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segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Matteo Bruni responde a jornalistas sobre a saúde do Papa

Papa Francisco (Vatican Media)

Em resposta aos jornalistas o diretor da Sala de Imprensa vaticana disse que as condições do Papa são boas e estacionárias, não tem febre e a sua situação respiratória é em evidente melhoramento.

Vatican News

Respondendo às perguntas dos jornalistas, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, afirmou:

Confirmo que a tomografia computadorizada descartou pneumonia, mas mostrou uma inflamação pulmonar que estava causando algumas dificuldades respiratórias. Para maior eficácia da terapia, foi posicionada uma agulha com cânula para infusão de terapia antibiótica por via endovenosa.

As condições do Papa são boas e estacionárias, não tem febre e a sua situação respiratória é em evidente melhoramento.

Para facilitar a recuperação do Papa, alguns compromissos importantes programados para estes dias foram adiados para que ele possa dedicar-lhes o tempo e a energia desejados. Outros, de natureza institucional ou mais fáceis de realizar devido às atuais condições de saúde, foram mantidos.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Afinal, quem sou eu?

fizkes | Shutterstock

Por Matheus Bazzo - publicado em 26/11/23

Os frutos do autoconhecimento vão muito além das vantagens vocacionais e profissionais...

É comum que uma jornada de sucesso comece com a pergunta mais incômoda que poderíamos fazer: quem sou eu? Esse questionamento é extremamente desconfortável, talvez o mais desconfortável de todos. Estamos lá vivendo nossas vidas de maneira controlada e burguesa, anestesiados pelo entretenimento e pelas redes sociais. E, de repente, surge lá atrás da nossa mente esse espinho eterno. Quem sou eu? E dessa pergunta incômoda derivam seus filhotes igualmente incômodos: qual meu propósito? Estou fazendo tudo que posso? Qual o sentido do que estou fazendo?

Mas, afinal de contas, por que precisamos responder a essas perguntas? Será que esquecê-las não seria mais fácil? Acontece que resulta de sua resposta o sucesso dos empreendimentos mais fundamentais de nossas vidas.

Há uma frase de Margaret Thatcher que costumo repetir aos times das minhas empresas: “Ser líder é como ser uma dama: se você precisa provar que é, então é porque não é.” Ou seja, é necessário ser antes de parecer ser. E esse ser só pode surgir a partir da realidade da vida. Ser um líder de verdade só é possível àquele que, como dizia Ricardo Güiraldes, “sabendo dos males desta terra, por tê-los vivido, temperou-se para domá-los”. 

Conhecer a si mesmo e suas próprias limitações é o cerne para uma carreira de sucesso, pois nela se nota a atuação de um líder. Seja como líder interno dentro de uma empresa, seja como líder fundador de um negócio, seja como profissional independente, a influência é o grande sinal do profissional vocacionado. Todos somos chamados a sermos líderes e influenciadores (não confundir com influencers) — em nossa família, trabalho e vida social. Somente um líder de verdade é capaz de conduzir um empreendimento magnânimo por longo prazo de maneira estável e segura para seus próximos. 

Mas, para isso, é imprescindível conhecer-se. O surgimento de um líder magnânimo acontece de forma concomitante ao surgimento da resposta daquela pergunta impertinente sobre quem nós somos. Citarei três características para ajudar nesse discernimento.

O primeiro atributo que favorece a liderança no autoconhecimento é que conhecer-se ajuda a reconhecer os meios de ação. Aquele que sabe de suas limitações, sabe também o que é e o que não é capaz de fazer. Isso é valioso e evita muitos erros na vida. Especialmente quando se está vivendo uma carreira de ascensão, é fácil iludir-se com algumas conquistas e acreditar que é capaz de realizar coisas maiores, esquecendo-se das responsabilidades menores. É o caso do peixe que morreu asfixiado, pois achou que poderia ser um pássaro e pulou para fora d’água. Conhecer os próprios limites é um elemento imprescindível para nosso desenvolvimento.

Dessa primeira característica surge a segunda: conhecer os limites nos permite a correta delegação do trabalho. Há, na jornada de cada um, o instante decisivo quando é necessário transmitir aos subordinados ou aos colaboradores atividades que você não é mais capaz de executar. Naturalmente, crescer é delegar. Porém, só é possível delegar de maneira saudável aquele que sabe mais sobre si mesmo. Ou seja, quem reconhece o que pode e o que não pode fazer.

A terceira característica no desenvolvimento de um líder é que quem está próximo reconhece a autoridade pela sua integridade. Ou seja, o líder verdadeiro é aquele que pratica o que prega. Em inglês, temos a expressão “walk the talk” — aquele que anda conforme diz. É muito fácil fingir autoridade nas redes sociais. É muito fácil atribuir a si mesmo grandes feitos, especialmente quando estamos tratando com uma plateia com poucos critérios e sem a devida educação, como é infelizmente o caso de muitos brasileiros. O público daqui é facilmente enganado pela aparência de liderança e autoridade. Porém, para conduzir uma carreira grandiosa, é necessário exercer influência e liderança em pessoas próximas de você e por muito tempo. De maneira que a liderança falsa, a liderança de palco, é facilmente contestada dentro de uma hierarquia de empresa ou organização. Para isso, é fundamental que o líder se conheça. As pessoas notam, mesmo que intuitivamente, quando estão lidando com um charlatão. Há dentro de cada pessoa uma centelha divina de inteligência: em alguns, mais e; em outros, menos ou muitíssimo menos. Mas sempre há. Um legado de sucesso só se constrói mediante a atuação de uma pessoa que se conhece e se mantém íntegra aos seus limites e propósitos. A integridade é o fermento da liderança. É aquilo que permite que ela cresça e se desenvolva de maneira natural e orgânica. 

Mas os frutos do autoconhecimento vão muito além dessas vantagens vocacionais e profissionais. Precisamos sempre manter nosso horizonte o mais longínquo possível. O livro do Apocalipse conta que, no fim dos tempos, cada um dos que forem salvos receberá uma “pedra branca, na qual está escrito um nome novo que ninguém conhece, senão aquele que o receber” (AP 2,17). Há inúmeras interpretações sobre esse trecho, muitas delas explicitando seu sentido escatológico. Porém, não deixa de chamar atenção o sentido profundamente vocacional. No ocaso dos tempos — seja no Apocalipse do tempo ou de nossa biografia pessoal —, receberemos um nome, uma identidade definitiva, escrito em uma pedra branca, pois é sinal de pureza, de consolidação da nossa identidade. Não uma pedra pigmentada, mas branca, pois representa que tudo aquilo que nós não somos, todas nossas sujeiras e impurezas foram apagadas da memória de Deus. A promessa da vida eterna é a da realização perfeita da nossa identidade e a resposta final para a pergunta: quem sou eu?

Fonte: https://pt.aleteia.org/

NAZARENO: Repudiada, mas em segredo (o sonho de José) - Cap. 2

Nazareno (Vatican Media)

Cap. 2 - Repudiada, mas em segredo (o sonho de José)

Maria tem medo da reação de José, decide não falar com ele e parte para visitar Isabel, a futura mãe de João Batista, que mora em uma aldeia nos arredores de Jerusalém. Ficará com ela por três meses e a ajudará nas tarefas domésticas. "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!" é a saudação de Isabel, que conhece o segredo de Maria. Em seu retorno a Nazaré, a espera a verdade a ser dita a José. O carpinteiro pensa em repudiá-la em segredo e depois decide acreditar em suas palavras, graças também ao anjo que lhe aparece em sonho. “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados”. Também ele disse sim a Deus.

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2023/07/07/09/137203355_F137203355.mp3

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Nossa Senhora das Graças e a Medalha Milagrosa: um sinal em meio ao caos

La Vierge Marie est apparue à Catherine Labouré, rue du Bac à Paris, entre juillet et décembre 1830
Deloche Lissac

Por Reportagem local - publicado em 18/12/22

Recordemos a Virgem da Medalha Milagrosa, cujas aparições aconteceram durante uma enorme crise social, política e econômica.

França, início do século XIX. De família humilde, nasce Catherine Labouré, que, ainda jovem, ingressa ao noviciado das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo e, ainda noviça, recebe a graça de ver Nossa Senhora em pessoa.

Maria lhe aparece na capela das Filhas da Caridade, na Rue du Bac, em Paris. A capital da França está em crise: a Revolução de Julho de 1830 destituiu o monarca e deixado os trabalhadores à deriva: desempregados e furiosos, eles organizaram mais de 4.000 barricadas pela cidade.

A Mãe de Deus apareceria diversas vezes em visões para a jovem noviça, que hoje conhecemos como Santa Catarina Labouré ou, pelo seu nome em francês, como Santa Catherine Labouré.

Na segunda aparição, Nossa Senhora está de pé sobre uma esfera branca, esmagando com os pés uma serpente e trazendo nas mãos um globo.

De repente, o globo desaparece e os braços da Virgem se estendem para a terra. Seus dedos estão ornados com anéis de pedrarias, dos quais são emanados raios de luz que simbolizam as graças concedidas a quem as pede.

Porém, algumas pedras não emitem luminosidade alguma: elas simbolizam as pessoas que nunca pedem nenhuma graça a Maria. Em seguida, em formato oval, aparece esta inscrição:

“Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.

Na visão de Catarina, o verso dessa imagem mostra a letra “M”, encimada por uma cruz, e, abaixo, dois corações.

O Sagrado Coração de Jesus está coroado por espinhos; o Imaculado Coração de Maria está cercado por rosas e trespassado por uma espada.

TAJEMNICA MARYI
Xhienne/Wikimedia Commons | CC BY-SA 3.0

Uma voz lhe afirma claramente:

“Manda cunhar uma medalha a partir deste modelo”.

Além de instruir Catarina a fazer a medalha baseada nessa visão, Nossa Senhora promete abundantes graças para todos os que a usarem com confiança.

A medalha e os relatos de milagres

Dois anos depois, uma avassaladora epidemia de cólera arranca a vida de mais de 20.000 parisienses.

As religiosas distribuem a medalha milagrosa e logo começam a ser relatados vários casos de cura, bem como de proteção contra a doença.

A medalha de Maria também desata alguns eventos surpreendentes. Oito anos após a epidemia, a capela da Rue du Bac volta a receber aparições.

A Mãe de Deus aparece desta vez para a irmã Justine Busqueyburu, confiando a ela o Escapulário Verde do seu Coração Imaculado para a conversão dos pecadores, em particular dos que não têm fé.

Dois anos depois, o banqueiro francês Alphonse Ratisbonne, ateu, membro de uma destacada família judaica, se converte ao catolicismo. Ratisbonne tinha visitado Roma usando por brincadeira a medalha milagrosa.

Ao visitar a famosa igreja barroca de Sant’Andrea delle Fratte, em 20 de janeiro de 1842, ele próprio recebe uma aparição de Maria. Ratisbonne se converte ali mesmo.

“Ele não conseguia explicar como tinha passado do lado direito da igreja para o altar lateral oposto… Tudo o que ele sabia era que, de repente, estava de joelhos perto daquele altar. No começo, conseguiu ver claramente a Rainha do Céu em todo o esplendor da sua beleza imaculada, mas não pôde continuar olhando para o brilho daquela luz. Por três vezes tentou olhar novamente para a Mãe de Misericórdia; por três vezes foi incapaz de levantar os olhos para além das mãos abençoadas de Maria, da qual fluía, em raios luminosos, uma torrente de graças”.

Alphonse Ratisbonne se torna sacerdote jesuíta e, mais tarde, funda a congregação religiosa dos Padres e Irmãs de Sião em Jerusalém.

Catarina Labouré morre mais de trinta anos depois, ainda como freira de clausura no convento de Paris.

Seus restos mortais são encontrados incorruptos em 1933 e ela é canonizada em 1947 pelo Papa Pio XII.

Nossa Senhora das Graças, a Virgem da Medalha Milagrosa, é celebrada pela Igreja no dia 27 de novembro.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

domingo, 26 de novembro de 2023

NAZARENO: Aquela tenda cor de areia (Anunciação) - Cap. 1

Nazareno (Vatican Media)

Nazareno Português

Mesmo aqueles que sabem pouco ou nada sobre Ele, quando escrevem um e-mail ou olham o calendário, calculam os anos a partir do Seu nascimento. Mesmo aqueles que não creem, se comemoram o Natal dando presentes à família e amigos, comemoram o Seu nascimento. E aqueles que descansam uma hora a mais no domingo e não vão trabalhar, o fazem porque todos os domingos se recorda a Sua Ressurreição.

Quem é Jesus de Nazaré, que tanto influenciou as nossas vidas?

Este é o podcast da Rádio Vaticano – Vatican News segundo o texto Andrea Tornielli, na voz de Silvonei José, que narra a "Vida de Jesus", o Nazareno.

A narração é uma livre adaptação do livro “Vida de Jesus” do mesmo autor publicado em 2022 pelas edições Piemme.

Cap. 1 - Aquela tenda cor de areia (Anunciação)

A viagem começa em um pequeno vilarejo da Galileia, Nazaré, um punhado de cabanas de tijolos. É lá que Maria, uma jovem de 15 anos, recebe a visita do anjo Gabriel, que anuncia sua maternidade. Ela, noiva de José, dirá sim à vontade de Deus, sim para oferecer seu ventre ao Filho do Altíssimo, a quem o Senhor dará o trono de Davi. O anjo vai embora e o coração de Maria começa a bater descontroladamente, ela fica sozinha com seu segredo, suas muitas perguntas e com uma vida que começa a crescer dentro dela.

https://media.vaticannews.va/media/audio/s1/2023/07/01/15/137191404_F137191404.mp3

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

“A salvação é um gesto simples como um olhar”

Jesus, José e Maria,
detalhe do Repouso na fuga para o Egito, Bartolomé Esteban Murillo (1618-1682), Museu Pushkin, Moscou

Por Revista 30Dias - 11/2008

“A salvação é um gesto simples como um olhar”

Uma seleção de trechos extraídos de livros e entrevistas

“São José é a mais bela figura de homem que possamos conceber e que o cristianismo já tenha gerado. São José era um homem como todos os outros, tinha o pecado original, como eu. [...] São José viveu como todo o mundo; não há registro de uma só palavra sua, nem um traço, nada: mais pobre que isso, uma figura não pode ser”.

L’attrattiva Gesù, Milão, Rizzoli, 1999, pp. 95-96

“Antes de qualquer outra coisa, portanto, devemos desejar que essa memória se realize cada vez mais: ‘Todo o que n’Ele tem esta esperança purifica-se a si mesmo como também Ele é puro’. É preciso que desejemos isso. E o sim de Simão, que é genérico, geral, invade a totalidade da pessoa de Simão ao se expressar, mesmo quando todas as expressões dele poderiam ser contraditórias. Você pode errar sempre; São Pedro podia errar sempre e ser verdadeiro ao dizer: ‘Sim, eu Te amo’. Tanto, que chegamos a comentar: ‘Eu não sei como pode ser isso, mas eu Te amo’. E em nós surgiria uma objeção logo em seguida: ‘Mas você já errou tantas vezes, vai errar de novo’. ‘Eu não sei de nada disso. Só sei que O amo’. É nesse nível que se deve alinhar a nossa vida, ao lado de algo aparentemente genérico como, em termos realistas, é a relação com o Deus feito homem, com esse homem-Deus, quando o vemos à noite, no barco que está para afundar no lago; quando o vemos parar diante da árvore em que Zaqueu está aninhado; quando o vemos fitar a mulher nos olhos e dizer: ‘Nem eu te condeno, vai e não erres mais’”.

Si può (veramente?!) vivere così?, Milão, Rizzoli, 1996, p. 431

“‘Sim, Senhor, Tu sabes que és o objeto de minha simpatia suprema, de minha estima suprema’: é assim que nasce a moralidade. No entanto, a expressão é muito genérica: ‘Sim, eu Te amo’; mas é tão genérica quanto geradora de uma diversidade de vida que todos procuramos. ‘Todo o que n’Ele tem esta esperança purifica-se a si mesmo como também Ele é puro’”.

“Simone, mi ami tu?”, in: Tracce, nº 10, novembro de 1998

“Por isso, diga ‘Te ofereço’ e não se preocupe com mais nada. Mas você sabe muito bem o que significa esse Te, o Tu que está dentro desse Te; você sabe muito quem Ele é. São Pedro sabia quem era, mas era genérico o modo de conceber seu amor: o modo como afirmava amá-lo era genérico. Existe um genérico que inclui tudo, como um horizonte que implica todas as coisas, e pode existir um genérico que supõe tudo aquilo que está dentro desse amor porque não o sabe, mas o afirma (como quando a mãe diz ao filho: ‘Tiaguinho, você me quer bem?’, e a criança responde: ‘Sim, mamãe’ e lhe estala um beijo!).”

L’attrattiva Gesù, cit., p. 133

“É o sim de Simão. O sim de Simão é o aspecto mais totalizante: não tem limites. Possui apenas um horizonte, no qual sempre aparece, sempre está para aparecer o sol. E é a expressão mais terna que o homem possa conceber. É a forma mais forte com que se impõe e se confessa nossa necessidade de reconhecer o amor que nos toca. Faço votos de que vocês possam vir a meditar isso, pensando na situação de todas as existências que conhecem: todas as existências que vocês conhecem só cedem e dizem ‘sim’ diante da ternura suscitada por uma força amorosa que se propõe ao coração do eu. É ‘quase um nada’, justamente, a condição para começar a entender tudo.”

L’attrattiva Gesù, cit., p. 116

Fonte: https://www.30giorni.it/

Bioética, Marlon Derosa: “a legalização do aborto não é a solução”

Marlon Derosa (Vatican Media)

Dissertação de mestrado em bioética na Fundação Jérôme Lejeune (Espanha) culmina em livro intitulado ‘Números abortados - a manipulação das estimativas de abortos no mundo’.

Rosa Martins – Vatican News

Como funcionam as estimativas de abortos clandestinos em âmbito mundial e como desacreditá-las. Esse é o tema principal da dissertação de mestrado em bioética de Marlon Derosa, concluída na Fundação Jérôme Lejeune (Espanha), que culminou no livro intitulado ‘Números abortados - a manipulação das estimativas de abortos no mundo’.

O livro, que foi lançado este ano, revela tentativas de forçar governos a mudar políticas públicas por meio de levantamentos que distorcem a realidade do abortamento. “Essa obra visa ajudar no debate especialmente quando se fala de estimativa de aborto clandestino no Brasil e número de abortos legais no mundo”, explica.

As críticas e as análises contidas no livro foram apresentadas, segundo Derosa, ao Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro, em março de 2019 para um grupo renomados de médicos de orientação pro-legalização e pró-vida, apresentando-lhes os principais erros de estimativa.

Livro de Derosa (Vatican Media)

De acordo com a pesquisa, o tema do aborto no cenário mundial tem se ancorado num único método de estimativa, cujos responsáveis são pesquisadores do Instituto Guttmacher. A entidade foi criada dentro da Clínica de aborto, a IPPF (International Planned Parenthood Federation), a maior player no mercado de aborto no mundo. “Essa Organização tem como missão, divulgar, clara e abertamente a liberação e o acesso ao aborto. Produz pesquisas que coincidentemente dão argumentos para todos os ativistas que defendem a liberação do aborto”, explica Derosa.

O pesquisador aponta que, enquanto a Guttmacher estimava cerca de 446 mil abortos na Argentina ao ano, sua pesquisa comprova que, na realidade são no máximo, 20 a 30 mil abortos. Igualmente no Brasil, o Instituto afirma 850 mil a 1mi de abortos ao ano, quando na realidade, não passam de 150 mil.  “É o mesmo método usado para muitos países onde é crime e isto está manipulando todo o panorama global”, enfatiza.

Uma das considerações finais da pesquisa é que todos que se ocupam do tema seja a favor ou contra o aborto, deveriam, como rede, levantar bandeira prol de dados confiáveis e informações precisas no que se refere a saúde pública. “Enquanto o Guttmacher Institute e muitas universidades recebem anualmente bolsas de grandes fundações para produzir dados em favor da agenda abortista, pesquisadores com ponto de vista oposto, pró-vida, dificilmente recebem o mesmo tratamento dos veículos de comunicação.

Derosa e Endel (Vatican Media)

A vida em primeiro lugar

Segundo Derosa o que os dados revelam é que a legalização do aborto não é solução. “É óbvio que liberar o aborto vai aumentar sua incidência e causar uma serie de problemas para a sociedade. “A questão fundamental a se colocar em debate é “como os juízes tomarão decisões em base a estudos científicos, parâmetros médicos, bioéticos que não tem solidez. Isto é preocupante”.

A perversidade do aborto, segundo o autor está no fato de que sempre que a sociedade escolheu uma característica para desproteger a vida de um grupo social, aconteceram atrocidades, foi assim na escravidão, no nazismo.

Endel (Vatican Media)

Já o doutorando em bioética no Ateneu Pontifício Regina Apostolorum, em Roma, Endel Alves acrescenta que vivemos numa sociedade, cuja inversão de valores faz os animais irracionais terem as preferências no cuidado em detrimento da pessoa humana.  “Se faz necessário, então, dialogar com a cultura para que além de mostrar as verificações, propor o caminho de cultura da vida”.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

CATEQUESE: O Reino de Deus

O Reino de Deus (Ed. Cléofas)

O Reino de Deus

 POR PROF. FELIPE AQUINO

No último domingo do Ano Litúrgico a Igreja Católica celebra a Festa de Cristo Rei.

Ele já reina enquanto espera o Dia em que entregará ao Pai todas as coisas e, então, “Deus será tudo em todos” (1Cor 15,28). São Paulo assim explicou: “Porque é necessário que ele reine, até que ponha todos os inimigos debaixo de seus pés. O último inimigo a derrotar será a morte, porque Deus sujeitou tudo debaixo dos seus pés. A morte foi tragada pela vitória (Is 25,8). Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? (Os 13,14)” (1Cor 15,24-55).

Jesus disse que o Reino de Deus já está entre nós, mas disse a Pilatos que seu Reino “não é deste mundo”. Esta frase foi o motor da “Revolução cristã” no mundo desde que os Apóstolos começaram a espalhar o Evangelho. Com a certeza de que o Reino de Deus se estabelece definitivamente na eternidade, milhões de homens e mulheres desprenderam-se desta Terra, sem desprezá-la, e mergulharam no deserto, nos mosteiros, nas missões no mundo todo, enfrentaram todos os perigos, a morte, os martírios sem conta, ontem e hoje.

Mas hoje há uma tendência perigosa de se confundir o Reino de Deus com o reino dos homens, como se o bem-estar geral fosse já a concretização do Reino de Deus. Muitos estão enganados nisso – especialmente os adeptos da teologia da libertação marxista – que sonham com o paraíso socialista na terra como se fosse o Reino dos Céus. Ledo e perigoso engano. É interessante notar que os artigos escritos por essas pessoas só destacam os “pecados sociais”, como se os demais não tivessem a menor importância. Parecem tolerar com incrível facilidade os pecados contra a moral sexual, por exemplo.

A Igreja sempre chamou a atenção para este perigoso engano. O Papa João Paulo I, que teve um pontificado de apenas 33 dias, teve tempo de dizer que o “regnohominis não se confunde com o Regno Dei”. O Catecismo da Igreja nos previne: “Num trabalho de discernimento segundo o Espírito, devem os cristãos distinguir entre o crescimento do Reino de Deus e o progresso da cultura e da sociedade em que estão empenhados. Esta distinção não é separação. A vocação do homem para a vida eterna não suprime, antes reforça seu dever de acionar as energias e os meios recebidos do Criador para servir neste mundo à justiça e à paz” (§2820).

Há hoje muitos países onde o bem-estar é geral, com a Bélgica, Alemanha, Holanda e outros, mas a maioria das pessoas não estão no Reino de Deus, nem sabem o que é isso; querem apenas o paraíso terrestre. Muitas de suas leis e costumes aprovam o que Deus proíbe: aborto, eutanásia, controle abusivo da natalidade, prostituição, pornografia, exploração sexual, casamentos gay até com adoção de crianças, famílias alternativas, inseminação artificial, manipulação de embriões, etc.. Nada disso está de acordo com o Reino de Deus.

O Reino de Deus não se opõe ao reino do homem, e a Igreja o estimula desde que respeite sua dignidade de filho de Deus e não contradiga a sã moral. O Catecismo da Igreja, a Norma da fé católica, como disse o Beato João Paulo II, não nos deixa cair na ilusão de que o Reino de Deus se realizará completamente neste mundo: “Já presente em sua Igreja, o Reino de Cristo ainda não está consumado “com poder e grande glória” (Lc 21, 17) pelo advento do Rei na terra… Por este motivo os cristãos oram, sobretudo na Eucaristia, para apressar a volta de Cristo, dizendo-lhe: “Vem, Senhor” (Ap 22,20)” (§671).

A Igreja sabe, como Cristo avisou, que ela passará por fortíssima provação antes da consumação do Reino de Deus. O Catecismo diz que: “Antes do advento de Cristo, a Igreja deve passar por uma provação final que abalará a fé de muitos crentes. A perseguição que acompanha a peregrinação dela na terra desvendará o “mistério de iniquidade” sob a forma de uma impostura religiosa que há de trazer aos homens uma solução aparente a seus problemas, à custa da apostasia da verdade” (§675).

O Catecismo deixa muito claro que o Reino de Deus não se estabelecerá na Terra de uma maneira triunfante, onde um paraíso terrestre se realizará, ao contrário: “Portanto, o Reino não se realizará por um triunfo histórico da Igreja segundo um progresso ascendente, mas por uma vitória de Deus sobre o desencadeamento último do mal, que fará sua Esposa descer do Céu. O triunfo de Deus sobre a revolta do mal assumirá a forma do Juízo Final depois do derradeiro abalo cósmico deste mundo que passa” (§677).

No Prefácio da Oração Eucarística da missa de Cristo Rei, a Igreja reza que o Reino de Deus é um Reino de Verdade e Vida, Santidade e Graça, Amor, Paz e Justiça. São sete ingredientes que não podem faltar na felicidade. Tudo isso vem de Deus e o homem sozinho não é capaz de produzir, por isso o Reino é de Deus. São Paulo diz que: “O Reino de Deus é justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Rm 14,17).

Jesus contou muitas parábolas para explicar este Reino que Ele veio inaugurar entre nós; e, sobretudo, colocou a Constituição deste Reino no Sermão da Montanha; não apenas nas oito Bem-aventuranças, mas em todos os capítulos 5, 6 e 7 de São Mateus.

É importante notar que “o germe desse Reino é a Igreja”, como disse o Concílio Vaticano II. Sem ela não há e nem haverá Reino de Deus. As chaves do Reino foram entregues a Pedro e aos Apóstolos em comunhão com ele (Cat. §551-553). Jesus disse-lhes: “Disponho para vós o Reino, como meu Pai o dispôs para mim, a fim de que comais e bebais à minha mesa em meu Reino, e vos senteis em tronos para julgar as doze tribos de Israel” (Lc 22,29-30). O Catecismo da Igreja confirma: “Jesus confiou a Pedro uma autoridade específica: “Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: o que ligares na terra será ligado nos Céus, e o que desligares na terra será desligado nos Céus” (Mt 16,19). O “poder das chaves” designa a autoridade para governar a casa de Deus, que é a Igreja. Jesus, “o Bom Pastor” (Jo 10,11), confirmou este encargo depois de sua Ressurreição: “Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21,15-17). O poder de “ligar e desligar” significa a autoridade para absolver os pecados, pronunciar juízos doutrinais e tomar decisões disciplinares na Igreja. Jesus confiou esta autoridade à Igreja pelo ministério dos apóstolos e particularmente de Pedro, o único ao qual confiou explicitamente as chaves do Reino” (§553).

O Reino de Deus tem um inimigo infernal, Satanás; mas o Catecismo diz que “o poder de Satanás não é infinito. Ele não passa de uma criatura, poderosa pelo fato de ser puro espírito, mas sempre criatura: não é capaz de impedir a edificação do Reino de Deus. Embora Satanás atue no mundo por ódio contra Deus e seu Reino em Jesus Cristo, e embora a sua ação cause graves danos – de natureza espiritual e, indiretamente, até de natureza física – para cada homem e para a sociedade, esta ação é permitida pela Divina Providência, que com vigor e doçura dirige a história do homem e do mundo” (§395).

Só um coração puro pode dizer com segurança: “Venha a nós o vosso Reino”. Então, como disse São Paulo: “Portanto, que o pecado não impere mais em vosso corpo mortal” (Rm 6,12). “Quem se conserva puro em suas ações, em seus pensamentos e em suas palavras pode dizer a Deus: “Venha o vosso Reino”” (§2819).

Prof. Felipe Aquino

Fonte: https://cleofas.com.br/

Fenômeno na Espanha: famílias promovem “adolescência sem celulares”

Ground Picture | Shutterstock

53,8% dos menores acessam pornografia antes dos 13 anos e 8,7% antes mesmo dos 10; suicídio juvenil também aumentou drasticamente.

Milhares de pais e mães, na Espanha, estão se unindo espontaneamente, via redes sociais, para promover uma adolescência sem celulares – ou, pelo menos, com drástica redução do seu uso.

No início deste ano letivo, que no Hemisfério Norte começa entre agosto e setembro, algumas famílias em Barcelona ​​​​criaram um grupo de discussão online para sensibilizar outros pais e debater sobre o acesso dos menores a esses dispositivos. Há uma preocupação crescente com os malefícios da alta exposição de crianças à internet e ao uso de telas durante muitas horas.

“Quer lutar contra a pressão social que normaliza dar um celular ao seu filho quando ele vai para a escola? Quer conhecer alternativas para não ter que fazer isso?”, perguntava uma mensagem que circulou pelas associações de pais de alunos.

Em pouco tempo, mais de 7.000 pessoas aderiram à iniciativa.

Uma nova forma de escravidão

“A internet é uma fonte mais de perigo e desconexão do que de virtudes”, afirmou Xavier Casanovas, porta-voz dos pais, à Catalunya Ràdio, acrescentando que as crianças estão conversando muito menos e até olhando muito menos umas para as outras. Para ele, o uso desproporcional de smartphones é “uma nova forma de escravidão, porque do outro lado há alguém que está programando, que está lucrando”.

De fato, as famílias engajadas na iniciativa denunciam que as redes sociais, os videogames e a maioria dos aplicativos são projetados para viciar os usuários. A título de exemplo, eles mencionam que o criador da função “rolagem infinita”, Aza Raskin, se manifestou arrependido por essa criação e alertou para o seu potencial de gerar dependência.

O grupo de pais também acredita que os sistemas de controlo parental não são uma solução, porque as crianças aprendem facilmente a evitá-los. Boa parte das famílias defende que os filhos só tenham acesso às redes sociais a partir dos 16 anos, quando podem usá-las de modo mais responsável e maduro.

Por que os pais se preocupam

Os promotores deste fenômeno cidadão consideram que “a compreensão da leitura e a capacidade de concentração despencaram devido ao boom tecnológico”. Além disso, eles observam que, por meio dos smartphones, “53,8% dos menores acessam pornografia antes dos 13 anos e 8,7% antes mesmo dos 10”.

“Especialistas em saúde mental e suicídio juvenil recomendam não dar um celular aos filhos antes dos 16 anos. Nos últimos 5, as tentativas de suicídio por parte de meninas menores de idade triplicaram”, alerta o grupo de pais.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

As novas diretrizes para a Catequese na Arquidiocese de Brasília

Entrega do documento a Dom Paulo Cezar Costa (arqbrasilia)

Comissão da Catequese Arquidiocesana entrega documento com as novas diretrizes ao Cardeal Dom Paulo Cezar

Durante a reunião do Clero, realizada na quinta-feira (23/11), na Paróquia Verbo Divino, localizada na Asa Norte, o grupo executivo da Catequese Arquidiocesana, sob a orientação do Bispo Auxiliar Dom Denilson Geraldo, S.A.C, apresentou ao Cardeal Dom Paulo Cezar Costa um documento com as novas diretrizes para a Catequese.

24 de novembro de 2023

 O documento entregue ao Arcebispo foi elaborado nos últimos dois anos por uma equipe de catequistas da Arquidiocese de Brasília, compondo novas orientações e diretrizes que serão encaminhadas às paróquias.

“Hoje, foi entregue ao Arcebispo a conclusão do trabalho das Diretrizes da Catequese da Arquidiocese de Brasília. O documento contempla as orientações básicas para toda a catequese através, principalmente, do método da Iniciação à Vida Cristã (IVC), mas sem deixar de contemplar e apreciar o método tradicional da Catequese e a Catequese do Bom Pastor que nós temos em muitas paróquias da nossa Arquidiocese. Esse documento será assinado no próximo domingo na Catedral, após a Missa das 10h30, festa de Cristo Rei, dia dos leigos e leigas. Então, agradecemos a Deus por esse momento de conclusão de um trabalho que foi solicitado pelo Arcebispo a essa comissão e que foi realizado com muita dedicação e com tanta competência pela equipe.”

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF