Translate

domingo, 3 de outubro de 2021

Intenção do Papa Francisco para o mês de outubro de 2021

ACI Digital

Intenção de oração para outubro de 2021

O Papa Francisco confia mensalmente à sua Rede Mundial de Oração intenções de oração que exprimem as suas grandes preocupações pela humanidade e pela missão da Igreja. A sua intenção de oração mensal é um chamamento mundial para transformarmos a nossa oração em «gestos concretos», é uma bússola para uma missão de compaixão para com o mundo.

Propõe um caminho para nos mobilizar todos os meses, através da oração e da ação, para um mundo mais humano, fraterno e solidário.

Estas intenções de oração são fruto de um longo processo de discernimento na Igreja, em diversos países do mundo e com propostas provenientes de vários dicastérios, congregações e serviços da Santa Sé. No fim deste processo, que dura vários meses, o Papa, tendo em conta as propostas recebidas, reserva um tempo para rezar e discernir os desafios da humanidade e da missão da Igreja. Confia então as suas 12 intenções de oração a todos os fiéis. São orientações para a nossa vida e missão. (http://apostoladobrasilia.com.br/)

https://youtu.be/9Os_dhm1-VQ

"Fratelli tutti", para dar vida ao Evangelho

Fratelli tutti, L'Osservatore Romano  (@VaticanMedia)

Publicada em 4 de outubro de um ano atrás, a última encíclica do Papa Francisco propõe o caminho a seguir para salvar a humanidade do abismo do ódio.

ANDREA TORNIELLI

Um ano após sua publicação, ainda é muito cedo para verificar se o efeito da encíclica Fratelli tutti será semelhante ao da Laudato si', o outro importante documento papal, promulgado em 2015, que nunca como antes foi capaz de interceptar o interesse de pessoas distantes da Igreja, gerando iniciativas e um compromisso concreto a partir de baixo.

Fratelli tutti, assim como Laudato si’, pertencem ao magistério social da Igreja, e devemos evitar o risco de 'reducionismo', como se fossem documentos que se ocupam de emergências e problemas contingentes, propondo caminhos que são igualmente contingentes. A defesa da vida, a salvaguarda da Criação a nós confiada, a ecologia humana e integral não são sugestões questionáveis e incidentais para o tempo presente, mas encontram sua origem e fundamento na Palavra de Deus. Da mesma forma, o convite à fraternidade, a considerar o outro - quem quer que seja e de onde quer que venha - não como "o outro", mas como um irmão enquanto filho de Deus, não é uma mera contingência ou o interesse particular de uma época na vida da Igreja, mas um olhar profundamente evangélico.

Há seis anos, com a "Laudato si", Francisco chamava a atenção para as conexões entre a crise ambiental, a crise social, as guerras, a migração e a pobreza. Ele pediu a construção de um sistema econômico e social mais justo e respeitoso da criação, com o homem no centro e não a idolatria do dinheiro. Há um ano, com Fratelli tutti, o Papa indicou o caminho a seguir para alcançar esse objetivo: reconhecer-nos como irmãos e irmãs, guardiães uns dos outros. Isto nada mais é do que o Evangelho, como nos ensina a parábola do Bom Samaritano, tão perturbadora e pouco convencional e, ao mesmo tempo, ainda tão pouco compreendida e vivida. O cristão reconhece o rosto de Jesus "em cada ser humano, para vê-lo crucificado na angústia dos abandonados e esquecidos deste mundo, e ressuscitado em cada irmão que se levanta novamente". Mas também aqueles que não receberam o dom da fé cristã compreendem a mensagem da fraternidade, o único antídoto para a corrida autodestrutiva rumo ao abismo do ódio, da guerra, do egoísmo e do fanatismo.

Embora ainda seja muito cedo para verificar os frutos da encíclica papal publicada há um ano, há sinais e sementes de esperança. Quem escreve teve a graça de passar algumas horas com Dale Recinella, um ex-advogado estadunidense do setor financeiro de Wall Street que há muitos anos, junto com sua esposa Susan, dedica sua vida a acompanhar os prisioneiros que aguardam a execução no Corredor da Morte na Flórida. Muitos deles, graças à sua amizade, enfrentaram o verdugo reconciliado com Deus. Dale reconheceu Jesus nestes irmãos e irmãs e por esta razão, apesar das dificuldades e mal-entendidos dos quais ele está cercado, ele precisa deles tanto quanto eles precisam dele. Com os olhos molhados de lágrimas, ele disse que a mensagem da encíclica Fratelli tutti, cada palavra e cada gesto do Papa Francisco, são para ele como "uma transfusão de sangue, que ajuda a viver e seguir em frente". Há muitas pessoas no mundo, longe dos holofotes da mídia e das convenções comemorativas, que, olhando desta forma para o testemunho do Sucessor de Pedro, dão vida ao Evangelho.

Fonte: https://www.vaticannews.va/

Igreja que tem memorial de bebês mortos em abortos é vandalizada

Igreja do Colorado com pichações abortistas /
Crédito: Mark Evevard

DENVER, 01 out. 21 / 04:15 pm (ACI).- Uma igreja católica de Boulder, Colorado (EUA), que tem um memorial aos bebês vítimas de aborto, foi vandalizada com pichações abortistas em 29 de setembro.

A igreja do Sagrado Coração de Maria apareceu com dizeres “Jesus (ama) o aborto”, “fora proibições de nossos corpos”, “tirem as suas mãos do meu útero”, e o símbolo da anarquia em suas paredes. Os vândalos também picharam imagens, um dos carros da paróquia com a frase “meu corpo, minha escolha”, jogaram ovos e quebraram janelas.

A paróquia mantém um memorial de 4 mil cruzes, cada uma das quais representa um dos bebês que morrem abortados diariamente nos EUA. Os vândalos atacaram pelo menos metade das cruzes.

Embora a igreja tenha um sistema de segurança por vídeo, as imagens capturadas dos atacantes parecem "sombras", disse Mark Evevard, diretor de juventude e comunicações sociais da paróquia, disse à CNA, agência em inglês do grupo ACI.

Evevard disse que o pároco, padre Jonathan Dellinger, pediu aos fiéis para "colocar esses irmãos no topo de sua lista de intenções de oração e rezar por sua conversão".

Recentemente, a paróquia de St. Louis, nas proximidades de Louisville, também foi vandalizada com pichações semelhantes, concluiu Evevard.

Em Boulder vive Warren Hern, que dirige a Boulder Abortion Clinic, centro de aborto popular que aceita mulheres grávidas em estágio avançado e que chegam de todo o mundo. O Estado do Colorado não tem leis que vetem abortos tardios. O aborto pode ser feito durante toda a gravidez até o momento do nascimento do bebê.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Percurso de vida de Cardeal D. Alexandre Maria dos Santos

Cardeal Alexandre José Maria dos Santos | Vatican News

Um longo compromisso com a Igreja e o povo de Moçambique que abraçou integralmente à luz da Palavra de Deus. "Um servidor incansável do Evangelho e da Igreja." - como o define no seu telegrama de pêsames, o Papa Francisco.

Cidade do Vaticano 

"Um servidor incansável do Evangelho e da Igreja." É assim que o Papa Francisco recorda o cardeal moçambicano, Alexandre José Maria dos Santos, que faleceu na última quarta-feira, 29 de setembro, em Maputo, onde foi pastor por 30 anos.

Num telegrama ao atual arcebispo de Maputo, Dom Francisco Chimoio, o Papa exprime a sua dor pela morte do cardeal e sua solidariedade aos "familiares em luto e a quantos, sobretudo nessa arquidiocese de Maputo, se beneficiaram do serviço deste pastor".

O Papa confia o purpurado ao Senhor "que o guiou em toda a sua existência" e pede a Deus que "o acolha na Jerusalém do céu". Pede igualmente aos que participarão das exêquias - a ter lugar no dia 7 de outubro na Catedral de Maputo - nas quais participará espiritualmente, que elevem os corações e a todos dá a sua benção. 

Vida e obra do Cardeal Alexandre José Maria dos Santos…

Primeiro sacerdote, primeiro bispo e primeiro cardeal nativo de Moçambique, o cardeal Alexandre José Maria dos Santos, da Ordem dos Frades Menores, Arcebispo emérito de Maputo, nasceu em Zavala, na Diocese de Inhambane, a 18 de março de 1924.

Concluiu os primeiros estudos na escola dos Missionários Franciscanos da Província de Portugal, presentes na Região desde o início do XX.

Depois de frequentar o seminário menor franciscano de Amatongas, na região central de Moçambique, foi enviado para Nyassaland - atual Malawi - para fazer o curso de filosofia com os Padres Brancos (Missionários da África), pois naquela época, ainda não existia seminário maior em Moçambique.

Em 1947 entrou no noviciado da Província Franciscana Portuguesa de Varatojo, perto de Lisboa. Depois de fazer a profissão temporária em 1948, frequentou o curso de Teologia em Lisboa. Ali faria a profissão solene em 1951 e foi ordenado sacerdote a 25 de junho de 1953.

Regressado à sua terra natal em 1954, desempenhou o ministério sacerdotal nas missões franciscanas na região de Inhambane. Em 1972 tornou-se Conselheiro da Custódia Franciscana de Moçambique e Reitor do novo Seminário Menor do país em Vila Pery, hoje Chimoio.  

Foi nomeado, pelo Papa Paulo VI, Arcebispo de Maputo em 23 de dezembro 1974, tendo sido sagrado Bispo a 9 de março do ano seguinte, pouco mais de dois antes da independência de Moçambique ocorrida a 25 de Junho de 1975. Assumia assim o governo pastoral da Igreja moçambicana e um profundo compromisso com as pessoas atingidas pela guerra civil e pelas calamidades naturais.

Dom Alexandre fundou a Caritas de Moçambique e foi o seu primeiro presidente. Promoveu programas de ajuda para os pobres, refugiados e vítimas da seca. Esteve também empenhado em na promoção de novas relações entre as comunidades eclesiais dos países que foram colónias portuguesas: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe.

Em 22 de agosto de 1981 fundou a Pia União das Mulheres com o nome de Franciscanas de Nossa Senhora Mãe de África. É um instituto religioso africano de moças moçambicanas que têm por objetivo fazer florescer a vida religiosa contemplativa e ativa no país, na pastoral e na assistência aos pobres. As normas datam de 20 de abril de 1981.

Em setembro de 1988, já como Cardeal, teve a alegria de receber o Santo Padre João Paulo II em visita pastoral a Moçambique. Tinha sido o Papa João Paulo II a criá-lo Cardeal no consistório de 28 de junho de 1988.

Fonte: https://www.vaticannews.va/

XXVII DOM TEMPO COMUM - Ano B

Dom Paulo Cezar | arqbrasilia

Dom Paulo Cezar Costa / Arcebispo de Brasília

Deus os fez homem e mulher

            A palavra de Deus, neste domingo, coloca diante de nós a vocação originária do projeto de Deus para o matrimônio. Alguns fariseus querem colocar Jesus à prova e Lhe perguntam: é licito ao homem divorciar-se de sua mulher? Qual era a situação do divórcio no tempo de Jesus? A Tôrah sobre este ponto era clara: um marido pode repudiar a mulher (Dt 24,1-4). Mas a situação de Israel sobre este ponto é mais complexa. A prática normal se coloca sobre esta linha de permitir o divórcio, como atestam as escolas de Shammai e de Hillel, que divergem somente sobre a motivação do divórcio (m. Ghit. 9,10). Mas a existência de um matrimônio indissolúvel é atestada em Qumran, não somente uma vez (CD 4,20-5,5; 11Qt 57,17-18); e em Ghit 90b, onde se lê: “quando um homem repudia a sua primeira mulher, também o altar derrama lágrimas por ela”.

Jesus se opõe explicitamente à tradição da prática do divórcio (Mc 10,2-12; Mt 19,3-9; Mt 5,31s; Lc 16,18) e há também a confirmação independente de Paulo (1Cor 7,10-11). A posição de Jesus não trata somente de um rigor maior no interno de um sistema indiscutível, mas de uma verdadeira e própria proibição positiva: a pergunta formulada pelos fariseus (Mc 10,2 «ei éxestin…, «É lícito…?») tem uma conotação jurídica, e a resposta implica uma verdadeira oposição ao texto legal do Deuteronômio. A solução que Jesus anuncia jamais fora considerada por outro doutor da época. Jesus retorna ao projeto original do Criador onde, no início, Deus fez o homem e a mulher. “Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!” (Mc 10, 7-9). É neste projeto criador original que se deve fundamentar toda escolha de vida matrimonial cristã.  No projeto original de Deus, está um ideal de doação limpidamente totalizante, que não pode ser abolido por uma permissão introduzida por causa da dureza dos corações. Jesus aboliu a concessão feita no tempo da dureza do coração e restituiu a vontade originária do Criador. Por isso, afirma o Papa Francisco: “(…) a aliança esponsal, inaugurada na criação e revelada na história da salvação, recebe a revelação plena do seu significado em Cristo e na Igreja, e a graça necessária para testemunhar o amor de Deus e viver a vida de comunhão. O Evangelho da família atravessa a história do mundo desde a criação do homem à imagem e semelhança de Deus (cf. Gn 1, 26-27) até a realização do mistério da Aliança em Cristo, no fim dos séculos, com as núpcias do Cordeiro (cf. Ap 19, 9)” (Papa Francisco, Amoris Laetitia, 63).

Que esta Palavra de Deus nos ajude percebermos a beleza do matrimônio e da família no projeto de Deus. Que ela inspire todos os agentes das pastorais e dos movimentos ligados à família a proclamarem a beleza da família no projeto salvífico de Deus. A beleza do projeto de Deus deve nos ajudar, também, a não desprezar os casais feridos em sua vida conjugal, mas a acolhê-los, acompanhá-los e integrá-los. Sejamos missionários da beleza da família no projeto salvífico de Deus.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Protomártires do Brasil

Protomártires do Brasil | Cléofas
03 de outubro
Protomártires do Brasil

Dentro da conturbada invasão dos holandeses no nordeste do Brasil, encontram-se os dois martírios coletivos: o de Cunhaú e o de Uruaçu. Estes martírios aconteceram no ano de 1645, sendo que o Pe. André de Soveral e Domingos de Carvalho foram mártires em Cunhaú e o Pe. Ambrósio Francisco Ferro e Mateus Moreira em Uruaçu; dentre outros.

No Engenho de Cunhaú, principal pólo econômico da Capitania do Rio Grande (atual estado do Rio Grande do Norte), existia uma pequena e fervorosa comunidade composta por 70 pessoas sob os cuidados do Pe. André de Soveral. No dia 15 de julho chegou em Cunhaú Jacó Rabe, trazendo consigo seus liderados, os ferozes tapuias, e, além deles, alguns potiguares com o chefe Jerera e soldados holandeses. Jacó Rabe era conhecido por seus saques e desmandos, feitos com a conivência dos holandeses, deixando um rastro de destruição por onde passava.

Dizendo-se em missão oficial pelo Supremo Conselho Holandês do Recife, convoca a população para ouvir as ordens do Conselho após a missa dominical no dia seguinte. Durante a Santa Missa, após a elevação da hóstia e do cálice, a um sinal de Jacó Rabe, foram fechadas todas as portas da igreja e se deu início à terrível carnificina: os fiéis em oração, tomados de surpresa e completamente indefesos, foram covardemente atacados e mortos pelos flamengos com a ajuda dos tapuias e dos potiguares.

A notícia do massacre de Cunhaú espalhou-se por todo o Rio Grande e capitanias vizinhas, mesmo suspeitando dessa conivência do governo holandês, alguns moradores influentes pediram asilo ao comandante da Fortaleza dos Reis Magos. Assim, foram recebidos como hóspedes o vigário Pe. Ambrósio Francisco Ferro, Antônio Vilela, o Moço, Francisco de Bastos, Diogo Pereira e José do Porto. Os outros moradores, a grande maioria, não podendo ficar no Forte, assumiram a sua própria defesa, construindo uma fortificação na pequena cidade de Potengi, a 25 km de Fortaleza.

Enquanto isso, Jacó Rabe prosseguia com seus crimes. Após passar por várias localidades do Rio Grande e da Paraíba, Rabe foi então à Potengi, e encontrou heroica resistência armada dos fortificados. Como sabiam que ele mandara matar os inocentes de Cunhaú, resistiram o mais que puderam, por 16 dias, até que chegaram duas peças de artilharia vindas da Fortaleza dos Reis Magos. Não tinham como enfrentá-las. Depuseram as armas e entregaram-se nas mãos de Deus.

Cinco reféns foram levados à Fortaleza: Estêvão Machado de Miranda, Francisco Mendes Pereira, Vicente de Souza Pereira, João da Silveira e Simão Correia. Desse modo, os moradores do Rio Grande ficaram em dois grupos: 12 na Fortaleza e o restante sob custódia em Potengi.

Dia 2 de outubro chegaram ordens de Recife mandando matar todos os moradores, o que foi feito no dia seguinte, 3 de outubro. Os holandeses decidiram eliminar primeiro os 12 da Fortaleza, por serem pessoas influentes, servindo de exemplo: o vigário, um escabino, um rico proprietário.

Foram embarcados e levados rio acima para o porto de Uruaçu. Lá os esperava o chefe indígena potiguar Antônio Paraopaba e um pelotão armado de duzentos índios seus comandados. Repetiram-se então as piores atrocidades e barbáries, que os próprios cronistas da época sentiam pejo em contá-las, porque atentavam às leis da moral e modéstia.

Um deles, Mateus Moreira, estando ainda vivo, foi-lhe arrancado o coração das costas, mas ele ainda teve forças para proclamar a sua fé na Eucaristia, dizendo: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento”.

A 5 de março de 2000, na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Papa João Paulo II beatificou os 30 protomártires brasileiros, sendo 2 sacerdotes e 28 leigos beatificados. Em 15 de outubro de 2017, o Papa Francisco canonizou Padre André de Soveral, Padre Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e outros 27 companheiros.

Fonte: santo.cancaonova.com

sábado, 2 de outubro de 2021

Como você olha para o pobre?

Editora Cléofas
Por Prof. Felipe Aquino

“Deve-se preferir o serviço dos pobres acima de tudo”, é uma das grandes lições deixadas por São Vicente de Paulo…

Não temos de avaliar os pobres por suas roupas e aspecto, nem pelos dotes de espírito que pareçam ter. Com frequência são ignorantes e curtos de inteligência. Mas muito pelo contrário, se considerardes os pobres à luz da fé, então percebereis que estão no lugar do Filho de Deus que escolheu ser pobre. De fato, em seu sofrimento, embora quase perdesse a aparência humana – loucura para os gentios, escândalo para os judeus – apresentou-se, no entanto, como o evangelizador dos pobres: Enviou-me para evangelizar os pobres (Lc 4,18). Devemos ter os mesmos sentimentos de Cristo e imitar aquilo que ele fez: ter cuidado pelos indigentes, consolá-los, auxiliá-los, dar-lhes valor.

Com efeito, Cristo quis nascer pobre, escolheu pobres para seus discípulos, fez-se servo dos pobres e de tal forma quis participar da condição deles, que declarou ser feito ou dito a ele mesmo tudo quanto de bom ou de mau se fizesse ou dissesse aos pobres. Deus ama os pobres, também ama aqueles que os amam. Quando alguém tem um amigo, inclui na mesma estima aqueles que demonstram amizade ou prestam obséquio ao amigo. Por isto esperamos que, graças aos pobres, sejamos amados por Deus. Visitando-os, pois, esforcemo-nos por entender os pobres e os indigentes e, compadecendo-nos deles, cheguemos ao ponto de poder dizer com o Apóstolo: Fiz-me tudo para todos (1Cor 9,22). Por este motivo, se é nossa intenção termos o coração sensível às necessidades e misérias do próximo, supliquemos a Deus que derrame em nós o sentimento de misericórdia e de compaixão, cumulando com ele nossos corações e guardando-os repletos.

Deve-se preferir o serviço dos pobres a tudo o mais e prestá-lo sem demora. Se na hora da oração for necessário dar remédios ou auxílio a algum pobre, ide tranquilos, oferecendo a Deus esta ação como se estivésseis em oração. Não vos perturbeis com angústia ou medo de estar pecando por causa de abandono da oração em favor do serviço dos pobres. Deus não é desprezado, se por causa de Deus dele nos afastarmos, quer dizer, interrompermos a obra de Deus, para realizá-la de outro modo.

Portanto, ao abandonardes a oração, a fim de socorrer a algum pobre, isto mesmo vos lembrará que o serviço é prestado a Deus. Pois a caridade é maior do que quaisquer regras, que, além do mais, devem todas tender a ela. E como a caridade é uma grande dama, faz-se necessário cumprir o que ordena. Por conseguinte, prestemos com renovado ardor nosso serviço aos pobres; de modo particular aos abandonados, indo mesmo à sua procura, pois nos foram dados como senhores e protetores.

Dos Escritos de São Vicente de Paulo, presbítero

(Cf. Correspondance, Entretiens, Documents, ed. P. Coste,Paris 1920-1925, passim)

Fonte: https://cleofas.com.br/

O que é um Anjo da guarda?

Canção Nova
O que é um Anjo da guarda?

A existência dos seres espirituais, não-corporais, que Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos, é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição.

Santo Agostinho diz a respeito deles: “Angelus officii nomen est, non naturae. Quaeris nomen huius naturae, spiritus est; quaeris officium, angelus est; quaeris officium, angelus est, ex eo quod est, spiritus est, ex eo quod agit, angelus – Anjo (mensageiro) é designação de encargo, não de natureza. Se perguntares pela designação da natureza, é um espírito; se perguntares pelo encargo, é um anjo: é espírito por aquilo que é, é anjo por aquilo que faz (Sl. 103, 1, 15). Por todo o seu ser, os anjos são servidores e mensageiros de Deus. Porque contemplam “constantemente a face de meu Pai que está nos céus” (Mt 18,10), são “poderosos executores de sua palavra, obedientes ao som de sua palavra” (Sl 103,20).

Como criaturas puramente espirituais, são dotados de inteligência e de vontade: são criaturas pessoais e imortais. Superam em perfeição todas as criaturas visíveis (Catecismo da Igreja Católica, 328-330).

Qual é a sua missão na história da salvação dos homens?

Eles (os anjos) aí estão, desde a criação e ao longo de toda a História da Salvação, anunciando de longe ou de perto esta salvação e servindo ao desígnio divino de sua realização: fecham o paraíso terrestre, protegem Lot, salvam Agar e seu filho, seguram a mão de Abraão, comunicam a lei por seu ministério, conduzem o povo de Deus, anunciam nascimentos e vocações, assistem os profetas, para citarmos apenas alguns exemplos. Finalmente, é o anjo Gabriel que anuncia o nascimento do Precursor e o do próprio Jesus.

Desde a Encarnação até a Ascensão, a vida do Verbo Encarnado é cercada da adoração e do serviço dos anjos. Quando Deus “introduziu o Primogênito no mundo, disse: – Adorem-no todos os anjos de Deus- ” (Hb 1,6). O canto de louvor deles ao nascimento de Cristo não cessou de ressoar no louvor da Igreja: “Glória a Deus…” (Lc 2,14). Protegem a infância de Jesus, servem a Jesus no deserto, reconfortam-no na agonia,embora tivesse podido ser salvo por eles da mão dos inimigos, como outrora fora Israel. São ainda os anjos que “evangelizam”, anunciando a Boa Nova da Encarnação e da Ressurreição de Cristo.

Estarão presentes no retorno de Cristo, que eles anunciam serviço do juízo que o próprio Cristo pronunciará: “O Filho do homem enviará os seus anjos, e eles tirarão do seu Reino tudo o que faz cair no pecado e todos os que praticam o mal. Eles os lançarão na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Aquele que tem ouvidos, ouça (Mt 13, 41-43)” (Catecismo da Igreja Católica, 332-333).

Como ajudam os anjos na vida da Igreja? E a cada pessoa?

Do mesmo modo, a vida da Igreja se beneficia da ajuda misteriosa e poderosa dos anjos. Em sua Liturgia, a Igreja se associa aos anjos para adora o Deus três vezes Santo; ela invoca a sua assistência (assim em In Paradisum deducant te Angeli... – Para o Paraíso te levem os anjos, da Liturgia dos defuntos , ou ainda no “hino querubínico” da Liturgia bizantina. Além disso, festeja mais particularmente a memória de certos anjos (São Miguel, São Gabriel, São Rafael, os anjos da guarda).

Desde o início até à morte, a vida humana é cercada por sua proteção e por sua intercessão. “Cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida” (S. Basilio, Eun. 3, 1). Ainda aqui na terra, a vida cristã participa na fé da sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus (Catecismo da Igreja Católica, 334-336).

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Mãe que escolheu adoção ao aborto encontra filho depois de 33 anos

https://youtu.be/WQt1EJJGACg
Por Giovanna Binci

Ela tomou a decisão de fazer um teste de DNA, com a esperança de que o filho fizesse o mesmo.

Já se passaram 33 anos, mas Melanie Pressley tinha esperança no vínculo original que une mãe e filho. Ela se perguntou quantas vezes eles poderiam ter se encontrado em caminhos paralelos, mas indo em direções opostas, sem realmente se encontrar.

https://youtu.be/WQt1EJJGACg

Começou com uma certeza: “não” ao aborto

Pressley tinha 18 anos e não tinha certeza sobre o futuro – nem seu próprio futuro, nem muito menos o que ela seria capaz de oferecer à criança que estava carregando no ventre. Um pouco mais de apoio teria sido suficiente? Uma mão estendida?

Pressley era jovem e se sentia sozinha, com um parceiro que sugeriu o aborto como solução para o “problema” que ela estava carregando. No labirinto de estradas que ela poderia ter tomado, ela escolheu a vida.

Ela deu à luz um bebê e decidiu fazer um plano de adoção para ele graças ao apoio de sua família e aos serviços de uma agência de adoção. Era junho de 1988.

Ela entregou seu filho sem lhe dar um nome. Ela disse ao News 5 Cleveland que queria que seus pais adotivos tivessem essa honra. Talvez ela também tenha percebido que já havia dado a ele o que mais importava: o dom da vida e a possibilidade de ter o amor de dois pais (adotivos).

A enfermeira permitiu que ela segurasse seu filho alguns momentos, apesar do protocolo não permitir, e a irmã de Pressley tirou uma foto. Seria uma lembrança à qual ela se agarraria mesmo depois de se casar e ser mãe de outros três filhos. A vida seguiu caminhos inesperados, mas ela sempre manteve esse alento em seu coração.

Trinta e três anos se passaram e essa criança hoje se chama Greg Vossler, e ele sabe que foi adotado desde os 9 ou 10 anos.

Ele nunca quis fazer muitas perguntas: “Ninguém que seja rei ou rainha em alguma terra distante se parece comigo'”, conta ele na entrevista do News 5 Cleveland.

Um dia, tendo se tornado pai, e talvez com coragem recém-descoberta para olhar mais profundamente para seu passado, ele decidiu tentar seguir aquele vínculo que lhe foi deixado. Ele não sabia se tudo se rompera ao longo dos anos, se ainda haveria alguém do outro lado ou se ele seria capaz de encontrar sua história.

Ele comprou um teste genético “23andme”. Foi a mesma marca de teste que Melanie fez dois anos depois, em maio de 2021, quando uma de suas filhas comprou o teste para o aniversário dela.

O caminho

Graças ao banco de dados da empresa, que permite encontrar correspondências de DNA e descobrir sua família e origem étnica, Pressley e Vossler se encontraram. Depois de um contato inicial por mensagem, eles se conheceram e se abraçaram neste verão no hemisfério norte.

“Acredito que estamos ligados um ao outro”, foi a primeira mensagem um pouco hesitante de Melanie. Logo depois, ela foi mais concreta, escrevendo com confiança: “Acredito que sou sua mãe biológica”.

A esposa de Vossler fez a foto deles 33 anos depois.

Nosso corpo é uma memória viva — não apenas de traços somáticos, doenças ou predisposições, mas das escolhas de muitas pessoas. Nosso próprio corpo nos lembra que não somos apenas o resultado de pura sorte, mas uma história intrincada de salvação e amor.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Por que o mês de outubro é dedicado ao Santo Rosário?

Guadium Press
A piedosa devoção mariana de se recitar o Santo Rosário foi recomendada por inúmeros Papas e Santos ao longo da história.

Redação (01/10/2021 09:00, Gaudium Press) A Igreja Católica dedica o mês de outubro ao Santo Rosário, uma piedosa prática recomenda por Nossa Senhora através de São Domingos de Gusmão e querida por inúmeros Santos ao longo da história. Mas qual é a origem desta benéfica tradição?

A Origem do Santo Rosário

Poucos sabem, mas a origem do termo Rosário está ligada aos romanos e gregos, que tinham o costume de coroar com rosas as imagens que representavam os seus deuses, como símbolo da oferta dos seus corações. Daí surgiu a palavra “rosário”, que significa “coroa de rosas”.

Guadium Press

Com base nessa tradição, as mulheres cristãs que eram levadas ao coliseu romano para serem martirizadas, utilizavam coroas de rosas em suas cabeças, simbolizando a alegria e a entrega dos seus corações a Deus. À noite, os cristãos iam até o coliseu e recolhiam essas rosas rezando os salmos pelo descanso eterno dessas mártires.

Os cristãos da época foram incentivados a rezarem este “rosário” recitando os 150 salmos de Davi. Este costume, entretanto, era praticado apenas pelos fiéis mais cultos que sabiam ler. Por conta disso, a Igreja sugeriu que os salmos fossem substituídos por 150 Ave Marias divididas em quinze dezenas. Esta prática ficou conhecida como o “Saltério da Virgem”.

O Santo Rosário e São Domingos de Gusmão

Séculos depois, em 1208, Nossa Senhora apareceu a São Domingos de Gusmão, fundador da Ordem dos Pregadores (mais conhecidos como Dominicanos), e o ensinou a recitar o Santo Rosário como o conhecemos hoje em dia. Em seguida pediu para que ele divulgasse essa devoção por todo o mundo.

Guadium Press

Naquela época, o santo espanhol estava no sul da França lutando contra a heresia albigense. Através do Santo Rosário, São Domingos de Gusmão conseguiu converter inúmeros albigenses e alcançou abundantes graças.

Como surgiu a Festa de Nossa Senhora do Rosário?

No século XVI, a Europa vivia na iminência de uma invasão muçulmana. Diante disso, o Papa São Pio V recebeu uma revelação de Nossa Senhora na qual foi avisado de que os católicos venceriam a batalha contra os muçulmanos através da recitação do Santo Rosário. Confiante na promessa da Mãe de Deus, o Pontífice exortou os fiéis de toda Igreja para que rezassem o Rosário com Fé e devoção.

Guadium Press

Cumprindo sua promessa, no dia 7 de outubro de 1571, Nossa Senhora concedeu a vitória aos católicos nesta histórica batalha naval. Em honra desta milagrosa vitória, o Papa São Pio V instituiu a festa de Nossa Senhora do Rosário.

Mistérios Luminosos do Santo Rosário

Ao longo dos primeiros séculos, os católicos rezaram o rosário dividido em apenas três mistérios: gozosos, dolorosos e gloriosos. Em outubro de 2002, o Papa São João Paulo II divulgou a Carta Apostólica ‘Rosarium Virginis Mariae’, através da qual presenteou a Igreja com cinco novos mistérios cheios de luz: os mistérios luminosos.

Guadium Press

“Passando da infância e da vida de Nazaré à vida pública de Jesus, a contemplação nos leva aos mistérios de Cristo e luz. Ele é ‘a luz do mundo’. Mas esta dimensão se manifesta sobretudo nos anos da vida pública, quando anuncia o Evangelho do Reino. Desejando indicar a comunidade cristã cinco momentos significativos -mistérios “luminosos”- desta fase da vida de Cristo, penso que se possam assinalar: 1º seu Batismo no Jordão; 2º sua auto-revelação nas bodas de Caná; 3º seu anúncio do Reino de Deus convidando a conversão; 4º sua transfiguração; 5º instituição da Eucaristia, expressão sacramental do mistério pascal”, afirma o Pontífice no documento.

Promessas de Nossa Senhora aos que rezarem o Santo Rosário

Aos católicos que recitarem o Santo Rosário, Nossa Senhora fez as seguintes promessas:

1. Aqueles que rezarem com enorme Fé o Rosário receberão graças especiais;

2. Prometo minha proteção e as maiores graças aos que rezarem o Rosário;

3. O Rosário é uma arma poderosa para não ir ao inferno: destrói os vícios, diminui os pecados e nos defende das heresias;

4. Receberá a virtude e as boas obras abundarão, receberá a piedade de Deus para as almas, resgatará os corações das pessoas de seu amor terreno e vaidades, e os elevará em seu desejo pelas coisas eternas. As almas se santificarão por meio do Rosário;

5. A alma que se encomendar a mim no Rosário não perecerá;

Francisco apresentou uma reflexão sobre o episódio dos “discípulos de Emaús”, e pediu que todos leiam o Evangelho e rezem o terço para não ser paralisado pela desilusão.
Guadium Press

6. Quem rezar o Rosário devotamente, e tiver os mistérios como testemunho de vida, não conhecerá a desgraça. Deus não o castigará em sua justiça, não terá uma morte violenta, e se for justo, permanecerá na graça de Deus, e terá a recompensa da vida eterna;

7. Aquele que for verdadeiro devoto do Rosário não perecerá sem os Sagrados Sacramentos;

8. Aqueles que rezarem com muita Fé o Santo Rosário, em vida e na hora de sua morte, encontrarão a luz de Deus e a plenitude de sua graça, na hora da morte participarão do paraíso pelos méritos dos Santos;

9. Livrarei do purgatório àqueles que rezarem o Rosário devotamente;

10. As crianças devotas ao Rosário merecerão um alto grau de Glória no céu;

Guadium Press

11. Obterão tudo o que me pedirem mediante o Rosário;

12. Aqueles que propagarem meu Rosário serão assistidos por mim em suas necessidades;

13. Meu filho concedeu-me que todo aquele que se encomendar a mim ao rezar o Rosário terá como intercessores toda a corte celestial em vida e na hora da morte;

14. São meus filhinhos aqueles que recitam o Rosário, e irmãos e irmãs de meu único filho, Jesus Cristo;

15. A devoção a meu Rosário é um grande sinal de profecia. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF