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sábado, 12 de junho de 2021

São João de Sahagun

S. João de Sahagun | ArquiSP
12 de junho

São João de Sahagun

João Gonzáles de Castrillo, filho de nobres e cristãos, nasceu em 1430 na cidade de Sahagun, reino de León, Espanha. Estudou na sua cidade natal com os monges beneditinos da abadia de São Facundo, recebendo a ordenação sacerdotal em 1453.

O arcebispo de Burgos nomeou-o seu pajem e depois cônego e capelão da diocese. Depois da morte do bispo, João doou todos os seus bens, menos uma residência, onde construiu a capela de Santa Agnes, em Burgos. Devoto da Santíssima Eucaristia, celebrava a missa diariamente, ministrando o sacramento, pregando para a população pobre e ignorante. Essa era sua maneira de catequizar. Mas depois João afastou-se para cursar teologia na faculdade de Salamanca. Porém, antes de retornar à sua diocese, deixou sua marca naquela cidade.

Consta dos registros oficiais que, certa vez, a comunidade dividiu-se em dois partidos antagônicos e a disputa saiu do campo das idéias para chegar a uma luta de vida e morte. Entretanto, antes que a batalha iniciasse, João colocou-se entre os dois, pregou, orientou, aconselhou e um pacto de paz foi assinado entre eles para nunca mais haver derramamento de sangue. Desde então ganhou o apelido de "O Pacificador".

O seu fervor ao celebrar o santo sacrifício emocionava os fiéis, que em número cada vez maior acorria para ouvir seus ensinamentos. Um fato foi relatado sobre ele e que todos aqueles que estavam dentro da igreja também presenciaram: a forma do corpo de Jesus em uma de suas consagrações. Com isso passou a ser o conselheiro espiritual de todos na cidade e todos seguiam seus conselhos.

Em 1463, ele foi acometido de uma doença muito grave. Na ocasião, decidiu que, depois de curado, entraria para uma ordem religiosa. No ano seguinte, ingressou na Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, em Salamanca. Conhecido como João de Sahagun, logo foi o noviço sênior, enquanto continuava a pregar em público, tornando seus sermões cada vez mais eloqüentes e destemidos.

Consta que, durante uma de suas pregações, condenava com veemência os poderosos e, ao perceber a presença de um duque que se sentiu atingido pelo discurso, disse diretamente a ele que não temia a morte, como se adivinhasse seus pensamentos.

Chamado de apóstolo de Salamanca, foi eleito prior da comunidade em 1478. Ele mesmo previu a sua morte. Que ocorreu como uma conseqüência dos dons que possuía de enxergar o coração das pessoas e de aconselhá-las, para conseguir a conversão e a remissão da vida pecadora desses cristãos. Ele foi envenenado, por vingança de uma ex-amante, cujo companheiro, convertido por ele, a abandonou para voltar à vida familiar cristã.

João de Sahagun morreu em 11 de junho de 1479. Venerado ainda em vida por sua santidade, depois da morte as graças e milagres por sua intercessão continuaram a ocorrer. O seu culto foi autorizado para o dia 12 de junho, quando foi declarado santo pela Igreja, em 1690. A cidade de Salamanca considera são João de Sahagun um dos seus padroeiros.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Fonte: Arquidiocese de São Paulo

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Lançada a pedra fundamental do Santuário de Frei Galvão

Aleteia

Projeto de santuário dedicado ao primeiro santo brasileiro surgiu logo após a canonização em 2007.

Foi lançada a pedra fundamental do futuro Santuário de Frei Galvão, a ser construído em Guaratinguetá, na arquidiocese de Aparecida.

A bênção do terreno, aliás, foi dada pelo arcebispo emérito de Aparecida, cardeal Raymundo Damasceno Assis, que também presidiu a Santa Missa por ocasião desse histórico lançamento na manhã do sábado passado, 5 de junho. Fez parte da cerimônia o plantio de vinte mudas de árvores regadas com água trazida de nascentes locais, igualmente abençoadas pelo cardeal.

Participaram da cerimônia dom João Bosco, bispo de Osasco; o frei Diego Melo, reitor do santuário; o frei César Külkamp, ministro provincial; o padre Carlos Eduardo Catalfo, reitor do Santuário Nacional de Aparecida; e o padre Wagner Ferreira da Silva, vice-presidente da Canção Nova, junto com outros sacerdotes, religiosas e religiosos, seminaristas e fiéis leigos.

O cardeal Damasceno destacou o caráter histórico do evento para a arquidiocese de Aparecida e para a cidade de Guaratinguetá, recordando que o novo santuário será dedicado “a um filho desta terra: o primeiro brasileiro a ser declarado santo”. O frei Galvão, de fato, nasceu em Guaratinguetá no ano de 1739 e ali passou toda a sua infância. Somente aos 13 anos é que foi enviado pelos pais ao seminário jesuíta de Cachoeira, na Bahia.

Dom Damasceno contou também que a iniciativa de se erigir um santuário dedicado ao frei Galvão começou a tomar forma logo após a sua canonização, em 2007.

Em 2018, a prefeitura de Guaratinguetá aprovou o projeto, que contará com área construída de 52.016,42 m². A igreja terá capacidade para receber 3 mil fiéis. Serão erguidas ainda as capelas do Santíssimo Sacramento, de São José e das confissões, a Praça de Celebrações com capacidade para acolher 10 mil fiéis, uma estátua de 28 metros de altura representando o frei Galvão, um mirante para até 70 pessoas e um Centro de Memória e Cultura com auditório, área de exposições e livraria, bem como estacionamentos e edifício administrativo.

Fonte: Aleteia

Decreto regulamenta os mandatos de governo nas associações internacionais de fiéis

Praça São Pedro  | Vatican News

Promulgada pelo Dicastério dos Leigos, da Família e da Vida e aprovada pelo Papa, a medida pretende promover uma saudável rotatividade nos cargos de governo para que a autoridade possa ser um autêntico serviço à comunhão contra o risco de personalismos e abusos. Possíveis dispensas para os fundadores.

Vatican News

O Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida emitiu um Decreto geral que regulamenta a duração e o número de mandatos de governo nas associações internacionais de fiéis e a necessária representação dos membros no processo de eleição do órgão de governo internacional. A medida, aprovada de forma específica pelo Papa Francisco e promulgada hoje, entrará em vigor dentro de três meses. Será vinculativa para todas as associações de fiéis e para outras entidades reconhecidas ou erigidas pelo Dicastério.

O objetivo do Decreto é promover "uma rotação saudável" nos cargos de governo, para que a autoridade seja exercida como um autêntico serviço que se articula em comunhão eclesial.

Uma Nota explicativa publicada pelo Dicastério junto com o Decreto, observa que o Papa Francisco, "em linha com seus antecessores, sugere de compreender as exigências exigidas pelo caminho de maturidade eclesial das agregações de fiéis na ótica da conversão missionária", indicando como prioridades "o respeito à liberdade pessoal, a superação da auto-referencialidade, dos unilateralismos e dos absolutismos, a promoção de uma sinodalidade mais ampla, assim como o bem precioso da comunhão".

A Nota evidencia que "não é raro que a falta de limites aos mandatos de governo fomente, naqueles chamados a governar, formas de apropriação do carisma, personalismos, centralização de funções assim como expressões de auto-referêncialidade, que facilmente causam graves violações da dignidade e da liberdade pessoais e, até mesmo, verdadeiros e próprios abusos. Um mau exercício de governo" - observa-se - "inevitavelmente cria conflitos e tensões que ferem a comunhão, enfraquecendo o impulso missionário".

Por outro lado, a experiência mostrou que "a mudança geracional dos órgãos de governo através da rotação das responsabilidades diretivas, traz grandes benefícios à vitalidade da associação: é uma oportunidade de crescimento criativo e um estímulo ao investimento formativo; revigora a fidelidade ao carisma; dá fôlego e eficácia à interpretação dos sinais dos tempos; encoraja novas e atuais formas de ação missionária".

Ao mesmo tempo, o Dicastério, "ciente do papel fundamental desempenhado pelos fundadores", reserva-se o direito de dispensá-los dos limites estabelecidos para os mandatos (Art. 5 do Decreto), "se considerar oportuno para o desenvolvimento e estabilidade da associação ou da entidade, e se tal dispensa correspondesse à clara vontade do órgão central de governo".

Em artigo para L'Osservatore Romano, o padre jesuíta Ulrich Rhode, decano da Faculdade de Direito Canônico da Pontifícia Universidade Gregoriana e consultor do Dicastério, assinala que, além das 109 entidades reconhecidas ou erigidas pelo Dicastério, o Decreto (com exceção do Art. 3) aplica-se também a outras entidades sujeitas à supervisão do Dicastério, incluindo o Caminho Neocatecumenal, a Organização Internacional de Serviço do Sistema das Células Paroquiais de Evangelização, a Organização Mundial dos Cursilhos de Cristiandade e o Serviço Internacional de Renovação Carismática Católica (CHARIS). Padre Rhode, portanto, afirma: "É de se esperar que muitas associações deverão convocar uma assembléia geral para decidir sobre as mudanças a serem feitas nos estatutos a serem submetidos ao Dicastério para a aprovação necessária. Existe uma urgência particular para aquelas associações nas quais os limites previstos pelo Decreto já foram ou serão superados durante o período do mandato em andamento".

Fonte: Vatican News

Hoje é celebrado o Dia Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes

ACI Digital

REDAÇÃO CENTRAL, 11 jun. 21 / 06:00 am (ACI).- Na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, a Igreja também celebra o Dia Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes, convocado pelo Santo Padre através da Congregação para o Clero.

“Peçamos também sacerdotes santos, formados ‘segundo o Sagrado Coração de Cristo’”, dizia São João Paulo II, o qual estabeleceu que este dia de oração seja realizado no dia do Coração de Jesus.

Oração pelos Sacerdotes (de Santa Teresa do Menino Jesus)

Ó Jesus, Sumo e Eterno Sacerdote, conservai os vossos sacerdotes sob a proteção do Vosso Coração Amabilíssimo, onde nada de mal lhes possa suceder.

Conservai puros e desapegados dos bens da terra os seus corações, que foram selados com o caráter sublime do Vosso Glorioso Sacerdócio.

Fazei-nos crer no seu amor e fidelidade para Convosco e preservai-os do contágio do mundo.

Dai-lhes também, juntamente com o poder que têm de transubstanciar o pão e o vinho em Vosso Corpo e Sangue, o poder de transformar os corações dos homens.

Abençoai os seus trabalhos com copiosos frutos e concedei-lhes um dia a coroa da vida eterna.

Amém!

Fonte: ACI Digital

SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

iCatolica

Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)

Eis o convite de Cristo nesta Solenidade do Sagrado Coração de Jesus em tempos de Pandemia, um convite para confiar em seu amor, em seu coração e aí encontraremos repouso e em paz viveremos, superando todas as adversidades, pois esperamos superar este momento difícil. Queremos refletir neste pequeno artigo sobre a Solenidade do Sagrado Coração, que por sua vez liturgicamente celebramos, compreender ainda historicamente, esta devoção popular que muito ajuda a Espiritualidade cristã e a cada batizado a ser fiel ao seu compromisso com o Amor à Cristo. Faremos um percorrido histórico sobre a devoção do Sagrado Coração de Jesus e finalizaremos com uma breve hermenêutica teológica referente a liturgia desta solenidade.

Os Santos Padres muitas vezes falaram do “Coração de Cristo” como símbolo de seu Amor, tomando-o da Escritura: “Beberemos da água que brotaria de seu Coração quando saiu sangue e água” (Jo 7,37; 19,35). Na Idade Média, São Boaventura considerava como modelo de nosso amor, paciente por nossos pecados, a quem devemos reparar entregando-lhe nosso coração. No século XVII estava muito expandida esta devoção. São João Eudes, já em 1670, introduziu a primeira festa pública do Sagrado Coração. Em 1673, Santa Margarida Maria de Alacoque começou a ter uma série de revelações que a levaram à santidade e ao impulso de formar uma equipe de apóstolos desta devoção. Com seu zelo conseguiram um enorme impacto na Igreja, desde aí está devoção se solidificou de maneira mais quantitativa e qualitativa. Fundando assim o Apostolado da Oração, que pretende conseguir nossa santificação pessoal e a salvação do mundo mediante esta devoção, contava já em 1917 com 20 milhões de associados. E em 1960 chegava ao dobro em todo o mundo. A maior instituição de todo o mundo. Em 1856 Pio IX estendeu sua festa a toda a Igreja. Em 1899 Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus (o Equador tinha se consagrado em 1874).

Passando séculos, agora na modernidade São João Paulo II, sempre cultivou essa devoção e sempre a incentivou a todos que desejam crescer na amizade com Jesus. Em 1980, no dia do Sagrado Coração, ele afirmou: “Na solenidade do Sagrado Coração de Jesus, a liturgia da Igreja concentra-se, com adoração e amor especial, em torno do mistério do Coração de Cristo. Quero, hoje, dirigir, juntamente convosco, o olhar dos nossos corações para o mistério desse coração. Ele falou-me desde a minha juventude. A cada ano, volto a esse mistério no ritmo litúrgico do tempo da Igreja”. Seguindo pelo Papa Emérito Bento XVI, em uma de suas homilias no ano sacerdotal, em 2010, afirma: “Celebramos a festa do Sagrado Coração de Jesus e, com a liturgia, por assim dizer lançamos um olhar dentro do Coração de Jesus que, na morte, foi aberto pela lança do soldado romano. Sim, o seu Coração está aberto por nós e aos nossos olhos; e deste modo está aberto o Coração do próprio Deus”, realiza uma comparação ao Sagrado Coração com o Bom Pastor, aquele que dá a vida por suas ovelhas.

Atualmente nosso Santo Padre, Papa Francisco: No primeiro Ângelus deste mês, o Pontífice recordou que o mês de junho é dedicado de modo particular ao Coração de Cristo, uma devoção que une os grandes mestres espirituais e as pessoas simples do povo de Deus. “O Coração humano e divino de Jesus – disse ele – é a fonte onde sempre podemos haurir a misericórdia, o perdão, a ternura de Deus. Podemos ir à esta fonte detendo-nos sobre uma passagem do Evangelho, sentindo que no centro de todo gesto, de toda palavra de Jesus está o amor, o amor do Pai. E podemos fazê-lo também adorando a Eucaristia, onde este amor está presente no Sacramento. Então – conclui Francisco –, também o nosso coração, pouco a pouco, se tornará mais paciente, mais generoso, mais misericordioso. “Jesus, faz com que meu coração se assemelhe ao Seu”, foi a oração do Santo Padre, afirmando ter aprendido com a sua avó a recitar essas palavras, convidando os fiéis a fazerem o mesmo.

Para finalizar nossa reflexão, realizando assim uma exegese histórica desta devoção e uma compreensão exegética desta devoção litúrgica, que por sua importância tornou-se Solenidade, refletimos em Oséias, capítulo 11, primeira leitura, se distingue pela amplidão de horizontes e a elevação de pensamento. É aí apresentado o amor de Deus por Israel sob a imagem de um pai que alimenta, guia e ama seu filho. Este amor é tão grande que, apesar de Israel se ter tornado indigno dele, Deus não quer a punição, mas a misericórdia.

A Solenidade do Sagrado Coração de Cristo nos convida a refletir: a pensar mais em nós do que nele, para chegarmos a entrever seu amor; a ver que somos fruto do seu amor, e que por isso devemos também ser amor para Ele. Dessa reflexão brotará um canto de libertação (cf. Salmo Responsorial: Is 12). Na segunda leitura (Ef 3,8-12.14-19) podemos compreender o desejo mais profundo do homem é amar e ser amado. Um amor não correspondido é um tormento tão grande que pode levar à loucura e ao suicídio. Não sem motivo, o Concílio nos lembra que “Deus não criou o homem deixando-o só; desde o princípio criou-os homem e mulher” (Gn 1,27), e a sua união constitui a primeira forma de comunhão de pessoas (GS 12). E no Evangelho de João 19, 31-37, compreende a uma exaltação do Amor; mostra que tudo é devido ao amor; da criação à redenção, o eterno destino de glória na plenitude do Amor-Deus. Nada mais viril, nada mais forte do que o amor divino-humano do Cristo, nada mais valoroso, mais nobre do que reconhecer e retribuir este amor. Eis a relação do homem com o Sagrado Coração, uma relação de amor, que gera e produz frutos, principalmente nesse momento de fragilidade humana, compreender o AMOR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS À TODOS, onde nos impulsiona a amá-lo, respeitá-lo e confiar em amor incondicional principalmente em tempos difíceis, como a atual conjuntura de pandemia, por isso:  “Aprendei de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso” (Mt. 29,11).

CNBB

quinta-feira, 10 de junho de 2021

A menina chinesa que morreu por reparar uma ofensa à Eucaristia

Jarretera I Shutterstock
Por Prof. Felipe Aquino

A pequena mártir que inspirou Fulton Sheen a dedicar uma hora por dia à adoração eucarística durante toda a vida.

Alguns meses antes de sua morte, o Bispo Fulton J. Sheen foi entrevistado pela rede nacional de televisão: “Bispo Sheen, milhares de pessoas em todo o mundo inspiram-se em você. Em quem você se inspirou? Foi por acaso em algum Papa?”.

O Bispo Sheen respondeu que sua maior inspiração não foi um Papa, um Cardeal, ou outro Bispo, sequer um sacerdote ou freira. Foi uma menina chinesa de onze anos de idade.

Explicou que quando os comunistas apoderaram-se da China, prenderam um sacerdote em sua própria reitoria, próximo à Igreja. O sacerdote observou assustado, de sua janela, como os comunistas invadiram o templo e dirigiram-se ao santuário. Cheios de ódio profanaram o tabernáculo, pegaram o cálice e, atirando-o ao chão, espalharam-se as hóstias consagradas.

Eram tempos de perseguição e o sacerdote sabia exatamente quantas hóstias havia no cálice: trinta e duas.

Ato de reparação

Quando os comunistas retiraram-se, talvez não tivessem percebido, ou não prestaram atenção, a uma menininha, que rezando na parte detrás da igreja, viu tudo o que ocorreu. À noite, a pequena regressou e, escapando da guarda posta na reitoria, entrou no templo. Ali, fez uma hora santa de oração, um ato de amor para reparar o ato de ódio. Depois de sua hora santa, entrou no santuário, ajoelhou-se, e inclinando-se para frente, com sua língua recebeu Jesus na Sagrada Comunhão. (Naquele tempo não era permitido aos leigos tocar a Eucaristia com suas mãos).

A pequena continuou regressando a cada noite, fazendo sua hora santa e recebendo Jesus Eucarístico na língua. Na trigésima noite, depois de haver consumido a última hóstia, acidentalmente fez um barulho que despertou o guarda. Este correu atrás dela, agarrou-a, e golpeou-a até mata-la com a parte posterior de sua arma.

Este ato de martírio heroico foi presenciado pelo sacerdote enquanto, profundamente abatido, olhava da janela de seu quarto convertido em cela.

Promessa

Quando o Bispo Sheen escutou o relato, inspirou-se de tal maneira que prometeu a Deus que faria uma hora santa de oração diante de Jesus Sacramentado todos os dias, pelo resto de sua vida. Se aquela pequena pôde dar testemunho com sua vida da real e bela Presença do seu Salvador no Santíssimo Sacramento então, o bispo via-se obrigado ao mesmo. Seu único desejo desde então seria atrair o mundo ao Coração ardente de Jesus no Santíssimo Sacramento.

A pequena ensinou ao Bispo o verdadeiro valor e zelo que se deve ter pela Eucaristia; como a fé pode sobrepor-se a todo medo e como o verdadeiro amor a Jesus na Eucaristia deve transcender a própria vida.

Uma sugestão…

ORAÇÃO PARA ANTES DA COMUNHÃO – (São Tomás de Aquino)

Ó DEUS eterno e todo poderoso, eis que me aproximo do Sacramento de Vosso Filho único, Nosso Senhor Jesus Cristo.

Impuro, venho à fonte da misericórdia; cego, à luz da eterna claridade, pobre e indigente, ao Senhor do Céu e da terra. 

Imploro pois a abundância de Vossa imensa liberalidade para que Vos digneis curar minha fraqueza, lavar minhas manchas, iluminar minha cegueira, enriquecer minha pobreza, e vestir minha nudez.

Que eu receba o Pão dos Anjos, o Rei dos Reis e o Senhor dos Senhores, com o respeito e a humildade, a pureza e a fé, o propósito e a intenção que convém à salvação de minha alma.

Dai-me receber não só o Sacramento do Corpo e do Sangue do Senhor, mas também Seu efeito e sua força.

Ó Deus de mansidão, dai-me acolher com tais disposições o corpo que Vosso Filho único, Nosso Senhor JESUS CRISTO, recebeu da Virgem Maria, que eu seja incorporado a Seu corpo místico e contado entre seus membros.

Ó Pai cheio de amor, fazei que, recebendo agora o Vosso Filho sob o véu do sacramento, possa na eternidade contemplá-lo face a face. Ele que Convosco vive e reina na unidade do ESPIRITO SANTO. Amém.

ORAÇÃO PARA DEPOIS DA COMUNHÃO – (São Tomás de Aquino)

Eu Vos dou graças, ó Senhor Pai Santo, DEUS eterno e todo poderoso, porque sem mérito algum de minha parte, mas somente pela condescendência de Vossa misericórdia, Vos dignastes saciar-me a mim pecador, Vosso indigno servo, com o sagrado Corpo e precioso Sangue de Vosso Filho Nosso Senhor JESUS CRISTO.

E peço que esta santa comunhão não me seja motivo de castigo, mas salutar garantia de perdão.

Seja para mim armadura da fé, escudo de boa vontade e libertação dos meus vícios.

Extinga em mim a concupiscência e os maus desejos, aumente a caridade e a paciência, a humildade e a obediência e todas as virtudes.

Defenda-me eficazmente contra as ciladas dos inimigos, tanto visíveis como invisíveis.

Pacifique inteiramente todas as minhas paixões, unindo-me firmemente a Vós, DEUS uno e verdadeiro, feliz consumação de meu destino.

E peço que Vos digneis conduzir-me, a mim pecador, a aquele inefável convívio em que Vós com o Vosso FILHO e o ESPÍRITO SANTO, Sois para os Vossos Santos a luz verdadeira, a plena saciedade e a eterna alegria, a ventura completa e a felicidade perfeita.

Por CRISTO Nosso Senhor. Amém.

Fonte: Aleteia

“A oração é o respiro da vida”, assegura o Papa Francisco

Guadium Press
O Pontífice insistiu sobre a necessidade da oração constante: “Rezar continuamente ao longo do dia, mesmo trabalhando ou desenvolvendo as múltiplas tarefas da vida”.

Cidade do Vaticano (09/06/2021 15:22, Gaudium Press) A Audiência Geral desta quarta-feira, 9 de junho, realizada no Pátio São Dâmaso, seguiu a sequência de catequeses sobre a oração. O Papa Francisco insistiu sobre a necessidade da oração constante: “Rezar continuamente ao longo do dia, mesmo trabalhando ou desenvolvendo as múltiplas tarefas da vida”.

Como orar a todo momento?

“Mas, como você consegue orar a todo momento? São Paulo em sua Carta aos Tessalonicenses, dá a chave: É ‘a oração do coração’, que consiste em repetir com Fé: ‘Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, tem piedade de mim, que sou um pecador!’”, destacou.

Esta é uma oração “muito bonita” que pode ser repetida constantemente e “se adapta ao ritmo da respiração e se estende ao longo do dia. Com efeito, a respiração nunca para, nem sequer quando dormimos. A oração é o respiro da vida”.

https://youtu.be/HtPPwSFeEVM

Deus se lembra sempre de cada um nós

“Certamente, pôr em prática estes princípios não é fácil. Um pai e uma mãe, ocupados em mil afazeres, podem sentir saudade de um período da sua vida, quando era fácil encontrar tempos regulares e espaço para a oração. Depois, os filhos, o trabalho, as ocupações da vida familiar, os pais que envelhecem. Tem-se a impressão de nunca conseguir concluir tudo. Por isso é bom pensar que Deus, nosso Pai, o qual tem de cuidar de todo o universo, se lembra sempre de cada um de nós. Por conseguinte, também nós devemos recordá-Lo sempre!”, explicou Francisco.

É desumano não ter tempo para orar

A oração, que é o “respiro” de tudo, continua sendo o pano de fundo vital do trabalho, até nos momentos em que não é explícita. É desumano estar tão absorvido pelo trabalho a ponto de não encontrar tempo para a oração. Ao mesmo tempo, uma oração que está alienada da vida não é saudável”.

Por fim, o Pontífice recordou a solenidade do Sagrado Coração de Jesus, que será celebrada na próxima sexta-feira, na qual “se realça o amor de Deus [que] se deu a conhecer a toda a humanidade”. Convidando os fiéis “a olhar com confiança para o Sagrado Coração de Jesus e a repetir com frequência, especialmente durante este mês de junho: ‘Jesus, manso e humilde de coração, transforma os nossos corações e ensina-nos a amar a Deus e ao próximo com generosidade”. (EPC)

https://gaudiumpress.org/

Juiz federal suspende lei do aborto na Argentina

Imagem referencial. Crédito: Picsea on Unsplash

Buenos Aires, 09 jun. 21 / 10:41 am (ACI).- O juiz federal de Mar del Plata, na Argentina, Alfredo López, ordenou a suspensão em todo o país da aplicação da lei que liberou o aborto. Segundo o juiz, a lei viola os tratados internacionais aos quais o Estado aderiu em defesa da vida desde a concepção.

O cidadão Héctor Adolfo Seri, apoiado pelo advogado Mauro D'ipolito Blancat, interpôs recurso de amparo para declarar a inconstitucionalidade da lei do aborto, aprovada em 30 de dezembro de 2020 pelo Congresso Nacional.

A lei do aborto “iria na direção oposta às obrigações internacionais assumidas pelo Estado argentino em virtude da proteção integral do direito à vida desde a concepção”, descreve o texto, que também pede que “seja expedida medida cautelar para ordenar a suspensão da resolução 1/2019”, protocolo do aborto terapêutico, por “estar em jogo o direito à vida do nascituro”.

O juiz Alfredo López, do Juizado Federal nº 4 de Mar del Plata, acatou o pedido e suspendeu a aplicação da lei no país e afirmou sua “condição de católico e respeitador da vida humana não consiste em óbice para a intervenção”. López disse que a Corte Suprema “reafirmou, em pronunciamentos posteriores, o direito à preservação da saúde, incluída no direito à vida, e destacou a obrigação urgente do poder público de garantir esse direito com ações positivas”.

Nesse sentido, o juiz ordenou que o Estado, por meio do poder executivo, suspenda a aplicação da lei até que “o problema de fundo seja resolvido para que seja dada a sentença definitiva”.

Na Argentina, outras ações vêm sendo realizadas para tentar impedir a lei do aborto por parte de juízes com atuações em instâncias menores. Neste caso, o juiz federal que pode determinar uma ação de âmbito nacional.

A ação do juiz recebeu apoio no Twitter, através dos comentários dos usuários da rede social.

Facundo Gauto disse que “a revogação do aborto na Argentina começa hoje, 7 de junho, Dia Mundial do Direito ao Nascimento. Isso se chama justiça divina!!!”.

Carolica Castiglioni Cotter também expressou: “Hoje a Argentina é mais justa. Hoje o direito à vida de cada pessoa humana é reconhecido acima de qualquer outro direito. Hoje a CN (Constituição Nacional) é respeitada. Obrigado @JuezLopezMDP por deixar isso claro”.

Outro usuário, Alejandro Biondini, disse que a ação do juiz “é um grande triunfo em favor das nossas crianças não nascidas” e lembrou que “devemos trabalhar e votar bem nas eleições parlamentares para revogar definitivamente essa lei genocida no Congresso”.

Fonte: ACI Digital

CNBB manifesta solidariedade diante de ataques ao Povo Yanomami

Yanomami  (@Cimi) | Vatican News

Unidade e solidariedade são os sentimentos manifestados pela presidência da CNBB a dom Mário Antônio da Silva, bispo de Roraima diante dos ataques sofridos pelo povo Yanomami da região do rio Uraricoera.

Vatican News

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nas pessoas de dom Walmor Oliveira de Azevedo, dom Jaime Spengler e dom Joel Portella Amado, manifestou unidade e solidariedade ao bispo de Roraima e segundo vice-presidente da entidade, dom Mário Antônio da Silva, diante dos ataques sofridos pelo povo Yanomami da região do rio Uraricoera, em Roraima.

Em carta, datada do dia 8 de junho, os membros da Presidência da CNBB dirigiram-se a dom Mário “no desejo de que suas palavras, já escutadas pelo Deus da Vida, sejam ouvidas pelos corações que trabalham por um mundo de paz e respeito ao ser humano e à casa comum, particularmente por todos aqueles que têm responsabilidades na edificação da sociedade justa e solidária”.

No dia 10 de maio, a comunidade indígena do povo Yanomami foi atacada por garimpeiros que abriram fogo contra a comunidade à bordo de barcos. Lideranças denunciaram que duas crianças morreram afogadas em decorrência dos ataques. A Comunidade Palimiú, às margens do Rio Uraricoera, tem sido foco de conflitos armados entre garimpeiros que utilizam a rota para chegar a garimpos ilegais dentro da floresta e os indígenas, que tentam fazer uma espécie de barreira sanitária para impedir a aproximação de pessoas estranhas por conta da pandemia.

Foto: Garimpo na região do alto rio Uraricuera, dentro da
TI Yanomami | arquivo Funai
Numa Carta à Igreja e ao povo de Roraima, dom Mário Antônio da Silva denunciou a omissão e a negligência das autoridades. O bispo apontou também que, diante dos ataques, que se repetiram nos dias seguintes, “poucas providências foram tomadas da parte dos órgãos responsáveis para garantir a vida e a integridade da comunidade”.

Recordamos que a Terra Indígena Yanomami, que cobre 9.664.975 hectares (96.650 km²) de floresta tropical é reconhecida por sua alta relevância em termo de proteção da biodiversidade amazônica e foi homologada por um decreto presidencial em 25 de maio de 1992.

Fonte: Vatican News

São Eduardo Poppe

S. Eduardo Poppe | ArquiSP
10 de junho

São Eduardo Poppe

Eduardo João Maria Poppe nasceu na cidade de Temsche, na Bélgica, no dia 18 de dezembro de 1890. Era o terceiro dos onze filhos de uma modesta família de trabalhadores.

Sua educação religiosa começou no seio da própria família, muito cristã. Depois foi estudar no colégio dos Irmãos da Caridade, onde completou o ensino básico.

Aos quinze anos, entrou para o seminário de São Nicolau, na diocese de Gand, destacando-se como exemplo de caridade e piedade. Foi durante o serviço militar, prestado em 1910, que Eduardo percebeu sua vocação religiosa.
Aos vinte e dois anos, ele ingressou no Seminário Filosófico Leão XIII, de Louvain. Durante a Primeira Guerra Mundial, foi convocado a servir o exército, servindo junto à Cruz Vermelha como enfermeiro, atendendo as ambulâncias que chegavam com os feridos.

Em 1915, foi transferido para Gand e, no ano seguinte, era ordenado sacerdote. Logo foi nomeado vigário da paróquia de Santa Colete, naquela diocese, iniciando seu ministério entre a população mais pobre, difundindo a devoção à eucaristia e à Virgem Maria.

Preocupado em preparar as crianças para a primeira comunhão, formou um grupo de jovens catequistas para dar ênfase à devoção eucarística. Logo esse trabalho tornou-se conhecido e instituído em outras paróquias da diocese. Assim, padre Eduardo elaborou e escreveu "O manual do catequista eucarístico", em 1917, idealizado segundo os decretos do papa são Pio X. Mas não criou apenas o "manual", ele instituiu a "Liga da Comunhão Freqüente", estendida aos operários também.

O seu apostolado foi interrompido em 1918, quando foi nomeado diretor do Convento das Irmãs de São Vicente de Paulo, em Moerzeke-lez-Termonde. Lá, continuou com sua preocupação em manter acesa a chama da fé cristã nos jovens catequistas, todos filhos de famílias socialistas e anticlericais. Por isso publicou um semanário intitulado "Zonneland", que significa "País do Sol", direcionado à "Cruzada Eucarística Pio X" de toda a Bélgica.

Mais tarde, os problemas de saúde agravaram-se. Padre Eduardo convivia desde a infância com uma doença congênita no coração. Por tal motivo foi obrigado a viver numa poltrona. E foi nesse período que ele escreveu sua extensa e notável bibliografia catequética com ênfase na eucaristia. Dela se destacaram as obras: "Direção espiritual dos jovens", de 1920; "Salvemos os operários", de 1923; "Apostolado eucarístico paroquial", de 1923; "O amigo dos jovens" e "O método educativo eucarístico", ambas de 1924. Há outras publicadas depois de sua morte também.

Em 1921, o cardeal nomeou-o diretor espiritual do CIBI de Leopoldsburgo, reservado aos noviços que se destinavam ao serviço do altar. Lá também seu ministério floresceu. Porém, aos trinta e quatro anos de idade, padre Eduardo Poppe morreu repentinamente, no dia 10 de junho de 1924, no Convento de Moerzeke-lez-Termonde, durante o período das férias.

A sua morte causou forte comoção popular e no meio do clero, sendo imediatamente venerado por sua santidade. Ele foi beatificado, em 1999, pelo papa João Paulo II, que o nomeou "Pedagogo da Eucaristia".

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Fonte: Arquidiocese de São Paulo

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF