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segunda-feira, 1 de maio de 2023

Cardeal Tempesta: São José Operário e dia do trabalhador

São José Operário (Vatican News)

Proclamando São José como protetor dos trabalhadores, a Igreja quis demonstrar que está ao lado deles, os mais oprimidos, dando-lhes como patrono o mais exemplar dos homens, aquele que aceitou ser pai adotivo de Deus feito homem, mesmo sabendo o que poderia acontecer à sua família.

Cardeal Orani João Tempesta, O. Cist. - Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

A Igreja celebra no dia 1° de maio o dia de São José Operário. A figura de São José adquire em nossos dias uma grande popularidade. Pio IX o declarou patrono da Igreja Universal, Pio XII instituiu a festa de São José Operário, João XXIII pede sua proteção especial para o Concílio Ecumênico Vaticano II e acrescenta seu nome ao cânon da Missa. É ainda patrono dos pais de família, dos tesoureiros, dos procuradores, dos trabalhadores em geral. Servidor fiel e prudente a serviço da Sagrada Família, continua sendo servidor da família cristã, modelo das virtudes do lar.

São José é o modelo ideal de operário e de homem que viveu a caridade. Ele sustentou sua família durante toda a vida com o trabalho de suas próprias mãos, cumpriu sempre seus deveres para com a comunidade, ensinou ao Filho de Deus a profissão de carpinteiro e, desta maneira suada e laboriosa, permitiu que as profecias se cumprissem e seu povo fosse salvo, assim como toda a Humanidade.

Proclamando São José como protetor dos trabalhadores, a Igreja quis demonstrar que está ao lado deles, os mais oprimidos, dando-lhes como patrono o mais exemplar dos homens, aquele que aceitou ser pai adotivo de Deus feito homem, mesmo sabendo o que poderia acontecer à sua família. José lutou pelos direitos da vida do ser humano e agora, coloca-se ombro a ombro na luta pelos direitos humanos dos trabalhadores do mundo, por meio dos membros da Igreja que aumentam as fileiras dos que defendem os operários e seu direito a uma vida digna.

A Igreja, ao apresentar-nos São José como modelo, não se limita a louvar uma forma de trabalho, mas a dignidade e o valor de todo o trabalho humano honrado. Na primeira Leitura da Missa, lemos a narração do Gênesis em que o homem surge como participante da Criação. A Sagrada Escritura também nos diz que Deus colocou o homem no jardim do Éden para que o cultivasse e guardasse.

O trabalho foi desde o princípio um preceito para o homem, uma exigência da sua condição de criatura e expressão da sua dignidade. E a forma como colabora com a Providência divina sobre o mundo. Com o pecado original, a forma dessa colaboração, o como, sofreu uma alteração: “A terra será maldita por tua causa- lemos também no Gênesis-; com fadiga te alimentarás dela todos os dias da tua vida... Comerás o pão com o suor de teu rosto” (Gn 3, 17-19).

Durante muito tempo, houve uma ênfase no tema da propriedade, o que levou os setores capitalistas dominantes a uma defesa total da propriedade privada. Com a publicação da Laborem Exercens (1981), São João Paulo II acentua o trabalho, em seu significado material e objetivo, e espiritual; há uma inflexão de orientação em sua importância em sua importância para a vida social. O trabalho tem por base operar numa comunidade de pessoas. Significa domínio dos homens entre si (na hierarquia social, nas remunerações salariais, no acesso aos bens de consumo, nas oportunidades de desenvolvimento intelectual e social); um trabalho sem remuneração justa aquilata se existe fraternidade humana.

“O trabalho é um desses aspectos, perene e fundamental e sempre com atualidade, de tal sorte que exige constantemente renovada atenção e decidido testemunho. Com efeito, surgem sempre novas interrogações e novos problemas, nascem novas esperanças, como também motivos de temor e ameaças, ligados com esta dimensão fundamental da existência humana, pela qual é construída cada dia a vida do homem, da qual esta recebe a própria dignidade específica, mas na qual está contido, ao mesmo tempo, o parâmetro constante dos esforços humanos, do sofrimento, bem como dos danos e das injustiças que podem impregnar profundamente a vida social no interior de cada uma das nações e no plano internacional. Se é verdade que o homem se sustenta com o pão granjeado pelo trabalho das suas mãos— e isto equivale a dizer, não apenas com aquele pão quotidiano mediante o qual se mantém vivo o seu corpo, mas também com o pão da ciência e do progresso, da civilização e da cultura — então é igualmente verdade que ele se alimenta deste pão com suor do rosto isto é, não só com os esforços e canseiras pessoais, mas também no meio de muitas tensões, conflitos e crises que, em relação com a realidade do trabalho, perturbam a vida de cada uma das sociedades e mesmo da inteira humanidade” (Retirado do site: http://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_14091981_laborem-exercens.html. Laborem Exercens, n.1/ Último acesso: 27/04/2023).

Peçamos a intercessão de São José para realizar bem o ofício que nos ocupa tantas horas: as tarefas domésticas, o laboratório, o arado ou o computador, o trabalho de carregar pacotes ou de cuidar da portaria de um edifício. A categoria de um trabalho reside na sua capacidade de nos aperfeiçoar humana e sobrenaturalmente, nas possibilidades que nos oferece de levar adiante a família e de colaborar nas obras em favor dos homens, na ajuda que através dele prestamos à sociedade.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Mitos litúrgicos (8/16)

Basílica de Santo Agostinho em Roma | Presbíteros

Mitos litúrgicos

Mito 16. “O cálice e o cibório podem ser de qualquer material”

Não podem.

A Santa Igreja zela pelo material do cálice, cibórios e outros vasos sagrados utilizados nas celebrações. Por exemplo: é expressamente proibido o uso de vasos sagrados de vidro, barro, argila, cristal ou outro material que quebre com facilidade.

Especifica a Instrução Redemptionis Sacramentum (n. 117): “Os vasos sagrados, que estão destinados a receber o Corpo e o Sangue do Senhor, devem-se ser fabricados, estritamente, conforme as normas da tradição e dos livros litúrgicos. As Conferências de Bispos tenham capacidade de decidir, com a aprovação da Sé apostólica, se é oportuno que os vasos sagrados também sejam elaborados com outros materiais sólidos. Sem dúvida, requer-se estritamente que este material, de acordo com a comum valorização de cada região, seja verdadeiramente nobre, de maneira que, com seu uso, tribute-se honra ao Senhor e se evite absolutamente o perigo de enfraquecer, aos olhos dos fiéis, a doutrina da presença real de Cristo nas espécies eucarísticas. Portanto, reprove-se qualquer uso, para a celebração da Missa, de vasos comuns ou de escasso valor, no que se refere à qualidade, ou carentes de todo valor artístico, ou simples recipientes, ou outros vasos de cristal, argila, porcelana e outros materiais que se quebram facilmente. Isto vale também para os metais e outros materiais, que se corroem (oxidam) facilmente.”

O saudoso Papa João Paulo II insiste na utilização dos melhores recursos possíveis nos objetos litúrgicos, como honra prestada ao Corpo e ao Sacrifício de Nosso Senhor. Disse João Paulo II (Ecclesia de Eucharistia, n. 47-48):

“Quando alguém lê o relato da instituição da Eucaristia nos Evangelhos Sinópticos, fica admirado ao ver a simplicidade e simultaneamente a dignidade com que Jesus, na noite da Última Ceia, institui este grande sacramento. Há um episódio que, de certo modo, lhe serve de prelúdio: é a unção de Betânia. Uma mulher, que João identifica como sendo Maria, irmã de Lázaro, derrama sobre a cabeça de Jesus um vaso de perfume precioso, suscitando nos discípulos – particularmente em Judas (Mt 26, 8; Mc 14, 4; Jo 12, 4) – uma reação de protesto contra tal gesto que, em face das necessidades dos pobres, constituía um « desperdício » intolerável. Mas Jesus faz uma avaliação muito diferente: sem nada tirar ao dever da caridade para com os necessitados, aos quais sempre se hão-de dedicar os discípulos – « Pobres, sempre os tereis convosco » (Jo 12, 8; cf. Mt 26, 11; Mc 14, 7) -, Ele pensa no momento já próximo da sua morte e sepultura, considerando a unção que Lhe foi feita como uma antecipação daquelas honras de que continuará a ser digno o seu corpo mesmo depois da morte, porque indissoluvelmente ligado ao mistério da sua pessoa. (…) Tal como a mulher da unção de Betânia, a Igreja não temeu « desperdiçar », investindo o melhor dos seus recursos para exprimir o seu enlevo e adoração diante do dom incomensurável da Eucaristia. À semelhança dos primeiros discípulos encarregados de preparar a « grande sala », ela sentiu-se impelida, ao longo dos séculos e no alternar-se das culturas, a celebrar a Eucaristia num ambiente digno de tão grande mistério. Foi sob o impulso das palavras e gestos de Jesus, desenvolvendo a herança ritual do judaísmo, que nasceu a liturgia cristã. Porventura haverá algo que seja capaz de exprimir de forma devida o acolhimento do dom que o Esposo divino continuamente faz de Si mesmo à Igreja-Esposa, colocando ao alcance das sucessivas gerações de crentes o sacrifício que ofereceu uma vez por todas na cruz e tornando-Se alimento para todos os fiéis? Se a ideia do « banquete » inspira familiaridade, a Igreja nunca cedeu à tentação de banalizar esta « intimidade » com o seu Esposo, recordando-se que Ele é também o seu Senhor e que, embora « banquete », permanece sempre um banquete sacrificial, assinalado com o sangue derramado no Gólgota. O Banquete eucarístico é verdadeiramente banquete « sagrado », onde, na simplicidade dos sinais, se esconde o abismo da santidade de Deus: O Sacrum convivium, in quo Christus sumitur! – « Ó Sagrado Banquete, em que se recebe Cristo! »”

 Fonte: https://presbiteros.org.br/

Se os católicos acreditassem mesmo que Jesus está na Eucaristia…

Gina Vescovi | Shutterstock

Por Revista Misión

Diálogo com os protestantes.

Meus amigos protestantes não me entendem, querido leitor… Dizem que me converti graças a eles (o que é verdade); dizem que meu coração se incendiou quando aprofundei nas raízes no catolicismo; dizem que não compreendem minha atitude.

Tentei explicar-lhes várias vezes a certeza que sacia meu entendimento quando vivencio o momento da consagração na missa. Eu sei que essa hóstia é Cristo, aquele que andava pela Galileia há dois mil anos, aquele a quem dos cristãos chamam de Deus.

Ele vive, existe, respira, anda, assim como fazia antes, e sei que olha para nós lá do altar. A única diferença entre aquele e este é que agora Ele vive dentro do incomensurável mistério que supõe sua existência verdadeira dentro de um pequeno pedaço de pão consagrado.

Nem preciso dizer que minha afirmação parece um absurdo para eles, né?

“Ah, tenha dó… Maria?”, dizem, entre gargalhadas.

“Cristo vivo em um pedaço de pão? Você tem coragem de afirmar isso em pleno século 21?”

É claro que sim!

Eu mordo a língua e não respondo, me seguro. Mas há algo em suas teorias anglicanas que me derruba, me fere e me deixa indefesa. Isso acontece quando insistem em saber se nós, católicos, realmente acreditamos que Jesus está vivo na hóstia, e eu respondo sempre: “É claro que sim!”.

Então eles me olham e balançam a cabeça, com cara de dó. “Coitada”, sussurram.

Mas por que resistem tanto a acreditar nisso? Por que é tão estranho para eles que nós acreditemos na transubstanciação? Esta é a pergunta que não quer calar.

E a resposta que me dão me deixa perplexa e abatida: “Porque se os católicos realmente acreditassem em tal afirmação, por acaso não passariam a vida inteira em adoração permanente aos pés dos sacrários?”.

“Vocês não fazem isso; suas igrejas estão vazias e nem todas oferecem a adoração eucarística. Os católicos são uns pobres loucos, isso sim”, concluem.

Eu abaixo a cabeça com tristeza. Acho que os católicos não estão loucos, não. Mas nos falta muita, muita, muita fé.

Que Deus nos perdoe por tanto desprezo à sua santa Presença.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Papa: um futuro de esperança, não de guerra, cheio de berços, não de túmulos

No altar na Praça Kossuth Lajos, Papa diante do ícone de Nossa Senhora  (VATICAN MEDIA Divisione Foto)

Antes de rezar o Regina Coeli, o Papa pediu à Rainha da Paz para infundir "nos corações dos homens e dos líderes das nações o desejo de construir a paz, de dar às jovens gerações um futuro de esperança, não de guerra; um futuro cheio de berços, não de túmulos; um mundo de irmãos, não de muros."

Salvatore Cernuzio – Cidade do Vaticano

“Um futuro de esperança, não de guerra; um futuro cheio de berços, não de túmulos; um mundo de irmãos, não de muros.”

Em pé, mas idealmente de joelhos diante do ícone de Nossa Senhora Magna Domina Hungarorum, venerada como protetora e padroeira da Hungria, o Papa eleva uma súplica universal à Mãe de Deus por um continente, o europeu, dilacerado por conflitos, divisões, tensões, perspectivas nefastas para o futuro.

Virgem Santa, olhai para os povos que mais sofrem. Olhai sobretudo para o vizinho povo ucraniano martirizado e para o povo russo, a Vós consagrados. Vós sois a Rainha da paz.

A causa da paz

Francisco reza o Regina Caeli com os 50 mil fiéis reunidos na Praça Kossuth Lajos, em Budapeste, último evento da manhã de domingo antes de seguir para a Nunciatura. Antes da oração mariana, ele se dirige a Nossa Senhora. Ao seu Imaculado Coração, em 25 de março de 2022, consagrou a Rússia e a Ucrânia, implorando o fim do conflito. Agora volta a pedir sua intercessão:

A partir desta grande cidade e deste nobre país, quero colocar no seu Coração a fé e o futuro de todo o Continente Europeu, sobre o qual tenho pensado nestes dias, e de modo particular a causa da paz.

Virgem Santa - é a súplica do Bispo de Roma - "infundi nos corações dos homens e dos líderes das nações o desejo de construir a paz, de dar às jovens gerações um futuro de esperança, não de guerra; um futuro cheio de berços, não de túmulos; um mundo de irmãos, não de muros”.

Reunião de diferentes religiões

A fraternidade, portanto, é o caminho que o Papa indica para prevenir as tragédias que tornam o mundo instável. A mesma fraternidade da qual são exemplo as religiões e confissões cristãs da Hungria:

Obrigado pela vossa presença! E obrigado porque, neste país, diferentes Confissões e religiões se encontram e apoiam mutuamente. 

Aqui, acrescenta o Pontífice, citando as palavras do cardeal Peter Erdö, arcebispo de Esztergom-Budapeste, “se vive na fronteira oriental do cristianismo ocidental, há mil anos":

É belo que as fronteiras não representem confins que separam, mas áreas de contato; e que os crentes em Cristo ponham em primeiro lugar a caridade que une e não as diferenças históricas, culturais e religiosas que dividem. Une-nos o Evangelho e é voltando lá, às fontes, que o caminho entre os cristãos continuará segundo a vontade de Jesus, Bom Pastor que nos quer unidos num só rebanho.

Oração pela Igreja europeia

O Papa Francisco reza, portanto, pela Igreja de toda a Europa "para que reencontre a força da oração" e redescubra em Maria "a humildade e a obediência, o ardor do testemunho e a beleza do anúncio".

Daí as saudações à presidente Katalin Novák, ao primeiro ministro Viktor Orbán - ambos sentados nas primeiras filas -, bem como aos bispos e pessoas consagradas e a todo o querido povo húngaro "pela acolhida e afeto que senti nestes dias: "Aproximando-se agora o momento de regressar a Roma, desejo expressar meu reconhecimento...", diz o Papa Francisco, acrescentando:

Exprimo a minha gratidão a quantos vieram de longe e a quem trabalhou tanto e tão bem para esta visita. A todos digo: obrigado; Deus vos recompense.

Gratidão aos húngaros

Uma recordação especial vai para os doentes e idosos, para "quem se sente sozinho e quantos perderam a fé em Deus e a esperança na vida. Estou unido convosco, rezo por vós e vos abençoo."

Por fim, o desejo para que possa “espalhar a alegria de Cristo” e o agradecimento pelos três dias passados ​​na capital húngara: “Levo-vos no coração e peço que rezeis por mim”.

Isten éltessen! [Felicidades] Isten áld meg a magyart! [Deus abençoe os húngaros!]

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São José Operário

São José Operário (Editora Ave Maria)

01 de maio

São José Operário

São José é descendente da casa real de Davi. É o esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Jesus Cristo. Nos Evangelhos ele aparece na infância de Jesus. Pode-se ver as citações nos livros de Mateus Capítulos 1 e 2, e em Lucas 1 e 2. Na Bíblia, São José é apresentado como um justo. Mateus, em seu Evangelho, descreve a história sob o ponto de vista de José. Já Lucas narra o tempo de infância do menino Jesus contando com a presença de José.

São José na História da Salvação

São José estava noivo de Maria e, ao saber que ela estava grávida, decidiu abandoná-la, pois o filho não era dele. Ele pensa em abandoná-la para que ela não fosse punida com a morte por apedrejamento

Mas ele teve um sonho com um anjo que lhe disse que Maria ficou grávida pela ação do Espírito Santo, e que o menino que iria nascer era Filho de Deus, então, ele aceitou Maria como esposa. Perto do tempo previsto do nascimento de Jesus, por um decreto romano ele foi para Belém partir do recenseamento, lá Maria deu à luz ao Menino Jesus e José estava presente no nascimento.

O anjo, porém, deu novo aviso a José, em sonho. Com efeito, o anjo avisou a José que Herodes queria matar o menino Jesus e mandou-o pegar o menino e sua mãe e fugir para o Egito com eles. José obedeceu. Assim, A sagrada família foi para o Egito e viveram lá durante quatro anos. Após este tempo, o anjo avisou novamente a José em sonhos, dizendo que eles poderiam voltar para Nazaré porque Herodes tinha morrido. José obedeceu e levou a Sagrada Família novamente para Israel.

Vida Simples

São José devotou sua vida aos cuidados de Jesus e Maria. Vivendo do trabalho de suas mãos, como carpinteiro, sustentou sua família com dignidade e exemplo. A profissão de carpinteiro propiciava dignidade à família. José era um judeu religioso e praticante. Ele consagrou o menino Jesus no Templo, logo depois que o menino nasceu. Este ato só era praticado na época por judeus piedosos. São José levava sua família regularmente às peregrinações de seu povo em Jerusalém, como, por exemplo, na Páscoa. Foi numa dessas peregrinações em que, na volta para Nazaré, o menino Jesus ficou em Jerusalém conversando com os doutores da lei. O menino tinha, então, doze anos. José e Maria, aflitos, voltam ao templo e encontram o menino Jesus debatendo com os doutores da lei. Nesta ocasião, Jesus afirma que “Tinha que cuidar das coisas de seu Pai”. Esta é a última vez que José é mencionado nas Sagradas Escrituras. Todos os indícios levam a crer que José faleceu antes de Jesus começar sua vida pública. Caso contrário, ele certamente teria sido mencionado pelos evangelistas, como o foi Maria.

Influência de José na formação da personalidade de Jesus

São José teve papel importantíssimo na formação da personalidade de Jesus enquanto pessoa humana. Claro, Jesus é o Filho de Deus. Porém, se analisarmos o comportamento de Jesus do ponto de vista humano, veremos que ele (Jesus) foi um menino e um homem que teve um pai presente, piedoso e influente. Um pai que ensinou ao filho o caminho da justiça, da verdade, do amor e do conhecimento da Palavra de Deus. Não é à toa que São José é chamado de “Justo” desde os Evangelhos. Por isso, São José é um dos maiores santos de todos os tempos.

Devoção a São José

São José foi inserido no calendário litúrgico Romano em 1479. Sua festa é celebrada no dia 19 de março. São Francisco de Assis e, mais tarde, Santa Teresa d’Ávila, foram grandes santos que  ajudaram a divulgar a devoção a São José. No ano de 1870, São José foi declarado oficialmente como o Patrono Universal da Igreja. O autor desta declaração foi o Papa Pio IX. No ano de 1889, o Papa Leão XIII, num de seus grandes documentos,exaltou as virtudes deSão José. O Papa Bento XV declarou São José como o patrono da justiça social. Para ressaltar a grande qualidade e poder de intercessão de São José como “trabalhador”, O Papa Pio XII instituiu uma segunda festa em homenagem a ele, a festa de "São José operário". Esta, acontece no dia primeiro de maio.

São José é invocado também como o padroeiro dos carpinteiros. Na arte cristã ele é representado tendo um lírio na mão, representando a vitória dos santos. Algumas vezes ele aparece também com o menino Jesus ou nos braços, ou ensinando a Ele a profissão de carpinteiro.

Revelações sobre o poder de intercessão de São José

São José é, sem dúvida, uma dos santos mais importantes da Igreja. Ele é invocado como o santo que intercede a Deus por todas as nossas necessidades. São José tem, diante de Deus, privilégios únicos. Esta é uma das revelações que foram dadas à Serva de Deus chamada Santa Águeda:“Por sua intercessão alcançamos a virtude da castidade e a vitória sobre as tentações contra pureza; alcançamos o poderoso auxílio da graça para sair do pecado e voltar à amizade com Deus; alcançamos a benevolência da Santíssima Virgem Maria e a verdadeira devoção a ela; alcançamos a graça de uma boa morte e a especial proteção contra o demônio nesta hora.” A Igreja afirma que os espíritos do mal estremecem quando ouvem o nome de São José ser invocado. Pela intercessão de São José, podemos alcançar a saúde e a ajuda nas dificuldades. Através dele, as famílias podem alcançar a bênção de uma vida digna.

Nossa Senhora também revelou a Santa Águeda: "Os homens ignoram os privilégios que o Senhor concedeu a São José, e quanto pode sua intercessão junto de Deus. Somente no dia do Juízo os homens conhecerão sua excelsa santidade e chorarão amargamente por não haverem se aproveitado desse meio tão poderoso e eficaz para sua salvação e alcançar as graças de que necessitavam". SJMJ

Oração a São José

A vós, S. José, recorremos em nossa tribulação e, depois de ter implorado o auxílio de Vossa Santíssima Esposa, cheios de confiança solicitamos também o Vosso patrocínio. Por este laço sagrado de caridade que Vos uniu à Virgem Imaculada Mãe de Deus, e pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente Vos suplicamos que lanceis um olhar benigno para a herança que Jesus Cristo conquistou com seu Sangue, e nos socorrais em nossas necessidades com o Vosso auxílio e poder. Protegei, ó Guarda providente da Divina Família, a raça eleita de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício. Assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas; e assim como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus contra as ciladas de seus inimigos e contra toda adversidade. Amparai a cada um de nós com o Vosso constante patrocínio a fim de que, a Vosso exemplo e sustentados por Vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança. Amém.

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

domingo, 30 de abril de 2023

Os 10 alimentos que mais causam alergia alimentar, além do camarão

Alergias de frutos do mar são uma das mais severas podendo levar a morte | Unsplash

Os 10 alimentos que mais causam alergia alimentar, além do camarão

A melhor forma de tratar a reação é evitar a ingestão da comida e seus derivados.

Por O Globo — São Paulo

29/04/2023

O caso do influenciador potiguar Brendo Yan que morreu na quarta-feira após comer um bolinho de aipim recheado com camarão chocou as pessoas e viralizou na internet. O jovem, que era alérgico ao alimento, não sabia o recheio do alimento dado pelo vizinho. Além do camarão, mas outros frutos do mar, como peixes, lula, ostra e outros alimentos como leite, soja, amendoim e ovos são responsáveis por cerca de 90% das alergias de brasileiros.

A alergia alimentar é uma reação anormal do nosso organismo a alguma proteína presente na comida. O problema ocorre quando o corpo identifica como uma ameaça substâncias que, na verdade, não causam doenças, iniciando uma resposta imune para combatê-las.

A melhor forma de tratar uma alergia alimentar, uma vez constatado o quadro alérgico, é evitar a ingestão do alimento e seus derivados. Em caso de reação simples, com sintomas como: manifestações cutâneas e coceira, o alérgico precisa tomar um anti-histamínico, popularmente conhecido como antialérgico.

Porém, se a reação for grave, como manifestações clínicas do sistema respiratório, cardiovascular (tontura e desmaio) ou fechamento da glote, o paciente deve ser imediatamente levado ao hospital.

Confira uma lista com os 10 alimentos que mais causam alergia alimentar:

Leite

O leite de vaca é um dos maiores responsáveis pelos casos de alergia alimentar em crianças durante a primeira infância, porém, alguns adultos também apresentam o problema após a ingestão tardia do alimento. É comum que surjam sintomas como vômitos, refluxos, diarreias e cólicas.

Alergia alimentar ao leite é diferente da intolerância à lactose. Neste último, não há uma reação do sistema imunológico, mas uma incapacidade de digerir o açúcar encontrado no leite de vaca (lactose).

Quando essa alergia ocorre ainda na infância, recomenda-se o acompanhamento com pediatra e nutricionista para a indicação de uma fórmula especifica para substituir o leite animal. Já os adultos podem substitui-lo por bebidas vegetais, como o leite de amêndoas ou aveia.

Frutos do mar

Além do camarão, fazem parte desse bloco: caranguejo, lagosta e moluscos. Se não tratados, as manifestações alérgicas desse grupo são consideradas graves podendo ocasionar a morte. Como foi o caso do influenciador no início dessa matéria.

Para quem tem alergia, sementes de linhaça, chia e nozes, que atuam contra doenças cardiovasculares, ajudam a reduzir inflamações, controlam a glicemia e melhoram o funcionamento cerebral, podem ser bons meios de substituição.

Peixes

A alergia ao alimento atinge cerca de 2% dos adultos, sendo uma das mais comuns do mundo. Uma ótima forma de lidar com a alergia é substitui-lo por frango que também é uma fonte de proteína importante na dieta alimentar das pessoas.

Frutas secas

As frutas secas também estão na lista dos alimentos que provocam reações alérgicas. Os sintomas variam desde uma coceira até casos graves. Nesses casos, o ideal é excluir esses alimentos da dieta e optar por frutas in natura.

Cereais

Alimentos como cevada, centeio, aveia e trigo também causam alergias alimentares. Os sintomas surgem alguns minutos ou horas após o contato ou a ingestão do alimento e podem afetar a respiração da pessoa, levando-a a ter dificuldade de respirar.

Especialistas afirmam que o milho, quinoa e tapioca, podem ser boas formas de substituição do cereal por conter fibras e ajudar no funcionamento do intestino.

Amendoim

A alergia ao amendoim também é bastante comum e, na maioria das vezes, causa reações graves logo após o consumo do alimento. O ideal é substituir o amendoim por castanhas, amêndoas ou nozes, pois eles possuem zinco, selênio e gorduras boas, que fortalecem a imunidade, ajudam no funcionamento da tireoide e regulam o colesterol.

Ovo

A albumina, presente na clara, é a proteína do ovo com maior potencial alergênico. Logo após o consumo, é comum que surjam reações cutâneas como erupções ou inchaços, além de dificuldade para respirar, espirros, olhos lacrimejantes, náuseas e vômitos. Neste caso, o frango e o peixe são bons substitutos, pois são alimentos que, assim como os ovos, têm alta concentração de proteína.

Soja

Geralmente, as reações alérgicas a esse alimento aparecem em bebês e crianças menores de três anos. Raramente, uma alergia à soja acarreta anafilaxia, como dificuldade respiratória e choque hemorrágico, mas aparecem sintomas mais brandos, como inchaços, coceiras e urticárias. Vale a pena substituir a soja por quinoa, grão-de-bico, lentilha e feijão, que contém ferro, magnésio, cálcio, proteína e fibras.

Pimentão

Pessoas com alergia a este tipo de alimento, tem o chamado rinite gustativa, que ocorre após o contato ou a ingestão de comidas ricas em capsaicina, como a pimenta, pimentão e canela. Essa substância provoca uma irritação em nosso organismo, podendo desencadear uma crise de rinite – que nada mais é do que uma irritação e inflamação das vias nasais.

Além disso, ela também pode sentir uma sensação de formigamento na língua e manchas ao redor da boca e também no rosto. Pequenas erupções também podem ser percebidas na pele da mesma região.

Aditivos alimentares

Conhecidos popularmente como corantes e conservantes são muito utilizados em vários tipos de alimentos e bebidas, como cervejas, vinhos e comidas congeladas em geral. Geralmente os sintomas tendem a afetar o sistema respiratório e a pele, como asma e rinite. Urticária, dermatite e angioedema. Além do aparelho gastrintestinal (diarreia, dor abdominal e vômitos).

Fonte: https://oglobo.globo.com/

Os grandes santos que fizeram a história da Hungria

jorisvo - Zvonimir Atletic - BB2 - Renata Sedmakova via Shutterstock
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De 28 a 30 de abril, o Papa Francisco visita a Hungria, uma nação cristã onde a fé e as raízes estão intimamente ligadas. Construída nos séculos X e XI por uma impressionante "dinastia santa" de mártires, reis, princesas e bispos, esse país mantém com especial fervor a gloriosa memória de seus grandes santos nacionais.

I. Santos húngaros antes da Hungria

São Quirino da Sescia (desconhecido-309): o primeiro mártir

Nascido em Sabaria – hoje Szombathely – no início do século IV, Quirino foi um mártir cristão que se recusou a renegar sua fé durante as perseguições de Diocleciano em 309. Torturado pelo governador da Panônia (uma província húngara do Império), ele foi jogado no rio Sibaris com uma pedra de moinho amarrada aos pés. Seu corpo foi recolhido e preservado pelos cristãos locais. Mais tarde, ele foi transferido para Roma para ser preservado do vandalismo durante as grandes invasões. Seus restos mortais agora repousam na Basílica de San Sebastiano, na Via Appia.

São Martinho de Tours (316-397): o evangelizador da Gália

Originário de Sabaria, na Panônia (atual Hungria), no início do século IV, esse filho de um magistrado militar do Império Romano tornou-se legionário e foi enviado para a Gália. Atraído pelo cristianismo apesar de sua educação pagã, Martinho teve uma famosa conversão mística um dia em uma estrada. Um dia, em uma estrada, ele encontrou um homem pobre e decidiu cortar sua capa de legionário e lhe dar metade dela. Cristo então apareceu para ele usando a parte do manto que ele havia oferecido. Abruptamente convertido, ele continuou a lutar no exército por dois anos antes de ser batizado e começar a levar uma vida de eremita. Reconhecido por sua santidade durante sua vida, foi eleito bispo de Tours em 371. Grande evangelista, é venerado na França, mas também em seu país natal, especialmente em sua terra natal, Szombathely.

II. Os santos fundadores da Hungria

Santo Estêvão: o primeiro rei

Filho de um príncipe húngaro pagão no século X, Vajk conheceu o bispo Adalberto de Praga, que o batizou e o rebatizou como Estêvão. Em 996, Estêvão se casou com Gisela, irmã do imperador Henrique II. Após a morte de seu pai, Estêvão assumiu o controle e fundou o Reino da Hungria no ano 1000. Ele foi coroado com uma coroa enviada pelo Papa Silvestre II, que lhe concedeu o título de “Rei Apostólico”. Durante quarenta anos, ele organizou seu reino e o evangelizou, trazendo missionários e construindo muitas igrejas. Considerado um soberano católico exemplar, ele é o santo padroeiro da Hungria. Ele está enterrado na Basílica de Albe Royale, hoje Székesfehérvar.

Beata Gisela da Hungria: uma rainha piedosa

Como irmã do imperador Henrique II, Gisela recebeu uma educação católica muito completa na corte ducal da Baviera. Depois que seus pais se desentenderam por muito tempo, Gisela se casou com Estêvão, um príncipe húngaro que fundou o reino da Hungria no ano 1000 com a bênção do papa e do imperador. Essa união foi possível graças à conversão de Estêvão. Diz-se que ela deu muitos filhos ao marido, inclusive Santo Emérico da Hungria. Viúva em 1038, o sucessor de Estêvão, Pedro, comportou-se como um tirano e a forçou ao exílio na Baviera, onde ela se retirou para a abadia beneditina de Passau.

Santo Emérico (1007-1031): príncipe monge da Hungria

Filho mais novo do rei Estêvão e da rainha Gisela, o tutor de Emérico foi São Geraldo, então monge beneditino e futuro bispo de Csanad. Como seu irmão mais velho morreu muito cedo, Emérico foi cuidadosamente preparado para a realeza e levou uma vida particularmente piedosa, até mesmo ascética, na abadia de Pannonhalma, tornando-se amigo de São Maurício. No entanto, seu futuro real o obrigou a se casar com uma princesa bizantina, e seu pai tentou fazer com que ele sucedesse o imperador Henrique II na Baviera após a morte deste último em 1024. Embora fosse o parente mais próximo, sua causa não foi bem-sucedida, e foi Conrado II quem recuperou o trono e entrou em guerra contra a Hungria: Emérico participou da batalha e seu exército venceu, mas o príncipe renunciou à reivindicação da coroa da Baviera. Ele nunca reinou: em 1301, foi morto por um javali enquanto caçava. Ele está enterrado na Basílica de Royal Alba – hoje Székesfehérvar – ao lado de seu pai.

Santo Astrik, Santo Aldebert e Santo Maur: os primeiros bispos beneditinos

Originários da Boêmia, Astrik e Adalberto visitaram a Hungria com o objetivo de evangelizá-la. Adalberto fundou o mosteiro de Bresnov, em Praga, e Astrik fundou a abadia de Pannonhalma, a primeira instituição eclesiástica na Hungria, da qual se tornou o primeiro abade. Depois de se tornar bispo de Praga, Aldeberto batizou Estêvão da Hungria. Foi nomeado bispo de Esztergom e, portanto, o primeiro bispo do país. Como monge na Abadia de Pannonhalma, Maur foi um dos mais importantes apoiadores espirituais do Rei Estêvão. Ele se tornou abade de Pannonhalma e foi nomeado bispo de Pécs, onde construiu a primeira catedral em 1036. Essa figura intelectual e de grande espiritualidade se destacou por seus esforços para promover a paz em seu país, que estava passando por conflitos muito violentos.

São Geraldo de Csanád, São Bőd e São Bystrík de Nitra: os primeiros mártires da Hungria

Nascido em Veneza no final do século X, Gerardo Sagredo tornou-se monge beneditino e, em seu caminho para a Terra Santa, passou pela Hungria, onde o rei Estêvão ordenou que ele se tornasse tutor de seu filho Emérico. Inicialmente um eremita, ele foi nomeado bispo da diocese de Csanád, fundada pelo rei, e recebeu a tarefa de evangelizar uma população totalmente pagã. Juntamente com três outros bispos, Bőd, Bystrik e Beneta, ele foi atacado por uma multidão pagã. Bőd e Geraldo morreram como mártires, linchados com lanças e pedras na colina de Buda quando estavam a caminho da coroação do rei André em 1046. Bystrik e Beneta conseguiram escapar pelo Danúbio. Na outra margem, em Pest, Bystrik foi morto a espada, e apenas Beneta escapou, salvo pelos exércitos do rei André.

III. Uma dinastia sagrada

São Ladislau, um cavaleiro piedoso

Ladislau I foi rei da Hungria de 1077 a 1095. Ele consolidou o reino e expandiu suas fronteiras, e foi um modelo de cavalheirismo, impondo uma legislação rigorosa contra todas as ofensas à fé cristã. Atribui-se a ele a criação da diocese de Zagreb, na atual Croácia, que ele conquistou, e ele morreu com grande prestígio, muito apreciado por seu povo, cujo protetor justo ele procurou ser. Três anos de luto foram observados na Hungria.

Venerável Irene da Hungria: Imperatriz em Bizâncio

Filha do rei Ladislau, a jovem casou-se ainda muito jovem com João II Comneno, filho do imperador bizantino Alexis, por motivos políticos. Ela foi forçada a se converter à Igreja Ortodoxa e recebeu o nome de Irene. Tornou-se imperatriz após a ascensão de seu marido ao trono, mas não se envolveu na política. Como seu marido, ela era muito piedosa e fundou muitos monastérios. Essa mãe de oito filhos morreu em 1134. Ela é reconhecida como santa pelos ortodoxos e como venerável pelos católicos.

Santa Isabel da Hungria: soberana franciscana

Filha do rei André II da Hungria, um suserano no início do século XIII, Isabel casou-se com Luís IV aos 14 anos. Esse casal unido, apesar da natureza política de sua união, teve três filhos e viveu em grande pobreza, tendo adotado os princípios da vida franciscana. Diz a lenda que, ao levar pão aos pobres e escondê-lo sob sua capa, ela foi impedida pelo marido. Ela lhe disse que estava escondendo rosas sob o manto e, ao abrir o manto, milagrosamente deixou aparecer uma chuva de pétalas de flores. Sua atitude ascética escandalizou os que lhe eram próximos, mas ela permaneceu firme, apesar da morte do marido pela peste, que a deixou viúva com apenas vinte anos de idade. Recusando-se a se casar novamente, ela foi expulsa por seus sogros e acolhida por um tio bispo. Em seguida, dedicou toda a sua vida aos pobres, inspirada pela Terceira Ordem Franciscana, e liderou outras mulheres ao seu redor, morrendo aos 24 anos de idade.

Margarida da Hungria: Princesa dominicana

Sobrinha de Isabel da Hungria, a Princesa Margarida era filha do Rei Béla IV, o suserano húngaro que teve que enfrentar as invasões mongóis na época de seu nascimento. Seus pais prometeram consagrá-la a Deus para salvar seu país, e ela foi educada em um mosteiro dominicano em Veszprem. Desenvolvendo uma fé profunda, ela recusou qualquer casamento oferecido por seus pais e, contra o conselho deles, abraçou a pobreza da vida dominicana, doando todas as riquezas que lhe foram dadas. Ela ficou conhecida como uma asceta severa e mística. Pio XII a canonizou em 1943.

Santa Kinga da Polônia: padroeira da Polônia

Também conhecida como Cunegunda, Kinga era irmã de Margarida da Hungria. Contra sua vontade, ela se casou com o rei Boleslas V da Polônia. Como Margarida, ela sonhava em entrar na ordem dominicana, mas se recusou a consumar o casamento: o marido aceitou e decidiu viver uma vida pobre e casta com ela. Muito amada pelo povo polonês, ela vendeu tudo o que possuía quando o marido morreu e entrou para o mosteiro das Clarissas que havia fundado em Stary Sacz. João Paulo II a canonizou em 1999.

IV – Um santo das Guerras de Religião

Santo Étienne Pongracz: mártir de Košice

Nascido no final do século XVI na Romênia, de uma família húngara, Étienne Pongracz entrou para a Companhia de Jesus e foi treinado em Praga, Liubliana e depois na Áustria, onde foi ordenado. Enviado para ensinar perto de Košice, na atual Eslováquia, foi preso com dois outros companheiros, o jesuíta Melchior Grodziecki e um padre croata, Marko Krizin, pelo exército calvinista de Bethlen, príncipe da Transilvânia. Privados de alimento por vários dias, eles foram brutalmente torturados e todos morreram em decorrência de seus ferimentos. O escândalo foi imenso entre a população, que apreciava os três padres, e o príncipe Bethlen foi obrigado a enterrá-los com dignidade. João Paulo II os canonizou em Košice em 1995.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF