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quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Atitudes no tempo do advento para a pessoa cristã: vigiar e orar

Advento, cujo significado refere-se a suplica por uma ajuda ao 
Senhor Jesus Cristo, para viver o seu amor | Vatican News 

"Os Padres da Igreja elaboraram reflexões sobre o tempo do Advento, de modo que é fundamental aprofundar-se em alguns pontos de suas doutrinas em vista da realidade atual. Eles seguiram as palavras do Senhor sobre a necessidade de vigiar e de orar, para que assim o nascimento do Senhor encontrasse os seus discípulos com ações que glorificassem a Deus e também preparassem as suas comunidades, ao encontro definitivo com Ele."

Por Dom Vital Corbellini, Bispo de Marabá (PA)

O tempo do advento aponta para o santo Natal, o nascimento de Jesus Cristo na realidade humana. É um tempo especial, espécie de vento novo, que traz a novidade da vida sobre a morte, da alegria sobre a tristeza, pois o Senhor Jesus quer nascer nos corações das pessoas e do mundo. Advento é uma palavra latina: adventus-us, cujo significado é chegar, vinda, período de paz, preparação ao natal[1]. Seguidora do Senhor, a Igreja ouve a palavra de Cristo em referência ao vigiar e orar (cfr. Mt 26,41) para que este tempo seja cheio de graça, de paz e de amor para a chegada do Senhor nos corações humanos, na vida familiar, comunitária e social.

Os padres da Igreja elaboraram reflexões sobre o tempo do advento, de modo que é fundamental aprofundar-se em alguns pontos de suas doutrinas em vista da realidade atual. Eles seguiram as palavras do Senhor sobre a necessidade de vigiar e de orar, para que assim o nascimento do Senhor encontrasse os seus discípulos com ações que glorificassem a Deus e também preparassem as suas comunidades, ao encontro definitivo com Ele.

A espera pela vinda de Cristo

Santo Efrém, padre da Igreja, século IV, da Síria, afirmou que os justos e os profetas esperaram a vinda de Cristo, porque eles acreditavam que Ele revelar-se-ia nos seus dias, assim também no atual momento cada fiel deseja recebê-lo, cada um no seu próprio tempo, do momento que ele não manifestou o dia da sua vinda. Ele fez isso, porque as pessoas não se detivessem somente ao fato e à hora, sendo ele poderoso nos tempos e nos momentos. Ele deu importância aos seus sinais, às suas palavras de vigiar e de orar para que assim todas as gerações e todos os tempos acreditassem que a sua vinda viria no seu tempo tendo uma espera frutuosa de obras boas para a sua chegada[2].

A revelação dada aos seres humanos

A Carta a Diogneto, escrito do séculos II, afirmou que nenhuma pessoa viu, nem conheceu a Deus, mas ele próprio se revelou aos seres humanos (Jo 1,18). Deus e Criador do universo, que fez todas as coisas e as estabeleceu em ordem mostrou-se amigo de todas as pessoas, paciente e amoroso, porque somente ele é bom. Quando por meio do Filho amado revelou e manifestou o que tinha estabelecido desde o princípio, concedeu às pessoas participar dos seus benefícios e compreender coisas que nunca se teriam jamais esperado, o seu amor para com a humanidade[3].

A importância do óleo nas virgens previdentes pela vinda do noivo, Jesus

O personagem Pseudo Macário, padre do deserto, final do século IV, falou da importância de levar consigo o óleo como as virgens previdentes fizeram em vista da demora da chegada do noivo, do Senhor Jesus, para não cair no erro das imprevidentes que não levaram o óleo consigo de modo que não puderam entrar na sala de festa do noivo, no Reino de Deus (Mt 25,1-13). As virgens previdentes acolheram nas vasilhas o óleo, a graça do Espírito Santo, as obras de caridade, e assim entraram com o esposo na sala nupcial, no céu, enquanto as outras, fechadas na sua natureza, não vigiaram e nem se preocuparam de fazer obras de caridade, de colocar óleo nas vasilhas, vivendo uma vida desligada da doação, do amor. Elas foram excluídas da sala nupcial do Reino, porque elas não foram agradáveis ao esposo celeste, o Senhor e nem se preocuparam do óleo, numa vida desligada do amor aos outros e a Deus. Mas aquelas que se dedicaram ao Senhor, à Igreja foram agradáveis ao esposo espiritual, do Espírito do Senhor com o óleo de exultação[4].

A importância da vigilância

Hesíquio Presbítero, século V, afirmava que a vigilância é uma atitude do coração, estranha a todo o pensamento, mas que invoca Cristo Jesus, Filho de Deus. A vigilância é o concentração de uma forma contínua do pensamento e assunção de uma atitude de estar à porta do coração, um modo de viver, como o advento, cujo significado refere-se a súplica por uma ajuda ao Senhor Jesus Cristo, para viver o seu amor. A oração precisa da vigilância como a chama tem a necessidade da lâmpada para dar a luz[5].

As lamparinas acesas: obras de caridade

São Cipriano, bispo de Cartago, do século III, afirmou a necessidade na pessoa de ter as lamparinas acesas com práticas de obras de caridade assim como no tempo dos apóstolos, pois as pessoas vendiam os seus bens, ofereciam aos apóstolos os lucros da venda dos seus bens para que tudo fosse distribuído aos pobres (cfr. At 2,42-44).

As pessoas são chamadas a vigiar no sentido do cumprimento dos preceitos do Senhor, para estar sempre prontos de modo que quando Ele vier e bater ao coração, logo a porta será aberta. Bem-aventuradas as pessoas que o Senhor à sua chegada, encontrará vigilantes (cfr. Lc 12,35-37). O fato é que o Senhor encontre os seus discípulos com as luzes acesas quando chegar no dia da partida. A luz da pessoa brilhe sobre suas boas obras e ilumine o caminho para a luz do eterno esplendor. A Igreja espera com zelo e vigilância a vinda improvisada do Senhor, através dos mandamentos e preceitos do Senhor, para que assim o fiel não seja pego de surpresa pelo sono enganador do demônio, mas ele reine como servo vigilante do Cristo Senhor, triunfante[6].

A vida presente é uma viagem

São João Crisóstomo, bispo de Constantinopla, séculos IV e V, afirmou que os fiéis que seguem o Senhor são caminhantes e peregrinos, porque a vida presente é uma viagem. É impossível dizer que a pessoa tenha esta ou aquela cidadania, pois nesta vida não há nenhuma cidadania, mas a pessoa a terá somente nos céus. O fato é que a realidade presente é um caminho. Muitos vão acumulando dinheiro, outros guardam ouro e jóias, sabendo que a vida do fiel é uma pousada de modo que a pessoa não se apegue demais nela, porque tudo passa e a vida do fiel leve-a na cidade do alto[7].

A atitude da pessoa cristã

São Basílio, bispo de Cesaréia, do século IV tinha presente o agir do cristão que consiste na fé através do amor (cfr. Gl 5,6). Este Padre da Igreja levantou perguntas, o que seria próprio do amor, senão aquele de guardar os mandamentos de Deus com o fim de dar glória ao Senhor. O que é o amor ao próximo? É a não busca das coisas próprias, mas aquelas daquele que se ama (cfr. 1 Cor 13,5) em benefício da alma e do corpo. O cristão é chamado a amar os outros, assim como Cristo os amou (cfr. Ef 5,2). É ver sempre o Senhor diante do próximo (cfr. Sl 15, 16,8). É próprio do cristão, vigiar todo o dia e toda hora (cfr. Mt 25,13) e de estar pronto a cumprir perfeitamente aquilo que é agradável a Deus (cfr. Mc 13,34), sabendo também que na hora, em que a pessoa não pensar, o Senhor virá[8]

O tempo do advento visa obras de caridade

São Gregório Magno, papa de 590 a 604, afirmou que o tempo do advento impulsiona as pessoas a fazer obras boas de caridade. O que será a pastagem das ovelhas se não a alegria interior de um paraíso verdejante? Será a passagem dos eleitos e das eleitas à presença da face de Deus, no qual o coração se nutre do alimento da verdadeira vida. O Papa convidou os fiéis para que buscassem estas pastagens, onde os participantes se alegrarão com a reunião festiva de tantos eleitos e eleitas. Esta alegria de quem participará à festa seja para todos um convite. O Papa tinha presentes à necessidade de acender o fogo na alma das pessoas para que fosse reavivada a fé nas coisas que sempre se acreditou, o desejo humano seja inflamado pelas realidades celestes. É preciso amar a Deus e às pessoas em tal modo que o desejo humano é a unidade com a pátria celeste[9].

O advento é um tempo de preparação ao santo natal em vista do nascimento do Senhor Nosso Jesus Cristo na realidade humana. Ele alude à primeira vinda do Salvador, mas também a segunda vinda para as nossas vidas, de modo que é preciso viver o amor a Deus, ao próximo como a si mesmo. A alusão é dada também à vida eterna, preparada neste mundo por obras de caridade, de modo que é preciso vigiar e orar.

[1] Cfr. Avvento. In: Il vocabolario treccani, Il Conciso. Milano, Trento, 1998, pg. 157.

[2] Cfr. Efrem Siro. Commento sul Diatessaron, 18,17. In: Ogni giorno con i Padri della Chiesa, a cura di Giovanna della Croce, presentazione di Enzo Bianchi. Milano, Paoline, 1996, pg. 380.

[3] Cfr. A Carta a Diogneto, 8, 5-11. In: Padres Apologistas. São Paulo, Paulus, 1995, pgs. 25-26

[4] Cfr. Pseudo-Macario, Omelie 4,5-6. In: Nuove Letture dei giorni, testi dei padri d´oriente e d´occidente per tutti i tempi liturgiciScelta a cura dei fratelli e delle sorelle della Comunità di Bose. Magnano (BI), Edizioni QIQAJON, Comunità di Bose, 2012, pgs. 17-18.

[5] Cfr. Esichio Presbitero, A Teodulo 5-6, 14-18, 102, In: Idem, pgs. 18-19.

[6] Cfr. Cipriano di Cartago, L´Unità della Chiesa, 26-27. In: Idem, pgs. 13-14. Ver também: Cipriano de Cartago. Unidade da Igreja, 26-27. SP, Paulus, 2016, pgs. 154-155.

[7] Cfr. Giovanni Crisotomo, Omelia su Eutropio2,5-6. In: Idem, pgs. 14-15.

[8] Cfr. Basilio di Cesarea, Regole morali80,22. In: Idem, pgs. 15-16.

[9] Cfr. Gregorio Magno, Omelie sui vangeli I, 14,5-6. In: Idem, pgs. 20-21.

Pronunciamento de Dom Alberto Arcebispo de Belém

Dom Alberto Taveira | arquidiocesedebelem

Pronunciamento de Dom Alberto Arcebispo de Belém

 

Na manhã de hoje, 30 de novembro, o Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, tornou público o comunicado que recebeu do Dicastério para a Doutrina da Fé, órgão máxima da Igreja Católica para julgamentos de denúncias contra o clero, que após uma longa investigação de denúncia contra o Arcebispo de Belém, ocorridas no ano de 2020, enfim chegou a conclusão com a afirmação de sua inocência, e que tal decisão torna o processo encerrado de forma definitiva.

Trata-se de dois processos que ocorreram de forma paralelas e independentes, que surgiram por meio de denúncias caluniosas no ano de 2020, tanto no Ministério Público do Estado do Pará, quanto para Santa Sé. O primeiro encerrou ainda em 2021, e o segundo, constituído pela Santa Sé, encerrou no dia 28 de outubro de 2022, porém, só no último dia 26 de novembro que o Arcebispo recebeu o documento declarando o processo encerrado definitivamente.

Veja o pronunciamento do Arcebispo na íntegra:

“Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele vos exalte no tempo oportuno. Confiai-lhe todas as vossas preocupações, porque ele tem cuidado de vós.” (1Pd 5, 6-7).

Caríssimos Irmãos e irmãs,

Por graça da misericórdia de Deus fui constituído Arcebispo de Belém, Igreja que me acolheu de coração e braços abertos, desde a minha posse. Durante estes anos, muitas alegrias e esperanças, assim como muitas experiências da Cruz e da dor, vividas com serenidade, debaixo do manto protetor da Virgem Maria. Vim para servir por obediência, tenho me esforçado para ser desapegado e esvaziado de mim mesmo, para que, em plena fidelidade a Cristo, esta Igreja que vive em Belém, pastores e fiéis, continue a ser obediente ao mandato missionário de Cristo, “para a vida do mundo” (Cf. Jo 6,51), e o amor, fruto da verdade crucificada, faça ressuscitar todos nós da morte do nosso pecado, de nossas misérias pessoais e sociais, de nossas injustiças e maldades.

Hoje tenho o dever de dirigir-me a todos com imensa alegria e gratidão no coração, após o encerramento do doloroso processo suscitado por acusações feitas contra a minha pessoa. Há pouco mais de um ano tive a alegria de receber a decisão de arquivamento de todos os procedimentos levados a efeito junto às autoridades públicas competentes, após uma longa e dolorosa investigação, na qual foram ouvidas muitas pessoas, com a comprovação da falta de provas contra mim.

Entretanto, foi iniciado um processo canônico na Santa Sé, em decorrência das acusações a ela enviadas, o que motivou o adiamento dos esclarecimentos que agora faço. No dia 28 de outubro de 2022, foi assinada a sentença definitiva por parte do Colégio Judicante constituído no Brasil pela Sé Apostólica. Para honra e glória de Deus, os juízes chegaram à conclusão de não haver qualquer indício de culpabilidade nos meus atos. No último dia 26 de novembro, recebi o documento, confirmando a sentença assinada aqui no Brasil e declarando encerrado definitivamente o referido processo movido contra mim, dando-me a liberdade de dirigir minhas palavras de gratidão a todos.

Estes últimos dois anos foram de muito sofrimento, profunda oração e perseverante confiança na Providência Divina e na justiça de Deus, como foi demonstrado na análise, conclusão e declaração da minha inocência ante as calúnias levantadas contra a minha honra. Está assim concluído definitivamente o processo na esfera canônica, perante o Tribunal da Igreja.

Quero agradecer-lhes, porque durante este período muitos estiveram rezando e acreditando fielmente na verdade inspirada por Deus. Foram milhares de mensagens que recebi de tantos lugares do Brasil e do mundo de carinho e muitas orações. Rezem comigo em Ação de Graças por este momento que Deus preparou de forma especial para nós.

Também quero pedir-lhes que rezem pelas pessoas que utilizaram de tamanha maldade contra nossa Igreja. Deus lhes conceda o perdão e a paz, e a todos nós, a maturidade espiritual para sermos capazes de sempre preservar a Caridade e a Comunhão Fraterna.

Que Nossa Senhora de Nazaré nos fortaleça cada vez mais na missão.

Dom Alberto Taveira Corrêa

Arcebispo Metropolitano de Belém

Papa a Bartolomeu I: somos chamados a restabelecer a unidade entre os cristãos

O Pontífice com o Patriarca de Constantinopla em imagem de
arquivo, no Vaticano (2021)  (Vatican Media)

Francisco envia mensagem ao Patriarca Ecumênico, por ocasião da festa de Santo André nesta quarta-feira (30), recordando o santo padroeiro da Igreja de Constantinopla e irmão de Pedro. Ao final da Audiência Geral, o Papa também saudou Bartolomeu I, rezou pela unidade da Igreja e por um mundo sem guerras.

Andressa Collet - Vatican News

Já é tradição neste 30 de novembro, por ocasião da festa litúrgica do Apóstolo André, o Papa Francisco se dirigir à Igreja em Constantinopla que tem como padroeiro justamente "o primeiro chamado, irmão de Pedro". Em mensagem enviada nesta quarta (30) a Bartolomeu I, o Pontífice exortou o compromisso mútuo pelo "pleno restabelecimento da comunhão" entre os cristãos, através de "um exame comum" caracterizado não pela polêmica, mas pelo diálogo inter-religioso.

O compromisso de todo cristão

Já no início da mensagem, o Papa recordou que "mais uma vez" está sendo representado nas celebrações de Santo André em Fanar, em Instambul, por uma delegação da Igreja de Roma. Francisco, assim, enviou "sinceras orações" e assegurou o "afeto fraterno" do Pontífice ao Patriarca Ecumênico e à Igreja confiada a seus cuidados que participa da Divina Liturgia na Igreja Patriarcal de São Jorge. Um encontro, entre as duas Igrejas - de Roma e de Constantinopla -, disse o Pontífice, que expressa "a profundidade dos laços que nos unem e um sinal visível da esperança que alimentamos de uma comunhão cada vez mais profunda":

"O pleno restabelecimento da comunhão entre todos os que acreditam em Jesus Cristo é um compromisso irrevogável para cada cristão, já que a "unidade de todos" (cf. Liturgia de São João Crisóstomo) não é apenas a vontade de Deus, mas também uma prioridade urgente no mundo atual. De fato, o mundo de hoje está precisando muito de reconciliação, fraternidade e unidade. A Igreja, portanto, deveria brilhar como "sinal e instrumento da união íntima com Deus e da unidade de toda a raça humana" (Lumen gentium, n. 1)."

Os caminhos para a unidade

Uma atenção, reforçou o Papa em mensagem a Bartolomeu I, que precisa continuar a ser dada devido às razões históricas e teológicas que estão na origem das divisões das duas Igrejas que, graças a Deus e "à oração e à caridade fraterna", não estão resignadas a experiências passadas e presentes para que, no tempo de Deus, possam permitir de "nos reunir em torno da mesma mesa eucarística". Francisco chamou de "um exame comum" que deve ser desenvolvido num espírito que não seja "polêmico e nem apologético, mas caracterizado por um diálogo genuíno e abertura recíproca":

"Devemos também reconhecer que as divisões são o resultado de ações e atitudes lamentáveis que impedem a ação do Espírito Santo, que guia os fiéis à unidade na diversidade legítima. Daqui decorre que somente o crescimento em santidade de vida pode levar a uma unidade autêntica e duradoura. Somos, portanto, chamados a trabalhar pelo restabelecimento da unidade entre os cristãos não apenas através de acordos assinados, mas também através da fidelidade à vontade do Pai e do discernimento dos sussurros do Espírito."

Ao caminhar em direção a esse objetivo, acrescentou o Papa, já existem muitas áreas onde a Igreja Católica e o Patriarcado Ecumênico estão trabalhando juntos. Uma delas e "a mais fecunda dessa cooperação, é o diálogo inter-religioso", ao recordar com gratidão na mensagem, o recente encontro no Reino do Bahrein, por ocasião do fórum sobre o tema. E Francisco finalizou, escrevendo:

"O diálogo e o encontro são o único caminho para superar os conflitos e todas as formas de violência. A esse respeito, confio à misericórdia de Deus Todo-Poderoso aqueles que perderam a vida ou ficaram feridos no recente ataque na sua cidade, e rezo para que Ele converta os corações daqueles que promovem ou apoiam essas más ações."

A saudação na Audiência Geral

O Papa também fez menção à festa de Santo André ao final da Audiência Geral desta quarta-feira (30), na Praça São Pedro, quando novamente recordou que uma delegação da Santa Sé participa das celebrações na Turquia:

“Que a intercessão dos Santos irmãos apóstolos Pedro e André permita logo à Igreja de gozar plenamente da sua unidade e conceda paz ao mundo inteiro, especialmente neste momento à querida e martirizada Ucrânia, sempre no nosso coração e nas nossas orações.”

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Charles de Foucauld

S. Charles de Foucauld | formacao.cancaonova
01 de dezembro
São Charles de Foucauld
Por Rodrigo Luiz dos Santos

Papa recorda 100 anos do assassinato de Charles de Foucauld

Assaltantes mataram o sacerdote Charles de Foucauld, porque queriam roubar o ‘tesouro’ do qual ele tanto falava.

Papa Francisco recordou, na Missa desta quinta-feira, 1º de dezembro, os cem anos do assassinato de Charles de Foucauld. O Santo Padre ressaltou o testemunho de vida desse sacerdote que tanto bem fez à Igreja. Sua beatificação foi realizada por Bento XVI em 2005.

Francisco rezou para que o beato nos abençoe e nos ajude a caminhar na pobreza, na contemplação e no serviço aos pobres.

Quando morei em Roma, entre os anos de 2002 e 2007, tive contato com a história desse homem santo, especialmente por meio das Irmãzinhas de Jesus, que vivem uma vida muito simples na periferia de Roma. Foi assim que conheci mais sobre Charles de Foucauld e sobre a oração composta por ele, que está no fim deste texto.

Nascido na França, em 1858, Carlos de Jesus perdeu os pais quando tinha seis anos. Na juventude, entrou para o exército, mas foi despedido por indisciplina. A partir disso, começou a viajar pelo norte da África como explorador. Era descrente de tudo, mas acabou encontrando a fé no confessionário.

Dessa maneira, Charles de Foucauld descobriu que Deus é misericordioso e, sem saber, era o que ele sempre buscava. Tornou-se padre e viveu no deserto em meio aos árabes. Anunciou o Evangelho vivendo a pobreza radical. Era mais pobre que os pobres do Saara.

Carlos era amigo dos tuaregues, um povoado constituído por pastores seminômades, agricultores e comerciantes, a maioria muçulmanos. Foi morto por assaltantes que queriam descobrir o tesouro do qual ele tanto falava. Não compreenderam que o tesouro estava no sacrário: era Jesus na Eucaristia, o centro de sua vida.

Espero que você, ao rezar a Oração de Abandono, faça uma bela experiência de liberdade interior com o amor de Deus:

“Meu Pai,
Eu me abandono a Ti.
Faz de mim o que quiseres.
O que fizeres de mim,
Eu Te agradeço.

Estou pronto para tudo, aceito tudo.
Desde que a Tua vontade se faça em mim
E em tudo o que Tu criastes,
Nada mais quero, meu Deus.

Nas Tuas mãos entrego a minha vida.
Eu Te a dou, meu Deus,
Com todo o amor do meu coração,
Porque Te amo
E é para mim uma necessidade de amor dar-me,
Entregar-me nas Tuas mãos sem medida
Com uma confiança infinita
Porque Tu és…
Meu Pai!”

quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Fazer exame de consciência para chegar à vontade de Deus , diz Papa

Papa na Audiência geral dessa quarta-feira, 30 de novembro de 2022/
Foto: via REUTERS

QUARTA-FEIRA, 30 DE NOVEMBRO DE 2022

Consolação autêntica foi o tema da Audiência Geral de hoje; Papa disse que é importante fazer o exame de consciência diário: “O que aconteceu no meu coração?”

Da Redação, com Vatican News

“A consolação autêntica” foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira, 30, realizada na Praça São Pedro. Na ocasião, refletindo sobre o discernimento, tomou como base a passagem dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola que trata dos pensamentos bons e ruins.

“Se nos pensamentos tudo é bom, o princípio, o meio e o fim, e se tudo está orientado para o bem, este é um sinal do anjo bom. Por outro lado, pode ser que no decurso dos pensamentos se apresente algo mau, ou que distraia, ou menos bom do que aquilo que antes a alma se propusera fazer, ou algo que debilite a alma, que a torne inquieta, que a ponha em agitação e lhe tire a paz, a tranquilidade e a calma que antes tinha: então, este é um sinal claro de que tais pensamentos vêm do espírito maligno”.

O Pontífice sublinhou que existe uma verdadeira consolação, que foge de outras que podem supostamente ser e não são. Com isso, afirmou a necessidade de se entender bem o percurso da consolação, para onde vai, para onde leva e se chegar a algo que não é bom, não se trata de algo verdadeiro.

O princípio do pensamento

“O que significa que o princípio está orientado para o bem? Por exemplo, tenho o pensamento de rezar, e observo que se acompanha ao afeto pelo Senhor e pelo próximo, convida a realizar gestos de generosidade, de caridade: é um bom princípio. No entanto, pode acontecer que aquele pensamento surja para evitar um trabalho ou uma tarefa que me foi confiada: sempre que devo lavar a louça ou limpar a casa, vem-me uma grande vontade de começar a rezar! A oração não é uma fuga dos nossos afazeres; pelo contrário, é uma ajuda para realizar o bem que somos chamados a praticar, aqui e agora. Isto a propósito do princípio”, disse.

O Santo Padre ainda explicou que Santo Inácio dizia que o princípio, o meio e o fim devem ser bons. “O princípio é este: tenho vontade de rezar para não lavar a louça. Então, primeiro, lava a louça e depois vai rezar”, frisou.

O meio do pensamento

Na catequese, o tradicional giro de papamóvel na Praça São Pedro,
momento de saudar os fiéis / Foto: REUTERS/Guglielmo Mangiapane

Explicando ainda sobre as partes do pensamento e a verdadeira consolação, Francisco deteve-se no meio, o que vem depois do que já foi começado anteriormente.

Trazendo a figura do fariseu que tende a agradar a si mesmo com a oração e a desprezar o outro com um animo ressentido e azedo, o Papa apontou ser sinais de que o espírito maligno utilizou aquele pensamento como chave de acesso para entrar no coração de quem reza. Francisco acenou que esse tipo “de oração termina mal”, pois é “uma consolação de rezar para se sentir como um pavão diante de Deus. Este é um meio que não funciona”.

O fim da oração 

Explicando sobre o fim da oração, o Pontífice disse que é o lugar onde chega o pensamento. “Pode acontecer que eu trabalhe arduamente por uma obra boa e meritória, mas isto impele-me a deixar de rezar, descubro-me cada vez mais agressivo e zangado, considero que tudo depende de mim, a ponto de perder a confiança em Deus. Evidentemente, aqui há a ação do espírito maligno. Eu começo a rezar e na oração me sinto onipotente. Portanto, examinar bem o percurso dos próprios sentimentos, e o percurso dos bons sentimentos, da consolação a partir do momento que eu quero fazer alguma coisa”.

Segundo o Papa, “o estilo do inimigo”, do demônio, é o estilo que consiste em apresentar-se de maneira sorrateira e disfarçada: começa a partir daquilo que é mais querido e depois, pouco a pouco, atrair a si: “o mal entra secretamente, sem que a pessoa perceba. E, com o passar do tempo, a suavidade torna-se dureza: aquele pensamento revela-se pelo que realmente é”.

A importância do exame de consciência 

Francisco disse ser indispensável esse exame de consciência sobre a origem e a verdade dos próprios pensamentos. Por tratar-se de um convite para o aprendizado diante das experiências para não continuar repetindo os mesmos erros.  

“Quanto mais nos conhecemos, mais sentimos por onde entra o espírito maligno, as suas senhas, as portas de entrada do nosso coração, que são os pontos onde somos mais sensíveis, de modo a prestar-lhes atenção no futuro. Cada um de nós sabe onde está os pontos mais sensíveis, os pontos mais frágeis da própria personalidade e dali entra o maligno e nos leva para a estrada errada, ou nos tira da estrada certa”.

O Papa frisou que é importante fazer “o exame de consciência diário: antes de terminar o dia, parar. Se perguntar, o que aconteceu no meu coração? Cresceu ou foi uma estrada na qual passou de tudo? Trata-se do precioso esforço de reler a experiência sob um ponto de vista particular. É importante compreender o que aconteceu, é sinal de que a graça de Deus age em nós, ajudando-nos a crescer em liberdade e consciência. Não estamos sozinhos, o Espírito Santo está conosco”.

Antes de concluir, o Papa disse que a consolação autêntica é uma espécie de confirmação de que foi cumprido o que Deus quer de nós, que os seus caminhos foram percorridos nas estradas da vida, da alegria, da paz. “Com efeito, o discernimento não é simplesmente sobre o bem, nem sobre o máximo bem possível, mas sobre o que é um bem para mim aqui e agora: é nisto que sou chamado a crescer, colocando limites a outras propostas, atraentes, mas irreais, para não ser enganado na busca do verdadeiro bem”.

O Santo Padre finalizou sua reflexão acreditando ser preciso aprender a ler no livro do coração o que aconteceu durante o dia. “Façam isso. São apenas dois minutos, mas garanto a vocês que lhes fará bem”.

Três homens, um leme e o nosso Natal

Os três homens migrantes que passaram 11 dias sentados no leme de um 
petroleiro | Vatican News

Os migrantes sobreviveram onze dias de navegação, escondidos em um navio petroleiro.

ANDREA TORNIELLI

Falta menos de um mês para o Natal e a notícia dos três homens que passaram onze dias sentados no leme de um petroleiro que deixou a Nigéria e aportou nas Ilhas Canárias parece ter pouco a ver com isso. Mesmo assim a história emblemática dos três imigrantes, que milagrosamente sobreviveram ao frio, à água, ao sol e à desidratação, amontoados no recesso da popa do navio em contato com a água, é impressionante. Porque não podemos deixar de pensar no destino da família de Nazaré, um ícone para cada refugiado, migrante ou deslocado. O Deus cristão que se fez Homem, junto com Maria e José, foi um migrante e refugiado no Egito. Essa família teve que fugir para o Egito para escapar das cimitarras dos sicários de Herodes prontos para matar Jesus. Aquela família conheceu o exílio, a precariedade, os riscos da viagem, a distância de casa.

Não sabemos o que levou os três homens para a desesperada aventura de fugir na popa de um navio em pleno Atlântico agarrando-se ao enorme leme do petroleiro. Podemos apenas imaginar que a situação em que viviam os fez preferir o risco de serem engolidos pelo abismo ou de morrerem de fome, como acontece com tantos outros em suas mesmas condições.

Também foi relatado que os três homens, após receberem atendimento médico em Las Palmas, serão deportados à Nigéria por serem "passageiros clandestinos". A imagem que os retrata, desidratados e fracos sentados na lâmina do petroleiro, impressionou o mundo inteiro, e nos ajuda a não esquecê-los e a não nos esquecermos dos muitos migrantes que todos os dias desafiam as águas do grande cemitério chamado Mediterrâneo em busca de um porto seguro, fugindo da fome, da carestia, da miséria e das guerras. Seria um presente de Natal inesperado se eles pudessem ficar na na Europa. A Fundação italiana Casa dello Spirito e delle Arti está se mobilizando para tornar este sonho realidade.

Por que o Advento tem 4 domingos?

Pascal Deloche / Godong
Por Philip Kosloski

O número quatro tem um significado especial e está relacionado à preparação do mundo para o nascimento de Jesus.

O Advento é uma época única no calendário litúrgico. Não depende de um certo número de dias antes do Natal, mas apenas do número de domingos. Mais especificamente, o Advento é contado pelos quatro domingos que precedem a Solenidade da Natividade de Jesus Cristo, em 25 de dezembro.

O simbolismo dos quatro domingos

O Advento na Igreja Católica tem uma longa história. O primeiro tempo litúrgico de preparação para o Natal foi o jejum do Advento, marcando 40 dias antes da celebração do nascimento de Cristo.

No entanto, o jejum logo foi relaxado no Ocidente e substituído por cinco domingos de preparação. Isso durou apenas alguns séculos. Depois, a medida foi alterada pelos atuais quatro domingos do Advento. Acredita-se que foi o Papa São Gregório VII que fixou o tempo do Advento em quatro domingos.

Dom Prosper Guéranger, um historiador litúrgico do século XIX, resumiu:

“Em primeiro lugar, há o número dos dias do Advento. Quarenta foi o número originalmente adotado pela Igreja e ainda é mantido na liturgia ambrosiana e na Igreja oriental. Se, posteriormente, a Igreja de Roma e as que se seguem à sua liturgia mudaram o número de dias, a mesma ideia ainda se expressa nas quatro semanas.”

Número ligado à preparação

Assim, os quatro domingos devem nos lembrar os 40 dias que Jesus passou no deserto, número bíblico com profundo simbolismo, que quase sempre está associado à preparação.

Além disso, Guéranger também conecta os quatro domingos com uma tradição católica acerca a criação do mundo, que teria ocorrido há 4.000 anos:

O novo nascimento de nosso Redentor ocorre depois de quatro semanas, já que o primeiro nascimento aconteceu depois de quatro mil anos, de acordo com a cronologia hebraica e da Vulgata“.

O número quatro na Bíblia

Enquanto os cientistas continuam a debater a data exata da criação do mundo, o principal simbolismo do número quatro permanece entre os fiéis. Por exemplo, uma corrente de estudiosos acredita que, no quarto dia, Deus finalizou a criação material, pois no quinto e no sexto dias, ele dedicou-se ao “mobiliário” e ao povoamento do mundo.

O número quatro também está conectado à criação quando se fala sobre os quatro cantos do mundo, as quatro direções cardeais e os quatro elementos (terra, fogo, ar e água).

Enfim, o Advento é um belo tempo litúrgico e até mesmo o seu número de domingos revela que a Terra espera ansiosamente a chegada do Salvador.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Das Homilias sobre o Evangelho de João, de São João Crisóstomo, bispo

Santo André | liturgiadashoras

Das Homilias sobre o Evangelho de João, de São João Crisóstomo, bispo

(Hom. 19,1: PG 59,120-121)             (Séc.IV)

Encontramos o Messias

André, tendo permanecido com Jesus e aprendido com ele muitas coisas, não escondeu o tesouro só para si mas correu depressa à procura de seu irmão, para fazê-lo participar da sua descoberta. Repara o que lhe disse: Encontramos o Messias (que quer dizer Cristo) (Jo 1,41). Vede como logo revela o que aprendera em pouco tempo! Demonstra assim o valor do Mestre que o persuadira, bem como a aplicação e o zelo daqueles que, desde o princípio, já estavam atentos. Esta expressão, com efeito, é de quem deseja intensamente a sua vinda, espera aquele que deveria vir do céu, exulta de alegria quando ele se manifestou, e se apressa em comunicar aos outros a grande notícia.

Repara também a docilidade e a prontidão de espírito de Pedro. Acorre imediatamente. E conduziu-o a Jesus (Jo 1,42), afirma o Evangelho. Mas ninguém condene a facilidade com que, não sem muita reflexão, aceitou a notícia. É provável que o irmão lhe tenha falado pormenorizadamente mais coisas. Na verdade, os evangelistas sempre narram muitas coisas resumidamente, por razões de brevidade. Aliás, não afirma que acreditou logo, mas: E conduziu-o a Jesus (Jo 1,42), e a ele o confiou para que aprendesse com Jesus todas as coisas. Estava ali, também, outro discípulo que viera com os mesmos sentimentos.

Se João Batista, quando afirma: Eis o Cordeiro e batiza no Espírito Santo (cf. Jo 1,29.33), deixou mais clara, sobre esta questão, a doutrina que seria dada pelo Cristo, muito mais fez André. Pois, não se julgando capaz de explicar tudo, conduziu o irmão à própria fonte da luz, tão contente e pressuroso, que não duvidou sequer um momento.

Jornada Mundial da Juventude 2023

CNBB

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE 2023 JÁ CONTA COM 200 MIL JOVENS DE 120 PAÍSES DE TODOS OS CONTINENTES INSCRITOS

No dia 23 de novembro, data na qual se assinalava um mês da inscrição do Papa Francisco, a organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 revelou que “mais de 200 mil jovens de todo o mundo já iniciaram a inscrição”. A Jornada que vai decorrer em Lisboa de 1 a 6 de agosto de 2023 tem, assim, um prometedor arranque das inscrições neste primeiro mês.

“Com representantes de mais de 120 países inscritos, provenientes não só da Europa, mas também de África e da América do Norte, Central e do Sul, a mobilização destes jovens para a inscrição reflete a diversidade de ter peregrinos de todo o mundo a participar na JMJ Lisboa 2023”, pode-se ler em nota publicada no site do evento.

O Comité Organizador Local (COL) revela que é da Europa o maior número de inscrições provenientes de Portugal e Espanha, mas também da Polónia e Itália. “No continente americano, os países com maior representatividade são os Estados Unidos da América, o Brasil, o México e o Equador. No continente africano, realça-se a inscrição de jovens provenientes de países como Moçambique, Angola e Guiné-Bissau, que historicamente têm uma maior ligação a Portugal”, refere a nota.

A JMJ Lisboa 2023 informa que os peregrinos que queiram “aceder a um conjunto de serviços, como alojamento, alimentação, transporte e segurança e kit do peregrino” deverão inscrever-se nas várias “opções de pacotes” disponíveis no site do evento.  A organização sublinha que é gratuito o acesso a todas as iniciativas da Jornada de Lisboa, nomeadamente a Missa de Abertura, Acolhimento do Papa, Via-Sacra, Vigília com o Santo Padre e a Missa do Envio.

Segundo informa a Agência Ecclesia, “a JMJ Lisboa 2023 é dedicada aos peregrinos de todo o mundo com idades compreendidas entre os 14 e 30 anos de idade, sendo permitido que peregrinos de outras idades se inscrevam; os participantes com idade inferior a 18 anos têm obrigatoriamente de estar integrados num grupo e o seu cuidado é confiado a um adulto do grupo, com a devida autorização dos pais ou responsável legal”.

A agência católica de notícias salienta que os valores das inscrições variam entre os 50 e os 235 euros, dependendo da opção escolhida. “A todos os pagamentos efetuados até dia 31 de dezembro de 2022, será aplicado automaticamente um desconto de 10%; os pagamentos efetuados até dia 15 de março de 2023 usufruem ainda de um desconto automático de 5%. Os participantes que escolham um pacote com alojamento incluído, serão alojados em casas de família, pavilhões, escolas, ginásios, entre outros espaços coletivos”, informa a Agência Ecclesia.

De referir e fixar que no dia 5 de agosto depois da Vigília que será presidida pelo Papa, os peregrinos vão pernoitar no local da celebração, como nas outras edições. O Parque Tejo será o local e para tal será necessário que cada participante traga consigo um saco-cama.

Papa partilha alegria pela JMJ 2023

O Papa Francisco na audiência geral de quarta-feira 23 de novembro assinalou o Dia Mundial da Juventude celebrado na Solenidade de Cristo Rei. O Santo Padre voltou a dirigir as suas preces e pensamento para o grande encontro de Lisboa de agosto 2023, no momento em que se dirigiu aos peregrinos de língua portuguesa:

“No domingo passado foi celebrado nas dioceses o Dia Mundial da Juventude, com o pensamento dirigido para o encontro de jovens que se realizará em Lisboa no próximo ano. A alegria de nos encontrarmos e a vontade de estar juntos são sinais fundamentais para o mundo de hoje, dilacerado por confrontos e guerras. Que Nossa Senhora guarde o nosso desejo de comunhão e de paz. Deus vos abençoe”, disse o Papa.

Recordemos que no Dia Mundial da Juventude os símbolos da JMJ estiveram no Santuário de Cristo Rei, na vigararia de Almada, num encontro festivo que juntou centenas de jovens da diocese de Setúbal. Nessa tarde, dom Américo Aguiar presidiu a missa após os jovens terem peregrinado com a cruz e o ícone mariano até ao Santuário de Cristo Rei. Na sua homilia, o presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 lembrou aos jovens as qualidades que o Santo Padre quer para eles. Serem “sonhadores, lutadores e poetas”.

O bispo auxiliar de Lisboa assinalou com especial carinho o abraço da imagem de Cristo Rei erigida naquele Santuário. D. Américo Aguiar disse aos jovens que a JMJ de Lisboa deverá ser “um encontro com Cristo Vivo”. Para que isso seja possível pediu-lhes para acolherem todos como “um povo de braços abertos”.

A Rádio Vaticano e o Vatican News continuam a acompanhar a preparação da Jornada Mundial da Juventude que decorrerá em Lisboa em agosto de 2023.

Por Laudetur Iesus Christus
Com informações do VaticanNews

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF