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terça-feira, 29 de junho de 2021

Quem são os 34 Arcebispos metropolitanos que receberão o pálio abençoado pelo Papa

Entrega do Pálio | Guadium Press

Dentre estes novos Arcebispos metropolitanos estão representantes de todos os continentes, com exceção da Oceania e ainda há um Cardeal na lista.

Cidade do Vaticano (28/06/2021 15:43, Gaudium Press) Na manhã da próxima terça-feira, 29 de junho, Solenidade de São Pedro e São Paulo, o Papa Francisco presidirá a tradicional celebração litúrgica na qual serão abençoados os pálios dos novos Arcebispos metropolitanos.

A tradição era o Pontífice também impor os pálios abençoados aos novos arcebispos metropolitanos nomeados durante o ano anterior. Entretanto, o rito foi mudado pelo próprio Francisco e atualmente os pálios são recebidos pelos Arcebispos em seus respectivos países e a imposição é feita de forma solene nas Igrejas locais.

Os novos Arcebispos metropolitanos nomeados pelo Papa no ano passado, e que, portanto, receberão o pálio abençoado pelo pontífice, são provenientes de todos os continentes, excetuando a Oceania.

Guadium Press

Arcebispos europeus

Os europeus são: Dom Francesco Lomanto, Arcebispo Metropolitano de Siracusa; Dom Georgios Altouvas, Arcebispo Metropolitano de Corfù, Zante e Cefalonia; Dom Mario Iceta Gavicagogeascoa, Arcebispo Metropolitano de Burgos; Dom Carlos Manuel Escribano Subías, Arcebispo Metropolitano de Saragoça; Dom Olivier de Germay, Arcebispo Metropolitano de Lyon; Dom Giuseppe Satriano, Arcebispo Metropolitano de Bari-Bitonto; Dom Domenico Battaglia, Arcebispo Metropolitano de Nápoles; Dom Dermot Pius Farrell, Arcebispo Metropolitano de Dublin; Dom Josif Printezis, Arcebispo Metropolitano de Naxos, Andros, Tinos, Mykonos; Dom Tadeusz Wojda, S.A.C., Arcebispo Metropolitano de Gdańsk; Dom Fortunato Morrone, Arcebispo Metropolitano de Reggio Calabria-Bova; Dom Josep Àngel Saiz Meneses, Arcebispo Metropolitano de Sevilha; Dom Alessandro Damiano, Arcebispo Metropolitano de Agrigento.

Guadium Press

Arcebispos da América Latina

Os representantes da América Latina são: Dom Severino Clasen, O.F.M., Arcebispo Metropolitano de Maringá (Brasil); Dom Gonzalo de Villa y Vásquez, S.I., Arcebispo Metropolitano de Santiago da Guatemala (Guatemala); Dom Omar Alberto Sánchez Cubillos, O.P., Arcebispo Metropolitano de Popayán (Colômbia); Dom Paulo Cezar Costa, Arcebispo Metropolitano de Brasília (Brasil); Dom Francisco Javier Múnera Correa, I.M.C., Arcebispo Metropolitano de Cartagena (Colômbia); Dom José Miguel Gómez Rodríguez, Arcebispo Metropolitano de Manizales (Colômbia); Dom Gilberto Pastana de Oliveira, Arcebispo Metropolitano de São Luís do Maranhão (Brasil); Dom Leomar Antônio Brustolin, Arcebispo Metropolitano de Santa Maria (Brasil).

Pálio | Guadium Press

Arcebispos da América do Norte

Os Arcebispos da América do Norte são: Dom Marcel Damphousse, Arcebispo Metropolitano de Ottawa-Cornwall (Canadá) e Dom Joseph Dunn, Arcebispo Metropolitano de Halifax-Yarmouth (Canadá).

Arcebispos da Ásia

Entre os Arcebispos asiáticos estão Dom Bejoy Nicephorus D’Cruze, O.M.I., Arcebispo Metropolitano de Dhaka (Bangladesh); Dom Petrus Canisius Mandagi, M.S.C., Arcebispo de Merauke (Indonésia); Dom Anthony Poola, Arcebispo Metropolitano de Hyderabad (Índia); Dom Sebastian Kallupura, Arcebispo Metropolitano de Patna (Índia); Dom Victor Lyngdoh, Arcebispo Metropolitano de Shillong (Índia); o Cardeal Jose Fuerte Advincula, Arcebispo Metropolitano de Manila (Filipinas); Dom Martin Kmetec, OFM, Arcebispo Metropolitano de Izmir (Turquia), Dom Benny Mario Travas, Arcebispo Metropolitano de Karachi (Paquistão).

Guadium Press

Arcebispos da África

Por fim, os novos Arcebispos africanos são: Dom Ignace Bessi Dogbo, Arcebispo Metropolitano de Korhogo (Costa do Marfim); Dom Fulgence Muteba Mugalu, Arcebispo Metropolitano de Lubumbashi (República Democrática do Congo); Dom Mandla Siegfried Jwara, C.M.M., Arcebispo Metropolitano de Durban (África do Sul). (EPC)

https://gaudiumpress.org/

Papa Francisco: só uma Igreja liberta é uma Igreja credível

Solenidade de S. Pedro e S. Paulo | Vatican News

“É dando a vida que o Pastor, liberto de si mesmo, se torna instrumento de libertação para os irmãos”. Nesta Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo (29/06), o Papa Francisco celebrou a Eucaristia na Basílica de São Pedro, com a bênção dos pálios dos Arcebispos.

Jane Nogara - Vatican News

Nesta Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo (29/06), o Papa Francisco celebrou a Eucaristia com a bênção dos pálios. No decorrer do último ano foram nomeados 34 novos arcebispos dos quais 4 brasileiros: Dom Gilberto Pastana de Oliveira, Arcebispo de São Luís do Maranhão; Dom Leomar Antônio Brustolin, Arcebispo de Santa Maria; Dom Severino Clasen O.F.M., Arcebispo de Maringá e Dom Paulo Cezar Costa, Arcebispo de Brasília. Por causa da pandemia na celebração de hoje estavam presentes apenas 12 arcebispos representando todos os demais. Nenhum brasileiro estava presente.

Na sua homilia o Papa recordou que o pálio é “sinal de unidade com Pedro que recorda a missão do pastor que dá a vida pelo rebanho”. Francisco iniciou a homilia convidando a observar de perto Pedro e Paulo, duas testemunhas da fé pois “no centro da sua história, não está a própria destreza, mas o encontro com Cristo que lhes mudou a vida”. "Pedro e Paulo – Continuou - são livres unicamente porque foram libertados. Detenhamo-nos neste ponto central".

Pedro

Do que os Apóstolos foram libertados, iniciou o Pontífice: “Pedro, o pescador da Galileia, foi libertado em primeiro lugar da sensação de ser inadequado e da amargura de ter falido, e isso verificou-se graças ao amor incondicional de Jesus”. Embora fosse hábil pescador sentia tentação de desânimo, fosse forte era tomado pelo medo, fosse apaixonado do Senhor, continuava a pensar à maneira do mundo. “Mas Jesus amou-o desinteressadamente e apostou nele”. Jesus encorajou-o disse o Papa, “a não desistir, a lançar novamente as redes ao mar, a caminhar sobre as águas, a olhar com coragem para a sua própria fraqueza, a segui-Lo pelo caminho da Cruz, a dar a vida pelos irmãos, a apascentar as suas ovelhas”. Por fim Jesus confiou-lhe “as chaves para abrir as portas que levam a encontrar o Senhor e o poder de ligar e desatar: ligar os irmãos a Cristo e desatar os nós e as correntes das suas vidas”.

“A libertação de Pedro é uma nova história de abertura, de libertação, de correntes quebradas, de saída do cárcere que o prende. Pedro faz a experiência da Páscoa: o Senhor libertou-o”

Paulo

Em seguida o Papa descreve a libertação de Paulo: “Também o apóstolo Paulo experimentou a libertação por obra de Cristo. Foi libertado da escravidão mais opressiva, a de si mesmo, e de Saulo, tornou-se Paulo, que significa ‘pequeno’. Foi libertado também daquele zelo religioso que o tornara fanático na defesa das tradições recebidas e era violento ao perseguir os cristãos: foi libertado “.

Porém, pondera Francisco: Deus “não o poupou a tantas fraquezas e dificuldades que tornaram mais fecunda a sua missão evangelizadora: as canseiras do apostolado, a enfermidade física, as violências e perseguições, os naufrágios, a fome e sede”. “Paulo compreendeu assim que ‘o que há de fraco no mundo é que Deus escolheu para confundir o que é forte’, que tudo podemos n’Ele que nos dá força, que nada poderá jamais separar-nos do seu amor’".

“Por isso, no final da sua vida, Paulo pode dizer: ‘o Senhor esteve comigo’ e ‘me livrará de todo o mal’. Paulo fez a experiência da Páscoa: o Senhor libertou-o”

Pedro e Paulo

O Papa recorda que “a Igreja olha para estes dois gigantes da fé e vê dois Apóstolos que libertaram a força do Evangelho no mundo, só porque antes foram libertados pelo encontro com Cristo. Ele não os julgou, nem humilhou, mas partilhou de perto e afetuosamente a sua vida”.

E nos conforta afirmando:

“De igual modo procede Jesus também conosco: assegura-nos a sua proximidade, rezando por nós e intercedendo junto do Pai; e repreende-nos com doçura quando erramos, para podermos encontrar a força de nos levantar novamente e retomar o caminho”.

“Tocados pelo Senhor, também nós somos libertados. E sempre temos necessidade de ser libertados, porque só uma Igreja liberta é uma Igreja credível”

O que significa sermos libertos?

Papa Francisco esclarece o que significa sermos libertos como os Santos Apóstolos: “Como Pedro, somos chamados a ser libertos da sensação da derrota face à nossa pesca por vezes malsucedida; a ser libertos do medo que nos paralisa e torna medrosos, fechando-nos nas nossas seguranças e tirando-nos a coragem da profecia”.

“Como Paulo, somos chamados a ser libertos das hipocrisias da exterioridade; libertos da tentação de nos impormos com a força do mundo, e não com a debilidade que deixa espaço a Deus; libertos duma observância religiosa que nos torna rígidos e inflexíveis; libertos de vínculos ambíguos com o poder e do medo de ser incompreendidos e atacados”.

Por fim o Papa nos descreve: “Pedro e Paulo oferecem-nos a imagem duma Igreja confiada às nossas mãos, mas conduzida pelo Senhor com fidelidade e ternura; duma Igreja débil, mas forte com a presença de Deus; duma Igreja libertada que pode oferecer ao mundo aquela libertação que ele, sozinho, não se pode dar a si mesmo”.

Francisco conclui saudando os irmãos arcebispos que recebem o Pálio: “Este sinal de unidade com Pedro recorda a missão do pastor que dá a vida pelo rebanho. É dando a vida que o Pastor, liberto de si mesmo, se torna instrumento de libertação para os irmãos”.

Fonte: Vatican News

São Pedro Apóstolo

S. Pedro | ArquiSP
29 de junho

São Pedro Apóstolo

São Pedro (1a.C-67) foi apóstolo de Cristo. É tido como o fundador da Igreja Cristã em Roma. É considerado pela Igreja Católica como seu primeiro papa. As principais fontes que relatam a vida de São Pedro são os quatro Evangelhos Canônicos, pertencentes ao novo testamento. Escritos originalmente em grego, em diferentes épocas, pelos discípulos Mateus, Marcos, João e Lucas, Pedro aparece com destaque em todas as narrativas evangélicas.

São Pedro (1a.C-67) nasceu na Betsaida, na Galileia. Filho de Jonas e irmão do apóstolo André, seu nome de nascimento era Simão. Pescador, trabalhava com o irmão e o pai. Por indicação de João Batista, foi levado por seu irmão André, para conhecer Jesus Cristo. No primeiro encontro Jesus o chamou de Kepha, que em aramaico significava pedra, e traduzido para o grego Petros, determinando ser ele o apóstolo escolhido para liderar os primeiros pregadores da fé cristã pelo mundo. Nessa época de seu encontro com Cristo, Pedro morava em Cafarnaum, com a família de sua mulher.

Pedro foi escolhido como o chefe da cristandade aqui na terra: "E eu te digo: Tu és pedra e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares sobre a terra, será ligado também nos céus". Convertido, despontou como líder dos doze apóstolos, foi o primeiro a perceber em Jesus o filho de Deus.

Junto com seu irmão e os irmãos Tiago e João Evangelista, Pedro fez parte do círculo íntimo de Jesus entre os doze apóstolos. Participou dos mais importante milagres do Mestre sobre a terra. Foi o primeiro apóstolo a ver Cristo após a Ascensão. Presidiu a assembléia dos apóstolos que escolheu Matias para substituir Judas Iscariotes. Fez seu primeiro sermão no dia de Pentecostes e peregrinou por várias cidades.

Encontrou-se com São Paulo em Jerusalém, e apoiou a iniciativa deste, de incluir os não judeus na fé cristã, sem obrigá-los a participarem dos rituais de iniciação judaica. Após esse encontro foi preso por ordem do rei Agripa I. Foi encaminhado à Roma durante o reinado de Nero, onde passou a viver. Ali fundou e presidiu a comunidade cristã, base da Igreja Católica Romana, e por isso segundo a tradição, foi executado por ordem de Nero. Conta-se também que pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, por se julgar indigno de morrer na mesma posição de Cristo.

Seu túmulo se encontra sob a catedral de S. Pedro, no Vaticano, e é autenticado por muitos historiadores. É festejado no dia 29 de junho, um dia de importantes manifestações folclóricas, principalmente no Nordeste brasileiro.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

São Paulo Apóstolo

S. Paulo | Portal das Missões
29 de junho
São Paulo Apóstolo

    Muitos confundem que Paulo foi discípulo de Jesus, na verdade ele se converte após a morte de Cristo, era um dos homens que caçava os cristões. 
    Viveu 62 anos e seu dia é comemorado em 25 de janeiro padroeiro dos evangelizadores e protetor dos que se dizem ateus ou se afastam do caminho da fé. Sua imagem, por sua origem guerreira e sua dedicação a evangelizar é sempre acompanhada de um livro e uma espada.
    São Paulo e São Pedro são considerados os pilares do Cristianismo. 
    Frases de Paulo de Tarso ou São Paulo:
    Todas as coisas me são lícitas; mas nem todas convêm.
    Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.
    Ainda que eu falasse a língua dos homens, e falasse a língua dos anjos, sem amor, eu nada seria.

  • Sobre

  • Paulo de Tarso, também chamado de Apóstolo Paulo, Saulo de Tarso e São Paulo, foi um dos mais influentes escritores do cristianismo primitivo, cujas obras compõem parte significativa do Novo Testamento. A influência que exerceu no pensamento cristão, chamada de "paulinismo", foi fundamental por causa do seu papel como proeminente apóstolo do Cristianismo durante a propagação inicial do Evangelho pelo Império Romano.
    Conhecido também como Saulo , se dedicava à perseguição dos primeiros discípulos de Jesus na região de Jerusalém. De acordo com o relato na Bíblia, durante uma viagem entre Jerusalém e Damasco, numa missão para que, encontrando fiéis por lá, "os levasse presos a Jerusalém", Saulo teve uma visão de Jesus envolto numa grande luz, ficou cego, mas teve a visão recuperada após três dias por Ananias que também o batizou. Começou então a pregar o Cristianismo.
    Do maior inimigo dos Cristões passou a ser um dos seus maiores defensores e propagador do cristianismo.
    Juntamente com Simão Pedro e Tiago, o Justo, ele foi um dos mais proeminentes líderes do nascente cristianismo. Era também cidadão romano, o que lhe conferia uma situação legal privilegiada.
    Treze epístolas no Novo Testamento são atribuídas a Paulo, mas a sua autoria em sete delas é contestada por estudiosos modernos. Agostinho desenvolveu a ideia de Paulo que a salvação é baseada na fé e não nas "obras da Lei". A interpretação de Martinho Lutero das obras de Paulo influenciou fortemente sua doutrina de "sola fide".
    A conversão de Paulo mudou radicalmente o curso de sua vida. Com suas atividades missionárias e obras, Paulo acabou transformando as crenças religiosas e a filosofia de toda a região da bacia do Mediterrâneo. Sua liderança, influência e legado levaram à formação de comunidades dominadas por grupos gentios que adoravam o Deus de Israel, aderiam ao código moral judaico, mas que abandonaram o ritual e as obrigações alimentares da Lei Mosaica por causa dos ensinamentos de Paulo sobre a vida e obra de Jesus e seu "Novo Testamento", fundamentados na morte de Jesus e na sua ressurreição. 

    Portal: http://www.portaldasmissoes.com.br/

segunda-feira, 28 de junho de 2021

Por que me confessar, se não cometo pecados graves?

Di Dee Angelo|Shutterstock
Por Carlos Padilla Esteban

Nós nos habituamos a fazer certas coisas que passam a ser parte da nossa rotina e não lhes damos importância.

É preciso aprender a pedir perdão. Quando foi a última vez que você se preparou bem para uma confissão? Parece sempre faltar tempo. Muitas pessoas dizem, ao começar a confessar-se: “Desculpe, padre, não deu tempo de preparar bem a confissão”. Sim, isso é muito comum.

Queremos receber o perdão de Deus. Limpar-nos para voltar a começar. A alma pesa e sua pele parece ter endurecido – tanto, que se torna escura e seca. Nesses momentos, compreendemos que precisamos nos confessar.

Mas é verdade que outras vezes parece que não fizemos nada de ruim, que somos generosos e bons, e não cometemos nenhum dos grandes pecados indicados pela Igreja.

O confessor precisa de matéria para poder absolver, e a matéria são os pecados. Mas às vezes, parece incrível, as pessoas fazem malabarismos para encontrar algum pecado. “Isso não, isso tampouco, não, isso eu não faço…”. E não há matéria, faltam os pecados. Parece que a pessoa só tem obras boas.

Há pecados que desconhecemos, há sentimentos que quase não percebemos ou com os quais nos acostumamos. Nós nos habituamos a fazer certas coisas que passam a ser parte da nossa rotina e não lhes damos importância.

Não fazemos silêncio suficiente para refletir sobre a nossa vida, para pensar em nosso pecado mais habitual. E assim, na superfície, não sabemos em que aspectos precisamos melhorar.

Enganamos, excluímos, somos preconceituosos, descuidados, não ouvimos os outros, negamos favores, ofendemos, mentimos, às vezes sem perceber.

O mal nunca pode ser justificado

Certamente, somos inimigos de alguém e nem sabemos disso. Pode ser que já tenhamos ferido algum coração, mas pensamos que não é culpa nossa.

Mas pode ser que saibamos, sim. Fizemos, ferimos, falhamos e depois esquecemos. Às vezes ferimos sem perceber. Pecamos com as nossas palavras, gestos ou omissões. Porque, quando omitimos no amor, também estamos ferindo.

Mas como é difícil pedir perdão! Sentimos orgulho, amor próprio? Queremos fazer tudo bem e não falhar nunca? Precisamos aprender a pedir perdão a Deus, mas também é fundamental pedir perdão às pessoas.

É muito custoso pedir perdão pelas coisas que fazemos mal. Pode ser que ajamos sempre assim e tenhamos nos acostumado. Fazemos coisas más e depois nos justificamos. Colocamos a culpa nas circunstâncias, nos outros, no mundo, Buscamos culpados para fugir do sentimento de culpa.

As pessoas costumam fazer o que veem. E vemos em todos os lugares a atitude de atirar a pedra e esconder a mão: no esporte, na política, no trabalho… Então, acabamos repetindo aquilo que vemos. Agimos mal e fazemos cara de inocentes.

Mas a verdade é que causamos danos. Não importa se os outros também agem mal ou não; não importa se merecem ou não; não importa se eu tinha razão ou não. O mal nunca pode ser justificado.

A Igreja, no ano 2000, guiada por João Paulo II, olhou para a sua história, uma história de santos e pecadores, e pediu perdão publicamente. São gestos de humildade, sinceros e arrependidos.

É verdade que os santos também são pecadores, mas isso não nos isenta de aspirar ao que há de mais alto.

Fonte: Aleteia

O Papa e os líderes religiosos rezam pelo Líbano martirizado, em 1º de julho

O Papa Francisco em oração | Vatican News

Foi apresentado o programa para o dia convocado pelo Papa para reacender luzes de esperança numa terra carregada por uma dura crise política e econômica: orações na Basílica Vaticana e mesa redonda ecumênica. Sandri: "É o fruto de um longo caminho iniciado por João Paulo II e Bento XVI". Gallagher: "Uma viagem do Papa talvez no início de 2022, quando o governo será formado".

Salvatore Cernuzio/Mariangela Jaguraba – Vatican News

O Dia de Oração e Reflexão pelo Líbano em 1º de julho é o resultado de um longo percurso de cerca de trinta anos. O evento foi convocado pelo Papa na esperança de abrir fendas de paz no país oprimido por uma crise política, econômica e social multifacetada, cenário da violenta explosão no porto de Beirute, em agosto de 2020.

"Um caminho que começou com o Sínodo para o Líbano convocado por João Paulo II, em 1995, depois prosseguiu com a Exortação Apostólica "Uma esperança para o Líbano", entregue ao País dos Cedros na visita do Papa, em maio de 1997", lembrou o prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, cardeal Leonardo Sandrio, durante a coletiva de apresentação do evento, nesta sexta-feira (25/06), realizada na Sala de Imprensa da Santa Sé. Bento XVI também seguiu estes passos e escolheu o Líbano para assinar e entregar o Documento na conclusão do Sínodo Especial para o Oriente Médio, em setembro de 2012, Ecclesia in Medio Oriente, em sua última viagem apostólica antes da renúncia.

A viagem do Papa talvez no início do próximo ano

Agora é Francisco quem está chamando a atenção do mundo para esta terra que Wojtyla definiu "uma mensagem". Na coletiva no avião de retorno do Iraque, o Pontífice argentino revelou que tinha recebido um pedido para parar em Beirute antes de ir a Bagdá. Uma etapa difícil de organizar naquele momento, mas que Francisco prometeu, mais cedo ou mais tarde, fazer. "Talvez até o final deste ano, mesmo que seja mais provável no início do próximo ano", disse o secretário das Relações com os Estados, dom Paul Richard Gallagher, explicando aos jornalistas que, além de alguns compromissos já na agenda papal, espera-se a formação definitiva de um governo com o qual se possa interagir.

Gallagher: Santa Sé preocupada com o colapso do país

Na expectativa dessa peregrinação, diante da emergência da situação libanesa, o Papa quis convocar este dia, na sequência de outras grandes iniciativas do pontificado, como a vigília pela Síria na Praça São Pedro, em 2013, a oração pela paz, nos Jardins Vaticanos, pela Terra Santa, em 2014, o encontro bilateral na Santa Marta com os líderes políticos e religiosos do Sudão do Sul, em 2019. "Tudo nasce da preocupação com o agravamento da crise no Líbano", confirmou dom Gallagher: "A Santa Sé está fortemente preocupada com o colapso do país, que afeta particularmente a comunidade cristã." Não há apenas o "impasse político", mas também a "forte emigração dos jovens". Um fenômeno que "ameaça destruir o equilíbrio" e reduzir pela metade a presença cristã no Oriente Médio. O Líbano, "o último bastião da democracia árabe", deve ser ajudado a "manter sua identidade única a fim de garantir um Oriente Médio pluralista, tolerante e diversificado", disse o arcebispo.

Logo do Dia de Oração e Reflexão pelo Líbano

O programa: um "caminhar juntos"

"Em termos concretos, o Dia de Oração de 1º de julho será um contínuo “caminhar juntos” entre o Papa e os chefes das Igrejas e Comunidades eclesiais", disse o cardeal Sandri. "Trata-se das Igrejas ortodoxa e católica, presentes com seus diversos ritos e tradições", explicou dom Brian Farrell, secretário do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, e também de várias comunidades eclesiais nascidas da Reforma.

Todos juntos se encontrarão na Santa Marta, onde serão hospedados de 30 de junho a 2 de julho, para um momento de acolhimento. Logo depois, seguirão em direção à Basílica de São Pedro. Na Basílica, depois da oração do Pai-Nosso, descerão as escadas da Confissão do Apóstolo Pedro e cada um ascenderá uma vela como sinal da oração que arde, pedindo a intercessão do Apóstolo. "Durante o evento não poderemos vê-los ou ouvi-los, porque as portas da Sala Clementina da Residência Apostólica permanecerão fechadas aos nossos olhares", explicou Sandri, exortando as pessoas a seguirem o Dia de oração à distância com uma oração de intercessão em suas paróquias e comunidades religiosas.

Mesa redonda ecumênica

Como na Basílica de São Nicolau em Bari, para o evento ecumênico de 7 de julho de 2018, a mesa de encontro será redonda e em torno dela se sentará o núncio no Líbano, dom Joseph Spiteri, como moderador, e dez Chefes das comunidades cristãs. Dentre eles talvez esteja o sucessor do patriarca da Cilícia dos Armênios, Gregório Pedro XX Ghabroyan, que faleceu em 25 de maio. O sucessor do patriarca falecido será eleito no Sínodo iniciado três dias atrás.

Entre a manhã e a tarde, haverá três sessões de trabalho, cada uma apresentada por um relator. A oração conclusiva na Basílica Vaticana contará com a presença dos embaixadores da Santa Sé e todas as comunidades religiosas masculinas e femininas foram convidadas, assim como os leigos libaneses residentes em Roma. Não estarão presentes expoentes políticos, já que foi decidido dar ao evento uma dimensão exclusivamente religiosa.

As esperanças de paz dos jovens

O Papa e os convidados irão em procissão até São Pedro, seguindo um sacerdote que levará o Evangelho. Em seguida, será feita uma oração ecumênica com a proclamação de algumas passagens da Palavra de Deus, alternadas com orações e cantos das diferentes tradições rituais presentes no Líbano. Textos em árabe, sírio, armênio e caldeu ressoarão em São Pedro. No final da celebração, alguns jovens entregarão uma lâmpada acesa, que será então colocada num candelabro. "É a esperança de paz que as gerações jovens entregam, pedindo ajuda para que não seja apagada pelas tribulações do presente", destacou o cardeal Sandri. A conclusão será confiada ao Papa Francisco que fará um discurso conclusivo e, antes de se despedir, doará um ladrilho com o logotipo do evento, em memória do dia. Não está previsto um apelo conjunto, mas o discurso do Papa "irá conter apelos e considerações, fruto das reflexões daquele dia que poderão ser indicações para o futuro do Líbano".

O logotipo com Nossa Senhora de Harissa

Quanto ao logotipo, ele representa a imagem de Nossa Senhora de Harissa que protege o Líbano e é reconhecível chegando do mar, no santuário que acolhe os peregrinos de todas as idades e credos. Será confiado à Virgem a realização do evento de 1º de julho para que "um novo sol possa surgir em breve", disse o cardeal Sandri, evocando as palavras do poeta libanês Kahil Gibran: "Além da cortina escura da noite, há um novo amanhecer que nos espera."

O agradecimento à Santa Sé de um correspondente libanês

Durante a conferência, as palavras comoventes de um jornalista libanês, correspondente em Roma da agência governamental, que agradeceu à Santa Sé porque "é a única a ajudar o Líbano sem interesse". "Uma ajuda fornecida graças à colaboração internacional", explicou Gallagher, acrescentando: "Não há ninguém que tenha passado até agora na Secretaria de Estado a quem não tenhamos dirigido uma palavra em favor do Líbano. É quase um hábito... Perguntamos: o que você pode fazer nestas circunstâncias difíceis e trágicas"? Gallagher também respondeu a uma pergunta sobre a situação em Hong Kong, que a diplomacia vaticana olha com atenção: "Obviamente, Hong Kong é um objeto de interesse para nós. O Líbano é um lugar onde pensamos que podemos dar uma contribuição. Não vemos esta possibilidade em Hong Kong. Podemos dizer palavras apropriadas que serão apreciadas pela imprensa internacional e em muitos países do mundo, mas eu e muitos dos meus colegas não estamos convencidos de que possam fazer alguma diferença". 

Fonte: Vatican News

A Regra de São Bento aplicada aos negócios

S. Bento | Public Domain
Por Patrícia Navas González

Entrevista com o prior da comunidade de Montserrat, um dos criadores do curso "Valores e liderança: a Regra de São Bento, caminho para uma boa gestão".

A Regra de São Bento, que inspirou a vida dos monges durante mais de 1.500 anos, também pode ser aplicada às empresas e aos negócios atuais, pois oferece grandes princípios de gestão. A Aleteia entrevistou o prior da comunidade beneditina de Montserrat, Ignasi Fossas, um dos criadores do curso “Valores e liderança: a Regra de São Bento, caminho para uma boa gestão”.

O que a Regra de São Bento pode oferecer a uma empresa de hoje?

Ela pode oferecer a experiência de séculos da sabedoria monástica condensada em um texto que serviu para inspirar a vida dos monges, também em sua vertente de trabalho e, portanto, também de organização econômica.

Como se aplica esta ampla experiência em um âmbito tão diferente de um mosteiro?

A Regra de São Bento oferece o que nas escolas de negócios chamam de job profiles, o perfil para determinadas funções. Por exemplo, o capítulo dedicado ao âmbito econômico (capítulo 31 da Regra) oferece um perfil ideal do CEO de uma empresa. Outro exemplo: os capítulos dedicados ao abade oferecem o perfil ideal do presidente de uma companhia. Ou o mesmo enfoque do mestre de noviços. Ainda que a Regra esteja muito focada na vocação monástica, ela pode oferecer também elementos adequados para a direção de pessoas.

Há outros elementos mais gerais, como o domínio do idioma, mais do que o silêncio; é o que a regra chama de “taciturnitas” no capítulo 6, ou seja, o uso adequado da palavra. Ou o valor da humildade, a capacidade de delegar as próprias responsabilidade etc.

A vantagem da sabedoria monástica beneditina, neste sentido, é que todos os mosteiros têm uma experiência empresarial, sejam eles pequenos, com uma simples loja para vender lembrancinhas ou comercializar os produtos que elaboram, sejam eles grandes, com universidades, empresas de serviços que lidam com a gestão de muitas pessoas, porque a própria Regra incentiva os mosteiros a serem autossustentáveis, o que implica organização.

Não se trata apenas de uma teoria recolhida em um texto clássico, mas de princípios contrastados pela prática secular. Uma história de 1.500 anos na qual houve de tudo, mas que funciona.

Um elemento interessante é que, em nossa curta experiência, vemos que as pessoas que participam destes cursos  ficam positivamente surpresas ao descobrir um texto culturalmente tão próximo de nós, como é o caso da Regra de São Bento, no qual podem encontrar elementos de inspiração, porque, para a maioria, este era um texto desconhecido. E nos perguntam: “Por que nunca nos disseram que vocês tinham isso?”.

Que pessoas costumam participar destes cursos?

É um público muito variado, de gestores de empresas familiares de diversos tamanhos a proprietários de empresas que precisam repensar seu negócio totalmente no momento atual. Também há consultores.

Não é a primeira vez que se fala da aplicação da Regra de São Bento à empresa. Que iniciativas já houve, neste sentido?

Na Alemanha, sobretudo, trabalham nisso há anos nos mosteiros beneditinos, especialmente o Pe. Anselm Grün, que é ecônomo do mosteiro de Münsterschwarzach. No âmbito anglo-saxônico também, principalmente nos EUA e na Inglaterra.

Então, achamos que poderia valer a pena. Há cerca de 4 anos, eu comecei algo parecido com uma professora da Universidade Bocconi de Milão.

Em Montserrat, reunimos um grupo de 8-10 pessoas do mundo dos negócios, da empresa, gestores, dois professores, o ecônomo atual de Monteserrat, Pe. Manuel Gash, e eu. Então, já tínhamos um pouco de experiência com isso e demos conferências a grupos mais uniformes, por exemplo, um grupo completo de uma empresa só, que nos havia pedido.

Na sua opinião, por que tantas empresas fracassam?

Não sou especialista e não tenho soluções. Suponho que há muitos motivos, alguns estruturais, outros por deficiências no modelo de gestão; e os princípios incidem em tudo isso, ou seja, nas atitudes e valores com que as decisões são tomadas.

Quais são os erros mais comuns de gestão empresarial que a Regra poderia ajudar a solucionar?

Há algo que me parece importante: a primazia da pessoa, a preocupação por cada pessoa concretamente, por definir bem o papel de cada um, a flexibilidade dentro da estrutura, que seria complementar à definição e ao fato de que a estrutura esteja muito clara. A Regra prevê certa flexibilidade para desenvolver determinadas responsabilidades. Algumas podem ser deixadas de lado, sem problemas.

A estrutura monástica tem uma diferença importante com relação a uma empresa: o objetivo da atividade econômica do mosteiro não é diretamente remunerar os acionistas nem os proprietários, mas melhorar ou favorecer o serviço que se pretende oferecer, ou manter o patrimônio, para que, assim, possa continuar com a atividade que se leva a cabo.

Em uma empresa, isso é diferente, não precisa ser necessariamente assim. Este é um elemento interessante: ao apresentar a possível utilidade da Regra na gestão empresarial, acho que é preciso ser honrado também e apresentar o que pode ser útil para as empresas, que é diferente.

As pessoas entram no mosteiro porque sentem a vocação e, portanto, comprometem de alguma maneira toda a sua vida e toda a sua pessoa. No âmbito empresarial, as pessoas também se comprometem, mas não a vida toda nem toda a pessoa necessariamente. Não queremos que os empresários sejam como monges.

Qual é a sua experiência como empresário de Montserrat?

Eu estive 6 anos trabalhando como administrador e, para mim, uma lição essencial é a importância das relações humanas. A porcentagem mais elevada do meu trabalho é dedicada às relações humanas e isso é fundamental: ter uma boa equipe, estabelecer relações saudáveis com os colaboradores, saber motivar, lidar também com as diferenças, abordar os problemas de maneira positiva etc.

Em segundo lugar, poder descobrir que a gestão, que parece o elemento mais material da vida do mosteiro, pode ser precisamente uma oportunidade de crescimento espiritual, inclusive uma aventura espiritual.

Alguns dizem que conhecemos melhor as pessoas quando elas lidam com o dinheiro…

Nós começamos o curso dizendo que qualquer trabalho (todos têm alguma dimensão de liderança) afeta a pessoa inteira: corpo, alma, espírito. Por isso, é uma oportunidade privilegiada para desenvolver todos estes aspectos da pessoa, porque é preciso enfrentar a si mesmo, confrontar-se com a própria realidade, com o melhor e o pior de si mesmo; e, quanto mais alta é a responsabilidade, mais intensa é esta confrontação.

Por isso, quando se aproveita a oportunidade, a pessoa pode se desenvolver, crescer pessoalmente. As pessoas passam uma parte muito importante da sua vida no trabalho. Portanto, é normal que seja este um dos melhores lugares para conhecê-las.

Fonte: Aleteia

Arcebispo reza por vítimas de edifício que desabou em Miami

Colapso parcial de um condomínio de 12 andares em Miami.
Créditos: EWTN Notícias

MIAMI, 25 jun. 21 / 04:44 pm (ACI).- O arcebispo de Miami, nos Estados Unidos, dom Thomas Wenski, rezou pelas vítimas do colapso parcial de um condomínio de 12 andares e afirmou que o coração da arquidiocese está com todos os afetados pela tragédia.

No dia 24 de junho, um edifício inaugurado em 1981 em Surfside, Miami, sofreu um desmoronamento parcial que deixou pelo menos um morto, uma dezena de feridos e 99 desaparecidos, entre os quais vários latino-americanos.

Consulados de países latino-americanos em Miami informaram que três uruguaios, seis paraguaios e nove argentinos estão entre os desaparecidos.

O chanceler do Paraguai, Euclides Acevedo, lamentou que a irmã da primeira-dama do Paraguai, Sophía López Moreira, seu marido, seus três filhos e uma empregada da família estejam entre os desaparecidos.

A mídia local disse que as causas do colapso são desconhecidas e que há uma investigação em andamento.

Em entrevista coletiva, o prefeito de Surfside, Charles Burkett, disse que “a parte de trás do prédio, provavelmente um terço ou mais, está totalmente destruída”.

O assistente-chefe do corpo de bombeiros de Miami-Dade, Ray Jadallah, afirmou que cerca de 55 apartamentos foram afetados pelo colapso.

Em um comunicado, dom Wenski disse que “todos acordamos esta manhã sabendo da trágica notícia”, onde “as equipes de busca e resgate continuam vasculhando os escombros para encontrar sobreviventes e recuperar os corpos” dos falecidos.

O arcebispo disse que os corações da arquidiocese estão “com todos os atingidos pela tragédia” e que as “organizações beneficentes católicas e o clero local uniram-se a outras agências voluntárias e líderes religiosos para ajudar em tudo o que for possível”.

“Prometemos nossas orações pelas vítimas, suas famílias e os socorristas. Que o Senhor lhes dê forças”, concluiu.

Fonte: ACI Digital

S. IRENEU, BISPO DE LYON E MÁRTIR

S. Ireneu, Nunciatura apostólica em Paris
28 de junho

SANTO IRENEU, BISPO DE LYON E MÁRTIR

Natural da Ásia, Irineu nasceu, provavelmente, em Esmirna, mas viveu na Gália em 177 d.C.

Ainda jovem, teve como professor o Bispo Policarpo, que, por sua vez, foi discípulo do apóstolo São João. Foi uma verdadeira testemunha cristã em um período de dura perseguição. Para evangelizar celtas e germânicos, ele aprendeu as línguas destes povos, conhecidos como os bárbaros.
Como pastor, distinguiu-se pela riqueza da doutrina e o ardor missionário. Uma das heresias que enfrentou foi o "gnosticismo", movimento filosófico-religioso, segundo o qual a fé, ensinada pela Igreja, era apenas simbolismo.
Dos seus escritos sobraram apenas duas obras: os cinco livros intitulados "Contra as heresias" e a "Exposição da Pregação Apostólica".

Defensor da fé

A defesa da doutrina marcou sua vida e seu impulso missionário. Na sua obra "Contra as heresias" (Adversus haereses), escreve: "A Igreja, não obstante esteja espalhada pelo mundo, preserva com zelo [a fé dos Apóstolos], como se residisse em uma só casa; do mesmo modo, ele acreditava nestas verdades, como se tivesse uma só alma e um só coração; em plena conformidade com estas verdades, ele as proclamava, ensinava e transmitia, como se tivesse uma só boca. As línguas do mundo são diferentes, mas o poder da Tradição é único e idêntico: as Igrejas fundadas na Alemanha não receberam e nem transmitiram uma fé diferente, tampouco aquelas fundadas na Espanha, entre os Celtas, nas regiões orientais, Egito, Líbia ou no centro do mundo".

Visão de Deus e imortalidade

Para Irineu, que expôs com clareza as verdades da fé, o Credo dos Apóstolos era a chave para interpretar o Evangelho. "A glória de Deus - escreve – dá a vida; por isso, aqueles que veem Deus recebem a vida. Desta forma, aquele que é ininteligível, incompreensível e invisível, torna-se visível, compreensível e inteligível pelos homens, para dar a vida a quem o compreende e vê. Quem não recebeu a vida não pode viver, porque a vida só pode ser recebida com a participação do ser divino. Pois bem, esta participação consiste em ver Deus e em gozar da sua bondade. Logo, os homens verão a Deus para viver e se tornarão imortais e divinos em virtude da visão de Deus".

Fonte: Vatican News

domingo, 27 de junho de 2021

Mercado editorial busca reerguer-se após crises e pandemia

Editora Cidade Nova

Mercado editorial busca reerguer-se após crises e pandemia

NEGÓCIOS Rápidas transformações tecnológicas e economia debilitada impõem grandes desafios a gráficas e editoras. Mesmo com a pandemia, há luz no fim do túnel.

por Daniel Fassa   em  23/06/2021.

Durante os mais de 40 anos de profissão, Antelo vivenciou em primeira pessoa a era de ouro e a decadência dos mercados gráfico e editorial. Em 2018, testemunhou o auge da crise, quando a Editora Abril e as duas maiores redes de livrarias do país – Saraiva e Cultura – entraram em recuperação judicial. Neste início de 2021, a gráfica em que trabalhou por quatro décadas fechou as portas definitivamente. 

Hoje, aos 58 anos, Antelo atua como consultor independente, compartilhando com as empresas que ainda resistem todo o conhecimento adquirido nesse ramo que ele nunca deixou de amar. “O mercado gráfico e editorial é apaixonante. Uma vez dentro, é muito difícil sair. Estou nele há 45 anos e pretendo ficar por mais algum tempo. Eu amo tudo isso. Isso é uma sensação que quem trabalha nesse mercado tem; apesar de ser um trabalho estressante, sem horário e sem dia, ele é bem contagiante”, afirma Antelo, que é graduado em gestão da produção industrial.

O profissional lembra-se com saudades dos bons tempos. “Tinham grandes projetos, investimentos em maquinário, em novas plantas, novas tecnologias”, tudo impulsionado pelas grandes tiragens de revistas, livros, catálogos, tabloides etc. “Eu lembro que naquela época a revista Veja chegou a fazer um milhão e duzentos, um milhão e trezentos de tiragem”, revela Antelo. 

Para ele, a crise está diretamente ligada à gradual disseminação das publicações on-line, que derrubaram a demanda e provocaram uma migração de boa parte da publicidade para outras mídias, deixando os parques gráficos com enorme capacidade ociosa. “Devido às compras de equipamentos e investimentos feitos em décadas anteriores, os clientes começaram a buscar alternativas para redução de preço. Como as gráficas estavam com muitos equipamentos e muitos deles até parados, começou-se a fazer uma redução enorme de margem [de lucro] e aí grandes gráficas começaram a entrar em colapso”, explica.

QUEDAS EM SÉRIE

De acordo com a série histórica da Pesquisa de Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, realizada anualmente pela FIPE (até 2018) e pela Nielsen (a partir de 2019), as editoras tiveram queda de faturamento de aproximadamente 25% entre 2006 e 2018, já considerada a inflação. As perdas foram mais acentuadas entre 2013 e 2018 (e particularmente entre 2013 e 2015, como se pode verificar no gráfico da página ao lado), coincidindo com a crise econômica que atinge o país. 

Segundo Vitor Tavares, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL) – que financia a pesquisa em parceria com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) –, apesar de todas essas dificuldades, o setor está reagindo. “Isso tudo foi reflexo da crise econômica, da crise política. Quando você tem menos empregos, o poder aquisitivo da população é menor, então interfere no consumo do livro. Mas o que a gente mais sentiu foi a quebra das duas maiores redes de livrarias. Quase 40% da produção do livro em papel no varejo era escoada pela Saraiva e pela Cultura. Depois do primeiro impacto, o mercado foi se acomodando, se reinventando e, usando muita criatividade, conseguiu estancar essa queda.”

Em 2019, o faturamento surpreendeu e teve crescimento de 6,1% (cujo valor corrigido pela inflação chegou a 10,7%), o que ajudou a amenizar as perdas dos anos anteriores e criou grandes expectativas para o futuro. No entanto, a retomada acabou arrefecida pela Covid-19.

“Tudo indicava que 2020 seria o ano da virada no setor editorial e livreiro. Aí veio a pandemia. De fato, naquele primeiro momento, nos dois primeiros meses, foi algo muito traumático, muito assustador para todos, tanto para o editor, quanto para distribuidor, quanto para o livreiro. Fecharam tudo, ninguém sabia o que ia fazer”, conta Tavares. “A gente estava esperando ter um crescimento em 2020 da ordem de 6,7%, mas no primeiro momento da pandemia a queda foi assustadora. Nos primeiros três meses foi algo em torno de 20 a 30% dependendo da editora”, explica.

Passado o susto, no entanto, as coisas voltaram a melhorar. “A gente percebeu que as pessoas em casa também tinham a leitura como um dos seus entretenimentos. As vendas de livros pela internet tiveram um aumento da ordem de dobrar o faturamento”, afirma Tavares.

O presidente da CBL também notou um aumento na venda dos livros digitais (e-books), que, segundo ele, vieram para ficar, mas não para substituir os impressos. “As pessoas às vezes fazem o download e o livro é tão bom que a pessoa acaba comprando o livro em papel e vice-versa. São duas plataformas complementares”. Por outro lado, ele acredita que as vendas de livros pela internet se tornarão predominantes, pela comodidade que oferecem, mas que isso não inviabilizará a existência de boas livrarias físicas especializadas.

REVISTAS

crise do mercado editorial também debilitou a produção jornalística impressa, em particular as revistas. Tanto os veículos de grande circulação, como a Veja, quanto aqueles voltados a determinados nichos de mercado, como a Cidade Nova e a Família Cristã, foram atingidos. 

A Irmã Viviani Moura, 33, jornalista e diretora da publicação da Congregação das Irmãs Paulinas, fala um pouco sobre sua experiência: “Com o advento da internet, muitas mudanças aconteceram de forma muito rápida, alterando rumos, costumes e meios. Hoje, as pessoas têm a possibilidade de um maior acesso à informação e houve um aumento no consumo de conteúdo digital. A editora Paulinas também foi envolvida nesse processo de mudanças e investe no livro digital. Com a revista Família Cristã, aconteceu o mesmo. Ao longo de 86 anos de história, a revista precisou se reinventar em muitos momentos para continuar cumprindo a sua missão”, explica. 

“Hoje, a revista é oferecida como um portal de conteúdos voltado para toda a família, trazendo os leitores que já eram leitores da revista impressa e alcançando as gerações jovens, familiarizadas com o digital. Nesta nova fase da Família Cristã, o trabalho nas redes sociais tem sido fundamental, pois é o ambiente no qual as famílias estão presentes”, conclui a jornalista, para quem o investimento no universo digital tem proporcionado muitos aprendizados.

Fonte: https://www.cidadenova.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF