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segunda-feira, 14 de outubro de 2019

São Calisto I, o Papa das Catacumbas

REDAÇÃO CENTRAL, 14 Out. 19 / 05:00 am (ACI).- São Calisto I é famoso pelas Catacumbas romanas que levam o seu nome e que ele organizou. Neste local estão enterrados muitos mártires dos primeiros séculos. A festa deste grande Papa é celebrada neste dia 14 de outubro.

Diz-se que São Calisto era escravo nas minas e que, ao recuperar sua liberdade, entregou-se por completo à fé e a compartilhá-la com seus vizinhos.
São Zeferino o tornou seu homem de confiança e o encarregou das catacumbas, que têm 4 andares sobrepostos e mais de 20 quilômetros de corredores.
Quando o Papa Zeferino morreu em 217, Calisto foi eleito pelo povo de Roma como Sumo Pontífice e teve que sofrer com paciência a oposição de um tal Hipólito, que rejeitava que um pecador poderia retornar à Igreja se fizesse penitências e deixasse suas maldades.
Quando foi preso pelas perseguições, foi levado a um calabouço escuro sem comida. Tempos depois, encontraram-no tranquilo e perguntaram-lhe como conseguia não se desesperar. Então, ele respondeu:
“Acostumei meu corpo a passar dias e semanas sem comer nem beber, e isso por amor e meu amigo Jesus Cristo, assim, já sou capaz de resistir sem me desesperar”.
O chefe romano mandou que o jogassem em um poço fundo e que a boca deste poço fosse coberta com terra e escombros. Mais tarde, neste local foi erguida a Igreja de Santa Maria em Trastevere.
ACI Digital

domingo, 13 de outubro de 2019

28º Domingo do Tempo Comum - Ano C: FÉ E GRATIDÃO

+ Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
Nós temos muito a aprender com a atitude dos dez leprosos, assim como do sírio Naamã. Eles buscam a Deus!  “Jesus, mestre, tem compaixão de nós!” (Lc 17,13) é o grito que os dez dirigem a Jesus. A cura de Naamã, no tempo do profeta Eliseu, é também um forte sinal da busca sincera por Deus da parte daquele homem. Em ambos os casos, o poder de Deus se manifesta, mas a atitude de fé é fundamental. A narrativa do Evangelho se conclui com a palavra de Jesus àquele que retornou para agradecer: “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou” (Lc 17,19). S. Lucas apresenta aquele samaritano como modelo de fé, de gratidão e louvor, tendo já apresentado outro samaritano como modelo de caridade. Semelhante testemunho de fé é destacado na figura de outro estrangeiro, Naamã, o sírio. Os textos meditados ressaltam a gratidão, como consequência da fé e do reconhecimento da ação de Deus. Naamã insiste em retribuir a Eliseu o grande bem recebido. O homem que retornou para agradecer Jesus é elogiado.
A resposta divina encontra-se no centro da narrativa. A cura é sinal do poder de Deus e de sua compaixão, oferecendo a salvação a todos e manifestando o seu amor aos que mais sofrem, como os leprosos ou os estrangeiros. As consequências da cura alcançada são ressaltadas.  Naamã declara que não ofereceria mais sacrifícios a outros deuses, mas somente ao Senhor (2Rs 5,17). O samaritano glorifica a Deus, prostra-se diante de Jesus com fé e gratidão, alcançando a graça de ser salvo. S. Lucas destaca que os dez foram curados, mas que o samaritano foi salvo pela fé em Cristo.
Nós também glorificamos a Deus, recorrendo ao belo hino da segunda carta de S. Paulo a Timóteo, que nos motiva a viver na fidelidade a Cristo. Neste domingo, nós bendizemos a Deus pela canonização de Irmã Dulce, na Basílica de São Pedro. Ela é a primeira mulher nascida no Brasil a ser canonizada, tendo testemunhado o seu amor aos pobres e enfermos, ao longo de sua vida, na Bahia. Na mesma ocasião, serão canonizados o Cardeal inglês John H. Newmann, um dos principais intelectuais cristãos do século 19, e outras três religiosas.
Continuemos a rezar pelo Sínodo Especial para a Amazônia, que está acontecendo no Vaticano, de especial importância para o cumprimento da missão evangelizadora da Igreja na região amazônica. Neste mês missionário, rezemos também por tantos missionários que doam a sua vida a serviço da Igreja na Amazônia, especialmente pelos padres de nossa Arquidiocese que lá atuam. Sejamos todos missionários, através da oração e do testemunho de vida cristã!
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

Homilia do Papa na Canonização de Irmã Dulce

Papa Francisco pronunciando sua homilia. 
Crédito: Captura de Youtube Vatican Media
Roma, 13 Out. 19 / 07:06 am (ACI).- Este domingo 13 de outubro o Papa Francisco celebrou a canonização da Irmã Dulce Lopes Pontes, do Cardeal John Henry Newman, as religiosas Giuseppina Vannini e Maria Teresa Chiramel Mankidiyan, e a leiga Marguerite Bays.

 
A seguir a homilia pronunciada pelo Santo Padre:
«A tua fé te salvou» (Lc 17, 19). É o ponto de chegada do Evangelho de hoje, que nos mostra o caminho da fé. Neste percurso de fé, vemos três etapas, vincadas pelos leprosos curados, que invocam, caminham e agradecem.
Primeiro, invocar. Os leprosos encontravam-se numa condição terrível não só pela doença em si, ainda hoje difusa e devendo ser combatida com todos os esforços possíveis, mas pela exclusão social. No tempo de Jesus, eram considerados impuros e, como tais, deviam estar isolados, separados (cf. Lv 13, 46). De facto, quando vão ter com Jesus, vemos que «se mantêm à distância» (Lc 17, 12). Embora a sua condição os coloque de lado, todavia diz o Evangelho que invocam Jesus «gritando» (17, 13) em voz alta. Não se deixam paralisar pelas exclusões dos homens e gritam a Deus, que não exclui ninguém. Assim se reduzem as distâncias, e a pessoa sai da solidão: não se fechando em auto lamentações, nem olhando aos juízos dos outros, mas invocando o Senhor, porque o Senhor ouve o grito de quem está abandonado.
Também nós – todos nós – necessitamos de cura, como aqueles leprosos. Precisamos de ser curados da pouca confiança em nós mesmos, na vida, no futuro; curados de muitos medos; dos vícios de que somos escravos; de tantos fechamentos, dependências e apegos: ao jogo, ao dinheiro, à televisão, ao telemóvel, à opinião dos outros. O Senhor liberta e cura o coração, se O invocarmos, se lhe dissermos: «Senhor, eu creio que me podeis curar; curai-me dos meus fechamentos, livrai-me do mal e do medo, Jesus». No Evangelho de Lucas, os primeiros a invocar o nome de Jesus são os leprosos. Depois fá-lo-ão também um cego e um dos ladrões na cruz: pessoas carentes invocam o nome de Jesus, que significa Deus salva. De modo direto e espontâneo chamam Deus pelo seu nome. Chamar pelo nome é sinal de confidência, e o Senhor gosta disso. A fé cresce assim, com a invocação confiante, levando a Jesus aquilo que somos, com franqueza, sem esconder as nossas misérias. Invoquemos diariamente, com confiança, o nome de Jesus: Deus salva. Repitamo-lo: é oração. A oração é a porta da fé, a oração é o remédio do coração.
Caminhar é a segunda etapa. Neste breve Evangelho de hoje, aparece uma dezena de verbos de movimento. Mas o mais impressionante é sobretudo o facto de os leprosos serem curados, não quando estão diante de Jesus, mas depois enquanto caminham, como diz o texto: «Enquanto iam a caminho, ficaram purificados» (17, 14). São curados enquanto vão para Jerusalém, isto é, palmilhando uma estrada a subir. É no caminho da vida que a pessoa é purificada, um caminho frequentemente a subir, porque leva para o alto. A fé requer um caminho, uma saída; faz milagres, se sairmos das nossas cómodas certezas, se deixarmos os nossos portos serenos, os nossos ninhos confortáveis. A fé aumenta com o dom, e cresce com o risco. A fé atua, quando avançamos equipados com a confiança em Deus. A fé abre caminho através de passos humildes e concretos, como humildes e concretos foram o caminho dos leprosos e o banho de Naaman no rio Jordão, que ouvimos na primeira Leitura (cf. 2 Re 5, 14-17). O mesmo se passa connosco: avançamos na fé com o amor humilde e concreto, com a paciência diária, invocando Jesus e prosseguindo para diante.
Outro aspeto interessante no caminho dos leprosos é que se movem juntos. Refere o Evangelho, sempre no plural, que «iam a caminho» e «ficaram purificados» (Lc 17, 14): a fé é caminhar juntos, jamais sozinhos. Mas, uma vez curados, nove continuam pela sua estrada e apenas um regressa para agradecer. E Jesus desabafa a sua mágoa assim: «Onde estão os outros nove?» (17, 17). Quase parece perguntar pelos outros nove, ao único que voltou. É verdade! Constitui tarefa nossa – de nós que estamos aqui a «fazer Eucaristia», isto é, a agradecer –, constitui nossa tarefa ocuparmo-nos de quem deixou de caminhar, de quem se extraviou: somos guardiões dos irmãos distantes. Somos intercessores por eles, somos responsáveis por eles, isto é, chamados a responder por eles, a tê-los a peito. Queres crescer na fé? Ocupa-te dum irmão distante, duma irmã distante.
Invocar, caminhar e… agradecer: esta é a última etapa. Só àquele que agradece é que Jesus diz: «A tua fé te salvou» (17, 19). Não se encontra apenas curado; também está salvo. Isto diz-nos que o ponto de chegada não é a saúde, não é o estar bem, mas o encontro com Jesus. A salvação não é beber um copo de água para estar em forma; mas é ir à fonte, que é Jesus. Só Ele livra do mal e cura o coração; só o encontro com Ele é que salva, torna plena e bela a vida. Quando se encontra Jesus, brota espontaneamente o «obrigado», porque se descobre a coisa mais importante da vida: não o receber uma graça nem o resolver um problema, mas abraçar o Senhor da vida.
É encantador ver como aquele homem curado, que era um samaritano, manifesta a alegria com todo o seu ser: louva a Deus em voz alta, prostra-se, agradece (cf. 17, 15-16). O ponto culminante do caminho de fé é viver dando graças. Podemos perguntar-nos: Nós, que temos fé, vivemos os dias como um peso a suportar ou como um louvor a oferecer? Ficamos centrados em nós mesmos à espera de pedir a próxima graça, ou encontramos a nossa alegria em dar graças? Quando agradecemos, o Pai deixa-Se comover e derrama sobre nós o Espírito Santo. Agradecer não é questão de cortesia, de etiqueta, mas questão de fé. Um coração que agradece, permanece jovem. Dizer «obrigado, Senhor», ao acordar, durante o dia, antes de deitar, é antídoto ao envelhecimento do coração. E o mesmo se diga em família, entre os esposos: lembrem-se de dizer obrigado. Obrigado é a palavra mais simples e benfazeja.
Invocar, caminhar, agradecer. Hoje, agradecemos ao Senhor pelos novos Santos, que caminharam na fé e agora invocamos como intercessores. Três deles são freiras e mostram-nos que a vida religiosa é um caminho de amor nas periferias existenciais do mundo. Ao passo que Santa Margarida Bays era uma costureira e revela-nos quão poderosa é a oração simples, a suportação com paciência, a doação silenciosa: através destas coisas, o Senhor fez reviver nela o esplendor da Páscoa. Da santidade do dia a dia, fala o Santo Cardeal Newman quando diz: «O cristão possui uma paz profunda, silenciosa, oculta, que o mundo não vê. (...) O cristão é alegre, calmo, bom, amável, educado, simples, modesto; não tem pretensões, (...) o seu comportamento está tão longe da ostentação e do requinte que facilmente se pode, à primeira vista, tomá-lo por uma pessoa comum» (Parochial and Plain Sermons, V, 5). Peçamos para ser, assim, «luzes gentis» no meio das trevas do mundo. Jesus, «ficai connosco e começaremos a brilhar como brilhais Vós, a brilhar de tal modo que sejamos uma luz para os outros» (Meditations on Christian Doctrine, VII, 3). Amen.
ACI Digital

Nossa Senhora de Nazaré, a Rainha da Amazônia

REDAÇÃO CENTRAL, 13 Out. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste segundo domingo de outubro, a Igreja no Brasil celebra a maior devoção mariana do Norte do país, Nossa Senhora de Nazaré, chamada carinhosamente pelos fiéis de Rainha da Amazônia.

Para a comemoração da data, em Belém (PA) é realizada uma das maiores procissões católicas do mundo, o Círio de Nazaré, que chega a reunir cerca de 2 milhões de romeiros em uma caminhada de fé de 3,6 quilômetros.
A devoção a Nossa Senhora de Nazaré teve início em Portugal. A imagem original da Virgem pertencia ao Mosteiro de Caulina, na Espanha, e teria saído da cidade de Nazaré, em Israel, no ano de 361. Acredita-se que a imagem foi esculpida pelo próprio São José.
Por causa de uma batalha, a imagem foi levada para Portugal, onde, por muito tempo, ficou escondida no Pico de São Bartolomeu. Só em 1119, foi encontrada e a notícia se espalhou, levando muitas pessoas a venerarem a santa. Desde então, muitos milagres foram atribuídos a ela.
No Brasil, uma pequena imagem da Senhora de Nazaré foi encontrada em 1700, na cidade de Belém (PA), pelo caboclo Plácido José de Souza, às margens do igarapé Murutucú, onde hoje se encontra a Basílica Santuário.
Plácido teria levado a imagem para a sua choupana e, no dia seguinte, ela não estava mais lá. Correu ao local do encontro e lá estava a “Santinha”. O fato teria se repetido várias vezes até a imagem ser enviada ao Palácio do Governo. No local onde a estátua foi achada, Plácido construiu uma pequena capela.
Em 1792, o Vaticano autorizou a realização de uma procissão em homenagem à Virgem de Nazaré, na capital paraense. Organizado pelo presidente da Província do Pará, capitão-mor Dom Francisco de Souza Coutinho, o primeiro Círio foi realizado no dia 8 de setembro de 1793. No início, não havia data fixa para o Círio, que poderia ocorrer nos meses de setembro, outubro ou novembro.
A partir de 1901, por determinação do Bispo Dom Francisco do Rêgo Maia, a procissão passou a ser realizada sempre no segundo domingo de outubro. Tradicionalmente, a imagem é levada da Catedral de Belém à Basílica Santuário.
Hoje, o Círio de Nazaré vai além da procissão principal do segundo domingo de outubro, contando com uma programação que se estende por vários dias, incluindo Missas, momentos de adoração e 12 procissões.
Por sua grandiosidade, o Círio de Nazaré foi registrado, em setembro de 2004, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial.
ACI Digital

Beata Alexandrina da Costa, que viveu a paixão de Cristo

REDAÇÃO CENTRAL, 13 Out. 19 / 08:00 am (ACI).- “Queres me encontrar, minha filha? Busca-me em teu coração e em tua alma, aí habito teu coração como em meu tabernáculo. Se soubesses o quanto me consolas e o quanto socorres os pecadores só ao dizer-me que eres minha vítima”, disse uma vez Jesus à Beata Alexandrina da Costa, que viveu em êxtase a paixão de Cristo.

Alexandrina nasceu em 1904, em Balasar (Portugal). Para preservar sua virgindade, aos 14 anos se lançou da janela do segundo andar de sua casa, diante da ameaça de alguns mal-intencionados que entraram à força para abusar dela, de sua irmã e de uma amiga.
O golpe lhe causou, depois, uma paralisia total que a obrigou a ficar de cama pelo resto de sua vida. Mais tarde, ofereceu-se a Cristo como vítima pela conversão dos pecadores, por amor à Eucaristia e pela consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria, mensagens fundamentais de Fátima.
Nos últimos 13 anos de sua vida não provou alimento, nem bebida e se manteve apenas da Comunhão. Entregue à vida de oração e jejum, em 180 ocasiões experimentou misticamente a paixão de Cristo com muito sofrimento.
Milhares iam ao seu leito para receber dela palavras de consolo e de tornou Cooperadora Salesiana.
Em 13 de outubro de 1955, aniversário do “milagre do sol” que aconteceu em Fátima 38 anos antes, partiu para a Casa do Pai. Antes de morrer, disse: “Não pequem mais. Os prazeres desta vida não valem nada. Recebam a comunhão; rezem o terço todos os dias. Isso resume tudo”.
A pedido da Beata, ficou escrito no epitáfio de seu túmulo a seguinte inscrição: “Pecadores, se as cinzas do meu corpo puderem ser úteis para a vossa salvação, aproximai-vos: passai todos por cima delas, pisai-as até desaparecerem, mas não pequeis mais! Não ofendais mais o nosso Jesus! Pecadores, queria dizer-vos tantas coisas. Não bastaria este grande cemitério para escrevê-las todas! Convertei-vos! Não queirais perder a Jesus por toda a eternidade! Ele é tão bom!... Amai-O! Amai-O! Basta de pecar!”.
São João Paulo II a beatificou em 2004 e, naquela ocasião, assinalou que “pela esteira da Beata Alexandrina, expressa na trilogia ‘sofrer, amar, reparar’, os cristãos podem encontrar estímulo e motivação para nobilitar tudo o que a vida tenha de doloroso e triste com a prova maior de amor: sacrificar a vida por quem se ama”.
ACI Digital

sábado, 12 de outubro de 2019

Tudo pronto para a canonização de Irmã Dulce no Vaticano

Imagem de Irmã Dulce na fachada da Basílica de São Pedro-
Foto: Daniel Ibáñez (ACI Prensa)
Roma, 12 Out. 19 / 12:29 pm (ACI).- Já está tudo preparado em Roma para a Missa em que o Papa Francisco proclamará Santos a beata Dulce Lopes Pontes, que se converterá na primeira mulher nascida no Brasil a ser inscrita no livro dos santos, junto com outros 4 beatos .
Amanhã serão declaradas santos na Missa que será celebrada na Praça de São Pedro, no Vaticano, a religiosa italiana Giuseppina Vanini, fundadora das Filhas de São Camilo; a religiosa Maria Teresa Chiramel Mankidiyan; e a Suíça Marguerite Bays, junto com o Cardeal John Henry Newmann, um converso ao catolicismo que deixou um frutífero legado intelectual para a Igreja.
Este sábado a Praça de São Pedro amanheceu pronta para acolher os milhares de fiéis que participarão da cerimônia, entre eles, centenas de peregrinos vindos de Salvador (BA), onde Irmã Dulce viveu. As cadeiras para a Missa e os cavaletes que separam os distintos âmbitos para este tipo de celebrações também já foram postas.
Do mesmo modo, já estão colocadas as plataformas de onde as diversas equipes de imprensa poderão transmitir a cerimônia que está programada para 10:00 a.m (hora local).
Entre as várias iniciativas que se realizam em Roma para celebrar a canonização destes cinco novos Santos, está a mostra organizada pela embaixada britânica e o Colégio Sacerdotal inglês chamada “Um santo em Roma”, que mostra a passagem do Cardeal Newman pela Cidade Eterna e o evento: “Cardeal Newman: Uma celebração”, programado para este sábado 12 de outubro na Casina Pio IV no Vaticano, com a participação dos Cardeais Pietro Parolin, Fernando Filoni, e Marc Ouellet, da Cúria do Romana, e o Cardeal Vincent Nichols, Arcebispo de Westminster (Inglaterra), onde viveu o futuro santo britânico.
O Brasil estava presente na Praça na manhã de hoje. Peregrinos da Bahia e de todo Brasil vieram presenciar a canonização da brasileira Dulce Lopes Pontes, ou, Irmã Dulce dos Pobres como atualmente é conhecida a Beata.
Em homenagem a Irmã Dulce, a primeira mulher nascida no Brasil a ser inscrita no livro dos Santos, programou-se uma ópera composta por Roberto La Borda, que será apresentada às 18hs na Embaixada brasileira em Roma, perto da Praça Navona.
Para a canonização desta religiosa se espera a participação de 15 mil brasileiros, entre eles o Arcebispo de Salvador (BA), Dom Murilo Krieger, que se disse emocionado por participar da cerimônia de canonização da freira baiana.
ACI Digital

Irmã Dulce dos Pobres, um grande amor à Eucaristia e à Virgem Maria

Irmâ Dulce dos Pobres, o "Anjo bom da Bahia"
Irmã Dulce dos Pobres
O bispo da Diocese de Irecê - BA, Dom Tommaso Cascianelli, foi orientador espiritual e conselheiro da religiosa que será declarada Santa na celebração de canonizações que o Papa Francisco presidirá este domingo, dia 13 de outubro, no Vaticano. Em entrevista concedida à Rádio Vaticano - Vatican - News, Dom Tommaso nos destaca os traços característicos da espiritualidade da futura Santa, seu amor à Eucaristia e a Nossa Senhora

Raimundo de Lima - Cidade do Vaticano

Amigo ouvinte, o nosso espaço de formação e aprofundamento de hoje traz a participação do bispo da Diocese de Irecê (BA), Dom Tommaso Cascianelli, religioso da Congregação da Paixão de Jesus Cristo, mais conhecida como Congregação dos Passionistas.

Italiano, Dom Tommaso chegou ao Brasil em 1980 como missionário passionista, assumindo diferentes encargos educacionais e paroquiais no exercício de seu ministério sacerdotal em várias cidades da Bahia, entre as quais a capital Salvador, onde conheceu Irmã Dulce Lopes Pontes (nome de batismo, Maria Rita Lopes de Sousa Brito) e suas obras sociais, tornando-se mais tarde orientador espiritual e conselheiro da religiosa que será declarada Santa na celebração de canonizações que o Papa Francisco presidirá no próximo dia 13 de outubro no Vaticano.

Exemplo luminoso de caridade e de amor ao próximo, Irmã Dulce dos Pobres – como é chamada – é também conhecida como o “Anjo bom da Bahia”, recordada por suas obras de caridade e de assistência aos pobres e necessitados.

Nascida em Salvador em 26 de maio de 1914, a religiosa da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus faleceu na capital soteropolitana em 22 de maio de 1992 e foi beatificada em 22 de maio de 2011. Como orientador espiritual e conselheiro de Irmã Dulce, Dom Tommaso acompanhou a religiosa nos últimos anos de sua vida.

“Irmã Dulce dizia ver nos pobres e nos enfermos, nos indigentes jogados nas marquises, o rosto sofredor de Jesus, razão pela qual sentia o dever de agir”, ressalta Dom Tommaso, a quem pedimos que nos destacasse os traços característicos da espiritualidade da futura Santa.

ACI Digital

Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil

REDAÇÃO CENTRAL, 12 Out. 19 / 05:00 am (ACI).- “Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida! Viva a Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida!”. Esses versos são cantados em todo o Brasil em honra à padroeira do país, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, cuja solenidade a Igreja celebra neste 12 de outubro.

A imagem de Aparecida foi encontrada em 1717. Na época, com a notícia da passagem do Conde de Assumar pela Vila de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram para pescar no Rio Paraíba.
Após muitas tentativas sem êxito, foram até o porto de Itaguaçu. João Alves lançou a rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Lançando novamente as redes, pegou a cabeça que faltava da imagem. E o que se seguiu foi uma pesca abundante para os três humildes pescadores.
A imagem, feita de terracota, possui uma cor escura, enegrecida, devido ao material com o qual é feita e por ter ficado por um tempo perdida no rio.
A família de Felipe Pedroso ficou com a imagem e levou-a para sua casa. Em um oratório construído no local, as pessoas da vizinhança vinham rezar à Virgem. A devoção foi crescendo no meio do povo e muitas graças foram alcançadas por aqueles que rezavam diante a imagem. Assim, a devoção se espalhou por todo o Brasil.
Com o tempo, a casa já se fazia pequena para o grande volume de fiéis que vinham rezar e, por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Mas, o número de fiéis aumentava, e, em 1834 foi iniciada a construção de uma Igreja maior, a atual Basílica Velha.
Em 8 de setembro de 1904, a Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi coroada solenemente pelo então Bispo de São Paulo, Dom José Camargo Barros. No dia 29 de abril de 1908, a Igreja recebeu o título de Basílica Menor. E, em 1929, o Papa Pio XI proclamou nossa Senhora Rainha do Brasil e sua Padroeira Oficial.
Com o aumento da devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a primeira Basílica já não dava conta do fluxo de romeiro. Foi necessário, então, construir uma maior, que começou a ser erguida em 11 de novembro de 1955.
Em 1980, ainda em construção, a Basílica Nova foi consagrada pelo Papa João Paulo ll e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida como Santuário Nacional, o “maior Santuário Mariano do mundo”.
A festa da Padroeira do Brasil já foi celebrada em diversas datas: dia da Imaculada Conceição (08 de dezembro), 5º domingo após a Páscoa, 1º domingo de maio (mês de Maria) e 7 de setembro (Dia da Pátria).
Foi durante a sua Assembleia Geral de 1953 que a CNBB determinou que a festa fosse celebrada definitivamente no dia 12 de outubro, por associação com a data de descobrimento da América, pela comemoração do Dia da Criança e por ser outubro o mês do encontro da Imagem, no rio Paraíba do Sul, em 1717.
Em 2013, ao visitar o Santuário Nacional de Aparecida, em sua viagem ao Brasil por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco recordou a história da Padroeira do país e questionou: “Quem poderia imaginar que o lugar de uma pesca infrutífera, tornar-se-ia o lugar onde todos os brasileiros podem se sentir filhos de uma mesma Mãe?”.
ACI Digital

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

São João XXIII, o Papa bom

REDAÇÃO CENTRAL, 11 Out. 19 / 05:00 am (ACI).- “Ah, os santos, os santos do Senhor, que em todos os lugares nos alegram, nos animam e nos abençoam!”, dizia São João XXIII, chamado “Papa bom” e cuja festa litúrgica é neste dia 11 de outubro.

Angelo Giuseppe Roncalli, mais conhecido como São João XXIII, nasceu na Itália em 1881. Ingressou muito jovem no seminário e foi ordenado sacerdote em 1904.
Na Segunda Guerra Mundial, quando era Bispo, salvou muitos judeus com a ajuda do “visto de trânsito” da Delegação Apostólica.
Em 1953, foi criado Cardeal e, com a morte de Pio XII, foi eleito Sumo Pontífice em 1958. Aos poucos, ganhou o apelido de “Papa bom”, por suas qualidades humanas e cristãs.
O mundo inteiro pôde ver nele um pastor humilde, atento, decidido, corajoso, simples e ativo. Enveredou-se pelos caminhos do ecumenismo e do diálogo com todos. Escreveu as famosas encíclicas “Pacem in terris” e “Mater et magistra” e convocou o Concílio Vaticano II.
Foi chamado à Casa do Pai em 3 de julho de 1963. No ano 2000, foi beatificado por São João Paulo II e canonizado pelo Papa Francisco em abril de 2014.
O milagre para sua beatificação foi baseado na cura de Irmã Caterina Capitani, uma religiosa que tinha uma grave doença estomacal.
As irmãs da paciente, que sabiam da grande admiração da Irmã Caterina por João XXIII, rezaram pedindo a intercessão do “Papa bom” e colocaram uma imagem dele no estômago da religiosa.
Minutos depois, a religiosa começou a se sentir bem e pediu para comer. Mais tarde, Irmã Caterina relataria que viu João XXIII sentado ao pé de sua cama e que lhe disse que sua oração havia sido escutada. A ciência não pôde dar explicações para esta cura.
ACI Digital

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

São Daniel Comboni, apóstolo de Cristo entre os africanos

REDAÇÃO CENTRAL, 10 Out. 19 / 05:00 am (ACI).- “São necessários evangelizadores com entusiasmo e com a paixão apostólica do Bispo D. Daniel Comboni, apóstolo de Cristo entre os africanos”, disse São João Paulo II sobre esse grande missionário, cuja festa é celebrada neste dia 10 de outubro.

“Ele empregou os recursos da sua rica personalidade e de uma sólida espiritualidade para tornar conhecido e acolhido Cristo na África, continente que ele amava profundamente”, acrescentou o Pontífice em sua homilia de canonização de São Daniel Comboni, em 5 de outubro de 2003.
São Daniel nasceu em Limone sul Garda (Bréscia, Itália), em 1831, em uma família de camponeses pobres. Estudou em Verona, no Colégio São Carlos, que era frequentado por crianças de baixos recursos econômicos. Mais tarde, descobriu sua vocação sacerdotal e missionária.
Foi ordenado sacerdote em 1854 e, anos depois, partiu para as missões na África, onde encontrou-se com uma realidade de pobreza muito chocante. Regressou para a Itália e dedicou-se a pedir ajuda para a missão africana, inclusive no Concílio Vaticano I.
Fundou dois Institutos missionários que hoje são os chamados Missionários Combonianos e Missionárias Combonianas. Foi nomeado Vigário Apostólica da África Central e ordenado Bispo em 1877.
Junto aos africanos, viveu secas, viu morrer sua gente, lutou contra a escravidão e até acusações infundadas. Entretanto, manteve-se fiel à Cruz para conseguir a consolidação da atividade missionária. Depois de ter servido a Cristo em sua querida África, partiu para a Casa do Pai em 10 de outubro de 1881.
Atualmente, os Combonianos seguem trabalhando em diversas obras missionárias do mundo.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF