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domingo, 13 de fevereiro de 2022

Face reconstruída de São Vicente de Paulo será apresentada neste domingo

O rosto aproximado de São Vicente de Paulo quando de sua morte em 1660.
"Podemos afirmar com certeza? Não, não podemos, porque nós não temos
acesso ao material (crânio)", explica o designer 3D Cícero Moraes

A ideia surgiu em 2015, mas foi em 2016, com as fotografias do crânio em mãos, que a equipe de pesquisadores e peritos brasileiros de medicina e odontologia começou a trabalhar efetivamente para reconstruir de forma mais aproximada a face do Santo Padroeiro das Obras de Caridade. O resultado será apresentado no domingo, 13 de fevereiro, na Catedral Nossa Senhora da Penha, em Crato.

Jackson Erpen – Cidade do Vaticano

Como seria realmente o rosto de tantos Santos e Santas, e mesmo de personagens da história, que viveram antes do advento da fotografia, e cujas imagens chegam até nós principalmente por meio de desenhos ou pinturas? De fato, eram essas as técnicas e expressões usadas que, dependendo da sensibilidade e leitura do artista, retratavam com maior ou menor fidelidade determinado rosto.

Com o uso da tecnologia atualmente disponível, por outro lado, é possível conhecer de forma mais aproximada o rosto de alguém que viveu nos séculos precedentes. Este é o caso, por exemplo, de São Vicente de Paulo - nascido em 24 de abril de 1581 na aldeia Pouy, na França, e falecido em Paris, em 27 de setembro de 1660 – cuja face reconstruída a partir de fotografias do crânio será apresentada às 17 horas deste 13 de fevereiro, na Catedral Nossa Senhora da Penha, em Crato, Ceará. O trabalho detalhado da reconstrução foi publicado com o título "A Aproximação Facial 3D de São Vicente de Paulo".

“Ficou muito interessante, o que de certo modo vai revelar uma face um pouco diferenciada da face que nós conhecemos de São Vicente, com alguns realismos, e até mesmo porque a única imagem que tem dele feita em vida, essa imagem não é do tempo que ele morreu, não é próximo à morte dele, e com essa técnica ele consegue levar a imagem à data próxima do falecimento do Santo”, disse o idealizador do projeto, o hagiólogo José Luís Araújo Lira*, que recebeu a autorização para o uso das imagens do crânio, passando-as então ao designer 3D Cícero Moraes*.

“O que nós sabemos – disse o designer - é que a reconstrução é muito compatível com o indivíduo, cuja imagem é atribuída a São Vicente de Paulo. Podemos afirmar com certeza? Não, não podemos, porque nós não temos acesso ao material. Então talvez, futuramente, se façam outros projetos e tenha acesso a este crânio e outras construções, outras análises podem contribuir futuramente para esse projeto, quem sabe".

À esquerda, a face do Santo conhecida até então. À direita, a face reconstruída com a
tecnologia atual

A ideia da reconstrução, de fato, surgiu em 2015, nos 435 anos do nascimento de São Vicente. Mas foi a partir de 2016 que a equipe formada por pesquisadores e peritos de medicina e odontologia começou a trabalhar no projeto propriamente dito. Tomaram parte Paulo Miamoto, perito odontolegista da Polícia Científica de Santa Catarina, Florianópolis-SC; Marcos Paulo Salles Machado, perito legista cirurgião-dentista, vice-diretor do Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto- RJ, professor da Universidade Veiga de Almeida, Rio de Janeiro-RJ; Thiago Beaini, cirurgião dentista, professor assistente na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia-MG; Marco Aurélio Guimarães, médico, professor associado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), Ribeirão Preto – SP; Rodrigo Dornelles, cirurgião plástico, núcleo de Plástica Avançada - NPA, São Paulo-SP; Paulo Henrique Bueno, cirurgião dentista, Sinop-MT; Ricardo Henrique Alves da Silva, docente da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FORP-USP), Ribeirão Preto-SP e Everton da Rosa Cirurgião BMF, do Hospital de Base, Brasília-DF.

Um projeto que nasce da paixão pela vida dos Santos

José Luís é um apaixonado pela vida dos Santos, “figuras iluminadas para nossa história e para nossa Igreja”, tanto que é um dos fundadores da Academia Brasileira de Hagiologia, com sede no Colégio Vicentino em Fortaleza, dirigido pelas Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. Ao Vatican News, ele falou sobre o porquê justamente da escolha do Santo Padroeiro da Caridade e sobre o caminho percorrido para a reconstrução facial, desde a busca das fotografias até o resultado final a ser apresentado neste domingo:

Na minha igreja natal também tinha uma imagem de São Vicente, que a gente rezava sempre diante dela, ainda existe, não no mesmo altar, porque houve uma reforma na igreja, mas a gente observa sempre essa imagem do Santo lá. E ele sempre me atraiu pela questão da caridade, pela modificação que ele fez na própria história da Igreja, quando ele criou as Vicentinas, ou as Filhas da Caridade. Naquela época os monastérios eram apenas fechados e ele abriu os monastérios para a rua, as irmãs passavam a atender as pessoas nas ruas, os necessitados, eram as Filhas da Caridade. Então eu sempre tive esse fascínio por São Vicente. E em 2015 seriam os 435 anos do nascimento dele. Então em uma pesquisa de rotina - até para fazer um artigo - eu encontrei fotos da exumação dele de 1960. Até me surpreendi, porque até aquela ocasião, eu julgava o corpo dele incorrupto ou semi-incorrupto, porque nós fomos acostumados a ver aquela imagem de cera que foi feita, onde estão os restos mortais dele, e às vezes a gente é tentado a acreditar que aquilo ali é o próprio corpo do Santo, mas na realidade ele passou uns 57 anos incorrupto, com pequenos sinais de decomposição na face, nos olhos, principalmente. Mas depois, quando foi para a canonização dele, foi aberta novamente a sepultura e ele já estava decomposto. Então eu me surpreendi com aquelas imagens, eu já conhecia o trabalho do meu amigo e colega de pesquisa Cícero Moraes. O Cícero não é um católico praticante, digamos assim, mas ele contribui muito com a fé das pessoas através das reconstruções faciais. Então eu procurei o Cícero para saber - sem dizer de quem era a imagem –. 'Cícero eu encontrei essa imagem aqui de um Santo, é possível uma reconstrução?' Ele disse sim, eu vou só analisar, vou pedir um parecer dos peritos, mas eu acredito que seja possível. Aí ele pediu, os peritos todos foram unânimes em afirmar que era possível, e então eu me propus - eu expliquei ao Cícero quem era, que era São Vicente de Paulo, o Santo da caridade, ele tinha conhecimento do Santo e sabia da importância dele no cenário mundial, porque São Vicente não é importante apenas para os católicos, mas para todo o mundo, porque as obras de caridade alcançam a todas as religiões, pessoas, enfim, a educação também que as Irmãs de Caridade promovem, os Padres da Missão.

Então eu me informei, conheço o pessoal da administração da Congregação das Irmãs de São Vicente de Paulo e eles me informaram que os detentores das imagens e de todos os direitos a respeito de São Vicente, eram os Padres da Missão. Eu  localizei na internet o e-mail da Cúria Geral, que está em Roma, dos Padres da missão e mandei uma correspondência ao então o superior geral, que era o padre Gregory George - e isso eu mandei num dia, falando de todo esse trabalho, mandei até algumas fotos das reconstruções anteriores, como Santo Antônio, que foi feita pelo Cícero, Santa Madalena, que eu participei, e outros Santos -  e então o padre nos respondeu logo no dia seguinte, via secretário geral,  o padre Giuseppe Duraccio, ele nos mandou uma correspondência dizendo, que em nome do padre geral, avisava que ele não se opunha ao uso das imagens, no entanto, nós tínhamos que procurar a pessoa responsável pelo site. Ele desejou também um bom trabalho. E como eu não sou muito bom - eu falo razoavelmente o italiano e o espanhol e um pouquinho de francês, mas não sou muito bom no inglês, o Cícero é bem melhor do que eu - então eu falei com o Cícero - nem sei se eu disse inicialmente, é um dos maiores designers 3D, aqui no Brasil seguramente o maior - e falei com ele a resposta do padre e mandei o endereço da Universidade, DePaul University, em Chicago, nos Estados Unidos, e mandei os contatos e a foto, e ele escreveu para lá, sem destinatário, simplesmente a universidade, e ele recebeu a resposta de um dos maiores investigadores de São Vicente, ex-reitor daquela Universidade, que é o Pe. John E. Rybolt. Então ele disse que dava autorização e queria ter conhecimento do trabalho final com a reconstrução facial de São Vicente.  Mas o tempo foi passando e nós tivemos outros projetos e passou também, a gente chegou a contactar alguns setores da Congregação da Missão, alguns religiosos, mas não foi possível a reconstrução naquele momento, passou, e nesse ano nós temos uma data fechada que são os 285 anos da canonização do Santo, e nós decidimos tornar realidade essa reconstrução que será apresentada na Diocese de Crato, aqui no Ceará, é a diocese que a gente chama Diocese do Padre Cícero, e que esse ano ainda vai ter a primeira Beata em solo cearense, que é a Beata Benigna.

Apresentação será em Crato no domingo, 13 de fevereiro

O valor do testemunho de São Vicente de Paulo para os dias de hoje...

Se a gente olhar lá no início, ele era filho de camponeses, ele foi ordenado sacerdote muito novo, São Vicente chegou a ser escravo, ele foi à Marselha pegar uma doação que foi feita para as obras dele, e o navio foi atacado por piratas e ele chegou a ser, digamos, sequestrado e se tornou escravo, foi vendido como escravo, uma coisa assim impressionante - foi por turcos  - e ele acaba, depois de tudo isso, ele consegue voltar para a França, passa na Itália, leva uma mensagem do Papa, uma mensagem particular do Papa de então para o rei francês, o rei gosta de São Vicente e o integra como capelão na Corte e São Vicente se dedica com todas essas oportunidades, ele teria, primeiro, a tristeza de ter sido escravo, de ter sido escravizado. Isso não serviu de descrença para ele, foi fortaleza. E depois ele se dedicar aos mais necessitados, porque ele podia ter levado uma vida confortável na Corte, como capelão, e progredido como muitos outros contemporâneos, ou como pessoas de diversas épocas poderiam ter feito, mas ele se dedica aos pobres, e o mais interessante - eu me emocionei muito quando vi a imagem dele, o Cícero vai me mostrando passo a passo, a gente fica acompanhando quase que automaticamente - e quando eu vi a imagem de São Vicente, o que eu mais me emocionei, é que vendo São Vicente, a gente vê uma Madre Teresa de Calcutá, uma Santa Dulce dos Pobres e muitos outros Santos que não eram assim um protótipo de beleza física, mas de uma beleza que vem do fundo do coração, da vontade de fazer o que está na palavra de Cristo, o que está na Sagrada Escritura, que é acolher o mais necessitado, que deixa muito claro isso nos Evangelhos. Então o que me fascina muito no São Vicente é essa capacidade que ele teve de renunciar a uma vida relativamente confortável, a mendigar pelas ruas de Paris, pedindo ajuda para os mais necessitados, a acolher os necessitados, coisa que Santos atuais continuam, fazem, fizeram, uma Santa Teresa de Calcutá, uma Santa Dulce dos Pobres - eu não vou dizer aqueles que eu penso que são Santos, que estão vivos, porque eu estou cometendo uma infidelidade, porque isso cabe ao Santo Padre e só depois do falecimento de um cristão, mas a Igreja Católica dá esse exemplo a todo o mundo e coloca São Vicente como o patrono de todas as filantropias, de todas as obras de caridade, o que é magnífico e fascina qualquer um que leia o Evangelho, que tente seguir os passos desse Santo.

O trabalho digital nas imagens do crânio de São Vicente

Com a tecnologia, reconstrução "compatível com o indivíduo cuja imagem é atribuída a São Vicente de Paulo"

A reconstrução facial de São Vicente foi feita a partir das fotografias do crânio. “Quando eu mostrei ao doutor Cícero esse material - conta José Luís Lira – ele me disse: “Olha, parece que essa pessoa estava preparando o material para uma reconstrução, porque está muito bom, está muito fiel e está muito contextualizada a questão da fotografia”.

O designer 3D Cícero Moraes fala com conhecimento de causa. Ele é responsável por mais de 70 reconstrução faciais, entre as quais 2 Beatos e com esta de São Vicente, 18 Santos.  Ele nos falou sobre as técnicas usadas nesta reconstrução:

A reconstrução facial de São Vicente de Paulo utilizou três abordagens clássicas de aproximação forense, que seria a abordagem russa, americana e inglesa. Além disso a gente utilizou um melhoramento que nós estudamos há pouco para o traçado do nariz, baseado em 150 tomografias de indivíduos vivos, que aumentou a precisão dessa região importante da face. A reconstrução facial no geral utiliza duas abordagens: uma é anatômica - por exemplo, a gente coloca os músculos principais do rosto - e a outra abordagem é uma abordagem mais estatística, que entra essa parte da projeção do nariz, dos lábios, o posicionamento do globo ocular dentro da órbita. E a gente também saber qual que é a massa em determinados pontos da face que, lembre-se, a gente tem apenas o crânio. Então dentro desse contexto, não teve nada de diferente nessa reconstrução, nós seguimos a metodologia clássica.

O que diferenciou esta reconstrução de trabalhos precedentes?

O grande diferencial desse projeto é que ele nasceu de um âmbito puramente digital. Nós tomamos fotos que foram tiradas na década de 1960, extraímos a parte do crânio que aparece nessa foto, o que resultou imagens de média resolução. Essas imagens - mais ou menos umas seis ou sete do crânio de posições diferentes -, elas foram enviadas para oito especialistas da área de medicina e odontologia - majoritariamente no campo forense -, eles observaram sem saber de quem se tratava e identificaram, a partir dessas imagens, alguns aspectos que permitiram a reconstrução facial, como por exemplo, o sexo do indivíduo – masculino -, a idade avançada, ancestralidade europeia e algumas deficiências, como por exemplo, a deficiência na parte da maxila, e uma leve projeção da mandíbula, o que definiria a classe 3 de prognatismo mandibular. E com esses dados todos extraídos de um campo puramente digital, foi possível saber que imagens de média resolução permitem esse tipo de abordagem, o que pode evoluir, até por uma inteligência artificial futura, onde você faz várias fotografias de um crânio e a própria inteligência já consegue identificar aspectos de quem foi esse indivíduo e pode ser muito útil em campos onde tem muitos crânios e uma visualização puramente humana seria inviável. Então a grande evolução é nesse contexto, a participação de todos esses especialistas, que culminou na publicação de um capítulo de livro, onde nós explicamos todo o processo, desde o início em 2015, até a apresentação.

A evolução do trabalho: do crânio à face reconstruída

Cícero enfatiza que o mérito de idealizar e viabilizar a reconstrução é do Dr. José Luís Lira, mas que teve a honra de participar na etapa inicial e “angariar também a participação desses oito especialistas que vieram posteriormente a fazer parte desse projeto. Então foi um projeto único nesse sentido, bem documentado, e que vai permitir, talvez, desdobramentos futuros bem interessantes no campo da área forense, da medicina forense e da inteligência artificial”.

A cada novo trabalho, um novo desafio....

Em relação às dificuldades, é claro que sempre é melhor você ter acesso ao crânio real, fazer uma análise in loco, um especialista pegar esse crânio, observar, tomar ele nas mãos e também, se possível, fazer a extração do DNA e ver se os dados batem com o indivíduo e também fazer uma datação, para saber se esse crânio pertenceu à época que o indivíduo viveu. Só que uma - eu não tenho conhecimento dessas áreas - e duas não era possível fazer, e mesmo que a gente tivesse acesso profissionais não seria possível, posto que nós tivemos grande dificuldade até de encontrar as imagens, imagine ter acesso a esses restos mortais. Então a dificuldade maior foi analisar imagens de média resolução - que é sempre um desafio -, mas felizmente mesmo com essa limitação, a gente conseguiu proceder com o objetivo principal que era a reconstrução facial.

Satisfeito com o resultado, o designer 3D diz que a reconstrução facial de São Vicente se mostrou "bastante compatível com a imagem clássica"....

Em relação à acurácia dessa reconstrução em relação ao rosto de São Vicente de Paulo, nós temos algumas situações que impedem a gente ter total certeza dessa compatibilidade. Explico: a face clássica dele que é distribuída nas publicações, que está amplamente disponível na internet, não se tem uma clareza, uma certeza - pelo menos o que a gente pesquisou - que a pessoa pintou com ele em vida. Os relatos, eles são indiretos, a vida do pintor que fez essa obra ela é um tanto nebulosa, não tem detalhes sobre a biografia dele, o que nos impede então de saber maiores detalhes sobre como, em qual situação ele pintou essa face, se ele pintou ela observando ele, se pintou ela em cima de indicações, ou de outras pessoas, ou se ele pintou posteriormente a ter entrado em contato com o santo, então é muito difícil saber. No entanto, a reconstrução facial se mostrou bastante compatível com essa imagem clássica. E um outro desafio que nós temos é da certeza do crânio ter pertencido mesmo ao indivíduo. As informações que nós temos é que foi feita essa observação dos restos mortais dele, são informações institucionais, então a gente leva em consideração isso ou seja, toma como um crânio de São Vicente de Paula por conta dessas informações advindas da instituição e o que nós sabemos é que a reconstrução é muito compatível com o indivíduo cuja imagem é atribuída a São Vicente de Paulo. Podemos afirmar com certeza? Não, não podemos, porque nós não temos acesso ao material. Então talvez, futuramente, se façam outros projetos e tenha acesso a este crânio e outras construções, outras análises podem contribuir futuramente para esse projeto, quem sabe.

As fotos do crânio de São Vicente que permitiram a reconstrução facial

José Luís Araújo Lira* é cearense de Guaraciaba do Norte, hagiólogo, escritor, professor universitário com mestrado, doutorado e pós doutorado na área do Direito, além de co-fundador da Academia Brasileira de Hagiologia.

Cícero André da Costa Moraes* é o nome completo, é natural de Chapecó (SC) e reside atualmente em Sinop (MT). Tem formação em marketing e cursa pós-graduação em metodologia do ensino. É especializado em computação gráfica 3D para as Ciências da saúde e forense e responsável por mais de 70 reconstruções faciais de Santos, Santas e personagens históricos. 

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF