leninista) de Cuba, que é definido como ‘a força motriz superior da sociedade e do Estado’”.

O Partido Comunista de Cuba, o único legalmente autorizado na ilha, “controla e subordina todos à construção de uma sociedade comunista, o que automaticamente limita e restringe muitos direitos considerados básicos em outros países, como o direito à liberdade de expressão e o direito à liberdade de consciência”.

Assim, afirmou ACN, “como o partido controla arbitrariamente as ações e atividades das organizações religiosas, cria uma atmosfera sufocante para elas. Por conseguinte, as perspectivas de liberdade religiosa em Cuba continuam a ser negativas”.

Disposições legais e incidentes

Em seu relatório, a ACN afirmou que a nova Constituição, promulgada em 10 de abril de 2019, afirma que o Estado “reconhece, respeita e garante a liberdade religiosa” e que todo cubano tem o direito de professar sua fé e de não ser discriminado; entretanto, na prática, o Artigo 5 “subordina ao Estado muitas atividades associadas à liberdade religiosa e vai contra a terceira dimensão do direito fundamental” “que é o direito à liberdade de pensamento, consciência e religião”.

Além disso, subordina ao Estado o direito da pessoa de “mudar a sua religião ou crença, e a liberdade, quer sozinha ou em comunidade com outros e em público ou privado, de manifestar a sua religião ou crença no ensino, na prática, no culto e na observância”.

“De acordo com a nova Constituição, o Partido Comunista de Cuba continua a manter o controle total destes aspectos através do Departamento Ideológico, que supervisiona o Gabinete de Assuntos Religiosos”, disse a ACN.

O relatório lembrou que em fevereiro de 2019, durante o debate constitucional, os bispos cubanos destacaram que o problema fundamental "não é a simples liberdade de ter crenças religiosas, mas a liberdade de cada pessoa viver de acordo com a sua fé e de a expressar publicamente".

Para os bispos, “no texto constitucional falta o reconhecimento legal da Igreja e da sua própria identidade e missão, incluindo o direito de comunicar os seus ensinamentos morais de acordo com o Evangelho; ter acesso regular aos meios de comunicação; ensinar e evangelizar livremente; erigir os seus próprios edifícios; adquirir e possuir os seus próprios bens para as suas próprias atividades; associar-se livremente para fins não exclusivamente religiosos, como a educação, a cultura, a saúde e o trabalho caritativo”.

Além disso, ACN afirmou que outra dificuldade para a liberdade religiosa é o artigo 206 do Código Penal Cubano de 1987, que estabelece que quem abusar “da liberdade de culto tal como é garantida pela Constituição”, será “punido com a privação da sua liberdade por um período de três meses a um ano". "Isto aplica-se a qualquer pessoa que oponha crenças religiosas a objetivos educativos, ao dever de trabalhar, [e] à defesa armada da Nação", disse a fundação pontifícia.

Do mesmo modo, está a presença do Gabinete de Assuntos Religiosos do Comité Central do Partido Comunista, que “administra os diferentes aspectos da vida religiosa: aprova ou nega visitas de estrangeiros a associações religiosas; autoriza a construção, reparação ou aquisição de locais de culto; concede autorizações para a realização de serviços religiosos públicos; supervisiona a importação de literatura religiosa, etc.”.

O relatório da ACN menciona incidentes e episódios relevantes contra a liberdade religiosa ocorridos entre 15 de junho de 2018 e 15 de novembro de 2020, em grande parte devido ao “supracitado vazio legal ou às deficiências da própria Constituição”, uma vez que “subordina tudo – liberdade religiosa, bem como liberdade de expressão e consciência – à construção do socialismo e ao progresso para uma sociedade comunista sob a liderança de um partido marxista-leninista”.

“Um exemplo é o caso do pastor Ramón Rigal e a sua família, que foram presos por terem educado os seus filhos em casa, o que é expressamente proibido”, afirmou.

Outros incidentes envolveram igrejas vinculadas a grupos evangélicos protestantes, que, sem reconhecimento legal, "não gozam do direito de associação e reunião", nem podem adquirir bens imóveis, tornando sua prática religiosa "muito mais limitada em comparação com os grupos que estão registados".

Outro caso registrado é a sentença proferida em Camagüey contra um casal judeu “Tejada e Yeliney Lescaille, ameaçando prendê-los durante um ano se não tirassem o quipá dos seus filhos antes de estes irem para a escola".

O relatório lembrou que “sem autorização do governo também não é possível reunir-se em residências privadas”.

A respeito da Igreja Católica, a ACN informou que, embora “não tenha estado envolvida em nenhum incidente grave (...), os católicos também não gozam de plena liberdade de ação”.

“De um modo geral, a Igreja Católica tenta respeitar as leis do Estado para evitar conflitos com o Governo, que tem atacado frequentemente a Igreja para a impedir de criticar o sistema. No entanto, alguns sacerdotes têm criticado abertamente a falta de liberdade em Cuba, como o padre Alberto Reyes, que escreveu no Facebook no dia 1 de novembro que o povo Cubano vive no meio do medo e da mentira”, disse.

No entanto, o relatório afirma que "ainda assim, tem havido alguns desenvolvimentos positivos", como aceitar "que grupos religiosos possam se envolver em projetos de caridade secundários". “Assim, após 13 anos de construção, a Igreja Católica pôde inaugurar a 25 de maio de 2019 um lar para idosos em Camagüey. Uma Igreja Evangélica já gere umas instalações semelhantes”, afirmou.

Além disso, em meio à pandemia de Covid-19, “o governo adotou uma medida histórica para a Semana Santa de 2020: permitiu aos bispos católicos proferirem uma alocução de 30 minutos aos fiéis das suas dioceses via rádio, em quatro ocasiões distintas. E a televisão cubana transmitiu a Via Sacra dirigida pelo Papa Francisco na Sexta-feira Santa, bem como a Santa Missa durante a Semana Santa e nos domingos seguintes”.

ACI Digital

S. CATARINA DE SENA, VIRGEM, DOUTORA DA IGREJA, PADROEIRA DA EUROPA E DA ITÁLIA

S. Catarina de Sena, virgem, doutora da Igreja,
Padroeira da Europa e da Itália  (© MET)

“Não nos contentemos com as coisas pequenas. Deus quer coisas grandes! Se vocês fossem o que deveriam ser, incendiariam toda a Itália!” Com estas palavras, em seu habitual estilo firme e intransigente, mas sempre materno, Catarina Benincasa convidava à radicalidade da fé a um dos seus interlocutores epistolares. Trata-se de uma exortação que revela o ardente desejo da santa de irradiar o Evangelho no mundo, mediante o testemunho ciente e crível de homens e mulheres convertidos pelo anúncio do Ressuscitado: “Munida de uma fé invicta, poderá enfrentar, vitoriosamente, seus adversários”, disse-lhe Cristo em uma visão no último dia de Carnaval de 1367, em um episódio que os biógrafos recordam como “núpcias místicas” de Catarina.

Determinada, desde criança, a casar-se com Cristo
Nasceu vinte e cinco anos antes, no dia 25 de março, no bairro Fontebranda de Sena, vigésima quarta filha, dos vinte e cinco vindos ao mundo, de Jacopo Benincasa e de Lapa de Puccio Piacenti, em uma época caracterizada por fortes tensões no tecido social; com apenas seis anos, - em um momento em que o Papado tinha sua sede em Avinhão e os movimentos heréticos insidiavam a vida Igreja, - a menina teve uma visão em que Jesus estava vestido com roupas pontificais. No ano seguinte, fez votos de virgindade, amadurecendo, depois, o firme propósito de seguir a perfeição cristã junto à ordem Dominicana. Diante da oposição dos pais, que queriam que se casasse, Catarina reagiu com determinação: com 12 anos, cortou o cabelo, cobriu-se com um véu e encerrou-se em casa. Então, em 1363, a família permitiu-lhe entrar para a comunidade das “Mantellate” ou Terciárias Dominicanas.

Mãe e mestra, ponto de referência espiritual para muitos
A santa aprendeu a ler e escrever e se dedicou a uma intensa atividade caritativa entre os últimos; em uma Europa, dilacerada por pestes, guerras, escassez e sofrimentos, ela se tornou um ponto de referência para homens de cultura e religiosos, que, por frequentarem assiduamente a sua casa, foram chamados “catarinados”. Os mais íntimos entre eles a chamavam “mãe e mestra” e se tornaram descritores dos seus muitos apelos às autoridades civis e religiosas: exortações a assumir suas responsabilidades, às vezes, repreendidos e convidados a agir, mas sempre expressos com amor e caridade. Entre os temas enfrentados nas missivas destacam-se: a pacificação da Itália, a necessidade de cruzadas, a reforma da Igreja e o retorno do Papado a Roma, para o qual a santa foi determinante, por se encontrar, na Provença, em 1376, com o Papa Gregório XI.

O Papa “doce Cristo na terra” e seu retorno a Roma
Catarina jamais teve medo de admoestar o Sucessor de Pedro, por ela definido “doce Cristo na terra”, às suas responsabilidades: reconhecia suas faltas humanas, mas sempre teve máxima reverência pelo Vigário de Jesus na terra, assim como por todos os sacerdotes. Após a rebelião de um grupo de Cardeais, que deu início ao cisma do Ocidente, Urbano VI a convocou em Roma. Ali, a santa adoeceu e faleceu em 29 de abril de 1380, como Jesus, com apenas 33 anos. As palavras do apóstolo Paulo “Não sou mais eu quem vive, mas Cristo vive em mim” se encarnaram na vida de Catarina que, em 1375, recebeu os estigmas incruentos, revivendo semanalmente, - narram as testemunhas, - a Paixão de Cristo.

Proclamada Doutora da Igreja por Paulo VI
A pertença ao Filho de Deus, a coragem e a sabedoria infusa são os traços distintivos de uma mulher, única na história da Igreja, autora de textos como “O Diálogo da Divina Providência”, o “Epistolário” e a coletânea de “Orações”. Devido à sua grandeza espiritual e doutrinal, Paulo VI, em 1970, a proclama Doutora da Igreja.

Apaixonada por Jesus Cristo, Catarina escrevia: “Nada atrai o coração de um homem como o amor! Por amor, Deus o criou; por amor, seu pai e sua mãe deram-lhe a sua substância; ele foi feito para amar.”

Vatican News

quarta-feira, 28 de abril de 2021

O dever dos bispos alemães é defender os ensinamentos da Escritura, diz cardeal Pell

Cardeal George Pell / Crédito: Vatican Media

Roma, 28 abr. 21 / 02:56 pm (ACI).- "O dever dos bispos alemães é defender os ensinamentos da Escritura, defender os ensinamentos da Igreja. Nós estamos sob esses ensinamentos. Os bispos não têm poder para mudá-los - nenhum de nós tem", disse o Cardeal George Pell.  "Penso que há uma parcela da Igreja alemã que parece obstinada a caminhar na direção errada", disse o cardeal numa entrevista ao canal EWTN em 27 de abril.

O comentário aparece no momento em que sacerdotes alemães planejam uma maratona de bênçãos para uniões de pessoas do mesmo sexo, no 10 de maio, como forma de protesto contra o documento da Congregação para a Doutrina da Fé no Vaticano que veta qualquer bênção para esse tipo de união.

Para o cardeal australiano, a situação da Igreja na Alemanha parece "sinistra".

"Com isso, quero dizer que é bastante claro que um cristianismo liberalizado, seja ele um catolicismo ou um protestantismo, no prazo de uma geração ou duas, mergulha num agnosticismo. ... Se começarmos a adotar os procedimentos do mundo e a aprovar todo tipo de comportamento, ninguém vai se importar com mais nada".

Nos últimos anos, um número recorde de católicos deixou a Igreja na Alemanha. Só em 2019 mais de 270 mil pessoas abandonaram formalmente a Igreja.

O cardeal acompanhou a situação da Igreja na Alemanha através das notícias durante a sua prisão na Austrália, que ele descreve no seu último livro, "Prison Journal, Volume 2: The State Court Rejects the Appeal" (Diários da Prisão, Volume 2, A Corte do Estado Rejeita a Apelação, em tradução livre), publicado nos EUA pela editora Ignatius Press. Pell foi condenado em primeira instância por cinco acusações de abuso sexual. Sua condenação foi anulada pela Alta Corte, instância mais alta da Justiça australiana.

Durante os seus 404 dias na prisão, Pell disse que manteve o diário como um "registo histórico de uma época estranha".

O cardeal foi preso em 2019, o mesmo ano em que os bispos alemães lançaram o seu "Caminho Sinodal", um processo que reúne padres, bispos e leigos alemães para discutir reformas em quatro campos principais: a forma como o poder é exercido na Igreja, a moral sexual, o sacerdócio, e o papel das mulheres na Igreja.

Quando os bispos lançaram a iniciativa, disseram que as deliberações seriam "vinculantes" para a Igreja alemã, o que provocou uma intervenção do Vaticano.

Em junho de 2019, o Papa Francisco enviou uma carta aos bispos alemães contendo uma série recomendações. Na carta, o Santo Padre alertou os bispos contra a tentação de "reorganizar as coisas" esquecendo a “dimensão teológica”. E recordou aos prelados que “a evangelização deve ser nosso critério orientador por excelência para discernir os movimentos".

O Cardeal Pell fará 80 anos no dia 8 de junho, deixando, assim, de ser eleitor em um futuro conclave. Apenas os cardeais com menos de 80 anos votam na escolha de um papa. Respondendo sobre como se sente por chegar a esta idade, o cardeal disse estar grato pelas muitas bênçãos na sua vida.

"O meu maior consolo agora é que, quaisquer que tenham sido as minhas imperfeições e tolices, não joguei a minha vida fora por uma causa disparatada - como acumular dinheiro para si próprio. Dediquei a minha vida a Cristo, à Igreja, de forma imperfeita e ineficaz, sim, porém isso me traz uma consolação incomparável", concluiu.

ACI Digital

Papa: É preciso valorizar a vida interior. Meditar é encontrar Jesus e nós mesmos

Audiência Geral na Biblioteca do Palácio Apostólico | Vatican News

Falando sobre a meditação, o Papa Francisco acrescenta mais um capítulo à sua série sobre a oração. Meditar, afirmou, é uma forma de rezar comum não só aos cristãos, mas a fiéis de outras religiões e até para quem não tem uma visão religiosa da vida. “Nós não somos feitos para correr em continuação, possuímos uma vida interior que não pode ser espezinhada. Meditar è uma necessidade de todos.”

Bianca Fraccalvieri – Vatican News

Meditar é um modo de encontrar Jesus: a meditação foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira, realizada ainda sem a presença de fiéis, na Biblioteca do Palácio Apostólico.

O Pontífice acrescenta assim mais um capítulo à sua série sobre a oração, pois meditar é uma forma de rezar comum não só aos cristãos, mas a fiéis de outras religiões e até para quem não tem uma visão religiosa da vida.

“Todos precisamos meditar, refletir, reencontrar nós mesmos. É uma dinâmica humana”, disse o Papa, sobretudo no “voraz” mundo ocidental, e representa um antídoto contra o estresse cotidiano e o vazio que se expande por todo lado.

“Nós não somos feitos para correr em continuação, possuímos uma vida interior que não pode ser espezinhada. Meditar é uma necessidade de todos. Meditar, por assim dizer, significa parar e fazer um respiro na vida. Parar.”

A meditação cristã é um encontro com o transcendente

Mas para um cristão, meditar tem um sentido diferente, que vai além: seguir Jesus Cristo.

O cristão, quando reza, não aspira à plena transparência de si, não se coloca em busca do núcleo mais profundo do seu eu. Isto é lícito, mas o cristão busca outra coisa. A oração do cristão é, antes de tudo, o encontro com o Outro, com o maiúsculo. O encontro com o transcendente, com Deus.

Os benefícios desta prática, como paz interior, domínio de si ou lucidez, são resultados de “efeitos colaterais” da graça da oração cristã, que é o encontro com Jesus. “Meditar é ir ao encontro com Jesus dentro de nós.”

Os inúmeros métodos de meditação indicam experiências espirituais diferentes: estilos mais sóbrios, articulados, que privilegiam a dimensão intelectual ou afetiva e emotiva. Todos são importantes e dignos de serem praticados. Não reza só com a mente ou com os sentimentos.

Mas o todo. Mas um método nada mais é que uma guia, é o caminho, não a meta. “O importante é avançar, com o Espírito Santo, na única vida da oração: Cristo Jesus. O companheiro de caminhada é o Espírito Santo. Não é possível meditar sem Ele.”

Meditar é reviver os mistérios da fé

Eis então a graça da oração cristã: Cristo não está distante, mas está sempre em relação conosco.

Cada momento da vida terrena de Jesus, através da graça da oração, pode se tornar contemporâneo a nós. Do Batismo no rio Jordão, aos inúmeros milagres do mestre, podemos reviver os mistérios da vida de Cristo.

“Não há página do Evangelho em que não haja lugar para nós. Meditar, para nós cristãos, é um modo de encontrar Jesus. E assim, somente assim, de nos encontrar a nós mesmos. Não é um inclinar-se sobre nós mesmos, mas ir até Jesus e em Jesus encontrar nós mesmos, curados, ressuscitados, fortes pela graça de Jesus. E encontrar Jesus Salvador de todos, inclusive meu. E isto graças à guia do Espírito Santo.”

Vatican News

ESPERANÇA EM CRISTO RESSUSCITADO

Crédito: Tumgir
Dom Adelar Baruffi
Bispo de Cruz Alta (RS)

Em tempos de crise de esperança, por causa da pandemia, temos, sim, a esperar: em Jesus Cristo Ressuscitado. Com certeza, somos portadores da esperança, que brota do Crucificado-Ressuscitado. Olhamos para ele e nos sentimos no caminho. Mais do que nunca, pois n´Ele todos nós, seus discípulos, somos novamente alimentados em nossa esperança. Ele carrega consigo as marcas de sua história, as chagas, como faz questão de mostrá-las aos ainda incrédulos apóstolos: “Vede minhas mãos e meus pés: sou eu!” (Lc 24,39). A experiência narrada no Evangelho de Lucas dos dois discípulos de Emaús (cf. Lc 24,13-35) pode se repetir com cada batizado.

A lógica de cada uma das aparições do Ressuscitado é sempre a mesma: Jesus toma a iniciativa; Ele vai ao encontro dos apóstolos; Ele se dá a conhecer; os apóstolos o conhecem e se enchem de alegria, eles vão em missão e Jesus desaparece. Então, os apóstolos, são os portadores da esperança que brota do Crucificado-Ressuscitado. Este é o motivo de nossa confiança e fonte de segurança nos caminhos da vida: Ele caminha conosco sempre, inclusive agora, nos tempos mais difíceis. Como a estes discípulos, às vezes desanimados e carregando o fardo de suas preocupações, o Ressuscitado se aproxima, caminha junto, ouve atentamente e, com sua Palavra reanima, aquecendo o coração e partindo o pão.  Este tempo é oportuno para que cada cristão o descubra novamente vivo em sua vida, em sua família e em sua comunidade de fé. É como se o Cristo Ressuscitado aparecesse conosco, em nossa vida, e, nós com o coração partido de dor (cf. Lc 24, 17-19) vamos dialogando, vamos conversando sobre as mortes deste tempo de pandemia, as dores que tivemos, os sofrimentos e as dificuldades na vida e, sobretudo, o sentido do nosso viver. Enfim, dizemos: “Não estava ardendo o nosso coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos abria as Escrituras” (Lc 24,32).

Vale dizer que nosso olhar nunca é somente sociológico. O olhar do cristão é o olhar de Cristo, com sua inteligência, com seu coração, com tudo o que ele tem de bom dentro de si. Portanto, o nosso olhar é cristológico. A partir dele, fazemos nossas opções, nossos caminhos. De fato, só faz uma opção por Cristo quem, verdadeiramente, já conseguiu entrar, ou melhor deixar-se encontrar, em Cristo.

A Sagrada Escritura toda foi escrita sob três categorias fundamentais: memória, presença e esperança. Sempre fazemos memória. Cada celebração que realizamos, fazemos uma memória dos acontecimentos, dos fatos, das pessoas que foram agraciadas por Deus. Mais ainda, na eucaristia, onde fazemos a memória da vida de Cristo, que se dá a nós, no altar. A memória é o acontecimento fundante de toda a nossa vida cristã, sem este não seria possível a nossa fé. Depois, a presença. Sempre a vida de Cristo, na ação do Espírito Santo, que se faz presente no hoje da história. Cada história é sempre o hoje da salvação. Agora é tempo de dizer “sim” a Deus. E, enfim, a esperança. É bom caminhar no mundo, andando contra toda esperança, e confiar que Deus é o princípio e o fim de todas as coisas. Para lá caminhamos, para lá voltamos. Ele nos espera confiante.

“Até agora, toda a criação geme e sofre dores de parto” (Rm 8,22). No Cristo Crucificado-Ressucitado, está nossa esperança, hoje e sempre. Afinal, não foi nele que fomos um dia batizados?

CNBB

Deixemo-nos guiar pela luz de Cristo

Crédito: Cloudigirl
Por Pe. Roger Araújo, Canção Nova

“Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas” (João 12,46).

Você sabe que todo aquele que crê em Jesus, crê que Ele é o enviado de Deus. Crê não somente em Jesus, mas também n’Aquele que O enviou. Crê no Pai, Senhor da Vida, Senhor que ilumina a nossa vida.

A luz que o Pai nos dá é o Seu próprio Filho: “Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas…”, na escuridão, na ilusão, nos caminhos tenebrosos, mas encontre no caminho da vida.

Como existem caminhos escuros nesta vida! Como existem tantas obscuridades nos caminhos por onde andamos! Mas não podemos perder a direção de viver. A direção da nossa vida está em Jesus. Sigamos Ele, olhemos para Ele e deixemos que a nossa vida seja dirigida, iluminada, guiada e conduzida pelo Senhor da Vida que é Jesus.

A nossa comunhão com Cristo é crer em Sua Palavra, é crer na Palavra que Ele traz para nós, é crer que Ele é a Palavra, e o nosso encontro com ela é o nosso encontro com Ele. Quando me deixo guiar e conduzir pela Palavra de Jesus, Ele traz luz às situações mais escuras da minha vida.

É Jesus quem nos traz a luz, a graça e a direção

Às vezes, encontramo-nos naquela penumbra, sem saber o que fazer, estamos tomados por uma obscuridade que tem nome, que se chama ansiedade. A ansiedade é a pressa de ter respostas para as coisas, a ansiedade leva-nos a ser precipitados, ao mesmo tempo, iludidos; e estamos facilmente tão enganados!

Precisamos vencer essas trevas que fazem o nosso coração sucumbir na precipitação, na agitação, em meio a tudo aquilo que precisamos resolver na vida. Por isso não podemos tirar de Jesus o nosso olhar, sobretudo em meio às contrariedades todas que passamos.

Quando nos agitamos, perturbamo-nos, revoltamo-nos e inquietamo-nos. Então, quando as coisas estiverem dando errado para nós, acalmemos o nosso coração, não nos voltemos para as coisas tenebrosas. Voltemos nossa atenção para Jesus, e vamos pedindo a luz d’Ele para iluminar cada situação obscura que vivemos. Supliquemos para que Ele nos tire das trevas que envolvem a nossa alma, supliquemos a libertação e a restauração. Supliquemos para caminhar na presença de Jesus mesmo que tenhamos que passar pelas sombras mais tenebrosas da morte.

É Jesus quem nos conduz pela mão, é Ele quem nos traz a luz, a graça e a direção para a nossa vida. Ele veio ao mundo como luz, por isso não permaneçamos nas trevas, guardemos Suas Palavras, observemos Seus mandamentos e nos deixemos guiar pela luz, que é Nosso Senhor e Salvador Jesus.

Deus abençoe você!

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF