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domingo, 30 de abril de 2023

Os grandes santos que fizeram a história da Hungria

jorisvo - Zvonimir Atletic - BB2 - Renata Sedmakova via Shutterstock
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De 28 a 30 de abril, o Papa Francisco visita a Hungria, uma nação cristã onde a fé e as raízes estão intimamente ligadas. Construída nos séculos X e XI por uma impressionante "dinastia santa" de mártires, reis, princesas e bispos, esse país mantém com especial fervor a gloriosa memória de seus grandes santos nacionais.

I. Santos húngaros antes da Hungria

São Quirino da Sescia (desconhecido-309): o primeiro mártir

Nascido em Sabaria – hoje Szombathely – no início do século IV, Quirino foi um mártir cristão que se recusou a renegar sua fé durante as perseguições de Diocleciano em 309. Torturado pelo governador da Panônia (uma província húngara do Império), ele foi jogado no rio Sibaris com uma pedra de moinho amarrada aos pés. Seu corpo foi recolhido e preservado pelos cristãos locais. Mais tarde, ele foi transferido para Roma para ser preservado do vandalismo durante as grandes invasões. Seus restos mortais agora repousam na Basílica de San Sebastiano, na Via Appia.

São Martinho de Tours (316-397): o evangelizador da Gália

Originário de Sabaria, na Panônia (atual Hungria), no início do século IV, esse filho de um magistrado militar do Império Romano tornou-se legionário e foi enviado para a Gália. Atraído pelo cristianismo apesar de sua educação pagã, Martinho teve uma famosa conversão mística um dia em uma estrada. Um dia, em uma estrada, ele encontrou um homem pobre e decidiu cortar sua capa de legionário e lhe dar metade dela. Cristo então apareceu para ele usando a parte do manto que ele havia oferecido. Abruptamente convertido, ele continuou a lutar no exército por dois anos antes de ser batizado e começar a levar uma vida de eremita. Reconhecido por sua santidade durante sua vida, foi eleito bispo de Tours em 371. Grande evangelista, é venerado na França, mas também em seu país natal, especialmente em sua terra natal, Szombathely.

II. Os santos fundadores da Hungria

Santo Estêvão: o primeiro rei

Filho de um príncipe húngaro pagão no século X, Vajk conheceu o bispo Adalberto de Praga, que o batizou e o rebatizou como Estêvão. Em 996, Estêvão se casou com Gisela, irmã do imperador Henrique II. Após a morte de seu pai, Estêvão assumiu o controle e fundou o Reino da Hungria no ano 1000. Ele foi coroado com uma coroa enviada pelo Papa Silvestre II, que lhe concedeu o título de “Rei Apostólico”. Durante quarenta anos, ele organizou seu reino e o evangelizou, trazendo missionários e construindo muitas igrejas. Considerado um soberano católico exemplar, ele é o santo padroeiro da Hungria. Ele está enterrado na Basílica de Albe Royale, hoje Székesfehérvar.

Beata Gisela da Hungria: uma rainha piedosa

Como irmã do imperador Henrique II, Gisela recebeu uma educação católica muito completa na corte ducal da Baviera. Depois que seus pais se desentenderam por muito tempo, Gisela se casou com Estêvão, um príncipe húngaro que fundou o reino da Hungria no ano 1000 com a bênção do papa e do imperador. Essa união foi possível graças à conversão de Estêvão. Diz-se que ela deu muitos filhos ao marido, inclusive Santo Emérico da Hungria. Viúva em 1038, o sucessor de Estêvão, Pedro, comportou-se como um tirano e a forçou ao exílio na Baviera, onde ela se retirou para a abadia beneditina de Passau.

Santo Emérico (1007-1031): príncipe monge da Hungria

Filho mais novo do rei Estêvão e da rainha Gisela, o tutor de Emérico foi São Geraldo, então monge beneditino e futuro bispo de Csanad. Como seu irmão mais velho morreu muito cedo, Emérico foi cuidadosamente preparado para a realeza e levou uma vida particularmente piedosa, até mesmo ascética, na abadia de Pannonhalma, tornando-se amigo de São Maurício. No entanto, seu futuro real o obrigou a se casar com uma princesa bizantina, e seu pai tentou fazer com que ele sucedesse o imperador Henrique II na Baviera após a morte deste último em 1024. Embora fosse o parente mais próximo, sua causa não foi bem-sucedida, e foi Conrado II quem recuperou o trono e entrou em guerra contra a Hungria: Emérico participou da batalha e seu exército venceu, mas o príncipe renunciou à reivindicação da coroa da Baviera. Ele nunca reinou: em 1301, foi morto por um javali enquanto caçava. Ele está enterrado na Basílica de Royal Alba – hoje Székesfehérvar – ao lado de seu pai.

Santo Astrik, Santo Aldebert e Santo Maur: os primeiros bispos beneditinos

Originários da Boêmia, Astrik e Adalberto visitaram a Hungria com o objetivo de evangelizá-la. Adalberto fundou o mosteiro de Bresnov, em Praga, e Astrik fundou a abadia de Pannonhalma, a primeira instituição eclesiástica na Hungria, da qual se tornou o primeiro abade. Depois de se tornar bispo de Praga, Aldeberto batizou Estêvão da Hungria. Foi nomeado bispo de Esztergom e, portanto, o primeiro bispo do país. Como monge na Abadia de Pannonhalma, Maur foi um dos mais importantes apoiadores espirituais do Rei Estêvão. Ele se tornou abade de Pannonhalma e foi nomeado bispo de Pécs, onde construiu a primeira catedral em 1036. Essa figura intelectual e de grande espiritualidade se destacou por seus esforços para promover a paz em seu país, que estava passando por conflitos muito violentos.

São Geraldo de Csanád, São Bőd e São Bystrík de Nitra: os primeiros mártires da Hungria

Nascido em Veneza no final do século X, Gerardo Sagredo tornou-se monge beneditino e, em seu caminho para a Terra Santa, passou pela Hungria, onde o rei Estêvão ordenou que ele se tornasse tutor de seu filho Emérico. Inicialmente um eremita, ele foi nomeado bispo da diocese de Csanád, fundada pelo rei, e recebeu a tarefa de evangelizar uma população totalmente pagã. Juntamente com três outros bispos, Bőd, Bystrik e Beneta, ele foi atacado por uma multidão pagã. Bőd e Geraldo morreram como mártires, linchados com lanças e pedras na colina de Buda quando estavam a caminho da coroação do rei André em 1046. Bystrik e Beneta conseguiram escapar pelo Danúbio. Na outra margem, em Pest, Bystrik foi morto a espada, e apenas Beneta escapou, salvo pelos exércitos do rei André.

III. Uma dinastia sagrada

São Ladislau, um cavaleiro piedoso

Ladislau I foi rei da Hungria de 1077 a 1095. Ele consolidou o reino e expandiu suas fronteiras, e foi um modelo de cavalheirismo, impondo uma legislação rigorosa contra todas as ofensas à fé cristã. Atribui-se a ele a criação da diocese de Zagreb, na atual Croácia, que ele conquistou, e ele morreu com grande prestígio, muito apreciado por seu povo, cujo protetor justo ele procurou ser. Três anos de luto foram observados na Hungria.

Venerável Irene da Hungria: Imperatriz em Bizâncio

Filha do rei Ladislau, a jovem casou-se ainda muito jovem com João II Comneno, filho do imperador bizantino Alexis, por motivos políticos. Ela foi forçada a se converter à Igreja Ortodoxa e recebeu o nome de Irene. Tornou-se imperatriz após a ascensão de seu marido ao trono, mas não se envolveu na política. Como seu marido, ela era muito piedosa e fundou muitos monastérios. Essa mãe de oito filhos morreu em 1134. Ela é reconhecida como santa pelos ortodoxos e como venerável pelos católicos.

Santa Isabel da Hungria: soberana franciscana

Filha do rei André II da Hungria, um suserano no início do século XIII, Isabel casou-se com Luís IV aos 14 anos. Esse casal unido, apesar da natureza política de sua união, teve três filhos e viveu em grande pobreza, tendo adotado os princípios da vida franciscana. Diz a lenda que, ao levar pão aos pobres e escondê-lo sob sua capa, ela foi impedida pelo marido. Ela lhe disse que estava escondendo rosas sob o manto e, ao abrir o manto, milagrosamente deixou aparecer uma chuva de pétalas de flores. Sua atitude ascética escandalizou os que lhe eram próximos, mas ela permaneceu firme, apesar da morte do marido pela peste, que a deixou viúva com apenas vinte anos de idade. Recusando-se a se casar novamente, ela foi expulsa por seus sogros e acolhida por um tio bispo. Em seguida, dedicou toda a sua vida aos pobres, inspirada pela Terceira Ordem Franciscana, e liderou outras mulheres ao seu redor, morrendo aos 24 anos de idade.

Margarida da Hungria: Princesa dominicana

Sobrinha de Isabel da Hungria, a Princesa Margarida era filha do Rei Béla IV, o suserano húngaro que teve que enfrentar as invasões mongóis na época de seu nascimento. Seus pais prometeram consagrá-la a Deus para salvar seu país, e ela foi educada em um mosteiro dominicano em Veszprem. Desenvolvendo uma fé profunda, ela recusou qualquer casamento oferecido por seus pais e, contra o conselho deles, abraçou a pobreza da vida dominicana, doando todas as riquezas que lhe foram dadas. Ela ficou conhecida como uma asceta severa e mística. Pio XII a canonizou em 1943.

Santa Kinga da Polônia: padroeira da Polônia

Também conhecida como Cunegunda, Kinga era irmã de Margarida da Hungria. Contra sua vontade, ela se casou com o rei Boleslas V da Polônia. Como Margarida, ela sonhava em entrar na ordem dominicana, mas se recusou a consumar o casamento: o marido aceitou e decidiu viver uma vida pobre e casta com ela. Muito amada pelo povo polonês, ela vendeu tudo o que possuía quando o marido morreu e entrou para o mosteiro das Clarissas que havia fundado em Stary Sacz. João Paulo II a canonizou em 1999.

IV – Um santo das Guerras de Religião

Santo Étienne Pongracz: mártir de Košice

Nascido no final do século XVI na Romênia, de uma família húngara, Étienne Pongracz entrou para a Companhia de Jesus e foi treinado em Praga, Liubliana e depois na Áustria, onde foi ordenado. Enviado para ensinar perto de Košice, na atual Eslováquia, foi preso com dois outros companheiros, o jesuíta Melchior Grodziecki e um padre croata, Marko Krizin, pelo exército calvinista de Bethlen, príncipe da Transilvânia. Privados de alimento por vários dias, eles foram brutalmente torturados e todos morreram em decorrência de seus ferimentos. O escândalo foi imenso entre a população, que apreciava os três padres, e o príncipe Bethlen foi obrigado a enterrá-los com dignidade. João Paulo II os canonizou em Košice em 1995.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Mitos litúrgicos (7/16)

Basílica de Santo Agostinho em Roma | Presbíteros

Mitos litúrgicos

Mito 15. “O Ministério extraordinário da Sagrada Comunhão existe para promover a participação dos leigos.”

Não existe para isso, pois ordinariamente a função do leigo não é distribuir o Corpo de Deus.

Isso afirma expressamente a Instrução Redemptionis Sacramentum (n. 151): “Somente em caso de verdadeira necessidade se deverá recorrer à ajuda dos ministros extraordinários na celebração da liturgia. De fato, isto não está previsto para assegurar a participação mais plena dos leigos, mas é por sua natureza supletivo e provisório.”

O ministro ordinário da Comunhão Eucarística, pela unção do Sacramento da Ordem, é o sacerdote e o diácono (Cânon 910). Por isso, ordinariamente somente eles podem ministrar a Corpo de Nosso Senhor.

Havendo real necessidade, o ministro extraordinário pode distribuir a Comunhão Eucarística. Os ministros extraordinários são prioritariamente os acólitos instituídos (cânon 910). Não havendo acólitos instituídos disponíveis para isso, outros fiéis (religiosos ou leigos) podem atuar ministrando a Comunhão Eucarística, como aponta a Instrução Redemptionis Sacramentum (n. 155) Tais situações são, de fato, extraordinárias, como o próprio nome do ministério já o indica.

Portanto, é um equívoco afirmar que o Ministério Extraordinário da Comunhão Eucarística existe para promover o serviço do leigo, pois esta função não é, ordinariamente, uma atribuição do leigo, e em uma situação em que houvesse um número maior de ministros ordinários o ministério extraordinário não haveria razões para existir.

Quais seriam estas razões que indicariam esta “verdadeira necessidade” para o uso dos ministros extraordinários da Comunhão Eucarística? A própria Instrução responde: “O ministro extraordinário da sagrada Comunhão poderá administrar a Comunhão somente na ausência do sacerdote ou diácono, quando o sacerdote está impedido por enfermidade, idade avançada, ou por outra verdadeira causa, ou quando é tão grande o número dos fiéis que se reúnem à Comunhão, que a celebração da Missa se prolongaria demasiado. Por isso, deve-se entender que uma breve prolongação seria uma causa absolutamente suportável, de acordo com a cultura e os costumes próprios do lugar.” (n. 158) E ainda: “Reprove-se o costume daqueles sacerdotes que, apesar de estarem presentes na celebração, abstém-se de distribuir a Comunhão, delegando esta tarefa a leigos.” (n. 157)

 Fonte: https://presbiteros.org.br/

A Dimensão divina do HOJE

"Yo Soy el que Soy" / Shutterstock

Por Ana Lydia Sawaya

A eternidade de Deus entra no tempo do ser humano, entra na história, num momento preciso da passagem do tempo. O eterno torna-se visível, vida concreta.

Por uma monja beneditina camaldolense:

Hodie Christus natus est: Hodie Salvator apparuit:
Hodie in terra canunt Angeli,
laetantur Archangeli
Hodie exsultant justi, dicentes:
Gloria in excelsis Deo.
Alleluia.

[Hoje Cristo nasceu; Hoje o Salvador apareceu; Hoje os anjos cantam na terra; Os arcanjos se alegram; Hoje os justos exultam, dizendo: Glória a Deus nas alturas. Aleluia!]

Este canto maravilhoso que cantamos no Natal nos coloca – todos nós que vivemos aqui e agora – na presença de um fato tão misterioso… Hodie – o HOJE que cantamos na liturgia não é tanto uma categoria de tempo, mas uma categoria da nossa experiência, uma situação nova, um estado novo na nossa relação com Deus. O evento do nascimento de Jesus acontece dentro do tempo, mas transcende o tempo. É um acontecimento que tem uma dimensão escatológica, pois nos leva para a dimensão do final dos tempos, do cumprimento final de tudo. Isso quer dizer que podemos participar da vida de Jesus não apenas segundo a carne, como aqueles que viveram fisicamente ao lado de Jesus, como seus contemporâneos, mas da vida de Jesus realizada e imersa no Espírito Santo, o que muda radicalmente a vida e destino do ser humano. O cumprimento escatológico não é um simples cumprimento da vida e da história na sua realidade final, mas é um ponto de virada na história da humanidade, já presente, graças à paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo, dando assim um sentido novo e pleno ao destino do ser humano agora. Festejamos a natividade do mesmo modo que celebramos juntos a paixão, morte e ressurreição! E celebramos a admirável dignidade que nos foi dada com o Batismo no Espírito Santo e no fogo (conf, Lc 3,16)

Liturgia

Na liturgia, tempo e espaço são os termos, conceitos, realidades cujo significado e modo de entendê-los é muito diferente daquele filosófico. Na liturgia hodie – hoje – como o ano litúrgico todo, não significa uma realidade física, mas o esplendor, a faixa de luz da graça com a qual Deus Pai ilumina a vida de cada ser humano. Todo o ano litúrgico é uma grande memória da história da salvação. Memorar é uma necessidade crucial para o povo judeu do Antigo Testamento. Quantas vezes Deus chama o seu povo à memória, à memória das suas obras, do seu amor, da sua ação, do seu braço poderoso que o resgatou e salvou muitas vezes. É a memória que torna presente uma pessoa, os fatos, o amor. O ser humano sem memória já não sabe quem é. Quem não é lembrado não existe. É a memória que torna algo presente, real e atual. Para crer, alimentar a fé e a relação com Deus, é necessária a memória, uma memória sobrenatural que nos faça recordar as grandes obras de Deus. Na festa da Exaltação da Cruz cantamos o belo refrão do Salmo 77: Não te esqueças das obras do Senhor! É o que diz também o Catecismo da Igreja Católica (n. 1363): 

Segundo a Sagrada Escritura, o memorial não é somente a lembrança dos acontecimentos do passado, mas a proclamação das maravilhas que Deus realizou por todos homens. A celebração litúrgica desses acontecimentos torna-os de certo modo presentes e atuais. É desta maneira que Israel entende sua libertação do Egito: toda vez que é celebrada a Páscoa, os acontecimentos do Êxodo tornam-se presentes à memória dos crentes para que estes conformem a sua vida a eles.

Desta forma, guardando a nossa memória e alimentando-a na fé, podemos viver o ano litúrgico como uma imersão contínua nos acontecimentos salvíficos realizados por Deus ao longo da história da humanidade, na qual Ele esteve sempre presente e ativamente envolvido.

Eternidade

Com o calendário do ano contamos os dias, os meses, mergulhamos na mudança das estações que influenciam as nossas vidas e com as quais nós podemos nos sentir parte do mundo criado. Já o ano litúrgico nos recorda as maravilhas de Deus, memória dos acontecimentos salvíficos que inserem o ser humano na economia eterna da vida, no tempo de Deus, no amor da Trindade, no seio do Pai. O maravilhar-se das coisas de Deus é vida, traz vida e é para a vida. Aquele que é chamado o Vivente leva o ser humano a participar de Sua vida. Desta forma, celebrando cada acontecimento, cada memória da ação de Deus na história, podemos participar da vida de Deus integralmente, aqui e agora, com as nossas realidades. Assim acontece em cada Santa Missa, em cada Tríduo Pascal, esses misteriosos três dias, os mais importantes de todo o ano litúrgico que antecedem a Páscoa, em cada Natal, em cada festa e memória! Podemos ver e experimentar a esperança do encontro com Deus em toda a sua plenitude. E tudo isso graças à Encarnação, aquele evento grandioso que João resumiu em uma frase tão curta que surpreende: O Verbo se fez carne (Jo 1,14)

A eternidade de Deus entra no tempo do ser humano, entra na história, num momento preciso da passagem do tempo. O eterno torna-se visível, vida concreta. O tempo já se completou (Mc 1,15). Todo o passado, presente e futuro se unem no Homem-Cristo, gerando um novo tempo, o HOJE em Cristo, que é o mesmo ontem, hoje e sempre (Heb 13,8) No primeiro capítulo do Apocalipse encontramos provas belas desta PLENITUDE DO TEMPO em Cristo: Eu sou o Alfa e o Ômega…aquele que é, que era e que vem, o Todo-poderoso! (Ap 1,8) Eu sou o Primeiro e o Último, o que Vive (Ap 1,17). Cristo é Aquele que é que era e que vem (Ap 1,4). 

Hoje de Deus

Há uma oração maravilhosa colocada na boca de Judite antes de realizar seu ato heroico. Sua história é descrita no Antigo Testamento no Livro de Judite. O rei Nabucodonosor está prestes a atacar a cidade da Judéia, Betúlia e a situação é verdadeiramente dramática e sem esperança de escapar do perigo. O povo estava desesperado e pretendia se render nas mãos do inimigo. Caíram numa tentação tão comum a todos nós: já não confiavam em Deus! Não havia ninguém capaz de ter esperança. Justamente nessa situação se apresenta Judite, uma jovem viúva, fascinante por sua beleza e sabedoria. Ela repreende o povo por sua falta de fé e incita-o a confiar, a esperar contra toda a esperança que a ajuda do Senhor viria. Sua fé não era de palavras apenas, mas ela mesma se oferece para realizar um projeto extremamente arriscado: ir ao acampamento do exército de Nabucodonosor e matar o general Holofernes. Ela reza muito, prepara-se espiritualmente para que o Senhor pudesse agir por meio dela. Consegue implementar seu plano com sucesso e dar liberdade e vitória ao povo. Era uma mulher de oração e de escuta, segura da bondade do Senhor. Pouco antes de ir ao encontro de Holofernes, cheia de medo, mas confiante no Senhor, ela clama a Deus do fundo do coração (Ju 9, 4-6):

Ó Deus, meu Deus, escuta-me, a mim que sou viúva. Pois tu fizeste as façanhas de outrora, de agora e do futuro; tu cogitaste o presente e o futuro e o que tinhas no espírito veio à existência. Os acontecimentos que decidiste se apresentaram e disseram: Eis-nos aqui. Pois todos os teus caminhos estão preparados e teu julgamento é feito com previsão.

Como é grande a fé desta mulher! Eis o Deus que é ontem, hoje e amanhã… O Deus que agiu ontem, agirá hoje e amanhã, que cria o ontem, o hoje e o amanhã… Este é o estupendo HODIE – HOJE de Deus, graças ao qual podemos confiar nele e colocarmos nossa vida em suas mãos, pois estas seguram o ontem, o hoje e o amanhã.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Quarto Domingo da Páscoa - Ano A

Jesus: O Bom Pastor (Portal Kairós)

Quarto Domingo da Páscoa – Ano A

O 4º Domingo da Páscoa é considerado o “Domingo do Bom Pastor”, pois todos os anos a liturgia propõe, neste domingo, um trecho do capítulo 10 do Evangelho segundo João, no qual Jesus é apresentado como “Bom Pastor”. É, portanto, este o tema central que a Palavra de Deus põe hoje à nossa reflexão.
O Evangelho apresenta Cristo como “o Pastor”, cuja missão é libertar o rebanho de Deus do domínio da escravidão e levá-lo ao encontro das pastagens verdejantes onde há vida em plenitude (ao contrário dos falsos pastores, cujo objetivo é só aproveitar-se do rebanho em benefício próprio). Jesus vai cumprir com amor essa missão, no respeito absoluto pela identidade, individualidade e liberdade das ovelhas.
A segunda leitura apresenta-nos também Cristo como “o Pastor” que guarda e conduz as suas ovelhas. O catequista que escreve este texto insiste, sobretudo, em que os crentes devem seguir esse “Pastor”. No contexto concreto em que a leitura nos coloca, seguir “o Pastor” é responder à injustiça com o amor, ao mal com o bem.
A primeira leitura traça, de forma bastante completa, o percurso que Cristo, “o Pastor”, desafia os homens a percorrer: é preciso converter-se (isto é, deixar os esquemas de escravidão), ser batizado (isto é, aderir a Jesus e segui-l’O) e receber o Espírito Santo (acolher no coração a vida de Deus e deixar-se recriar, vivificar e transformar por ela).

LEITURA I – Atos 2,14a.36-41

MENSAGEM

O texto que hoje nos é proposto apresenta-nos, sobretudo, uma catequese acerca da atitude correta para acolher a proposta de salvação que Deus faz aos homens, por intermédio dos discípulos de Jesus.
Os homens e mulheres que, no dia do Pentecostes, escutam o discurso de Pedro representam a comunidade do antigo Povo de Deus, destinatária primeira desse kerigma que a comunidade cristã primitiva é chamada a propor.
Pedro, em nome da comunidade cristã, convida a comunidade do antigo Povo de Deus a reconhecer que rejeitou o “Senhor” (o “kyrios” – nome grego que traduz o “Adonai” hebraico – o nome dado pelos judeus a Jahwéh”), o “Messias” (isto é, o “ungido” de Deus, que veio concretizar as promessas de salvação e de libertação que Jahwéh tinha feito ao seu Povo) e a tirar daí as devidas consequências. Diante dessa interpelação, os ouvintes sentiram o coração “trespassado” (do verbo “katanyssô” – “afligir-se profundamente”). O verbo utilizado traduz o “pesar”, o “sentir pontadas no coração”, como remorso por ter feito algo contrário à justiça. É a atitude que conduz ao arrependimento e o primeiro passo para a mudança de vida, a “metanoia”.
O que é que vai resultar desse “remorso”? Antes de mais, os interlocutores de Pedro colocam-se numa atitude que manifesta total disponibilidade, face à interpelação que lhes é feita: “que havemos de fazer, irmãos?” É a atitude de quem reconhece a verdade das acusações que lhe são imputadas, de quem admite os seus erros e limitações e de quem está verdadeiramente disposto a reequacionar a vida, a corrigir os esquemas errados que têm orientado, até aí, a sua existência.
Pedro, em nome de Jesus e da comunidade cristã, define o caminho que a adesão de Jesus propõe a cada crente: converter-se, ser batizado, receber o Espírito Santo.
A “conversão” (“metanoia”) significa a mudança radical da mente, dos comportamentos, dos valores, de forma a que o coração do crente se volte de novo para Deus. No contexto neotestamentário, mais especificamente, a “conversão” é a renúncia ao egoísmo e à autossuficiencia, e o aceitar a proposta de salvação que Deus faz através de Jesus. Implica o acolher Jesus como o salvador e segui-l’O, no caminho do amor, da entrega, do dom da vida.
A adesão a Jesus traduz-se num gesto: o “receber o baptismo”. “Pedir o baptismo” é reconhecer que Jesus tem uma proposta de salvação e vida nova, optar por essa vida nova que Jesus propõe e incorporar-se à comunidade dos que seguem Jesus.
Receber o baptismo significa receber o Espírito Santo: ao optar por Cristo, o crente acolhe no seu coração a vida de Deus e a sua existência passa a ser animada por um dinamismo divino que, continuamente, o recria, o vivifica, o transforma.

LEITURA II – 1 Pedro 2,20b-25

MENSAGEM

No centro da catequese que aqui nos é proposta pelo autor da Primeira Carta de Pedro, está o exemplo de Cristo: Ele sofreu (vers. 21) sem ter feito mal nenhum (vers. 22); maltratado pelos inimigos, não respondeu com agressão e vingança (vers. 23); pelo dom da sua vida, eliminou o pecado que afastava os homens de Deus e uns dos outros (vers. 24); por isso, Ele é o Pastor que conduz e guarda os crentes (vers. 25).
O texto está cheio de referências veterotestamentárias. Para descrever a atitude de Cristo, o autor utiliza a letra do quarto cântico do “servo de Jahwéh” (cf. Is 53,4-9.12) – um texto que reflete a experiência desse “servo sofredor” que “não cometeu pecado algum e em cuja boca não se encontrou mentira” (vers. 22; cfr. Is 53,9), que suportou pacientemente as injustiças e de cuja entrega resultou vida para o seu Povo. Provavelmente, estamos diante de um antiquíssimo hino cristão utilizado na liturgia primitiva, que comparava o sofrimento de Cristo ao sofrimento do “servo de Jahwéh” e o valor salvífico da morte de Cristo ao valor salvífico da morte do “servo”.
Por outro lado, o autor utiliza o motivo do “pastor” de Ez 34. Aí, o profeta falava de Deus como “o bom pastor”, que havia de vir cuidar das suas ovelhas fracas, doentes e tresmalhadas. Ao ligar o tema do “pastor” com o tema do sofrimento de Cristo, o autor desta catequese está a sugerir que foi do sofrimento de Cristo que resultou vida e salvação para o rebanho de Deus.
Do exemplo de Cristo, o autor da carta tira as consequências para a vida dos cristãos: como Cristo, os crentes são chamados a responder às ofensas e injustiças com bondade e mansidão. Isto é “uma graça aos olhos de Deus” (vers. 20b) – quer dizer, é uma atitude agradável a Deus e é uma atitude que resulta da graça de Deus. O autor da carta dirige-se explicitamente aos servos, aconselhando-os a suportar com paciência as provações a que são sujeitos pelos seus senhores. No entanto, ele pretendia, provavelmente, ir mais além e estender a sua exortação a todos os crentes… O cristão – seguidor desse Jesus que sofreu sem culpa e que suportou os sofrimentos com amor – deve rejeitar absolutamente o recurso à violência. É nessa atitude de bondade e de mansidão que se manifesta a graça de Deus.

EVANGELHO – Jo 10,1-10

MENSAGEM

O texto que nos é proposto deve ser entendido no contexto mais amplo da denúncia da atuação dos dirigentes espirituais judeus. No episódio do cego de nascença (cf. Jo 9), tinha ficado claro que os dirigentes não estavam interessados em acolher a luz e em deixar que o Povo escolhesse a liberdade que Jesus oferecia. Em jeito de conclusão desse episódio, Jesus avisa os dirigentes de que veio chamá-los a juízo (“krima”) por causa da sua má gestão como líderes do Povo de Deus (cf. Jo 9,39-41 – os versículos que antecedem o nosso texto): eles não só preferiram continuar nas trevas da sua autossuficiencia, como impedem o Povo que lhes foi confiado de descobrir a luz libertadora que Jesus lhes quer oferecer.
O texto do Evangelho, que hoje nos é proposto, está dividido em duas partes, ou em duas parábolas.
Na primeira parábola (cf. Jo 10,1-6), Jesus apresenta-se preferencialmente como “o Pastor”, cuja ação se contrapõe a esses dirigentes judeus que se arrogam o direito de pastorear o “rebanho” do Povo de Deus, mas sem serem “pastores”.
Jesus não usa meias palavras: os dirigentes judeus são ladrões e bandidos (cf. Jo 10,1), que se servem das suas prerrogativas para explorar o Povo (ladrões) e usam a violência para o manter sob a sua escravidão (bandidos). Aproximam-se do Povo de Deus de forma abusiva e ilegítima, porque Deus não lhes confiou essa missão (“não entram pela porta”): foram eles que a usurparam. O seu objetivo não é o bem das “ovelhas”, mas o seu próprio interesse.
Ao contrário, Jesus é “o Pastor” que entra pela porta: ele tem um mandato de Deus e a sua missão foi-Lhe confiada pelo Pai. Em Ezequiel, o papel do “pastor” correspondia, em primeiro lugar, a Deus (cf. Ez 34,11-12.15) e ao futuro enviado de Deus, o “Messias” descendente de David (cf. Ez 34,23). Ao apresentar-se como Aquele “que entra pela porta”, com autoridade legítima, Jesus declara-Se, implicitamente, o “Messias” enviado por Deus para conduzir o seu Povo e para o guiar para as pastagens onde há vida em plenitude. Ele entra no redil das “ovelhas” para cuidar delas, não para as explorar. A sua missão é libertá-las das trevas em que os dirigentes as trazem e conduzi-las ao encontro da luz libertadora (cf. Jo 10,2).
Como é que Jesus exercerá a sua missão de “pastor”? Em primeiro lugar, irá chamar as “ovelhas”. “Chama-as pelo seu nome”, porque conhece cada uma e com cada uma quer ter uma relação pessoal de amor, de proximidade, de comunhão: para Jesus, não há “massas”, mas pessoas concretas, com a sua identidade própria, com a sua riqueza, com a sua dignidade.
Não obrigará ninguém a responder-Lhe; mas os que responderem ao seu chamamento farão parte do seu “rebanho”. A esses, Jesus conduzi-los-á “para fora” (vers. 3): Jesus não veio instalar-Se na antiga instituição judaica, geradora de opressão e de escravidão; mas veio criar uma comunidade humana nova – a comunidade do novo Povo de Deus.
Depois, o “pastor” caminhará “diante das ovelhas” e estas segui-l’O-ão (vers. 4). Ele indica-lhes o caminho, pois Ele próprio é “o caminho” (cf. Jo 14,6) que leva à vida plena. As “ovelhas” seguem-n’O: “seguir” traduz a atitude do discípulo, convidado a seguir Jesus no caminho do amor e do dom da vida, a fazer d’Ele a sua referência fundamental, a aderir a Ele de todo o coração. As “ovelhas” “escutam a sua voz”, porque sabem que só a voz de Jesus as conduz, com segurança, ao encontro da vida definitiva.
Na segunda parábola (cf. Jo 10,7-9), Jesus apresenta-Se como “a porta”. Aqui, Ele já não é o pastor legítimo que passa pela porta, mas “a porta”. O que é que Ele quer traduzir com esta imagem?
A imagem pode aplicar-se aos líderes que pretendem ter acesso ao “rebanho”, ou pode aplicar-se às próprias “ovelhas”. No que diz respeito aos líderes, significa que ninguém pode ir ao encontro das “ovelhas” se não tiver um mandato de Jesus, se não tiver sido convidado por Jesus; e significa também que ninguém pode ir ao encontro das “ovelhas” se não tiver os mesmos sentimentos, a mesma atitude de Jesus (que não é a de explorar as “ovelhas”, mas a de dar-lhes vida).
No que diz respeito às “ovelhas”, significa que Jesus é o único lugar de acesso para que as “ovelhas” possam encontrar as pastagens que dão vida. “Passar pela porta” que é Jesus significa aderir a Ele, segui-l’O, acolher as suas propostas. As “ovelhas” que passam pela porta que é Jesus (isto é, que aderem a Ele) podem passar para a terra da liberdade (onde não mandam os dirigentes que exploram e roubam), onde encontrarão “pastos” (vida em plenitude).
O nosso texto termina com a reafirmação do contraste entre Jesus e os dirigentes: os líderes religiosos judaicos utilizam o “rebanho” para satisfazer os seus próprios interesses egoístas, despojam e exploram o povo; mas Jesus só procura que o seu “rebanho” encontre vida em plenitude.

Fonte: https://www.dehonianos.org/

Francisco na Hungria: como Jesus, sejamos portas abertas

Papa Francisco saúda os fiéis presentes na praça Kossuth Lajos após a Santa Missa  (Vatican Media)

Neste quarto domingo da Páscoa, o Papa Francisco presidiu a celebração eucarística na Praça Kossuth Lajos, com a presença de milhares de fiéis húngaros.

Irmã Grazielle Rigotti, ascj - Vatican News

"É isto o que faz um bom pastor: dá a vida pelas suas ovelhas." Com estas palavras inspiradas pelo evangelho de São João, neste quarto domingo do tempo pascal que o Papa iniciou sua homilia durante a Santa Missa presidida na Hungria para uma multidão de fiéis. 

A imagem do bom Pastor guiou a reflexão do Santo Padre que ressaltou duas ações que Jesus, segundo o evangelho, realiza por suas ovelhas: chama-as e depois fá-las sair.

"Irmãos e irmãs, estando aqui esta manhã, sintamos a alegria de ser povo santo de Deus: todos nascemos da sua chamada; foi Ele que nos convocou e, por isso, somos o seu povo, o seu rebanho, a sua Igreja. Reuniu-nos aqui para que, embora sendo diversos entre nós e pertencendo a comunidades diferentes, a grandeza do seu amor nos reúna a todos num único abraço." Deste modo, em primeiro lugar o Senhor chama as suas ovelhas, disse Francisco, convidando o povo a recordar o sentido da catolicidade e a fazer memória agradecida, do amor de Jesus por nós. 

“Todos nascemos da Sua chamada”

A segunda ação então seria, segundo o Pontífice, o movimento de saída. E o ilustra com a imagem da porta: "Este movimento – entrar e sair –, podemos captá-lo a partir doutra imagem que Jesus utiliza: a da porta. Diz Ele: «Eu sou a porta. Se alguém entrar por Mim, estará salvo; há de entrar e sair e achará pastagem» (Jo 10, 9). Ouçamos com atenção isto: há de entrar e sair. Por um lado, Jesus é a porta que se abriu de par em par a fim de nos fazer entrar na comunhão do Pai e experimentar a sua misericórdia; mas, como todos sabem, uma porta aberta serve não só para entrar, mas também para sair do lugar onde nos encontramos".

“Jesus é a porta que nos faz sair para o mundo”

Assim, ao final de sua homilia, o Santo Padre mais uma vez destacou que o movimento de viver "em saída" significa tornar-se como Jesus, uma porta aberta. E exortou: 

"Por favor, abramos as portas! Procuremos ser também nós – com as palavras, os gestos, as atividades quotidianas como Jesus: uma porta aberta, uma porta que nunca se fecha na cara de ninguém, uma porta que a todos permite entrar para experimentar a beleza do amor e do perdão do Senhor."

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Hoje é celebrado são Pio V, o pastor que liderou a Igreja com auxílio de Maria

São Pio V (ACI Digital)

30 de abril

REDAÇÃO CENTRAL, 30 Abr. 23 / 05:00 am (ACI).- Hoje (30), é festa de são Pio V, um pobre pastor que chegou a ser papa, renovou o clero e a liturgia da missa e salvou a Igreja e a Europa da invasão muçulmana na famosa batalha de Lepanto, com o auxílio da Virgem do Rosário.

Antonio Chislieri (são Pio V) nasceu em Bosco (Itália), em 1504. Tinha que cuidar das ovelhas no campo, porque seus pais eram muito pobres. Na adolescência, uma família generosa custeou seus estudos ao ver que seu filho, também chamado Antonio, se comportava melhor desde que tinha se tornado amigo do santo.

Assim, pôde estudar com os dominicanos e chegou a ser religioso dessa comunidade. Pouco a pouco, foi designado para cargos importantes até que o próprio papa o nomeou bispo e, em seguida, encarregado da associação que defendia a fé na Itália.

O santo percorria a pé os povoados, alertando os fiéis dos erros dos evangélicos e luteranos. Muitas vezes, quiseram matá-lo, mas seguiu anunciando a verdade. O papa o nomeou cardeal e o encarregou para dirigir a Igreja em defesa da reta doutrina.

Quando o papa Pio IV morreu, são Carlos Borromeo disse aos cardeais que o mais apropriado para o ministério era o cardeal Antonio Chislieri, por isso, foi eleito e tomou o nome de Pio V.

São Pio V pediu que o que se ia gastar no banquete aos políticos e militares fosse empregado em ajudas para os pobres e enfermos. Um dia, viu na rua seu amigo Antonio, cuja família pagou seus estudos, nomeou-o governador do quartel do Papa e as pessoas admiraram ainda mais o Santo Padre ao saber de seu humilde passado.

O papa tinha grande devoção à Eucaristia, à Virgem e à recitação do rosário, que recomendava a todos. Nas procissões do Santíssimo Sacramento, percorria as ruas de Roma a pé e com grande piedade e devoção.

Ordenou que bispos e párocos vivessem no local para onde tinham sido nomeados, a fim de que não descuidassem dos fiéis. Publicou um novo missal e uma nova edição da Liturgia das Horas, bem como um novo catecismo.

Nessa época, os muçulmanos ameaçaram invadir a Europa e acabar com a religião católica. Saíam da Turquia, arrasando as populações católicas e anunciando que a basílica de São Pedro seria o estábulo para os seus cavalos. Nenhum rei queria enfrentá-los.

O papa buscou a ajuda de líderes europeus e organizou um grande exército com barcos. Ele pediu que todos os combatentes fossem à batalha confessados e tendo comungado na Missa. Enquanto iam combater, o papa e os fiéis romanos percorriam as ruas descalços rezando o rosário.

Os muçulmanos eram superiores e se encontraram com o exército católico no golfo de Lepanto, perto da Grécia. Os líderes cristãos fizeram com que os soldados rezassem o rosário antes de iniciar a batalha em 7 de outubro de 1571.

O combate começou com vento contrário para os católicos até que, de um momento para o outro, mudou de direção. Então, os cristãos se lançaram ao ataque e obrigaram os muçulmanos a recuar.

São Pio, sem ter recebido notícias do que aconteceu, olhou pela janela e disse aos cardeais: “Vamos nos dedicar a dar graças a Deus e à Virgem Santíssima, porque conseguimos a vitória”.

O papa, como agradecimento, mandou que a cada 7 de outubro fosse celebrada a festa de Nossa Senhora do Rosário e que nas ladainhas fosse incluída “Maria, Auxílio dos Cristãos, rogai por nós” (algo que foi propagado por são João Bosco, séculos depois).

Morreu em 1º de maio de 1572, aos 68 anos.

Fonte: https://www.acidigital.com/

sábado, 29 de abril de 2023

Por que o Papa Francisco foi à Hungria?

Photo by Vincenzo PINTO / AFP
Papa Francisco sendo recebido por crianças no aeroporto de Budapeste.

Por Anna Kurian

Um gesto de paz nas fronteiras da Ucrânia, as relações com Moscou, a secularização na Europa, os refugiados: uma visão geral das questões em jogo durante a viagem do Papa Francisco à Hungria, onde fica até domingo.

Uma viagem ao centro da Europa, sobre a qual os ventos gelados da guerra continuam a soprar”. O próprio Papa Francisco descreveu sua viagem nesses termos no final do Regina Caeli de 23 de abril de 2023.

Embora a Hungria tenha acolhido quase um milhão de refugiados ucranianos desde o início do conflito, de acordo com seu governo, o papa enfatizou as “questões humanitárias urgentes” trazidas pela guerra, referindo-se ao “deslocamento de tantas pessoas”. Os combates que vêm ocorrendo há 14 meses no país fronteiriço estarão, portanto, no centro das preocupações do pontífice de 86 anos, que insistiu nessa viagem apesar de suas dificuldades de mobilidade e de sua recente hospitalização por bronquite no final de março.

Falando sobre a viagem, o Papa Francisco também lembrou que já havia visitado a Hungria muito brevemente em setembro de 2021, por ocasião do Congresso Eucarístico Internacional, e expressou sua alegria por encontrar “uma Igreja e um povo que lhe são queridos”.

O Papa como “peregrino, amigo e irmão de todos”

Para essa 41ª viagem fora da Itália, Francisco se apresentou como um “peregrino, amigo e irmão de todos”. Durante seus três dias em Budapeste, o chefe da Igreja Católica deve se reunir com líderes políticos, incluindo o primeiro-ministro Viktor Orbán, com quem as relações têm sido instáveis. Sua política restritiva sobre a recepção de migrantes o tornou um oponente do pontífice argentino. Mas, nos últimos meses, suas posições em relação à guerra russo-ucraniana, pedindo o diálogo e o fim das hostilidades, aproximaram os dois líderes.

O tema dos refugiados será um dos destaques da viagem. O papa deve se encontrar com refugiados da Ucrânia, Paquistão, Afeganistão, Iraque, Irã e África no sábado, em um território que, em 2015, fechou suas fronteiras com a Sérvia, de onde vieram os migrantes da rota dos Balcãs.

Outros tópicos esperados, de acordo com o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni: ecologia, uma área na qual a Hungria está muito envolvida; o papel da União Europeia e seu compromisso com a paz global; e ecumenismo.

Embora ainda não se saiba se representantes do Patriarcado de Moscou estarão presentes em alguns dos eventos, os organizadores lembram que esse foi o caso durante a primeira visita do Papa em 2021. Alguns observadores preveem uma reunião com o Metropolita Hilarion, ex-“Ministro das Relações Exteriores” do Patriarcado de Moscou, agora baseado em Budapeste. Mas isso não está no programa oficial.

Photo by LUCA ZENNARO / POOL / AFP
Francisco conversa com jornalistas durante voo para Budapeste na manhã desta sexta-feira, 29 de abril.

Apoio aos cristãos perseguidos

O Papa Francisco também se reunirá com bispos, padres e religiosos, e celebrará uma missa com a comunidade católica na Praça Kossuth Lajos, em Budapeste. Uma comunidade que experimentou um renascimento após a perseguição sob o regime comunista, mas que hoje está sofrendo os efeitos da secularização do Velho Continente. O povo húngaro se distanciou da prática religiosa e está experimentando “um certo ateísmo prático, […] a vida como se não houvesse Deus, a impotência do bem-estar material e a ausência de um sentido espiritual”, explica o jesuíta húngaro Zoltán Koronkai, diretor de um centro intelectual em Budapeste, ao falar sobre as realidades que o sucessor de Pedro teria de enfrentar.

Finalmente, a promoção da família e da taxa de natalidade, bem como o apoio aos cristãos perseguidos no Oriente Médio, constituem pontos de proximidade entre as visões húngara e papal.

Assim como o papa denuncia regularmente as “colonizações ideológicas”, o governo se opõe à ideologia de gênero. A Presidente da República, Katalin Novák, eleita em 2022, encarna, portanto, uma defesa da família tradicional “pai, mãe, filhos”, de acordo com a Doutrina da Igreja Católica.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

A “Mensagem da CNBB ao povo brasileiro”

Celebração no Santuário Nacional (Vatican News)

Esses dias na casa da Mãe Aparecida foram uma oportunidade para experimentarmos a comunhão a partir da riqueza de nossas diversidades.

CNBB - Aparecida

A “Mensagem da CNBB ao povo brasileiro” elaborada e aprovada pela quase totalidade dos 326 bispos ativos e parte dos 157 bispos eméritos brasileiros presentes na 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi apresentada pelo arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer, durante a Coletiva de Imprensa desta sexta-feira, 27 de abril, no Centro de Eventos Pe. Vítor Coelho de Almeida.

A íntegra abaixo:

Aparecida - SP, 28 de abril de 2023

MENSAGEM DA CNBB AO POVO BRASILEIRO

“Ele é a nossa paz: de dois povos fez um só, em sua carne derrubando o muro da inimizade que os separava” (Ef. 2,14) Animados pelo amor do Pai, pela luz do Senhor ressuscitado e com a força do Espírito Santo, nós, bispos católicos, nos reunimos em Aparecida para a 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB. Fizemos isso como pastores em comunhão com os presbíteros, diáconos, religiosos e religiosas, consagrados e consagradas, cristãos leigos e leigas. Sentimo-nos acompanhados pela oração de nosso povo, representado visivelmente pela multidão de peregrinos de todo o Brasil, que rezaram conosco nas celebrações eucarísticas. Maria, Mãe de Jesus, a Senhora Aparecida, esteve perto de nós, acolhendo-nos, cuidando de nossos trabalhos e intercedendo por nós.

Esses dias na casa da Mãe Aparecida foram uma oportunidade para experimentarmos a comunhão a partir da riqueza de nossas diversidades. Quem nos une é Cristo e, por ele, esperançosos e comprometidos, renovamos nossa opção radical e incondicional com a defesa integral da vida que se manifesta em cada ser humano e em toda a criação.

A renovação desse compromisso com a vida dá-se num tempo marcado por grandes desafios que, longe de nos desanimarem, estimulam a Igreja na promoção do Reino de Deus. Nossas comunidades estão respondendo, com solidariedade fraterna, às consequências das tragédias socioambientais; com compromisso cidadão na defesa da democracia e, com responsabilidade social, ao drama da fome que nos assola. Com alegria, reconhecemos que esse é o autêntico e eficaz testemunho de que o mundo necessita, à luz da Palavra de Deus, pois não temos ouro nem prata, mas trazemos o que de mais precioso nos foi dado: Jesus Cristo ressuscitado (cf. At. 3,6).

Essa alegria é consequente e, por isso, nos faz enxergar também os sofrimentos presentes na sociedade. Nossa atenção se volta especialmente para o que estamos vivendo: “uma terceira guerra mundial em pedaços” (Papa Francisco, em 13 de setembro de 2014, ao lembrar o início da Primeira Guerra Mundial,), evidenciada no solo ucraniano, mas também em outras regiões do planeta. Além do flagelo das guerras, muitas outras situações nos preocupam, como os autoritarismos, as polarizações, as desinformações, as desigualdades estruturais, o racismo, os preconceitos, a corrupção, a banalização do mal e das vidas, as doenças, a drogadição, o tráfico de drogas e pessoas, o analfabetismo, as migrações forçadas, as juventudes com poucas oportunidades, as violências em todas as suas dimensões, o feminicídio, a precarização do trabalho e da renda, as agressões desmedidas à “casa comum”, aos povos originários e comunidades tradicionais, a mineração predatória, entre tantas outras, que fragilizam o tecido social e tencionam as relações humanas.

Certa cultura da insensibilidade nos conduz a essas situações extremas. A degradação da criação e o descaso com os mais pobres e abandonados estão presentes, por exemplo, na criminosa tragédia ocorrida com o povo Yanomami. O mesmo ocorre com muitos dos povos das florestas, das águas e do campo, submetidos a graves e duras realidades que os expõem à globalização da indiferença.

Reconhecemos a importância da resistência histórica do movimento indígena, cujo fruto se traduz na chegada de suas lideranças a diversos postos de decisão no governo federal e em alguns governos estaduais. Contudo, essa presença não pode ser apenas figurativa. Há uma imensa necessidade de se adotarem providências e ações concretas em defesa desses povos. Não podemos mais aceitar em nossa história o descaso com os povos originários. Acreditamos que o julgamento da tese do marco temporal pelo Supremo Tribunal Federal, no próximo mês de junho, seja decisivo para que suas terras sejam reconhecidas como legítimas e legais. Temos esperança que essa definição venha a ser um passo importante para a garantia dos direitos constitucionais.

Esses problemas têm origem na opção por um modelo econômico cruel, injusto e desigual. Por trás da palavra “mercado” existe um sistema financeiro e econômico autônomo, que protagoniza ações inescrupulosas, destrói a vida, precariza as políticas públicas, em especial a educação e a saúde, adota juros abusivos que ampliam o abismo social, afeta a cadeia produtiva e reduz o consumo dos bens necessários à maioria do povo brasileiro.

Às vésperas do dia 1º de maio, saudamos os trabalhadores e as trabalhadoras de nosso País, com as palavras do Papa Francisco: “O mundo do trabalho é prioridade humana, é prioridade cristã, a partir de Jesus trabalhador. Onde há um trabalhador, ali há o olhar do amor do Senhor e da Igreja. Lugares de trabalho são lugares do povo de Deus” (Encontro com Trabalhadores em Gênova, Itália, 2017). Diante das mudanças do mundo do trabalho, percebemos que promessas de crescimento econômico, geração de empregos, melhores condições de trabalho, aumento de renda, redução da carga horária, mais tempo de descanso e convivência social, enfim, condições mais saudáveis de vida, continuam sendo desafios sem soluções. A crescente informalidade das relações trabalhistas reduz a segurança social e impede o acesso ao mínimo para a sobrevivência. O trabalho análogo à escravidão, presente em todo o território nacional, é uma chaga social que precisa ser energicamente combatida pelos poderes constituídos e por toda a sociedade.

As constatações desses tempos difíceis não podem nos limitar, nem servir para que as soluções sejam adiadas. As estruturas do Estado, os poderes da República, as autoridades públicas, as lideranças sociais, as organizações religiosas, os meios de comunicação, as plataformas e as redes sociais, cada um e cada uma, com sua competência, devem apoiar-se reciprocamente para o bem do País. Precisamos criar um “espaço de corresponsabilidade capaz de iniciar e gerar novos processos e transformações. Sejamos parte ativa na reabilitação e apoio das sociedades feridas” (Fratelli Tutti, 77). Assumindo nosso dever social, não podemos deixar de cobrar dos governos, legitimamente eleitos, o protagonismo que lhes foi confiado, uma opção clara e radical pela vida, desde a concepção até à morte natural, passando inevitavelmente pelos direitos sociais e humanos. Chamamos a atenção para a importância da vacinação, especialmente para das crianças. No cuidado com a vida, nenhuma seletividade pode ser tolerada e será sempre, por nós, denunciada.

Conclamamos toda a sociedade brasileira a construir um amplo projeto de reconciliação e pacificação, a partir de um diálogo franco e aberto, que possibilite superar o que nos afasta, com o objetivo de assegurar o que nos une: o país, o seu povo e a criação. O ponto de partida dessa construção se dá nas famílias, comunidades, relações sociais, profissionais, eclesiais e políticas, através da amizade social que promove a cultura do encontro. Como comunidade de fé, cremos que sua concretização passa necessariamente pelas nossas orações. Rezemos, pois, como nos pede o Papa Francisco, pelo fim das guerras, dos conflitos e das violências. Somos “caminhantes da mesma carne humana, como filhos desta mesma terra que nos alberga a todos, cada qual com a riqueza da sua fé ou das suas convicções, cada qual com a própria voz” (Fratelli Tutti, 8).

Reafirmamos nossa profunda confiança no povo brasileiro. Não tenhamos medo. A esperança é a nossa coragem! Sejamos semeadores de mudança, de solidariedade e de vida. Pelo amor do Cristo vivo e ressuscitado, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, invocamos a bênção de Deus sobre o povo brasileiro, suas famílias e comunidades.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo Arcebispo de Belo Horizonte - MG Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler Arcebispo de Porto Alegre - RS - 1º Vice-Presidente

Dom Mário Antônio da Silva Arcebispo de Cuiabá - MT - 2º Vice-Presidente

Dom Joel Portella Amado Bispo auxiliar do Rio de Janeiro - RJ Secretário-Geral

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Oração a Santa Catarina de Sena, irmã leiga exemplo de amor e misericórdia

Santa Catarina de Sena | Aleteia

Obedecendo ao chamado de seu coração, essa notável religiosa italiana que viveu no século XIV serviu a Deus de forma extraordinária, inspirando centenas de pagãos a se converterem.

Quando jovem, Catarina teve uma visão de Jesus sentado em glória com São Pedro, Paulo e João ao seu lado, então ela decidiu fazer um voto particular. Então, ela resolveu obedecer ao chamado de seu coração e deu início a uma jornada extraordinária, que levou centenas de pagãos a se converterem ao catolicismo.

A notável Catarina nasceu em Sena, Itália, em 1347, em meio a Peste Negra que dizimou quase 1/3 da população europeia. Na época, sua mãe, Lapa Piacenti, tinha aproximadamente quarenta anos quando deu à luz as gêmeas Catarina (Caterina) e Joana (Giovanna), depois de já ter tido outros 22 filhos, mas metade deles já mortos na época.

Todavia, numa família extremamente humilde, Catarina não teve condições de estudar mas, aos 6 anos teve uma visão, o que revelou dons místicos que lhe levariam a santidade. Em seguida, ela passou a se dedicar a oração, silêncio e obras de mortificação e penitência, com o intuito de mitigar os males do mundo.

Contudo, aos 15 anos, ela decidiu ingressar na Ordem Terceira de São Domingos, ou, dominicana. Ao passo que seguia obstinada em se dedicar à vida religiosa, ela sentia que tinha como grande missão orientar o povo e, como não sabia escrever, passou a ditar cartas para as pessoas. Então, em suas correspondências, ela orientava em relação a atitudes conduzindo para a misericórdia e convocando a todos para o exercício da caridade, para o esforço pelo entendimento e pela paz.

Uma correspondência extraordinária

Dessa forma Santa Catarina de Siena conseguiu algo inacreditável que impactou profundamente a história da Igreja. Por meio de uma carta ditada, ela pediu ao Papa Gregório XI o fim do terrível “grande cisma do Ocidente”, que já durava 70 anos. A profundidade de suas palavras foi tamanha que ela exortou o Sumo Pontífice a deixar o exílio em Avignon, na França. Depois que voltou à Roma, o Papa finalmente devolveu a unidade – e paz – ao povo católico.

A vida de Santa Catarina foi curta, porém intensa. Por fim, com apenas 33 anos ela foi vítima de um derrame, provavelmente uma consequência de sua saúde deteriorada por tanto esforços físicos, mentais e espirituais em favor da Igreja.

Bem como a inesquecível correspondência destinada ao Papa Gregório XI, Catarina deixou uma série de obras de imensurável valor histórico, espiritual, religioso e místico, herança que levou o Papa Paulo VI a proclamá-la como “doutora da Igreja” em 1970.

Um de seus livros mais famosos é “Diálogo da Providência Divina”, que está entra as citações feitas pelo Papa Bento XVI na linda catequese que realizou em 24 de novembro de 2010:

“Por misericórdia Vós lavastes-nos no Sangue e por misericórdia desejastes dialogar com as criaturas. Ó Louco de amor! Não vos foi suficiente encarnar, mas também quisestes morrer! (…) Ó misericórdia! O meu coração ofega-me quando penso em Vós: para onde eu me dirija a pensar, mais não encontro do que misericórdia”.

Oração a Santa Catarina de Sena

“Ó notável maravilha da Igreja, serva virgem, que por causa de suas extraordinárias virtudes

e pelo que conseguistes para a Igreja

e a Sociedade fostes aclamada e abençoada por todos.

Volte teu bondoso olhar para mim,

que confiante na tua poderosa proteção pede com todo o ardor da afeição

e suplica a ti que obtenha pelas tuas preces

o favor que ardentemente desejo (dizer aqui a graça desejada).

Com tua imensa caridade recebestes de Deus os mais estupendos milagres

e tornou-se a alegria e a esperança de todos nós que oramos a ti

e rogamos ao teu coração tu recebestes do Divino Redentor.

Serva e virgem, demonstre de novo o seu poder e da sua caridade e o seu nome será novamente exaltado e abençoado

e consiga para nós, a graça suplicada com a eficácia de sua intercessão junto a Jesus e ainda a graça especial de que um dia estejamos juntos no Paraíso

em eterna alegria e felicidade.

Amém.”

Oração retirada do site dominicanas.com.br

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF