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domingo, 28 de maio de 2023

Papa em Pentecostes: diante das divisões do mundo, acolher e invocar o Espírito todos os dias

Papa Francoico na missa de Pentecostes (28), no Vaticano | Vatican News

Na Basílica de São Pedro, Francisco presidiu a missa de Pentecostes na manhã deste domingo (28) e refletiu sobre a ação do Espírito Santo em três momentos: na criação do mundo, na Igreja e nos nossos corações.

Andressa Collet – Vatican News

Neste domingo (28) de Pentecostes, o Papa presidiu a missa na Basílica de São Pedro enaltecendo a ação do Espírito Santo, “fonte inesgotável de harmonia”, em três diferentes momentos: no mundo que criou, na Igreja e nos nossos corações. O celebrante foi o cardeal brasileiro João Braz de Aviz, prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.

O Espírito Santo se opõe ao espírito divisor

Em primeiro lugar, na criação do mundo, Francisco coloca o questionamento que muitos podem se fazer: “se tudo tem a sua origem no Pai, se tudo é criado por meio do Filho, qual é o papel específico do Espírito?”. Partindo de São Basílio, o Papa explica em uma palavra: dar harmonia ao mundo, dando ordem à desordem e coesão à dispersão, mas não “mudando a realidade, harmonizando-a”. Sobretudo no mundo de hoje, de tanta discórdia e divisão, anestesiados pela indiferença apesar de tanta conexão. De tantas guerras e conflitos, tudo alimentado pelo “espírito da divisão, o diabo”, descreve o Pontífice ao desafogar: “parece incrível o mal que o homem pode fazer…”.

“E sabendo o Senhor que, perante o mal da discórdia, os nossos esforços para construir a harmonia não são suficientes, Ele, no momento mais alto da sua Páscoa, no ponto culminante da salvação, derrama sobre o mundo criado o seu Espírito bom, o Espírito Santo, que Se opõe ao espírito divisor, porque é harmonia, Espírito de unidade que traz a paz. Invoquemo-Lo todos os dias sobre o nosso mundo, sobre a nossa vida e diante de todo tipo de divisão!”

O Espírito Santo é o coração da sinodalidade

Em seguida, o Papa reflete sobre a ação do Espírito Santo na Igreja, a partir de Pentecostes, quando desce sobre cada um dos Apóstolos. Num contexto plural de “graças particulares e carismas diversos”, em vez da confusão, o Espírito cria harmonia, “sem homogeneizar nem uniformizar”. Como disse São Paulo, «há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo» (1 Cor 12, 4.13).

E o Sínodo em curso, destaca o Papa, “é – e deve ser – um caminho segundo o Espírito: não um parlamento para reclamar direitos e exigências à maneira das agendas de trabalho no mundo, nem ocasião de se deixar levar ao sabor de qualquer vento. Mas o Sínodo é uma oportunidade para ser dóceis ao sopro do Espírito”. O “coração da sinodalidade” é o próprio Espírito Santo, afirma Francisco, ao reforçar:

“Sem Ele, a Igreja fica inerte; a fé não passa duma doutrina, a moral dum dever, a pastoral dum trabalho. Com Ele, pelo contrário, a fé é vida, o amor do Senhor conquista-nos e a esperança renasce. Coloquemos de novo o Espírito Santo no centro da Igreja; caso contrário, o nosso coração não arderá de amor por Jesus, mas por nós mesmos. Ponhamos o Espírito no início e no coração dos trabalhos sinodais.”

Acolher e invocar o Espírito nos corações

Por fim, o Pontífice analisa a ação do Espírito nos nossos corações, que procura perdoar os pecados com harmonia. Assim, o Papa finaliza a homilia na missa de Pentecostes, convidando a invocar diariamente o Espírito Santo: “comecemos o dia rezando-Lhe, tornemo-nos dóceis ao Espírito Santo!”, encoraja Francisco, ao semear em todos, também, esse acolhimento à força criadora do Espírito:

“E hoje, na sua festa, questionemo-nos: Sou dócil à harmonia do Espírito? Ou corro atrás dos meus projetos, das minhas ideias sem me deixar moldar, sem me fazer mudar por Ele? O meu modo de viver a fé é dócil ao Espírito ou é teimoso? Teimoso com as letras, teimoso com as chamadas doutrinas que são apenas expressões frias de uma vida? Sou precipitado em julgar, acuso e bato a porta na cara aos outros, considerando-me vítima de tudo e de todos? Ou acolho a harmoniosa força criadora do Espírito, acolho a «graça de estar juntos» que Ele inspira, o seu perdão que dá paz? E, por minha vez, perdoo? O perdão é dar espaço para que venha o Espírito... Promovo a reconciliação e crio comunhão ou sempre estou procurando, metendo o nariz onde existem as dificuldades, para fofocar, para dividir, para destruir? Perdoo, promovo reconciliação, crio comunhão? Se o mundo está dividido, se a Igreja se polariza, se o coração se fragmenta, não percamos tempo a criticar os outros e a zangar-nos com nós mesmos, mas invoquemos o Espírito: Ele é capaz de resolver essa coisas.”

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

A boca fala do que o coração está cheio

Heorhii Savka | Shutterstock | #image_title

Por Francisco Borba Ribeiro Neto

Quando deixamos de contemplar a beleza, que é fruto e manifestação do amor de Deus, a feiura e o mal fermentam e crescem em nosso coração, ocupando-o e transbordando em nossas palavras.

Algum tempo atrás, eu percorria com alguns alunos uma trilha por um local onde a natureza era particularmente bela. De repente, uma criança, próxima a nós, exclamou: “que coisa feia!”. Evidentemente, chamou a atenção de todos e continuou dizendo: “vejam quanto lixo deixaram na trilha”. A observação suscitou uma série de elogios à educação do menino, à sua atenção para com o meio ambiente e o descarte adequado do lixo. Contudo, havia ali também um problema: diante da beleza da Criação, o que chamou a atenção foi a feiura dos erros humanos.

O episódio me veio à memória recentemente, num concerto de música sacra. Terminada a apresentação, foi dada a palavra a um sacerdote, homem de erudição e sabedoria comprovadas. Após um rápido elogio aos músicos, ele continuou falando sobre o “lixo cultural” que é frequentemente considerado arte nos dias de hoje. Tanto o menino quanto o sacerdote estavam focados na feiura e não na beleza. Suas observações, tanto sobre o lixo material na trilha quanto sobre o lixo imaterial em nosso meio artístico eram justas, mas funcionavam como um anteparo, que se colocava acima da beleza que Deus lhes oferecia, por meio da natureza ou por meio da criatividade humana.

O que está crescendo em nosso coração?

“Nada há, fora do homem, que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai dele isso é que contamina o homem. […] Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos” (Mc 7, 15-21) e “a boca fala do que o coração está cheio” (Mt 12, 34), constata Jesus em sua pregação. Segundo C.S. Lewis, o diabo ensina a seu aprendiz que não precisa fazer com que as pessoas o sigam, basta que elas olhem mais para a sua maldade que para a bondade de Deus, para que acabem se tornando maus e se afastando do Pai (Cartas de Um Diabo a Seu Aprendiz. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2017).

Quando deixamos de contemplar a beleza, que é fruto e manifestação do amor de Deus, a feiura e o mal fermentam e crescem em nosso coração, ocupando-o e transbordando em nossas palavras. Muitos influenciadores e mídias sociais padecem desse problema. Estão tão focados em denunciar as mazelas do mundo que deixam de anunciar a beleza que nos foi dada por Deus. Mesmo que com boa intenção, nos afastam da Graça, em seu afã de nos proteger da desgraça.

A meta justa é sempre necessária

Alguns dirão que, num mundo como o nosso, não se pode ficar ingenuamente focados na beleza e no bem. É necessário estar atento aos males que nos espreitam na realidade, nas ideologias, nas más intenções dos poderosos, na exploração e na opressão que vitimam fracos e desamparados. Essa atenção para com os males do mundo é realmente necessária, mas como superar esses problemas sem ter uma justa visão do bem? Sem o olhar fixo nessa meta, acabamos por nos perder nos vários descaminhos que sutilmente urdidos pelo mal.

Não se trata de uma crença irracional na força do pensamento positivo, de uma fuga ilusória da realidade. Quantos casamentos que poderiam ser felizes não se tornaram infelizes porque o casal desaprendeu a ver o fascínio que originalmente encontraram um no outro e passaram a ver só seus defeitos? Quantas ditadura não floresceram porque os revolucionários, em seu afã em derrubar um governo iniquo, não perceberam que estavam patrocinando outro semelhante? No micro e no macro, necessitamos da contemplação da beleza e do amor, que preenche o coração e se torna discernimento intelectual.

A verdadeira beleza consola e ilumina o coração

Alguns dirão, ainda, que a contemplação da beleza não é possível para aqueles que mais sofrem, que este seria um exercício estético vedado aos pobres, aos excluídos, aos doentes e aos sofredores de todos os tipos. Em primeiro lugar, a contemplação da verdadeira beleza não é mera questão de aparências e formas. Descobrimos a verdadeira beleza quando encontramos aquilo que corresponde a nosso coração, àquele desejo mais profundo que não conseguimos nem mesmo entender antes do encontro – como cada um de nós só sabe realmente como é a pessoa amada depois de conviver com ela.

Essa beleza muitas vezes transparece nas piores situações, rebrilha nos locais mais improváveis. Por isso, o sofrimento não é uma objeção para encontrá-la – ainda que sua descoberta possa ser mais difícil em situações-limite. Nesse sentido, um frequente paradoxo: as pessoas que vivem com mais conforto e recursos, que teriam mais acesso ao conhecimento da verdadeira beleza, são muitas vezes aquelas que têm o coração mais cheio de lixo, que têm mais dificuldade de compreender o amor.

Se nosso irmão sofre, nosso dever solidário de ajudá-lo a encontrar o amor e a beleza é ainda maior. Isso não quer dizer negar as dificuldades ou as muitas transformações radicais que nossa sociedade precisa para eliminar tantos sofrimentos nascidos das mazelas humanas. Contudo, aquele que sofre não pode esperar um amanhã ideal para encontrar a beleza. Ela tem que se apresentar ainda hoje, para dar ao coração dolorido a força de lutar por uma amanhã melhor.

“A boca fala do que o coração está cheio” … Que as nossas bocas não deixem de condenar, indignadas, os malfeitos do mundo; mas também sejam, antes de tudo, anunciadoras da verdadeira beleza que vem do Amor.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Reflexão para a Solenidade de Pentecostes (A)

Jesus Cristo | Vatican News

Que nossas ações, seja na família, no trabalho ou no meio dos amigos, colaborem com a alegria e felicidade daqueles que nos cercam.

Padre Cesar Augusto, SJ – Vatican News

“Jesus sopra o Espírito sobre seus seguidores, gerando uma nova criação”

O autor do Evangelho deste domingo, João Evangelista, nos diz que a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos se deu no dia de Páscoa.

Ele deseja fazer-nos compreender que o Espírito que conduziu Jesus para sua missão de salvar a Humanidade é o mesmo que agora conduz a Igreja, comunidade dos seguidores de Jesus, na continuidade da mesma missão. A Igreja torna presente, na História, o Cristo Redentor.

Quando os discípulos, à tarde do primeiro dia da semana, estão reunidos o Senhor aparece no meio deles e lhes comunica a paz. Mostra-lhes os sinais de seus sofrimentos para lhes dizer que, apesar de seu aspecto glorioso, a memória da paixão não poderá ser deixada de lado, que a glória veio através da cruz.

Estamos no primeiro dia da semana, não nos esqueçamos. Exatamente com esse sentido do novo, do novo pós pascal, isto é, do novo eterno, que não caduca, que não envelhece, Jesus faz a nova criação soprando o Espírito sobre seus seguidores. É uma referência à criação do homem, relatada no cap. 2º, vers. 7 do Gênesis, quando diz que Deus insuflou em suas narinas o hálito de vida e o homem passou a viver. No relato desse fato na tarde pascal, temos a criação da Comunidade Cristã.

A missão é dada logo em seguida: perdoar os pecados e até retê-los, se for o caso. Pecado é aquilo que impede a realização do projeto do Pai, que é a felicidade do ser humano. Ora, perdoar os pecados significa lutar para que os planos de Deus cheguem à sua concretização e, evidentemente, devolvendo àquele que está arrependido de suas ações contrárias a esse plano, a reconciliação.

Pelo batismo e pela crisma fazemos parte dessa comunidade que deve continuar a missão redentora de Jesus. Que honra!

Que nossas ações, seja na família, no trabalho ou no meio dos amigos, colaborem com a alegria e felicidade daqueles que nos cercam. Assim estaremos dando glória a Deus, pois a glória de Deus é a felicidade do homem.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sábado, 27 de maio de 2023

Dos Sermões de um Autor africano anônimo, do século VI

Pentecostes | nistocremos

Dos Sermões de um Autor africano anônimo, do século VI

(Sermo 8,1-3: PL 65,743-744)

A unidade da Igreja fala todas as línguas

    Os apóstolos começaram a falar em todas as línguas. Aprouve a Deus, naquele momento, significar a presença do Espírito Santo, fazendo com que todo aquele que o tivesse recebido, falasse em todas as línguas. Devemos compreender, irmãos caríssimos, que se trata do mesmo Espírito Santo pelo qual o amor de Deus foi derramado em nossos corações.

    O amor haveria de reunir na Igreja de Deus todos os povos da terra. E como naquela ocasião um só homem, recebendo o Espírito Santo, podia falar em todas as línguas, também agora, uma só Igreja, reunida pelo Espírito Santo, se exprime em todas as línguas. Se por acaso alguém nos disser: "Recebeste o Espírito Santo; por que não falas em todas as línguas?" devemos responder: "Eu falo em todas as línguas. Porque sou membro do Corpo de Cristo, isto é, da sua Igreja, que se exprime em todas as línguas. Que outra coisa quis Deus significar pela presença do Espírito Santo, a não ser que sua Igreja haveria de falar em todas as lín­guas?"

    Deste modo, cumpriu-se o que o Senhor tinha prometi­do: Ninguém coloca vinho novo em odres velhos. Vinho novo deve ser colocado em odres novos. E assim ambos são preservados (cf. Lc 5,37-38).

    Por isso, quando ouviram os apóstolos falar em todas as línguas, diziam alguns com certa razão: Estão cheios de vinho (At 2,13). Na verdade, já se haviam transformado em odres novos, renovados pela graça da santidade, a fim de que, repletos do vinho novo, isto é, do Espírito Santo, parecessem ferver ao falar em todas as línguas. E com este milagre tão evidente prefiguravam a universalidade da futura Igreja, que haveria de abranger as línguas de todos os povos.

    Celebrai, pois, este dia como membros do único Corpo de Cristo. E não o celebrareis em vão, se realmente sois aquilo que celebrais, isto é, se estais perfeitamente incorpo­rados naquela Igreja que o Senhor enche do Espírito Santo e faz crescer progressivamente através do mundo inteiro. Esta Igreja ele reconhece como sua e é por ela reconhecida como seu Senhor. O esposo não abandonou sua esposa; por isso ninguém pode substituí-la por outra.

    É a vós, homens de todas as nações, que sois a Igreja de Cristo, os membros de Cristo, o corpo de Cristo, a esposa de Cristo, é a vós que o Apóstolo dirige estas palavras: Suportai-vos uns aos outros com paciência, no amor. Aplicai-vos em guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz (Ef 4,2-3). Reparai como, ao lembrar o preceito de nos supor­tarmos uns aos outros, falou-nos do amor, e quando se referiu à esperança da unidade, pôs em evidência o vínculo da paz.

    Esta é a casa de Deus, edificada com pedras vivas. Nela o Eterno Pai gosta de morar; nela seus olhos jamais devem ser ofendidos pelo triste espetáculo da divisão entre seus filhos.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

O Espírito Santo continua a obra da evangelização de Jesus Cristo

Protagonista do anúncio: o Espírito Santa | CNBB

O ESPÍRITO SANTO CONTINUA A OBRA DA EVANGELIZAÇÃO DE JESUS CRISTO

Dom Vital Corbellini
Bispo de Marabá (PA)  

Na última ceia, Jesus pediu ao Pai para que Ele enviasse o Espírito da Verdade, o Outro de modo que continuasse a obra da salvação e da evangelização do Senhor Jesus. Ele não iniciaria uma nova obra de salvação, porque Ele tomará do próprio Senhor para assim transmiti-lo aos outros (Jo 16, 14-15). Ele veio em Pentecostes para confirmar a obra da redenção de Jesus dada agora aos seus discípulos e discípulas. Ele impulsiona as pessoas para a vivência do Evangelho de Jesus Cristo, à unidade na Igreja, à superação de práticas tradicionais em vista da verdadeira tradição que vem de Jesus Cristo e dos apóstolos, à missão junto a todos os povos, ao martírio, à prática do mandamento do amor a Deus, ao próximo como a si mesmo. Uma visão será dada a partir dos padres da Igreja a respeito da obra da evangelização começada pelo Filho em comunhão com o Pai e continuada pelo Espírito Santo na Igreja e no mundo. 

O Espírito Santo esteve em Jesus. 

Santo Ireneu de Lião, bispo no século II disse que o Espírito Santo desceu sobre Jesus como uma pomba (Mt 3,16; Lc 3,22; Jo 1,32). É o mesmo Espírito no qual Isaias disse que repousava sobre ele o Espírito de Deus (Is 11,2), porque Ele o consagrou (Is 61,1; Lc 4,18). Será o Espírito do Pai dos discípulos que falaria neles (Mt 10,20. O Espírito desceu sobre o Filho de Deus, tornando-se Filho do Homem para habitar em meio ao gênero humano e a repousar (Is 11,2; 1 Pd 4,14) ao modelo formado por Deus; Jesus Cristo. Ele impulsionou à realização da Vontade de Deus e fez o ser humano passar da antiguidade à novidade de Cristo1. O Espírito impulsionou a obra da evangelização iniciada por Jesus, continuada pelos apóstolos e todas as pessoas comprometidas com a denúncia e o anúncio do Reino de Deus no mundo de hoje. 

É dito Santo. 

São Basílio de Cesareia, bispo do século IV disse que o Espírito é dito Santo como o Pai é santo e como Filho é santo. A santidade é integrante de sua natureza, de modo que ele não é santificado, mas santificador. É reto (Sl 91,16) como o Senhor Deus é reto, sendo imutável por natureza. Recebe as denominações de Espírito que governa, e Espírito de verdade, Espírito de sabedoria. Ele atua em vista da evangelização das pessoas e daqueles que são pobres2, necessitados.  

O milagre da única língua, o amor. 

Santo Agostinho de Hipona, Bispo nos séculos IV e V, afirmou que com a vinda do Espírito Santo todos ficaram cheios do Espírito de Deus, nas quais eles começaram a falar em outras línguas de todas as gentes que não conheciam e nem tinham aprendido, mas que era a linguagem do amor. As pessoas foram batizadas pelo Espírito Santo, falando nas línguas de todos os povos. O fato foi que aquela pequena Igreja falava nas línguas de todos os povos, significando que a grande Igreja desde o nascer do sol até o seu ocaso, fala nas línguas de todas as gentes, cumprindo-se o mandamento do amor do Senhor3. 

A trombeta do evangelho.  

São Leão Magno, Papa no século V afirmou que no dia de Pentecostes ressoou a trombeta da pregação evangélica, tendo a chuva de carismas, rios de bênçãos a irrigarem no deserto e a terra árida porque o Espírito de Deus veio para renovar a face da terra, assim como Ele pairou sobre as águas no início da criação (Gn 1,2). Ele veio para dissipar as trevas das coisas e conceder uma nova luz, pois pelo esplendor das línguas brilhantes, foi concebido o verbo luminoso do Senhor para iluminar e superar o pecado4, dando forças à evangelização do Senhor na Igreja e no mundo.  

A Invocação do Pai e do Filho. 

São Leão Magno disse também que do Espírito Santo provém à invocação do Pai. Ele falou também da presença do Filho. As lágrimas das pessoas penitentes têm presentes que ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão no Espírito Santo (1 Cor 12,3). São Paulo pregava que a onipotência do Espírito Santo é igual à do Pai e à do Filho, pois uma só é a divindade ao afirmar que há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo: há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo; há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera em tudo em todos (1 Cor 12, 4-6)5.  

O Espírito santifica a Igreja em vista da evangelização. 

O Papa ainda disse que é preciso celebrar Pentecostes na alegria e no amor, porque ele santifica toda a Igreja católica em vista de tornar viva a evangelização, também porque ele instruiu todos os espíritos racionais, as pessoas na missão. Ele é inspirador da fé, doutor da ciência, fonte do amor, causa de todas as virtudes. Os corações das pessoas alegram-se porque no mundo inteiro é louvado e confessado por todas as línguas o Deus único, Pai e Filho e Espírito Santo. O significado da figura do fogo persiste por sua operação e por seu fogo6.  

O Espírito Santo dá a remissão dos pecados. 

O Espírito Santo concede às pessoas fieis a remissão dos pecados. Além disso, ele concede a graça da oração para estar em comunhão com o Senhor Jesus em vista do anúncio do evangelho, pois o fiel não sabe o que deve pedir como convém; mas com o Espírito que implora pela vida do fiel vem em seu socorro com gemidos inexprimíveis (Rm 8,26). Se a pessoa privar-se do Espírito Santo, ela não merecerá o perdão, segundo o Papa Leão, pois ela abandonaria a prece do intercessor divino, o Espírito de Deus. No entanto, os apóstolos receberam o poder de perdoar os pecados, quando após sua ressurreição, o Senhor soprou sobre eles ao dizer que eles receberiam o Espírito Santo de modo que aqueles que perdoarem os pecados receberiam o perdão; mas aqueles a quem os retiverem, eles seriam retidos (Jo 20,23)7.  

A missão dada aos apóstolos. 

Com a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos, estando repletos da nova abundância de dons do Espírito, começaram a querem com mais ardor e poder com eficácia, a missão dada pelo Senhor, progredindo na ciência de mestres até a tolerância nos sofrimentos, pois já sem medo diante de qualquer tempestade, pela fé calcavam as ondas do século e a soberba do mundo, e desprezando a morte, levavam a todas as nações a verdade do Evangelho de Jesus Cristo e da Igreja8.  

A festa de Pentecostes eleva a natureza humana. 

São Leão Magno afirmou que a festa de Pentecostes elevou, regenerou a natureza humana, porque pelo Espírito Santo é possível alcançar uma eternidade feliz de alma e de corpo, confessando com o apóstolo São Paulo que o Senhor Jesus Cristo, subindo as alturas, levou cativos consigo, distribuiu dons aos seres humanos (Sl 67,19). O Papa desejou que o Evangelho de Deus, pregado por todas as vozes humanas e “toda a língua proclame que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai” (Fl 2,11)9.  

O Espírito Santo é o continuador da obra da evangelização para que todas as pessoas vivam o mandamento do amor do Senhor Jesus em vista da glória do Pai no mundo de hoje, na família, na comunidade e na sociedade. Sob a sua luz o mundo torna-se melhor, viva em paz e no amor.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Fátima: o santuário mariano preferido dos Papas?

Shutterstock | #image_title

Por Anna Kurian

João Paulo II, por exemplo, visitou o santuário português três vezes.

“Mesmo que eu tenha que ir em uma cadeira de rodas, mesmo assim eu vou”, disse o Papa Francisco aos organizadores da Jornada Mundial da Juventude, segundo o Bispo de Leiria-Fátima, Dom José Ornelas Carvalho. Dadas as dificuldades de mobilidade do Papa, de 86 anos, a viagem de Lisboa, onde acontecerá JMJ, até Fátima — cerca de 130 quilômetros — poderá ser feita de helicóptero, disse o bispo. A Santa Sé ainda não confirmou esta proposta.

Esta será a segunda visita do Papa Francisco ao santuário mariano português desde a sua eleição. A ocasião anterior foi a sua viagem apostólica de 12 a 13 de maio de 2017, para participar do centenário das aparições da Virgem Maria aos três pastorinhos: Lúcia Santos e Francisco e Jacinta Marto, e para canonizar os dois últimos.

Papa Francisco no Santuário de Fátima, em 2017.
Pope Francis/agefotostock/East News

De fato, o pontífice argentino criou um vínculo especial com Fátima. A seu pedido, no dia 13 de maio de 2013, o então Patriarca de Lisboa, Cardeal José Policarpo, presidiu ali uma consagração pontifícia à Virgem Maria. Depois, em 25 de abril de 2018, durante uma audiência geral, Francisco abençoou e coroou uma imagem da Virgem de Fátima destinada a uma paróquia italiana.

Um mês após o início da guerra na Ucrânia, Francisco decidiu consagrar a Rússia e a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria – seguindo o “segundo segredo” de Fátima – durante uma celebração penitencial em 25 de março de 2022, na Basílica de São Pedro. A mesma consagração foi realizada simultaneamente no Santuário de Fátima.

Papas visitam Fátima 

Antes de Francisco, três pontífices visitaram a Cova da Iria. O primeiro foi Paulo VI, que esteve no local em 13 de maio de 1967, para marcar o 50.º aniversário das aparições. Ele presenteou Nossa Senhora do Rosário com uma rosa de ouro.

Já João Paulo II visitou Fátima três vezes (1982, 1991 e 2000). Ele teve um interesse especial no santuário português depois de escapar de uma tentativa de assassinato na Praça de São Pedro em 13 de maio de 1981, dia da festa de Nossa Senhora de Fátima.

O papa polonês, impressionado com a coincidência de datas, viu nisso um sinal de que a Virgem Maria havia desviado a bala fatal disparada por um assassino de aluguel. No ano seguinte, em 13 de maio de 1982, visitou pessoalmente Fátima para expressar sua gratidão à Mãe de Deus. João Paulo II voltou nove anos depois, em 12 e 13 de maio de 1991; depois, nos dias 12 e 13 de maio de 2000.

Papa João Paulo II com Irmã Lúcia. Fátima, 13 de maio de 1991.
Joao Paulo Trindade | LUSA | AFP

Finalmente, o seu sucessor Bento XVI visitou Fátima em maio de 2010, por ocasião do 10º aniversário da beatificação dos pastorinhos. Mas, mesmo antes de sua eleição, o então Cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, foi incumbido pelo Papa João Paulo II de tornar público o terceiro e último segredo das aparições de Fátima por ocasião da Grande Jubileu do Ano 2000.

Clique na galeria abaixo para conhecer um pouco mais do Santuário de Fátima!

(slideshow) Santuário de Fátima

Fonte: https://pt.aleteia.org/
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Vinde Espírito de vida, harmonia e de paz!

Espírito Santo | Vatican News

Ele nos dá a sabedoria de encontrar e compreender, nas coisas e pessoas, o desígnio de Deus, para colaborar e servir.

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz - Bispo Diocesano de Campos (RJ)

Em Pentecostes, culminamos o tempo Pascal com o derramamento da superabundância do Espírito Santo sobre a Igreja e toda a Terra. O Espírito, sopro divino, é dador e sustentador da vida em todas as dimensões, estruturas, pessoas, e seres da Criação. Recebê-lo é deixar-se transformar para retomar à maravilhosa unidade e harmonia do Projeto do Pai, tornando-nos em cuidadores e guardiães da beleza, da graça, e do amor, em tudo e em todas as manifestações viventes. Ele nos dá a sabedoria de encontrar e compreender, nas coisas e pessoas, o desígnio de Deus, para colaborar e servir.

Desperta-nos a ser construtores da Jerusalém celestial na história, desmontando os projetos das Babeis, que sufocam a alma humana e destroem a convivência e solidariedade humanas. Ele vem para reconciliar-nos, e recriar vínculos de uma paz duradoura, centrada na ternura e misericórdia da fraternidade entre todas as pessoas, povos, e criaturas que habitam a Terra. Espírito que purifica e santifica a Igreja, impulsionando-a na missão, no serviço, e no diálogo, alargando, sempre, a tenda e abrindo portas e caminhos, sendo ponte e amparo para todos(as).

Ele, como Mestre interior, cura e liberta nossas mentes das visões estreitas, e caolhas, que nos apequenam e semeiam, entre nós, a mentira, o ódio e a inimizade, jogando-nos uns contra os outros. Como Paráclito e Defensor, nos encoraja e nos dá o dom da profecia e da paresia, para não nos acovardar e sermos sempre evangelizadores com Espírito, comprometidos com o Reino, superando, sempre, toda escravidão, e atentado contra a dignidade humana e a liberdade de filhos de Deus.

Vento impetuoso, dá-nos a força de mudar, e fazer acontecer as conversões necessárias, e corrigir, com suavidade e delicadeza, aquilo que nos atrapalha na caminhada de seguir a Cristo e testemunhá-lo, com amor e firmeza. Que sejamos sempre capazes de responder, e assumir, a seu chamado e inspirações, desenvolvendo com fidelidade e zelo, os carismas, dons, e graças copiosas e abundantes que recebemos, diariamente, do Espírito.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sexta-feira, 26 de maio de 2023

Oito chaves para compreender Pentecostes

Pentecostes / Waiting for the World (CC-BY-2.0)

Oito chaves para compreender Pentecostes

REDAÇÃO CENTRAL, 26 Mai. 23 / 07:00 am (ACI).- No domingo (28), a Igreja celebra a festa de Pentecostes, dia em que se cumpriu a promessa de Cristo aos apóstolos de que o Pai lhes enviaria o Espírito Santo para guiá-los na missão evangelizadora. Para compreender mais esta data, apresentamos oito chaves:

1. O que significa o nome Pentecostes?

Provém da palavra grega que significa “quinquagésimo” (pentecoste). O motivo é porque Pentecostes é o quinquagésimo dia (em grego, pentecoste hemera) depois do Domingo da Páscoa (no calendário cristão).

Este nome começou a ser usado no período final do Antigo Testamento e foi herdada pelos autores do Novo Testamento.

2. Quais outros nomes tem esta festividade?

A festa das semanas; a festa da colheita; o dia dos primeiros frutos.

Hoje em dia, nos círculos judeus, é conhecida como Shavu’ot (em hebraico, “semanas”). Além disso, é conhecida com diferentes nomes em vários idiomas.

Nos países de fala inglesa também é conhecido como “Whitsunday” (Domingo Branco), nome que deriva, provavelmente, das vestes brancas dos recém-batizados.

3. Que tipo de festa Pentecostes foi no Antigo Testamento?

Foi um festival para a colheita e significava que estava chegando ao seu fim. Deuteronômio 16 diz:

“Contarás sete semanas, a partir do momento em que meteres a foice em tua seara. Celebrarás então a festa das Semanas em honra do Senhor, teu Deus, apresentando a oferta espontânea de tua mão, a qual medirás segundo as bênçãos com que o Senhor, teu Deus, te cumulou” (Dt 16,9-10).

4. O que Pentecostes representa no Novo Testamento?

Representa o cumprimento da promessa de Cristo ao final do Evangelho de São Lucas:

“Assim é que está escrito, e assim era necessário que Cristo padecesse, mas que ressurgisse dos mortos ao terceiro dia. E que em seu nome se pregasse a penitência e a remissão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas de tudo isso. Eu vos mandarei o Prometido de meu Pai; entretanto, permanecei na cidade, até que sejais revestidos da força do alto” (Lc 24,46-49).

5. Como é simbolizado o Espírito Santo nos eventos no dia de Pentecostes?

O capítulo 2 de Atos dos Apóstolos recorda:

“Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”.

Esta passagem contém dois símbolos do Espírito Santo e sua ação: o vento e o fogo.

O vento é um símbolo básico do Espírito Santo; a palavra grega que significa “Espírito” (Pneuma) também significa “vento” e “sopro”. Embora o termo usado para “vento” nesta passagem seja ‘pnoe’ (em termo relacionado com penuma), ao leitor é dado a entender a conexão entre o vento forte e o Espírito Santo.

Em relação ao símbolo do fogo, o Catecismo assinala:

“Enquanto a água significava o nascimento e a fecundidade da vida dada no Espírito Santo, o fogo simboliza a energia transformadora dos atos do Espírito Santo. O profeta Elias, que ‘apareceu como um fogo e cuja palavra queimava como um facho ardente’ (Sir 48, 1), pela sua oração faz descer o fogo do céu sobre o sacrifício do monte Carmelo, figura do fogo do Espírito Santo, que transforma aquilo em que toca. João Batista, que ‘irá à frente do Senhor com o espírito e a força de Elias’ (Lc 1, 17), anuncia Cristo como Aquele que ‘há-de batizar no Espírito Santo e no fogo’ (Lc 3, 16), aquele Espírito do qual Jesus dirá: ‘Eu vim lançar fogo sobre a terra e só quero que ele se tenha ateado!’ (Lc 12, 49). É sob a forma de línguas, ‘uma espécie de línguas de fogo’, que o Espírito Santo repousa sobre os discípulos na manhã de Pentecostes e os enche de Si (31). A tradição espiritual reterá este simbolismo do fogo como um dos mais expressivos da ação do Espírito Santo (32). «Não apagueis o Espírito!» (1 Ts 5, 19)” (CIC696).

6. Há uma ligação entre as “línguas” de fogo e o fato de os discípulos falarem em outras “línguas” nesta passagem?

Sim. Em ambos os casos a palavra grega para “línguas” é a mesma (glossai) e o leitor é destinado a entender a ligação.

A palavra “língua” é utilizada para significar tanto uma “chama (de fogo)” como o “idioma”.

As “línguas como de fogo” que se distribuem e pousam sobre os discípulos fazem com que comecem a falar milagrosamente em “outras línguas” (ou seja, os idiomas).

Esse é o resultado da ação do Espírito Santo, representado pelo fogo.

7. Quem é o Espírito Santo?

Segundo o Catecismo da Igreja Católica, o Espírito Santo é a “Terceira Pessoa da Santíssima Trindade”. Ou seja, havendo um só Deus, existem Nele três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Esta verdade foi revelada por Jesus em seu Evangelho.

O Espírito Santo coopera com o Pai e o Filho desde o começo da história até sua consumação, mas é nos últimos tempos, inaugurados com a Encarnação, que o Espírito se revela e nos é dado, quando é reconhecido e acolhido como pessoa. O Senhor Jesus o apresenta a nós e se refere a Ele não como uma potencial impessoal, mas como uma Pessoa diferente, com um agir próprio e um caráter pessoal.

8. O que significa a festa de Pentecostes para nós?

A solenidade de Pentecostes é uma das mais importantes no calendário da Igreja e contém uma rica profundidade de significado. Desta forma, Bento XVI a resumiu em 27 de maio de 2012:

“Esta solenidade faz-nos recordar e reviver a efusão do Espírito Santo sobre os Apóstolos e os outros discípulos, reunidos em oração com a Virgem Maria no Cenáculo (cf. At 2, 1-11). Jesus, tendo ressuscitado e subido ao céu, envia à Igreja o seu Espírito, para que cada cristão possa participar na sua mesma vida divina e tornar-se sua testemunha válida no mundo. O Espírito Santo, irrompendo na história, derrota a sua aridez, abre os corações à esperança, estimula e favorece em nós a maturação na relação com Deus e com o próximo”.

Publicado originalmente em National Catholic Register.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Tríduo Festivo em preparação para Corpus Christi

Tríduo em preparação para Corpus Christi | arqbrasilia

O Reitor do Santuário do Santíssimo Sacramento, padre Wilson José Santos Pereira, convida para o Tríduo Festivo em preparação para Corpus Christi no Santuário de Adoração Perpétua de Brasília, quadra 606 L2 sul.


Programação:
Dias 05/06 às 19h. Vicariato Sul e Comunidade do Santuário, Celebrante:
DOM DENILSON GERALDO.


Dia 06/06 às 19h. Vicariato Centro e Comunidade do Santuário, Celebrante:
DOM ANTÔNIO APARECIDO MARCOS FILHO.


Dia 07/06 às 19h. Vicariato Norte Leste e Comunidade do Santuário,
Celebrante: DOM JOSÉ APARECIDO GONÇALVES DE ALMEIDA.


Dia 08/06 às 10h. Todos os Vicariatos e Comunidade do Santuário.
Celebrante: CARDEAL ARCEBISPO DOM PAULO CEZAR COSTA.


A partir das 15h do dia 08/06 todos estão convidados a participarem da
Solene Celebração de Corpus Christi na Esplanada dos Ministérios com
nosso Cardeal Arcebispo Dom PAULO CEZAR, os Bispos Auxiliares e todo
Clero.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

O Brasil encanta o Papa na Audiência Geral com dança e capoeira

A interpretação da cultura brasileira no Vaticano | Vatican News

O grupo do bairro Marcos Moura, um dos mais carentes e violentos da cidade de Santa Rita, região metropolitana de João Pessoa, esteve na Audiência Geral para encontrar o Papa Francisco. Ao final, eles entregaram um cocar e cantaram o "Rap da Felicidade" ao Papa, denunciando a violência das favelas, num grito de esperança. "Cantamos essa música que representa muito bem a nossa comunidade", afirmou o jovem Rodrigo Baima, que liderava o grupo.

Andressa Collet - Vatican News

Um colorido e uma batucada bem brasileira chamaram a atenção do Papa Francisco e dos presentes na Praça São Pedro para a Audiência Geral. Na manhã desta quarta-feira, 24 de maio e de aniversário de 8 anos da encíclica Laudato si' de Francisco, um grupo formado por 21 jovens carentes, provenientes do bairro de Marcos Moura da cidade paraibana de Santa Rita, região metropolitana de João Pessoa, foi lembrado pelo Pontífice durante a saudação tradicional aos peregrinos de língua portuguesa:

“Saúdo cordialmente os fiéis de língua portuguesa, especialmente os peregrinos vindos de Bragança (Portugal) e de Brasília, Rio Grande do Sul, Campo Magro, Divinópolis e Marcos Moura (Brasil). Queridos irmãos e irmãs, é o Senhor que nos sustenta no anúncio do Evangelho. Oxalá possam sentir sempre o conforto do Seu Espírito, que reconstrói a harmonia entre nós e nos abre novos caminhos de evangelização. Que Nossa Senhora proteja cada um de vocês e respectivas famílias.”

Ao final da Audiência, à espera do tão aguardado encontro com Francisco, o grupo continuou fazendo jus às origens brasileiras cantando, dançando e jogando capoeira em pleno sagrado da Basílica de São Pedro. Uma interpretação que faz parte de um espetáculo em defesa da Amazônia e da cultura dos povos originários que alimentam a casa comum para divulgar a ecologia integral que leva o nome da encíclica do Papa: "Laudato si'. O Espaço da Vida na Terra".

O Brasil encanta o Papa na Audiência Geral | Vatican News

Projeto social sobre a Laudato si'

O projeto, de grande impacto social que está rodando a Europa desde a semana passada - fazendo etapa inclusive no Festival de Cannes, na França - vai render um filme com previsão de ser lançado no início de 2024, segundo a diretora Lia Beltrami. O protagonista do documentário "Amazonia. The Space of Life on Earth", Rodrigo Baima, que terá a sua história de vida retratada a exemplo de tantas outras que superam grandes dificuldades no Brasil, é também o coreógrafo do show de dança e capoeira que encantou o Papa Francisco. 

Segundo Rodrigo, eles entregaram um cocar azul ao Pontífice e cantaram  o "Rap da Felicidade", uma música dos Anos 90 dos compositores MC Doca e MC Cidinho, que segue atual com a denúncia de violência nos espaços das favelas. A letra que diz: “Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci, e poder me orgulhar e ter a consciência que o pobre tem seu lugar” é um grito pela vida e pelo respeito à dignidade humana! Rodrigo, emocionado, contou que foi chamado pelo nome pelo Papa, num encontro que viu a maioria dos jovens chorando e que, ao final, Francisco ainda agradeceu pelo testemunho num belo português: "muito obrigado".

O momento da entrega do cocar ao Papa | Vatican News

"Nós precisamos cuidar do pulmão amazônico e a Laudato si' vem exatamente com esse propósito para que o mundo e todas as pessoas do bem comum possam se voltar e ajudar esse espaço e a ecologia integral. E estar ali com o Papa, firmando esse compromisso, foi muito importante para cada menino e menina. E ele chegou a fazer uma pergunta: 'faz horas que vocês estão ali cantando, pulando, dançando e jogando capoeira, vocês não cansam?' E todos os jovens gritaram: 'nãoooooo!'."

“No final, o Papa nos parabenizou e cantamos a música que representa muito bem a nossa comunidade, o Rap da Felicidade. E, assim, seguimos cantando aqui na Europa e em todos os espaços que formos, levando essa música e esse propósito, a nossa identidade, que é a nossa favela de Marcos Moura.”

Jovens capoeiristas do Brasil | Vatican News
O Brasil encanta o Papa na Audiência Geral | Vatican News
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF