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segunda-feira, 22 de junho de 2020

Cruz é restaurada como "sinal de esperança" em meio à pandemia

Cruz de ferro forjado na Catedral de Nossa Senhora Auxiliadora e
São Pedro de Alcântara. Créditos: Diocese de Shrewsbury
REDAÇÃO CENTRAL, 20 Jun. 20 / 07:00 am (ACI).- O Bispo de Shrewsbury (Inglaterra), Dom Mark Davies, elogiou a restauração da cruz no topo de uma catedral como "um sinal de esperança" em meio à pandemia de coronavírus.
Em 16 de junho, Dom Davies indicou que a restauração da cruz de ferro forjado na Catedral de Nossa Senhora Auxiliadora e em São Pedro de Alcântara é um sinal de esperança "na vitória da vida e do amor".
“Erguida acima da catedral, esta cruz continuará brilhando no horizonte de Shrewsbury pelas próximas gerações", acrescentou.
Em um comunicado de imprensa, a Diocese de Shrewsbury indicou que, devido à ferrugem e outros danos, a cruz estava em "extrema necessidade" de reparo.
O especialista em conservação M. Salt Limited removeu a cruz pela primeira vez desde sua instalação em 1856, ano em que a catedral foi inaugurada, para repará-la e pintá-la. O campanário do templo também foi restaurado no dia em que as igrejas católicas na Inglaterra foram autorizadas a reabrir para a oração privada após o fechamento devido ao coronavírus.
A Diocese indicou que a cruz de ferro forjado é um exemplo inicial da obra do movimento de Artes e Ofícios, inspirada em parte pelas ideias do arquiteto Augustus Pugin.
"Não há provas documentais que mostrem quem desenhou e encomendou a cruz, embora os arquitetos suspeitem que foi o filho de Pugin, Edward, quem assumiu a responsabilidade de terminar a catedral depois da morte de seu pai em 1852”, acrescentou.
O especialista em conservação, Mike Salt, sugeriu que a cruz foi criada por Jean Tijou, um ferreiro francês huguenote que fez portas e portões para o Palácio de Hampton Court, o palácio favorito do rei Henrique VIII.
Salt indicava que as lâminas ornamentadas no corpo da cruz são feitas de ferro forjado com carvão vegetal, uma técnica de gravação associada a Tijou, na qual o metal se forma martelando o lado oposto.
"Portanto, na minha opinião, a cruz é historicamente importante não apenas porque representa o melhor do movimento [Arts and Crafts], mas porque mostra que ainda é possível reproduzir o trabalho de Tijou em um ambiente moderno", assinalou.
O trabalho na cruz é parte de um ambicioso projeto de restauração na catedral, que é uma das menores da Inglaterra.
Como parte deste projeto, o bispo Davies devolveu o Tabernáculo ao centro da catedral. Ele também obteve permissão para remover as plataformas de madeira criadas na década de 1980 para estender o tabernáculo.
"As catedrais da Inglaterra foram construídas para criar um espaço sagrado para o povo de nossa terra", indicou Dom Davies em sua coluna no Catholic Herald, em 2019. "Em Shrewsbury, buscamos renovar esta missão para que nossa catedral possa continuar apresentando a visão da fé católica às novas gerações que talvez saibam pouco sobre sua beleza”, acrescentou.
"Esta missão é, em última análise, levar-nos a reconhecer Jesus Cristo verdadeiramente presente no mistério e na realidade da Eucaristia", concluiu.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
ACI Digital

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF