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sábado, 4 de setembro de 2021

Como viver as bem-aventuranças segundo Santa Teresa de Calcutá?

Santa Teresa de Calcutá. Crédito: Daniel Ibañez / ACI Prensa

REDAÇÃO CENTRAL, 04 set. 21 / 09:00 am (ACI).- A palavra "bem-aventurança" significa bênção suprema, e Santa Teresa de Calcutá viveu cada uma dessas mensagens de humildade e amor fraterno que conduzem à recompensa eterna; por isso, não é de surpreender que suas palavras coincidam com as bem-aventuranças.

1. Jesus disse: "Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos Céus!”.

Madre Teresa disse: "Quando você não tem mais nada além de Deus, tem mais do que o suficiente para começar de novo". "A pobreza espiritual do mundo ocidental é muito maior que a pobreza física do nosso povo".

2. Jesus disse: "Bem-aventurados os que cho­ram, porque serão consolados!".

Madre Teresa disse: “A dor e sofrimento entraram na sua vida, mas lembre-se de que a dor, a tristeza e o sofrimento nada mais são do que o beijo de Jesus, um sinal de que você se aproximou tanto dele dele que Ele pode beijar você".

3. Jesus disse: "Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!".

Madre Teresa disse: “A humildade é a mãe de todas as virtudes; a pureza, a caridade e a obediência. É em ser humilde que o nosso amor se torna real, devoto e ardente. Se você é humilde, nada vai te tocar, nem louvor, nem desgraça, porque você sabe o que é. Se te culparem por algo, não ficará desanimado. Se te chamarem de santo, não vai se colocar em um pedestal”.

4. Jesus disse: "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados!".

Madre Teresa disse: "Se você julga as pessoas, não tem tempo para amá-las". "Prefiro que você cometa erros de bondade do que realize milagres sem bondade".

5. Jesus disse: "Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão miseri­córdia!".

Madre Teresa disse: “Muitas vezes as pessoas são irracionais e egocêntricas. Perdoe-as assim mesmo. Se você é amável, as pessoas podem acusá-lo de ser interesseiro. Seja amável assim mesmo. Se você é honesto, as pessoas podem te enganar. Seja honesto assim mesmo. Se você encontra a felicidade, as pessoas poderiam ficar com ciúmes. Seja feliz assim mesmo. O bem que você faz hoje, pode ser esquecido amanhã. Faça o bem assim mesmo. Dê ao mundo o melhor que você tem, e pode ser que nunca seja suficiente. Dê o melhor assim mesmo. Veja você que, no final das contas, é tudo entre você e Deus. Nunca foi entre você e os outros”. 

6. Jesus disse: "Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!".

Madre Teresa disse: “Nesta vida, não podemos fazer grandes coisas. Só podemos fazer pequenas coisas com muito amor”.

7. Jesus disse: "Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!".

Madre Teresa disse: "A paz começa com um sorriso".

8. Jesus disse: "Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus!".

A Madre Teresa foi admirada por muitos, mas também foi perseguida e constantemente criticada por fazer seu trabalho de evangelização. Do mesmo modo, foi acusada de não fazer o suficiente para mudar as coisas.

Em 1994, a santa desafiou a ira dos membros do Congresso dos Estados Unidos, do presidente Bill Clinton e do vice-presidente Al Gore e de suas esposas no Café da Manhã de Oração, ao se pronunciar em defesa dos nascituros. A vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 1979 disse que "a maior ameaça para a paz hoje é o aborto, porque Jesus disse que ‘o que recebe em meu nome a um menino como este, é a mim que recebe’".

“Portanto, cada aborto é a negação de receber Jesus, a negligência de receber Jesus. E se aceitarmos que uma mãe possa matar o seu próprio filho, como podemos dizer aos outros que não se matem? O país que aceita o aborto não está ensinando o seu povo a amar, mas a aplicar a violência para conseguir o que deseja”, disse Santa Teresa de Calcutá.

Enquanto grande parte da plateia se colocou de pé e aplaudiu em voz alta, Clinton, Gore e suas esposas se sentaram rigidamente na mesa principal. Madre Teresa falou com ousadia, sem buscar elogios e sem medo de violentas reações e perseguições, mas simplesmente para dizer a verdade.

Fonte: ACI Digital

Fr. Mamerto Esquiú será beatificado neste sábado em Catamarca, Argentina

Mamerto Esquiú, da Ordem dos Frades Menores,
bispo de Córdoba (Argentina) 

Frei Mamerto Esquiú se distinguiu em dois aspectos principais que caracterizam a espiritualidade franciscana: no primeiro, porque foi um protagonista ativo da restauração da vida comunitária dos franciscanos de seu tempo; na minoridade, porque quando a fama o fez correr o risco de ficar 'confortável' na sociedade de seu tempo, fugiu e preferiu uma vida de oração, estudo e missão em Tarija, na Bolívia, por cinco anos.

Isabella Piro – Vatican News

Um homem que "sabia como responder aos desafios de seu tempo". Com estas palavras o ministro da Província franciscana da Assunção da Bem-aventurada Virgem do Rio da Prata, na Argentina, Fr. Emilio Andrada, define a principal característica de seu confrade, Fr. Mamerto Esquiú (1826- 1883), que será beatificado neste sábado, 4 de setembro. A cerimônia terá lugar na esplanada da Igreja de “San José de Piedra Blanca”, em Catamarca.

“A fraternidade e minoridade são traços distintivos da espiritualidade franciscana - explica o ministro provincial -. Frei Mamerto Esquiú se distinguiu em ambos os aspectos: no primeiro, porque foi um protagonista ativo da restauração da vida comunitária dos franciscanos de seu tempo; na minoridade, porque quando a fama o fez correr o risco de ficar 'confortável' na sociedade de seu tempo, fugiu e preferiu uma vida de oração, estudo e missão em Tarija, na Bolívia, por cinco anos”.

Ao mesmo tempo, acrescenta frei Emilio, Fr. Mamerto sabia enfrentar os desafios de sua época e não tinha o temor de "dizer aos dirigentes do país o que era mais apropriado fazer", em um período histórico em que a Argentina havia conquistado recentemente sua independência.

“Foi obediente à Ordem e filho fiel da Igreja”, continua o ministro provincial, falando de alguns pormenores da beatificação: “Na nossa igreja de 'San Francisco de Catamarca', onde será abençoado um altar em honra a Fra 'Esquiú, também será colocada uma relíquia formada por uma partícula de seu coração."

Trata-se de um fragmento particularmente precioso, porque a relíquia inteira do coração foi roubada e nunca mais encontrada. Aquilo que resta, portanto, é somente esta pequena partícula. Por fim, Frei Andrada reitera desde já o compromisso da Ordem Franciscana de trabalhar pela canonização do falecido confrade, que foi "um de nós e nos mostrou um caminho válido para alcançar a santidade".

Nascido em 11 de maio de 1826 em San José de Piedra Blanca, Mamerto de la Ascensión Esquiú recebeu a fé e a devoção a São Francisco de Assis desde os 5 anos, graças aos ensinamentos maternos. Ingressou na Ordem dos Frades Menores e em 31 de maio de 1836 iniciou os estudos e o noviciado no convento franciscano de Catamarca. Em 1842 emitiu a profissão solene na Ordem, sendo ordenado sacerdote em 18 de outubro de 1848.

Após uma breve experiência no mundo da escola, trabalhou no âmbito da concórdia social e da unidade do povo argentino nos difíceis anos da guerra que, em pleno ano de 1800, levou à formação do país moderno. É famoso seu sermão proferido durante a celebração do "Juramento da Constituição" em 9 de julho de 1853, centrado na oração pela união de todo o povo argentino, que o presidente Justo José de Urquizalodò mandou imprimir e distribuir em todo o país.

Em seu ministério, o religioso se destacou por sua doutrina e autoridade, propondo a santidade como coração da vida sacerdotal e do compromisso cristão. Fundamento de sua extraordinária atividade pastoral é a intensa vida de oração e união com Cristo.

Nomeado bispo de Córdoba em 1880, faleceu em 10 de janeiro de 1883, provado pelo desgaste e fadiga. Foi declarado Venerável em 2006, enquanto em 19 de junho de 2020 o Papa Francisco autorizou a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar o decreto sobre um milagre atribuído à sua intercessão, dando assim o nulla osta para sua futura beatificação. O milagre ocorreu na Diocese de Tucumán, Argentina, em 2016, em uma menina com grave osteomielite do fêmur.

E será o arcebispo emérito de Tucumán, cardeal Luis Héctor Villalba, a presidir a cerimônia de beatificação. Para o domingo, estão previstas duas Missas de Ação de Graças: a primeira na Basílica de Catamarca, presidida pelo bispo local, Dom Luis Urbanc, enquanto a segunda será na Catedral de Córdoba.

A recordar que no dia 10 de janeiro a Diocese de Catamarca inaugurou um ano especial dedicado a frei Mamerto. A data foi escolhida para comemorar o 138º aniversário da morte do religioso.

Fonte: Vatican News Service - IP

Santa Rosália

Sta. Rosália | ArquiSP
04 de setembro

Santa Rosália

Rosália nasceu no ano de 1125, em Palermo, na Sicília, Itália. Era filha de Sinibaldo, rico feudatário, senhor da região dos montes "da Quisquínia e das Rosas", e de Maria Guiscarda, sobrinha do rei normando Rogério II. Portanto Rosália era muito rica e vivia numa Corte muito importante da época. Durante a adolescência, foi ser dama da Corte da rainha Margarida, esposa do rei Guilherme I da Sicília, que apreciava sua companhia amável e generosa. Porém nada disso a atraía ou estimulava. Sabia que sua vocação era servir a Deus e ansiava pela vida monástica.

Aos quatorze anos, levando consigo apenas um crucifixo, abandonou de vez a Corte e refugiou-se, solitária, numa caverna nos arredores de Palermo. O local pertencia ao feudo paterno e era um local ideal para a reclusão monástica. Ficava próximo do Convento dos beneditinos, que possuía uma pequena igreja anexa. Assim, mesmo vivendo isolada, podia participar das funções litúrgicas e receber orientação espiritual.

Depois, a jovem ermitã transferiu-se para uma gruta no alto do monte Pelegrino, que lhe fora doado pela amiga, a rainha Margarida. Lá já existia uma pequena capela bizantina e, também, nos arredores, os beneditinos com outro Convento. Eles puderam acompanhar e testemunhar com seus registros a vida eremítica de Rosália, que viveu em oração, solidão e penitência. Muitos habitantes do povoado subiam o monte atraídos pela fama de santidade da ermitã. Até que, no dia 4 de setembro de 1160, Rosália morreu, na sua gruta de monte Pelegrino, em Palermo.

Vários milagres foram atribuídos à intercessão de santa Rosália, como a extinção da peste que no século XII devastava a Sicília. O seu culto difundiu-se, enormemente, entre os fiéis, que a invocavam como padroeira de Palermo, embora para muitos essa celebração fosse apenas uma antiga tradição oral cristã, por falta de sinais reais da vida da santa. Sinais que o estudioso Otávio Gaietani não conseguiu encontrar antes de morrer, em 1620.

Só três anos depois tudo foi esclarecido, parece que pela própria santa Rosália. Consta que ela teria aparecido a uma mulher doente e contado onde estavam escondidos os seus restos mortais. Essa mulher comunicou aos frades franciscanos do convento próximo de monte Pelegrino, os quais, de fato, encontraram suas relíquias no local indicado, no dia 15 de junho de 1624.

Quarenta dias após a descoberta dos ossos, dois pedreiros, trabalhando no Convento dos dominicanos de Santo Estêvão de Quisquínia, acharam numa gruta uma inscrição latina, muito antiga, que dizia: "Eu, Rosália Sinibaldi, filha das rosas do Senhor, pelo amor de meu Senhor Jesus Cristo decidi morar nesta gruta de Quisquínia". Isso confirmou todos os dados pesquisados pelo falecido Gaietani.

A autenticidade das relíquias e da inscrição foi comprovada por uma comissão científica, reacendendo o culto a santa Rosália, padroeira de Palermo. Contribuiu para isso, também, o papa Ubaldo VIII, que incluiu as duas datas no Martirológio Romano, em 1630. Assim, santa Rosália é festejada em 15 de junho, data em que suas relíquias foram encontradas, e em 4 de setembro, data de sua morte. A urna com os restos mortais de santa Rosália está guarda no Duomo de Palermo, na Sicília, Itália.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

PAIS DA IGREJA: São Gregório Magno (Parte 1/7)

S. Gregório Magno | ECCLESIA

São Gregório Magno

«Antologia»

«Ele viu-o e encheu-se de piedade»

Exposição sobre os sete salmos da penitência, PL 79, 581

Ó Senhor Jesus, que tu tenhas a bondade de te aproximar de mim, movido pela piedade. Descendo de Jerusalém para Jericó, cais das alturas no nosso fosso, de um lugar onde os seres estão cheios de vida, para uma terra de doentes. Vê: eu caí nas mãos dos anjos das trevas que, não só me despiram as vestes da Graça, mas depois de me terem posto às cambalhotas, deixaram-me semi-morto. Que Tu cures as chagas dos meus pecados depois de me teres dado a esperança de encontrar a saúde, não vão piorar se eu vier a perder a esperança na cura. Que queiras ungir-me com o óleo do teu perdão e verter sobre mim o vinho da compunção. Se me levasses na tua montada, então é que «erguerias o fraco da poeira» e «retirarias o pobre do lixo» (Sl 112,7).

É que Tu és Aquele que transportou os nossos pecados, Aquele que pagou por nós uma dívida que não contraíra. Se Tu me conduzisses ao abrigo da tua Igreja, dar-me-ias de alimento a refeição do teu corpo e do teu sangue. Se tomasses conta de mim, eu não voltaria a desobedecer às tuas ordens, não atrairia mais sobre mim a raiva das feras furiosas. É que preciso muito dos teus cuidados, porquanto envergo esta carne sujeita ao pecado. Escuta-me pois, a mim, o samaritano despojado e ferido, chorando e gemendo, chamando por Ti e gritando com David: «Piedade para mim, ó Deus, segundo a tua grande ternura».

«Que o amor nos atraia a segui-lo»

Homilias sobre os Evangelhos, n° 29

"O Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi elevado ao céu e sentou-se à direita de Deus" (Mc 16,19). Partia assim para o lugar de onde era, regressava de um lugar onde continuava a permanecer; com efeito, no momento em que subia ao céu com a sua humanidade, unia pela sua divindade o céu e a terra. O que temos de destacar na solenidade de hoje, irmãos bem amados, é a supressão do decreto que nos condenava e do julgamento que nos votava à corrupção. Na verdade, a natureza humana a quem se dirigem estas palavras: "Tu és terra e regressarás à terra" (Gn 3,19), essa natureza subiu hoje ao céu com Cristo. É por isso, caríssimos irmãos, que temos de segui-lo com todo o nosso coração, até ao lugar onde sabemos pela fé que Ele subiu com o seu corpo. Fujamos dos desejos da terra: que nenhum dos lugares cá de baixo nos entrave, a nós que temos um Pai nos céus.

Pensemos também no facto de que aquele que subiu aos céus cheio de suavidade regressará com exigência... Eis, meus irmãos, o que deve guiar a vossa acção; pensai nisso continuamente. Mesmo se estais presos na confusão dos assuntos deste mundo, lançai desde hoje a âncora da esperança para a pátria eterna (He 6,19). Que a vossa alma procure apenas a verdadeira luz. Acabamos de ouvir que o Senhor subiu ao céu; pensemos seriamente naquilo em que acreditamos. Apesar da fraqueza da natureza humana que nos retém ainda cá em baixo, que o amor nos atraia a segui-lo, porque estamos certos de que aquele que nos inspirou este desejo, Jesus Cristo, não nos decepcionará na nossa esperança.

FONTE:

Evangelho Cotidiano

Fonte: https://www.ecclesia.org.br/

Divulgado o programa da viagem do Papa à Hungria e Eslováquia

Logotipo da Viagem Apostólica do Papa à Eslováquia de 12 a 15 de setembro próximo |
Vatican News

A viagem apostólica do Papa Francisco à Hungria e Eslováquia está programada de 12 a 15 de setembro próximo.

Vatican News

Foi divulgado, nesta quarta-feira (21/07), o programa da viagem apostólica do Papa Francisco à Hungria e Eslováquia de 12 a 15 de setembro próximo.

Domingo, 12 de setembro

O Santo Padre partirá no domingo, 12 de setembro, do Aeroporto Internacional de Roma/Fiumicino para Budapeste, às 6h da manhã. A chegada ao Aeroporto Internacional de Budapeste está prevista para às 7h45, onde haverá a cerimônia oficial de boas-vindas.

Depois, às 8h45, o Papa se encontrará com o presidente húngaro e com o primeiro-ministro no Museu de Belas Artes de Budapeste. A seguir, no mesmo local, haverá o encontro com os bispos às 9h15 e Francisco fará um discurso.

Às 10h, haverá o encontro com os representantes do Conselho Ecumênico das Igrejas e algumas Comunidades Judaicas da Hungria, no Museu de Belas Artes de Budapeste. Ali, Francisco fará o seu segundo discurso.

Às 11h30, o Papa celebrará a Santa Missa de encerramento do 52º Congresso Eucarístico Internacional, na Praça dos Heróis, em Budapeste, onde fará a homilia e o Angelus.

Às 14h30, haverá a Cerimônia de Despedida no Aeroporto Internacional de Budapeste e às 14h40 parte para Bratislava, na Eslováquia, onde chegará por volta das 15h30 ao aeroporto internacional da capital eslovaca. No Aeroporto Internacional de Bratislava, haverá a cerimônia de boas-vindas.

Às 16h30, o encontro ecumênico na Nunciatura Apostólica de Bratislava onde o Papa fará um discurso. Às 17h30, haverá o encontro privado com os membros da Companhia de Jesus na Nunciatura Apostólica de Bratislava.

Segunda-feira, 13 de setembro

Na segunda-feira, 13 de setembro, às 9h15, haverá a cerimônia de boas-vindas no Palácio Presidencial em Bratislava, e às 9h30, a visita de cortesia ao presidente da Eslováquia na Sala de Ouro do Palácio Presidencial de Bratislava.

Às 10h, o Papa se encontrará com as autoridades, a sociedade civil e o corpo diplomático no jardim do Palácio Presidencial de Bratislava, onde fará seu segundo discurso no país.

 Às 10h45, o Santo Padre se encontrará com os bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas, seminaristas e catequistas na Catedral de São Martinho, em Bratislava, onde fará um discurso.

Às 16h, o Papa fará uma visita privada ao "Centro Belém" em Bratislava. A seguir, às 16h45, se encontrará com a Comunidade Judaica na Praça Rybné námestie, em Bratislava. Ali, haverá mais um discurso do Pontífice.

Às 18h, a visita do presidente do Parlamento na Nunciatura Apostólica de Bratislava. Às 18h15, a visita do primeiro-ministro na Nunciatura Apostólica de Bratislava.

Terça-feira, 14 de setembro

Na terça-feira 14 de setembro, o Santo Padre partirá de Bratislava de avião às 08h10 da manhã para Košice onde chegará por volta das 9h.

Às 10h30, haverá a Divina Liturgia Bizantina de São João Crisóstomo presidida pelo Santo Padre na Praça do Mestská športová hala, em Prešov. Ali, Francisco fará a homilia.

Às 16h, o Santo Padre se encontrará com a Comunidade Cigana no bairro Luník IX, em Košice, onde fará uma saudação.

Às 17h, haverá o encontro com os jovens no Estádio Lokomotiva em Košice, onde o Papa fará um discurso. Às 18h30, o Papa parte de avião para Bratislava onde chegará por volta das 19h30 ao Aeroporto Internacional de Bratislava.

Quarta-feira, 15 de setembro

Na quarta-feira, 15 de setembro, último dia da viagem apostólica, às 09h10 da manhã, haverá o momento de oração com os bispos no Santuário Nacional de Šaštin. A seguir, às 10h, o Santo Padre celebrará a missa neste mesmo santuário onde fará sua homilia.

Às 13h30, haverá a cerimônia de despedida no Aeroporto Internacional de Bratislava. Às 13h45, o Papa partirá para Roma onde chegará por volta das 15h30 ao Aeroporto Internacional de Roma/Ciampino.

Fonte: Vatican News

Bispo propõe texto alternativo ao Caminho Sinodal Alemão

Dom Rudolf Voderholzer, bispo de Regensburg, Alemanha /
Crédito: Julia Wätcher

REGENSBURGO, 03 set. 21 / 09:55 am (ACI).- O bispo de Regensburg propôs, nesta sexta-feira, um texto alternativo ao Caminho Sinodal Alemão. Dom Rudolf Voderholzer, um dos maiores críticos às propostas feitas pelos bispos e leigos reunidos no caminho sinodal, apresentou suas sugestões através em uma nova página lançada em 3 de setembro. “Estamos convencidos de que só um Caminho Sinodal que se empreenda junto e por toda a Igreja pode ser sólido e alcançar seu objetivo. A Igreja inteira não é apenas a Igreja universal, mas também a Igreja primitiva e a Igreja dos santos que já chegaram ao seu destino”, disse o bispo. “Seu fundamento é Deus-Homem Jesus Cristo, que está verdadeiramente presente na Eucaristia e a partir dela se edifica a Igreja”.

O Caminho Sinodal Alemão é um processo iniciado em 2019 que reúne bispos e leigos para discutir quatro temas principais: a forma como se exerce o poder na Igreja, a moral sexual, o sacerdócio e o papel da mulher. Há propostas de ordenação de mulheres, fim do celibato sacerdotal e aceitação da homossexualidade. O caminho sinodal pretende que suas decisões sejam vinculantes. O papa Francisco criticou essa intenção porque os temas discutidos são da alçada da Igreja universal e não das igrejas particulares em cada país.

Na apresentação da página, dom Rudolf Voderholzer escreveu: “Estamos nos unindo ao Caminho Sinodal, mas estamos cada vez mais convencidos de que não alcançará seu objetivo se continuar com o caminho que tem tomado até agora”.

Uma sessão plenária do caminho sinodal está marcada para os dias 30 de setembro a 30 de outubro em Frankfurt, sudoeste da Alemanha. Será a segunda reunião da assembleia sinodal, órgão supremo de tomada de decisões do caminho sinodal, integrada pelos bispos alemães, 69 membros do Comitê Central laico dos católicos alemães (Zdk) e representantes de outras áreas da Igreja na Alemanha.

Dom Voderholzer, bispo de Regensburg e professor de teologia dogmática, escreveu: “Nesta página você encontrará, entre outras coisas, textos alternativos, comentários e declarações do Vaticano sobre os temas e fóruns do Caminho Sinodal, sobre os quais apresentamos o nosso ponto de vista”.

“Baseamo-nos em argumentos e na 'sã doutrina'. Apresentamos os argumentos da melhor forma que pudemos e se incorporaram ao processo do Caminho Sinodal, mas devido à maioria que prevalece ali, não foram levados em conta até agora”.

A página inclui um documento de 36 páginas chamado “Autoridade e responsabilidade”, que oferece uma alternativa ao texto apoiado pelos membros do Fórum I do Caminho Sinodal, dedicado à forma como se exerce o poder na Igreja.

O documento é o primeiro de uma série que também abordará os temas dos outros três fóruns sinodais.

Colaboraram com o documento: o padre Wolfgang Picken, decano da cidade de Bonn; Marianne Schlosser, professora de Teologia em Viena, Áustria; a jornalista Alina Oehler; e o bispo auxiliar de Augsburgo, dom Florian Wörner. Eles expressaram sua preocupação pela direção tomada pelo caminho sinodal.

“No debate atual sobre a renovação da Igreja, cuja necessidade se tornou óbvia através da crise de abusos, muitas vezes são apresentadas posições cujos conteúdos não têm uma conexão segura com a reavaliação ou prevenção do abuso de poder dentro da Igreja”, escreveram.

“Portanto, os chamados à introdução da ordenação de mulheres ou o desejo de uma adaptação integral das estruturas da Igreja aos padrões das democracias modernas (especialmente no que diz respeito à separação de poderes), bem como as dúvidas sobre a autoridade espiritual do ministério ordenado, o pedido de sua constante dessacralização ou uma reorganização de grande alcance da moral sexual da Igreja são componentes de uma agenda de reforma cujas origens se encontram muito antes da crise de abuso e só se associaram secundariamente com ela”.

Os autores também garantiram que “tal combinação de interesses não responde à séria preocupação com que se iniciou o Caminho Sinodal e traz consigo o perigo de novas divisões dentro da Igreja alemã, assim como em sua relação com o Vaticano e a Igreja universal...”.

“Se você tem a esperança de que a maioria dos votos de uma assembleia sinodal alemã pode levar a mudanças na doutrina oficial da Igreja e direito canônico universal ou pelo menos legitimar um Sonderweg (estrada especial) alemão em questões da doutrina da fé e da moral, o resultado final ameaça ser uma potenciação da frustração que esgota a energia que já se associou durante décadas com a luta por reformas radicais na Igreja Católica".

“O Caminho Sinodal alemão faria bem em evitar tais decepções, estabelecendo as prioridades corretas de antemão. Só então será possível encaixar, de maneira frutífera, com o processo sinodal para toda a Igreja, que o Papa Francisco iniciou na primavera de 2021”.

O documento propõe 14 “teses” sobre “um novo enfoque do poder e do abuso de poder na Igreja”.

Dom Voderholzer, eleito bispo de Regensburg em 2012, foi uma das vozes mais críticas ao caminho sinodal. Junto com o cardeal Rainer Woelki, arcebispo de Colônia, ele redigiu estatutos alternativos para guiar o processo. A proposta foi rejeitada pelo conselho permanente dos bispos alemães em agosto de 2019.

Um mês depois, o bispo de Regensburg votou contra os estatutos adotados pelos bispos alemães por uma margem de 51 a 12.

“Após um debate de muitas horas, houve algumas melhorias”, disse. “Mas deixei claro em várias ocasiões que a orientação temática dos fóruns parece passar pela realidade da crise de fé em nosso país”, afirmou.

Em fevereiro de 2020, dom Volderholzer disse que havia detectado um “despotismo autoritário” nos trâmites do caminho sinodal e em setembro do mesmo ano criticou duramente um texto elaborado pelo fórum sobre o papel da mulher.

Fonte: ACI Digital

PALAVRA DE ÂNIMO PARA CATEQUISTAS

Regional Leste 1 | CNBB

Dom Aloísio Alberto Dilli
Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)

Queridas e caros catequistas. No final do mês vocacional costumamos lembrar vosso dia e sempre que surge oportunidade para dirigir uma palavra a vocês aflora no coração um sentimento de especial estima e profunda gratidão. Vocês catequistas são os discípulos missionários de nossas comunidades que têm uma nobre missão, definida assim pelo nosso querido Papa Francisco: “Ser catequista é uma vocação de serviço na Igreja; que se recebeu como um dom do Senhor que, por sua vez, será transmitido aos demais” (Simpósio Internacional sobre Catequese – 2017). Trata-se, portanto, da graça de acompanhar crianças, jovens ou adultos para que se encontrem com Deus ou se aproximem mais da presença divina, em suas vidas. Sim, caros e queridas catequistas, vossa missão é de nobreza ímpar e das mais belas na vida da Igreja. A que valor comparar o dom de ajudar alguém no caminho que conduz ao encontro de Deus, fonte, sentido e destino de nossa vida?

Contudo, vosso serviço de anúncio insistente do querigma (primeiro e principal anúncio) e de seu constante amadurecimento na vida cristã pela mistagogia (conduzir sempre mais para dentro do mistério) não se esgota no acompanhamento para o encontro com o divino, pois este nos conduz necessariamente ao encontro de outras pessoas, nossos irmãos e irmãs da comunidade eclesial, os quais encontraram o mesmo Senhor. Afirma o Documento de Aparecida que “não pode existir vida cristã fora da comunidade… O discípulo participa na vida da Igreja e no encontro com os irmãos, vivendo o amor de Cristo na vida fraterna solidária” (DAp 278d).

Portanto, longe de levar a intimismos religiosos ou a grupos isolados, a catequese conduz ao encontro do Senhor e dos irmãos e irmãs, dentro da comunidade cristã. E mais, junto com esse processo de amadurecimento, brotará a responsabilidade missionária, pois “a missão é inseparável do discipulado” (DAp 278e). O fiel iniciado sente a necessidade de compartilhar com os outros a sua alegria: “Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria” (DAp 28). Nunca podemos esquecer o que o Papa São Paulo VI dizia, logo após o Concílio Vaticano II (1975): “A Igreja existe para evangelizar” (EN 14). O mesmo Concílio já havia declarado que, a partir do nosso batismo, todos adquirimos a mesma dignidade; todos somos chamados à santidade; todos estamos comprometidos a participar da realização do Reino de Deus (cf. LG 39).

Para exercer tão importante missão dentro da Igreja, o primeiro catequizando deve ser o próprio catequista. Também ele ou ela está em constante caminho de encontro com o Senhor. Também ele ou ela participa da comunidade e da realização do Reino de Deus. Ser catequista implica num esforço constante de viver o que se transmite aos demais. Diz o Papa Francisco: “Quanto mais Jesus ocupar o centro de nossas vidas, tanto mais nos faz sair de nós mesmos, nos descentraliza e nos torna mais próximos dos outros… para dar testemunho de Jesus, falar de Jesus, e pregar Jesus” (Idem – Simpósio Internacional).

Para ser catequista, portanto, não basta saber a doutrina e transmiti-la aos demais, mesmo que isto seja também importante, mas é antes de tudo uma questão de testemunho de vida. Para que isso aconteça, não pode faltar o alimento sagrado do Pão da Palavra de Deus e dos Sacramentos. Bebamos, pois, desta fonte que alimenta nosso coração de catequistas e assim possamos transmitir a Palavra que contém “espírito e vida” (cf. Jo 6,63) e ela se torne a “alma da missão evangelizadora da Igreja” (Doc 97 da CNBB, n. 32). O Senhor vos abençoe!

Fonte: CNBB

O ativismo ambiental também deveria proteger o nascituro

Shutterstock | zffoto
Por Philip Kosloski

É louvável proteger o meio ambiente, mas os nascituros e os vulneráveis não deveriam ser negligenciados no processo.

Durante as últimas décadas, a Igreja enfatizou a necessidade de cuidar da criação de Deus e fazer tudo o que pudermos para preservar o mundo natural para as gerações futuras.

Este tipo de defesa do meio ambiente está mais claramente exposto na encíclica Laudato si’, do Papa Francisco.

No entanto, ainda há uma desconexão no mundo moderno entre proteger o meio ambiente e proteger a vida humana.

Ativismo

Para alguns ativistas ambientais, os seres humanos são vistos como um flagelo para a terra, e vários meios artificiais de contracepção são fortemente defendidos para limitar a população.

Tanto o Papa Bento XVI quanto o Papa Francisco falaram contra tal desconexão, exortando todos a respeitarem o meio ambiente e a vida humana em todas as suas etapas.

Em sua encíclica Caritas in veritate, o Papa Bento XVI deixou isso muito claro.

Para preservar a natureza não basta intervir com incentivos ou penalizações económicas, nem é suficiente uma instrução adequada. Trata-se de instrumentos importantes, mas o problema decisivo é a solidez moral da sociedade em geral. Se não é respeitado o direito à vida e à morte natural, se se tornam artificiais a concepção, a gestação e o nascimento do homem, se são sacrificados embriões humanos na pesquisa, a consciência comum acaba por perder o conceito de ecologia humana e, com ele, o de ecologia ambiental. É uma contradição pedir às novas gerações o respeito do ambiente natural, quando a educação e as leis não as ajudam a respeitar-se a si mesmas.

(CV 51)

Visão integral

Precisamos ter uma visão holística quando se trata de proteger o mundo natural, e não apenas escolher algum lado, mas sim proteger a natureza e os seres humanos.

O Papa Francisco foi ainda mais explícito na Laudato si’falando contra o aborto em sua encíclica sobre o meio ambiente.

Uma vez que tudo está relacionado, também não é compatível a defesa da natureza com a justificação do aborto. Não parece viável um percurso educativo para acolher os seres frágeis que nos rodeiam e que, às vezes, são molestos e inoportunos, quando não se dá protecção a um embrião humano ainda que a sua chegada seja causa de incómodos e dificuldades: «Se se perde a sensibilidade pessoal e social ao acolhimento duma nova vida, definham também outras formas de acolhimento úteis à vida social».

(LS 120)

Somos desafiados a escolher a vida em todos os sentidos, sendo administradores responsáveis da terra, mas não à custa da vida humana.

Fonte: Aleteia

Damares Alves repudia recomendação de Conselho de Direitos Humanos sobre teleaborto

Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos
Humanos. Foto: Neila Rocha (ASCOM/SEAPC/MCTI)

BRASILIA, 02 set. 21 / 11:09 am (ACI).- A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, publicou na quarta-feira, 1º de setembro, uma nota de repúdio a uma recomendação do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) que pede a liberação do aborto por telemedicina.  A ministra afirmou que “o aborto não é reconhecido como direito humano” e que a recomendação do conselho “põe em risco a vida das mulheres”.

No início de agosto, o Conselho Nacional dos Direitos Humanos publicou a Recomendação n.29, por meio da qual pede que Ministério da Saúde “se abstenha de criar embaraços ao serviço de aborto legal via telessaúde oferecido pelo Núcleo de Atenção Integral a Vítimas de Agressão Sexual do Hospital de Clínicas de Uberlândia, vinculado à Universidade Federal de Uberlândia (NUAVIDAS HC/UFU), bem como a quaisquer serviços similares desenvolvidos em outras instituições de saúde” e que “assegure às mulheres e meninas o acesso ao aborto legal, inclusive com recurso ao atendimento por telemedicina, através do Sistema Único de Saúde – SUS”. Faz ainda recomendações semelhantes ao Conselho Federal de Medicina, às defensorias públicas estaduais e da União e do Ministério Público (estaduais e federal). Além disso, defende a cartilha para aborto em casa do Hospital de Clínicas de Uberlândia (MG), ligado à Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

O Conselho Nacional dos Direitos Humanos é um órgão colegiado que, segundo define o site da presidência, tem como “finalidade a promoção e a defesa dos direitos humanos no Brasil através de ações preventivas, protetivas, reparadoras e sancionadoras das condutas e situações de ameaça ou violação desses direitos, previstos na Constituição Federal e em tratados e atos internacionais ratificados pelo Brasil”. Entre suas atribuições estão, por exemplo, “fiscalizar e monitorar as políticas públicas de direitos humanos e o programa nacional de direitos humanos, podendo sugerir e recomendar diretrizes para a sua efetivação” e “expedir recomendações a entidades públicas e privadas envolvidas com a proteção dos direitos humanos”, entre outras.

O CNDH é composto por 22 membros. Desses, 11 são representantes do poder público, designados pelos ministros, chefes ou presidentes das respectivas instituições. Compõem esta representação o secretário especial de direitos humanos, o procurador-geral da República, dois deputados federais, dois senadores, um representante de entidade de magistrados e também do ministério das Relações Exteriores, do ministério da Justiça, da Polícia Federal e da Defensoria Pública da União. Os outros 11 membros são da sociedade civil, dos quais um é da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), um do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos estados e da União e nove representantes eleitos. Neste caso, as organizações interessadas podem se habilitar ao processo eleitoral e a votação ocorre em um encontro nacional. Todos os mandatos tem duração de dois anos.

Na nota de repúdio, Damares Alves diz que o ministério “respeita o Conselho Nacional dos Direitos Humanos, na medida em que este exerce regularmente as suas atribuições legais”. Entretanto, adverte que a recomendação sobre o aborto por telemedicina “não corresponde aos ditames da legislação brasileira, nem à orientação do Governo Federal”.

No Brasil, não existe “aborto legal” como afirma a recomendação do CNDH. A prática do aborto é crime no país e não é punível apenas em três situações: gravidez decorrente de estupro, risco para a vida da mãe e bebê com anencefalia.

A ministra recorda em sua nota que “o aborto não é reconhecido como direito humano, nem nas disposições da Constituição Federal, nem tampouco na ordem internacional”. Pelo contrário, diz, “é a vida que exsurge como direito fundamental, tanto no caput do art. 5º da Constituição Federal, como no art. 3 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, no art. 4 da Convenção Americana dos Direitos Humanos e no art. 6 do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos”.

Além disso, afirma que a recomendação do CNDH “põe em risco a vida das mulheres, dada a incompatibilidade do uso da telemedicina na execução de aborto, consistente nas complicações inerentes ao procedimento realizado fora do ambiente hospitalar e sem acompanhamento médico presencial, conforme já alertado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM)”.

Aborto por telemedicina

Em maio deste ano, Ministério Público da União e a Defensoria Pública da União pediram ao Ministério da Saúde, à Anvisa e ao Conselho Federal de Medicina que fossem adotadas providências contra a cartilha para aborto em casa do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia.

A cartilha orienta a prática do aborto medicamentoso feito em casa, pela própria mulher, com orientação remota de um médico. Assim, a paciente receberia pelos Correios o medicamento abortivo misoprostol e realizaria o procedimento em casa. Esta recomendação da cartilha é justificada com base na portaria 467/20, do Ministério da Saúde e na lei 13.989 de 2020, que permitem o uso da telemedicina devido à pandemia de covid-19.

Após ser interpelado pela Procuradoria da República em Minas Gerais e a Defensoria Nacional dos Direitos Humanos, o Ministério da Saúde publicou uma nota informativa orientando os profissionais da saúde de que o procedimento de aborto não pode ser feito por telemedicina. “O Departamento de Ações Programáticas Estratégicas não considera essa legislação suficientemente autorizadora para que esse tipo de procedimento seja realizado por atendimento via Telessaúde”, diz o documento.

Segundo o ministério, “o abortamento é um plexo de ações de várias especialidades, contendo, inclusive um procedimento clínico, que não está autorizado para ser realizado por Telemedicina e que deve – obrigatoriamente – ser acompanhado presencialmente por um médico no ambiente hospitalar, onde se tem todos os aparelhos e recursos para salvaguardar a mulher de eventuais intercorrências, as quais, aliás – e, infelizmente – são muito comuns nestes casos”.

A Anvisa e o Conselho Federal de Medicina (CFM) também se pronunciaram contra a prática do teleaborto e recordaram que o medicamento citado pelo cartilha, o misoprostol, só pode ser utilizado em hospitais. “As informações para administração do medicamento estão contidas na bula do produto aprovada pela Agência, das quais destaca-se a seção Posologia e Modo de usar, destinada aos profissionais de saúde e traz a restrição de uso do produto ao ambiente hospitalar e que sua manipulação deve ser feita por especialista”, disse comunicado da Anvisa.

“Para que não restem quaisquer dúvidas em relação ao caso, informamos que este Conselho Federal é frontalmente contrário a realização do procedimento de aborto legal por meio de telemedicina e fora do ambiente hospitalar”, afirmou o CFM por meio de comunicado.

Em agosto, uma decisão preliminar da juíza federal substituta Thatiana Cristina Nunes Campelo, da Justiça Federal da 1ª Região, considerou que o teleaborto feito com misoprostol seria “seguro”. A juíza indeferiu o pedido de tutela de urgência de uma ação movida pelo Ministério Público Federal para a realização de abortos por telemedicina no Brasil.

Nunes Campelo afirmou que o teleaborto seria “recomendado pela Organização Mundial de Saúde e por profissionais médicos ginecologistas e obstetras” e que se justificaria “como meio de se evitar à exposição ao contágio pelo coronavírus no ambiente hospitalar em razão de internações desnecessárias, além de liberar leitos e profissionais”.

Fonte: ACI Digital

O convite do Movimento Laudato Si para o Tempo da Criação

Criança indígena brinca nas águas da região amazônica | Vatican News

A celebração ecumênica tem início neste 1º de setembro, Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, e se concluirá no dia 4 de outubro, festa de São Francisco de Assis. O tema deste ano é “Uma casa para todos? Renovando o Oikos de Deus".

Vatican News

Movimento Laudato Si divulgou o seguinte comunicado em vista das celebrações para o Tempo da Criação:

O Papa Francisco exorta os católicos a se unirem ao Tempo da criação em uma declaração conjunta histórica. O recente relatório da ONU deixa claro que uma ação urgente é necessária agora, e todos os cristãos podem viver sua fé defendendo nossa Casa Comum antes da COP26. Recursos gratuitos e maneiras de celebrar este tempo estão disponíveis em tempodacriação.org

Semanas antes de os líderes mundiais se reunirem na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, o Papa Francisco exortou nesta quarta-feira todos os católicos a trabalharem por nossa casa comum durante o Tempo da Criação.

Em seu Angelus dominical, Sua Santidade advertiu que "o clamor da Terra e o clamor dos pobres são cada vez mais graves e alarmantes". E continuou exortando todos os católicos a tomarem “ações decisivas e urgentes para transformar esta crise em uma oportunidade”.

O recente relatório climático das Nações Unidas deixa claro que a crise climática já está afetando os membros da criação de Deus e que está acabando o tempo para a humanidade para evitar os piores efeitos da crise ecológica e a emergência climática.

Além disso, no vídeo do Papa para o mês de setembro, divulgado nesta quarta-feira, o Papa Francisco pede a todos que questionemos nosso modo de vida e nos encaminhemos "para estilos de vida mais simples e ecologicamente corretos".

https://youtu.be/3CdYN5dqUXE

O primeiro passo nesse caminho é participar do Tempo da Criação, a celebração anual de oração e ação pela nossa casa comum. Visto que os cristãos representam mais de 25% da população mundial, eles realmente têm o potencial de mudar suas comunidades e o mundo para melhor nas próximas cinco semanas.

A celebração ecumênica começa hoje, 1º de setembro, Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, e termina no dia 4 de outubro, festa de São Francisco de Assis, o padroeiro da ecologia amado por muitas denominações cristãs.

Um encontro ecumênico mundial de oração abriu oficialmente a temporada nesta quarta-feira, às 13h00. A reunião incluiu orações da tradição de cristãos nativos e convidou os participantes a explorar mais profundamente o tema do Tempo da Criação deste ano, "Uma casa para todos? Renovando o Oikos de Deus", baseado no Salmo 24, 1. O momento de oração foi transmitido ao vivo nos canais YouTube e Facebook do Tempo da Criação.

Os católicos são incentivados a usar o Guia da celebração do Tempo da Criação, que é gratuito, e a mostrar à família cristã mundial como eles atuam registrando seus eventos em seasonofcreation.org

Com o início da COP26 no próximo mês, agora é também um momento crucial para que os católicos advoguem pelos mais pequenos, assinando a petição "Planeta saudável, pessoas saudáveis", que diz aos líderes mundiais como eles devem cuidar da criação de Deus.

Dom Bruno-Marie Duffé, secretário do Dicastério do Vaticano para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral, convidou os católicos a assinar e promover a petição. “Este Tempo de Criação será também um momento crítico para os católicos levantarem a voz dos mais vulneráveis ​​e advogar em seu nome, escreveu Duffé.

Os recursos gratuitos disponíveis em tempodacriação.org ajudarão os católicos a coletar assinaturas e organizar eventos para assinar a petição, tanto on-line quanto pessoalmente. Mais informações também poderão ser encontradas no mesmo site.

Fonte: Vatican News

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF