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quinta-feira, 28 de julho de 2022

O terceiro dia do Papa no Canadá em um minuto

O terceiro dia do Papa no Canadá | Vatican News

Os momentos mais significativos do terceiro dia de viagem de Francisco ,com sua chegada ao Québec e seu encontro com as autoridades civis na Citadelle.

https://youtu.be/JyQqrluZel8

Em sessenta segundos as imagens mais evocativas dos momentos que marcaram o terceiro dia da Viagem Apostólica do Papa Francisco ao Canadá. Pela manhã, a chegada de avião em Québec, capital da província oriental francófona de mesmo nome, que surge às margens do rio São Lourenço. Em seguida, a transferência para a Citadelle de Québec, onde o Papa se encontrou em particular com a governadora-geral, Mary May Simon, e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau. Imediatamente depois, o discurso às autoridades civis, ao Corpo Diplomático e a uma representação dos povos indígenas, a quem reiterou o pedido de perdão por abusos em escolas residenciais, também perpetrados por membros da Igreja Católica. Junto a isso, o apelo para que o mundo se inspire nos valores indígenas para o cuidado da criação e a defesa da família, contra qualquer colonização ideológica.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

quarta-feira, 27 de julho de 2022

Encontro Vocacional dos jovens do Caminho Neocatecumenal em Fortaleza (CE)

Foto: @studioricardorios

Jovens do Caminho Neocatecumenal peregrinam até Fortaleza para participar de Encontro Vocacional

Os jovens do Caminho Neocatecumenal das regiões Norte, Nordeste, de Goiás e do Distrito Federal, participaram de um Encontro Vocacional, na tarde do domingo, 24 de julho, no Ginásio Paulo Sarasate, em Fortaleza (CE).

O Encontro foi presidido por Dom Rosalvo Cordeiro de Lima, Bispo da Diocese de Itapipoca (CE). Já a condução foi feita pela Equipe Responsável pelo Caminho Neocatecumenal no Brasil, formada por Padre José Folqué e Raúl Viana, que iniciaram a celebração, dirigindo aos 4500 jovens presentes, uma catequese sobre o chamado que Deus faz a quem Ele escolhe para serem Suas testemunhas.

Foto: @studioricardorios

Padre José Folqué fez ainda o anúncio do Querigma, que é a Boa Notícia de Jesus Cristo Morto e Ressuscitado por amor e salvação de toda a humanidade e é este amor que dá sentido a vida de cada pessoa e permite o amor entre os homens: “Diz a escritura que Deus nos fez à Sua imagem. Então, a imagem de Deus está aqui dentro de mim. Quando nos batizaram, o Espírito Santo desceu do céu e nos tocou, então, dentro de mim está o fogo que se chama amor. Amar o outro na medida de Cristo, que nos ama como somos, pecadores, para que não vivamos mais para nós mesmos e para que possamos amar o outro como ele é”, exortou Padre José.  

Após a leitura do Evangelho de Lucas, na passagem que narra a multiplicação dos pães, Dom Rosalvo manifestou a alegria por participar do Encontro: “Dou graças a Deus por todos aqueles que aceitaram caminhar com o Senhor, por vocês que estão aqui, por nós, que estamos participando deste momento, em peregrinação. E vemos essa palavra se cumprindo em nossa vida porque o Senhor tem feito multiplicar. Porque aqueles que têm acolhido a Palavra têm feito essa Palavra se multiplicar. Continuemos firmes, olhando para Aquele que deu a vida por nós”.

Ao final, foi feita uma Chamada Vocacional aos rapazes e moças que sentissem o chamado para a vida presbiteral, religiosa ou celibatária missionária. Os 80 rapazes e 70 moças que responderam “sim”, colocaram-se em pé e foram até o Bispo para receber a bênção. Retornando para as respectivas cidades, estes jovens viverão um tempo de discernimento vocacional junto aos catequistas e às comunidades neocatecumenais as quais pertencem, em que os irmãos ajudarão a sustentar o chamado.

Resgatar as raízes da evangelização no Brasil

Foto: @studioricardorios

A ida até Fortaleza foi em peregrinação. Os grupos, saindo de suas cidades, foram parando para rezar e visitar santuários, evangelizaram pelas ruas e praças das cidades onde passaram e celebraram a Eucaristia. Esta peregrinação pela região Nordeste do País quis, de maneira especial, resgatar nos jovens as raízes da Evangelização no Brasil: junto aos catequistas que os acompanhavam, eles puderam aprofundar a história dos missionários jesuítas, franciscanos, beneditinos, carmelitas que, a partir do século 16 vieram ao Brasil para trazer a todos a Boa Nova de Jesus Cristo e, pela fé, derramaram o sangue.

Esses missionários se adaptaram e aprenderam o modo de viver dos povos originários, formando com eles comunidades onde descobriam o amor de Jesus Cristo e o amor ao próximo, independente da cultura, condição ou lugar onde viviam.

Os jovens recordaram também os primeiros mártires em terras brasileiras: No século 17, derramaram o sangue pela fé católica, o Padre André de Soveral e Domingos de Carvalho e 70 mártires em Cunhaú, e o Padre Ambrósio Francisco Ferro e Mateus Moreira, junto a um grande grupo de católicos, martirizados em Uruaçu, todos eles durante a invasão holandesa no Rio Grande do Norte, em 1645. Eles são os protomártires do Brasil.

O Caminho Neocatecumenal

O Caminho Neocatecumenal é um Itinerário de Iniciação Cristã que constitui um dos frutos do Concílio Vaticano II, e busca levar às paróquias a riqueza de viver a fé em pequenas comunidades, como faziam os primeiros cristãos na Igreja primitiva.

Nasceu na década de 1960, em Madri, Espanha, com Kiko Argüello e Carmen Hernández, e se estendeu pelo mundo todo, estando presente em 134 nações dos cinco continentes. No Brasil, encontra-se em 100 dioceses, com mais de 1800 comunidades. Na Arquidiocese de Fortaleza, o Caminho Neocatecumenal chegou em 2002, sendo que, atualmente, há 51 comunidades em 24 paróquias.

Caminho Neocatecumenal no Brasil

Assessoria de Comunicação
Deborah Regina Figueiredo
E-mail: comunicacao.cncbrasil@gmail.com
Site Oficial internacional: https://neocatechumenaleiter.org/pt-br/
Site do Caminho Neocatecumenal no Brasil: www.cn.org.br

Foto: @studioricardorios

Texto: Caminho Neocatecumenal no Brasil

Fonte: https://www.arquidiocesedefortaleza.org.br/

São Clemente de Ochrida

S. Clemente de Ochrida | arquisp
27 de julho

São Clemente de Ochrida

Clemente é chamado "de Ochrida" pela sua forte ligação com aquela cidade. Mas é também conhecido como "o búlgaro", e todos os títulos são apropriados, porque durante sua vida religiosa conviveu muito tempo com esse povo, deixando marcas profundas de sua presença na Bulgária. A sua origem, seu nascimento e juventude são desconhecidos.

No século IX, o príncipe da Morávia solicitou ao imperador de Constantinopla que lhe enviasse evangelizadores de origem germânica. Tinha a intenção de ampliar a catequização da população, mas não queria os missionários "latinos", que eram diferentes dos "germânicos" nos rituais litúrgicos. Isso era possível porque a Igreja ainda não tinha um padrão para todos os rituais católicos.

Seguiram para lá os irmãos Cirilo e Metódio, ambos germânicos, no futuro conhecidos como os "apóstolos do Oriente". Os dois irmãos levaram alguns colaboradores, um deles era Clemente. Como era muito culto e aplicado, tornou-se o colaborador direto de Metódio na adaptação da liturgia do Oriente para as populações daquela região.

Clemente fez inúmeras viagens com os dois apóstolos por todo o leste europeu, sendo um discípulo fiel na pregação do cristianismo. A evangelização do leste europeu era marcada pela rivalidade gerada com divisão entre evangelizadores "latinos" e "germânicos". Tanto assim que o próprio Clemente precisou afastar-se de uma cidade, porque um bispo não aceitava os "ritos germânicos".

Por isto, Clemente decidiu seguir para a Bulgária, onde, além de refúgio, encontrou um novo campo de ação. Lá, trabalhou na simplificação do novo alfabeto para facilitar os estudos. Também converteu à fé cristã o próprio rei, que deixou o trono e retirou-se para um mosteiro. Os outros dois reis sucessores encorajaram a obra missionária e Clemente foi nomeado "primeiro bispo de língua búlgara" para comandar a principal diocese.

Porém Clemente tinha sempre o pensamento voltado para a querida cidade de Ochrida, onde havia construído uma escola, que também era um mosteiro. Era lá que pretendia recolher-se na velhice. Mas não conseguiu, porque antes deveria pessoalmente escolher, instruir e formar o bispo substituto. No dia 27 de julho de 916 ele faleceu na cidade de Velika.

Seu corpo foi sepultado no Mosteiro de Ochrida, onde seu túmulo passou a ser visitado e venerado pela população. Em alguns lugares, por tradição popular, costuma ser lembrado no dia 25 de novembro. A Igreja Católica proclamou-o santo e escolheu o dia de sua morte, 27 de julho, para as homenagens litúrgicas.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

Mapa mostra porcentagem da crença em Deus na Europa

Foto: Landgeist.
Existe uma diferença considerável no número de pessoas que acreditam em Deus com absoluta certeza na Europa.

Redação (26/07/2022 16:59, Gaudium Press) A Europa é o continente onde geralmente as pessoas são menos religiosas, em comparação com outras partes do mundo. Apesar disso, existe uma diferença considerável no número de pessoas que acreditam em Deus com absoluta certeza neste continente.

Um mapa criado pela página Landgeist, com dados do Pew Research Center, analisa os dados de 34 países europeus. É importante ressaltar que essas informações não mostram necessariamente quão religioso é um país.

Oeste e norte da Europa

A menor porcentagem de pessoas que acreditam em Deus está localizada no oeste e o norte da Europa. O país com a porcentagem mais baixa da Europa é a Alemanha, com 10%. Entre os alemães 11% dizem que a religião é muito importante em suas vidas, 24% dizem que frequentam cultos pelo menos mensalmente, 10% dizem que acreditam em Deus com absoluta certeza e 9% dizem que oram diariamente.

Já os países que possuem a porcentagem mais alta no oeste e norte da Europa são a Finlândia e a Irlanda, com 23% e 24% respectivamente. Entre os finlandeses 10% dizem que a religião é muito importante em suas vidas e que frequentam cultos mensalmente. 18% dizem orar diariamente e 23% afirmam crer em Deus com absoluta certeza. Já na Irlanda, 37% dizem que frequentam cultos pelo menos mensalmente, 24% afirmam que acreditam em Deus com absoluta certeza, 23% dizem que a religião é muito importante em suas vidas e 19% asseguram orar diariamente.

Restante da Europa

A porcentagem do restante do continente europeu se situa entre 25% e 40%. As porcentagens mais elevadas encontram-se na Polônia, em Portugal e no sudeste da Europa. Na Moldávia (55%), Croácia (57%), Sérvia (58%), Grécia (59%) e Romênia (64%), a maioria da população acredita em Deus. A Bósnia e Herzegovina tem de longe a porcentagem mais alta da Europa (66%).

O perfil religioso da Bósnia é dividido da seguinte forma: 46% dos adultos são altamente religiosos, 54% dizem que a religião é muito importante em suas vidas, 35% afirmam que frequentam cultos pelo menos mensalmente, 32% oram diariamente e 66% dizem que acreditam em Deus com absoluta certeza. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Alunos de medicina boicotam discurso de professora pró-vida nos EUA

Estudantes deixam o salão em protesto na Universidade de Michigan /
Twitter de Scorpion

REDAÇÃO CENTRAL, 26 jul. 22 / 03:49 pm (ACI).- Estudantes de medicina da Universidade de Michigan, EUA, boicotaram uma cerimônia na universidade por causa da oradora principal, uma médica pró-vida.

Dezenas de estudantes usando avental branco se levantaram e saíram do salão em que se realizava a cerimônia quando Kristin Collier, professora-assistente de clínica da universidade com sede em Ann Arbor, subiu ao pódio.

A universidade havia escolhido Collier para fazer o discurso de recepção aos estudantes que ingressam na área médica.

Antes da cerimônia, alunos e ex-alunos fizeram um abaixo-assinado pedindo que a escola escolhesse um orador diferente. Em entrevistas e em suas redes sociais Collier afirma constantemente a dignidade da vida.

“Esses comentários são antitéticos aos princípios da justiça reprodutiva, pois as restrições ao aborto afetam desproporcionalmente mulheres negras, outras mulheres marginalizadas e pessoas trans”, diz o abaixo-assinado contra a médica.

A escola se recusou a cancelar o discurso de Collier.

Um post de 13 de julho do blog “Mirror of Justice” da Universidade de Notre Dame publicou uma cópia da carta de Marschall Runge, diretor da faculdade de medicina da Universidade de Michigan. Na carta, Runge diz que houve “feedback positivo e negativo” sobre a escolha da oradora principal. No entanto, disse ele, Collier não planeja falar sobre “um tópico controverso” em seus comentários.

“Nós não revogaríamos um orador porque ele pessoalmente tem ideias diferentes dos outros”, escreveu Runge.

Em seu discurso, Collier disse: “Quero reconhecer as feridas profundas que nossa comunidade sofreu nas últimas semanas. Temos muito trabalho a fazer para que a cura ocorra. E espero que hoje, neste momento, possamos nos concentrar no que mais importa, nos unir para apoiar nossos alunos recém-admitidos e suas famílias com o objetivo de recebê-los em uma das maiores vocações que existem nesta terra: a vocação da medicina”.

Collier deu três conselhos para ajudara os alunos em suas carreiras. Primeiro, disse ela, “você não é uma máquina e nem seu paciente. Máquinas e robôs não podem cuidar de ninguém. Completar tarefas não é cuidar”.

O segundo conselho foi fazer “grandes perguntas”, como “o que significa ser humano?”, “por que os seres humanos são importantes?”, “o que é saúde?” e “o que que é remédio e para que serve?”

Segundo Collier, as questões filosóficas “estão muito ausentes na prática da medicina” . A medicina, disse ela, “precisa de uma lente filosófica para poder ver por que a medicina sabe o que sabe e faz o que faz”.

O terceiro conselho foi praticar a gratidão. A professora disse que a profissão médica dará aos alunos muitas oportunidades de “conhecer a dor”.

“Mas, ao se familiarizar com o luto, você desenvolverá uma apreciação pelo que realmente importa e pelo que não importa”, disse ela.

“Não raramente, neste hospital, há carros em nossos estacionamentos deixados para trás quando alguém entrou neste lugar e nunca mais saiu”, disse ela.

Ela contou uma história de quando fazia residência médica. Um de seus colegas ficou doente e morreu. “Coletivamente, perdemos a crença profundamente arraigada de que a medicina poderia ser nossa salvadora”, disse ela. “O que aconteceu, em parte, é que muitos de nós transformamos a medicina no que os teólogos chamam de ídolo. Tínhamos colocado uma esperança irreal em algo que a medicina não merecia e não podia cumprir. Quando nossos ídolos desmoronam, a dor segue.”

“O sofrimento pode endurecer”, disse ela, “mas você pode permitir que a vocação o amoleça, cultive compaixão, amor, justiça e misericórdia. Que a medicina faça a segunda possibilidade.”

Fonte: https://www.acidigital.com/

O segundo dia do Papa no Canadá em um minuto

O segundo dia do Papa no Canadá | Vatican News

Os momentos mais significativos do segundo dia de Francisco em Edmonton com a Missa no Estádio da Commonwealth e a peregrinação ao Lago Ste. Anne.

Em pouco mais de sessenta segundos as imagens mais evocativas dos acontecimentos que marcaram o segundo dia da Viagem Apostólica do Papa Francisco ao Canadá. Pela manhã, a Missa no Estádio Commonwealth de Edmonton, celebrada diante de 50.000 pessoas. Primeiro o passeio do papamóvel entre os fiéis, depois a celebração durante a qual o Pontífice, por ocasião da festa dos avós de Jesus, Joaquim e Ana, lembrou a importância dos idosos, "raízes" de uma história a ser construída juntos entre gerações . À tarde, o Papa se deslocou para o Lago Santa Ana, um lugar sagrado para os povos indígenas que chegam a essas águas todos os anos para uma peregrinação tradicional, em 26 de julho. Francisco presidiu uma liturgia da Palavra e, em sua homilia, expressou gratidão às muitas avós indígenas que foram "impedidas de transmitir a fé em sua língua e cultura", mas que eram igualmente "fontes de onde brotou a água viva da fé" .

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

terça-feira, 26 de julho de 2022

Se as valas comuns eram uma farsa, por que o Papa está pedindo desculpas no Canadá?

PATRICK T. FALLON | AFP
Por Francisco Vêneto

Estudo publicado em janeiro deste ano desmascarou a narrativa de que "centenas de crianças" teriam sido mortas e enterradas como indigentes em internatos católicos para indígenas.

Onde estão os alegados “restos mortais” de “centenas de crianças indígenas” que teriam sido “sepultadas de modo anônimo em escolas católicas do Canadá”?

Quem quer saber é o historiador Jacques Rouillard, professor emérito na Faculdade de História da Universidade de Montreal. Em 11 de janeiro de 2022, ele publicou no portal canadense DorchesterReview.ca um texto retumbante no qual afirma que “nenhum corpo” de criança foi encontrado em supostas “valas comuns”, “sepulturas clandestinas” ou em qualquer outra forma de “sepultamento irregular” na Escola Residencial Indígena Kamloops, que seria o epicentro de uma clamorosa narrativa anticatólica massivamente divulgada em 2021 como um escândalo de proporções planetárias.

O historiador fez questão de desmascarar também o mais grave aspecto dessas bombásticas manchetes: o de que, antes de serem sepultadas clandestinamente como indigentes ou quase como “lixo”, as supostas “centenas de crianças” ainda teriam sido nada menos que assassinadas sob responsabilidade da Igreja. Rouillard é contundente: não foram achados nem sequer indícios de que alguma delas tenha sido morta propositalmente.

De acordo com o levantamento apresentado por Rouillard, 51 crianças morreram naquele internato ao longo dos 49 anos transcorridos entre 1915 e 1964. No caso de 35 delas, foram encontrados documentos que comprovam que a causa da morte, para a grande maioria, foram doenças, e, em alguns casos, acidentes. Nenhuma das 51 crianças falecidas foi assassinada.

Como a narrativa se espalhou

Ao longo de 2021, porém, teve ampla divulgação na grande mídia canadense, com repercussão mundial, a alegada descoberta de “sepulturas sem identificação” em “várias escolas residenciais indígenas” do país. Transportadas imediatamente para as redes sociais, estas alegações se transformaram em narrativas diversas, algumas das quais afirmavam que “centenas de crianças” haviam “sido mortas” e “enterradas secretamente” em “valas comuns” ou em “túmulos irregulares” dentro dos terrenos de “escolas católicas” espalhadas “por todo o Canadá”.

De fato, diversas escolas residenciais indígenas, embora pertencessem ao governo canadense, tiveram sua gestão confiada a congregações religiosas, a maioria das quais eram católicas. Por esta razão, a Igreja foi rapidamente acusada de “conivência ou omissão” diante de “abusos e atos de violência, física e psicológica”, infligidos às crianças nativas naquelas instituições, que haviam sido implantadas pelo governo do país para, em tese, “integrar crianças nativas” à sociedade canadense. O modelo governamental de suposta “integração”, porém, foi acusado de forçar as crianças a se distanciarem bruscamente da sua cultura, tradições e idiomas. Como não foi possível sustentar a narrativa de que “centenas de crianças” tinham “sido mortas” em “escolas católicas”, a mídia passou a enfatizar a indignação social causada não pelas mortes em si, mas pela maneira como as crianças eram separadas da família tanto em vida quanto no próprio sepultamento.

Até mesmo a China, cujo governo comunista perpetra explicitamente abusos sistemáticos e fartamente comprovados contra os direitos humanos dos próprios cidadãos, teve o desplante de exigir no Tribunal de Direitos Humanos da ONU, em junho de 2021, uma investigação sobre as “violações aos direitos humanos da população indígena do Canadá”. A Anistia Internacional, organização que defende abertamente o assassinato de bebês em gestação por meio do aborto livre, também exigiu que os responsáveis ​​pelos “restos mortais” que “foram encontrados” em Kamloops fossem processados.

Mas Jacques Rouillard questiona sem panos quentes e indo direto ao ponto-chave: onde é que estão estes alegados “restos mortais”?

Os supostos “restos mortais”

Segundo o extenso e detalhado artigo do pesquisador, a suposta “descoberta” de mais de “200 corpos” de crianças “mortas em escolas católicas” se baseou numa varredura de solo, feita por radar, em busca de corpos de crianças que já se pressupunha que tivessem sido anonimamente sepultadas em terreno pertencente à escola residencial indígena de Kamloops. Um relatório preliminar não encontrou corpo algum, mas sim rupturas do solo num pomar de macieiras das proximidades. Nenhum “resto mortal” chegou a ser exumado, mas a líder indígena canadense Rosanne Casimir afirmou que, “de acordo com o ‘conhecimento’ da comunidade”, aquelas anomalias do solo “eram 215 crianças desaparecidas”, incluindo algumas de apenas 3 anos de idade.

Rouillard prossegue a exposição das suas investigações afirmando que, com base naquelas anomalias do solo, a jovem antropóloga Sarah Beaulieu, que havia supervisionado as assim descritas “varreduras”, teorizou que “provavelmente” havia 200 “possíveis sepultamentos” no local. Somente uma escavação, no entanto, poderia apresentar evidências – mas nenhuma escavação foi feita, nem na época, nem até hoje (!)

Desproporcionalidade das reações

As desvirtuações de informação provocaram uma série de violentos ataques incendiários contra igrejas católicas no país.

Mesmo com a responsabilidade final pelas escolas e pela sua metodologia cabendo ao governo canadense, os bispos católicos do Canadá fizeram publicamente um pedido de desculpas pelas graves falhas cometidas por membros da Igreja na gestão daqueles internatos – porque, afinal, embora não tenham matado ninguém nem feito sepultamentos clandestinos, os gestores daquelas escolas certamente erraram na forma de lidar com a separação das crianças de suas famílias e da sua cultura e, principalmente, cometeram os mesmos abusos “disciplinares” que costumavam ser cometidos na quase totalidade dos internatos da época, fossem católicos ou não, fossem canadenses ou não.

Além das palavras, a Igreja também assumiu compromissos concretos com as comunidades nativas canadenses. Segundo o Vatican News, foram disponibilizados 30 milhões de dólares, em todo o Canadá, durante cinco anos, para financiar programas a serem definidos conjuntamente entre as lideranças indígenas e as dioceses, paróquias e órgãos da Igreja no país. Dom Donald Bolen, arcebispo de Regina, disse que seria “um longo caminho” e que era “importante percorrê-lo: precisamos continuar com ações concretas por justiça e reconciliação”.

Representantes das comunidades indígenas canadenses manifestaram à Santa Sé o desejo de um encontro pessoal com o Papa, exigindo diretamente dele um pedido de desculpas. O Papa Francisco se declarou disposto a aceitar. Em 27 de outubro de 2021, o boletim diário da Santa Sé informou que “a Conferência Episcopal do Canadá convidou o Santo Padre a fazer uma viagem apostólica ao Canadá, também no contexto do longo processo pastoral de reconciliação com os povos indígenas. Sua Santidade indicou a sua disponibilidade para visitar o país, numa data a combinar”.

Esta é a viagem que está sendo realizada pelo Papa Francisco nesta última semana de julho.

Enquanto isso, em contraposição à postura de responsabilização e reconciliação que a Igreja Católica apresentou desde o início das supostas “descobertas”, manifestantes radicais anticatólicos reagiram com estúpida e criminosa violência no Canadá, promovendo uma onda de ataques contra igrejas e, com isso, dando uma mostra do que seria na realidade o seu hipocritamente alegado “desejo de paz e reconciliação”.

Reviravolta

A reviravolta provocada pela extensa matéria de Jacques Rouillard começou a repercutir, ainda em janeiro, em outros veículos da América do Norte, que, finalmente, questionaram as anteriores narrativas e suas intenções.

O “The Spectator World” se perguntou: “Por que o governo canadense não esperou por provas antes de lançar o país numa espiral de fúria e violência anticristã?”.

O “National Post” reforçou a proposta do próprio Jacques Rouillard de exortar todos os canadenses a se questionarem se, “no caminho para a reconciliação, não seria melhor procurar e contar a verdade completa em vez de criar deliberadamente mitos sensacionalistas”.

O “The Daily Wire“, em matéria cujo título dizia que “a narrativa pode estar colapsando”, recordou que, na época das alegadas “descobertas”, o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau declarou categoricamente que “restos mortais foram achados na antiga escola residencial Kamloops” e que tal achado “partia seu coração”, porque, segundo ele, “é uma dolorosa lembrança daquele capítulo escuro e vergonhoso da história do nosso país”.

O fato verdadeiro é que história real e completa ainda precisa – literalmente – ser escavada e exposta ao mundo.

O pedido de perdão do Papa Francisco

Mas se as valas comuns e seus apêndices narrativos eram uma grande farsa, por que o Papa Francisco está agora pedindo desculpas no Canadá?

O Papa e a Igreja não podem nem devem pedir desculpas por “valas comuns” ou por “centenas de crianças assassinadas” porque nada disso é verdade. As desculpas que o Papa Francisco está pedindo em nome da Igreja Católica dizem respeito, segundo as suas próprias palavras, às “formas em que muitos cristãos, infelizmente, apoiaram a mentalidade colonizadora das potências que oprimiram os povos indígenas”.

Francisco fez o seu primeiro discurso durante a “peregrinação penitencial” às terras canadenses nesta segunda-feira, 25, no encontro com povos indígenas em Maskwacis, a cerca de 70 km da cidade de Edmonton, na província de Alberta. No discurso, ele afirmou:

“Quero iniciar daqui, deste lugar tristemente evocativo, o que pretendo fazer: uma peregrinação penitencial. Chego às vossas terras nativas para vos expressar, pessoalmente, o meu pesar, implorar de Deus perdão, cura e reconciliação, manifestar-vos a minha proximidade, rezar convosco e por vós”.

O Papa recordou os encontros previamente realizados em Roma, cerca de 4 meses atrás:

“Naquela altura, foram-me entregues dois pares de mocassins, sinal das tribulações sofridas pelas crianças indígenas, particularmente por aquelas que, infelizmente, não mais regressaram das escolas residenciais para suas casas. Pediram-me para restituir os mocassins quando chegasse ao Canadá; farei isto no final destas palavras, inspiradas precisamente neste símbolo, que foi reavivando em mim, nos meses passados, o pesar, a indignação e a vergonha. A recordação daqueles meninos infunde consternação e incita a agir para que toda criança seja tratada com amor, veneração e respeito. Mas estes mocassins nos falam também de um caminho, de um percurso que desejamos fazer juntos. Caminhar juntos, rezar juntos, trabalhar juntos, para que os sofrimentos do passado deem lugar a um futuro de justiça, cura e reconciliação”.

Francisco evocou então a longa trajetória dos povos indígenas e dos seus estilos de vida antes da colonização. E acrescentou:

“Repenso o drama sofrido por muitos de vós, pelas vossas famílias, pelas vossas comunidades; repenso o que partilhastes comigo sobre as tribulações sofridas nas escolas residenciais. Mas é justo fazer memória, porque o esquecimento leva à indiferença e, como já foi dito, ‘o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença; o contrário da vida não é a morte, mas a indiferença face à vida ou à morte’. Fazer memória das experiências devastadoras que aconteceram nas escolas residenciais impressiona, indigna e entristece, mas é necessário”.

Mas a quais experiências o Papa se refere?

No tocante especificamente aos internatos governamentais confiados às comunidades católica e protestante, é um fato documentado que neles se praticavam os abusos tristemente comuns a muitos outros internatos semelhantes, como castigos físicos, trabalho estudantil, rígidos períodos de separação e restrições de comunicação entre as crianças e suas famílias, rigor disciplinar desproporcional e desprezo pelas culturas indígenas, substituídas forçosamente pela cultura europeia imposta pelo próprio governo do Canadá. O cenário disciplinar não era muito diferente do que ocorria em escolas de elite de Oxford ou Cambridge, e vem ao caso recordar que nos internatos do País de Gales ou da Escócia tampouco se estudava em galês ou escocês, mas obrigatoriamente em inglês. Os impérios britânico e francês passavam longe de zelar pelas culturas dos seus colonizados.

O que tornou o caso dos internatos canadenses particularmente candente foi a discriminação explícita contra a cultura indígena, um fato que contribuiu para corroborar o contexto mais amplo de discriminação característico do processo colonizador como um todo. Mais grave ainda, porém, foi a separação forçada das crianças de suas famílias e culturas.

O Papa Francisco prosseguiu em seu discurso:

“É necessário recordar como as políticas de assimilação e alforria, que incluíam o sistema das escolas residenciais, foram devastadoras para as pessoas destas terras. Quando os colonizadores europeus chegaram aqui pela primeira vez, eles se depararam com a grande oportunidade de desenvolver um encontro fecundo entre culturas, tradições e espiritualidades. Mas isso, em grande parte, não aconteceu. E voltam-me à mente os vossos relatos: de como as políticas de assimilação acabaram por marginalizar sistematicamente os povos indígenas; de como as vossas línguas e culturas, também através do sistema das escolas residenciais, foram denegridas e suprimidas; de como as crianças foram submetidas a abusos físicos e verbais, psicológicos e espirituais; de como foram levadas de suas casas quando eram pequeninas e de como isso afetou indelevelmente a relação entre os pais e os filhos, os avós e os netos”.

Do perdão à reconciliação

Agradecendo às comunidades indígenas canadenses por por terem-lhe “mostrado os fardos pesados que carregais no vosso íntimo, por terdes partilhado comigo esta memória sanguinolenta”, o Papa abordou a motivação da sua visita ao Canadá:

“Estou aqui porque o primeiro passo desta peregrinação penitencial no meio de vós é o de vos renovar o pedido de perdão e dizer com todo o coração que o deploro profundamente. Peço perdão pelas formas em que muitos cristãos, infelizmente, apoiaram a mentalidade colonizadora das potências que oprimiram os povos indígenas.

Sinto pesar. Peço perdão, em particular pelas formas em que muitos membros da Igreja e das comunidades religiosas cooperaram, inclusive através da indiferença, naqueles projetos de destruição cultural e assimilação forçada dos governos de então, que culminaram no sistema das escolas residenciais”.

O Papa ponderou:

“Embora estivesse presente a caridade cristã e tivesse havido não poucos casos exemplares de dedicação às crianças, as consequências globais das políticas ligadas às escolas residenciais foram catastróficas. A fé cristã nos diz que se tratou de um erro devastador, incompatível com o Evangelho de Jesus Cristo. Perante este mal que indigna, a Igreja se ajoelha diante de Deus e implora o perdão para os pecados dos seus filhos. Desejo reiterá-lo claramente e com vergonha: peço humildemente perdão pelo mal cometido por tantos cristãos contra as populações indígenas”.

Francisco enfatizou que o pedido de perdão é “apenas o primeiro passo, o ponto de partida”. E completou:

“Parte importante deste processo é efetuar uma busca séria da verdade sobre o passado e ajudar os sobreviventes das escolas residenciais a empreenderem percursos de cura dos traumas sofridos”.

O Papa acrescentou, falando das expectativas para o futuro:

“Continuarei a encorajar o compromisso de todos os católicos em favor dos povos indígenas. Já o fiz noutras ocasiões e em vários lugares, por meio de encontros, apelos e mesmo através duma Exortação Apostólica. Sei que tudo isto requer tempo e paciência: trata-se de processos que devem penetrar nos corações, e a minha presença aqui e o compromisso dos bispos canadenses dão testemunho da vontade de avançar por este caminho.

Deixemos que o silêncio nos ajude, a todos, a interiorizar o pesar. Silêncio. E oração: frente ao mal, rezamos ao Senhor do bem; frente à morte, rezamos ao Deus da vida. De um túmulo, termo último da esperança perante o qual se desvaneceram todos os sonhos ficando apenas pranto, pesar e resignação, o Senhor Jesus Cristo fez o lugar do renascimento, da ressurreição, de onde partiu uma história de vida nova e reconciliação universal. Não bastam os nossos esforços para curar e reconciliar, é precisa a sua graça: precisamos da sabedoria serena e forte do Espírito, da ternura do Consolador. Seja Ele a preencher as expetativas dos corações. Seja Ele a tomar-nos pela mão. Seja Ele a fazer-nos caminhar juntos”.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Criminalização ‘via judicial’ do clero na Nicarágua?

Foto: Eskay Lim /Unplash
Nos últimos dias, dois sacerdotes foram acusados e presos.

Redação (25/07/2022 16:55Gaudium Press) O regime de Ortega, cada vez mais cruel com a Igreja e revelando seu próprio rosto, parece ter iniciado a criminalização do clero por via judicial. Isso com os casos dos sacerdotes Manuel Salvador García, pároco da igreja de Jesús Nazareno de Nandaime, em Granada, e de Dom José Leonardo Urbina, vigário episcopal em Boaco, detido em 13 de julho nesta cidade, a pouco mais de 80 quilômetros a nordeste de Manágua.

O Padre García foi acusado pelo regime de ter agredido uma mulher, apesar da suposta vítima não ter apresentado queixa e negado que o sacerdote a tenha agredido intencionalmente, o que foi ratificado pela filha mais nova da mulher, de 15 anos, que acompanhava sua mãe no dia dos fatos na paróquia. O sacerdote foi condenado a 4 anos e 8 meses de prisão.

Agora é o caso de Dom Urbina, acusado de abuso sexual, com o estupro de uma menor de 12 anos, em fatos que teriam supostamente ocorridos em seu carro.

Após a acusação, Dom Urbina foi rapidamente transferido para Manágua, para ser julgado. No dia em que o processo começou, relata La Gaceta, o regime de Ortega publicou uma foto das testemunhas contra o sacerdote, o que permitiu a Jaime Ampie, ex-preso político da ditadura agora no exílio, identificar entre elas a vereadora sandinista Reina Oporta, que já havia acusado falsamente Ampie de atirar em protestos contra o regime. Ela “se prestou como falsa testemunha em acusações contra opositores”, afirma a mídia nicaraguense 100% Noticias.

Além disso, “o investigador, o acusador, as testemunhas e a pessoa que julgará Monsenhor José Leonardo Urbina Rodríguez vêm da mesma estrutura territorial da Frente Sandinista em Boaco, isso é confirmado a 100% Noticias pelos moradores da área”, assegura esta mídia em 14 de julho passado.

Os outros acusadores de Monsenhor foram identificados pelo ex-preso político Ampie como membros dos Conselhos do Poder Cidadão (os olhos do regime nos bairros), da zona da Frente Sandinista de Libertação Nacional e da Juventude Sandinista, um dos braços paramilitares do regime.

No dia 21 passado, foi realizada a audiência inicial do processo, na qual a acusação alegou ter nove testemunhas, incluindo os depoimentos da avó e da mãe da menor, que depuseram na audiência contra o sacerdote.

A data da audiência de julgamento ainda não foi definida. Enquanto isso, Dom Urbina permanecerá na prisão.

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Nova Constituição ameaça liberdade religiosa no Chile, diz conferência episcopal

Imagem ilustrativa / Domínio público

REDAÇÃO CENTRAL, 26 jul. 22 / 09:00 am (ACI).- “Ao sujeitar-se ao que está estabelecido na Constituição proposta, a liberdade religiosa é posta em risco, o que se agrava se considerarmos que a proposta não confere à objeção de consciência um status constitucional”, disse a Conferência Episcopal do Chile (CEC) em uma análise do projeto de nova Constituição do país.

O texto redigido pela constituinte passará por plebiscito em 4 de setembro.

Depois de uma reunião dos bispos que terminou na sexta-feira, 22 de julho, a CEC manifestou preocupação sobre alguns temas.

A conferência diz que, segundo a proposta constitucional, o exercício do direito à liberdade religiosa deve ser feito "nos termos da lei, respeitando os direitos, deveres e princípios estabelecidos por esta Constituição (art. 67.4)".

Portanto, pessoas ou instituições “poderiam ser obrigadas a adotar práticas ou transmitir valores que contradizem sua fé”.

A CEC criticou que a nova constituição promove “o direito ao aborto, assume uma orientação questionável de educação sexual onde os pais participam de forma muito insuficiente e promove uma teoria radical de gênero”.

A conferência alega que “o sistema estabelecido para dar reconhecimento legal às confissões deixa a sua existência ou supressão nas mãos dos órgãos administrativos, o que pode pôr em perigo o pleno exercício da liberdade religiosa”.

Quanto ao valor da vida, a proposta coloca o aborto em alto nível normativo, como o constitucional, e como um direito sem interferência de terceiros, “com o qual não só se exclui a participação do pai nessa decisão, mas também o exercício da objeção de consciência pessoal e institucional”.

“É impressionante que a proposta constitucional reconheça direitos à natureza e expresse preocupação com os animais como seres sencientes, mas não reconheça nenhuma dignidade ou nenhum direito ao ser humano no útero”, diz a CEC.

Também é rejeitada a norma constitucional que assegura o direito de toda pessoa a uma "morte digna". Trata-se de um direito ambíguo, "porque procura resolver um problema acabando deliberadamente com uma vida humana", diz a análise da conferência episcopal.

Fonte: https://www.acidigital.com/

CNBB apresenta o cartaz da Campanha da Fraternidade 2023

Cartaz da CF 2023 | CNBB

CNBB APRESENTA O CARTAZ DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2023

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresenta a identidade visual da Campanha da Fraternidade 2023, que tem como tema “Fraternidade e fome”, e o lema “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16). O concurso seguiu as orientações do edital e o parecer final para a escolha coube ao Conselho Permanente da CNBB. O cartaz escolhido foi produzido por Luiz Lopes Jr., de Brasília (DF).

“Vemos no cartaz o mapa do Brasil, país considerado o celeiro do mundo, mas que carrega uma grande contradição: a fome é real e atinge hoje cerca de 33,1 milhões de Brasileiros. Em destaque contemplamos as mãos que repartem e dão vida a solidariedade guiada pela fé. O arroz e o feijão, alimento do povo, passam pelas mãos de homens e mulheres que sabem que a solução do problema da miséria e da fome não está somente nos recursos financeiros mas na vida fraterna. Ninguém deve sofrer com a fome quando realmente vivemos como irmãos e irmãs. Eis o convite: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16)”.

Baixe (aqui) o cartaz.

Oração da CF 2023

Também foi aprovada pelos bispos do Conselho Permanente a oração da Campanha da Fraternidade 2023:

Pai de bondade,
ao ver a multidão faminta,
vosso Filho encheu-se de compaixão,
abençoou, repartiu os cinco pães e dois peixes
e nos ensinou: “dai-lhes vós mesmos de comer”.
Confiantes na ação do Espírito Santo,
vos pedimos:
inspirai-nos o sonho de um mundo novo,
de diálogo, justiça, igualdade e paz;
ajudai-nos a promover uma sociedade mais solidária,
sem fome, pobreza, violência e guerra;
livrai-nos do pecado da indiferença com a vida.
Que Maria, nossa mãe, interceda por nós
para acolhermos Jesus Cristo em cada pessoa,
sobretudo nos abandonados, esquecidos e famintos.
Amém

A CF 2023

Pela terceira vez a fome é tratada pela Igreja no Brasil, na Campanha da Fraternidade. A primeira foi em 1975, com o tema ‘Fraternidade é repartir’ e o lema Repartir o pão’, no clima do Ano Eucarístico que precedeu o Congresso Eucarístico Nacional de Manaus, que trazia o mesmo tema e lema e desejava intensificar a vivência da Eucaristia em nosso povo. A segunda foi em 1985, outro Ano Eucarístico, desta vez em preparação para o Congresso Eucarístico de Aparecida, com o lema ‘Pão para quem tem fome’.

Agora, em 2023, logo depois do 18º Congresso Eucarístico Nacional, que se realizará em Recife, de 11 a 15 de novembro de 2022, sob o tema ‘Pão em todas as mesas’, a Igreja no Brasil enfrenta pela terceira vez o flagelo da fome. Com o lema que é uma ordem de Jesus aos seus discípulos: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16).

“É vocação, graça e missão da Igreja responder ao chamado e cumprir a ordem de Jesus, afirmamos no contexto do 3º Ano Vocacional que viveremos a partir de novembro deste ano. A fome é um instinto natural de sobrevivência presente em todos os seres vivos. Contudo, na sociedade humana, a fome é uma tragédia, um escândalo, é a negação da própria existência”.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF