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domingo, 16 de abril de 2017

O que é a Oitava de Páscoa?

REDAÇÃO CENTRAL, 16 Abr. 17 / 08:00 am (ACI).- No domingo de Ressurreição começa os cinquenta dias do tempo pascal e termina com a Solenidade de Pentecostes.

A Oitava de Páscoa é a primeira semana destes cinquenta dias; é considerada como se fosse um só dia, ou seja, o júbilo do Domingo de Páscoa é prolongado durante oito dias.
As leituras evangélicas estão centralizadas nos relatos das aparições de Cristo Ressuscitado e nas experiências que os apóstolos tiveram com Ele.
Neste tempo litúrgico, a primeira leitura, normalmente tirada do Antigo Testamento, é trocada por uma leitura dos Atos dos Apóstolos.
O segundo Domingo de Páscoa também é chamado Domingo da Divina Misericórdia, segundo a disposição de São João Paulo II durante seu pontificado, depois da canonização da sua compatriota Faustina Kowalska.
O decreto foi emitido no dia 23 de maio do 2000 pela Sagrada Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, detalhando que esta seria comemorada no segundo domingo de Páscoa. A denominação oficial deste dia litúrgico será “segundo domingo de Páscoa ou Domingo da Divina Misericórdia”.
Acidigital

Páscoa da Ressurreição

REDAÇÃO CENTRAL, 16 Abr. 17 / 05:00 am (ACI).- Hoje é o dia em que a Igreja Católica celebra o sentido da Fé, porque festeja o Domingo da Ressurreição de Jesus ou a Páscoa, quando Cristo triunfante sobre a morte abre as portas do céu.

Durante a Missa, acende-se o círio pascal que permanecerá aceso até o dia em que se comemora a Ascensão de Jesus ao céu.
Esta festa celebra a derrota do pecado e da morte pela a ressurreição. Todo o sofrimento temporal adquire sentido com a vida eterna.
É um dia de festa e alegria, Cristo ressuscitou, o túmulo está vazio, a humanidade está salva, agora é hora de abraçar esta salvação testemunhando uma verdadeira vida cristã.
Acidigital (Parte)

Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus

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Ele resuscitou dos mortos,

e vai à vossa frente para a Galiléia
1Depois do sábado, ao amanhecer do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. 2De repente, houve um grande tremor de terra: o anjo do Senhor desceu do céu e, aproximando-se, retirou a pedra e sentou-se nela. 3Sua aparência era como um relâmpago, e suas vestes eram brancas como a neve. 4Os guardas ficaram com tanto medo do anjo, que tremeram, e ficaram como mortos. 5Então o anjo disse às mulheres: “Não tenhais medo! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. 6Ele não está aqui! Ressuscitou, como havia dito! Vinde ver o lugar em que ele estava. 7Ide depressa contar aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos, e que vai à vossa frente para a Galiléia. Lá vós o vereis. É o que tenho a dizer-vos.” 8As mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos. 
9De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: “Alegrai-vos!” As mulheres aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés. 10Então Jesus disse a elas: “Não tenhais medo. Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galiléia. Lá eles me verão.”
www.liturgiadashoras.org

sábado, 15 de abril de 2017

Os símbolos do Sábado Santo

REDAÇÃO CENTRAL, 15 Abr. 17 / 07:00 am (ACI).- Neste Sábado Santo, a Igreja celebra a Vigília Pascal, considerada a mãe de todas as vigílias por realizar-se na noite em que Cristo passou da morte à vida. Esta celebração possui quatro partes: a liturgia da luz; a liturgia da Palavra; a liturgia batismal; e a liturgia eucarística. Conheça os símbolos presentes nessa Missa.

1. A luz e o fogo
Desde sempre, a luz existe em estreita relação com a escuridão: na história pessoal ou social, uma época sombria vai seguida de uma época luminosa; na natureza é das escuridões da terra de onde brota à luz a nova planta, assim como à noite lhe sucede o dia.
A luz também se associa ao conhecimento, ao tomar consciência de algo novo, frente à escuridão da ignorância. E porque sem luz não poderíamos viver, a luz, sempre, mas sobretudo nas Escrituras, simboliza a vida, a salvação, que é Ele mesmo (Sl 27,1; Is 60, 19-20).
A luz de Deus é uma luz no caminho dos homens (Sl 119, 105), assim como sua Palavra (Is 2,3-5). O Messias traz também a luz e Ele mesmo é luz (Is 42.6; Lc 2,32).
As trevas, então, são símbolo do mal, a desgraça, o castigo, a perdição e a morte (Jó 18, 6. 18; Am 5. 18). Mas é Deus quem penetra e dissipa as trevas (Is 60, 1-2) e chama os homens à luz (Is 42,7).
Jesus é a luz do mundo (Jo 8, 12; 9,5) e, por isso, seus discípulos também devem sê-lo para outros (Mt 5,14), convertendo-se em reflexos da luz de Cristo (2 Cor 4,6). Uma conduta inspirada no amor é o sinal de que se está na luz (1 Jo 2,8-11).
Durante a primeira parte da Vigília Pascal, chamada “lucenário”, a fonte de luz é o fogo. Este, além de iluminar, queima e, ao queimar, purifica. Como o sol por seus raios, o fogo simboliza a ação fecundante, purificadora e iluminadora. Por isso, na liturgia, os simbolismos da luz–chama e iluminar–arder se encontram quase sempre juntos.
2. O círio pascal
Entre todos os simbolismos derivados da luz e do fogo, o círio pascal é a expressão mais forte, porque reúne ambos.
O círio pascal representa Cristo ressuscitado, vencedor das trevas e da morte, sol que não tem ocaso. Acende-se com fogo novo, produzido em completa escuridão, porque, na Páscoa, tudo se renova: dele se acendem as demais luzes.
As características da luz são descritas no exultet e formam uma unidade indissolúvel com o anúncio da libertação pascal. O círio aceso é, pois, um memorial da Páscoa. Durante todo o tempo pascal o círio estará aceso para indicar a presença do Ressuscitado entre os seus.
Os símbolos do Batismo
1. A água
Embora o rito do Batismo esteja repleto de símbolos, a água é o elemento central, o símbolo por excelência. Em quase todas as religiões e culturas, a água possui um duplo significado: é fonte de vida e meio de purificação.
Nas Escrituras, encontramos as águas da Criação sobre as quais pairava o Espírito de Deus (Gn 1,2). A água é vida no regaço, na seiva, no líquido amniótico que nos envolve antes de nascer. No dilúvio universal, as águas torrenciais purificam a face da terra e dão lugar à nova criação a partir de Noé.
No deserto, os poços e os mananciais se oferecem aos nômades como fonte de alegria e de assombro. Perto deles, têm lugar os encontros sociais e sagrados, preparam-se os matrimônios, etc.
Os rios são fontes de fertilização de origem divina; as chuvas e o orvalho contribuem com sua fecundidade como benevolência de Deus. Sem a água, o nômade seria imediatamente condenado à morte e queimado pelo sol palestino. Por isso, pede-se a água na oração.
Yahvé se compara com uma chuva de primavera (Os 6,3), ao orvalho que faz crescer as flores (Os 14.6). O justo é semelhante à árvore plantada ao borde das águas que correm (Nm 24,6); a água é sinal de bênção.
Segundo Jeremias (2, 13), o povo de Israel, ao ser infiel, esquece Yahvé como fonte viva, querendo escavar suas próprias cisternas. A alma procura Deus como o cervo sedento procura a presença da água viva (Sl 42,2-3). A alma aparece assim como uma terra seca e sedenta, orientada para a água.
Jesus emprega também este simbolismo em sua conversa com a samaritana (Jo 4.1-14), a quem se revela como “água viva” que pode saciar sua sede de Deus. Ele mesmo se revela como a fonte dessa água: “Se alguém tiver sede, que venha para Mim e beba” (Jo 7,37-38). Como da rocha de Moisés, a água surge do flanco transpassado pela lança, símbolo de sua natureza divina e do Batismo (cf Jo 19,34).
Por este motivo, a água se converteu no elemento natural do primeiro sacramento da iniciação cristã.  Desde os primeiros séculos do cristianismo, os cristãos adultos eram batizados em uma espécie de pia cheia de água que tinha duas escadas: por uma descia e por outra saía. A imagem de “descer” às águas representava o momento da purificação dos pecados e estava associada à morte de Cristo.
A saída, subindo pelo lado oposto, representava o renascer à nova vida, como se estivesse saindo do ventre materno e era associado à ressurreição. No centro se fazia a profissão de fé pública. E isto significa que a água do batismo não é algo “mágico” – como pensam muitos – que protege ou transforma por si só, mas sim a expressão deste duplo compromisso: o de mudar de vida morrendo ao pecado e o de renovar a escala de valores, iluminados por Cristo, ressuscitados com Ele.
2. A veste branca
A cor branca sempre foi identificada com a pureza, com o inocente. Parece lógico que, desde os primeiros séculos do cristianismo, os catecúmenos fossem ao Batismo vestidos com túnicas brancas. Poderíamos considerá-lo, inclusive, como inspirado na imagem reiterada do Apocalipse, em que os seguidores fiéis do Cordeiro mereceram vestir-se de branco (cf 3,4-5.18; 4,4; 7,9.13-14; 19,14; 22,14).
Entretanto, os textos bíblicos dependeriam do que nos diz a tradição cultural dos primeiros séculos, anterior aos mesmos. Em todo o Império Romano, só os membros do Senado se vestiam com túnicas brancas, por isso os chamavam candidatus, do latim “cândido”, branco. Desta maneira, manifestava publicamente sua dignidade, a de servir ao Imperador, o qual se apresentava como o filho de deus.
Os cristãos, então, a irem vestidos de branco a receber o Batismo, tentaram mostrar que a verdadeira dignidade do homem não consiste em trabalhar para nenhum poder político, mas em servir a Jesus Cristo, o verdadeiro Filho de Deus. Portanto, mais que símbolo de pureza, era símbolo de dignidade, de vida nova, de compromisso com um estilo de vida e com o esforço cotidiano por conservá-la sem mancha, para ser considerados dignos de participar do banquete do Reino (cf. Mt 22, 12).
Em uma sociedade consumista como a nossa, em que a dignidade das pessoas depende de como vão vestidas, da moda que seguem, das marcas que usam, os cristãos deveriam nos perguntar o que fizemos de nossa “veste branca” batismal e verificar se, como diz São Paulo, “tendo-nos revestido de Cristo” (cf. Gl 3.27).
Acidigital

Sábado Santo: Esta noite celebramos a Vigília Pascal

REDAÇÃO CENTRAL, 15 Abr. 17 / 05:00 am (ACI).- Hoje é realizada a celebração do Sábado Santo, a Igreja Católica medita sobre a paixão e morte do Senhor, assim como sua descida ao inferno, e espera em oração a sua ressurreição. Realiza-se também a Vigília Pascal que conclui com a Liturgia Eucarística.

Durante este dia, é dada atenção especial à Virgem Maria, acompanhando-a em sua solidão, que vela junto ao túmulo de seu Filho amado.
Durante a Vigília Pascal, são realizados três atos importantes que começam com a Celebração do Fogo, na qual o padre abençoa o fogo e acende o círio pascal. Neste ato, entoa-se a Proclamação da Páscoa, que é um poema escrito por volta do ano 300, que proclama que Jesus é o novo fogo.
Ocorre também a Liturgia da Palavra, na qual são feitas sete leituras, desde a criação até a Ressurreição também, sendo a leitura do livro do Êxodo a mais importante que narra a passagem dos israelitas através do Mar Vermelho, quando fugiam das tropas egípcias, sendo bem salvos por Deus. Da mesma maneira, recorda que Deus, esta noite, nos salva por seu Filho.
O terceiro ato é quando toda a Igreja renovou suas promessas batismais renunciando a Satanás, suas seduções e suas obras. A pia batismal ou um recipiente que a representa é abençoada e é recitada a ladainha dos santos, que nos une em oração com a Igreja militante e triunfante.
Acidigital

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Sexta-feira Santa: Celebração da Paixão do Senhor

REDAÇÃO CENTRAL, 14 Abr. 17 / 05:00 am (ACI).- Hoje toda a Igreja Católica se une em penitência, abstinência e jejum para comemorar a Paixão do Senhor. Entre as atividades deste dia, estão a Via Sacra, o Sermão das Sete Palavras de Jesus na Cruz; as procissões com a imagem de Cristo e da sua Mãe Dolorosa, entre outros.

Neste dia, a Igreja não celebra a Eucaristia e nenhum sacramento, exceto a Reconciliação e a Unção dos Enfermos.
A celebração litúrgica celebra a morte do Senhor, também é realizada a celebração da Palavra, que termina com a adoração da Cruz e Comunhão Eucarística, com as hóstias consagradas na Quinta-feira Santa.
Além disso, hoje, convida-se a acompanhar ao final da adoração da Cruz uma pequena comemoração da Virgem Maria, a Mãe Dolorosa, que esteve aos pés da Cruz.
Acidigital

Senado se posiciona contra descriminalização do aborto pelo STF

Congresso Nacional / Foto: Wikimedia (domínio público
BRASILIA, 13 Abr. 17 / 07:00 pm (ACI).- O Senado, por meio de sua Advocacia, enviou um parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF), no qual defende as atuais leis do Brasil em relação ao aborto e afirma que eventuais mudanças quanto ao tema devem partir do Legislativo.
O parecer foi enviado em resposta à solicitação da ministra Rosa Weber, relatora da Arguição por Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) aberta pelo PSOL e pelo Instituto Anis, que pede medida cautelar que reconheça a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação.
O parecer do Senado defende que os dois artigos do Código Penal questionados na ADF são aplicados no Brasil há décadas.
“Os artigos questionados não foram alterados na reforma do Código Penal promovida pela Lei nº 7.209, de 11 de julho de 1984, e são aplicados desde então pelas autoridades judiciais do País”, assinala.
Reforça ainda que, “sob a égide da Constituição da República de 1988”, o artigo 2º do Código Civil assegura os direitos do feto.
“Os aludidos dispositivos infraconstitucionais disciplinam a matéria objeto do debate, cuja eventual alteração está sendo discutida pelas Casas do Congresso Nacional por intermédio dos parlamentares eleitos pelo povo, com a participação da sociedade, por meio de consultas e audiências públicas”, completa a Advocacia do Senado Federal.
Com este posicionamento, o Senado se soma a um documento enviado pelo governo Michel Temer à Advocacia Geral da União e à própria AGU, a qual também enviou um parecer ao STF nesta semana manifestando-se contra a ação do PSOL.
Para a AGU, as normas questionadas pelo partido estão de acordo com a Constituição desde 1988 e o tema deve ser analisado sob “um prisma cauteloso de adequação social, e não por meio do caráter precário de concessão de medida cautelar”.
A Advocacia Geral da União defendeu que a descriminalização do aborto deve ser debatida no Legislativo para garantir “a legitimidade da decisão majoritária, ao mesmo tempo em que se resguarde os direitos das minorias”.
Após receber esses pareceres, não há prazo para que a ministra Rosa Weber conclua o voto e libere o julgamento definitivo. Depois disso, ainda caberá à presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, pautar o caso no plenário.
Acidigital

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Aborto: nova nota da CNBB

Brasília (RV) - Na tarde desta terça-feira (09/04), a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu Nota Oficial "Pela vida, contra o aborto". Os bispos reafirmam posição firme e clara da Igreja "em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural" e, desse modo lembra condenam "todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil". 

"O direito à vida permanece, na sua totalidade, para o idoso fragilizado, para o doente em fase terminal, para a pessoa com deficiência, para a criança que acaba de nascer e também para aquela que ainda não nasceu", sublinham os bispos.
Os bispos ainda lembram que "o respeito à vida e à dignidade das mulheres deve ser promovido, para superar a violência e a discriminação por elas sofridas. A Igreja quer acolher com misericórdia e prestar assistência pastoral às mulheres que sofreram a triste experiência do aborto".  E afirmam: "A sociedade é devedora da mulher, particularmente quando ela exerce a maternidade". 
Atitudes antidemocráticas
Na Nota, os bispos afirmam: "Neste tempo de grave crise política e econômica, a CNBB tem se empenhado na defesa dos mais vulneráveis da sociedade, particularmente dos empobrecidos. A vida do nascituro está entre as mais indefesas e necessitadas de proteção. Com o mesmo ímpeto e compromisso ético-cristão, repudiamos atitudes antidemocráticas que, atropelando o Congresso Nacional, exigem do Supremo Tribunal Federal-STF uma função que não lhe cabe, que é legislar". 
A CNBB pede: "O Projeto de Lei 478/2007 - “Estatuto do Nascituro”, em tramitação no Congresso Nacional, que garante o direito à vida desde a concepção, deve ser urgentemente apreciado, aprovado e aplicado". E conclama: as "comunidades a unirem-se em oração e a se mobilizarem, promovendo atividades pelo respeito da dignidade integral da vida humana".
 Leia a Nota:
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL 
Presidência
NOTA DA CNBB PELA VIDA, CONTRA O ABORTO
 “Não matarás, mediante o aborto, o fruto do seu seio”
(Didaquê, século I)
 A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, através da sua Presidência, reitera sua posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural . Condena, assim, todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil. 
O direito à vida é incondicional. Deve ser respeitado e defendido, em qualquer etapa ou condição em que se encontre a pessoa humana. O direito à vida permanece, na sua totalidade, para o idoso fragilizado, para o doente em fase terminal, para a pessoa com deficiência, para a criança que acaba de nascer e também para aquela que ainda não nasceu. Na realidade, desde quando o óvulo é fecundado, encontra-se inaugurada uma nova vida, que não é nem a do pai, nem a da mãe, mas a de um novo ser humano. Contém em si a singularidade e o dinamismo da pessoa humana: um ser que recebe a tarefa de vir-a-ser. Ele não viria jamais a tornar-se humano, se não o fosse desde início . Esta verdade é de caráter antropológico, ético e científico. Não se restringe à argumentação de cunho teológico ou religioso.
A defesa incondicional da vida, fundamentada na razão e na natureza da pessoa humana, encontra o seu sentido mais profundo e a sua comprovação à luz da fé. A tradição judaico-cristã defende incondicionalmente a vida humana. A sapiência  e o arcabouço moral  do Povo Eleito, com relação à vida, encontram sua plenitude em Jesus Cristo . As primeiras comunidades cristãs e a Tradição da Igreja consolidaram esses valores . O Concílio Vaticano II assim sintetiza a postura cristã, transmitida pela Igreja, ao longo dos séculos, e proclamada ao nosso tempo: “A vida deve ser defendida com extremos cuidados, desde a concepção: o aborto e o infanticídio são crimes abomináveis” .
O respeito à vida e à dignidade das mulheres deve ser promovido, para superar a violência e a discriminação por elas sofridas. A Igreja quer acolher com misericórdia e prestar assistência pastoral às mulheres que sofreram a triste experiência do aborto. O aborto jamais pode ser considerado um direito da mulher ou do homem, sobre a vida do nascituro. A ninguém pode ser dado o direito de eliminar outra pessoa. A sociedade é devedora da mulher, particularmente quando ela exerce a maternidade. O Papa Francisco afirma que “as mães são o antídoto mais forte para a propagação do individualismo egoísta. ‘Indivíduo’ quer dizer ‘que não se pode dividir’. As mães, em vez disso, se ‘dividem’ a partir de quando hospedam um filho para dá-lo ao mundo e fazê-lo crescer” .
Neste tempo de grave crise política e econômica, a CNBB tem se empenhado na defesa dos mais vulneráveis da sociedade, particularmente dos empobrecidos. A vida do nascituro está entre as mais indefesas e necessitadas de proteção. Com o mesmo ímpeto e compromisso ético-cristão, repudiamos atitudes antidemocráticas que, atropelando o Congresso Nacional, exigem do Supremo Tribunal Federal-STF uma função que não lhe cabe, que é legislar. 
O direito à vida é o mais fundamental dos direitos e, por isso, mais do que qualquer outro, deve ser protegido. Ele é um direito intrínseco à condição humana e não uma concessão do Estado. Os Poderes da República têm obrigação de garanti-lo e defendê-lo. O Projeto de Lei 478/2007 - “Estatuto do Nascituro”, em tramitação no Congresso Nacional, que garante o direito à vida desde a concepção, deve ser urgentemente apreciado, aprovado e aplicado. 
Não compete a nenhuma autoridade pública reconhecer seletivamente o direito à vida, assegurando-o a alguns e negando-o a outros. Essa discriminação é iníqua e excludente; “causa horror só o pensar que haja crianças que não poderão jamais ver a luz, vítimas do aborto” . São imorais leis que imponham aos profissionais da saúde a obrigação de agir contra a sua consciência, cooperando, direta ou indiretamente, na prática do aborto. 
É um grave equívoco pretender resolver problemas, como o das precárias condições sanitárias, através da descriminalização do aborto. Urge combater as causas do aborto, através da implementação e do aprimoramento de políticas públicas que atendam eficazmente as mulheres, nos campos da saúde, segurança, educação sexual, entre outros, especialmente nas localidades mais pobres do Brasil. Espera-se do Estado maior investimento e atuação eficaz no cuidado das gestantes e das crianças. É preciso assegurar às mulheres pobres o direito de ter seus filhos. Ao invés de aborto seguro, o Sistema Público de Saúde deve garantir o direito ao parto seguro e à saúde das mães e de seus filhos. 
Conclamamos nossas comunidades a unirem-se em oração e a se mobilizarem, promovendo atividades pelo respeito da dignidade integral da vida humana.
Neste Ano Mariano Nacional, confiamos a Maria, Mãe de Jesus, o povo brasileiro, pedindo as bênçãos de Deus para as nossas famílias, especialmente para as mães e os nascituros.  
Brasília-DF, 11 de abril de 2017.
 Cardeal Sergio da Rocha
 Arcebispo de Brasília
 Presidente da CNBB
         Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ   
         Arcebispo de São Salvador
         Vice-Presidente da CNBB
                 Dom Leonardo U. Steiner, OFM
                 Bispo Auxiliar de Brasília
                 Secretário-Geral da CNBB
Rádio Vaticano

Missa dos Santos Óleos: Sinal da bondade e misericórdia de Deus que nos toca

Antes de celebrar os mistérios centrais da salvação, toda a comunidade diocesana, de modo muito significativo o clero, se unirá ao seu bispo para a bênção dos Santos Óleos e para a renovação das promessas sacerdotais. Chegamos à Quinta-feira Santa, que nos insere no coração do mistério pascal de Cristo. Nas “Igrejas Catedrais”, pela manhã, temos a “Missa do Santo Crisma”, exórdio do Solene Tríduo Pascal, que se inicia propriamente com a Missa vespertina da Ceia do Senhor. Na “Missa Crismal”, o bispo diocesano, abençoará, como em todos os anos, os óleos litúrgicos: dos catecúmenos e dos enfermos, e consagrará o Santo Crisma, mediante os quais anuncia-se o novo “ano da graça” do Senhor” (Lc4, 19; Is 61, 2). Por isso falamos ser chamada “Missa dos Santos Óleos”. Os óleos estão no centro da ação litúrgica. São esses óleos que servirão para a administração dos sacramentos do batismo, da Confirmação, da Ordem e da Unção dos Enfermos.

O óleo é sinal da bondade e misericórdia de Deus que nos toca. O óleo é sinal da bondade e misericórdia de Deus que nos toca. Assim o óleo, nas suas diversas formas, nos acompanha ao longo de toda a nossa vida, desde o catecumenato e o batismo até o momento do fim da nossa caminhada terrestre, onde nos encontraremos, face a face, com Deus juiz e salvador. Na Igreja Primitiva, o óleo consagrado foi considerado, particularmente, como sinal da presença do Espírito Santo, que se comunica conosco a partir de Cristo, o ungido. O Espírito é o óleo da alegria.
Nessa celebração, além de abençoar e consagrar os óleos, renovam-se as promessas sacerdotais pronunciadas no dia da ordenação, sendo por isso também chamada Missa da Unidade, manifestando assim a comunhão diocesana em torno do mistério pascal de Cristo, sendo um momento muito intenso de comunhão eclesial, de participação intensa das comunidades e de valorização dos sacramentos da vida da Igreja.
Por Everton Vieira da Silva,
Seminarista da Arquidiocese de Brasília

Foto: Núcleo de Fotografia da Arquidiocese de Brasília
(Parte)

Dom Sergio toma posse de título cardinalício em Roma

No dia 23 de abril o cardeal Sergio da Rocha, Arcebispo de Brasília e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), tomará posse do título cardinalício na Basílica de Santa Cruz, em Roma, para qual foi designado pelo Papa Francisco, quando foi criado cardeal.

A cerimônia será realizada às 11h00, horário local de Roma.
Dom Sérgio da Rocha foi criado cardeal pelo Papa Francisco, em 19 de novembro de 2016, na Basílica de São Pedro, no Consistório Ordinário Público para a criação de 17 novos cardeais.
O cardeal foi nomeado arcebispo de Brasília em 15 de junho de 2011 pelo Papa Bento XVI e desde abril de 2015 preside a CNBB.
Por Kamila Aleixo

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF