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terça-feira, 2 de setembro de 2025

A dor do Papa pelas tragédias no Sudão e no Afeganistão

Deslizamento de terra no Sudão (Vatican News)

A dor do Papa pela tragédia no Sudão: deslizamento de terra matou mais de mil pessoas

Leão XIV expressa em um telegrama sua proximidade com todas as pessoas afetadas pela tragédia que atingiu uma aldeia no centro do Sudão, destruída por um deslizamento de terra. O balanço sobre o número de vítimas ainda é provisório.

Andrea De Angelis – Vatican News

Dor, proximidade e orações: é o que o Papa Leão XIV assegurou a todas as pessoas afetadas pelo deslizamento de terra que atingiu a aldeia de Tarasin, na região central de Darfur, no Sudão. Em um telegrama assinado pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, e endereçado ao bispo de El Obeid, dom Yunan Tombe Trille Kuku Andali, lê-se que o Pontífice “assegura a todos aqueles que foram atingidos por esta tragédia sua proximidade espiritual. Rezando em particular pelo descanso eterno dos falecidos, por aqueles que choram a sua perda e pelo resgate das muitas pessoas ainda desaparecidas”, o Papa “dá o encorajamento às autoridades civis e à equipe de emergência em seus contínuos trabalhos de socorro”. Leão XIV, então, conclui a mensagem invocando ao país consolo e bênção divina.

O deslizamento de terra

Haveria apenas um sobrevivente, segundo informações de um grupo rebelde que controla a área em Darfur, na parte ocidental do Sudão, onde na noite desta segunda-feira (01/09) ocorreu um enorme deslizamento de terra que causou mais de mil vítimas e destruiu parte de uma região conhecida pela produção de frutas cítricas.

“Uma tragédia humanitária para todo o país”

O governador de Darfur, Minni Minnawi, aliado do exército, definiu o deslizamento de terra como uma “tragédia humanitária que transcende as fronteiras da região” e pediu às organizações humanitárias internacionais “que intervenham com urgência e prestem apoio e assistência neste momento crítico, pois a tragédia é mais do que o nosso povo pode suportar”.

A guerra esquecida no Sudão

Grande parte de Darfur permanece inacessível às ONGs, incluindo a área afetada pelo deslizamento de terra, devido aos combates que limitam gravemente o fornecimento de ajuda humanitária. A guerra no Sudão começou em abril de 2023 e causou até agora mais de 40 mil mortes e pelo menos 13 milhões de deslocados. Há duas semanas, a ONU denunciou que, todos os dias, no campo de refugiados de Abu Shouk, dezenas de pessoas morrem de fome e desnutrição todas as semanas.

Terremoto no Afeganistão (Vatican News)

O pesar do Papa pelas vítimas do terremoto no Afeganistão: mais de 800 pessoas morreram

O balanço é parcial de uma tragédia que já fez quase 3 mil feridos devido a um terremoto de magnitude 6.0 que atingiu a província de Kunar, no leste do país, uma região de difícil acesso das equipes de resgate. É um dos piores desastres naturais da história do país. Em telegrama assinado pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, Leão XIV disse estar "profundamente entristecido" e rezar fervorosamente pelos falecidos, feridos e por aqueles que ainda estão desaparecidos.

Andressa Collet - Vatican News

"Profundamente entristecido pela significativa perda de vidas", o Papa Leão XIV enviou nesta segunda-feira (01/09) um telegrama ao Afeganistão onde equipes de resgate trabalham no resgate de vítimas sob os escombros de um terremoto de magnitude 6.0 que atingiu a província de Kunar, no leste do país, com histórico de tremores e enchentes, e numa região de difícil acesso. A mensagem do Pontífice foi assinada pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin.

O Papa disse rezar fervorosamente pelas almas dos falecidos, pelos feridos e por aqueles que ainda estão desaparecidos, confiando ao Senhor todos os atingidos pelo desastre registrado na noite deste domingo (31/08). Segundo informações das agências de notícias, mais de 800 pessoas morreram e quase 3 mil ficaram feridas. Leão XIV ainda expressou "sincera solidariedade, em particular, àqueles que choram a perda de entes queridos e às equipes de emergência e autoridades civis envolvidas nos esforços de resgate e recuperação. Neste momento difícil para a nação", finalizou o telegrama, o Pontífice invocou "sobre o povo afegão as bênçãos divinas de consolo e força".

Um dos piores desastres do país

O que aconteceu às 23h47 deste domingo (31/08), com um terremoto de magnitude 6.0 e epicentro a 27 quilômetros a nordeste da cidade de Jalalabad, é um desastre natural de proporções inimagináveis e de peso praticamente insustentável para o Estado liderado pelo Talibã, que já enfrenta várias situações de crise humanitária, entre as quais, a gestão de milhões de refugiados expulsos do Irã e do Paquistão. O porta-voz do Ministério da Saúde, Sharafat Zaman, lançou um apelo pedindo ajuda da comunidade internacional para enfrentar o desastre causado pelo terremoto.

Resgates difíceis

Os socorristas têm dificuldade em chegar às áreas afetadas nessas regiões montanhosas na fronteira com o Paquistão, isoladas de qualquer tipo de comunicação. O Ministério da Saúde informou que já mobilizou todos os recursos disponíveis para tentar levar socorro e bens de primeira necessidade às pessoas afetadas. As imagens divulgadas pela agência de notícias Reuters Television mostram helicópteros fazendo o transporte de ida e volta aos hospitais. As equipes de resgate militares estão reduzidas ao mínimo, anunciou o Ministério da Defesa, que conseguiu realizar cerca de 40 voos para transportar um total de 420 mortos e feridos.

Situação humanitária extremamente grave

Este é o terceiro terremoto catastrófico no Afeganistão desde que os talibãs voltaram ao poder em 2021, após a retirada das forças internacionais e o corte do financiamento governamental. O financiamento humanitário também caiu. As agências humanitárias internacionais denunciam a crise esquecida do Afeganistão, onde mais da metade da população precisa de ajuda urgente. Até o momento, segundo o Ministério das Relações Exteriores do país, nenhum governo se prontificou a garantir a ajuda necessária para socorrer a população afetada.

Em uma postagem na rede social X, o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, declarou que os funcionários da ONU presentes no Afeganistão estão trabalhando para fornecer assistência inicial. Também em uma postagem na plataforma social, o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, expressou esperança 

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Evento no DF reúne juventude para celebrar canonização de Carlo Acutis

Foto: O papa Leão XIV marcou a canonização de Carlo Acutis para 7 de setembro - (crédito: divulgação/Site Carlo Acutis)

Intitulado de "Jovens a Caminho da Basílica", o evento contará com presença do arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa.

Por Correio Braziliense

Postado em 01/09/2025

Um dos maiores eventos que reúne a juventude católica vai ocorrer no domingo (7/9), das 7h às 17h, na Basílica Santuário São Francisco de Assis. A atividade vai celebrar canonização de Carlo Acutis, conhecido como "padroeiro da internet". Haverá exposição de relíquia de 1º grau dele.

Segundo os organizadores, será um dia inteiro de música, adoração, bate-papo, confraternização, alegria, louvor e um "verdadeiro caminho para a Santidade". 

Intitulado de Jovens a Caminho da Basílica, o evento contará com presença do arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa. Os jovens poderão ouvir, dialogar e partilhar experiências de fé com o arcebispo. Além disso, os ministérios Nova Primavera e Jovem da Comunidade Shalon são algumas das atrações confirmadas.

Os participantes poderão vivenciar experiências inspiradas no chamado "Kit Santidade" criado por Carlo Acutis. Este "circuito" contará com cinco espaços rotativos, estimulando a vivência prática dos seguintes valores: ir à Santa Missa, confissão, adoração eucarística, oração do Santo Rosário, leitura da Bíblia, devoção ao anjo da guarda e obras de misericórdia.

"Uma caminhada de fé que promete momentos de encontro com Deus e muita espiritualidade", disse a Basílica Santuário São Francisco de Assis. A entrada é gratuita mediante doação de 1kg de alimento, ou objetivos e roupas para campanha social. 

Quem é Carlo Acutis?

Carlo Acutis nasceu em 3 de maio de 1991 em Londres, na Inglaterra, e morreu aos 15 anos, em 12 de outubro de 2006 em Monza, na Itália, após ser acometido por uma leucemia classificada como fulminante. 

Ele usou a tecnologia para evangelizar. Apaixonado pela eucaristia, o jovem criou um site com os principais milagres eucarísticos do mundo. A Basílica Santuário São Francisco de Assis destaca que Carlo viveu uma fé simples, alegre e profunda, mesmo enfrentando a doença. 

Inicialmente, a canonização de Carlo Acutis havia sido marcada para 27 de abril, na Praça de São Pedro, como parte das celebrações jubilares dedicadas aos adolescentes. Com a morte do papa Francisco, em 21 de abril, logo após o domingo de Páscoa, a data foi alterada. O papa Leão XIV marcou a canonização de Carlo Acutis para 7 de setembro.

Programação do evento “Jovens a Caminho da Basílica”

  • 7h - Bênção e abertura dos espaços do Kit Santidade
  • 10h - Conversa com o arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa
  • 11h - Santa Missa
  • 12h Almoço (leve o seu ou compre no local)
  • 16h30 - Bênção final com o Santíssimo
  • 17h - Encerramento
  • * Além disso, haverá apresentações de bandas católicas e pregações com temáticas voltadas para o público jovem. Para maior comodidade, serão oferecidas opções de alimentação no local, com almoço e lanches a preços acessíveis.
Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2025/09/7238787-evento-no-df-reune-juventude-para-celebrar-canonizacao-de-carlo-acutis.html

Por que um adolescente não deve ingerir bebidas alcoólicas

alkoholizm | Shutterstock

Javier Fiz Pérez - publicado em 08/03/19 - atualizado em 01/09/25

Pesquisas mostram que o álcool causa mais danos ao cérebro em desenvolvimento dos adolescentes do que se acreditava.

Pesquisas recentes podem ajudar a explicar por que as pessoas que começam a beber em idade precoce correm um grande risco de se tornarem alcoólatras.

De acordo com os resultados de uma pesquisa realizada nos EUA com 43.093 adultos e publicada em 3 de julho na revista Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine, 47% das pessoas que começam a beber antes dos 14 anos desenvolvem uma dependência em algum momento sua vida, em comparação com 9% daqueles que esperam pelo menos até os 21 anos de idade. A correlação é mantida mesmo quando os riscos genéticos do alcoolismo são levados em conta.

Entre todos os processos de desenvolvimento durante a adolescência, há dois que são de interesse especial.

O primeiro é a melhora sináptica, que ocorre gradualmente ao longo do período da adolescência. Refere-se ao aperfeiçoamento de sinapses ou conexões entre as células cerebrais. Ao nascer, cada célula do cérebro está conectada a outras dez mil, mas nem todas essas conexões serão necessárias. Assim, dependendo do tipo de atividade em que a pessoa está envolvida, as conexões desnecessárias desaparecem e o restante é aperfeiçoado. Assim, o córtex cerebral e a massa cinzenta experimentam uma redução no final de uma adolescência saudável.

O segundo é a mielinização da substância branca. Os axônios são extensões dos neurônios através dos quais o impulso nervoso circula para ativar o processamento da informação no cérebro. Esses axônios são cobertos com uma substância chamada mielina, que favorece que a informação seja processada de forma mais eficiente dentro do cérebro.

Durante a adolescência, muitos desses processos de desenvolvimento ocorrem, estando localizados principalmente na região dos lobos frontais. Se tudo evolui normalmente durante a adolescência, o cérebro ganha efetividade em termos de transmissão de informações com vistas à maturidade.

Problemas de atenção e velocidade

O que acontece então se o álcool é introduzido no corpo durante este período de desenvolvimento significativo?

Os níveis de atenção são significativamente mais baixos em adolescentes que bebem bebidas alcoólicas. Além disso, devido à sua fase de desenvolvimento, o fígado de um menino ou uma menina não está pronto para metabolizar o álcool até os 18 anos. E quanto ao sistema imunológico, o álcool o enfraquece, o que torna o organismo mais vulnerável ​​a todo tipo de doença.

Há também evidências de deterioração na velocidade dos testes de processamento de informações. Esses resultados coincidem com outras investigações, que descrevem uma deterioração no desempenho ao processar informações rapidamente e manter a atenção.

Sinais de alarme

Vejamos alguns dos sintomas para reconhecer se um adolescente está com problemas com álcool.

– Mudanças súbitas no comportamento sem motivo aparente.

– Muito tempo sozinho ou trancado no quarto.

– Chegadas tardias. Atrasos a ausências não justificadas.

– Mudanças significativas no desempenho escolar.

– Falta de interesse em amigos, esportes, entretenimento.

– Perda de apetite.

– Comportamento depressivo.

– Hiperatividade ou fadiga.

– Negligenciar a maneira de vestir ou a higiene pessoal.

– Escapa de casa.

A chave para tudo está nos pais

A presença dos pais é de importância crucial.

Você tem que estar presente. Ouça os adolescentes. Saiba o que eles fazem, onde estão e com quem. Definir limites significa cuidar. Os limites são necessários. Eles permitem diferenciar entre o bem e o mal, o que precisa ser feito e o que não deve ser feito. Sem limites, há vazio, solidão e confusão.

Os pais devem ser as referências em que as crianças e os adolescentes podem se sentir seguros, valorizados e apreciados. A autoridade é valorizada quando expressa com carinho, ternura, abraços e decisões firmes, com a garantia de que amanhã nossos filhos irão apreciar muito a nossa forte presença nos seus anos de crescimento e desenvolvimento.

Fonte: https://pt.aleteia.org/2019/03/08/por-que-um-adolescente-nao-deve-ingerir-bebidas-alcoolicas/

O ministério do catequista: vocação e serviço à Palavra

Ministério de Catequista (CNBB)

O MINISTÉRIO DO CATEQUISTA: VOCAÇÃO E SERVIÇO À PALAVRA

01/09/2025

Dom Anuar Battisti
Arcebispo Emérito de Maringá (PR)

A Igreja, ao longo dos séculos, sempre reconheceu e valorizou a missão de homens e mulheres que, movidos pela fé e pelo amor a Cristo, dedicam-se ao anúncio da Palavra de Deus e à formação dos irmãos na caminhada cristã. Entre esses, estão os catequistas, cujo ministério ocupa lugar de destaque na vida eclesial e missionária. 

O catequista é chamado a ser testemunha viva do Evangelho e colaborador no processo de iniciação à vida cristã. Sua missão não se restringe a transmitir conteúdos doutrinais, mas a conduzir os catequizandos a um encontro pessoal e transformador com Jesus Cristo. Assim, o catequista é, antes de tudo, um discípulo missionário, alguém que se deixa formar pela Palavra e pela Eucaristia para, depois, formar outros. 

O saudoso Papa Francisco, ao instituir oficialmente o ministério do catequista em 2021, recordou que estes são “homens e mulheres chamados a expressar sua competência no serviço da transmissão da fé, que se desenvolve através de diferentes etapas e modalidades”. Esse reconhecimento oficial não é apenas honorífico: ele confirma o valor eclesial e missionário desse serviço, que está no coração da missão da Igreja. 

Ser catequista exige um coração apaixonado por Deus e pelo próximo. O catequista é alguém que acolhe, escuta, acompanha e orienta. Ele se torna presença amiga e referência de fé para crianças, jovens e adultos que buscam aprofundar a vida cristã. Sua missão é particularmente importante em um tempo marcado pela indiferença religiosa, pelo relativismo e pelas crises de sentido que atingem tantas famílias. 

A catequese, no entanto, não pode ser reduzida a um curso ou a uma simples preparação para os sacramentos. Ela é um itinerário de fé, que introduz a pessoa na vida comunitária, na oração e na missão. O catequista é mediador: ajuda o catequizando a compreender e a viver a fé em todas as dimensões da existência. Por isso, deve se esforçar para que cada encontro seja uma verdadeira experiência de Deus, e não apenas uma lição a ser decorada. 

Nesse sentido, o catequista deve cultivar três atitudes fundamentais: 

Ser testemunha – mais do que falar de Jesus, viver como Jesus. Sua vida deve ser coerente com o Evangelho que anuncia. 

Ser servidor da Palavra – meditar diariamente a Sagrada Escritura, buscar formação contínua e abrir-se à ação do Espírito Santo. 

Ser missionário – não se limitar à sala de catequese, mas ajudar as famílias a se tornarem verdadeiras “igrejas domésticas”, onde a fé é partilhada e celebrada. 

O Diretório Geral para a Catequese recorda que a catequese deve estar intimamente ligada à liturgia, à caridade e à vida comunitária. Por isso, outro aspecto essencial é a integração da catequese na vida da paróquia. O catequista é chamado a trabalhar em comunhão com o pároco, com outros agentes de pastoral e com os pais, primeiros educadores da fé. Essa colaboração fortalece a comunidade e torna a catequese mais fecunda. 

Na realidade atual, os catequistas enfrentam desafios grandes: a falta de tempo das famílias, a competição com as tecnologias digitais, a secularização e, muitas vezes, a desvalorização do próprio ministério. Ainda assim, é precisamente nesse cenário que o testemunho do catequista se torna mais necessário. Ele deve ser criativo, perseverante e cheio de esperança, para anunciar Cristo de forma fiel e atraente. 

Não podemos esquecer que o ministério do catequista é também um ato de esperança. Quem se dedica a ensinar a fé acredita que a semente lançada dará frutos, mesmo que não veja imediatamente os resultados. O catequista trabalha com paciência evangélica, confiante na promessa do Senhor: “A Palavra que sair da minha boca não voltará para mim vazia” (Is 55,11). 

Por fim, é importante recordar que a catequese não é uma tarefa individual, mas uma missão eclesial. O catequista não fala em nome próprio, mas em nome da Igreja. Por isso, precisa estar em comunhão com os pastores e com toda a comunidade. Seu serviço não é apenas voluntariado, mas uma vocação específica, um chamado de Deus para ser instrumento de evangelização e de formação de discípulos. 

Rezemos para que nunca faltem à Igreja catequistas generosos, comprometidos e cheios de ardor missionário. Que cada comunidade saiba acolher, formar e valorizar esses servidores da Palavra, que dedicam tempo, dons e vida à semeadura do Evangelho. 

Como recorda São Paulo: “Ai de mim se eu não evangelizar!” (1Cor 9,16). Que essa exortação ressoe no coração de cada catequista, para que sua missão, vivida com humildade e amor, continue sendo fonte de esperança e vida nova para a Igreja e para o mundo. 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Sonho profético de são João Bosco celebrado em Brasília completa 142 anos

Santuário dom Bosco, em Brasília | Monasa Narjara | ACI Digitak.

Por Monasa Narjara*

30 de ago. de 2025

O “sonho-visão” ou sonho profético do fundador dos salesianos, são João Bosco, com uma "terra prometida" localizada entre os “paralelos 15 e 20” do globo terrestre fez 142 anos em 30 de agosto. A visão de dom Bosco aconteceu em 1883, dá exatamente a latitude em que está localizada Brasília, que só foi inaugurada em 21 de abril de 1960 durante o governo do então presidente Juscelino Kubitschek. 

A profecia de dom Bosco, co-padroeiro de Brasília, diz que “entre o grau 15 e o 20, havia uma enseada bastante extensa, que partia do ponto onde se formava um lago” e “uma voz repetidamente” disse a ele: “Quando se vierem cavar as minas escondidas em meio a estes montes, aparecerá aqui a terra prometida, que jorra leite e mel. Será uma riqueza inconcebível".

Segundo o escrito dos salesianos, “toda profecia” de dom Bosco “é, por si só, obscura em seu enunciado, usando em sua expressão termos genéricos e linguagem imaginosa, figurativa”, mas, “mesmo sob este ponto de vista, é admirável notar como dom Bosco situou nitidamente no tempo e no espaço o objetivo de sua previsão”.

Sonho profético de dom Bosco

A profecia de são João Bosco foi relatada por ele durante uma “reunião da Assembleia Geral da Congregação Salesiana, no dia 4 de setembro” do mesmo ano, enquanto o padre salesiano, Lemoyne “recolhia as memórias do santo”, transcrevendo o relato e “submetendo-o à correção de dom Bosco. “Este o examinou com atenção, acrescentando e modificando”, narra as Memórias biográficas de são João Bosco, publicada em 1935.

Dom Bosco contou que "na noite que precedia a festa de santa Rosa de Lima, 30 de agosto”, teve “um sonho”:  “Percebi que estava dormindo e parecia-me, ao mesmo tempo, correr a toda velocidade, a ponto de me sentir cansado de correr, de falar, de escrever e de esforçar-me no desempenho das ocupações costumeiras. Enquanto hesitava se tratava de sonho ou de realidade, pareceu-me entrar em um salão, onde se achavam muitas pessoas, falando de assuntos vários".

“...Nesse interim, aproximou-se de mim um jovem de seus dezesseis anos, amável e de beleza sobre-humana, todo radiante de viva luz, mais clara que a do sol...".

Segundo os salesianos, este jovem que “se apresenta como amigo seu e dos salesianos” acompanhou dom Bosco “durante toda a misteriosa viagem” e “vem, em nome de Deus, dar-lhe um pouco de trabalho”.

São João Bosco relata que este jovem pede que ele “sente-se” a uma mesa que está no meio de um salão, “sobre a qual estava enrolada uma corda” e pede que ele “puxe” esta “corda”. O santo conta que viu “que essa corda estava marcada com linhas e números, como se fosse uma fita métrica” e percebe, “mais tarde, que aquele salão estava situado na América do Sul, exatamente por sobre a linha do Equador, correspondendo os números impressos na corda aos graus geográficos de latitude...".

"Observo que então via tudo de conjunto, como que em miniatura. Depois, como direi, vi tudo em sua real grandeza e extensão. Foram os graus marcados na corda correspondendo exatamente aos graus geográficos de latitude, que me permitiram gravar na memória os sucessivos pontos que visitei, viajando na segunda parte do sonho. Meu jovem amigo continuava: “Pois bem, estas montanhas são como balizas: são um limite. Entre elas e o mar está a messe oferecida aos Salesianos. São milhares, são milhões de habitantes que esperam o seu auxílio: aguardam a fé”, disse dom Bosco destacando que “aquelas montanhas eram as Cordilheiras da América do Sul e aquele mar o Oceano Atlântico...".

Ao escutar a moção do jovem, dom Bosco disse que ia pensando: “Mas para se conseguir isto, vai ser preciso muito tempo” e exclamou em voz alta: “Não sei mais o que responder”. Mas o jovem, lendo seus pensamentos disse: “Isto acontecerá antes que passe a segunda geração”.

“E qual será a segunda geração?”, perguntou o santo. “A presente não se conta. Será uma outra, depois outra”, respondeu o jovem. “E quantos anos compreende cada geração dessas?”, indagou o salesiano. “60 anos”, disse o moço. “E depois?”, perguntou novamente dom Bosco. “Quer ver o que sucederá depois? Venha cá”, falou o jovem.

“E sem saber como, encontrei-me numa estação de estrada de ferro. Havia muita gente. Embarcamos. Perguntei onde estávamos. Respondeu o moço: “Note bem! Observe! Viajaremos ao longo da cordilheira. O senhor tem estrada franqueada também para leste, até o mar. É outro dom do Senhor". Assim dizendo, tirou do bolso um mapa, que mostrava assinalada a diocese de Cartagena (Colômbia). Era o ponto de partida”, relatou o santo dizendo que, “enquanto olhava o mapa, a máquina apitou e o trem se pôs em movimento” e ao longo da viagem aprendeu “coisas belíssimas e inteiramente novas sobre astronomia, náutica, meteorologia, sobre a fauna, a flora e a topografia daqueles lugares, que ele me explicava com maravilhosa precisão...”

Ele também contou que ao olhar “através das janelas do vagão”, via “variadas e estupendas regiões”, com “bosques, montanhas, planícies, rios tão grandes e majestosos que não era capaz de os acreditar assim tão caudalosos, longe que estavam da foz...”. “Meus olhos tinham uma potência visual maravilhosa, não encontrando obstáculos que os detivessem de estender-se por aquelas regiões. Enxergava nas vísceras das montanhas e no subsolo das planícies. Tinha debaixo dos olhos as riquezas incomparáveis daqueles países, riquezas que um dia serão descobertas. Via numerosos filões de metais preciosos, minas inexauríveis de carvão, depósitos de petróleo tão abundantes como nunca se encontraram até então em outros lugares, pontuou o santo.

Mas segundo dom Bosco, isso “não era tudo”, “entre o grau 15 e o 20, havia uma enseada bastante extensa, que partia do ponto onde se formava um lago. Disse então uma voz repetidamente: Quando se vierem cavar as minas escondidas em meio a estes montes, aparecerá aqui a terra prometida, que jorra leite e mel. Será uma riqueza inconcebível".

E continuando sua viagem, ao longo da cordilheira, ele também passou pelas “margens do Uruguai". Segundo o santo, já no fim da viagem, “o jovem guia tirou do bolso uma carta geográfica de incrível beleza” e perguntou a ele se queria “ver a viagem” que ele tinha feitos, “as regiões percorridas?”. E ao dizer que sim, o moço “desdobrou então o mapa, em que se desenhava com admirável exatidão toda a América do Sul”.

“Ademais, já estava representando tudo o que existia, que existe, e haverá de existir naquelas regiões, sem confusão de espécie alguma, pelo contrário, com tal nitidez que, de um só relance, se abrangia tudo. Compreendi tudo no instante, mas, pela multiplicidade das circunstâncias, durou pouco tal clareza, cedendo lugar à completa confusão que ora me ocupa a mente. Enquanto observava aquele mapa, esperando que o rapazinho acrescentasse ainda alguma explicação, agitado que estava-pela surpresa de tudo quanto vira, pareceu-me que soassem as Ave-Marias, ao alvorecer. Despertando, percebi que eram os sinos da paróquia de são Benigno. O sonho durara a noite inteira", finalizou a profecia.

“Embora o objeto” da visão de dom Bosco “não seja exclusivamente nem mesmo explicitamente Brasília, podemos afirmar que dom Bosco viu, em 1883, o que hoje, em parte, é realidade”, diz o escrito enfatizando que isso “reforça” a narração do santo: "Quando vierem explorar as riquezas escondidas neste planalto, surgirá aqui a terra prometida, onde jorrará leite e mel. Será uma riqueza inconcebível". “Ora, a maior repercussão não obteve nenhuma outra descoberta, em outros pontos da referida faixa continental”, frisou os salesianos.

*Monasa Narjara é jornalista da ACI Digital desde 2022 e foi jornalista na Arquidiocese de Brasília entre 2014 a 2015.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/64319/sonho-profetico-de-sao-joao-bosco-celebrado-em-brasilia-completa-142-anos

A esperança na voz de São Paulo Apóstolo

Praça São Pedro - Estátua de São Paulo (Vatican News)

O tema do Jubileu, "A esperança não decepciona", também serve como um chamado para um mundo em busca de paz e renovação. É um convite para que as pessoas se voltem para Deus, encontrem a esperança em sua fé e a compartilhem com o mundo, promovendo fraternidade, solidariedade e um mundo melhor."

Jackson Erpen* - Cidade do Vaticano

Na teologia paulina, a esperança ocupa um lugar central como virtude que sustenta o cristão no caminho da fé. Para São Paulo, não se trata de mero otimismo humano, mas da certeza enraizada na promessa de Deus e na ressurreição de Cristo. Ela projeta o crente para o futuro definitivo, mas atua também no presente, dando forças para enfrentar tribulações. Assim, a esperança é dom do Espírito que alimenta a perseverança e mantém a confiança de que “a glória futura” supera os sofrimentos do agora.

Além disso, Paulo apresenta a esperança como parte inseparável da tríade fé–esperança–caridade. Ela não isola o indivíduo, mas o integra na comunidade, pois é no corpo de Cristo que essa expectativa encontra seu sentido. O apóstolo recorda que a esperança “não decepciona”, porque se apoia no amor de Deus derramado nos corações. 

Depois de "A esperança na boca dos Salmistas" e  "A esperança na boca dos Profetas", Pe. Gerson Schmidt* nos propõe hoje "A esperança na voz de São Paulo Apóstolo":

"Para São Paulo, não crer na ressurreição dos mortos é estar “sem esperança” (1Tess 4,13; 1Cor 15,19; Ef 2,12). Ele mesmo diz que se não cremos na Ressurreição, é vã a nossa fé. O apóstolo dos gentios diz assim: “Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança” (1Tess 4,13). E continua a dizer aos que esperam somente nessa vida terrena: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem” (1Cor 15,19). Diz mais: “Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos aos convênios da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo. Mas agora em Cristo Jesus, vós, que dantes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto”. Paulo alerta para uma realidade nova, a partir da fé em Cristo, para viver uma esperança nova. Com Cristo, há uma nova criatura que não vive mais sem esperança e sem Deus no mundo. Para São Paulo, um batizado já está ressuscitado. Vemos isso na Carta ao Romanos, quando o apóstolo diz: “Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com Ele, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos mais ao pecado. Pois o morto foi justificado do pecado. Sabemos que Cristo, tendo ressuscitado dos mortos, já não morre; a morte já não tem poder sobre ele” (Rm 6,1-7). O verdadeiro cristão já possui nesse mundo o penhor da Vida Eterna e a sua esperança pode assim superabundar. Na mesma carta do apóstolo aos Romanos (15,13) lemos assim: "Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz na fé que vocês têm, para que transbordem de esperança pelo poder do Espírito Santo". Este versículo expressa um desejo para os cristãos, pedindo que Deus, a fonte de esperança, os preencha com alegria e paz através da fé, resultando em uma abundância de esperança fortalecida pelo Espírito Santo. Esse cumprimento em Cristo da esperança de Israel, na espera da promessa de seu ungido e escolhido para salvação do Povo, é a revelação plena do motivo da esperança cristã.

Pode então o cristão esperar verdadeiramente tomar parte na herança prometida. Ele pode e deve como Abraão “esperar contra toda a esperança” em razão de sua fé nas promessas (Rm 4,18-25). E da sua confiança na fidelidade de Deus que garantirá a fidelidade do homem desde o seu chamamento e vocação até à Glória (Rm 8,28-30). Por isso, as esperança mais legítimas humanas, em São Paulo, perdem seu valor, diante da realidade nova de Cristo. "Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por quem perdi todas as coisas e as considero como refugo, como lixo, para que possa ganhar a Cristo". Esse trecho da Carta aos Filipenses (3,8), Paulo declara que considera tudo como perda em comparação com o "supremo valor" de conhecer Jesus Cristo. Ele afirma que considera suas conquistas anteriores e posses como "lixo" para poder ganhar a Cristo e ser encontrado nele. A esperança de São Paulo é estar com Cristo, na expectativa de receber o prêmio, pois guardou a fé (Fp 3,14). A tradução bíblica, direta do grego, na Carta a Timóteo afirma assim: “Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda” (2Tm 4,8).

Não poderíamos de falar, sobre a esperança na voz de São Paulo com o lema do Jubileu da Esperança 2025. A frase "a esperança não decepciona" é uma citação bíblica, encontrada em Romanos 5,5, que se refere à esperança cristã, baseada no amor de Deus derramado nos corações pelo Espírito Santo. Ela expressa a ideia de que a esperança em Deus não nos frustrará, mesmo diante de dificuldades e incertezas. O tema do Jubileu de 2025, proclamado pelo Papa Francisco, é "Peregrinos de esperança" e enfatiza a importância da esperança como dom e mensagem central para o tempo presente.

A esperança, nesse contexto, não é apenas um sentimento otimista, mas uma atitude de confiança e expectativa no bem, fundada em Deus. Ela nos fortalece nas tribulações, nos encoraja a perseverar e nos leva a buscar um futuro melhor, mesmo em meio a desafios. A esperança cristã não é uma ilusão, mas uma certeza baseada na promessa e fidelidade de Deus.

O tema do Jubileu, "A esperança não decepciona", também serve como um chamado para um mundo em busca de paz e renovação. É um convite para que as pessoas se voltem para Deus, encontrem a esperança em sua fé e a compartilhem com o mundo, promovendo fraternidade, solidariedade e um mundo melhor."

*Padre Gerson Schmidt foi ordenado em 2 de janeiro de 1993, em Estrela (RS). Além da Filosofia e Teologia, também é graduado em Jornalismo e é Mestre em Comunicação pela FAMECOS/PUCRS.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

domingo, 31 de agosto de 2025

Dom Paulo Cezar celebra evento católico em Brasília: "Precisamos de momentos de alegria"

Dom Paulo Cezar: "A gente sente que, no caminho da fé, nós não estamos sozinhos" - (crédito: João Pedro Carvalho/CB/D.A Press)

O arcebispo de Brasília e cardeal incitou à fé as mais de 70 mil pessoas presentes no evento "Desperta Brasil".

Por Raphael Pati*

postado em 31/08/2025

Para uma multidão de fiéis que praticamente lotou o Estádio Nacional Mané Garrincha, o cardeal e arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa incitou os jovens e adultos a permanecerem na fé e ser “peregrinos da esperança”, fazendo referência ao lema do ano jubilar celebrado pela Igreja Católica em 2025.

O arcebispo participou do evento Desperta Brasil, que conta com a presença de mais de 70 mil pessoas e reúne os principais nomes da música católica do Brasil, como Frei Gilson, Pe. Adriano Zandoná, Pe. Chrystian Shankar, Irmã Kelly Patrícia, entre outros. O evento começou às 15h deste sábado (30/8) e se encerra às 8h30 do dia seguinte (31/8), sendo 19 horas ininterruptas de shows, palestras e celebrações.

“Na vida humana, na vida espiritual, no nosso crescimento, não pode existir esse marasmo, não pode existir esse sono. É preciso despertar. A fé nos desperta no nosso barulho, no nosso sonho e deve nos fazer sonhar, sonhar grande, deve nos fazer ter sonhos segundo os horizontes de Deus. E quem sonha vive, quem não sonha perdeu um pouco a capacidade de viver”, disse o cardeal aos fiéis presentes.

Ao Correio, o cardeal manifestou estar contente com a participação dos fiéis brasilienses e reforçou a mensagem de buscar a Jesus Cristo como o sentido da vida. “No nosso caminho, precisamos de momentos de alegria, precisamos de momentos assim onde nós sentimos o outro a outra, onde nós sentimos que tanta gente está caminhando conosco. Então a gente sente que, no caminho da fé, nós não estamos sozinhos”, disse.

*Raphael Pati 

Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2025/08/7238310-dom-paulo-cezar-celebra-evento-catolico-em-brasilia-precisamos-de-momentos-de-alegria.html

Hoje é celebrada a Virgem das Lágrimas, que chora e intercede pelo mundo

Virgem das Lágrimas. | Crédito: ACI Digital.

Por Redação central*

31 de ago. de 2025

Hoje (31) é celebrada a Virgem das Lágrimas, uma devoção que surgiu em Siracusa, Itália, onde uma imagem do Imaculado Coração de Maria derramou lágrimas de "dor" e "esperança" pelo mundo, como disse são João Paulo II.

O fato ocorreu em 1953, na casa do humilde do casal Angelo Lannuso e Antonina Lucia Giusti, que tinham a imagem mariana, de gesso, que ficava pendurada na parede sobre a cama do casal e que derramou lágrimas durante quatro dias, entre 29 de agosto e 1º de setembro.

A imagem foi um presente de casamento e, quando chorou, a primeira pessoa que viu foi Antonina, que estava grávida do seu primeiro filho.

O casal vidente do milagre das lágrimas. Foto: Santuário della Madonna delle lacrime

Segundo Famiglia Cristiana, as autoridades eclesiásticas foram muito cautelosas com o que aconteceu. O pároco Giuseppe Bruno chegou à casa do casal acompanhado por vários especialistas, entre os quais o doutor Michele Cassola, abertamente ateu.

No local, os especialistas, que mais tarde participariam da comissão investigativa, também testemunharam as lágrimas da Virgem. Depois disso, a imagem não derramou mais lágrimas.

O líquido recolhido foi submetido a diversas análises que foram comparadas com lágrimas de um adulto e uma criança de dois anos e sete meses.

Cassola, que liderava a comissão, não tinha explicação científica para o que os estudos revelaram: efetivamente, o líquido derramado pela imagem mariana era correspondente às lágrimas humanas. O relatório foi divulgado em 9 de setembro de 1953.

Três meses depois, em 12 de dezembro de 1953, dia em que a Igreja celebra Nossa Senhora de Guadalupe, os bispos da região de Sicília declararam por unanimidade que a imagem da Mãe de Deus chorou.

Em 17 de outubro de 1954, o papa Pio XII se referiu a este evento prodigioso e, em uma mensagem de rádio ao congresso regional mariano de Sicília, disse: "Os homens compreenderão a linguagem misteriosas destas lágrimas? Oh, as lágrimas de Maria? No Gólgota foram lágrimas de dor por Jesus e tristeza pelo pecado do mundo. Ainda chora pelas novas chagas no Corpo Místico de Jesus?".

"Ou chora por tantos filhos nos quais o erro e a culpa extinguiram a vida da graça e ofendem gravemente a divina majestade? Ou são lágrimas de espera pela demora da volta dos outros filhos, que um dia foram fiéis e que agora são arrastados por falsas miragens entre as hostes dos inimigos de Deus? ".

O grande número de fiéis que iam venerar a imagem milagrosa fez com que construíssem um santuário em 1968, que depois foi renovado em 1994. A consagração foi realizada naquele ano por são João Paulo II, em 6 de novembro.

Durante a sua visita pastoral a Catania e a Siracusa, o papa peregrino disse que as lágrimas da Virgem "testemunham a presença da Mãe Igreja no mundo".

"São lágrimas de dor por aqueles que rechaçam o amor de Deus, pelas famílias separadas ou que têm dificuldades, pela juventude ameaçada pela civilização de consumo e muitas vezes desorientada, pela violência que ainda provoca tanto derramamento de sangue, e por todas as incompreensões e pelos ódios que abrem abismos profundos entre os homens e os povos", acrescentou.

Em 5 de maio, 2016, o papa Francisco fez a vigília de oração "para enxugar as lágrimas", por ocasião do Jubileu da Misericórdia, quando o relicário da Virgem das Lágrimas foi levado ao Vaticano.

Naquela ocasião, o papa disse que “junto de cada cruz, está sempre a Mãe de Jesus. Com o seu manto, Ela enxuga as nossas lágrimas. Com a sua mão, faz-nos levantar e acompanha-nos pelo caminho da esperança”.

Dois anos depois, em 25 de maio de 2018, Francisco celebrou novamente uma liturgia na presença do relicário com as lágrimas da Virgem.

Na capela da Casa Santa Marta, onde reside, o papa disse: “Trouxeram de Siracusa a relíquia das lágrimas de Nossa Senhora. Hoje estão aqui, e rezemos a Nossa Senhora para que nos dê e também à humanidade necessitada o dom das lágrimas, que nós possamos chorar: pelos nossos pecados e por tantas calamidades que provocam sofrimento ao povo de Deus e aos filhos de Deus”.

O Santuário Mariano de Siracusa recebe cerca de um milhão de pessoas que peregrinam até o local todos os anos.

*A Agência Católica de Informação - ACI Digital, faz parte das agências de notícias do Grupo ACI, um dos maiores geradores de conteúdo noticioso católico em cinco idiomas e que, desde junho de 2014, pertence à família EWTN Global Catholic Network, a maior rede de televisão católica do mundo, fundada em 1981 por Madre Angélica em Irondale, Alabama (EUA), e que atinge mais de 85 milhões de lares em 110 países e 16 territórios.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/53085/hoje-e-celebrada-a-virgem-das-lagrimas-que-chora-e-intercede-pelo-mundo

Deus está sempre pensando em você e amando você

Conde | Shutterstock

Gilberto Vanderlei - Philip Kosloski - publicado em 31/08/25

Às vezes, podemos cair na crença de que Deus não se importa conosco e está ausente em nossas vidas, quando, na verdade, Ele está sempre pensando em nós.

Durante nossas horas mais sombrias, é comum acharmos que Deus não nos ama ou que, de alguma forma, nos abandonou em nossa miséria.

É justamente nesses momentos que precisamos ser lembrados do amor constante de Deus por nós e de como Ele está sempre atento a cada um de nós.

Estamos em seus braços neste exato momento

São João Eudes, sacerdote do século XVII conhecido por promover a devoção ao Sagrado Coração, refletiu sobre essa realidade em um texto incluído no livro Meditações sobre diversos assuntos.

Ele se concentra, em particular, no fato de que Deus pensa em nós a cada instante de nossa vida:

“Desde o momento da minha criação até agora, Ele me carregou em seus braços, em seu seio e em seu Coração, com mais cuidado e amor do que uma mãe carrega seu filho, e não houve um único momento em que Ele não tenha pensado em mim, me amado e me preservado.”

A realidade é que, se Deus de alguma forma “se esquecesse” de nós, simplesmente deixaríamos de existir, como explica São João Eudes:

“[S]e Deus retirasse sua Onipotente Mão que me sustenta, e deixasse de me preservar por um único instante, eu naquele mesmo momento retornaria ao nada de onde Ele me tirou. Portanto, Ele me concede a cada instante sucessivo o mesmo ser que me deu no primeiro momento da minha vida, com o mesmo poder e bondade com que o conferiu então.”

O fato de que Deus continuamente nos sustenta e nos ama em nossa própria existência deve nos levar a agradecer a Ele e a dedicar nossas vidas a Ele:

“Pertencemos a Ele, portanto, por tantos laços quantos têm sido os momentos da nossa vida, e Lhe somos profundamente devedores por cada instante, assim como pelo primeiro.”

Deus pode parecer ausente de nossas vidas às vezes, mas é justamente nesses momentos que Ele está mais próximo de nós. Talvez não possamos ver fisicamente sua presença nem senti-la claramente, mas Ele está lá.

Nossa própria existência é prova de que Deus nos ama e vê grande valor em nossas vidas.

Esteja em paz, sabendo que Deus está com você neste exato momento, pensando em você e olhando para você. Cabe a nós pensar em Deus e deixar que Ele nos contemple com o amor de um Pai.

Fonte: https://pt.aleteia.org/2025/08/31/deus-esta-sempre-pensando-em-voce-e-amando-voce/

Reflexão para o XXII Domingo do Tempo Comum (C)

Evangelho do domingo (Vatican News)

O Deus de Jesus Cristo é o Emanuel, Deus Conosco, que vem armar sua tenda em nosso meio, que vem participar de nossas alegrias e tristezas, que vem viver a nossa vida e nos quer ver alegres, felizes, em paz.

Vatican News

No Evangelho, Jesus está jantando na casa de pessoas importantes da sociedade judaica. Ele observou, não apenas neste jantar, mas em diversas refeições de que participou, especialmente em banquetes, que as pessoas faziam verdadeiras ginásticas para estarem em lugar de destaque, próximos do anfitrião ou do homenageado. Ele aproveitou o momento para fazer algumas observações que não são de etiqueta, mas de postura em relação ao Reino do Céu.

Ele inicia quebrando certa visão conservadora de Deus e de relacionamentos “queridos” por ele.

Para Jesus não existe um Deus distante das pessoas e nem a necessidade de render-lhe homenagem com mortificações, penitências e jejuns. O Deus de Jesus Cristo é o Emanuel, Deus Conosco, que vem armar sua tenda em nosso meio, que vem participar de nossas alegrias e tristezas, que vem viver a nossa vida e nos quer ver alegres, felizes, em paz.

Em seguida, o Senhor faz uma advertência sobre quem convidar para o festim.

Os convidados deverão ser os coxos, os aleijados, os excluídos, aqueles que jamais poderão retribuir o convite. Dentro da tradição, os convidados seriam irmãos, parentes, amigos e vizinhos. Jesus, rejeitou esse costume e deu novas orientações, como vimos.

Jesus dá o alerta em relação aos marginalizados, aos esquecidos. É com eles, com os que estão presentes apenas para servir, que o Senhor se identificou. Do mesmo modo Maria, nas Bodas de Caná, se identificou com os servidores, por isso ela percebeu a falta de vinho. Se estivesse sentada à mesa, não perceberia, mas como certamente estava ajudando a servir, apesar de convidada, percebeu.

Neste momento poderemos nos perguntar de que lado nos posicionamos? Qual é nosso lugar social no mundo em que habitamos? Lugar social não tanto de nascimento, mas de opção. Colocamo-nos ao lado dos ricos, dos incluídos ou nos identificamos com os despossuídos?

Depois o Senhor entra na questão do acolhimento. Banquete, almoço, jantar ou uma simples refeição, supõe acolhida. Acolhemos apenas os sadios, os perfeitos, os íntegros, os santos, ou temos espaço para os doentes, para os que levam vida irregular e estão fora do politicamente e eticamente aceito?

Acolher os cegos, coxos e aleijados, significava na sociedade judaica acolher os pecadores, já que o defeito físico, a doença e a miséria eram vistos como consequências de pecados.

Jesus não está se referindo a uma refeição concreta, mas a uma postura de vida que aceita os puros, perfeitos, santos aos olhos dos valores éticos de nossa sociedade e rejeita aqueles que deveriam estar cobertos de vergonha pela vida que levam ou que levaram, pelas suas opções erradas, pela demonstração pública de que rejeitaram as inspirações para o bom caminho. Podemos pensar nos alcoólatras, drogados, viciados em jogos de azar, prostitutas e outros praticantes de atitudes que desabonam mocinhas e mocinhos virtuosos.

Concluindo nossa reflexão, peçamos ao Senhor a graça de mudarmos nosso lugar social e de nos identificarmos com aqueles que ele, sua e nossa bendita Mãe, se identificaram, ou seja, com os pobres, com os marginalizados.

Que a celebração eucarística, que nossa presença na igreja durante a missa, seja sinal do que acontece em nosso interior, e sintamo-nos irmanados com aquele que estiver ao nosso lado, seja conhecido ou não, bem apresentável ou não.

Não importa tanto se em nossa vida é frequente esse tipo de refeição, mas é fundamental que isso faça parte de nosso coração, de nosso querer, de nossa identificação, de nosso lugar de fé.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF