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domingo, 29 de agosto de 2021

Rede social censura “Glória a Deus” tachando a frase de “discurso de ódio”

Isa Deschamps | Facebook / Arte sobre imagem Pixabay (Creative Commons)
Por Francisco Vêneto

Dezenas de usuários denunciaram o fato nesta semana e o comprovaram com imagens;

Uma rede social censura “Glória a Deus” tachando esta frase como “discurso de ódio”, segundo denúncias de uma usuária da própria rede, Isa Deschamps, confirmada por dezenas de outros usuários que postaram a mesma frase e obtiveram como retorno a mesma mensagem de alerta:

“É possível que este comentário não siga nossos Padrões da Comunidade. Seu comentário está no Facebook, mas é similar a outros comentários removidos por não seguirem os nossos padrões sobre discurso de ódio”.

Trata-se do Facebook. A rede apresenta em seguida a opção de excluir o comentário ou ignorar a mensagem.

Isa Deschamps divulgou uma captura de tela em que apresenta esse alerta. Ela comentou:

“Novas do Foicebook: Não podemos comentar: ‘Glória a Deus! Aleluia!’ Tentem escrever esta expressão aqui nos comentários para ver se acontece com vcs também”.

Foi quando muitos outros internautas confirmaram o fato, publicando eles próprias as suas capturas de tela para demonstrar a censura.

Um deles foi o pe. Allan Victor Almeida Marandola, que declarou:

“Eu fiz o teste, e é verdade! Uma verdade satânica!”.

Rede social censura “Glória a Deus”

Não se trata do primeiro caso de censura anticristã cometida pela rede social de Mark Zuckerberg.

Em 2017, o Facebook simplesmente baniu dezenas de páginas católicas, entre as quais a brasileira “Papa Francisco – Amigos e Amigas”, parceira de Aleteia.

Em 2018, o Facebook censurou uma imagem que representava o Papai Noel ajoelhado perante o Menino Jesus, classificando-a, absurdamente, como “violenta ou explícita”. A rede social só voltou a exibir a imagem depois que a denúncia de censura viralizou na internet.

Em abril de 2021, o Facebook censurou a imagem de sacerdotes usando batina alegando tratar-se de “conteúdo sensível” que poderia “incomodar algumas pessoas”.

Fonte: Aleteia

XXII DOM TEMPO COMUM - Ano "B"

Dom Paulo Cezar | arquibrasília

Por Dom Paulo Cezar Costa / Arcebispo de Brasília

A interioridade do ser humano

            A Palavra de Deus, no Evangelho deste domingo, coloca diante de nós a questão da exterioridade e da interioridade do ser humano. Vive-se, hoje, numa cultura da exterioridade, a que valoriza a corporeidade, a aparência etc. Esta questão estava também no centro da vida religiosa do tempo de Jesus. Os fariseus e mestres da Lei estão preocupados com a exterioridade: lavar mãos, lavar objetos, banhar-se etc. Eram preceitos importantes, que nós chamaríamos regras de boa educação, e estavam no centro da discussão religiosa.

Jesus, no Evangelho deste domingo (Mc 7, 1-8. 14-15.21-22) e em outros momentos, aponta para a realidade central da vida humana: a interioridade. Os fariseus e mestres da Lei estavam preocupados com os preceitos exteriores, mas Jesus remete para a interioridade: “Escutai todos e compreendei: o que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai do seu interior”. O ensinamento de Jesus, aqui, é claro e fácil de ser compreendido. O puro e impuro não deve ser procurado fora do ser humano, nas coisas exteriores, mas dentro do homem, na interioridade, no coração. Coração entendido no sentido semita, como princípio do agir humano, como princípio das nossas ações. A interioridade deve ser entendida como a forma de pensar, de conceber aquelas ideias que estão lá dentro de nós e que norteiam a nossa vida, as nossas decisões.

O Evangelho remete para aquilo que chamamos de consciência, para a necessidade da formação da consciência, para a interioridade da pessoa humana. O Catecismo da Igreja Católica, nº 1776 diz: “Na intimidade da consciência, o homem descobre uma lei. Ele não a dá a si mesmo, mas a ela deve obedecer. Chamando-o sempre a amar e fazer o bem e a evitar o mal, no momento oportuno a voz desta lei ressoa no íntimo de seu coração … É uma lei inscrita por Deus no coração do homem”.

Jesus afirma que o mal não está no que entra na pessoa humana, mas naquilo que vem da sua interioridade: “Pois é de dentro do coração humano que saem as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo” (Mc 7, 21-22). As ações más, antes de serem praticadas, são concebidas na nossa interioridade, no nosso coração. É preciso formar a interioridade. Sem a formação da interioridade, da consciência, tem-se cada vez mais um ser humano que vai perdendo os referenciais éticos e morais da vida. A formação da consciência é um processo que se inicia na família, que tem um papel fundamental e irrenunciável, pois é de pequeno que o ser humano vai aprendendo a conceber o bem, os valores e vai evitar o mal. Todas as instâncias da sociedade possuem um papel fundamental neste processo educativo. Papa Francisco, citando um provérbio africano, diz que “é preciso toda uma aldeia para educar uma criança”. Todos são agentes na formação da consciência: família, igrejas, escolas, meios de comunicação etc. O grande perigo da vida de uma sociedade torna-se o ir perdendo os referencias éticos e morais, caindo numa cultura niilista, do nada. Quando se vai renunciando aos princípios éticos, na vida de uma sociedade, corre-se o risco ir-se minando as condições da vida social. Que esta palavra de Deus nos ajude a termos uma medida alta da vida, dos processos e instrumentos de formação da consciência moral e da vida em sociedade.

Fonte: Arquidiocese de Brasília

Santa Sé suprime comunidade religiosa com presença no Brasil

A cúpula da Basílica de São Pedro. Foto: Daniel Ibáñez/CNA

Vaticano, 27 ago. 21 / 03:28 pm (ACI).- A Santa Sé teria extinguido a Comunidade Regina Pacis, sociedade de vida apostólica com sede em Verona, Itália, informou a agência de notícias local L’Arena di Verona. A decisão da Santa Sé teria sido tomada em 17 de julho e o bispo de Verona, dom Giuseppe Zenti, teria informado a sociedade da decião no dia 17 de agosto.

A Comunidade Regina Pacis foi fundada em 1986 pelo casal Alessandro Nottegar e Luisa Scipionato Nottegar como comunidade católica dedicada à oração, evangelização e serviço aos pobres.  Nottegar, que era médico, morreu aos 42 anos, dois meses depois da fundação da comunidade e foi declarado “venerável”, um dos passos no rumo da canonização, pelo papa Francisco em 2017. A viúva e as três filhas do casal continuaram a comunidade.

Os primeiros membros da Regina Pacis eram casais casado e famílias, mas o grupo depois acolheu religiosos e religiosas assim como padres.

No Brasil, a Comunidade Regina Pacis está presente em três cidades, Quixadá (CE), Fortaleza (CE) e Feira de Santana (BA). Além de atividades religiosas, a comunidade realiza também obras sociais e é mantenedora da Associação Alessandro Nottegar, uma instituição beneficente, filantrópica e de assistência social, responsável pelas escolas Rainha da Paz, em Quixadá e Fortaleza, e Maternal Menino Jesus, em Feira de Santana.

Em nota enviada ao site Diário de Quixadá em 11 de agosto, a Comunidade Regina Pacis afirmou que a decisão da Santa Sé “se refere, exclusivamente, à comunidade religiosa e não às obras sociais” e que “todas as providencias cabíveis estão sendo tomadas”.

“Independentemente da decisão mencionada, o foco da comunidade é e sempre foi o desenvolvimento das suas ações à luz dos princípios constitucionais, voltando-se para a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar, divulgar o pensamento, a arte e o saber, além do pluralismo de ideais e de concepções pedagógicas e possui como propósito contribuir para o enaltecimento da educação no Brasil, pautando-se pela qualidade, pela ética, pelos referenciais cristãos e pelo respeito à dignidade da pessoa humana. Estando regularmente constituída conforme as normas vigentes brasileiras, sua prioridade é e sempre foi o atendimento das suas finalidades estatutárias, beneficiando os mais vulneráveis”, diz a comunidade.

A diocese de Verona já havia feito uma inspeção da comunidade há quatro anos. Depois disso a Santa Sé nomeou dois comissários pontifícios para fazer sua própria inspeção.

A carta do bispo Zenni cita trecho do decreto de supressão da Congregação para os Intitutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica segundo o qual encontraram-se dificuldades de relacionamente entre membros da Comunidade e “deficiências institucionais, especialemente de governança”.

Sempre segundo L’Arena di Verona, o decreto diz que “a Comunidade Regina Pacis não mostra ter adquirido uma maturidade carismáticco-institucional que possa garantir desenvolvimento saudável no futuro”, que ela carece de “originalidade e confiabilidade do carisma fundador”, e tem “pouca consistência dos textos inspiracionais, especialmente na esfera eclesiológica e na formação da associação”.

A visitação da Santa Sé à comunidade foi feita pela irmã Marisa Adami, das Irmãs da Sagrada Família e pelo padre Amedeo Cencini. Cencini liderou a investigação da Comunidade Ecumênica de Bose em 2019 que levou à remoção do fundador dela, padre Enzo Bianchi.

Fonte: ACI Digital

Bispos do Peru: orientar a democracia para a liberdade

Presidente Castillo  (AFP or licensors)

Em uma mensagem intitulada "Com passos decisivos, vamos tornar nosso Peru grande" e publicada na véspera da apresentação do novo governo, os bispos do país latino-americano afirmam que compartilham "os sofrimentos e as grandes incertezas" que o Peru está vivendo.

Vatican News

Buscar o bem comum, sem exasperar, exacerbar e polarizar, orientando a democracia para a liberdade. Evitar todo autoritarismo e combater todas as formas de discriminação e pobreza a fim de percorrer um caminho em direção à igualdade e à fraternidade. Promover a amizade social, o cuidado com a diversidade cultural e a biodiversidade. Estas são as diretrizes indicadas pela Conferência Episcopal do Peru em uma mensagem na véspera da apresentação do novo governo do Presidente Pedro Castillo ao Congresso. Os prelados sublinham "com profunda preocupação" que a extrema polarização política está criando "incerteza no país", com repercussões em todos os setores da sociedade, especialmente para os mais pobres e vulneráveis.

Problemas educacionais e falta de trabalho

Traçando uma visão geral da situação atual no Peru, os bispos indicam entre os problemas "o doloroso e histórico abandono de milhares de cidadãos peruanos nos subúrbios do país". Uma situação que causa dor e ressentimento, além de acentuar as já grandes desigualdades sociais. Entre os problemas exacerbados pela pandemia está o sofrimento dos peruanos devido à "falta de trabalho, ao alto custo de vida e ao medo de investir" no país. Os pais também estão preocupados que com o ensino à distância, "muitos dos objetivos de aprendizagem não estão sendo alcançados". Muitos estudantes em condições de extrema pobreza também não tiveram acesso a ferramentas digitais. Tudo isso, lembram os bispos peruanos, está acontecendo enquanto muitas "crianças e adolescentes estão mostrando sinais claros de problemas de saúde mental e emocional devido à falta de contato direto com seus professores e colegas de classe".

Trabalhar em prol do bem comum

A Conferência Episcopal do Peru também está apelando para que o governo forneça vacinas a todos para combater o avanço da pandemia relacionada à Covid. E convoca todos os peruanos a se vacinarem. Em uma sociedade polarizada, os bispos pedem que a fé seja um instrumento que contribua "para a reconciliação e a superação das polarizações, gerando uma cultura de encontro e de diálogo". Intolerância, indiferença e discriminação", lê-se na mensagem, "não devem continuar a prevalecer em nossa convivência", dando lugar à busca da "reconciliação e do bem-estar de todos". Finalmente, o episcopado peruano reitera sua "disposição de dialogar com as autoridades governamentais". "A Igreja", concluem os bispos, "estende suas mãos e renova sua vontade de construir pontes e de trabalhar juntos em fraternidade e amizade social, para o bem comum, o desenvolvimento humano integral e para fortalecer a democracia". "Que o Senhor dos milagres abençoe o Peru".

No dia 1º de agosto passado no Angelus, vendo algumas bandeiras peruanas, o Papa Francisco disse: "Eu saúdo vocês, peruanos, que têm um novo presidente. Que o Senhor abençoe sempre seu país".

Fonte: Vatican News

Santa Joana Maria da Cruz

Sta. Joana Maria da Cruz | ArquiSP
29 de agosto

Santa Joana Maria da Cruz

Joana nasceu numa aldeia de Cancale, França, em 25 de outubro de 1792. Seu pai era um pescador e morreu no mar quando ela tinha quatro anos. Logo conheceu a pobreza e começou a trabalhar como empregada num castelo. Sustentava a família enquanto ajudava os idosos abandonados e pobres. Joana era sensível à miséria dos idosos que encontrava nas ruas, dividindo com eles seu salário, o pão e o tempo de que dispunha.

Aos dezoito anos de idade, recusou uma proposta matrimonial de um jovem marinheiro, sinalizando: "Deus me quer para ele". Aos vinte e cinco anos, deixou sua cidade para ser enfermeira no hospital Santo Estêvão. Nesse meio tempo, ingressou na Ordem Terceira fundada por são João Eudes.

Deixou o hospital em 1823 e foi residir e acompanhar a senhorita Lecoq, mais como amiga do que enfermeira, com quem ficou por doze anos. Com a morte da senhorita Lecoq, herdou suas poucas economias e a mobília. Assim, sozinha, associou-se à amiga Francisca Aubert e alugaram um apartamento, em 1839. Lá acolheu a primeira idosa, pobre, doente, sozinha, cega e paralítica. Depois dessa, seguiram-se muitas mais. Outras companheiras de Joana uniram-se a ela na missão e surgiu o primeiro grupo, formando uma associação para os pobres, sob a condução do vigário do hospital Santo Estêvão.

Em 1841, deixam o apartamento e alugam uma pequena casa que lhes permite acolher doze idosos doentes e abandonados. Sozinha, Joana inicia sua campanha junto à população para recolher auxílios, tarefa que cumprirá até a morte. Mas logo sensibiliza uma rica comerciante e com essa ajuda consegue comprar um antigo convento. Ele se tornou a Casa-mãe da nascente Congregação das Irmãzinhas dos Pobres, sob a assistência da Ordem Hospedeira de São João de Deus, hábito que depois recebeu, tomando o nome de Joana Maria da Cruz. Adotando o voto de hospitalidade, imprimiu seu próprio carisma: "A doação como apostolado de caridade para com quem sofre por causa da idade, da pobreza, da solidão e outras dificuldades".

Assim foi o humilde começo da Congregação, que rapidamente se estendeu por vários países da Europa. Quando Joana morreu na França, em 29 de agosto de 1879, na Casa-mãe de Pern, as irmãzinhas eram quase duas mil e quinhentas, com cento e setenta e sete casas em dez países.

Em setembro de 1885, estabeleceram-se na América do Sul, fundando a primeira Casa na cidade de Valparaíso, no Chile, a qual logo foi destruída por um terremoto e reconstruída em Viña del Mar. Atualizando-se às necessidades temporais, hoje são quase duzentas casas em trinta e um países na Europa, América, África, Ásia e Oceania.

Uma obra fruto da visão da fundadora, Joana Jugan, madre Joana Maria da Cruz, que "soube intuir as necessidades mais profundas dos anciãos e entregou sua vida a seu serviço", para ser festejada no dia de sua morte, como disse o papa João Paulo II quando a beatificou em 1982.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

sábado, 28 de agosto de 2021

O CAMINHO NEOCATECUMENAL NA ATUALIDADE

neocatechumenaleiter

O CAMINHO NA ATUALIDADE

Em 19 de julho de 2016 morre Carmen Hernández, iniciadora do Caminho com Kiko Argüello, e é sepultada no Seminário “Redemptoris Mater” de Madri. Ficando incompleta a equipe responsável internacional e a pedido da Santa Sé – segundo indicam os Estatutos do Caminho –, um ano e meio depois, passa a integrar a equipe a espanhola María Ascensión Romero, itinerante durante 25 anos na Rússia.

O Caminho Neocatecumenal está a serviço dos bispos e dos párocos como itinerário de redescobrimento do Batismo e de formação permanente na fé e é proposto aos fiéis que desejam reavivar em sua vida a riqueza da iniciação cristã.

O Caminho – cujo itinerário se vive nas paróquias, em pequenas comunidades constituídas por pessoas de diversas idades e condições sociais – leva, gradualmente, os fiéis à intimidade com Jesus Cristo e os transforma em sujeitos ativos na Igreja e testemunhas da Boa Notícia. É um instrumento para a Iniciação Cristã dos adultos que se preparam para receber o batismo.

Atualmente, o Caminho Neocatecumenal está presente em 134 nações dos 5 continentes, com 21.300 comunidades em 6.270 paróquias. Conta com 1.668 famílias em missão, das quais 216 são missões “ad gentes” em cidades descristianizadas nos 5 continentes, e com 125 seminários Diocesanos Missionários “Redemptoris Mater”.

Fonte: https://neocatechumenaleiter.org/

Papa: ir às periferias, que estão repletas de solidão e feridas

Papa Francisco com membros da Associação Lázaro | Vatican News

Um pequeno grupo da Associação Lázaro já havia sido recebido pelo Papa em maio deste ano. Agora mais numerosos, eles voltaram ao Vaticano para celebrar com Francisco os seus 10 anos de fundação. E ouviram do Pontífice palavras de encorajamento.

Vatican News

O Papa Francisco encerrou suas atividades neste sábado recebendo, no Vaticano, os membros da Associação Lázaro, que está completando 10 anos de existência.

O projeto nasceu na França com a finalidade de dar um lar às pessoas em situação de rua. Mais do oferecer um abrigo, a experiência dos membros da Associação é morar com essas pessoas nas casas e compartilhar o seu cotidiano. Hoje, 10 anos depois, o projeto cresceu e está presente na Bélgica, na Espanha e no México.

“Agradeço a Deus pela bela experiência que estão tendo na coabitação e fraternidade que vivem no dia a dia”, escreve o Papa no discurso que foi entregue, definindo o projeto como “uma vitrine da amizade social que todos somos chamados a viver”.

“Num ambiente cheio de indiferença, individualismo e egoísmo, faz-nos compreender que os valores da vida autêntica se encontram em acolher as diferenças, respeitar a dignidade humana, escutar, cuidar e servir os mais humildes.”

Não desistam

Na sociedade, pode-se sentir isolado, rejeitado e sofrer de exclusão. “Mas não desistam, não se desencorajem”, foram as palavras do Pontífice.

Francisco os encorajou a permanecerem firmes em suas convicções e fé. “Vocês são a face amorosa de Cristo. Então espalhem à sua volta este fogo de amor que aquece corações frios e secos.”

A exortação do Papa prosseguiu pedindo que os membros da Associação possam ir para as periferias, “que estão frequentemente cheias de solidão, tristeza, feridas interiores e perda do gosto pela vida”.

“Com as suas palavras e ações, derramem o óleo de consolação e cura sobre os corações feridos. Quero repetir: Deus os ama.”

O Santo Padre concluiu concedendo a sua bênção apostólica. 

Fonte: Vatican News

4 fatos surpreendentes sobre o poder da Eucaristia

ALETEIA
Por Theresa Nobre

Ela é obra e dom de toda a Trindade.

“A Eucaristia nos é dada como obra e dom de toda a Trindade” (Pe. Raniero Cantalamessa, OFM)

Uma amiga me contou, dias atrás, que seu pai ajudava a mãe na cozinha em várias tarefas, inclusive em uma bem tediosa: descascar nozes, classificá-las e guardá-las em sacos – e depois dar uma parte delas a amigos e familiares. Ele faleceu. Alguns meses mais tarde, minha amiga foi pegar algumas das nozes no freezer e parou para pensar, com carinho, que seu pai tinha partido, mas deixara aquele alimento cuidadosamente pronto.

Não foi difícil para essa minha amiga traçar um paralelo quase imediato com a Eucaristia. Quando Jesus sabia que estava prestes a ascender ao céu, deixou para os seus amigos não apenas alimento terreno que os nutrisse, mas seu próprio Corpo e Sangue.

Estamos cuidados.

Estamos bem cuidados.

Temos um Pai celestial que conhece todas as nossas necessidades e cuida de satisfazê-las. Nosso pão de cada dia não é só um símbolo ou só uma subsistência terrena: é verdadeiro alimento espiritual, é a Carne real e o Sangue real de nosso Salvador, Deus feito homem. A Eucaristia é o alimento que transcende a cerimônia e tem sua essência e seu poder enraizados na própria Trindade.

Eis alguns dos efeitos surpreendentes da Eucaristia

1. União com Cristo

Receber Jesus na Eucaristia funde o nosso ser com o de Cristo. São Cirilo de Alexandria o descreve como “quando a cera derretida se funde com outra cera”. A jornada cristã consiste em tornar-se como Cristo, em “permanecer nele” – e Ele em nós. A Eucaristia é o meio para que isto aconteça.

2. Destruição do pecado venial

A Eucaristia destrói o pecado venial. Destrói! O fervor da nossa caridade pode ser afetado pelo pecado venial, mas, quando recebemos a Eucaristia, nos unimos à própria Caridade, que queima todo vestígio de pecado venial e nos deixa limpos, prontos para recomeçar.

3. Preservação contra o pecado mortal

Assim como devemos abster-nos de receber a Eucaristia quando conscientes de estar em pecado mortal, também devemos recebê-la tanto quanto possível quando em graça, porque ela nos preserva e nos ajuda a evitar o pecado grave. O poder da Eucaristia lava o pecado venial da nossa alma e a recobre de uma “camada protetora” contra o pecado mortal!

4. Relação pessoal com Jesus

Todo cristão sabe da importância da relação pessoal com Jesus, mas é principalmente através da Eucaristia que podemos realmente viver o encontro com a Pessoa de Jesus, presente na Hóstia Santa. Bento XVI, na Sacramentum Caritatis, nos esclareceu:

Há hoje uma necessidade de redescobrir que Jesus Cristo não é apenas uma convicção privada ou uma ideia abstrata, mas sim uma Pessoa real, cuja participação na história humana é capaz de renovar a vida de cada homem e de cada mulher. Por isso, a Eucaristia, como fonte e ápice da vida e da missão da Igreja, deve ser traduzida em espiritualidade, em uma vida vivida ‘de acordo com o Espírito’“.

Fonte: Aleteia

Quanto sofres nesta vida miserável que tanto amas!

Guadium Press
Vale a pena tanto sofrimento nesta vida? Se não for por amor à vida eterna, de que valem tantos esforços, fama, dinheiro, trabalhos e fadigas? Para aliviar o peso da vida terrena, Deus entregou os Mandamentos. Com eles, “o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”

Redação (27/08/2021 10:41Gaudium Press) “Disse o Senhor a um certo jovem: ‘Se queres chegar à vida, guarda os mandamentos’. Não disse: ‘Se queres chegar à vida eterna’, mas: se queres chegar à vida, chamando simplesmente vida à vida eterna.

Analisemos acima de tudo o amor a esta vida. De fato, esta vida é objeto de amor, qualquer quer seja, seja como seja, ainda que esteja cheia de tribulações e misérias, os homens têm medo de que ela acabe e, por isso, se enchem de pavor.

Daqui se pode ver e considerar o quanto se deve amar a vida eterna, pelo tão grande amor que se tem a esta vida miserável que há de terminar algum dia.

Considerai, irmãos, o quanto se deve amar a vida que nunca termina. Vós amais esta vida na qual tanto vos fatigais, correis, vos preocupais e ansiais; apenas podem contar as coisas necessárias nesta mísera vida: semear, arar, replantar, navegar, moer, cozinhar, tecer; e depois de tudo isso, vos encontrais com uma vida que se acaba. Vede quanto tendes que sofrer nesta vida miserável que tanto amais.

Por Cícero Leite

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Jornalista católica: Nova regulamentação em Cuba busca nos calar

Imagem ilustrativa / Crédito: Pexels
Por Diego López Marina | ACI Prensa

REDAÇÃO CENTRAL, 27 ago. 21 / 04:34 pm (ACI).- A jornalista Neife Rigau, da revista independente La Hora de Cuba, disse que o Decreto-Lei 35, que regula as telecomunicações é uma tentativa do regime comunista de “silenciar a sociedade cubana” após os protestos de 11 de julho. “Com esse decreto, eles tentam silenciar a sociedade cubana e o nosso papel como jornalistas. Nosso papel é fazer com que, tanto os cubanos como o mundo, saibam o que acontece nos povoados e bairros de Cuba. Se deixarmos que nos amedrontem, deixaremos a sociedade um pouco órfã, porque estes são momentos em que o jornalismo e a comunicação são fundamentais para conseguir mudanças na ilha”, declarou a jornalista católica de 22 anos em entrevista à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI.

O governo cubano publicou, na terça-feira, 17, uma série de regras que tipificam, pela primeira vez, crimes cibernéticos, podendo resultar em sanções penais. As redes sociais e a internet, que em Cuba chegou aos celulares em 2018, foram as ferramentas que permitiram à população se organizar em diversas localidades do país para se mobilizarem exigindo liberdade e melhores condições de vida. Em Cuba, o governo comunista controla os meios de comunicação de massa, como rádios, televisão e jornais impressos.

Através de fotos e vídeos das marchas compartilhadas nas redes sociais, foi possível difundir a repressão do regime aos protestos para outros países. Por causa desse fluxo de informação, o governo cortou o serviço de internet em toda a ilha durante quase uma semana enquanto respondia com violência, detenções arbitrárias e julgamentos sumários.

A ONG espanhola de defesa legal dos direitos humanos, Prisoners Defenders, reportou em 3 de agosto uma lista de 272 condenados e presos políticos, num período de 20 dias, após o início dos protestos.

“Não é novidade o fato deles terem agido de forma repressiva contra os cidadãos que se expressam através das redes sociais. Mas agora eles têm apoio legal para exercer esse tipo de ação” com o novo decreto, disse Rigau.

As novas regras estabelecem 17 delitos de “cibersegurança”, tipificados em níveis de “periculosidade” que vão de “média” a “muito alta”.

De acordo com a mídia independente El Diario de Cuba, agora é crime “compartilhar nas redes sociais notícias falsas, mensagens ofensivas ou ‘difamação com impacto no prestígio do país`, sendo este último caso algo bastante ambíguo”.

“Serão consideradas como ´difusão prejudicial` as publicações de conteúdos que ´violem os preceitos constitucionais, sociais e econômicos do Estado` ou que ´incitem à mobilização ou a outros atos que alterem a ordem pública; difundam mensagens que façam apologia à violência, acidentes de qualquer tipo que afetem a intimidade e dignidade das pessoas`”, continuou o jornal.

A jornalista Rigau, que mora em Camagüey, disse à ACI Prensa que “diante do Decreto-Lei 35 não nos resta outra opção a não ser continuar nos expressando, fazendo jornalismo e denunciando as injustiças e falsidades que o regime cubano tenta mostrar ao mundo”.

“As ações repressivas do governo contra os jornalistas, repórteres e comunicadores vão desde a prisão domiciliária ou prisão até coisas mais simples, como o corte da internet durante horas ou dias, como eles vêm fazendo há anos”, disse a jornalista, que também trabalhou para a Conferência dos Bispos Católicos de Cuba e na Pastoral Juvenil Inaciana da Companhia de Jesus.

Em Cuba, não há liberdade de imprensa porque a Constituição proíbe a propriedade privada dos meios de comunicação social. Embora existam alguns meios de comunicação independentes na internet, eles têm pouco alcance porque a internet é de má qualidade e cara. Além disso, o acesso público ao wi-fi gratuito é praticamente inexistente.

A ONG francesa, Repórteres Sem Fronteiras, afirmou que “Cuba continua sendo, ano após ano, o país com a pior qualificação em matéria de liberdade de imprensa na América Latina” e que a nomeação de Díaz-Canel em 2018 não gerou nenhuma mudança.

O regime cubano detém um monopólio quase absoluto da informação e tenta entravar, por todos os meios, o trabalho da imprensa independente com detenções arbitrárias, ameaças de prisão, perseguição, assédio, buscas domiciliárias ilegais, confisco e destruição de material jornalístico, afirmou a ONG.

Na entrevista com a ACI Prensa, Neife Rigau contou que também sofreu pessoalmente a repressão do regime contra a imprensa.

No dia 11 de julho, ela e seus colegas Henry Constantin e Iris Mariño foram detidos durante 10 dias e acusados de suposto delito de desordem pública, apesar de só terem feito a cobertura das manifestações para o seu jornal, La Hora de Cuba.

“Eles abriram um processo judicial contra nós, que durou 42 dias, até o dia 23 de agosto passado. A promotoria encerrou o caso e pôs fim à prisão domiciliar. Mas fomos obrigados a pagar uma multa de 1000 pesos cubanos”, contou ela.

Muitas pessoas “ainda estão sendo processadas ou condenadas por participar do 11 de julho ou por terem publicado vídeos sobre aquele dia”, disse Rigau. “Todos os casos foram julgados como crimes comuns, como desordem pública, desacato ou atentado”, juízo que o governo utiliza “contra opositores e ativistas pelos direitos humanos”, acrescentou.

Sobre o uso da internet na ilha, Neife Rigau explicou que, nos últimos meses e em anos anteriores, muitas pessoas foram citadas “pela segurança do Estado por fazerem comentários ou publicações nas redes sociais, sobretudo no Facebook, que é a rede mais utilizada em Cuba”.

“Em 2018 começou a haver uma certa abertura com a implementação das comunicações através de dados móveis. Desde aquele momento, as redes sociais desempenharam um bom papel ao denunciar tudo aquilo que não pode ser feito de forma presencial, porque é arriscado e porque finalmente os resultados não seriam os mesmos”, afirmou.

Rigau acredita que agora, com a aprovação do Decreto-Lei 35, nada mais será igual. “Qualquer pessoa que tente se expressar nas redes sociais poderá ser perseguida ou punida por exercer seu direito”, lamentou.

“Como o governo sabe que a internet é a ferramenta que as pessoas usam para se expressar, estão tentando amedrontar ou limitar essa via de expressão. Aquele que se expressa livremente, mas contra a ideologia que o regime impõe, pode ser reprimido. O poder executivo tem uma e mil maneiras de reprimir”, explicou.

Quanto à profissão que ela vem desempenhando, Rigau disse que “trabalhar em um meio de comunicação em Cuba é uma experiência enriquecedora, por todos os desafios” que implica. “Ser jornalista independente em uma ilha onde a liberdade de expressão é bastante limitada sempre exige desafios, já que a gente pode receber ameaças nas redes sociais ou na vida real, como ameaças de morte, de prisão ou contra familiares”, afirmou.

Sobre o futuro de Cuba, Rigau acha que ele é “difuso”, devido ao panorama “desolador” do presente, no qual, “por um lado, está a repressão do governo e, por outro, o desabastecimento e a crise sanitária tão grande”.

“Só espero que o mal-estar social pela situação do país ajude a que as mudanças aconteçam progressivamente, que possa haver melhorias e que os cidadãos ganhem mais espaço nas instituições e na sociedade”, disse ela.

Para Rigau, “a mudança em Cuba será lenta, porque houve muitos danos antropológicos e institucionais. Mas acho que, pouco a pouco, pequenos passos serão dados para ajudar na transição que sonhamos, para uma Cuba democrática”.

Fonte: ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF