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segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

DEUS FEITO HOMEM (Parte 1/8)

Apologistas da Fé Católica

DEUS FEITO HOMEM

Como o Mistério da Encarnação fez do Cristianismo uma Religião da Imagem por excelência.

A controvérsia iconoclasta foi o primeiro debate profundo na história da igreja sobre a natureza e função da arte religiosa e a possibilidade de uma estética cristã. Na verdade, como sugeriu o medievalista Gerhart B. Ladner, “𝘥𝘶𝘳𝘢𝘯𝘵𝘦 𝘵𝘰𝘥𝘢 𝘢 𝘐𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘔é𝘥𝘪𝘢 𝘯ã𝘰 𝘰𝘤𝘰𝘳𝘳𝘦𝘶 𝘯𝘰 𝘖𝘤𝘪𝘥𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘯𝘦𝘯𝘩𝘶𝘮𝘢 𝘥𝘪𝘴𝘤𝘶𝘴𝘴ã𝘰 𝘵𝘦ó𝘳𝘪𝘤𝘢 𝘥𝘢𝘴 𝘳𝘦𝘭𝘢çõ𝘦𝘴 𝘦𝘯𝘵𝘳𝘦 𝘳𝘦𝘭𝘪𝘨𝘪ã𝘰 𝘦 𝘢𝘳𝘵𝘦 𝘲𝘶𝘢𝘴𝘦 𝘵ã𝘰 𝘷𝘪𝘨𝘰𝘳𝘰𝘴𝘢 𝘲𝘶𝘢𝘯𝘵𝘰 𝘢 𝘢𝘱𝘳𝘦𝘴𝘦𝘯𝘵𝘢𝘥𝘢 𝘱𝘦𝘭𝘰𝘴 𝘵𝘦ó𝘭𝘰𝘨𝘰𝘴 𝘨𝘳𝘦𝘨𝘰𝘴”.¹ Essa caracterização é precisa em sua descrição da resposta ocidental à controvérsia bizantina.² Também se aplicaria a ambos os lados da controvérsia bizantina, tanto para os iconoclastas quanto para os iconódulas. Em contraste com a oposição às imagens baseadas numa suposta “espiritualidade da adoração, adesão à lei do Antigo Testamento e repulsa contra as práticas de culto das massas pagãs”, a posição iconoclasta do século VIII “𝘦𝘳𝘢 𝘣𝘢𝘴𝘦𝘢𝘥𝘢 𝘧𝘪𝘳𝘮𝘦𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘦𝘮 𝘢𝘳𝘨𝘶𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰𝘴 𝘥𝘰𝘶𝘵𝘳𝘪𝘯á𝘳𝘪𝘰𝘴”.³ E quer tenha havido ou não tanto desenvolvimento na posição dos Iconoclastas depois de 815 como alguns estudiosos sugeriram, a firme confiança em argumentos doutrinários continuou a marcar tanto os Iconoclastas quanto os Iconódulas. Entre os últimos, “𝘵𝘢𝘭𝘷𝘦𝘻 𝘰 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘱𝘦𝘯𝘦𝘵𝘳𝘢𝘯𝘵𝘦 foi São Teodoro, o Estudita, que morreu em 826. Essa avaliação de Teodoro se mantém, apesar da caracterização de seu pensamento por Harnack (protestante) como “𝘶𝘮𝘢 𝘪𝘤𝘰𝘯𝘰𝘴𝘰𝘧𝘪𝘢 𝘤𝘰𝘮𝘱𝘰𝘴𝘵𝘢 𝘥𝘦 𝘴𝘶𝘱𝘦𝘳𝘴𝘵𝘪çã𝘰 𝘦 𝘦𝘴𝘤𝘰𝘭𝘢𝘴𝘵𝘪𝘤𝘪𝘴𝘮𝘰”. O mesmo Harnack também manifestou a profundidade de sua hostilidade não apenas à “iconosofia”, mas aos ícones como tais, quando descreveu seu desenvolvimento na arte e no culto cristão como uma prática idólatra que era praticada na Igreja Oriental “𝘢𝘴𝘴𝘪𝘮 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘵𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘴𝘪𝘥𝘰 𝘯𝘰 𝘱𝘢𝘨𝘢𝘯𝘪𝘴𝘮𝘰, 𝘢𝘱𝘦𝘯𝘢𝘴 𝘰 𝘴𝘦𝘯𝘴𝘰 𝘥𝘦 𝘣𝘦𝘭𝘦𝘻𝘢 𝘩𝘢𝘷𝘪𝘢 𝘴𝘪𝘥𝘰 𝘪𝘯𝘷𝘦𝘳𝘵𝘪𝘥𝘰”. A profundidade total dos argumentos doutrinários pode ser entendida apenas se examinarmos o que aconteceu quando a justificativa teórica dos ícones mudou dos argumentos sobre a Tradição para as provas sobre a base cristológica, e daí ao que tem sido chamado de método “escolástico” de argumentação.
Nos estágios iniciais da contenda entre Iconoclastas e Iconódulas sobre a autoridade da Tradição, a massa de evidências explícitas dos primeiros séculos de pensamento e ensino cristão acerca de imagens parecia, sob uma leitura superficial, estar do lado dos Iconoclastas. As defesas patrísticas da fé cristã, primeiro aquelas dirigidas contra o judaísmo e depois as dirigidas ao helenismo, enfatizaram consistentemente a divergência fundamental entre a adoração cristã dada ao Deus invisível e toda forma de idolatria pagã a representações visíveis da divindade. Além disso, eles o fizeram de tal maneira que sua linguagem polêmica agora parecia, pelo menos em uma leitura leviana, aplicar-se ainda mais severamente a qualquer uso cristão da arte representativa no culto do que à prática pagã. Se esse gênero de literatura apologética patrística fosse tomado como a única evidência admissível do testemunho dos padres da igreja, os iconoclastas pareceriam ter razão ao afirmar que era sua postura inflexível contra as imagens, e não a “novidade alarmante” dos porta-vozes do culto de imagens – que fielmente representaram a voz contínua da Tradição cristã autêntica e Ortodoxa.
Mas logo ficou óbvio para todas as partes que a controvérsia não poderia ser confinada a essa classe de evidência tradicional, porque os ataques apologéticos ao culto pagão de imagens não eram tudo o que havia na literatura cristã primitiva. Pois, como o historiador Georges Florovsky observa, “
𝘢 𝘪𝘤𝘰𝘯𝘰𝘤𝘭𝘢𝘴𝘵𝘪𝘢 𝘯ã𝘰 𝘦𝘳𝘢 𝘢𝘱𝘦𝘯𝘢𝘴 𝘶𝘮𝘢 𝘳𝘦𝘫𝘦𝘪o 𝘪𝘯𝘥𝘪𝘴𝘤𝘳𝘪𝘮𝘪𝘯𝘢𝘥𝘢 𝘥𝘦 𝘲𝘶𝘢𝘭𝘲𝘶𝘦𝘳 𝘢𝘳𝘵𝘦𝘧𝘰𝘴𝘴𝘦 𝘦𝘭𝘢 𝘳𝘦𝘭𝘪𝘨𝘪𝘰𝘴𝘢 𝘰𝘶 𝘴𝘦𝘤𝘶𝘭𝘢𝘳 -. 𝘍𝘰𝘪 𝘢𝘯𝘵𝘦𝘴, 𝘶𝘮𝘢 𝘳𝘦𝘴𝘪𝘴𝘵ê𝘯𝘤𝘪𝘢 𝘢 𝘶𝘮 𝘵𝘪𝘱𝘰 𝘦𝘴𝘱𝘦𝘤𝘪𝘢𝘭 𝘥𝘦 𝘢𝘳𝘵𝘦 𝘳𝘦𝘭𝘪𝘨𝘪𝘰𝘴𝘢, … 𝘦 𝘴𝘶𝘢 𝘮𝘢𝘳𝘤𝘢 𝘥𝘪𝘴𝘵𝘪𝘯𝘵𝘪𝘷𝘢 𝘧𝘰𝘪, 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘓𝘰𝘶𝘪𝘴 𝘉𝘳𝘦𝘩𝘪𝘦𝘳 𝘤𝘰𝘭𝘰𝘤𝘰𝘶 𝘳𝘦𝘤𝘦𝘯𝘵𝘦𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 (𝘦𝘮𝘭𝘢 𝘳𝘦𝘤𝘩𝘦𝘳𝘤𝘩𝘦 𝘯𝘢𝘪𝘷𝘦 𝘥𝘦 𝘭𝘢 𝘷𝘦𝘳𝘪𝘵𝘦 𝘩𝘪𝘴𝘵𝘰𝘳𝘪𝘲𝘶𝘦’), 𝘶𝘮𝘢 ê𝘯𝘧𝘢𝘴𝘦 𝘦𝘴𝘱𝘦𝘤𝘪𝘢𝘭 𝘯𝘢 𝘷𝘦𝘳𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘩𝘪𝘴𝘵ó𝘳𝘪𝘤𝘢 (especialmente no que se refere à pessoa de Cristo)”. Quando os pais da igreja estavam diferenciando tão nitidamente entre a adoração autêntica do Deus invisível verdadeiro e a adoração inautêntica dos falsos deuses visíveis, eles o faziam em nome de uma adoração que era dirigida também à pessoa de Jesus Cristo. Já nos séculos II e III, e depois ex professo a partir do século IV, a preocupação central do pensamento cristão era com a legitimidade dessa forma específica de culto. A questão fundamental era, como formulou Harnack: “𝘖 𝘋𝘪𝘷𝘪𝘯𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘢𝘱𝘢𝘳𝘦𝘤𝘦𝘶 𝘯𝘢 𝘵𝘦𝘳𝘳𝘢 𝘦 𝘳𝘦𝘶𝘯𝘪𝘶 𝘰 𝘩𝘰𝘮𝘦𝘮 𝘤𝘰𝘮 𝘋𝘦𝘶𝘴 é 𝘪𝘥ê𝘯𝘵𝘪𝘤𝘰 𝘢𝘰 𝘋𝘪𝘷𝘪𝘯𝘰 𝘴𝘶𝘱𝘳𝘦𝘮𝘰, 𝘲𝘶𝘦 𝘨𝘰𝘷𝘦𝘳𝘯𝘢 𝘰 𝘤é𝘶 𝘦 𝘢 𝘵𝘦𝘳𝘳𝘢, 𝘰𝘶 é 𝘶𝘮 𝘴𝘦𝘮𝘪𝘥𝘦𝘶𝘴?”.¹⁰ Por fim, o desenvolvimento da arte cristã também passou a corresponder a esse desenvolvimento teológico.
A própria Imagem da Virgem está subordinada à Imagem de Cristo; pois foi sobre a questão da legitimidade ou ilegitimidade da representação de Cristo como confinado e “circunscrito [perigraptos]” dentro de uma imagem, seja ele infantil ou adulto, que a questão na controvérsia iconoclástica foi percebida como dependente, inclusive para a importância da disputa sobre a justificativa para fazer imagens cristãs da própria Virgem Maria. Assim, diz São João Damasceno;
«
𝘙𝘦𝘢𝘭𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘩á𝘴-𝘥𝘦 𝘥𝘪𝘻𝘦𝘳-𝘮𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘰 𝘷𝘦𝘳𝘥𝘢𝘥𝘦𝘪𝘳𝘰 𝘊𝘳𝘪𝘴𝘵𝘰 𝘯ã𝘰 𝘱𝘰𝘥𝘦 𝘤𝘪𝘳𝘤𝘶𝘯𝘴𝘤𝘳𝘦𝘷𝘦𝘳-𝘴𝘦, é 𝘮𝘢𝘪𝘰𝘳 𝘲𝘶𝘦 𝘰 𝘱𝘦𝘯𝘴𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰, 𝘪𝘮𝘱𝘢𝘴𝘴í𝘷𝘦𝘭 𝘦 𝘪𝘯𝘤𝘰𝘮𝘱𝘳𝘦𝘦𝘯𝘴í𝘷𝘦𝘭. 𝘌𝘶 𝘱𝘳ó𝘱𝘳𝘪𝘰 𝘵𝘢𝘮𝘣é𝘮 𝘢𝘧𝘪𝘳𝘮𝘰 𝘪𝘴𝘴𝘰. 𝘊𝘰𝘮 𝘦𝘧𝘦𝘪𝘵𝘰, 𝘵𝘢𝘮𝘣é𝘮 𝘦𝘶 𝘢𝘴𝘴𝘪𝘮 𝘤𝘰𝘯𝘧𝘦𝘴𝘴𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘢 𝘥𝘪𝘷𝘪𝘯𝘥𝘢𝘥𝘦 é 𝘪𝘯𝘤𝘪𝘳𝘤𝘶𝘯𝘴𝘤𝘳𝘪𝘵𝘢, 𝘮𝘢𝘪𝘰𝘳 𝘲𝘶𝘦 𝘰 𝘱𝘦𝘯𝘴𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰, 𝘪𝘮𝘱𝘢𝘴𝘴í𝘷𝘦𝘭. 𝘛𝘰𝘥𝘢𝘷𝘪𝘢 𝘢 𝘤𝘢𝘳𝘯𝘦 𝘱𝘰𝘥𝘦 𝘤𝘪𝘳𝘤𝘶𝘯𝘴𝘤𝘳𝘦𝘷𝘦𝘳-𝘴𝘦, 𝘵𝘢𝘭 𝘲𝘶𝘢𝘭 𝘢𝘱𝘢𝘳𝘦𝘤𝘦𝘶 𝘯𝘢 𝘵𝘦𝘳𝘳𝘢, 𝘤𝘰𝘮 𝘢𝘲𝘶𝘦𝘭𝘢𝘴 𝘮𝘢𝘳𝘤𝘢𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘭𝘢 𝘴𝘰𝘧𝘳𝘦𝘶. 𝘔𝘢𝘴 𝘵𝘶 𝘥𝘪𝘳-𝘮𝘦𝘴 𝘥𝘦 𝘯𝘰𝘷𝘰: “𝘚𝘦𝘳á 𝘲𝘶𝘦 𝘢 𝘴𝘦𝘨𝘶𝘪𝘳 𝘫á 𝘷𝘢𝘪𝘴 𝘴𝘦𝘱𝘢𝘳𝘢𝘳 𝘢 𝘤𝘢𝘳𝘯𝘦 𝘥𝘢 𝘥𝘪𝘷𝘪𝘯𝘥𝘢𝘥𝘦?” 𝘋𝘦𝘶𝘴 𝘮𝘦 𝘭𝘪𝘷𝘳𝘦! 𝘕𝘶𝘯𝘤𝘢 𝘦𝘭𝘢𝘴 𝘧𝘰𝘳𝘢𝘮 𝘴𝘦𝘱𝘢𝘳𝘢𝘥𝘢𝘴 𝘶𝘮𝘢 𝘥𝘢 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘢, 𝘯𝘦𝘮 𝘯𝘰 𝘷𝘦𝘯𝘵𝘳𝘦 𝘮𝘢𝘵𝘦𝘳𝘯𝘰, 𝘯𝘦𝘮 𝘯𝘰 𝘣𝘢𝘱𝘵𝘪𝘴𝘮𝘰, 𝘯𝘦𝘮 𝘯𝘢 𝘤𝘳𝘶𝘻, 𝘯𝘦𝘮 𝘯𝘰𝘴 𝘪𝘯𝘧𝘦𝘳𝘯𝘰𝘴. 𝘌 𝘵𝘶 𝘱𝘦𝘳𝘨𝘶𝘯𝘵𝘢𝘳-𝘮𝘦𝘴: “𝘚𝘦 𝘢 𝘤𝘢𝘳𝘯𝘦 𝘦 𝘢 𝘥𝘪𝘷𝘪𝘯𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘯𝘶𝘯𝘤𝘢 𝘧𝘰𝘳𝘢𝘮 𝘴𝘦𝘱𝘢𝘳𝘢𝘥𝘢𝘴, 𝘤𝘰𝘮𝘰 é 𝘲𝘶𝘦 𝘱𝘰𝘥𝘦𝘴 𝘤𝘪𝘳𝘤𝘶𝘯𝘴𝘤𝘳𝘦𝘷𝘦𝘳 𝘴𝘰𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘢 𝘤𝘢𝘳𝘯𝘦?” 𝘚𝘶𝘣𝘮𝘦𝘵𝘰-𝘵𝘦 𝘢 𝘮𝘪𝘮, ó 𝘩𝘦𝘳𝘦𝘨𝘦. 𝘘𝘶𝘦𝘮 é 𝘲𝘶𝘦 𝘴𝘶𝘨𝘰𝘶 𝘰 𝘭𝘦𝘪𝘵𝘦 𝘥𝘢𝘲𝘶𝘦𝘭𝘢 𝘲𝘶𝘦 é 𝘔ã𝘦 𝘦 𝘝𝘪𝘳𝘨𝘦𝘮? 𝘕ã𝘰 𝘧𝘰𝘪 𝘢 𝘤𝘢𝘳𝘯𝘦? 𝘘𝘶𝘦𝘮 é 𝘲𝘶𝘦 𝘴𝘦 𝘢𝘱𝘳𝘦𝘴𝘦𝘯𝘵𝘰𝘶 𝘯𝘶 𝘯𝘰 𝘑𝘰𝘳𝘥ã𝘰? 𝘕ã𝘰 𝘧𝘰𝘪 𝘢 𝘤𝘢𝘳𝘯𝘦? 𝘘𝘶𝘦𝘮 é 𝘲𝘶𝘦 𝘤𝘰𝘮𝘦𝘶? 𝘘𝘶𝘦𝘮 é 𝘲𝘶𝘦 𝘣𝘦𝘣𝘦𝘶? 𝘘𝘶𝘦𝘮 é 𝘲𝘶𝘦 𝘤𝘢𝘮𝘪𝘯𝘩𝘰𝘶? 𝘘𝘶𝘦𝘮 𝘦𝘴𝘵𝘦𝘯𝘥𝘦𝘶 𝘰𝘴 𝘣𝘳𝘢ç𝘰𝘴 𝘯𝘢 𝘤𝘳𝘶𝘻? 𝘘𝘶𝘦𝘮 é 𝘲𝘶𝘦 𝘧𝘰𝘪 𝘤𝘰𝘭𝘰𝘤𝘢𝘥𝘰 𝘯𝘰 𝘴𝘦𝘱𝘶𝘭𝘤𝘳𝘰? 𝘕ã𝘰 𝘧𝘰𝘪 𝘢 𝘤𝘢𝘳𝘯𝘦? 𝘛𝘰𝘥𝘢𝘴 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢𝘴 𝘧𝘰𝘳𝘢𝘮 𝘳𝘦𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘥𝘢𝘴 𝘱𝘦𝘭𝘢 𝘤𝘢𝘳𝘯𝘦 𝘦, 𝘵𝘰𝘥𝘢𝘷𝘪𝘢, 𝘦𝘭𝘢 𝘯𝘶𝘯𝘤𝘢 𝘦𝘴𝘵𝘦𝘷𝘦 𝘴𝘦𝘱𝘢𝘳𝘢𝘥𝘢 𝘥𝘢 𝘥𝘪𝘷𝘪𝘯𝘥𝘢𝘥𝘦».
– “Adv. Constantinum cabalinum.”, 4 (PG 95,317).

NOTAS

[1]. Gerhart B. Ladner, “Der Bilderstreit und die Kunst-Lehren der byzantinischen und abendlandischen Theologie.” Zeitschriftfiir Kirchengeschichte” 50 (1931), página 14
[2]. Hubert Bastgen, “Das Capitulare Karls cl. Gr. i.iber die Bilder oder die sogenannten Libri Carolini.” Neues Archiv der Gesellschaftfur i:iltere deutsche Geschichtskunde 35 (19rr):631-66; 36 (1912):13-51, 453-533. Embora Bastgen deva ser revisado à luz de pesquisas mais recentes, ele permanece um resumo útil das reações ocidentais.
[3]. Ernst Kitzinger, “The Cult of lmages before Iconoclasm”. Dumbarton Oak Papers 7 (1954), página 133.
[4]. Ver a discussão em “Kirche und theologische Literatur im byzantinischen Reich. Munich”: C. H. Beck’sche Verlagsbuchhandlung”, 1959, de Hans-Georg Beck, página 303.
[5]. Karl Krumbacher, “Geschichte der byzantinischen Litteratur van Justinian bis zum Ende des ostromischen Reiches” (527-1453). 2 ed. Edição de Albert Ehrhard e Heinrich Gelzer. Munich: C.H. Beck’sche Verlagsbuchhandlung, 1897. Página 150.
[6]. Adolf von Harnack. “History of dogma”, volumes 4 e 5, 1961, New York, Dove Publications, página 329.
[7]. Adolf von Harnack, “History of Dogma”, volume 4, 1898, Williams & Norgate, página 319.
[8]. Alexander Alexandrovich Vasiliev, “History of the Byzantine Empire”, 324-1453, 2 vols 2 ed madison; university of wisconsin press, 1958, página 189.
[9]. Georges Florovsky, “Collected Works”, vol 2, Belmont, Mass.: Nordland, 1972, página 115.
[10]. Adolf von Harnack, “Dogmengeschichte”, 4 edição, Tübingen: J. C. B. Mohr (Paul Siebeck), 1905, página 192

Fonte: https://apologistasdafecatolica.wordpress.com/

3 lições da Sagrada Família para você praticar no ano novo

Philippe Lissac | Godong
Por Michael Rennier

Uma família forte sempre supera as dificuldades.

Enquanto eu escrevo este texto, meus seis filhos estão no meio do frenesi pós-natal. A mais nova está pulando em um mini-trampolim enquanto balança um vestido de unicórnio. Os meninos estão usando um Tiranossauro Rex controlado remotamente para atacar uma vila de praia do Lego. Pacotes de baterias estão por toda parte. Gritos de alegria e canções natalinas misturam-se a lutas por novos tesouros. Estou desligando e descendo para trabalhar no meu laptop. Eu tenho a capacidade de ignorar as crianças, mas não culparia minha esposa se ela considerasse isso um vício, porque muitas vezes sinto falta de momentos muito óbvios em que a intervenção dos pais seria extraordinariamente útil.

Tudo isso é para dizer que ser um membro de uma família é uma verdadeira bênção, mas também tem seus desafios. Os irmãos se desentendem, os casais têm problemas, as pessoas não se sentem ouvidas, gritam, as crianças testam seus limites e acham que os pais as tratam injustamente. À medida que crescemos e amadurecemos juntos, nós (esperançosamente) não brigamos tanto pelos brinquedos, mas a vida ainda encontra uma maneira de testar os vínculos familiar. Nós nos amamos, mas isso não significa que não vamos ter problemas.

Todas as famílias enfrentam dificuldades. E como elas conseguem permanecer unidas? Ainda mais importante: como conseguimos prosperar e desfrutarmos uns dos outros? Como podemos crescer juntos?

Cristo nasceu no Natal e teve seu intenso conjunto de desafios e dificuldades, como a fuga da Sagrada Família para o Egito. Qualquer pessoa que tenha viajado com uma criança pequena sabe que não é fácil. Imagine o estresse e o perigo de viajar de burro com um bebê chorão. Lembre-se, também, que por causa da maneira como a gravidez surgiu, José e Maria tiveram um mal-entendido que quase acabou com o casamento deles. Mas a Sagrada Família não apenas sobreviveu, como prosperou. Aqui estão alguns exemplos desta experiência para nos inspirar…

Confie e seja confiável 

O fato de conhecermos melhor nossa família do que qualquer um, na verdade, torna difícil confiar neles algumas vezes, pois tendemos a mostrar o pior lado de nossa personalidade para aqueles que estão mais próximos de nós. É semelhante aos casos em que seu filho fica na casa de um amigo e ajuda a lavar a louça depois do jantar, quando você sabe que, em casa, ele nunca lava um garfo. É um fato estranho da vida;somos mais propensos a nos comportar negativamente com aqueles que devemos amar mais.

No entanto, a Sagrada Família mostra que não tem que ser assim. Tome, por exemplo, José confiando na explicação de Maria para sua gravidez, ou em sua reação calma depois de encontrar Jesus perdido no Templo. Em nossas famílias, ampliar a confiança é um longo caminho. Por outro lado, comportar-se em relação às nossas famílias de forma a merecer essa confiança é um sinal de respeito que elas merecem.

Incentivo

Eu cresci com três irmãos. Nossa vida foi uma competição constante. Felizmente, nossos pais nos ajudaram a amadurecer à medida em que crescemos. Nossos jogos de tabuleiro de família ainda são agressivos, mas não é mais uma guerra total e, quando se trata de assuntos realmente importantes, é claro que queremos o melhor para o outro.

Em Maria, encontramos o exemplo perfeito de uma mãe que motiva e incentiva o filho. Por exemplo, nas bodas de Caná, ela deposita toda a sua confiança nele e até convence os servos da festa a ouvi-lo. Em todas as histórias da Sagrada Família, eles nunca estão com inveja uns dos outros ou lutando por atenção.

Sempre presentes

Em uma família, os heróis são aqueles que permanecem unidos. Não importa o argumento, a frustração, a decepção. Em uma família forte, as pessoas nunca desistem umas das outras. Maria esteve presente em cada momento na vida de seu filho; nos triunfos e nas tragédias. A partir deste ambiente familiar seguro, a cada um de nós é dada a coragem de sair para o mundo com confiança.

No final, ficamos juntos porque pertencemos uns aos outros, e não importa o quão grande uma bagunça nos rodeia, uma família forte sempre irá superar.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF