A dor do Papa pela tragédia no Sudão: deslizamento de
terra matou mais de mil pessoas
Leão XIV expressa em um telegrama sua proximidade com todas
as pessoas afetadas pela tragédia que atingiu uma aldeia no centro do Sudão,
destruída por um deslizamento de terra. O balanço sobre o número de vítimas
ainda é provisório.
Andrea De Angelis – Vatican News
Dor, proximidade e orações: é o que o Papa Leão XIV
assegurou a todas as pessoas afetadas pelo deslizamento de terra que atingiu a
aldeia de Tarasin, na região central de Darfur, no Sudão. Em um telegrama
assinado pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, e endereçado ao
bispo de El Obeid, dom Yunan Tombe Trille Kuku Andali, lê-se que o Pontífice
“assegura a todos aqueles que foram atingidos por esta tragédia sua proximidade
espiritual. Rezando em particular pelo descanso eterno dos falecidos, por aqueles
que choram a sua perda e pelo resgate das muitas pessoas ainda desaparecidas”,
o Papa “dá o encorajamento às autoridades civis e à equipe de emergência em
seus contínuos trabalhos de socorro”. Leão XIV, então, conclui a mensagem
invocando ao país consolo e bênção divina.
O deslizamento de terra
Haveria apenas um sobrevivente, segundo informações de um
grupo rebelde que controla a área em Darfur, na parte ocidental do Sudão, onde
na noite desta segunda-feira (01/09) ocorreu um enorme deslizamento de terra
que causou mais de mil vítimas e destruiu parte de uma região conhecida pela
produção de frutas cítricas.
“Uma tragédia humanitária para todo o país”
O governador de Darfur, Minni Minnawi, aliado do exército,
definiu o deslizamento de terra como uma “tragédia humanitária que transcende
as fronteiras da região” e pediu às organizações humanitárias internacionais
“que intervenham com urgência e prestem apoio e assistência neste momento
crítico, pois a tragédia é mais do que o nosso povo pode suportar”.
A guerra esquecida no Sudão
Grande parte de Darfur permanece inacessível às ONGs,
incluindo a área afetada pelo deslizamento de terra, devido aos combates que
limitam gravemente o fornecimento de ajuda humanitária. A guerra no Sudão
começou em abril de 2023 e causou até agora mais de 40 mil mortes e pelo menos
13 milhões de deslocados. Há duas semanas, a ONU denunciou que, todos os dias,
no campo de refugiados de Abu Shouk, dezenas de pessoas morrem de fome e
desnutrição todas as semanas.
O pesar do Papa pelas vítimas do terremoto no
Afeganistão: mais de 800 pessoas morreram
O balanço é parcial de uma tragédia que já fez quase 3 mil
feridos devido a um terremoto de magnitude 6.0 que atingiu a província de
Kunar, no leste do país, uma região de difícil acesso das equipes de resgate. É
um dos piores desastres naturais da história do país. Em telegrama assinado
pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, Leão XIV disse estar
"profundamente entristecido" e rezar fervorosamente pelos falecidos,
feridos e por aqueles que ainda estão desaparecidos.
Andressa Collet - Vatican News
"Profundamente entristecido pela significativa perda de
vidas", o Papa Leão XIV enviou nesta segunda-feira (01/09) um telegrama ao
Afeganistão onde equipes de resgate trabalham no resgate de vítimas sob os
escombros de um terremoto de magnitude 6.0 que atingiu a província de Kunar, no
leste do país, com histórico de tremores e enchentes, e numa região de difícil
acesso. A mensagem do Pontífice foi assinada pelo secretário de Estado, cardeal
Pietro Parolin.
O Papa disse rezar fervorosamente pelas almas dos falecidos,
pelos feridos e por aqueles que ainda estão desaparecidos, confiando ao Senhor
todos os atingidos pelo desastre registrado na noite deste domingo (31/08).
Segundo informações das agências de notícias, mais de 800 pessoas morreram e
quase 3 mil ficaram feridas. Leão XIV ainda expressou "sincera
solidariedade, em particular, àqueles que choram a perda de entes queridos e às
equipes de emergência e autoridades civis envolvidas nos esforços de resgate e
recuperação. Neste momento difícil para a nação", finalizou o
telegrama, o Pontífice invocou "sobre o povo afegão as bênçãos
divinas de consolo e força".
Um dos piores desastres do país
O que aconteceu às 23h47 deste domingo (31/08), com um
terremoto de magnitude 6.0 e epicentro a 27 quilômetros a nordeste da cidade de
Jalalabad, é um desastre natural de proporções inimagináveis e de peso
praticamente insustentável para o Estado liderado pelo Talibã, que já enfrenta
várias situações de crise humanitária, entre as quais, a gestão de milhões de
refugiados expulsos do Irã e do Paquistão. O porta-voz do Ministério da Saúde,
Sharafat Zaman, lançou um apelo pedindo ajuda da comunidade internacional para
enfrentar o desastre causado pelo terremoto.
Resgates difíceis
Os socorristas têm dificuldade em chegar às áreas afetadas
nessas regiões montanhosas na fronteira com o Paquistão, isoladas de qualquer
tipo de comunicação. O Ministério da Saúde informou que já mobilizou todos os
recursos disponíveis para tentar levar socorro e bens de primeira necessidade
às pessoas afetadas. As imagens divulgadas pela agência de notícias Reuters
Television mostram helicópteros fazendo o transporte de ida e volta
aos hospitais. As equipes de resgate militares estão reduzidas ao mínimo,
anunciou o Ministério da Defesa, que conseguiu realizar cerca de 40 voos para
transportar um total de 420 mortos e feridos.
Situação humanitária extremamente grave
Este é o terceiro terremoto catastrófico no Afeganistão
desde que os talibãs voltaram ao poder em 2021, após a retirada das forças
internacionais e o corte do financiamento governamental. O financiamento
humanitário também caiu. As agências humanitárias internacionais denunciam a
crise esquecida do Afeganistão, onde mais da metade da população precisa de
ajuda urgente. Até o momento, segundo o Ministério das Relações Exteriores do
país, nenhum governo se prontificou a garantir a ajuda necessária para socorrer
a população afetada.
Em uma postagem na rede social X, o secretário-geral das
Nações Unidas, Antonio Guterres, declarou que os funcionários da ONU presentes
no Afeganistão estão trabalhando para fornecer assistência inicial. Também
em uma postagem na plataforma social, o alto comissário das Nações Unidas para
os Refugiados, Filippo Grandi, expressou esperança
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