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sábado, 19 de fevereiro de 2022

Para quem diz que não vai mais à igreja por causa do padre ou de alguns…

Hello Lightbulb/Unsplash | CC0
Por Pe. Luigi Epícoco

Lembre-se que não se vai à igreja nem pela simpatia dos ministros nem pela cordialidade dos paroquianos. E se às vezes um bom padre ou um bom cristão são uma formidável ajuda à fé, também é verdade que o que conta quando se tem sede é a água e não a qualidade do copo.

“A quem compararei os homens desta geração? Com quem se assemelham? (Lc 7, 31).

Poderíamos imediatamente descartar essa passagem do Evangelho dizendo que não nos interessa muito porque certamente não somos da mesma geração de Jesus.

Mas basta continuar lendo para perceber que depois de dois mil anos as coisas não mudaram muito: “são semelhantes a meninos que, sentados na praça, falam uns com os outros, dizendo: tocamos a flauta e não dançastes; entoamos lamentações e não chorastes”.

Indiferença

Como é difícil provocar a liberdade das pessoas. Muitas vezes é mais fácil fechar-se em uma atitude de indiferença, ou criticar até o fim, mas apenas com o objetivo de nunca assumir realmente a responsabilidade pelo que está por vir.

“Pois veio João Batista, que nem comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Ele está possuído do demônio. Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: Eis um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e libertinos”.

(Lc 7, 34)

Viver reclamando e culpando os outros

O fato sério da fé é que muda nossa vida. Mas a verdadeira questão é: queremos que alguém mude nossa vida? Se isso realmente acontecesse, não teríamos mais permissão para reclamar, para viver de vitimização, para descontar em alguém.

E desconfio que gostamos muito de viver sendo capazes de reclamar, de fazer o papel de vítima e de culpar alguém.

Assim, por um lado, pedimos a mudança, mas, por outro, encontramos mil desculpas para que isso nunca aconteça.

Portanto, pouco importa se você se encontra diante da austeridade de João, ou da empatia de Jesus: no primeiro caso você dirá que ele é rígido demais, e no segundo, que é um relaxado.

Quem tem sede bebe água

Aos que me dizem que já não vão mais à igreja por causa dos padres ou de alguns cristãos, devo lembrar que as pessoas não vão à igreja nem pela simpatia dos ministros, nem pela cordialidade dos paroquianos.

E se às vezes um bom padre ou um bom cristão são uma formidável ajuda à fé, também é verdade que o que conta quando se tem sede é a água e não a qualidade do copo.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF