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domingo, 21 de julho de 2019

16º DOMINGO DO TEMPO COMUM: ORAR E SERVIR

+ Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
O Evangelho segundo S. Lucas narra a visita que Jesus fez à casa de Marta e Maria. Ambas acolhem Jesus, embora de diferentes modos. A dona da casa, Marta, recebeu Jesus ocupando-se dos afazeres da casa. Sendo ela quem recebeu Jesus em sua casa (Lc 10,38), pode-se deduzir que agia assim para acolher bem a Jesus, pois não haveria sentido recebê-lo e não lhe dar a devida atenção. Jesus não censura Marta por estar trabalhando, mas por “andar agitada por muitas coisas”. Vivemos numa época em que as pessoas andam demais preocupadas e agitadas por muitas coisas. Por isso, perdem a paz e a alegria de viver. Não se pode viver assim!
Maria, irmã de Marta, recebe Jesus de outro modo: “sentou-se aos pés do Senhor e escutava a sua palavra”. O que Maria estava fazendo era muito importante e sempre muito necessário na vida cristã. Hoje, é preciso repetir o seu gesto: colocar-se diante do Senhor, para escutar a sua palavra e conversar com ele.  Contudo, Marta achou que sua irmã estava errada, agindo daquele modo. Por isso, chegou a dizer a Jesus: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha com tanto serviço?”, acrescentando, “manda que ela me venha ajudar!”. Em resposta, Jesus lhe diz que Maria estava certa, pois o que ela estava fazendo era muito necessário e não podia ser negado.
Marta e Maria representam duas dimensões da vida cristã: o trabalho e a oração. Ambas são importantes! Por meio do trabalho cotidiano, o cristão pode unir-se a Jesus e glorificá-lo. Necessitamos de gente disposta a atuar, com dedicação, nas comunidades, pastorais e movimentos eclesiais. Necessitamos de cristãos atuantes na sociedade. Necessitamos de Marta! Contudo, sem a oração e a escuta da Palavra, corre-se o risco de perder-se em meio às preocupações, agitado por muitas coisas. É preciso imitar Maria para poder cumprir bem as tarefas cotidianas e superar os desafios. É preciso unir-se a Jesus pela oração para continuar unido a ele em meio às atividades do dia a dia. Assim sendo, esta passagem nos faz pensar no modo como estamos trabalhando e na maneira como estamos rezando. Qual é o tempo que temos dedicado à oração pessoal, em família ou em comunidade? Qual a importância que temos dado à leitura e meditação da Palavra de Deus, a adoração ao Santíssimo Sacramento, ao santo rosário e a participação nas missas? É preciso refazer a experiência de Maria, colocar-se aos pés do Senhor para escutá-lo. Em resposta ao Evangelho meditado, não bastam boas intenções, embora seja um bom começo querer sinceramente melhorar. É preciso organizar melhor o dia a dia a fim de encontrar o devido tempo para orar mais e melhor, assim como para servir os irmãos.
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

São Lourenço de Brindisi, enérgico pregador capuchinho

REDAÇÃO CENTRAL, 21 Jul. 19 / 05:00 am (ACI).- São Lourenço nasceu em Brindisi (Itália) em 1559. Desde pequeno se destacou nos estudos e por ter uma boa memória. Quando era adolescente, pediu para ingressar no convento dos capuchinhos, onde teve um diálogo interessante com o superior que o advertiu sobre a vida dura e austera que levaria.

“Padre, em minha cela haverá um crucifixo?”, perguntou o jovem. “Sim, terá”, respondeu o superior. “Pois isso me basta. Ao olhar Cristo Crucificado, terei forças para sofrer, por amor a Ele, qualquer padecimento”, disse o rapaz que, ao tomar o hábito religioso, recebeu o nome de Lourenço.
Como diácono, obteve muitas conversões à fé, graças a sua pregação. Tempos depois, ordenado sacerdote, o Papa Clemente VIII lhe pediu que trabalhasse na conversão dos judeus, missão na qual também se destacou, apoiado em seu conhecimento do hebraico. Certo dia, um sacerdote lhe perguntou qual era seu segredo para pregar e o santo respondeu:
“Em boa parte, deve-se à minha boa memória. Em outra boa parte, a que dedico muitas horas me preparando. Mas a causa principal é que encomendo muito a Deus minhas pregações e, quando começo a pregar me esqueço de todo o plano que tinha e começo a falar como se estivesse lendo em um livro misterioso vindo do céu”.
São Lourenço dormia sobre tábuas, levantava-se à noite para rezar salmos, jejuava com pão e verduras, fugia de receber honras e tentava estar sempre alegre e de bom humor com todos.
Na Alemanha, com o Beato Bento de Urbino, atendeu as vítimas de uma peste e fundou conventos em Praga, Viena e Gorizia. Mais tarde, São Lourenço foi eleito superior geral de sua ordem, mas com os anos, pediu para não ser reeleito, porque pensava que Deus o reservava para outros serviços.
A pedido do imperador Rodolfo II, foi e obteve a ajuda dos príncipes alemãs contra os turcos, chegando até mesmo a capelão geral do exército. Em uma campanha, discursou aos combatentes, foi à frente deles sem armas e com um crucifixo, e os turcos sofreram uma esmagadora derrota.
Diz-se que em seu regresso, o santo se deteve no convento de Gorizia, onde o Senhor apareceu a ele no coro e lhe deu a comunhão. Depois, serviu em várias missões diplomáticas que favoreceram à paz em diversas regiões da Europa.
Mais tarde, São Lourenço se retirou ao convento de Caserta e era frequentemente arrebatado em êxtase durante a celebração da Missa. Partiu para a Casa do Pai em 22 de julho de 1619, o mesmo dia do seu aniversário. Foi canonizado em 1881 e, em 1959, São João XXIII lhe outorgou o título de Doutor da Igreja.
ACI Digital

sábado, 20 de julho de 2019

Mães de quíntuplos recusa aborto coletivo: “Eu já amava todos eles”

semprefamilia.com.br/Gazeta do Povo
Kim Tucci e seu marido Vaughn já tinham três filhos, um menino e duas meninas, quando decidiram que queriam um novo membro na família – quem sabe um menino, para empatar com as meninas. Ela descobriu, porém, que o menino viria, mas muito bem acompanhado por quatro meninas! No entanto, temendo pela saúde dos bebês e de Kim – que tinha sido diagnosticada com endometriose –, os médicos sugeriram que ela fizesse um aborto seletivo.
“Depois do primeiro ultrassom, me aconselharam a considerar o método seletivo para dar a dois dos bebês chances melhor de viver. Assisti a um vídeo no YouTube sobre o procedimento e comecei a chorar. Jamais poderia fazer isso! Eu estaria sendo egoísta por não dar a dois deles 100% de chance de sobrevivência? Tudo o que eu sabia é que eu já amava todos eles e que a cada batida dos seus corações me conectava ainda mais com eles”, relata Kim em sua página no Facebook Surprised by Five.
Com a recusa a dar fim à vida de qualquer um dos bebês, a gestação quíntupla de Kim seguiu em frente. Os cinco irmãos nasceram em uma cesárea em janeiro de 2016 – um procedimento hercúleo que contou com uma equipe médica de 50 médicos e enfermeiros. “Meu corpo lutou a mais dura das batalhas para trazer cinco bebês a este mundo com segurança”, disse a mãe, eu tinha 26 anos na época. Keith, Penelope, Beatriz, Tiffany e Allison passaram pouco mais de dois meses na UTI neonatal antes de ir para casa.
Surpresa
No seu primeiro ultrassom, Kim recebeu a notícia de uma maneira completamente inesperada. “O médico começou a contar: um, dois, três, quatro… cinco! Eu ouvi direito? Cinco? Minhas pernas começaram a tremer incontrolavelmente e tudo que eu conseguia fazer era rir”, conta ela. “Eu podia ver o entusiasmo no rosto do meu marido, que me disse: ‘A gente consegue!’”
Kim traça a sua estima pelo valor da vida até a época em que teve o seu primeiro filho, Kurt, aos 18 anos de idade. Ele nasceu prematuro – oito semanas antes do esperado – em uma cesárea de emergência. Embora tenha nascido com deficiência auditiva, Kurt superou bem o tempo na UTI neonatal, mas o mesmo não pode ser dito de todos os seus colegas de hospital.
“Havia várias mães adolescentes na UTI neonatal. Eu visitava Kurt várias vezes por dia e apenas sentava ao seu lado e segurava a sua mão. Uma vez, testemunhei o momento em que uma jovem mãe recebia a notícia devastadora de que os médicos não poderiam fazer mais nada por sua filha – ela tinha nascido cedo demais”, conta Kim. “Deixei o hospital sem ver Kurt e sentei nos degraus, chorando. Passei a valorizar sempre mais a vida desde esse momento de puro sofrimento”.

Bíblia Católica News

O Maior Presente: Filme sobre o poder do perdão estreia no Brasil


REDAÇÃO CENTRAL, 20 Jul. 19 / 06:00 am (ACI).- Com uma temática sobre o poder do perdão e a mudança que este provoca na vida das pessoas, o filme “O Maior Presente”, do diretor Juan Manuel Cotelo, estreia no Brasil no dia 19 de setembro e, quem quiser assisti-lo em sua cidade, pode solicitar no site de ‘Coragem Distribuidora’, que trouxe o longa para o país.
A obra conta a história do diretor de um filme de velho oeste (Juan Manuel Cotelo), que quer mudar o final do roteiro. Em vez de dirigir uma clássica história de vingança, ele deseja propor um final diferente, de reconciliação. Entretanto, para convencer o elenco, deverá provar que esse final feliz é possível na vida real.
Nesse sentido, o diretor, que também é jornalista, viajará por diferentes países procurando entrevistar pessoas que, apesar de terem sofrido experiências muito dolorosas, tenham conseguido fechar suas histórias em paz e com o perdão.
Assim, a ficção se mistura com diversos depoimentos reais de pessoas que viveram o perdão, entre as quais, sobreviventes de atentados, ex-paramilitares, casais separados e reconciliados. Para isso, Cotelo, junto com sua produtora Infinito +1, dedicou quatro anos, recolhendo testemunhos na França, Espanha, Irlanda, México, Colômbia e até mesmo Em Ruanda, onde há pouco mais de 20 anos um genocídio acabou com cerca de um milhão de vidas.
Em entrevista a EWTN Noticias / Grupo ACI em novembro de 2018 sobre o filme “O Maior Presente”, Cotelo afirmou que “já estamos saturados, estamos fartos, ao menos eu estou, de ver como a ética que muitas vezes se propôs no cinema é a vingança. Isso, levado à vida real, não funciona”.
“Por que fazer um filme sobre perdão? Porque é verdadeiro, porque é positivo, porque cura, porque é uma esperança fundada nos fatos reais”, assinalou.
Nesse sentido, afirmou acreditar que “já é hora de começar a promover a sério os finais felizes em nossa sociedade”.
Juan Manuel Cotelo é também diretor do filme “Terra de Maria”, que fez sucesso nos cinemas brasileiros em 2015.
Desta vez, para arrecadar todo recurso necessário para esta produção, foi adotado o sistema de financiamento coletivo, crowdfunding,e em apenas 40 dias todo o dinheiro havia sido arrecadado. Foram mais de 1400 benfeitores de 35 países e, dessa maneira, ficou em quarto lugar como “a produção de maior arrecadação de benfeitores” na história do cinema da Espanha.
“O Maior Presente” já foi lançado em 18 países em 2018 e, neste ano, ainda estreia em mais 10 países. Chega ao Brasil em 19 de setembro, na rede Cinemark, trazido por Coragem Distribuidora. 
Conforme explica a distribuidora, “dependendo da procura, o longa poderá continuar mais tempo em cartaz e ampliar o circuito de cidades e cinemas”.
Para isso, disponibilizou um site por meio do qual os espectadores podem solicitar a exibição de “O Maior Presente” em sua cidade: http://www.coragemdistribuidora.com.br .
ACI Digital

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Santas Justa e Rufina, padroeiras dos oleiros

REDAÇÃO CENTRAL, 19 Jul. 19 / 05:00 am (ACI).- Santas Justa e Rufina são duas irmãs que foram martirizadas no tempo do imperador romano Diocleciano por se negarem a contribuir no culto de uma imagem de barro que representava a deusa pagã Salambona.

As duas santas nasceram nos anos 268 e 270, respectivamente, em Sevilha (Espanha), no seio de uma família muito modesta, mas de costumes firmes e sólida fé cristã.
Seus pais faleceram quando eram muito novas, por isso, o Bispo da cidade, amigo da família, costumava visitá-las para incentivá-las a perseverar na virtude e que empreendessem um ofício que lhes servisse para ganhar a vidade maneira honrada.
As irmãs começaram a vender recipientes de cerâmica e, para se manterem fortes, costumavam participar da Missa e rezavam durante longos períodos.
Eram especialmente caritativas com os pobres, com os quais eram muito generosas. Entretanto, a maior preocupação de ambas era a conversão dos pagãos. Rezavam constantemente por eles e sempre que tinham uma oportunidade, aproveitavam para anunciar o Evangelho e ensinar as verdades da fé aos gentios.
Um dia, durante a festa em honra a Vênus, algumas mulheres que percorriam as ruas da cidade com um ídolo da deusa Salambona em seus ombros pediram a Justa e Rufina uma esmola para a festa e que adorassem o ídolo. Ambas se negaram e quebraram a imagem, provocando a ira dos idólatras que se lançaram contra elas.
Diogeniano, prefeito de Sevilha, mandou prendê-las, interrogou-as e ameaçou-as com cruéis tormentos se continuassem na religião cristã. Por sua parte, as santas se opuseram e afirmaram que elas só adoravam Jesus Cristo.
“Isso que chamam de deusa Salambona não era nada mais do que um desprezível artefato de barro cozido; nós adoramos o único Deus verdadeiro que está nos Céus e seu Filho Jesus Cristo que se fez homem e morreu por nós, para nos salvar de nossos pecados...”, disseram as santas.
Por volta do ano 290, depois de muitas torturas, Santa Justa partiu para a Casa do Pai por causa do seu enfraquecimento, enquanto Santa Rufina foi degolada por ordem de Diogeniano.
Ambas foram nomeadas padroeiras de Sevilha, dos grupos de oleiros e dos vendedores de cerâmica. Seus restos mortais são venerados em Sevilha desde o tempo de seu martírio até a chegada dos muçulmanos, em 711, quando foram escondidos para sua proteção.
No século passado, seus restos mortais foram descobertos em Alcalá de los Azules, em Cádiz. Além disso, sob a Igreja da Trindade, em Sevilha, são conservados os cárceres em que foram presas e torturadas. 
ACI Digital

quarta-feira, 17 de julho de 2019

A Igreja recorda 16 carmelitas mártires decapitadas na Revolução Francesa

REDAÇÃO CENTRAL, 17 Jul. 19 / 05:00 am (ACI).- No dia seguinte à festa de Nossa Senhora do Carmo, recorda-se hoje as 16 carmelitas de Compiègne (França), que foram decapitadas por ódio à fé durante a Revolução Francesa, como foi profetizado 100 anos antes de sua morte.

As carmelitas se estabeleceram em Compiègne em 1641 e, fiéis ao espírito de Santa Teresa, ganharam a estima dos moradores. Entretanto, durante a Revolução Francesa, seu convento foi fechado e as religiosas foram forçadas a viver como seculares segundo a lei revolucionária de 1790.
Dias depois, foram obrigadas a assinar o chamado “juramento revolucionário” (liberdade, igualdade e fraternidade) para não serem deportadas e a comunidade passou a residir em quatro casas diferentes.
Passado um tempo, a priora Teresa de Santo Agostinho propôs a suas irmãs que fizessem novamente uma estrita vida conventual, como se não tivessem sido exclausuradas. Desse modo, e apesar de estarem em diferentes casas, viveram a obediência a sua superiora.
Algumas pessoas perceberam e denunciaram ao Comitê de Saúde Pública, que imediatamente investigou as casas e colheu “provas de vida conventual” como uma estampa do Sagrado Coração, cartas e escritos. Isso foi visto como um complô secreto para o “restabelecimento da monarquia e o desaparecimento da República”.
Foram detidas, embora algumas tenham conseguido escapar. Então, as carmelitas concordaram de retirar o juramento revolucionário. Quando lhes foi pedido que voltassem a assiná-lo, disseram que não fariam e foram acusadas de “conspirar contra a revolução”.
Foram levadas a Paris com as mãos amarradas sobre duas carroças. Ao chegar, colocaram-nas na prisão da Conciergerie, antessala da guilhotina, junto com outros presos, religiosos e seculares.
Presas, as carmelitas se tornaram um modelo de piedade e firmeza na fé. Continuaram com suas orações e conseguiram festejar Nossa Senhora do Carmo em 16 de julho com muita alegria e solenidade.
Em 17 de julho de 1794, compareceram diante do Tribunal Revolucionário e todas foram condenadas a morte.
Aos pés da guilhotina, cantaram o “Te Deum”, renovaram suas promessas e votos e subiram uma a uma para oferecer sua vida dando um corajoso testemunho de Cristo.
Assim, cumpriu-se o que cem anos antes uma religiosa da mesma comunidade de Compiègne havia visto em uma espécie de sonho ou revelação, na qual todas as carmelitas do mosteiro estavam vestidas de branco e levando a palma do martírio.
Foram beatificadas por São Pio X em 1906.
ACI Digital

terça-feira, 16 de julho de 2019

Nossa Senhora do Carmo, a mais bela flor do jardim de Deus

REDAÇÃO CENTRAL, 16 Jul. 19 / 05:00 am (ACI).- Segundo a tradição, no dia 16 de julho de 1251, São Simão Stock, superior dos Carmelitas, encontrava-se em profunda oração rogando por seus religiosos perseguidos quando a Virgem lhe apareceu com o hábito da Ordem na mão e entregou-lhe o escapulário.

Tempos depois, a devoção a Nossa Senhora do Carmo foi florescendo e a espiritualidade carmelita se estendeu por vários lugares do mundo.
A festa de Nossa Senhora do Carmo, que se celebra a cada 16 de julho, é ainda símbolo do encontro entre a Antiga e a Nova Aliança, porque foi no monte Carmelo (vocábulo hebreu que significa jardim) onde o profeta Elias defendeu a fé do povo escolhido contra os pagãos.
Elias e Eliseu permaneceram no Monte Carmelo e com seus discípulos viveram de maneira contemplativa, como eremitas em oração. Em meados do século XII de nossa era, São Bertolo fundou a Ordem do Carmelo e vários sacerdotes foram viver no Carmelo como eremitas.
Por volta de 1205, Santo Alberto, patriarca de Jerusalém, entregou aos eremitas do Carmelo uma regra de vida, que foi aprovada pelo Papa Honório III em 1226. Eles tinham a missão de viver na forma de Elias e de Maria Santíssima, a quem veneravam como a Virgem do Carmo.
No século XIII, o Papa Inocêncio IV concedeu aos carmelitas o privilégio de ser incluídos entre as ordens mendicantes junto com os franciscanos e dominicanos. Os carmelitas passaram por algumas reformas, sendo a maior delas a realizada por Santa Teresa d´Ávila (Santa Teresa de Jesus) e São João da Cruz. Através dos séculos, esta espiritualidade deu muitos santos à Igreja.
Oração à Nossa Senhora do Carmo
Ó bendita e imaculada Virgem Maria, honra e esplendor do Carmelo! Vós que olhais com especial bondade para quem traz o vosso bendito escapulário, olhai para mim benignamente e cobri-me com o manto de vossa fraqueza com o vosso poder, iluminai as trevas do meu espírito com a vossa sabedoria, aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade. Ornai minha alma com a graça e as virtudes que a tornem agradável ao vosso divino Filho. Assisti-me durante a vida, consolai-me na hora da morte com a vossa amável presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho e servo dedicado; e lá do céu, eu quero louvar-vos e bendizer-vos por toda a eternidade.
Nossa Senhora do Carmo libertai as benditas almas do purgatório. Amém!
ACI Digital

segunda-feira, 15 de julho de 2019

Papa nomeia Card. da Rocha membro da Congregação para o Clero

Cardeal Sérgio da Rocha agora é membro da Congregação para o Clero
Cardeal Sérgio da Rocha agora é membro da Congregação para o Clero
Cidade do Vaticano
O Papa Francisco nomeou neste sábado (13/07) novos membros para a Congregação para o Clero.
Entre os cardeais, há um brasileiro: o arcebispo de Brasília, Sérgio da Rocha. Os demais escolhidos são: Anders Arborelius, bispo de Estocolmo (Suécia); Giuseppe Petrocchi, arcebispo de L'Aquila (Itália); Baltazar Enrique Porras Cardozo, administrador apostólico de Caracas e arcebispo de Mérida (Venezuela).
Também foram nomeados os seguintes bispos e arcebispos: Filippo Iannone, presidente do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos; Milton Luis Tróccoli Cebedio, bispo de Maldonado-Punta del Este (Uruguai); Michel Aupetit, arcebispo de Paris (França); Robert Francis Prevost, bispo de Chiclayo (Peru); Juan de la Caridad García Rodríguez, arcebispo de Havana (Cuba).
Integram a Congregação outros dois cardeais brasileiros: João Braz de Aviz, prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, e Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo.
A competência da Congregação para o Clero está atualmente indicada nos artigos 93-98 da Constituição Apostólica Pastor Bonus, sendo articulada em quatro Seções:
1. “Seção Clero”: reúne, sugere e promove iniciativas para a santidade e a atualização intelectual e pastoral do Clero (Sacerdotes diocesanos e diáconos) e para a sua formação permanente; exerce vigilância sobre os Capítulos Catedralícios, os Conselhos Pastorais, os Conselhos Presbiterais, os párocos, todos os clérigos que exercem o ministério pastoral, etc., as ofertas das Missas, as pias fundações, pias doações, oratórios, igrejas, santuários, arquivos eclesiásticos e bibliotecas; promove uma distribuição mais adequada do clero no mundo.
2.- “Seção Seminários”: com o Motu Proprio Ministrorum institutio“  de 16 de Janeiro de 2013, o Papa Bento XVI atribuiu à Congregação para o Clero a competência sobre todos os Seminários, com exceção daqueles dependentes das Congregações para as Igrejas Orientais e para a Evangelização para os Povos, e transferiu ao mesmo Dicastério a Pontifícia Obra para as Vocações Sacerdotais (erigida com o Motu Proprio Cum nobis, de SS. Pio XII, 04 de novembro de 1941). Tal inovação recebeu maior impulso com o Decreto Conciliar Optatam totius, n. 2, 28 de outubro de 1965.
3.- “Seção Administrativa”: é competente em matéria de ordenamento e administração dos bens eclesiásticos pertencentes às pessoas jurídicas públicas. Além disso, concede as licenças para os negócios jurídicos previstos pelos cânones 1292 e 1295 CIC e das aprovações das taxas e dos tributos. Enfim, tem cuidado também da remuneração justa, da previdência por invalidez ou envelhecimento, da assistência sanitária do clero, etc.
4.- “Seção Dispensas”: Tal seção, que foi instituída com Carta N. 64.730/P, de 28 de dezembro de 2007, é competente para tratar, conforme o direito, as dispensas das obrigações decorrentes da sacra ordenação do Diaconato e do Presbiterato, dos clérigos diocesanos e religiosos da Igreja Latina e das Igrejas Orientais.
O antigo Studium (Curso de Prática Administrativo-Canônica) está anexado à Congregação para o Clero e foi reconhecido oficialmente pelo Papa Bento XV, com Decreto do dia 28 de outubro de 1919, para que os sacerdotes jovens adquirissem prática no exercício ordinário e regular dos temas eclesiásticos e em particular na aplicação das leis canônicas no âmbito administrativo.
Instituto "Sacrum Ministerium", a partir do Ano Letivo 1994-1995, foi anexado à Congregação para o Clero, para a formação dos responsáveis pela formação permanente dos sacerdotes. No mesmo ano, iniciou-se a publicação semestral da revista com o mesmo nome. Tal publicação representa um auxílio aos Ordinários, Sacerdotes, demais clérigos, nos âmbitos formativos do ministério pastoral, no vasto universo da formação permanente.
www.vaticannews.va/pt

São Boaventura, o “Doutor Seráfico”

REDAÇÃO CENTRAL, 15 Jul. 19 / 05:00 am (ACI).- “O gozo espiritual é o melhor sinal de que a graça habita em uma alma”, escreveu uma vez São Boaventura, Doutor da Igreja, conhecido como “Doutor Seráfico”, por seus escritos cheios de fé e amor ao Senhor. Sua festa é celebrada neste dia 15 de julho.

São Boaventura nasceu na Itália por volta de 1221. Depois de tomar o hábito da ordem franciscana, estudou na Universidade de Paris (França). Posteriormente, ensinou Teologia e Sagrada Escritura nesse mesmo centro de estudos.
Dedicava muito tempo à oração e seu rosto alegre e sereno era o reflexo de sua alma. Entretanto, começou a se considerar indigno, cheio de faltas, e algumas vezes se abstinha de comungar, embora sua alma desejasse receber a Eucaristia com todo seu amor.
Mas, Deus lhe mostrou sua misericórdia e teve uma revelação divina em que recebeu a comunhão. Desde aquele dia, São Boaventura comungou normalmente e depois se preparou para receber a ordem sacerdotal.
Compôs seu “Comentário às Sentenças de Pedro Lombardo”, que é uma grande suma de teologia escolástica. “A maneira como se expressa sobre a teologia, indica que o Espírito Santo falava por sua boca”, dizia o Papa Sisto IV sobre esta obra.
Nessa época, foi desencadeado um ataque de alguns professores da Universidade de Paris contra os franciscanos, produto da inveja e desconforto que geravam os êxitos pastorais da vida santa dos membros da ordem.
O Papa interveio e, depois de uma investigação, devolveu aos filhos de São Francisco suas cadeiras. Em 1257, São Boaventura e Santo Tomás de Aquino receberam o título de doutores.
São Boaventura foi eleito superior geral dos frades menores e assumiu uma ordem dividida entre os que pediam uma severidade inflexível e os que desejavam que se mitigasse a regra original. Dessa maneira, o santo começou a escrever a vida de São Francisco de Assis.
Em uma ocasião, Santo Tomás de Aquino foi visitar Boaventura quando escrevia sobre “o pobre de Assis”. Ao chegar, encontrou-o em sua cela em plena contemplação e Santo Tomás se retirou dizendo: “Deixemos um santo trabalhar por outro santo”. Esta obra biográfica se chamou “Lenda Maior”.
Foi nomeado Cardeal Bispo de Albano e chamado imediatamente para Roma. O Papa Gregório X lhe encomendou a preparação dos temas do Concílio ecumênico de Lyon sobre a união com os gregos ortodoxos, no qual participou ativamente.
Renunciou a seu cargo de superior geral da ordem e pouco tempo depois partiu para a Casa do Pai, na noite de 14 para 15 de julho de 1274, em Lyon.
ACI Digital

domingo, 14 de julho de 2019

XV Domingo do tempo comum: “QUEM É O MEU PRÓXIMO?”

+ Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
“Mestre, que devo fazer para receber em herança a vida eterna?” (Lc 10,25). Jesus responde esta pergunta em dois momentos. O primeiro, após recordar o mandamento do amor a Deus e ao próximo, ele diz: “Faze isso e viverás” (Lc 10,28). Contudo, naquele tempo, os mestres da Lei discutiam a respeito de quem seria precisamente “o próximo”, com diferentes posições. A tendência predominante era excluir da definição de “próximo” os inimigos e os que não faziam parte do povo de Israel. Por isso, num segundo momento, Jesus conta a “parábola do bom samaritano” transmitindo uma compreensão justa de quem é o próximo e de como tratá-lo.  No final, ele conclui a sua resposta dizendo: “Vai e faze a mesma coisa” (Lc 10,37), ensinando-nos a ter “compaixão” e “usar de misericórdia” para com o próximo.
De acordo com a parábola, o próximo é, acima de tudo, quem necessita de nós, por estar caído no caminho, ferido e abandonado, seja amigo ou não, seja conhecido ou não, seja da mesma raça ou não. A estrada, de cerca de 30 km, entre Jerusalém e Jericó era perigosa, com bandos armados ameaçando os viajantes, o que dificultava receber ajuda em casos de extrema violência, como descrito na parábola. As dificuldades existentes na relação entre os judeus e os samaritanos tornavam o gesto misericordioso do samaritano ainda mais significativo. O samaritano reconheceu o outro como o próximo a ser amado.
É preciso aproximar-se de quem sofre com compaixão e misericórdia, a fim de cuidar dos feridos e de levantar os caídos. Há muita gente sofrida e caída pelo caminho à espera de um bom samaritano que a levante, anime e conduza. Esta é a atitude dos verdadeiros discípulos de Cristo e praticantes da Palavra de Deus: usar de misericórdia, gastar nosso tempo, nossas energias e nossos bens com quem necessita do nosso amor fraterno e solidário.
A quem achar difícil demais ou fora do seu alcance praticar a Palavra de Deus, o livro do Deuteronômio afirma: “Ao contrário, esta palavra está bem ao teu alcance, está em tua boca e em teu coração, para que a possas cumprir” (Dt 30,14). Nós cumprimos a Palavra, animados pela fé em Jesus Cristo, sustentados pelo poder de Deus. S. Paulo ressalta a soberania e a primazia de Cristo, no belo hino transmitido em sua carta aos Colossenses (Cl 1,15-20). Motivados pelo Evangelho, elevemos a nossa oração a Jesus, a fim de imitar o samaritano e, deste modo, responder com generosidade à sua palavra: “Vai e faze o mesmo!”
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF