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quinta-feira, 8 de junho de 2023

Dez fatos sobre a Eucaristia para recordar na solenidade de Corpus Christi

Santíssimo Sacramento. Foto: Flickr - Lawrence OP (CC-BY-NC-ND-2.0)

REDAÇÃO CENTRAL, 08 Jun. 23 / 07:00 am (ACI).- Durante séculos, a Igreja e os santos animaram os fiéis ao amor a Eucaristia. Há inclusive algumas pessoas que entregam sua vida para protegê-la. Hoje, solenidade de Corpus Christi, apresentamos dez coisas que todo cristão deveria saber em relação a este grande milagre:

1. Jesus, reunido com seus apóstolos durante a Última Ceia, instituiu o sacramento da Eucaristia: “Tomai e comei; isto é meu corpo…” (Mt, 26, 26-28). Desta maneira fez com que os apóstolos participassem do seu sacerdócio e mandou que fizessem o mesmo em memória dele.

2. A palavra Eucaristia, derivada do grego eucharistía, significa “Ação de graças” e se aplica a este sacramento porque nosso Senhor deu graças ao seu Pai quando a instituiu; além disso, porque o Santo Sacrifício da Missa é a melhor maneira de dar graças a Deus pela Sua Bondade.

3. O Concílio de Trento define claramente: “No Santíssimo Sacramento da Eucaristia está contido verdadeira, real e substancialmente o Corpo e Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo, junto a sua Alma e Divindade. Em realidade Cristo se faz presente integralmente”.

4. Na Santa Missa, os bispos e sacerdotes transformam realmente o pão e o vinho no Corpo e Sangue de Cristo durante a consagração.

5. A Comunhão é receber Jesus Cristo sacramentado na Eucaristia. A Igreja manda comungar pelo menos uma vez ao ano, em estado de graça, e recomenda a comunhão frequente. É muito importante receber a Primeira Comunhão quando a pessoa chega ao uso da razão, com a devida preparação.

6. O jejum eucarístico consiste em deixar de comer qualquer alimento ou bebida ao menos uma hora antes da Sagrada Comunhão, exceto água e remédios. Os doentes e seus cuidadores podem comungar embora tenham tomado algo na hora imediatamente antes.

7. A pessoa que comunga em pecado mortal comete um pecado grave chamado sacrilégio. Aqueles que desejam comungar e estão em pecado mortal não podem receber a Comunhão sem antes receber o sacramento da Penitência, pois para comungar não basta o ato de contrição.

8. Frequentar a missa é um ato de amor a Deus que deve brotar naturalmente de cada cristão. E também é uma obrigação guardar os domingos e festas religiosas de preceito, salvo quando impedido por uma causa grave.

9. A Eucaristia no sacrário é um sinal pelo qual nosso Senhor está constantemente presente em meio do seu povo e é alimento espiritual para doentes e moribundos. Devemos prestar sempre nosso agradecimento, adoração e devoção à real presença de Cristo reservado no Santíssimo Sacramento.

10. No Vaticano, a solenidade de Corpus Christi é celebrada na quinta-feira depois da solenidade da Santíssima Trindade. Mas, em várias dioceses é comemorado no domingo posterior.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Mensagens de afeto e proximidade ao Papa Francisco

O Papa Francisco durante a missa celebrada na Universidade Católica do Sagrado Coração, em Roma  (Vatican Media)

O Papa Francisco recebeu, nas últimas horas, várias mensagens de afeto e proximidade devido à cirurgia a que foi submetido, na última quarta-feira, no Hospital Universitário Agostino Gemelli, em Roma.

Vatican News

Continuam chegando mensagens de afeto e proximidade ao Papa Francisco que foi submetido, na última quarta-feira (08/06), a uma laparotomia e a uma cirurgia plástica da parede abdominal com prótese, no Hospital Universitário Agostino Gemelli, em Roma.

"Não tenha medo estamos com você", foi o encorajamento ao Santo Padre das crianças que se encontram internadas no Hospital Menino Jesus, em Roma.

presidente da República Italiana, Sergio Mattarella, enviou a seguinte mensagem ao Papa Francisco:

"Santidade, em vista de sua internação no Hospital Gemelli, desejo enviar-lhe meus melhores votos pelo bom êxito da operação. O povo italiano está próximo ao senhor com sentimentos de afeto e solidariedade. Renovo os mais sinceros votos de uma convalescença serena e de uma rápida e completa recuperação."

Conferência Episcopal dos Estados Unidos também manifestou afeto e solidariedade ao Papa Francisco, numa nota divulgada na última quarta-feira (07/06),

"Enquanto o Papa Francisco se recupera da cirurgia, ele é fortalecido pela fé no poder de cura de nosso Deus misericordioso. Por favor, rezem todos os dias pelo Papa Francisco e por todos os que se encontram no hospital. Jesus sempre caminha conosco e está ainda mais perto quando precisamos de cura e conforto."

Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM) também acompanha o Papa Francisco com sua proximidade e afeto neste momento de recuperação. "Damos graças a Deus pela operação que se realizou sem complicações e convidamos todo o povo da América Latina e Caribe a unir-se em oração pela pronta e total recuperação do nosso querido Papa Francisco. Que Maria, mãe de ternura e consolo dos enfermos, o proteja e fortaleça para seguir nos guiando como pastor universal e confirmando-nos na unidade", escreve a presidência do Celam.

"A Conferência Episcopal Francesa se une à oração dos católicos da França pelo Papa Francisco. Que Deus o ampare na provação e o fortaleça em sua missão."

presidente da Conferência Episcopal Peruana, dom Miguel Cabrejos Vidarte, pediu aos fiéis católicos e a todas as pessoas de boa vontade que permaneçam em oração pela saúde do Papa Francisco.

"Convido nossos irmãos e irmãs a rezarem pelo nosso querido Papa Francisco para que ele possa se recuperar em breve e plenamente após a operação a que foi submetido. A oração pessoal e comunitária do Povo de Deus é a nossa maior força para enfrentar os problemas de saúde do Santo Padre Francisco", escreve dom Vidarte.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santo Efrém

Santo Efrém | arquisp

09 de junho

Santo Efrém

Efrém nasceu no ano 306, bem no início do século IV, na cidade de Nisibi, atual Turquia. Cresceu em meio a graves conflitos de ordem religiosa, além das heresias que surgiam tentando abalar a unidade da Igreja. Mas todos eles só serviram de fermento para que sua fé em Cristo e sua ardente devoção à Virgem Maria vigorassem e se firmassem.

O pai de Efrém era sacerdote pagão, embora sua mãe, cristã, defendesse a liberdade religiosa educando o filho dentro dos preceitos da palavra de Cristo. Ele foi educado na infância entre a dualidade do paganismo do pai e do cristianismo da mãe, pois o Edito de Milão, autorizando a liberdade de culto, só entrou em vigor quando ele já tinha sete anos de idade. Mas o patriarca da família jamais aceitou a fé professada pelo filho. Como não o venceu nem com a força, nem com argumentos, expulsou-o de casa. Efrém foi batizado aos dezoito anos e viveu do seu próprio sustento, trabalhando num balneário local.

No ano 338, Nisibi foi invadida pelos persas. Efrém, então diácono, deslocou-se para a cidade de Edessa, também atual Turquia. Os poucos registros sobre sua vida contam-nos que era muito austero. Ele dirigiu e lecionou uma escola que pregava e defendia os princípios cristãos, escrevendo várias obras sobre o tema. Como não sabia grego, sua obra ficou isenta da influência dos teólogos seus contemporâneos, inclinados à controvérsia da Trindade. Efrém foi um ardente defensor da genuína doutrina cristã antiga.

Com veia poética, seus sermões atraiam multidões e sua escola era muito concorrida pelo conteúdo didático simples e exortativo, atingindo diretamente o povo mais humilde. Na sua época estava-se organizando o canto religioso alternado nas igrejas. Esse movimento foi iniciado pelos bispos Ambrósio de Milão e Diodoro da Antioquia. A colaboração do diácono Efrém de Nisibi foram poesias na língua nativa próprias para o canto coletivo, o que permitiu uma rápida divulgação.

Por sua linguagem poética recebeu o apelido carinhoso de "Harpa do Espírito Santo". Somente a Nossa Senhora dedicou mais de vinte poemas, transformados em hinos. Suas poesias eram tão populares e empolgantes que da Síria espalharam-se e chegaram até o Oriente mediterrâneo, graças a uma cuidadosa e fiel tradução em grego.

Efrém morreu no dia 9 de junho de 373, em Edessa, sem ter sido ordenado sacerdote. Desde então, é venerado neste dia por sua santidade, tanto pelos católicos do Oriente como do Ocidente. O papa Bento XV declarou-o doutor da Igreja em 1920.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

quarta-feira, 7 de junho de 2023

10 santos heroicos que morreram jovens

Public Domain

Por Philip Kosloski

Eles abraçaram o catolicismo com cada fibra do seu ser.

Existe uma falácia frequente que diz que devemos “curtir a vida enquanto somos jovens”, no sentido de que os jovens devem divertir-se ao máximo, rodar o mundo e desconsiderar toda “regra” que pareça limitar a sua “liberdade”.

Nessa perspectiva, a religião costuma ser vista como uma barreira para a suposta “liberdade”, muito embora, no fim das contas, essa ilusão de liberdade não passe de submissão acrítica a um estilo de vida que é imposto de fora para dentro. Não surpreende que cada vez mais jovens afirmem que não seguem religião nenhuma.

Não é o caso, porém, de São Luís Gonzaga e de outros muitos santos que morreram na casa dos 20 anos. Em vez de “curtir a vida” no sentido ilusório que o mundo propõe, eles se entregaram “com tudo” a Cristo e abraçaram o catolicismo com cada fibra do seu ser. Não viam as regras como limitações à sua suposta liberdade, mas como orientações que nos abrem à verdadeira liberdade.

Estes santos nos lembram que a nossa vida na terra é curta e que não sabemos o dia nem a hora em que Deus nos chamará para a eternidade. Devemos estar preparados, e não tratar a vida eterna como um exame da faculdade para o qual estudaremos na véspera. Esses jovens santos nos lembram que hoje mesmo pode ser o nosso último dia nesta passagem por este mundo – e a eternidade nos reserva a plenitude da nossa vida.

Em busca de inspiração, contemplemos estes heroicos jovens santos que não achavam que a religião fosse coisa das senhoras de cabelos brancos no fundo da igreja.

São Luís Gonzaga

Filho de família nobre, ele renunciou aos títulos e à herança. Ingressando na ordem jesuíta aos 17 anos, dedicou-se decididamente a ajudar as vítimas da peste em Roma, cuidando de todas as suas necessidades. Ele próprio morreria aos 23 anos em decorrência da peste. Sua festa é celebrada em 21 de junho.

São João Berchmans

Inspirado na vida de São Luis Gonzaga, ele também se juntou aos jesuítas aos 17 anos. Desejava ser missionário na China depois de ordenado. Não viveu para ver esse dia, mas já era reconhecido pela sua santidade e austeridade de vida. Morreu aos 22 anos, de disenteria. Sua festa é celebrada em 26 de novembro.

Santas Perpétua e Felicidade

Quando foram presas por serem cristãs, a nobre Santa Perpétua, casada, ainda amamentava o seu bebê, e a escrava Santa Felicidade estava grávida. Perseguidas juntas, ambas foram martirizadas no ano 203, durante uma das ondas persecutórias do Império Romano contra os cristãos. Felicidade tinha 22 anos quando foi morta. O dia da festa das duas santas é 7 de março.

Santa Teresa de Lisieux

Santa Teresa de Lisieux
Santa Teresa de Lisieux

Conhecida como a “Pequena Flor”, Santa Teresinha do Menino Jesus quis ser freira desde jovem e conseguiu permissão especial para entrar no carmelo aos 15 anos. Sua autobiografia “A História de uma Alma” é um dos livros mais lidos em toda a trajetória da Igreja Católica. Teresa morreu aos 24 anos, de tuberculose. Sua festa litúrgica é celebrada em 1º de outubro. O Papa São João Paulo II a proclamou Doutora da Igreja.

Santa Gemma Galgani

Mística italiana, Santa Gemma desejava entrar para os passionistas, mas foi impedida por causa de sua saúde. Era conhecida pela santidade e por suas visões. Lutou bravamente contra o diabo e morreu de tuberculose aos 25 anos. Sua festa é celebrada em 11 de abril.

Santa Germana Cousin

Desprezada e maltratada pela própria família, Santa Germana foi pastora e viveu uma vida breve e repleta de grandes sofrimentos. Era assídua na recepção dos sacramentos e rezava o rosário regularmente. Morreu aos 22 anos. Particularmente amada em seu país natal, a França, Santa Germana Cousin é celebrada liturgicamente em 15 de junho.

Santa Kateri Tekakwitha

Santa Kateri Tekakwitha
Santa Kateri Tekakwitha

Conhecida como “Lírio dos Mohawks”, tribo indígena norte-americana da qual fazia parte, Santa Kateri se converteu à fé católica graças ao exemplo dos missionários franceses. Reconhecida pela pureza e pela fé inabalável, morreu aos 24 anos e tem seu dia litúrgico em 14 de julho.

São Carlos Lwanga

Membro da tribo muganda, São Carlos era chefe dos pajens reais e foi morto pelo rei Mwanga II por se recusar a abandonar a fé católica. Sofreu o martírio aos 21 anos. Sua festa é celebrada em 3 de junho. Refletindo sobre a sua morte, o bispo dom Robert Barron observou que a evangelização “coloca o evangelizador em perigo”.

Santa Isabel da Trindade

Desejando desde jovem entrar no carmelo, Santa Isabel recusou muitos pedidos de casamento e finalmente conseguiu entrar para o convento aos 21 anos. Era reconhecida pela santidade e é frequentemente comparada a Santa Teresa. Morreu aos 26 anos e foi canonizada pelo Papa Francisco em 16 de outubro de 2016. Sua festa é celebrada em 8 de novembro.

Beato Pier Giorgio Frassati

Pier Giorgio Frassati
Beato Pier Giorgio Frassati

Dominicano da Ordem Terceira, o beato Pier Giorgio era um jovem esportista italiano, muito engajado na política e apelidado de “Homem das Bem-Aventuranças” devido à sua vasta e silenciosa caridade, cuja extensão a sua família só descobriu quando milhares de pessoas apareceram na sua casa para lamentar a sua morte. Foi vítima, aos 24 anos, de um vírus da poliomielite de rápida propagação. Sua festa litúrgica é celebrada em 4 de julho.

Todos estes santos morreram no auge da juventude, mas nenhum teria trocado a firme fé em Deus pela “curtição da vida”. Todos eles nos lembram que a vida é muito curta e que mais vale nos ocuparmos da eternidade para nós e para o próximo do que nos entregarmos às loucuras passageiras deste reino terreno.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

“A graça de Deus salvador: livre, suficiente, necessária para nós” (3/6)

A conversão de Paulo, Catedral de Monreale, Palermo

Arquivo 30Dias – 06/07 – 2009

“A graça de Deus salvador: livre, suficiente, necessária para nós”

Com essas palavras, Giovanni Battista Montini, em suas notas sobre as Cartas de São Paulo, escritas quando ainda jovem sacerdote, sublinha a experiência e a mensagem do Apóstolo.

de padre Giacomo Tantardini

1. . “... pela fé no Filho de Deus, que me amou...”
Leiamos Gl 1, 15, em que o próprio Paulo descreve a passagem da sua iniciativa para a iniciativa de Deus.

“Quando, porém, Aquele que me separou desde o seio materno [a graça da fé nasce de um mistério, que é o da escolha de Deus, da eleição de Deus. Nós não podemos julgar esse mistério: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi” (Jo 15, 16)]... quando Aquele que me separou desde o seio materno e me chamou por sua graça [como é bonito esse me chamou por sua graça! Não basta a voz, nem mesmo a voz de Jesus, se a atração de Jesus não toca o coração. É a Sua graça, é a Sua atração que comove o coração], houve por bem revelar a mim o seu Filho...”. Houve por bem revelar-me Seu Filho. Essa é a conversão de Paulo. Aquele que me escolheu e me chamou por Sua graça me fez reconhecer Seu Filho.

Gl 2, 20: “Minha vida presente na carne [na condição humana, marcada pelo pecado original, mesmo depois do batismo. O batismo tira o pecado, mas deixa a fragilidade que vem do pecado e inclina para o pecado], eu a vivo pela fé no Filho de Deus [no reconhecimento do Filho de Deus], que me amou e se entregou a si mesmo por mim”.

Leio-lhes como o papa Bento XVI comentou essa frase: “A sua fé [a fé de Paulo] é a experiência de ser amado por Jesus Cristo de modo muito pessoal. [...] Cristo enfrentou a morte [...] por amor a ele — a Paulo — e, como Ressuscitado, ainda o ama. [...] A sua fé não é uma teoria, uma opinião sobre Deus e sobre o mundo. A sua fé é o impacto do amor de Deus sobre o seu coração”.

A fé de Paulo nasce do impacto do amor de Jesus com seu coração. A fé é a iniciativa do amor de Jesus Cristo sobre o seu coração.

Permitam-me ler a vocês uma frase que descobri indo a Cássia rezar a Santa Rita (Santa Rita era casada e tinha dois filhos. O marido é assassinado e ela perdoa publicamente o assassino e pede que seus dois filhos não vinguem o pai. Depois, entra no mosteiro das monjas agostinianas de Cássia). A frase que vou ler para vocês é de um monge agostiniano beato, cujo escrito sobre a paixão de Jesus era conhecido por Santa Rita: “A amizade é uma virtude, mas sermos amados não é uma virtude, é a felicidade”.

 Parece-me que essas palavras indicam de onde vem a caridade e o que é a caridade. A amizade é uma virtude, é o ponto mais alto da virtude. Santo Tomás de Aquino diz que a caridade é amizade. Mas sermos amados não é uma virtude, é a felicidade. Sermos amados vem antes (cf. 1Jo 4, 19). Para amar, é preciso que sejamos amados. É preciso primeiro que estejamos contentes por ser amados.

Santo Agostinho, na passagem fantástica em que, comparando os apóstolos Pedro e João um com o outro, questiona-se quem é melhor entre os dois, responde que Pedro é melhor, pois quando Jesus lhe pergunta: “Simão, filho de João, tu me amas [agapás] mais do que estes?” (Jo 21, 15), Pedro responde: “Sim, Senhor, tu sabes que te quero bem [filéo]” (Jo 21, 15). Portanto, Pedro é melhor que João.

 Comparando a condição de Pedro, que quer mais bem a Jesus, com a condição de João, que é mais amado por Jesus, Agostinho diz: “Facile responderem meliorem Petrum, feliciorem Ioannem / É fácil para mim responder que Pedro é melhor [porque quer mais bem a Jesus], mas João é mais feliz [porque é mais amado por Jesus]”. Sermos felizes depende de sermos amados. Não depende do nosso pobre amor. Pedro é melhor porque quer mais bem a Jesus, mas João é mais feliz porque é mais amado por Jesus.

O Papa diz que a fé de Paulo é o impacto do amor de Jesus sobre seu coração, e assim a própria fé, justamente porque é o impacto do amor de Jesus sobre seu coração, desperta e é também o pobre amor de Paulo a Jesus. Essa atração amorosa de Jesus, enchendo de contentamento o coração de Paulo, desperta também o pobre amor de Paulo a Jesus, pobre como o de Pedro.

O papa Bento XVI, numa audiência de quarta-feira, comentando a pergunta de Jesus a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?”, insistiu na diferença entre os verbos gregos que Jesus e Pedro empregam. Jesus usa um verbo que indica um amor totalizante (“... tu me amas [agapás]?”). Pedro usa um verbo que expressa o pobre amor humano (“sabes que te quero bem [filéo]”). “Eu te quero bem tal como é possível a um pobre homem”. Então, na terceira vez (é belíssimo como o Papa descreve isto!), Jesus se adapta ao pobre amor humano de Pedro e pergunta-lhe simplesmente se lhe quer bem, tal como um pobre homem pode querer bem.

Lerei agora 1Cor 15, 8ss. Paulo descreve mais uma vez, aqui, o encontro com Jesus no caminho para Damasco: “Em último lugar, apareceu também a mim...”. Como é bonito esse último lugar! Na liturgia ambrosiana, o sacerdote que celebra a missa diz: “Nobis quoque minimis et peccatoribus”. Na liturgia romana, diz apenas: “Nobis quoque peccatoribus”. Na liturgia ambrosiana, aquele que celebra a santa missa, quer seja o bispo, quer seja o último dos padres, diz: “Também a nós que somos os menores e pecadores”. Da mesma forma, Paulo diz ser o último, o menor.

“Em último lugar, apareceu também a mim como a um abortivo. Pois sou o menor dos apóstolos, nem sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus. Mas pela graça de Deus sou o que sou: e sua graça a mim dispensada não foi estéril. Ao contrário, trabalhei mais do que todos eles; não eu, mas a graça de Deus que está comigo”.

Fonte: http://www.30giorni.it/

Há na Bíblia menções à Eucaristia até no Antigo Testamento, diz padre

Imagem ilustrativa / Diego Esquivel (Cathopic)

Por Nicolás de Cárdenas

MADRI, 06 Jun. 23 / 10:21 am (ACI).- O professor da Universidade Eclesiástica San Dámaso de Madri, padre Luis Sánchez Navarro, comenta algumas das referências da Bíblia à Eucaristia além do relato da Última Ceia nos Evangelhos.

Num vídeo publicado pela Universidade, o padre diz que “quando alguém entra na Sagrada Escritura, percebe que a Eucaristia está de certa forma atravessando toda a história da salvação”.

O primeiro exemplo é o sustento que Deus fornece ao povo de Israel quando sai do Egito a caminho da terra prometida, o maná que caiu do céu.

“Esse pão que vem do alto, que vem do céu”, diz o padre Sánchez, é interpretado no Antigo Testamento “como o pão de Deus”, que não é só um dom material, mas “de certo modo é a Palavra de Deus”.

Quando considerado desta forma, pode-se dizer que contém "Deus dentro", diz o padre.

Segundo o padre Sánchez, “quando o Senhor realiza seus sinais no Evangelho, o mais impressionante, aquele de que nos contam os quatro evangelistas, é a multiplicação dos pães”.

Isso acontece, continuou ele, porque o Senhor quis antecipar com aquele gesto “o dom que ia nos dar na Eucaristia”.

“A presença da Eucaristia nos Evangelhos não se limita à Última Ceia, mas já está preparada por toda a atividade de Jesus, por todos os seus milagres, materializados na multiplicação dos pães, que retomam o tema do maná”.

“Este é o tema fundamental da Eucaristia: é o maná que Jesus nos oferece, e que já não é só a sua Palavra, mas a sua própria carne, o seu próprio corpo”, diz o padre Sánchez.

Em terceiro lugar, o padre Sánchez recorda a alusão feita por são Paulo no capítulo 11 da Carta aos Coríntios à instituição da Eucaristia na noite em que Jesus foi entregue.

O professor conclui dizendo que “a Igreja não se entende sem a Eucaristia, e por isso mesmo a Bíblia não se entende sem a Eucaristia, e os Evangelhos não se entendem sem a Eucaristia. Na Eucaristia nasceram os Evangelhos”.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Papa volta ao Hospital Gemelli para ser operado

 

Hospital Gemelli | Vatican News

A internação durará vários dias para permitir o normal decurso pós-operatório e a plena retomada funcional.

Vatican News

A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou o seguinte comunicado:

"No final da Audiência Geral, o Santo Padre se dirigiu ao Hospital Universitário A. Gemelli onde, no início da tarde, será submetido a uma laparotomia e a uma cirurgia plástica da parede abdominal com prótese, sob anestesia geral. A operação, planejada nos últimos dias pela equipe médica que assiste o Santo Padre, tornou-se necessária devido a uma laparocele encarcerada que está causando síndromes suboclusivas recorrentes, dolorosas e agravadas. A permanência no hospital durará vários dias para permitir o curso normal do pós-operatório e a recuperação funcional completa."

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santo Antonio María Gianelli

© Trebbia

Por Scott Basgaard

Distinguiu-se pela atenção aos pobres e pela salvação das almas.

Bispo e fundador da Congregação das Filhas de Maria Santíssima do Horto, Santo Antonio Maria Gianelli destacou-se pela atenção aos pobres e pela salvação das almas e, com seu exemplo e dedicação, promoveu a santidade entre o clero. († 1846). Foi canonizado em 21 de outubro de 1951, durante o pontificado de Pio XII.

Antonio Gianelli nasceu em terras da Ligúria, em Cereta, uma pequena fração de Carro, em uma família muito pobre que cultivava terras arrendadas. Seus pais eram Santiago Gianelli e Maria Tosso.

Na escola para crianças fundada pelo pároco de Castello, realizou seus primeiros estudos. Até aos 18 anos, distribui o seu tempo entre o estudo, a oração, o catecismo, o serviço às famílias camponesas e as obras de caridade.

Uma rica genovesa, dona das terras cultivadas por seus pais, dá-lhe acesso ao seminário em Gênova. Ele continuou seus estudos com sucesso, mas acima de tudo cultivou a piedade e a mortificação.

Em 1813, depois de ter recebido a ordenação sacerdotal, foi designado assistente do abade da igreja de San Mateo em Gênova, onde permaneceu por dois anos.

Em Cáracari, diocese de Acqui, trabalhou como professor exemplar na escola escolápiara durante o ano letivo de 1815-1816.

Conhecido e apreciado pelo cardeal Spina, é chamado no ano seguinte ao seminário de Gênova e é-lhe confiada a cátedra de retórica, que Gianelli ocupa há dez anos. Anos cheios de intenso trabalho e responsabilidade a serviço dos futuros sacerdotes que ele quer “que sejam sábios, sim, mas sobretudo santos”.

Quando a aluna de São João Batista em Chiavari ficou vaga em 1826, o novo arcebispo de Gênova, monsenhor Luis Lambruschini, escreveu aos Chiavareses: "Envio-lhes a flor mais bonita do meu jardim". E voltando a Gianelli: "Finja que está em missão, não por alguns dias, mas por 10 ou 12 anos...".

Foi uma profecia? Estes 12 anos de intensa atividade apostólica sacerdotal são, ao mesmo tempo, uma escola de ascese e de cuidado pastoral,

Antonio Gianelli, atento ao homem, era profundamente sensível à promoção humana. Atento à realidade histórica do momento desde sua chegada a Chiávari, privilegia trabalhos sociais úteis e necessários naquele momento.

Inscreveu-se na Sociedade Econômica fundada em Chiávari em 1791 por Patricio Esteban Rivarola para o desenvolvimento das artes, indústria, agricultura e comércio e levou a sério a vida e as iniciativas desta Sociedade.

A promotora quer se associar a uma instituição particularmente benéfica para Chiávari: o Hospício de Caridade e Trabalho, que já tinha como objetivo acolher órfãos da cidade de Gianelli. Durante sua estada em Chiávari, fez parte do governo do Hospício, que era regido por um conselho formado por membros da mesma sociedade.

Naturalmente, como pároco, pároco e pai da grande família Chiavar, teve que cuidar e se preocupar mais do que o resto dos internos do instituto.

Tinha lugar especial para a direção do Hospício, que era exercida por sua vez, por mulheres, geralmente viúvas. Ele realmente percebeu que era necessário resolver radicalmente esse problema, pois se desejava uma sólida formação cristã e cívica para as meninas do Hospício.

Ele pensou em confiar a direção do instituto a membros de uma congregação religiosa, mas as precárias condições econômicas impediram a realização do projeto.

O Instituto das Filhas de Maria Santísima del Huerto nasceu de um impulso interior, de um ato de amor intenso. Nasceu do coração de Gianelli, do amor apaixonado que sentia as necessidades das crianças de sua paróquia sem que elas o manifestassem.

A caridade de Gianelli, à imitação de Cristo, é vigilante, atenta, pronta para compreender e compreender, para descobrir novas necessidades, para encontrar soluções para o caso. Caridade evangélica, aberta a todos, sempre alerta, superando o cansaço e a ingratidão.

O Instituto nasceu para ser um orfanato em Chiávari, e sob o impulso do Espírito Santo se espalhou por toda a Ligúria, assumindo outros serviços de caridade.

Uma síntese da amplitude das novas formas de serviço e da rápida expansão do Instituto é dada pelo próprio Gianelli no discurso que dirigiu à cidade de Chiávari em 3 de abril de 1837 por ocasião da bênção da Pedra Fundamental do Conservatório (Casa Mãe do Instituto).

Após 8 anos de experiência sofrida, mas emocionante, Gianelli apresenta sua Instituição como resposta às urgências religiosas e humanas da cidade de Chiávari, da Ligúria, de toda a Itália, do mundo, porque com seu Instituto abraça no amor de pastor quase todas as necessidades do homem na Igreja universal.

O pároco, escreve Gianelli, é o pai de uma grande família, é sobretudo o pai dos pobres que ainda devem pensar nas suas necessidades materiais. Tudo em vista do grande fim: a santificação.

"Você que me vê aqui, dedicado a um trabalho lisonjeiro, caro e difícil, que conceito você terá de seu pastor? O que os pobres pensarão deste pai deles? Também com este empreendimento eu olho para um grande propósito do meu ministério. Não há nada nele que não seja plenamente realizado para vós; tudo em favor do Evangelho; tudo, amados, para a vossa santificação”.

Gianelli conta aos Chiavares a história dos primeiros 8 anos de vida da Congregação. É uma avaliação que faz com seu povo da obra e do espírito de suas Filhas de Maria Santíssima del Huerto.

Na catedral de San Lorenzo, em Gênova, Antonio Maria é consagrado bispo em 6 de maio de 1838 pelo cardeal Tadini. Naquela tarde, um amigo seu, reitor do Seminário de Gênova, confidenciou aos seus seminaristas: “Hoje assisti à consagração episcopal de um santo”.

No dia 8 de julho Monsenhor Gianelli inicia seu ministério como pai da fé na diocese de Bobbio. Consumido pelas fadigas apostólicas, viveu alguns anos e em 7 de junho de 1846 faleceu em Placencia.

Artigo publicado originalmente por catholic.net 

Fonte: https://es.aleteia.org/

terça-feira, 6 de junho de 2023

Arquidiocese de Brasília acolhe novo Bispo Auxiliar, Dom Ricardo Hoepers

Missa na Catedral de Brasília | arqbrasilia

Na manhã deste sábado (03/06), a Arquidiocese de Brasília acolheu o novo Bispo Auxiliar, Dom Ricardo Hoepers, Secretário-geral da CNBB, em Missa presidida pelo Cardeal Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa.

Contando com a presença do Cardeal Raymundo Damasceno, Arcebispo emérito de Aparecida, Dom Giambattista Diquattro, Núncio Apostólico no Brasil, o Arcebispo Militar, Dom Marcony Vinícius, Dom Giovani Carlos, Bispo de Uruaçu, bem como, Dom Fernando Guimarães, Vigário Judicial, e os auxiliares de Brasília, Dom José Aparecido, Dom Antonio de Marcos e Dom Denilson Geraldo, SAC.

No início da celebração, o chanceler do Arcebispado, Padre Iran Preusse, leu o decreto de nomeação de Dom Ricardo como Vigário Geral da Arquidiocese, sendo, em Brasília é costumeiro que todos os bispos auxiliares recebam este ofício.

Celebrando São Carlos Lwanga e seus companheiros mártires, em sua homilia, o Cardeal Paulo Cezar Costa relembrou que, ao receber um novo auxiliar, toda a Igreja de Brasília recebe um servidor do colégio dos apóstolos para colaborar no apostolado na Arquidiocese sendo presença do Bom Pastor.

A realidade dos mártires que se celebram na ocasião, interpelam cada cristão de como está o amor a Jesus Cristo de cada fiel, tendo em vista que o mártir é alguém que “configurou a sua morte a morte de Cristo”, afirmou Dom Paulo Cezar, que completou “que é um amor que transborda na doação de vida no seguimento de Jesus Cristo, sendo semente para os novos cristãos, como afirmou a oração do dia.”

Tudo o que se faz na Igreja, disse o Cardeal, não se faz por ideologia, por vontade humana, por carreira, por simples assistencialismo, mas sim, por conta de Cristo e sempre Dele. “A realidade do martírio nos coloca numa posição de sempre nos questionar sobre a qualidade do nosso serviço e do nosso amor a Jesus Cristo”, insistiu o Cardeal recordando dos mártires que a Igreja celebra na Liturgia deste dia.

Já no Evangelho, Dom Paulo destacou que, contemplar Jesus no Templo é contemplar a autoridade de Jesus que vem do Pai realizando na história a vontade do Pai, anunciando e testemunhando o bem.

Ao final da homilia, Dom Paulo incentivou Dom Ricardo na nova missão que ele assume, tanto na Secretaria geral da CNBB, como também como Bispo Auxiliar na Arquidiocese de Brasília, destacando a grande experiência do novo bispo em tantas frentes de evangelização, como também, como bispo diocesano no sul do país.

Ao final da celebração, Dom Ricardo Hoepers agradeceu a acolhida do Cardeal e da Arquidiocese, dispondo-se a ser um colaborador da evangelização em Brasília. Nesta ocasião, também foi realizada a bênção de envio para a Festa de Corpus Christi, com a presença da equipe de trabalho da solenidade que será realizada na próxima quinta-feira (08/06), na Esplanada dos Ministérios.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Corpus Christi: o céu presente na terra

Marko Vombergar | Aleteia

Por Padre Reginaldo Manzotti

Cristo instituiu a Eucaristia para que estejamos com Ele até o dia da nossa Páscoa.

Tomai e comei, isto é o Meu corpo. Tomai e bebei, todos vós, isto é o Meu sangue. O sangue da aliança, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados” (Mt 26, 26-27)

Estamos próximos da solenidade do Corpo e Sangue de Cristo. A palavra “Corpus Christi” vem do latim e tem como significado: Corpo de Cristo. Cristo instituiu a Eucaristia para que estejamos com Ele até o dia da nossa Páscoa, que será a passagem dessa vida terrena para o mundo espiritual.

“O nosso Salvador instituiu na última ceia, na noite em que foi entregue, o sacrifício eucarístico do seu corpo e sangue, para perpetuar pelo decorrer dos séculos, até voltar, o sacrifício da cruz, confiando à Igreja, sua esposa amada, o memorial da sua morte e ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da glória futura (145)”.  (CIC 1323)

A Eucaristia é o ponto central da nossa fé. Quando comungamos, é o momento de adorarmos, amá-lo e venerá-lo, pois Ele está ali. Comungamos o pão, mas dentro de nós, o pão se faz seu sangue e sua carne.

“A presença eucarística de Cristo começa no momento da consagração e dura enquanto as espécies eucarísticas subsistirem. Cristo está presente todo em cada uma das espécies e todo em cada uma das suas partes, de maneira que a fração do pão não divide Cristo” (CIC 1377)

Mas, você sabe o que é transubstanciação?

A transubstanciação segundo o Concílio de Trento é a consagração do pão e do vinho, convertendo toda a substância do pão na substância do corpo de Cristo nosso Senhor e a substância do vinho na substância do Seu sangue. (Concílio de Trento, Sess. 13ª, Decretum de ss. Eucharistia, c. 4: DS 1642.).

São Tomás de Aquino, grande doutor da Igreja, nos deixa em seus escritos, uma declaração desse amor à Eucaristia. Como é lindo refletir esses versos: “Ó banquete sagrado no qual Cristo é consumido, a memória de sua paixão é lembrada, nossas almas são cheias de graça e a promessa de glória futura é dada a nós”. 

Nesses versos, São Tomás nos faz refletir sobre o momento em que Jesus é crucificado, onde se fez um cordeiro imolado para redenção e salvação de todas as gerações. Quando participamos da missa, revivemos todo esse mistério, do Jesus encarnado. O verbo se faz carne e está presente entre nós. 

Corpus Christi é o céu presente na terra. Inspirados neste amor envolvente de Cristo por nós, o adoremos na Santa Eucaristia.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF