Translate

domingo, 15 de setembro de 2019

24º DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano C: ENCONTREI MISERICÓRDIA

+ Dom Sérgio da Rocha
CARDEAL ARCEBISPO DE BRASÍLIA
O belíssimo capítulo 15 do Evangelho segundo S. Lucas narra as parábolas da
misericórdia. É importante considerar o que São Lucas declara no início: “os fariseus e os mestres da Lei criticavam Jesus” porque ele acolhia os pecadores e fazia refeição com eles. Em resposta, Jesus conta as parábolas da ovelha perdida, da mulher que encontra a moeda perdida e a célebre parábola conhecida como “filho pródigo”, mas que pode ser chamada parábola do “pai misericordioso”. A mensagem pode ser resumida em três pontos. 1º ) A misericórdia de Deus para com os pecadores, ressaltada por Jesus. Deus é o Pai misericordioso com o coração e os braços sempre abertos para acolher o filho que erra e quer retornar à casa. Deus é Pastor que não desiste de encontrar a ovelha perdida. 2º ) A alegria de encontrar o que estava perdido enfatizada nas três parábolas. 3º) A recusa em admitir o perdão e se alegrar com a volta do irmão que erra. A parábola do Pai misericordioso nos faz pensar no modo como tratamos os irmãos que erram. A recusa do filho mais velho retrata bem a atitude dos fariseus, muito diferente do modo misericordioso de agir de Jesus. Somos convidados a sermos misericordiosos para com os irmãos que erram.
As parábolas da misericórdia nos convidam também a reconhecer a nossa
condição de ovelhas perdidas ou de filhos pródigos, quando pecamos. Contudo, mais importante é o reconhecimento do pecado e a disposição para recomeçar a vida, caminhando com confiança rumo à casa do Pai misericordioso, que vem ao nosso encontro com os braços abertos, alegrando-se conosco. O Salmo 50 nos ajuda a fazer a experiência da misericórdia de Deus, conforme o refrão proposto na liturgia da missa: “Vou agora levantar-me; volto à casa do meu pai”. Procuremos valorizar o sacramento da reconciliação pelo qual recebemos a graça do perdão.
Conforme a segunda leitura, São Paulo louva a Deus testemunhando a
misericórdia divina em sua vida e missão. No trecho proclamado da carta a Timóteo, ele afirma duas vezes: “encontrei misericórdia” (1Tm 1,13.16). Proclamando que “Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores”, Paulo humildemente se reconhece como “o primeiro deles”. O Livro do Êxodo, na primeira leitura, também testemunha a misericórdia de Deus para com seu povo.

Neste mês especialmente dedicado à Bíblia, procuremos redescobrir e acolher a misericórdia divina na própria vida, através da leitura e meditação da Palavra de Deus. Sejamos misericordiosos como o Pai celeste é misericordioso!
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

Papa Francisco: "Aqui Jesus acolhe pecadores e ceia com eles".

O Papa Francisco durante a oração do Ângelus. Foto: Vatican Media
Vaticano, 15 Set. 19 / 08:44 am (ACI).- “Aqui Jesus recebe pecadores e os convida à sua mesa”. Essa frase, inspirada no Evangelho de São Lucas, é a que o Papa Francisco propôs ser colada na entrada das igrejas para recordar o sentido da mensagem evangélica durante sua alocução prévia ao Ângelus deste domingo, 15, no Vaticano.
O Santo Padre explicou em seu discurso que Jesus converte as críticas que recebia por parte de alguns contemporâneos seus em anúncios evangélicos. Como exemplo, citou o episódio do Evangelho deste domingo no qual se narra como ele era criticado por estar na companhia de publicanos e pecadores.
A frase depreciativa que dedicaram a Jesus, “este acolhe a pecadores e come com eles”, converte-se em “um anúncio maravilhoso”. “Jesus acolhe os pecadores e come com eles”. Isso mesmo é o que faz conosco em cada Missa, em cada igreja: Jesus está contente de nos receber à sua mesa, onde se oferece a si mesmo por nós”.
“Até poderíamos escrever esta frase sobre as portas das nossas igrejas: ‘Aqui, Jesus recebe pecadores e os convida à sua mesa’”.
Francisco sublinhou que o coração do Evangelho é “o amor infinito de Deus por nós, pecadores”. “Deus salva com o amor, não com a força; propondo, não impondo”, assinalou o Santo Padre.
Assim explica o próprio Jesus nas parábolas que ele expôs como resposta às críticas que recebia: a parábola do pastor que tem cem ovelhas e, ao perder uma, deixa às outras noventa e nove para resgatar a perdida. Ou a parábola da mulher que tem dez moedas, perde uma e varre a casa inteira para encontrá-la. E, finalmente, a parábola do filho pródigo.
Dessas parábolas se pode aprender que “nos equivocamos quando achamos que somosjustos, quando pensamos que os maus são os outros e não nós”, advertiu o Pontífice, “porque sozinhos, sem a ajuda de Deus, que é bom, não sabemos derrotar o mal”.
“E de que modo se derrota o mal? Acolhendo o perdão de Deus. E isto ocorre cada vez que vamos à confissão: ali recebemos o amor do Pai que vence nosso pecado”.
O Papa Francisco concluiu: “Deus acaba com o mal, nos renova por dentro e, dessa maneira, faz renascer em nós a alegria”.
ACI Digital

Nossa Senhora das Dores

REDAÇÃO CENTRAL, 15 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- A Igreja Católica celebra neste dia 15 de setembro a festa de Nossa Senhora das Dores, que ensina a ser forte diante dos sofrimentos da vida e ter Maria e seu Filho como companheiros de caminho.

Entre as sete dores de Nossa Senhora se encontram: a profecia de Simeão no templo, a fuga para o Egito, os três dias que Jesus esteve perdido, o encontro com Jesus levando a Cruz, sua Morte no Calvário, a lança que atravessa o coração de Jesus e quando é colocado no sepulcro.
Apesar de tudo, Ela se manteve firme na oração e na confiança na vontade de Deus. Agora a Virgem quer nos ajudar a levar as nossas cruzes diárias porque foi no calvário onde Jesus Cristo nos deixou Maria como nossa mãe.
Por duas vezes no ano, a Igreja comemora as dores da Santíssima Virgem: na Semana da Paixão e também hoje, 15 de setembro.
A primeira destas comemorações é a mais antiga, posto que se instituiu em Colônia, na Alemanha, e em outras partes da Europa no século XV. Quando a festividade se estendeu por toda a Igreja, em 1727, com o nome das Sete Dores, manteve-se a referência original da Missa e do ofício da Crucificação do Senhor.
Na Idade Média, havia uma devoção popular pelos cinco gozos da Virgem Mãe, e pela mesma época se complementou essa devoção com outra festa em honra a suas cinco dores durante a Paixão. Mais adiante, as penas da Virgem Maria aumentaram para sete e não só compreenderam sua marcha para o Calvário, mas também sua vida inteira.
Aos frades Servitas – religiosos da Companhia de Maria Dolorosa –, que desde sua fundação tiveram particular devoção pelos sofrimentos de Maria, foi autorizado que celebrassem uma festividade em memória das Sete Dores, no terceiro domingo de setembro de todos os anos.
Santa Brígida da Suécia diz em suas revelações, aprovadas pela Igreja, que Nossa Senhora prometeu conceder sete graças a quem rezar, cada dia, sete Ave-Marias em honra de suas dores e lágrimas, meditando sobre elas.
As promessas são:
1- Porei a paz em suas famílias.
2- Serão iluminados sobre os divinos mistérios.
3- Consolá-los-ei em suas penas e acompanhá-los-ei em suas aflições.
4- Conceder-lhes-ei tudo o que me pedirem, contanto que não se oponha a adorável vontade de meu divino Filho e a santificação de suas almas.
5- Defendê-los-ei nos combates espirituais contra o inimigo infernal e protegê-los-ei em todos os instantes da vida.
6- Assistir-lhes-ei visivelmente no momento da morte e verão o rosto de Sua Mãe Santíssima.
7- Obtive de meu Filho, para os que propagarem esta devoção às minhas lágrimas e dores, sejam transladados desta vida terrena à felicidade eterna, diretamente, pois ser-lhes-ão apagados todos seus pecados e meu Filho e eu seremos sua eterna consolação e alegria.
ACI Digital

sábado, 14 de setembro de 2019

Exaltação da Santa Cruz



REDAÇÃO CENTRAL, 14 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- “Algumas pessoas não cristãs podem se perguntar: por que ‘exaltar’ a cruz? Podemos responder que nós não exaltamos uma cruz qualquer ou todas as cruzes: exaltamos a Cruz de Jesus Cristo, porque é nela que foi revelado o máximo amor de Deus pela humanidade”. Assim o Papa Francisco explicou a festa que é celebrada neste dia 14 de setembro: a Exaltação da Santa Cruz.
Em sua reflexão antes do Ângelus Dominical, em 14 de setembro de 2014, Francisco assegurou que “a Cruz de Jesus é a nossa única e verdadeira esperança”.
O Santo Padre assinalou que “quando olhamos para a Cruz onde Jesus foi pregado, contemplamos o sinal do amor infinito de Deus para cada um de nós e a raiz da nossa salvação. ‘Daquela Cruz vem a misericórdia do Pai que abraça o mundo inteiro’”.
Segundo manifesta a história, foi em 14 de setembro de 320 que Santa Helena, imperatriz de Constantinopla, encontrou o madeiro em que morreu o Cristo Redentor. No entanto, em 614, a Cruz foi levada pelos persas como um troféu de guerra.
Mais tarde, o Imperador Heráclio a recuperou e voltou com a Cruz para a Cidade Sagrada no dia 14 de setembro de 628. Desde então, celebra-se liturgicamente esta festividade.
Quando a Santa Cruz chegou novamente a Jerusalém, o imperador se dispôs a acompanhá-la em solene procissão, mas vestido com todos os luxuosos ornamentos reais e logo se deu conta de que não era capaz de avançar.
Então, o Arcebispo de Jerusalém, Zacarias, lhe disse: “É que todo esse luxo que carrega está em desacordo com o aspecto humilde e doloroso de Cristo quando carregava a cruz por essas ruas”.
O imperador se despojou de seu manto de luxo e de sua coroa de ouro e, descalço, começou a percorrer as ruas e pôde seguir a piedosa procissão.
Para evitar novos roubos, o Santo Madeiro foi dividido em quatro pedaços e separados entre Roma e Constantinopla, enquanto o que ficou em Jerusalém foi deixado em um belo cofre de prata. Dos quatro fragmentos, foram feitos pequenos pedaços para serem distribuídos em várias Igrejas do mundo, os quais foram chamados de Vera Cruz.
Na vida dos santos narra-se que Santo Antônio Abade, ao ser atacado por terríveis tentações do demônio, fazia o sinal da cruz e o inimigo fugia. Desde esse tempo, afirmam, tornou-se costume fazer o sinal da cruz para se libertar dos males.
Outro fato poderoso e sagrado deste sinal foi mostrado pela Santíssima Virgem Maria que, ao aparecer pela primeira vez à Santa Bernardette e ao ver a menina quis se benzer, Nossa Senhora fez o sinal da cruz bem devagar para lhe ensinar que é necessário fazê-lo com calma e mais devoção.
ACI Digital

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

São João Crisóstomo, o “boca de ouro”

REDAÇÃO CENTRAL, 13 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- A Igreja Católica celebra neste dia 13 de setembro a memória litúrgica de São João Crisóstomo, que significa “boca de ouro”. Foi chamado assim pelas pessoas por ser um dos mais famosos oradores que a Igreja teve.

São João, que também é Doutor da Igreja, nasceu na Antioquia (Síria), no ano 347. Estando na escola já causava admiração com suas declamações e intervenções nas academias literárias.
Depois de ter vivido como monge em sua casa e no deserto, foi ordenado sacerdote e começou a deslumbrar com seus maravilhosos sermões. O santo considerava como sua primeira obrigação o cuidado e a instrução dos pobres e jamais deixou de falar deles em seus sermões e de incitar o povo à esmola.
São João foi consagrado Arcebispo de Constantinopla no ano 398 e empreendeu a reforma do clero. Mandou tirar todos os luxos do palácio e com as cortinas elegantes se fabricaram vestidos para os pobres. Exigiu que seus sacerdotes e monges fossem pobres no vestir, comer e em seu mobiliário, para dar bom exemplo.
A eloquência e o zelo do santo levaram à penitência muitos pecadores e converteram muitos idólatras e hereges.
Outra das atividades às quais o São João consagrou suas energias foi a fundação de comunidades de mulheres piedosas, sendo a mais ilustre a nobre Santa Olímpia. O santo Bispo se distinguiu também por seu extraordinário espírito de oração, virtude esta que pregou incansavelmente, e exortou os fiéis à comunhão frequente.
Foi banido duas vezes por conspiração da rainha Eudóxia e do Bispo da Alexandria, Téofilo. No último desterro perante as penosas condições da viagem e a crueldade dos soldados imperiais, São Crisóstomo faleceu em 14 de setembro de 407, dizendo: “Seja dada glória a Deus por tudo”. Em 1909, São Pio X declarou o santo “Patrono dos Pregadores”.
ACI Digital

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Papa Francisco disse isso sobre a Amazônia ao voltar da África

Papa Francisco no voo de volta da África. Crédito: Edward Pentin / ACI
Vaticano, 11 Set. 19 / 09:40 am (ACI).- No voo de regresso a Roma após sua última viagem à África e a menos de um mês para o início do Sínodo da Amazônia no Vaticano, o Papa Francisco se referiu ao tema da Amazônia e aos recentes incêndios que devastaram a região entre Bolívia e Brasil.
Ao ser perguntado sobre o que os governos fazem para proteger “este pulmão do mundo” diante dos incêndios e do desmatamento, o Santo Padre disse que “há uma palavra que devo dizer e que está na base da exploração ambiental. E a palavra feia, feia é a corrupção”.
Francisco explicou depois o que um empresário que deseja explorar a Amazônia poderia pensar diante de um projeto na região: “Eu preciso fazer isso e para fazê-lo devo desmatar e preciso da permissão do governo ou do governo provincial.  Vou até o responsável e lhe pergunto”.
 “Aqui repito literalmente aquilo que me disse um empresário espanhol. E a pergunta que nós ouvimos quando querem aprovar um projeto é ‘Quanto para mim?’ descaradamente. Isso acontece na África, na América Latina e também na Europa. Em todos os lugares”, assinalou o Papa.
O Santo Padre lamentou que, “quando se assume a responsabilidade sociopolítica como um ganho pessoal, ali exploramos valores, a natureza, as pessoas. Pensemos na África que é explorada… Mas pensemos em tantos operários que são explorados nas nossas sociedades”.
“Temos o trabalho informal na Europa, os africanos não inventaram. A empregada que recebe um terço daquilo que deveria não foi inventada pelos africanos, as mulheres enganadas e exploradas pela prostituição no centro das nossas cidades, os africano não inventaram. Também aqui há esta exploração, não somente ambiental, mas também humana. E isso é devido à corrupção. E quando a corrupção está dentro do coração, devemos nos preparar, porque chega de tudo”, acrescentou.
Depois de comentar que recebeu recentemente capelães marítimos no Vaticano e que um grupo de pescadores lhe disse que coletaram, em poucos meses, seis toneladas de plástico, Francisco lembrou que os cuidados com os mares e oceanos estão em suas intenções de oração para setembro.
“Depois, há os grandes pulmões, na República Centro-Africana, em toda a região Pan-amazônica”. “São pequenos pulmões do mesmo tipo. É preciso defender a ecologia, a biodiversidade, que é a nossa vida, defender o oxigênio, que é a nossa vida”, afirmou o Papa.
O Santo Padre disse também que “o que me conforta é que são os jovens que levam avante esta luta, que têm uma grande consciência e dizem: ‘o futuro é nosso, com o seu faça o que quiser, mas não com o nosso!’. Vamos começar a meditar um pouco sobre isso”.
“Creio que ter se chegado ao acordo de Paris foi um bom passo avante. Depois do (encontro de) Katowice (Polônia) também foi bom. São encontros que ajudam a se conscientizar”, continuou.
O Acordo de Paris é um tratado no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a mudança climática que estabelece medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Sua aplicabilidade seria para o ano de 2020. Por outro lado, a cúpula de Katowice, sobre o mesmo tema, foi realizada no final de 2018.
O Pontífice também incentivou a "nos conscientizar começando pelas pequenas coisas" e disse que no mundo os governos trabalham pela Amazônia "alguns mais, outros menos".
ACI Digital

Festa do Santíssimo Nome de Maria, luz que ilumina

REDAÇÃO CENTRAL, 12 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 12 de setembro é celebrado o Santíssimo Nome de Maria. “O nome de Maria, que significa Senhora da luz, indica que Deus me encheu de sabedoria e luz, como astros brilhantes, para iluminar os céus e a terra”, disse a Virgem à Santa Matilde.

Este fato, no qual a Mãe de Deus revela o significado de seu nome para a santa, foi recolhido por São Luís Maria Grignion de Montfort, grande propagador da devoção mariana, no livro “O Segredo do Rosário”.
No Novo Testamento, foi o Evangelista Lucas quem deu o nome da donzela que seria a Mãe do Salvador: “… O nome da virgem era Maria” (Lc 1, 27).
É por isso que, desde os primeiros cristãos até nossos dias, foi honrada com toda classe de títulos, porque o “nome” representa a “pessoa”, assim como nos diz o Catecismo da Igreja Católica (2158):
“O nome de todo homem é sagrado. O nome é a imagem da pessoa. Exige respeito em sinal da dignidade do que o leva”.
Eis, então, uma das tantas razões desta importante festa, que foi instituída com o propósito de que os fiéis encomendem a Deus, através da intercessão da Santa Mãe, as necessidades da Igreja, agradeçam por seu amparo e seus inumeráveis benefícios, em especial os que recebem pelas graças e a mediação da Virgem Maria.
A celebração desta festa foi autorizada pela primeira vez em 1513, na cidade espanhola de Cuenca, de onde se estendeu por toda a Espanha. Em 1683, o Papa Inocêncio XI a admitiu na Igreja do Ocidente como ação de graças pela vitória sobre os turcos na Batalha de Viena.
Para este dia, selecionamos uma oração extraído do livro Glórias de Maria, de Santo Afonso Maria de Ligório.
Oração para invocar sempre o nome de Maria Santíssima
Grande Mãe de Deus e minha Mãe, ó Maria, é verdade que eu não sou digno de proferir o vosso nome; mas vós, que me tendes amor e desejais minha salvação, concedei-me, apesar de minha indignidade, a graça de invocar sempre em meu socorro vosso amantíssimo e poderosíssimo nome. Pois é ele o auxílio de quem vive e salvação de quem morre.
Puríssima e dulcíssima Virgem Maria, fazei que seja vosso nome de hoje em diante o alento de minha vida. Senhora, não tardeis a socorrer-me quando vos invocar. Pois, em todas as tentações que me assaltarem, em todas as necessidades que me ocorrerem, não quero deixar de chamar-vos em meu socorro, repetindo sempre:
Maria! Maria! Assim espero fazer durante a vida, assim espero fazer particularmente na hora da morte, para ir depois louvar eternamente no céu vosso querido nome, ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria.
ACI Digital

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Os Papas e o doce nome de Maria

Santíssimo Nome de Maria
Santíssimo Nome de Maria
O mês de setembro tem no Calendário Litúrgico duas datas especiais dedicadas a Maria: dia 8, seu nascimento e dia 12 seu Santíssimo Nome, datas que levam a recordar a intensa e filial devoção mariana de todos grandes Papas do passado
Cidade do Vaticano
O nome de Maria, o doce nome de Maria. Não há Papa que o tenha pronunciado mais do que João Paulo II, que no seu lema tinha uma dedicatória docemente mariana: Totus tuus.
O atentado de 11 de setembro às Torres Gêmeas deu ocasião a João Paulo II de reativar a festa do Santo Nome de Maria que tinha desaparecido do calendário litúrgico em meados de 1970. De fato, para o Papa polonês, 11 de setembro era uma data significativa também por outro motivo histórico e mariano. Recorda a intercessão da Virgem na vitória do exército polonês que fez com que acabasse o assédio de Viena por parte dos turcos, no século XVII.
Todavia no dia 12 de setembro de 2001, um dia depois da tragédia das Torres, o Papa manifesta sua dor e dirige-se a Maria:
“Com profundo afeto, dirijo-me ao povo dos Estados Unidos nesta hora de angústia e de terror, em que a coragem de muitos homens e mulheres de boa vontade é posta à dura prova. De maneira especial, abraço os familiares dos defuntos e dos feridos, enquanto lhes garanto a minha proximidade espiritual. Confio à misericórdia do Altíssimo as vítimas inermes desta tragédia, pelas quais hoje de manhã celebrei a Santa Missa, implorando para elas o descanso eterno. Deus dê coragem aos sobreviventes, assista com a sua ajuda a obra benemérita dos socorristas e dos inúmeros voluntários, que nestas horas dedicam toda a sua energia para fazer frente a uma emergência tão dramática. Convido-vos também a vós, caríssimos Irmãos e Irmãs, a unir-vos à minha oração. Imploremos ao Senhor para que não prevaleça a espiral do ódio e da violência. A Virgem Santíssima, Mãe de misericórdia, suscite pensamentos de sabedoria e propósitos de paz nos corações de todos.”

Enquanto que no Angelus do domingo 16 de setembro, pronunciado em Frosinone por ocasião de uma visita pastoral, o Papa voltou a falar sobre a tragédia e invocou o consolo de Maria.
“A Virgem infunda conforto e esperança também a quantos sofrem por causa do trágico atentado terrorista, que nos últimos dias feriu profundamente o amado povo americano. A todos os filhos dessa grande Nação dirijo, também agora, o meu sincero pensamento de participação. Maria acolha os defuntos, console os sobreviventes, sustenha as famílias particularmente provadas e ajude todos a não ceder à tentação do ódio e da violência, mas a empenhar-se no serviço da justiça e da paz. Maria Santíssima alimente, sobretudo nos jovens, elevados ideais humanos e espirituais, bem como a constância necessária para os realizar. Recorde-lhes o primado dos valores eternos a fim de que, especialmente nestes momentos difíceis, os compromissos e as atividades quotidianas continuem a estar sempre orientados para Deus e o seu Reino de solidariedade e de paz.”
A devoção de João Paulo II ao Nome de Maria continuou com o seu sucessor Bento XVI. Na sua peregrinação ao Santuário de Mariazell, durante sua Viagem Apostólica à Áustria, em 8 de setembro de 2007 disse:
“Mostra-nos Jesus!". Com este pedido à Mãe do Senhor pusemo-nos a caminho em direção a este lugar. Este mesmo pedido acompanhar-nos-á quando voltarmos à nossa vida quotidiana. E sabemos que Maria satisfaz a nossa oração: sim, em qualquer momento, quando olhamos para Maria, ela mostra-nos Jesus. Assim podemos encontrar o caminho justo, segui-la passo a passo, cheios de confiança jubilosa de que o caminho leva à luz na alegria do Amor eterno.”
Na Audiência Geral de alguns dias depois, 12 de setembro de 2007, Bento XVI evidencia uma importante ligação sobre a proximidade entre as duas datas no calendário litúrgico…
“Sábado passado celebramos a festa da natividade de Maria e hoje recordamos o seu Santo Nome. A celestial Mãe de Deus, que nos acompanha ao longo de todo o ano litúrgico, vos guie caros jovens no caminho de uma adesão cada vez mais perfeita ao Evangelho.”
Enquanto que o Papa Paulo VI, na Festa da Natividade de Maria oferece ocasião para uma bela recordação pessoal (8 de setembro de 1974).
“Recordamos que a Igreja de S. Maria das Graças em Brescia, ao lado da nossa casa, e que frequentávamos quando crianças com assiduidade, é dedicada ao nascimento de Nossa Senhora, à qual Beatíssima todos os anos fazia-se grande festa e toda nossa família pontualmente estava presente. Assim como não podemos esquecer a dedicatória sobre a fachada do sempre amado e glorioso Domo de Milão: “Mariae Nascenti”, a Maria que nasce, e que na agulha mais alta do encantador edifício ostenta triunfante a “Madonnina.”

Rádio Vaticana

Viagem do Papa à África: alegria, esperança e responsabilidade

"O momento mais emocionante de toda a viagem foi, sem dúvida, o encontro com as oito mil crianças de Akamasoa"
"O momento mais emocionante de toda a viagem foi, sem dúvida, o encontro com as oito mil crianças de Akamasoa"  (ANSA)
Imagens e palavras que marcaram a visita do Papa a Moçambique, Madagascar e Maurício.
De Andrea Tornielli
A viagem do Papa a Moçambique, Madagascar e Maurício já foi concluída e destes dias intensos e extraordinários permanecem antes de tudo impressos na memória os rostos cheios de alegria das crianças, das mulheres e dos homens que acompanharam Francisco ao longo das estradas, às vezes enlameadas ou poeirentas, de Maputo e Antananarivo, e que animaram - no verdadeiro sentido da palavra - as maravilhosas liturgias celebradas nos três países.
A alegria que souberam expressar, não obstante as dificuldades e as condições precárias em que muitos deles são forçados a viver, tem algo a ensinar a todos nós. Nos ensina que, ao calcular o bem-estar de um povo, os parâmetros vinculados apenas aos dados econômicos não são suficientes: a fé vivida, a amizade, a capacidade de se relacionar, os laços familiares, a solidariedade, a capacidade de usufruir das pequenas coisas, a disponibilidade de se doar, não poderão nunca entrar nas estatísticas.
O momento mais emocionante de toda a viagem foi, sem dúvida, o encontro com as oito mil crianças de Akamasoa, no local onde antes havia um grande aterro sanitário e onde agora existem pequenas mas dignas casas de tijolos, escolas, locais de recreação.
A obra iniciad há trinta anos pelo padre Pedro Opeka é um dos tantos tesouros escondidos da Igreja Católica no mundo. Uma obra que encarna a esperança cristã. Graças à dedicação deste missionário, milhares de famílias encontraram trabalho e dignidade, e milhares de crianças encontraram um teto para suas cabeças, comida e a possibilidade de frequentar a escola.
A recepção barulhenta e festiva que os pequenos de Akamasoa dedicaram ao Papa é combustível para a alma. Quantos padres Pedro existem na África, na Ásia, na América Latina, mas também nas periferias mais problemáticas do Ocidente.
Contemplando o rosto daquelas crianças, felizes por terem hospedado em sua casa aquele avô vestido de branco vindo de Roma, nos deparamos com a essência mais profunda da Igreja e de sua missão: evangelizar e promover o homem.
Evangelizar, escolhendo a proximidade aos mais fracos e descartados. Evangelizar testemunhando "a presença de um Deus que decidiu viver e sempre permanecer no meio de seu povo", como disse Francisco em Akamasoa.
Várias vezes, nestes dias, o Papa exortou sacerdotes, religiosos e religiosas a reavivarem o fogo do autêntico espírito missionário que não pode prescindir da proximidade daqueles que sofrem.
Francisco também convidou a não considerar a condição dos pobres como uma fatalidade: "Nunca se rendam diante dos efeitos nocivos da pobreza, nunca cedam às tentações de uma vida fácil ou do inclinar-se sobre si mesmos".
Neste sentido, a outra linha que ligou os eventos da viagem foi um chamado à responsabilidade dos governos, das autoridades políticas e da sociedade civil, para que novos caminhos possam ser percorridos na via do desenvolvimento. Caminhos inovadores capazes de questionar o atual modelo econômico-financeiro, tornando os povos protagonistas da construção de um futuro mais justo, mais solidário, mais respeitador da dignidade da vida, das culturas e das tradições, mais respeitador da criação que nos foi dada para que a transmitíssemos aos nossos filhos sem depredá-la. Mensagens pronunciadas na África e para a África, mas também para todos nós.

Rádio Vaticana

São Nicolau de Tolentino, padroeiro das almas do purgatório

REDAÇÃO CENTRAL, 10 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- São Nicolau de Tolentino nasceu em Sant'Angelo (Itália), em 1245; diz-se que sua mãe, já de idade avançada, não tinha podido conceber e, junto com seu esposo, fez uma peregrinação ao Santuário de São Nicolau de Bari, onde ela rogou a Deus por um filho que entregaria ao serviço divino, depois ficou grávida.

Enquanto crescei, o pequeno Nicolau passava horas em oração, escutava com entusiasmo a Palavra de Deus, levava os pobres para sua casa para compartilhar com eles o que tinha e gostava de ler bons livros como estudante.
Depois de escutar o sermão de um frade ou eremita da Ordem de Santo Agostinho, decidiu renunciar ao mundo e ingressou na Ordem no convento do pequeno povoado de Tolentino. Fez sua profissão religiosa antes de ter completado 18 anos e, em 1271, foi ordenado sacerdote no convento de Cingole.
Os últimos 30 anos de sua vida, aproximadamente, Nicolau viveu em Tolentino. Pregava nas ruas, administrava os sacramentos em asilos, hospitais e prisões. Também passava longas horas no confessionário.
Quando, pela graça de Deus, realizava algum milagre, pedia aos presentes: “Não digam nada sobre isto. Deem graças a Deus, não a mim”.
Os fiéis, impressionados por ver as conversões que obtinha e sua profunda espiritualidade, pediam-lhe que intercedesse pelas almas do purgatório e isso o levou, muitos anos depois de sua morte, a ser nomeado “padroeiro das santas almas”.
O santo padeceu por muito tempo de dores de estômago e, aos poucos, sua saúde foi piorando.
Um dia, a Virgem Maria apareceu a ele e instruiu-o a pedir um pedaço de pão, molhá-lo em água e comê-lo com a promessa de que se curaria por sua obediência. Assim aconteceu e, por gratidão, São Nicolau abençoava pedaços de pão semelhantes e os dava aos enfermos, obtendo numerosas curas.
Partiu para a Casa do Pai em 10 de setembro de 1305 e foi enterrado na igreja de seu convento em Tolentino.
Muitas décadas depois, seu corpo incorrupto foi exposto e diz-se que um homem estrangeiro cortou o braço para leva-lo ao seu país natal, mas foi capturado por um fluxo de sangue que brotou das extremidades do santo.
Um século depois, foi feito o reconhecimento dos ossos e viu-se que os braços amputados estavam intactos e ensopados de sangue. Séculos depois, repetiu-se o derramamento de sangue fresco dos braços de São Nicolau de Tolentino.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF