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terça-feira, 16 de dezembro de 2025

A religião está virando moda?

Antoine Mekary | ALETEIA

Paulo Teixeira - publicado em 17/11/25

As novas gerações, à primeira vista, parecem estar distantes da fé. Elas são laicas, digitais e alérgicas a qualquer forma de autoridade. No entanto, um movimento surpreendente e inesperado está em curso: a religião está voltando à moda e os padres da internet exemplificam isso.

No Censo de 2010, os sem religião eram 8% da população brasileira, ou mais de 15 milhões de pessoas. As pesquisas Datafolha de 2022, por exemplo, mostram que, em nível nacional, 49% dos entrevistados se dizem católicos, 26% evangélicos e 14% sem religião — já acima dos 8% sem religião identificados no último Censo. Entre os jovens de 16 a 24, o percentual dos sem religião chega a 25% em âmbito nacional. Mesmo nesse cenário muitos padres pregam e são ouvidos.

Mas se olharmos além dos números percebemos pelo cenário digital que há sinais de um retorno da religião em toda parte. No Brasil o religioso Frei Gilson tem mais de 9 milhões de seguidores nas redes sociais e com um “produto midiático” que parece não ser atraente: a quaresma de São Miguel que consiste em 40 dias de oração entre agosto e setembro. Claro que a oração é atraente, mas o horário não é convencional: mais de um milhão de pessoas acompanham a live às 4 horas da madrugada!  

Também Padre Adriano Zandoná, religioso da Canção Nova, mostra que a mensagem da fé está viva e tem muitos que dão atenção. Ele tem 2 milhões de seguidores no Instagram, 1,6 milhão no YouTube e 1,4 milhão no Facebook, o sacerdote tem uma disciplina de influencer nas redes sociais, com publicações diárias, lives e "cortes". 

Padre Reginaldo Manzotti, de Curitiba – PR, há mais de duas décadas evangeliza pelo rádio e TV e não sai de moda, pelo contrário, cresce em audiência entre os internautas. O sacerdote já soma 6,3 milhões de seguidores no Instagram, 4,9 milhões no YouTube e 1,7 milhão no TikTok.  

Religiosas também despontam nesse cenário levanto a alegria dos conventos para as telas dos celulares.  

A resistência da fé

Em uma época onde tudo é “brand e performance", a fé surge como um ato quase subversivo. Vivemos em uma era de autodeterminação que é, por vezes, "quase tóxica", na qual somos ensinados que devemos trabalhar duríssimo pelos nossos objetivos. 

Neste contexto, a religião oferece um caminho oposto, que pode ser libertador: Certamente é importante trabalhar duríssimo, mas existe um algo a mais, existe um ser superior que acompanha o fiel nos sucessos e fracassos. 

Em um mundo caótico em que muitas propostas de vida desorganizam os pensamentos, esse olhar mais “tradicional” sobre a existência, por meio da religião, pode oferecer um antídoto essencial para o mundo caótico. Nesse sentido, a religião “retorna à moda” como objeto de escândalo, mas também como fonte de fascínio. Ela oferece algo que a sociedade moderna parece ter esquecido: O direito de não saber, de não ser sempre o centro e de se abandonar a algo maior. Quase uma rendição que nos pode tornar livres. 

Convenhamos, entre tantos conteúdos na internet, entre tantas coisas diferentes, padres com o discurso católico não parecem dialogar com a sociedade atual. Mas, o segredo da batina deles é revelado na internet, talvez a mensagem da Igreja não seja antiquada como alguns pensam, talvez ela seja o antídoto para os males da sociedade de hoje.  

Fonte: https://pt.aleteia.org/

LITURGIA: A criação é maravilhosa, a redenção é ainda mais maravilhosa

Jesus salva pela cruz (Versos Divinos)

LITURGIA

Arquivo 30Dias nº 02 - 1999

A criação é maravilhosa, a redenção é ainda mais maravilhosa

Na oração que o sacerdote recita ao derramar água no cálice, a expressão que indicava a distinção entre criação e redenção na única história da salvação foi removida. Em meio à confusão teológica das últimas décadas, isso poderia ter contribuído para a preservação da simplicidade da Tradição.

Por Lorenzo Bianchi

A reforma implementada após o Concílio Vaticano II modificou, entre outras coisas, algumas partes do Ordo Missae , a parte mais sagrada da celebração litúrgica, incluindo as três fórmulas pronunciadas pelo celebrante durante o ofertório. Destas, a primeira e a terceira, que acompanham a colocação do pão e do vinho no altar, foram completamente alteradas (isto ocorreu porque os reformadores queriam evitar antecipar a própria oferta do sacrifício, própria do Cânon); a segunda, ou seja, a pronunciada pelo sacerdote ao verter o vinho e a água no cálice, foi desprovida de sua parte inicial (ver Tabela). A fórmula original para a infusão de água era de facto: «Deus, qui humanae substantiae dignitatem mirabiliter condidisti, et mirabilius reformasti, da nobis per huius aquae et vini mysterium eius divinitatis esse consortes, qui humanitatis nostrae fieri dignatus est particeps, Iesus Christus Filius tuus Dominus noster, qui tecum vivit et regnat in unitate Spiritus Sancti Deus, per omnia saecula saeculorum. Amém". 

Foi estabelecido nesta forma e neste lugar por São Pio V no Missal promulgado em 19 de julho de 1570, mas é testemunhado em uso já nos textos dos Missais medievais: por exemplo, os encontrados em Florença, Biblioteca Riccardiana, códice 300, do século XI; em Montecassino, código CXXVII (XI, 5), datado entre os séculos XI e XII; em Roma, Biblioteca Casanatense, códice 614 (B III, 7), datado entre os séculos XI e XII; em Nápoles, Biblioteca Nacional, códice VI, G, 38, século XIII. Nas celebrações medievais alterna com outras duas fórmulas: «Ex latere Christi sanguis et aqua exisse perhibetur et ideo pariter commiscimus, ut misericors Deus utrumque ad medelam. animarum nostrarum santificado dignificador»; e: «De latere Domini nostri Iesu Christi exivit sanguis pro redenção mundi tempore passionis, id est mysterium Sanctae Trinitatis et Iohannes evangelista vidit et testimonium perhibuit et scimus, quia verum est testimonium eius».

A fórmula, no entanto, é muito mais antiga. Ela deriva, com a adição da expressão «per huius aquae et vini mysterium», de uma oração cuja composição é atribuída a São Leão Magno, papa de 440 a 461. Este texto aparece, com mínimas variações, em todas as coleções mais antigas de textos litúrgicos que chegaram até nós: no chamado Sacramentário Leonino, conservado em Verona na Biblioteca Capitular, códice LXXXV (80), provavelmente escrito entre o final do século VI e a primeira metade do século VII, mas que remonta a São Leão Magno; no Sacramentário Gelasiano, atribuído a São Gelásio I, papa de 492 a 496, cujo exemplo mais antigo se encontra em um códice agora em Roma, na Biblioteca Apostólica Vaticana (Codex Vaticanus Reginensis Latin 316), e foi fisicamente escrito no norte da França pouco antes de meados do século VIII; no Sacramentário Gregoriano, atribuído a São Gregório Magno, papa de 590 a 604, cujo manuscrito mais antigo (Cambrai, França, Bibliothèque Municipale, ms. 164 ex Cathédrale 159) data dos anos 811-812.

No Missal promulgado por Paulo VI em 1970 (e também na segunda edição de 1975), a fórmula aparece simplificada para: "Per huius aquae et vini mysterium eius efficiamur divinitatis consortes, qui humanitatis nostrae fieri dignatus est particeps", enquanto todo o texto de São Leão Magno foi transferido para a oração coletiva da terceira Missa do Natal: agora, portanto, não é mais recitado todos os dias, mas apenas uma vez por ano.

A história dessa transformação acompanha naturalmente a da revisão do Ordo Missae em toda a sua estrutura, realizada pelo grupo de estudos nº 1. 10 do Consilium ad exsequendam Constitutionem de Sacra Liturgia , em implementação do artigo 50 da própria constituição (que afirma: «A ordem ritual da Missa deve ser revista de modo que a natureza específica das partes individuais e sua conexão mútua apareçam mais claramente, e a participação devota e ativa dos fiéis seja facilitada. Por esta razão, os ritos, embora preservando fielmente sua substância, devem ser simplificados, os elementos que com o passar dos séculos foram duplicados ou acrescentados de forma menos útil devem ser eliminados; alguns elementos, porém, que se perderam com o tempo, devem ser reintegrados, segundo a tradição dos Padres, na medida em que parecer apropriado ou necessário»). Esta foi a primeira composição do grupo (abril de 1964): relator: Johannes Wagner, diretor do Instituto Litúrgico de Trier (Alemanha); secretário: Anton Hänggi; membros: Mario Righetti, Theodor Schnitzler, Pierre Jounel, Cipriano Vagaggini, Adalberto Franquesa, Pierre-Marie Gy, Joseph A. Jungmann.

Na sexta reunião do Consilium , de 19 a 26 de outubro de 1965, o relator, Monsenhor Wagner, apresentou o esboço completo de um novo Ordo Missae , que foi discutido e votado. Em 25 de outubro, o Cardeal Gaetano Cicognani, Secretário de Estado, escreveu ao presidente do Consilium , Cardeal Giacomo Lercaro: «Cumpro o venerável dever de informá-lo de que, como todo o Ordo Missae está sendo examinado por este Consilium , Sua Santidade expressou o augusto desejo – dada a conhecida sensibilidade do assunto – de saber qual revisão está sendo preparada; se envolve, isto é, simples ajustes ou reformas substanciais, para que se possa, se necessário, dar diretrizes antes que as conclusões do referido estudo, destinadas à imprensa, sejam submetidas à sua soberana consideração». Pedidos semelhantes do Papa foram feitos em 10 de dezembro de 1965 e 7 de março de 1966; Até 15 de novembro de 1966, a Secretaria de Estado comunicou que o Papa havia decidido que os esquemas mais importantes da reforma litúrgica deveriam ser levados ao Sínodo dos Bispos em outubro de 1967. Em 18 de maio de 1967, foi publicado um pequeno volume contendo as alterações feitas até então no rito da Missa ( Variationes in Ordinem Missae inducendae ad normam Instructionis SRC diei 4 maii 1967 , Typis Polyglottis Vaticanis, 1967): as orações do ofertório ainda eram as do Missal de São Pio V. 

O novo esquema reformado, elaborado pelo Consilium , contendo também as novas formas para o ofertório, foi submetido, como esperado, ao Sínodo dos Bispos em 1967, que em 26 de outubro se pronunciou sobre esta e outras questões, em particular sobre a relativa à aprovação da nova Missa. Setenta e um bispos foram a favor, 43 contra, enquanto Foram solicitadas 62 alterações. No que diz respeito à liturgia eucarística, a principal objeção era a pobreza do ofertório: solicitou-se que as orações e os ritos em uso fossem mantidos, especialmente a infusão de água no vinho com a oração que a acompanha. Em janeiro de 1968, foi celebrada uma missa experimental na presença do Papa, utilizando as novas fórmulas do ofertório, propostas com base em pesquisas realizadas pelo Professor Jounel a pedido do secretariado do Consilium.

(Aníbal Bugnini); o primeiro e o terceiro mudariam novamente em abril de 1968, enquanto o relativo à infusão de água já estava em sua forma atual: “Per huius aquae et vini mysterium ejus efficiamur, Domine, divinitatis consortes, qui humanitatis nostrae fieri dignatus est particeps, Iesus Christus, teu Filho, nosso Senhor”. Na subsequente 10ª assembleia geral do Consilium (23-30 de abril de 1968), foram aprovadas as novas fórmulas do ofertório, correspondentes, salvo alguns detalhes, às atuais.

Todo o novo Ordo Missae foi enviado ao Papa em 10 de maio de 1968, assinado pelo relator do grupo de estudo nº. 10, Wagner; foi então enviado também aos 14 cardeais prefeitos dos Dicastérios da Cúria. Suas observações chegaram ao Papa, que as encaminhou a dois especialistas, Monsenhor Carlo Colombo, teólogo, e Monsenhor Carlo Manziana, Bispo de Crema. Apesar das objeções dos cardeais quanto às fórmulas do ofertório, Monsenhor Manziana reiterou ao Papa que as novas fórmulas deveriam ser consideradas felizes, pois eliminavam a ambiguidade do "pequeno Cânon" (isto é, a repetição de expressões presentes no Cânon). Em particular, no que diz respeito à fórmula para a infusão da água, ele apontou sua natureza de "oremus" natalino, sendo seu comprimento inadequado, em sua opinião, para a ação realizada: daí o corte da parte inicial. Contudo, Paulo VI, em comunicação ao Consilium datada de 22 de setembro de 1968, acompanhada da nota "por favor, levem em consideração estas observações com livre e ponderada reflexão", reiterou explicitamente suas dúvidas (juntamente com muitas outras sobre outras questões) quanto à redação da fórmula: "Será necessário abreviar e mutilar a fórmula 'Deus, qui humanae substantiae etc.'?"; mas o Consilium , em sua 11ª reunião geral (8 a 17 de outubro de 1968), adotando as justificativas de Monsenhor Manziana, não considerou necessário acatar o pedido do Papa sobre este ponto, e o texto permaneceu como está atualmente. O Ordo Missae foi aprovado pelo Papa em 2 de novembro de 1968 e publicado (após correções adicionais solicitadas por Paulo VI) em 2 de maio de 1969, entrando em vigor em 30 de novembro do mesmo ano.

A supressão da fórmula para a infusão de água foi, portanto, feita, como se pode entender, por razões de amplitude, ou mesmo por uma suposta colocação incorreta. Como se fosse, para usar as palavras da constituição conciliar, um dos "elementos [...] menos úteis acrescentados ao longo dos séculos [...]". E, no entanto, "Deus, que milagrosamente preservou a dignidade dos seres humanos e milagrosamente os reformou". contém, numa única expressão, toda a dinâmica real da história da salvação. Na verdade, a criação do homem é maravilhosa , mas a sua redenção é mais maravilhosa . Repetir esta oração todos os dias poderia ajudar bispos e sacerdotes a permanecer na simplicidade da Tradição da Igreja, face à confusão teológica destas décadas, que também tem origem na confusão entre natureza e graça. 

Tabela comparativa Oração recitada pelo celebrante enquanto derrama água no cálice Missal de São Pio V (1570) « Deus, qui humanae substantiae dignitatem mirabiliter condidisti, et mirabilius reformasti : da nobis per huius aquae et vini mysterium, eius divinitatis esse consortes, qui humanitatis nostrae fieri dignatus est particeps, Iesus Christus Filius tuus Dominus noster: qui tecum vivit et regnat in unitate Spiritus Sancti Deus: per omnia saecula saeculorum. Amém". 

Missal de Paulo VI (1970) «Per huius aquae et vini mysterium eius efficiamur divinitatis consortes, qui humanitatis nostrae fieri dignatus est particeps». 

Tradução italiana «Que a água combinada com o vinho seja sinal da nossa união com a vida divina daquele que quis assumir a nossa natureza humana».

Fonte: https://www.30giorni.it/

Papa: Deus se aproxima de nós ao contemplarmos o presépio e a árvore de Natal

Papa Leão XIV visita o Presépio e a Árvore de Natal na Praça São Pedro (Vatican News)

"São sinais de fé e esperança", afirma o Papa ao descrever o presépio e a árvore de Natal que encontramos dentro de casa e do próprio Vaticano, como aqueles que serão inaugurados nesta segunda-feira (15/12) na Praça São Pedro. Em audiência, Leão XIV recebeu delegações do norte e do sul da Itália que doaram a decoração natalina deste ano. Inclusive um grupo proveniente da Costa Rica com a artista que produziu o presépio presente na Sala Paulo VI, um apelo para proteger a vida desde a concepção.

Andressa Collet - Vatican News

Já é tradição no Vaticano o Papa receber no mesmo dia da inauguração do presépio e da árvore de Natal na Praça São Pedro, as delegações que fizeram as doações. Na manhã desta segunda-feira (15/12), na Sala Paulo VI, 4.500 pessoas encontraram Leão XIV provenientes tanto do norte quanto do sul da Itália. De fato, aqueles que vieram dos municípios de Lagundo e Ultimo da província de Bolzano, região do Trentino-Alto Ádige, doaram ao Vaticano o abeto de quase 27 metros de altura. O outro grupo, que veio do sul, da cidade Nocera da província de Salerno, região da Campânia, presentearam o Papa com o presépio que traz elementos típicos locais. A inauguração do presépio e a iluminação da árvore de Natal na Praça São Pedro estão programadas para a tarde desta segunda-feira (15/12), às 17h do horário local, 14h no horário de Brasília, com transmissão ao vivo dos canais do Vatican News.

A Sala Paulo VI recebeu 4.500 pessoas para a audiência com o Papa   (@Vatican Media)

O Pontífice cumprimentou todos com grande alegria, inclusive uma delegação da Costa Rica, formada inclusive pela primeira-dama do país, Signe Zeicate, pelo embaixador da Costa Rica junto à Santa Sé e pela artista Paula Sáenz Soto. É obra dela o presépio Nacimiento Gaudium que ficará exposto na Sala Paulo VI durante todo o período de Natal, que traz inclusive um apelo ao mundo para proteger a vida desde a concepção:

"Cada uma das 28 mil fitas coloridas que decoram a cena representa uma vida preservada do aborto graças à oração e ao apoio prestado por organizações católicas a muitas mães em dificuldade. Agradeço à artista costarriquenha que quis, juntamente com a mensagem de paz do Natal, lançar também um apelo para que a vida seja protegida desde a concepção".

Contemplar no presépio humildade e amor

Na saudação, Leão XIV começou agradecendo todos os envolvidos na produção do presépio da Praça São Pedro, "obra artística que remete a elementos típicos do território" de Nocera, no sul da Itália, "lugares habitados por Santo Afonso Maria de Ligório, pelos Servos de Deus dom Enrico Smaldone e Alfonso Russo", porque procura "unir arte e espiritualidade numa cenografia que narra a fé e as raízes culturais da terra de vocês", comentou o Pontífice, ao acrescentar:

“Aos peregrinos provenientes de todas as partes do mundo que se dirigirão à Praça São Pedro, a cena da Natividade lembrará que Deus se aproxima da humanidade, torna-se um de nós, entrando na nossa história com a pequenez de uma criança. De fato, na pobreza do estábulo de Belém, contemplamos um mistério de humildade e amor. Diante de cada presépio, mesmo aqueles feitos em nossas casas, nós revivemos aquele Acontecimento e redescobrimos a necessidade de buscar momentos de silêncio e de oração na nossa vida, para nos reencontrarmos e entrarmos em comunhão com Deus.”

E esse modelo de "silêncio adorador" a ser seguido, continuou Leão XIV, vem de Nossa Senhora: "ao contrário dos pastores que, voltando de Belém, glorificam a Deus e contam o que viram e ouviram, a Mãe de Jesus guarda tudo no seu coração. O seu silêncio não é simplesmente calar: é admiração e adoração".

Por ocasião da inauguração do presépio, o Serviço Postal e Filatélico do Vaticano também coloca em uso um carimbo especial, cuja impressão reproduz o logotipo disponibilizado pela diocese de Nocera Inferiore – Sarno com símbolos natalinos e jubilares. O material filatélico a ser carimbado, devidamente franqueado pelos interessados, deverá ser enviado ao Setor de Carimbos do Serviço Postal e Filatélico até 17 de janeiro de 2026.

Leão XIV convidou a contemplar o presépio com humildade e amor   (@Vatican Media)

A esperança da árvore de Natal e contra o ódio

Ao lado do presépio na Praça São Pedro, a majestosa árvore de Natal proveniente das florestas do norte da Itália, "com suas folhas sempre verdes, é sinal de vida e lembra a esperança que não se perde nem mesmo no frio do inverno. As luzes que o adornam simbolizam Cristo, luz do mundo, que veio para dissipar as trevas do pecado e iluminar o nosso caminho". O Papa finalizou a saudação recordando as vítimas da tragédia de Sydney:

"Queridos irmãos e irmãs, o Presépio e a Árvore são sinais de fé e esperança; enquanto os contemplamos em nossas casas, nas paróquias e nas praças, pedimos ao Senhor que renove em nós o dom da paz e da fraternidade. Rezemos por aqueles que sofrem por causa da guerra e da violência; em particular, hoje desejo confiar ao Senhor as vítimas do atentado terrorista perpetrado ontem em Sydney contra a comunidade judaica. Chega dessas formas de violência antissemita! Precisamos eliminar o ódio dos nossos corações. Deixemos que a ternura do Menino Jesus ilumine a nossa vida. Deixemos que o amor de Deus, como as folhas de uma árvore sempre verde, permaneça fervoroso em nós."

Árvore e presépio na Praça São Pedro até 11 de janeiro

As árvores que estão decorando o Vaticano no Natal deste ano, o primeiro do Papa Leão XIV, vêm todas do Alto Adige. Além do abeto de 25 metros e 8 mil quilos, haverá outras 40 árvores menores, colocadas em escritórios e prédios da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano. O presépio e a árvore de Natal na Praça São Pedro ficarão em exposição até o final do tempo do Natal, que coincide com a Festa do Batismo do Senhor, em 11 de janeiro de 2026. Após a utilização, o abeto será reciclado.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Pesquisas comprovam: hobbies como a jardinagem são benéficos à saúde

Joshua Resnick / Shutterstock

Beatriz Camargo - publicado em 17/04/19 - atualizado em 15/12/25

Reúna as ferramentas, as luvas, o chapéu e mãos à obra!

CAMPANHA DE NATAL ALETEIA 2025 - QUERO DOAR EM 3 CLIQUES

Você pode duvidar, mas estudos comprovaram que, no longo prazo, cuidar do jardim traz benefícios semelhantes aos obtidos com a prática de exercícios aeróbicos numa academia. Essa informação foi publicada em artigo do British Journal of Sports Medicine após pesquisas indicarem que hobbies como a jardinagem, quando praticados regularmente, auxiliam na diminuição das taxas de morte por câncer e de doenças cardiovasculares na população. 

De acordo com o levantamento, atividades como plantio de flores, podas de arbustos, corte de canteiros, entre outras, trazem benefícios ao corpo semelhantes aos alcançados com exercícios. Realizada ao longo de 11 anos, a pesquisa foi baseada em dados de quase 90.000 participantes com idade que varia de 40 a 85 anos e que afirmaram praticar atividades como dança, caminhada, pintura, jardinagem e natação em seus momentos de lazer.

A partir de dados fornecidos pela National Health Interview Survey, pesquisa realizada anualmente nos Estados Unidos pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças, os pesquisadores constataram que realizar essas atividades semanalmente, numa escala de duração que pode ir de 10 a 59 minutos, pode reduzir em 18% o risco de morte causada por doenças cardiovasculares e câncer. E esse índice sobe a 31% entre as pessoas que, ao longo da semana, dedicam de 150 a 299 minutos de seu tempo ao hobby preferido.

Embora tenha dados surpreendentes, a pesquisa não é a primeira a mostrar que a jardinagem melhora a qualidade de vida de seus adeptos. Anteriormente, estudos já indicaram que ela reduz a incidência de casos de depressão e ansiedade, contribuindo para a melhoria da saúde mental de quem a pratica.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Evangelizar: missão de todos, compromisso de amor

"Por causa da tua Palavra, lançarei as redes." - Lc 5,5 (A12)

EVANGELIZAR: MISSÃO DE TODOS, COMPROMISSO DE AMOR

15/12/2025

Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)
 

Caminhamos a passos largos neste tempo litúrgico do Advento, um período de vigilância e de alegre expectativa. A liturgia nos conduz, progressivamente, ao encontro do Menino Deus que se faz carne e habita entre nós. É um tempo de preparação interior, de aplainar os caminhos e endireitar as veredas, como nos exorta a voz profética de João Batista. Contudo, a preparação para o Natal não é apenas um movimento introspectivo; ela exige de nós uma resposta concreta de “saída” ao encontro do outro. 

É neste contexto de esperança que a Igreja no Brasil nos convida a participar, de forma generosa e consciente, da Campanha para a Evangelização. Realizada anualmente, culminando na coleta do 3º Domingo do Advento – o Domingo Gaudete, ou da Alegria –, esta iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) é um chamado à corresponsabilidade. Se a alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus, como nos ensina o Papa Francisco, essa alegria não pode ficar retida; ela precisa transbordar. E para que ela chegue aos confins do nosso imenso país, a evangelização necessita de recursos, estruturas e, acima de tudo, da solidariedade de cada batizado. 

A Solidariedade que Sustenta a Missão

É verdade que o Espírito Santo é o protagonista da missão, mas Deus, em sua infinita sabedoria, quis precisar das mãos humanas e da generosidade dos fiéis para realizar a sua obra. A Coleta da Evangelização nasceu em 1998 com um objetivo muito claro: despertar nos fiéis a consciência de que todos somos responsáveis pela sustentação das atividades pastorais da Igreja Católica no Brasil. 

O Brasil é um país de dimensões continentais e de profundas desigualdades. Da mesma forma, a realidade de nossas dioceses e prelazias varia imensamente. Enquanto algumas Igrejas particulares, em grandes centros urbanos, possuem estruturas mais consolidadas, existem comunidades na Amazônia, no sertão nordestino e nas periferias das grandes metrópoles que carecem do básico para anunciar a Palavra de Deus. Há locais onde o missionário precisa de barco e combustível para visitar uma comunidade uma vez ao mês; há locais onde não existe sequer um espaço digno para a celebração da Eucaristia ou para a catequese das crianças. 

É aqui que entra o sentido profundo desta coleta: a comunhão de bens. O que arrecadamos neste domingo não é apenas uma doação financeira; é um gesto de amor fraterno que diz: “Eu me importo com a evangelização do meu país”. É a atualização daquele gesto das primeiras comunidades cristãs, onde os que tinham mais auxiliavam os que passavam necessidade, para que não houvesse indigentes entre eles e para que a Palavra corresse veloz. 

Para Onde Vão os Recursos?

A transparência é fundamental para a credibilidade de nossa missão. Por isso, é importante que todo católico saiba como são distribuídos os recursos oriundos da Coleta da Evangelização. O montante arrecadado é partilhado de forma solidária em três níveis eclesiais, garantindo que a ajuda chegue a quem mais precisa e sustente as estruturas de comunhão. 

Do total arrecadado, 45% permanece na própria Diocese. Isso é vital para apoiar as ações pastorais locais, a formação de nossos leigos, a manutenção de seminários e o auxílio às paróquias mais necessitadas dentro de nosso próprio território arquidiocesano. Outros 20% são destinados ao Regional da CNBB (no nosso caso, o Regional Leste 1, que compreende as duas arquidioceses e as dioceses do Estado do Rio de Janeiro e a Administração Pessoal São João Maria Vianney). Esses recursos financiam a articulação pastoral em nível estadual, permitindo encontros, formações e a unidade entre as dioceses vizinhas. Por fim, 35% são enviados à CNBB Nacional. É com essa parcela que a Igreja no Brasil consegue manter projetos missionários em áreas carentes, apoiar a Igreja na Amazônia, sustentar as Comissões Episcopais que cuidam desde a liturgia até a ação social transformadora, e garantir o funcionamento da estrutura que une os bispos de todo o país. 

Ao colocar sua oferta no envelope ou no cestinho da coleta, o fiel está, simultaneamente, ajudando sua paróquia vizinha, fortalecendo a Igreja em seu estado e enviando missionários para os rincões mais distantes do Brasil. É a catolicidade – a universalidade – da Igreja acontecendo na prática. 

Evangelizar: Um Dever de Amor

O tema da campanha deste ano nos recorda que Cristo bate à nossa porta: “Hoje é preciso que eu fique em tua casa” (Lc 19,1). Em um mundo marcado por guerras, polarizações e desesperança, a Igreja tem a missão urgente de anunciar o Príncipe da Paz. Mas como anunciarão, se não houver quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? (Rm 10, 15). O envio dos missionários, a impressão de materiais catequéticos, o uso dos meios de comunicação social, a formação de novos padres e religiosos, tudo isso exige recursos materiais. 

Não podemos ter uma visão angelical que ignora a materialidade da missão. O próprio Jesus e os apóstolos tinham uma bolsa comum para suas necessidades e para os pobres. A Coleta da Evangelização é a nossa “bolsa comum”. Ela garante que a voz da Igreja continue a defender a vida desde a concepção até o fim natural; garante que a Doutrina Social da Igreja chegue aos legisladores e à sociedade civil; garante que os sacramentos continuem a ser ministrados. 

Além disso, esta coleta é um exercício espiritual de desapego. No Advento, meditamos sobre o mistério da Encarnação: Deus, sendo rico, fez-se pobre por nós (2Cor 8, 9). Ele se despojou de sua glória para nos enriquecer com sua divindade. Quando partilhamos nossos bens, imitamos a generosidade de Deus. Combatemos o egoísmo e o consumismo desenfreado que muitas vezes ofuscam o verdadeiro sentido do Natal. O presente que oferecemos à Igreja reverte-se em dons espirituais para todo o povo brasileiro. 

Um Convite à Generosidade

Sei que os tempos são difíceis e que muitas famílias enfrentam desafios econômicos. No entanto, a experiência pastoral nos ensina que a generosidade não depende do tamanho da conta bancária, mas da grandeza do coração. Muitas vezes, é o óbolo da viúva – aquela pequena oferta dada com sacrifício e amor – que sustenta as grandes obras de Deus. 

Convido cada um de vocês a se preparar para este gesto concreto no próximo domingo. Que a Coleta da Evangelização seja assumida com alegria. Que possamos dizer, através de nossa oferta: “Senhor, eu quero que o Teu Evangelho chegue a todos. Eu quero ser parte ativa desta missão”. 

Que Maria Santíssima, a Estrela da Evangelização, aquela que nos trouxe o maior de todos os dons, Jesus Cristo, interceda por nossa Arquidiocese e por toda a Igreja no Brasil. Que o nosso gesto de partilha prepare nossos corações para acolher o Salvador que vem. Um santo e abençoado Advento a todos. 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

A LUZ DA IMACULADA BRILHA EM OVIEDO

Vigília da Imaculada presidida pelo Arcebispo de Oviedo (neocatechumenaleiter)

A LUZ DA IMACULADA BRILHA EM OVIEDO

11 dezembro 2025

CncMadrid

CAMINHO NEOCATECUMENAL CELEBRA 50 ANOS EM OVIEDO COM A PRESENÇA DE KIKO ARGÜELLO E DO ARCEBISPO D. JESÚS SANZ MONTES

Concerto em Oviedo

https://youtu.be/PfnvolXJ4Vw

Por ocasião do 50º aniversário do Caminho Neocatecumenal nas Astúrias, o arcebispo de Oviedo, Dom Jesús Sanz Montes, presidiu a solene Vigília da Imaculada com as comunidades neocatecumenais da capital asturiana.

Na segunda-feira, 8 de dezembro, Kiko Argüello apresentou sua obra sinfônica no Auditório Príncipe Felipe de Oviedo. Antes do início do concerto, o arcebispo da diocese, D. Jesús Sanz, abriu o ato com uma oração diante dos 1.500 participantes presenciais, aos quais se somaram mais de 24.000 pessoas conectadas online. Entre os presentes estavam comunidades do Caminho Neocatecumenal da região Noroeste da Espanha e os Seminários Redemptoris Mater de Oviedo, León, Lugo, Orense, Burgos, Vitoria, Múrcia e Baiona.

“Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Nós te damos graças, Senhor, por esta convocação por ocasião de uma história que aqui começou há 50 anos e que dia após dia os irmãos continuam escrevendo. A vida é uma sinfonia inacabada; tu colocas a letra de nossa biografia e nós, humildemente, a música das nossas notas. Contigo fazemos uma beleza que possa converter e abrir os corações das pessoas às quais tu nos envias para anunciar-lhes o Querigma que as salva. Com a proteção de nossa Mãe, a Virgem Imaculada, e de todos os nossos Santos, te apresentamos este ato como uma homenagem de gratidão pela história ainda não concluída do Caminho Neocatecumenal aqui nas Astúrias. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.”

Dom Jesús Sanz Montes

Kiko Argüello começou sua intervenção dizendo:

“Emociona-me celebrar o concerto nesta festa, porque o Caminho Neocatecumenal foi inspirado pela Santa Virgem Maria justamente no dia da Imaculada Conceição.”

(neocatechumenaleiter)
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Ao apresentar sua primeira obra sinfônica, “O Sofrimento dos Inocentes”, Kiko expressou como sempre o comoveu a figura do Servo de Iahweh anunciada por Isaías, relacionando essa imagem com o Santo Sudário de Oviedo e o Santo Sudário de Turim:

“Um homem cheio de dores, cujas feridas nos trouxeram a paz. Várias vezes pintei o seu rosto, seguindo a imagem do Santo Sudário. Impressionou-me saber que as pesquisas mais recentes identificam o personagem do Sudário de Turim com o do Santo Sudário que é conservado há mais de 1.000 anos na Catedral de Oviedo. A tradição da Igreja diz que esse pequeno pano de linho é o Santo Sudário que cobriu a cabeça de Cristo após sua morte. Os estudos mais recentes confirmam que ele cobriu a cabeça de um homem crucificado, coroado de espinhos e com tantas feridas.”

Após a interpretação da Sinfonia, Kiko introduziu o Poema Sinfônico “O Messias”, destacando a perene atualidade do testemunho cristão diante da perseguição:

“A perseguição dos cristãos que ocorre atualmente no mundo é algo que nos interroga, porque até nós poderíamos estar envolvidos. Assim como estiveram Santa Eulália, São Pelayo, São Eulógio e tantos outros mártires cujas relíquias são conservadas em Oviedo. Os últimos nesta diocese foram os seminaristas de Oviedo, mártires na perseguição contra a Igreja nos anos 30 do século passado. O sangue dos cristãos continua sendo derramado no século XXI para tornar presente que, no Sangue de Cristo, Deus oferece gratuitamente o seu perdão a todos os homens.”

(neocatechumenaleiter)
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Kiko Argüello, Tomáš Hanus e músicos (neocatechumenaleiter)

orquestra do Caminho Neocatecumenal, composta nesta ocasião por 97 músicos e 120 coralistas, sob a regência do prestigiado maestro Tomáš Hanus, interpretou magistralmente a obra sinfônica de Kiko Argüello: a sinfonia “O Sofrimento dos Inocentes” e o Poema Sinfônico “O Messias”.

O concerto superou todas as expectativas; diante do entusiasmo do público, a orquestra precisou executar vários bis, aclamados por todos.

Fonte: https://neocatechumenaleiter.org/pt-br

Américo Aguiar: “Nem os párocos são monarcas, nem os leigos miniaturas de padres”

Cardeal Américo Aguiar, bispo de Setúbal (Vatican News)

O cardeal e bispo de Setúbal destaca a importância do método sinodal, assinalando alguns aspetos do que tem sido feito na sua diocese e agradece o trabalho da Rede Sinodal em Portugal que aqui apresenta o episódio 11 do podcast “No coração da esperança”.

https://youtu.be/TzyOYsjAWWI

Rui Saraiva – Portugal

“No coração da esperança” é o nome da iniciativa em podcast da Rede Sinodal em Portugal. Apresentamos aqui o episódio número 11 de uma parceria inovadora de comunicação que faz caminhar em conjunto Diário do Minho, Voz Portucalense, Correio do Vouga, Correio de Coimbra, A Guarda, 7Margens, Rede Mundial de Oração do Papa e Folha do Domingo.

Neste episódio 11 o entrevistado é o cardeal Américo Aguiar, bispo de Setúbal e que coordenou a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023. Publicamos aqui as suas respostas às questões da Rede Sinodal em Portugal:

P: Que leitura faz do Documento Final do Sínodo e das Pistas para a implementação do Sínodo, a partir daquela que foi a sua experiência na XVI Assembleia Geral do Sínodo dos bispos?

R: Em primeiro lugar, termos todos consciência que estamos a caminho. Estamos a fazer um caminho, estamos a caminho e fomos provocados para fazer o caminho juntos: uns com os outros. Não numa corrida de fundo isolada, mas cada vez mais termos consciência que fazemos caminho como povo. E chegar a uma estação a meio do caminho, ou no meio do início, ou no meio do fim… Nunca sabemos. Chegar a meio de uma viagem implica sempre muito respeito pela caminhada feita e alguma coragem para questionar o caminho feito. Como é óbvio.

Confesso que o que mais foi difícil para mim naqueles dias, naquelas semanas, foi, porque não tinha tido a experiência anterior, os grupos de trabalho com aquela metodologia da conversação no espírito. Confesso que a certa altura já cortava os pulsos, daquilo que significava converter-me àquela dinâmica e àquela metodologia. Mas passado metade já era qualquer coisa normal, já fazia parte, enfim, da aprendizagem, do protocolo e da metodologia.

Foi muito importante nos grupos em que... Eu acho que mudei só duas vezes de grupo: um grupo, depois outro, depois voltei ao início. Eu não me lembro de qual era o nome da função, mas era uma… Foram senhoras que nos calharam na primeira vez. Depois um senhor, depois uma senhora. Que eram os responsáveis por distribuir jogo, por fazer com que as coisas funcionassem. E eu tenho muita gratidão a essas pessoas, porque, de facto, fizeram com que cardeais, bispos, padres, leigos, mais ou menos famosos, mais ou menos anónimos, a certa altura éramos irmãos conhecidos desde sempre.

P: O que está a ser feito na sua diocese de Setúbal?

R: Temos uma Comissão Sinodal Diocesana, constituída por um sacerdote e três leigos. Duas leigas e um leigo, mais o sacerdote. Que eu já herdei quando cheguei. E pedi-lhes que continuassem a fazer o trabalho que tinham feito. Sei que antes tinham feito trabalho de grupos paroquiais, vicariais… O trabalho do terreno que foi feito por algumas dioceses, e Setúbal também. E eles agora, aliás, nestes dias últimos, estiveram no Jubileu, também participaram. E sou muito grato por isso, que temos de ter consciência que os leigos têm vida para além da participação nestas coisas que a Igreja lhes pede. E estivemos reunidos há dias para preparar aquilo que serão os próximos passos.

Nós, já comigo em Setúbal, eu pedi-lhes que eles fizessem um circuito por toda a diocese, ao nível das vigararias, para uma atualização, tipo revisão da matéria dada e projeção dos passos seguintes. Que o fizeram e eu pedi-lhes que me remetessem um documento síntese disso.

É assim, eu quero meter-me o menos possível nestas fases. Acho que é mais puro que venha ter ao bispo o diamante lapidado, porque eu acho que é do que se trata. Isto que se está a fazer, com imprescindível protagonismo laical… No caso de Setúbal é a maioria esmagadora: três, um. E depois nos conselhos também. Mas eu acho que é muito importante nós permitirmos que o diamante seja lapidado, e tenha ganho valor exatamente por isso.

E, por exemplo, aquilo que vamos fazer este Ano Pastoral 25/26:  uma das coisas que vamos, e estamos a arrancar... Uma: em Setúbal tem sido difícil a concretização da constituição dos Conselhos Pastorais Paroquiais. Tem sido difícil. A primeira… Eu estou lá há dois anos. A primeira carta pastoral... Pedi que se constituíssem. A segunda carta pastoral… Pedi, insisti e rezei para que se constituíssem. E a terceira carta pastoral, que foi há dias, pedi, rezei, insisti e supliquei. Não sei o que é que será a palavra a seguir. Mas estou muito grato porque nós somos 57 paróquias, e nós já passámos a barreira dos 40. Já passámos a barreira dos 40. Mas é fundamental. E estas instâncias de sinodalidade prática são fundamentais. E eu não consigo entender porque razão é que uma paróquia não o tem, não o constitui. Aliás, eu até uso a imagem: nem os párocos são monarcas, nem é preciso também, enfim, transformar os leigos em miniaturas de padres ou coisas parecidas. Portanto cada um no seu lugar, cada um respeitando a sua missão.

Mas este Ano Pastoral, com a ajuda desta Comissão, e com a ajuda destes 40 já constituídos Conselhos Paroquiais Pastorais, vamos aprofundar para que todos saibam qual é de verdade a missão, a função. Porque, às vezes, nós convidamos as pessoas e normalmente enganamo-las. “Olhe, não dá trabalho nenhum, é só uma reunião por ano.” Pronto, está enganadinho. E a partir daí muitos acreditam nisso, e depois também as coisas não produzem como deveriam produzir, em razão destes mínimos olímpicos que nós vamos combinando uns com os outros.

Depois, também os Conselhos Paroquiais para os Assuntos Económicos. Também são muito importantes, e é fundamental que todos cresçam na corresponsabilidade pelas decisões da vida material da comunidade. De maneira que nem o pároco se sinta única e exclusivamente o dono, nem os leigos se sintam desresponsabilizados, nem também, erradamente, responsáveis pela decisão final.

E nós vamos ter no dia 28 de fevereiro próximo, um primeiro grande encontro de todos os Conselhos Pastorais Paroquiais constituídos. Estou muito curioso e muito orante por esse encontro, para que cada um comece a levar a sério a responsabilidade de fazer parte deste tal caminho. Porque a sinodalidade é querermos, desejarmos e aceitarmos caminhar juntos. E o que é isso? É fácil: ouvir, rezar, discernir e decidir. E eu aqui digo: decidir. Porque às vezes acho que há processos que esquecem a última parte, e passam eternamente a refletir, a discernir, a rezar, e depois falha a decisão. E a decisão é muito importante.

P: A Rede Sinodal em Portugal procura ser um espaço de partilha de conteúdos e dinamização do processo sinodal. Que papel poderá ter nesta fase da implementação das conclusões do Sínodo?

R: Acima de tudo nós temos todos que também... Temos que nos converter a que ninguém é dono da sinodalidade, e ninguém é dono do caminho. Ou seja, se há um dono é Cristo Rei. Já que há poucos dias celebramos Cristo Rei. O Espírito Santo, Deus, Jesus. Eles são os donos do caminho. São eles que nos inspiram, que nos projetam, que nos provocam e, por isso, em primeiro lugar, temos que dar graças a Deus por... Não sei se por loucura, por martírio, muitos leigos se colocarem na linha da frente do pelotão de fuzilamento para nos provocarem, para nos ajudarem à reflexão sobre exatamente esta temática. E com equilíbrio, porque às vezes nós conversamos… Eu não sou muito erudito naquilo que significa a sistematização académica das coisas… Chateia-me, aborrece-me, e não tenho muita paciência para isso. Mas ainda bem que há quem a tenha para nos ajudar a arrumar as coisas e a refletir de modo científico.

Mas eu temo muito, às vezes, que nos distraiamos demasiado com uma tentativa de tornar a sinodalidade uma cátedra da faculdade não sei de quê. E eu acho que isto não é propriamente a urgência. É preciso sistematizar, é preciso aprofundar, é preciso refletir. Mas eu... A minha preocupação como pastor, acima de tudo, é que as minhas ovelhas entendam. Saibam e entendam. Porque acima de tudo, e eu tenho notado nestes dois anos… Acho que é uma urgência uma aproximação e familiaridade, vejam lá, com a palavra de Deus. Acho que há um défice tamanho das pessoas mais diversas que encontramos no dia a dia, nas paróquias, nos serviços, nas comunidades, que é um défice gigantesco de familiaridade, de conhecimento com a Sagrada Escritura. Isso estou convencido que temos de fazer alguma coisa. Depois, se nós saltarmos da Sagrada Escritura para o Magistério da Igreja, para os documentos do Papa, para não sei quê… Então é melhor não continuar a conversar, porque isto vai acabar muito pessimista.

Portanto, em relação à Rede, agradecer o trabalho que fazem. Que ofereçam os sofrimentos para salvação do mundo, mas na certeza de que não é trabalho deitado fora. Pelo contrário. E acredito que estes caminhos das dioceses, das paróquias, dos movimentos… Estes caminhos, sendo caminhos de Deus, vão-se cruzar. A certa altura vão-se cruzar. Vai demorar mais, ou vai demorar menos tempo.

O cardeal Américo Aguiar é bispo de Setúbal e foi presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023. Com esta entrevista colaborou com a iniciativa podcast “No coração da esperança” da Rede Sinodal em Portugal, uma parceria que junta Diário do Minho, Voz Portucalense, Correio do Vouga, Correio de Coimbra, A Guarda, 7Margens, Rede Mundial de Oração do Papa e Folha do Domingo.

Laudetur Iesus Christus

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Com seis milhões de visitantes desde a reabertura, Notre-Dame é o monumento mais visitado da França

Catedral de Notre Dame em Paris. | Pexels/Adrienn.

Por Almudena Martínez-Bordiú*

15 de jul de 2025 às 15:22

A catedral de Notre-Dame de Paris tornou-se o monumento mais visitado da França. Desde que reabriu suas portas em 7 de dezembro de 2024 a catedral já recebeu cerca de seis milhões de pessoas.

Em 5 de abril de 2019, a catedral, um símbolo religioso, arquitetônico e cultural que resistiu por oito séculos, foi consumida pelas chamas.

O incêndio deixou um rastro de perdas incalculáveis, como a icônica torre acima do transepto do templo, construída no século XIX. O altar-mor permaneceu intacto e a relíquia da coroa de Espinhos de Jesus Cristo, foi resgatada e colocada em local seguro junto com as obras de arte salvas do incêndio.

Cinco anos depois, suas portas foram novamente abertas. Na ocasião, o papa Francisco se referiu a Notre-Dame como "uma obra-prima da fé e da arquitetura cristãs", dizendo que, com sua reabertura, "a tristeza e o luto" deram lugar à alegria.

Desde a sua reabertura, o fluxo de fiéis e peregrinos à catedral não diminuiu. Só um mês depois da inauguração, a igreja já havia recebido 800 mil visitantes, o equivalente a cerca de 29 mil pessoas por dia.

O número continuou a crescer. Segundo um relatório recente, o número total de visitantes ultrapassou seis milhões em 30 de junho, com uma média diária de cerca de 35 mil.

O jornal francês La Tribune Dimanche disse que, nos seis meses desde sua reabertura, 6,015 milhões de pessoas passaram por suas portas.

Como resultado, Notre-Dame se tornou o monumento mais visitado da França, disse ao jornal monsenhor Olivier Ribadeau Dumas, arcipreste-reitor da catedral de Notre-Dame de Paris. O sacerdote francês disse também que, a cada mês, a média de visitas é de mil pessoas a mais do que no mês anterior.

Esses números superam os 8,7 milhões de visitantes do museu do Louvre no ano passado, os 8,7 milhões registrados em Versalhes e os 6,3 milhões de pessoas que subiram na torre Eiffel.

*Almudena Martínez-Bordiú é uma jornalista espanhola correspondente da ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, em Roma e no Vaticano, com quatro anos de experiência em informação religiosa.

Fonte: https://www.acidigital.com/

domingo, 14 de dezembro de 2025

Roma e a Igreja nos Estados Unidos

Roma e a Igreja nos Estados Unidos

O rumor sobre a suposta desunião e fragmentação dos bispos geralmente vem acompanhado de outras histórias fantasiosas.

11 DE DEZEMBRO DE 2025, 22:56h.

George Weigel

(ZENIT News / Denver, 11 de dezembro de 2025)O arcebispo Michael J. Curley, de Baltimore, que confirmou meu pai, era um irlandês belicoso com uma inclinação para chocar as pessoas com linguagem pouco diplomática. Em uma conversa com o grande historiador John Tracy Ellis, Curley, que teve seus próprios conflitos com o Vaticano, certa vez declarou: “Roma vai usar você, abusar de você e depois descartar você!”

Como outras declarações bombásticas de Curley, essa era uma hipérbole, mas continha um fundo de verdade: as autoridades romanas muitas vezes tiveram dificuldade em compreender o caráter distintivo e as realizações da Igreja na América. No entanto, poucas igrejas específicas do porte e importância do catolicismo americano foram tão tenazmente leais (e generosas) a "Roma" quanto nós. Isso não é vanglória; é um fato histórico e empírico.

O Arcebispo Timothy Broglio, da Arquidiocese para os Serviços Militares dos EUA, é a antítese do Arcebispo Curley na arte da retórica. Veterano do serviço diplomático papal com vasta experiência no Vaticano, o Arcebispo Broglio escolhe suas palavras com grande cuidado. As linhas iniciais de seu discurso final como presidente da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos, em sua reunião anual em Baltimore no mês passado, foram, imagino, cuidadosamente elaboradas. Elas exigem atenção meticulosa:

Que minhas primeiras palavras neste discurso presidencial final sejam de profunda gratidão pelo seu apoio e pela inabalável união que vivenciamos diariamente entre os prelados desta conferência. Eu sabia que estávamos unidos, mas essa fraternidade se tornou muito palpável durante os momentos mais difíceis destes últimos três anos. Sou profundamente grato a vocês.

Em outras circunstâncias, essa expressão de gratidão poderia ter sido mera cortesia. Mas vale ressaltar que o arcebispo não enfatizou sua gratidão pela cooperação, apoio ou camaradagem de seus irmãos bispos. Ele enfatizou seu apreço pela unidade entre eles. Isso, creio eu, não foi por acaso.    

Nos últimos anos, a noção de que os bispos americanos são um grupo dividido e contencioso espalhou-se por toda a Igreja global, a ponto de clérigos de alto escalão da África e da Ásia me perguntarem, praticamente nos mesmos termos: "Não é verdade que os bispos americanos estão profundamente divididos?". Como esse absurdo se espalhou? Foi disseminado por toda a esfera anglo-saxônica pelo jornal londrino The  Tablet ; foi disseminado por todo o mundo católico francófono pela  La Croix International ; e essas publicações, imagina-se, absorveram essa história fictícia (e em alguns casos maliciosa) do  National Catholic Reporter  e de Massimo Faggioli, da  revista Commonweal  (cuja visão distorcida da Igreja nos Estados Unidos não melhorou com sua recente transferência de Villanova para Dublin).

O mito da suposta desunião e fragmentação dos bispos é frequentemente acompanhado por outras histórias fantasiosas: que os bispos americanos sentiam uma profunda antipatia e até mesmo desrespeito pelo Papa Francisco; que os bispos americanos têm fortes ligações com o Partido Republicano; que, em questões de política pública, os bispos americanos só se preocupam com o aborto; que os bispos americanos não fazem o suficiente pelos migrantes e imigrantes. Em cada caso, a verdade é exatamente o oposto. Os bispos, como corpo, eram profundamente leais ao Papa Francisco, mesmo quando ele dificultava seu trabalho pastoral com (para citar apenas dois exemplos)  Amoris Laetitia  e  Traditionis Custodes .

Os bispos não são mais subservientes ao Partido Republicano do que aos Democratas. Os bispos se pronunciam publicamente sobre uma ampla gama de assuntos e o fazem com a voz da razão pública, não como "guerreiros culturais" (outro epíteto absurdo aplicado a eles por pessoas desinformadas). E a Igreja nos Estados Unidos faz mais pelos migrantes e imigrantes do que qualquer outra instituição no país.

É triste pensar que a imagem distorcida da Igreja americana, encontrada internacionalmente e em Roma, tenha sido criada não apenas por jornalistas e comentaristas descontentes, comprometidos com o projeto fracassado de um catolicismo diluído, mas também por alguns bispos americanos que se ressentem de fazer parte de uma minoria determinada na conferência episcopal. Se for esse o caso — e temo que seja —, está sendo cometida uma grave violação da colegialidade que o Vaticano II exortou os bispos de cada Igreja a viver, tanto operacional quanto afetivamente. E isso precisa parar.

Os primeiros meses do novo pontificado testemunharam uma ênfase papal renovada na unidade da Igreja. Espero que aqueles que espalham desinformação sobre desunião dentro do episcopado dos EUA levem isso a sério.

***

A coluna de George Weigel, "The Catholic Difference" (A Diferença Católica), é publicada pelo  Denver Catholic  , a publicação oficial da Arquidiocese de Denver.

Fonte: https://es.zenit.org/

O mundo à beira do milagre

Advento: tempo de espera pela vinda do Messias (Missionárias da Divina Revelação)

O MUNDO À BEIRA DO MILAGRE

12/12/2025

Dom Lindomar Rocha Mota
Bispo de São Luís de Montes Belos (GO) 

Foi como se o mundo estivesse à beira do impossível. Nada ainda tinha nome e o deserto não era chamado de deserto, nem a esperança de esperança. A terra vivia sem chuva, o coração, sem resposta e o tempo sem promessa. Tudo isso foi antes do Advento. 

O primeiro advento não foi como celebramos hoje, foi uma espécie de estremecimento primordial, um céu silencioso que começou a se movimentar e surpreendeu a humanidade inteira. 

Aconteceu que, pela primeira vez, alguém encontrou os escritos sagrados de Isaías e não os leu como um texto antigo, pois havia chegado o tempo predito por Deus para que tais coisas fossem compreendidas, e o deserto e a terra árida exultaram… as mãos fracas se fortaleceram,… os olhos dos cegos se abriram. 

Ninguém sabia explicar como palavras assim podiam existir num mundo tão abatido e cansado. Mas havia nelas um tipo de sabedoria que não era humana. Pois essa profecia assumia a criação que era sua, e gritava: levanta-te, porque Alguém está vindo, e o tempo não poderá detê-Lo. 

Então, a história inteira se inclinou para a vinda do Salvador, e o tempo, exausto de esperar, finalmente cedeu, abrindo passagem para Ele. 

Foi neste tempo que João surgiu no ermo. Não no esplendor dos templos, mas na borda do mundo, como um grito que amadureceu no silêncio. Ele era a urgência feita carne e a pressa de Deus na cadência do coração humano. E, quando o prenderam, a urgência não diminuiu, porque não era deste mundo, tornou-se mais robusta, quase palpável, quase insuportável no raiar do dia. 

Da prisão, João perguntou aquilo que toda a humanidade sempre temeu em perguntar: és Tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro? 

Era o desespero fecundo de quem sabe que, se não fosse Ele nada mais faria sentido; se Ele não fosse o esperado, não haveria outro. Não era dúvida, era fé. 

A essa seríssima questão da humanidade, Jesus respondeu com acontecimentos, do jeito que só Deus faz. Porque, no primeiro Advento, a verdade não era dita com palavras. 

Então, os cegos principiaram a ver, os coxos a andar, os leprosos são purificados, os mortos ressuscitam, e os pobres começam ouvir a Boa-Nova. 

João pediu um sinal e Jesus lhe mostrou o mundo recomeçando. O coração humano buscava uma prova, e Deus lhe proporcionou uma transformação. 

É assim no terceiro Domingo do Advento. Uma alegria que cresce como a água secreta no cerrado, prestes a florescer. Nele, a alegria inesperada é um aviso de que a luz já começou a infiltrar-se nas frestas das encostas do mundo e a criação, cansada de esperar, pressente os passos daquele que vem. 

A alma humana, em sua urgência mais profunda percebe essa chegada. Sente que o Senhor se aproxima e o deserto floresce, os fracos se erguem e o mundo respira diferente, porque a aurora já começou. A alma percebe, finalmente, que todas as circunstâncias mudaram.  

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF