PEDRO E S. PAULO
            Celebramos, neste domingo, a solenidade de São Pedro e São Paulo, louvando a Deus pela vida e a missão destes dois grandes apóstolos, especialmente pelo martírio de ambos. A cor litúrgica vermelha, utilizada nesta celebração, expressa justamente o sangue derramado por S. Pedro e S. Paulo, por fidelidade a Cristo.
O livro dos Atos dos Apóstolos destaca a figura de Pedro, que se encontrava na prisão, por anunciar o Evangelho, mas foi libertado pelo Senhor. Em meio a tanto sofrimento não lhe faltaram orações da Igreja e auxílio do Senhor. “Enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja rezava continuamente a Deus por ele” (At 12,5). A passagem se conclui com a afirmação de Pedro: “Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo para me libertar…” (At 12,11).
Deus sustenta com sua graça os que são perseguidos por serem testemunhas fiéis e corajosas de Jesus Cristo. Conforme rezamos no Salmo 33, “o anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem e os salva; é feliz o homem que tem nele o seu refúgio”.
A 2ª Carta de São Paulo a Timóteo nos apresenta o testemunho de S. Paulo, também perseguido e preso por causa da pregação do Evangelho, destacando a sua confiança em Deus naquela situação tão difícil. Afirma o Apóstolo: “O Senhor esteve a meu lado e meu forças” (2Tm 4,17); “o Senhor me libertará de todo mal e me salvará para o seu reino celeste” (2Tm 4,18). No fim de sua vida, Paulo pode dizer que “combateu o bom combate e conservou a fé” (2Tm 4,7).
A fé, por eles anunciada e testemunhada através do martírio, foi proclamada por Pedro, em resposta à pergunta de Jesus sobre o que os apóstolos diziam dele: “Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo” (Mt 16,16). Diante dessa confissão de fé, temos a palavra de Jesus dirigida a Pedro, que fundamenta a missão exercida por ele e por seus sucessores, na Igreja; “Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do reino dos céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16,19). Por isso, celebramos sempre, por ocasião desta solenidade, o Dia do Papa.
Rezemos pelo atual Sucessor de Pedro, o Papa Francisco, seguindo o exemplo da Igreja nascente que estava unida ao apóstolo Pedro em oração. Hoje, também nós somos convidados a permanecer unidos ao Santo Padre, rezando por ele e acolhendo os seus ensinamentos. Como sinal de comunhão e de partilha, ofereçamos generosamente, nas missas desta Solenidade, o Óbolo de São Pedro, oferta a ser enviada ao Papa para atender às necessidades da Igreja.
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus