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terça-feira, 31 de agosto de 2021

A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO EM TERTULIANO

Vatican News

Por Dom Vital Corbellini
       Bispo de Marabá (PA)

            Tertuliano, padre da Igreja, teólogo dos séculos II e III, procedente do Norte da África, elaborou uma obra importante, intitulada: De Oratione, composta nos anos 198-200 e ele endereçou-a aos catecúmenos[1]. Foi um dos primeiros padres que fez um comentário a respeito do Pai nosso. Ele pôs em destaque a absoluta novidade da oração cristã, diante de outras orações, porque, foi ensinada por Jesus Cristo, sendo a oferenda da nova aliança que faz de nós os perfeitos adoradores e os verdadeiros sacerdotes do Senhor Deus Uno e Trino[2]. É importante fazer uma análise desta obra que muito influenciou os padres da Igreja, nas suas elaborações posteriores sobre a oração do Pai nosso.

            A nova relação com o Pai.

            Tertuliano afirmou que Jesus Cristo, iluminado pelo Espírito de Deus revelou aos discípulos, no Novo Testamento, uma nova forma de pôr-se em relação com o Pai. É preciso dizer que nesta espécie o vinho novo fosse armazenado em odres novos e que o tecido novo fosse costurado ao vestido novo (cfr. Mt 9, 16-17)[3].

            A graça de Deus pela difusão da boa noticia renovou as pessoas humanas e as coisas, contidas nas palavras do Senhor Jesus no Evangelho através da oração, visando à eliminação na raiz de todo sinal de pecado, de divisão. Na iluminação do Espírito Santo e na Palavra de Deus, o Nosso Senhor Jesus estabeleceu uma oração importante a qual é percebida em três partes: em espírito, pois só Ele é todo poderoso; na palavra expressa e na razão com a qual se alegra ao louvar a Deus pela oração dita por Jesus[4].

            A oração de João Batista em vista do Messias.

            Tertuliano teve presente na sua obra, a oração ensinada por São João Batista, o precursor do Messias, Jesus Cristo. Ele também ensinava aos seus discípulos maneiras para voltar-se para Deus, em oração. No entanto, a ação de João era aludida em vista do Salvador Jesus Cristo, para que ele crescesse e ele diminuísse (cfr. Jo 3,30), de modo que toda a obra do precursor passasse com o mesmo espírito ao Senhor Jesus. Desta forma não permaneceu algum traço das palavras com as quais João ensinou a rezar porque a importância era a oração do Messias, do Salvador para toda a humanidade[5].

            Compêndio do Evangelho.

            O padre africano afirmou que a oração do Pai nosso ensinada por Jesus Cristo é o compêndio de todo o Evangelho, espécie de resumo, de programa de vida para toda a pessoa que segue e ama Jesus Cristo e à sua Igreja. Através da oração, Jesus colocou a importância à pessoa humana, o crescimento da fé, da esperança e da caridade para Aquele que escuta e vê em toda a parte as ações das mesmas. Ele também ensinou que a aproximação de Deus é dada pela modéstia, humildade, amor, com uma profissão de palavras, para adorar a Deus e seja dado o respeito ao ser humano, e, este assuma o compromisso da conversão de vida[6].

            Pai que estás nos céus (cfr. Mt 6,9; Lc 11,2)

            Tertuliano afirmou que o ser humano invoca a Deus e o faz pela oração. O Senhor Jesus revelou por diversas vezes o Pai como Deus, na qual ele também prescreveu que não se chamasse ninguém na terra de pai, a não ser Aquele que está nos céus (cfr. Mt 22,9). O fato é que com a nomeação de Pai, nomeamos também Deus que é uma imploração de piedade e de poder[7].

            Na invocação do Pai, invoca-se também o Filho porque ele disse: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30). Tertuliano afirmou que também a Mãe Igreja é reconhecida no Pai e no Filho, porque quando ela se encontra para rezar o Pai nosso, está em comunhão com o Pai e com o Filho[8].

            Revelação de Deus Pai.

            Jesus Cristo, pela oração revelou a todos o nome de Deus Pai, porque até então não tinha sido revelado a ninguém. Com Moisés revelou-se outro nome de Deus: “Eu sou Aquele que sou” (Ex 3,13). No entanto com a vinda do Filho ao mundo foi revelado o nome de Deus Pai a toda a humanidade, na qual Jesus falou: “Pai, glorifica o teu nome” e de uma forma aberta foi dito: “Eu o manifestei o teu nome aos homens” (Jo 5, 43; 12,28; 17,6)[9].

            Convém que Deus seja bendito em todo o lugar e tempo para a memória devida perseverante de seus benefícios da parte de todo o ser humano, e também porque este necessita de bênçãos. Como não pode ser santo e santificado por si mesmo o nome de Deus, do momento que torna santos os outros seres humanos pelo seu poder vivificador?![10].

            Seja santificado o seu nome

            O ser humano faz esta súplica e pedimos que seja santificado em nós, uma vez que nós devemos estar nele e nos outros de modo que a graça de Deus espera a nossa adesão, porque  rezando para todos, e, também pelos nossos inimigos, obedeçamos a este preceito, que o nome de Deus seja santificado[11].

            Seja feita a sua vontade nos céus e sobre a terra.

            O ser humano pede pela oração para que em todos se faça a sua vontade. Todos são chamados a fazer a vontade de Deus. Faça-se a vontade de Deus na terra da mesma forma que se faça nos céus. Deus quer que cada ser humano caminhe secundo a sua vontade[12]. A verdade é que segundo Tertuliano, a realização da vontade de Deus é a salvação daqueles que ele adotou. O próprio Filho disse antes de sua partida, para que não se fizesse a sua vontade, mas a vontade do Pai (cfr. Jo 6,38). Esta posição significou que todas as ações do Filho eram em unidade com o Pai e nelas cumpriam-se a vontade do Pai[13]. Desta forma, as ações que o ser humano faz e todos nós somos chamados a realizar, visa-se a vontade de Deus.

            A escolha do bem.

            Tertuliano era convicto que quando dizemos seja feita a sua vontade escolhemos o bem para nós, porque não existe nenhum mal na vontade de Deus, porque é a vontade de Deus que reina sobre todas as vontades humanas no bem, e no seu amor. Diante dos sofrimentos que o Senhor deveria enfrentar, ele afirmou que a vontade do Pai deveria ser feita e não a sua (cfr. Lc 22,42). O fato era que Jesus mesmo era à vontade e o poder do Pai e desta forma se entregou de uma forma livre à vontade do Pai diante do sofrimento para a salvação de toda a humanidade[14].

            Venha o seu Reino.

            Na oração que é feita a Deus coloca-se o dado que seja feita a sua vontade, realizando-se, isto é em nós[15]. Ora se Deus não reina em nós e no mundo como é possível uma vida digna? Desta forma o reino do Senhor é sobre a vontade de Deus e a nossa disposição. Assim nós rezamos que venha do Senhor, o seu reino, atuação dos cristãos, alegria imensa dos anjos, pelo fato de que se passamos por dificuldades, nós nunca deixamos de rezar com fé e com amor a oração do Pai Nosso[16].

            A oração é fundamental em nossa vida, porque nós nos elevamos a Deus agradecendo as suas maravilhas, os seus dons. Nós dizemos que Deus é Pai, que seja santificado o seu nome, venha o seu Reino e que seja feita a sua vontade tanto na terra como no céu. Tertuliano colocou bem alguns pontos que iluminam à nossa vida de seguidores e seguidoras na oração do Pai nosso. Nós somos chamados a vivenciar a oração do Pai nosso, tida como um compêndio do evangelho, segundo Tertuliano.

[1] Johannes Quasten. Patrologia, I primi due secoli (II-III). Marietti, S. Maria degli Angeli – Assisi (PG), 1992. Pg. 536.

[2] Cfr. A. Hamman. Preghiera. In: Nuovo Dizionario Patristico e di Antichità Cristiane, P-Z, diretto da Angelo Di Berardino.Marietti, Genova-Milano, 2008, pg. 4301.

[3] Cfr. Quinto Settimio Florente Tertulliano. La Preghiera (De Oratione). Traduzione e note di Aldo Intagliata, Prima Traduzione. Gribaudo Editore, Cavallermaggiore, 1992, pg. 9.

[4] Cfr. Idem, I,2, pg. 11.

[5] Cfr. Ibidem, I,3, pg. 11.

[6] Cfr. Ibidem, I, 5-6, pgs. 11-13.

[7] Cfr. Ibidem, II, 4, pg. 13.

[8] Cfr. Ibidem, II, 5-6, pg. 13.

[9] Cfr. Ibidem, III, 1, pg. 15.

[10] Cfr. Ibidem, III, 3, pg. 15.

[11] Cfr. Ibidem, III, 4, pg. 15.

[12] Cfr. Ibidem, IV, 2, pg. 17.

[13] Cfr. Ibidem, IV, 3-5, pgs. 17-19.

[14] Cfr. Ibidem, IV, 5, pg. 19.

[15] Cfr. Ibidem, V,1, pg. 19.

[16] Cfr. Ibidem, V, 1-4, pgs. 19-21.

Fonte: CNBB

10 conselhos para viver um namoro católico

Emma e Didier / Crédito: Cortesia de Emma Rodríguez e Didier Masis
Por María Ximena Rondón

REDAÇÃO CENTRAL, 16 jul. 19 / 05:00 pm (ACI).- O namoro é uma etapa muito rica e intensa na qual o casal se prepara para o matrimônio, na qual existe uma série de desafios que devem enfrentar, sobretudo, em um mundo erotizado, materialista e afastado de Deus.

Diante desta situação que é um desafio para os católicos, o Grupo ACI entrevistou Emma Rodríguez e Didier Masis, um casal da Costa Rica que é autor do ‘Blog de Emma y Didier’, no qual escrevem sobre temas como o amor verdadeiro e o namoro. Esta psicóloga, de 28 anos, e este filósofo, de 36, são casados há 3 anos e também dão palestras em escolas, universidades, igrejas e congressos.

Aqui estão os 10 conselhos para viver um namoro católico:

1. Viver na castidade

Emma indicou é importante viver o namoro em castidade, abstendo-se de ter relações sexuais, porque esta virtude "ensina a ordenar e refletir se as ações estão voltadas a amar verdadeiramente ou a usar a outra pessoa”.

"A castidade não é se fechar ao amor humano, mas abrir-se ao amor divino para que me ajude a orientar meus desejos", comentou.

Por sua parte, Didier indicou que ser casto e esperar o matrimônio para ter relações sexuais "é dar um sentido ao mandamento do amor: aprender a amar a Deus sobre todas as coisas. Implica também saber quanto me conheço, me amo e me valorizo ​".

Para fortalecer essa virtude, ambos aconselharam buscar com frequência os sacramentos e vivê-los plenamente.

2. Crescer juntos na fé

Didier destacou que o namoro é uma oportunidade para o casal crescer na fé. Para conseguir isso, ambos podem fazer uma lista de práticas espirituais que podem realizar juntos.

Algumas são: rezar juntos e, se moram longe, podem fazer uma chamada por Whatsapp ou Skype para rezar a Lectio Divina ou alguma outra oração.

"Não devemos esquecer que a relação mais importante é a que temos com Deus. Temos que falar com Ele e escutá-lo”, acrescentou Emma. 

Emma também comentou que o ideal seria que o casal fizesse um retiro espiritual juntos pelo menos uma vez ao ano.

Isso ajudará a "discernir sobre seu caminho, porque o namoro não significa que a pessoa já está casada. É um discernimento para saber se essa pessoa é aquela com quem formará uma família".

3. Estabelecer metas para crescer pessoalmente

Didier assinalou que o namoro "tem que ir crescendo, as pessoas temos que ir crescendo, um namoro que fica estagnado não amadurecerá. O namoro deve ter metas e propósitos".

Ambos recomendaram que o casal estabeleça metas para cumprir em uma semana ou um mês.

Alguns objetivos podem ser: ler livros espirituais, visitar um asilo de idosos, ajudar uma causa da paróquia, rezar juntos todos os dias ou ir à Hora Santa e oferecê-la por todos os namoros e casamentos, entre outros.

4. Construir a confiança e uma amizade sólida

No namoro, é muito importante construir a confiança que está baseada em uma boa amizade.

"Percebemos que os casais hoje pulam etapas e não sabem como ser amigos. A amizade é a base de um bom relacionamento. Dela vem a confiança e a transparência. Os casais pulam tudo isso e entram imediatamente em uma relação na qual emocionalmente estão praticamente casados um com o outro”, assinalou Emma.

Didier acrescentou que, em um relacionamento, o ciúme "é o sintoma das carências que tenho e de experiências que não curei”.

5. Não idealizar a outra pessoa

Didier indicou que no namoro costuma-se mostrar ao outro o melhor de si, como se fosse uma imagem “retocada com Photoshop”.

"Temos que deixar passar o encantamento para nos mostrarmos como somos de verdade, para mostrar os nossos valores, para conversar seriamente com a outra pessoa sobre o que é importante para a sua vida”’, expressou.

"Não devemos esquecer o que Jesus nos disse: ‘Amarás teu próximo como a ti mesmo'. Se a pessoa se ama e se aceita, não há necessidade de vender falsas ilusões”.

6. Não se fechar

Emma e Didier indicaram que o namoro não pode ser fechado aos demais e o casal não “pode viver grudado como parasitas. Devem compartilhar com os outros, isso enriquece a relação”.

"Eu recomendo que você convide a outra pessoa para o seu mundo. Que conheça a sua família, seus amigos. Inclusive, em alguns momentos, poderão sair sozinhos. Por exemplo, Didier e eu temos amigos em comum. Ele conhece todas as minhas amigas e eu conheço todos os seus amigos”, comentou Emma.

Acrescentou que, se um dia decide sair com seus amigos, “isso não significa que me ame menos, mas que ele tem a necessidade de se relacionar com seus amigos, ou família, e eu também”.

7. A melhor maneira de enfrentar as brigas

No namoro, nem tudo são flores. O casal também briga: o importante é aprender a administrar as emoções e compreender o outro.

"Depois de uma briga forte, recomendo fazer silêncio e esperar que as águas se acalmem. Quando ficamos com raiva, a primeira coisa que aparece é a língua. Temos que ter controle sobre as palavras que falamos porque podem ferir a outra pessoa”, aconselhou Emma.

Também recomendou "colocar-se no lugar da outra pessoa, porque às vezes achamos que temos a razão”. Acrescentou que "devemos pedir ao Espírito Santo que nos ajude a trazer a paz neste momento".

8. Questionar a relação (não é ruim)

Talvez haja um momento em que você se pergunte se o seu namorado é realmente a pessoa com quem quer passar o resto da vida.

Emma comentou que é bom duvidar e questionar, porque "o namoro é o momento certo para se fazer perguntas".

O casal recomendou fazer perguntas como estas: Compartilhamos os mesmos valores? Estou disposto a casar com essa pessoa que tem essas qualidades e defeitos? Por que estamos levando adiante esse relacionamento? Eu tenho me amado e amado você? Tenho sido uma ponte para que essa pessoa se encontre com Deus?

9. Aprender a perdoar

Se você aprende a perdoar no namoro, poderá fazê-lo no matrimônio. Emma lembrou que todos os seres humanos são frágeis e cometem erros. "Mais cedo ou mais tarde a outra pessoa vai falhar comigo assim como eu vou falhar com ela".

Esclareceu que "perdoar não significa aceitar. Pode acontecer que a pessoa tenha te tratado mal, tenha sido infiel, tenha te agredido. Você pode perdoá-la como um gesto de caridade para com o outro e para mostrar que você não quer continuar se machucando", recomendou.

10. E o que acontece se meu namorado estiver longe da fé?

Emma indicou que é importante "considerar se o meu projeto de vida envolve que o meu parceiro não seja ‘tão’ católico como eu sou”.

Se o outro, por diferentes razões, estiver longe de Deus, então "não descuide de sua fé. O relacionamento com Deus é a coisa mais importante que se tem na vida. Além disso, o testemunho arrasta".

"Se a outra pessoa vê que você é apaixonado ou apaixonada por Deus, chegará um ponto em que começará a se perguntar o que é que te dá essa felicidade e essa paz".

"Se Deus quer que vocês se unam em matrimônio, ótimo, mas se o seu testemunho faz com que a outra pessoa se aproxime de Deus, também é uma bênção”, afirmou.

Bônus: Para aqueles que ainda não encontraram o amor da sua vida

Não tenha medo de esperar e rezar pelo seu futuro esposo (a).

Se você acha que seu chamado é o matrimônio, mas essa pessoa especial ainda não aparece, deve ter paciência.

Emma indicou que é importante ter confiança em que Deus cuida de todos os seus anseios. "Devemos aprender a entender que nossos tempos não são os tempos de Deus. Nós geralmente nos apressamos. Deus não se esquece de você”.

"Nenhuma pessoa, por mais que a ame, não vai preencher os vazios como Deus. Se estando solteiro o seu coração não se sente cheio com o amor infinito de Deus, menos estará com uma criatura igual a você”, destacou a blogueira. 

Didier acrescentou que "o tempo de solteiro é uma época que deve ser aproveitada para crescer e se curar. É necessário abertura para escutar a voz de Deus e saber qual caminho seguir na vida”.

Fonte: ACI Digital

Documentário norueguês “Lavagem Cerebral” detona ideologia de gênero

Shutterstock
Por Francisco Vêneto

Teóricos do gênero chegam a afirmar que "não se interessam nem um pouco" pelas pesquisas científicas que os desmentem.

O documentário norueguês “Lavagem Cerebral” (“Hjernevask“), que detona a ideologia de gênero, foi produzido em 7 episódios no ano de 2010 pelo sociólogo e ator Harald Eia. Os episódios foram veiculados na Noruega pela rede de TV NRK1 e colocaram em xeque a credibilidade dos defensores da assim denominada “ideologia de gênero” nos países da Escandinávia.

De fato, o Conselho Nórdico de Ministros, que inclui autoridades da Noruega, Suécia, Dinamarca, Finlândia e Islândia, chegou a determinar a suspensão dos financiamentos até então concedidos ao Instituto Nórdico de Gênero, entidade promotora de ideias ligadas às chamadas “teorias de gênero”.

A medida veio após a grande repercussão do documentário, que questionava os fundamentos científicos dessas teorias – de fato, elas não passam de teorias sem comprovação empírica. Na própria Noruega, “Hjernevask” gerou intenso debate público sobre essa ideologia, que, mundo afora, inclusive no Brasil, vem sendo imposta de modo quase inquestionável por uma aguerrida e intolerante militância ideológica amparada em vasto respaldo midiático e em cada vez mais explícito ativismo judicial.

O documentário norueguês “Lavagem Cerebral”

A produção de Harald Eia contrapõe as afirmações dos defensores da teoria de gênero com outras de estudiosos de neurociências e da psicologia evolutiva. Enquanto os teóricos do gênero afirmam que não há fundamento biológico nas diferenças de comportamento entre homens e mulheres e que elas se devem meramente a “construções sociais”, os outros cientistas mostram resultados de testes empíricos que constatam diferenças inatas nas preferências e comportamentos de homens e mulheres.

Os estudiosos das neurociências admitem que a cultura exerce influência nos comportamentos, mas demonstram que os genes são determinantes para algumas condutas. Já os teóricos do gênero afirmam que “não veem verdade” nas pesquisas dos neurocientistas, embora toda a base dos seus estudos de gênero seja apenas teórica e não empírica.

No vídeo, a “filósofa do gênero” Catherine Egeland, uma das entrevistadas, chega a afirmar que “não se interessa nem um pouco” por esse tipo de ciência e que “é espantoso que as pessoas se interessem em pesquisar essas diferenças” (!)

Como assistir ao documentário

Os sete episódios do documentário, legendados em português, estão disponíveis no YouTube neste link.

Este é o primeiro deles:

https://youtu.be/6qikNSQXpVI

Fonte: Aleteia

Sacerdote defende namoro "livre" de sexo para ter um bom casamento

Foto ilustrativa / Crédito: Pixabay
Por Walter Sánchez Silva

REDAÇÃO CENTRAL, 30 ago. 21 / 03:57 pm (ACI).- O padre Eduardo Hayen Cuarón, diretor da revista “Presencia”, da diocese de Ciudad Juárez, no México, falou sobre a importância de um noivado “livre” de sexo e fez reflexões sobre essa dimensão da vida de um casal. Pelo Twitter, o padre mexicano disse que “as pessoas que reservam o sexo para o casamento se divorciam menos. Elas vivem seus anos de solteiro aprendendo a amar de verdade. Se você investir em um bom namoro com exigências altas e livre de sexo, chegará no casamento com o vento a seu favor”, afirmou.

O padre Eduardo também disse que “o sexo tem uma linguagem interna: criar um forte vínculo emocional, trazer novas vidas ao mundo e entregar-se totalmente e para sempre à outra pessoa. O sexo fala uma linguagem e ela se chama ´para sempre`. É a linguagem do casamento”.

O número 2.361 do Catecismo da Igreja Católica afirma que “a sexualidade, mediante a qual o homem e a mulher se dão um ao outro com os atos próprios e exclusivos dos esposos, não é algo de puramente biológico, mas diz respeito à pessoa humana como tal, no que ela tem de mais íntimo. Esta só se realiza de maneira verdadeiramente humana se for parte integrante do amor com o qual homem e mulher se comprometem totalmente um para com o outro até à morte”.

O número 2.363 diz que, “pela união dos esposos, realiza-se o duplo fim do matrimônio: o bem dos próprios esposos e a transmissão da vida. Não podem separar-se estes dois significados ou valores do matrimônio sem alterar a vida espiritual do casal nem comprometer os bens do matrimônio e o futuro da família”.

O padre Eduardo também tuitou afirmando que “o ato conjugal produz, nos esposos, uma hormona chamada oxitocina. Ela funciona como uma super cola emocional que faz com que os cônjuges superem as pequenas moléstias da vida comum e se tornem mais unidos. É uma ajuda que Deus dá aos esposos para permanecerem juntos”.

O sacerdote também explicou que, “quando os noivos mantêm relações sexuais antes do matrimônio, também se produz a oxitocina que os faz querer estar juntos. Isso não lhes permite ver com clareza os defeitos do outro e, muitas vezes, cometem o erro de casar-se com a pessoa errada”.

Nas mulheres, a oxitocina também ocorre durante o parto e amamentação, o que ajuda a formar o vínculo emocional da mãe com o bebê.

O padre Eduardo também citou algumas pesquisas feitas nos Estados Unidos sobre satisfação sexual, revelando que “os casais mais satisfeitos são os que estão casados, e não só isso, mas também os que são muito religiosos e que reservaram o sexo para o casamento. A satisfação não é uma questão de técnicas, mas de contexto”.

O sacerdote também afirmou que “há quem não queira casar-se em um casamento público. Geralmente, é porque não tem a convicção para dizer 'sim' para sempre”. No entanto, considerou que, “se não há casamento e só união livre, a porta dos fundos fica aberta para poder escapar. O casamento protege os esposos”.

O número 2.364 do Catecismo diz que o matrimônio é “uma íntima comunidade de vida e de amor, fundada pelo Criador e por Ele dotada de leis próprias. Esta comunidade é instaurada pela aliança conjugal, ou seja, por um irrevogável consentimento pessoal. Os dois entregam-se, definitiva e totalmente, um ao outro. Doravante, já não são dois, mas uma só carne”.

O número 2.365 se refere à fidelidade e afirma que ela significa “a constância em manter a palavra dada. Deus é fiel. O sacramento do matrimônio introduz o homem e a mulher na fidelidade de Cristo à sua Igreja”.

Fonte: ACI Digital

Parsons: os atletas paraolímpicos estão tentando mudar o mundo

Atleta paraolímpico  (AFP or licensors)

Em um artigo no jornal L'Osservatore Romano, o presidente do Comitê Paraolímpico Internacional fala sobre os desafios dos próximos anos para mudar o modo com o qual 15% da população mundial com deficiência é percebida e, consequentemente, tratada.

Andrew Parsons, Presidente do Comitê Paraolímpico Internacional

Quase não acredito que finalmente estamos aqui em Tóquio. Muitos duvidavam que esses dias de esporte realmente acontecessem, acreditando ser impossível organizar os Jogos Paraolímpicos por causa da pandemia.  Mas graças aos esforços de tantas pessoas, que nunca perderam a fé e a esperança, o evento esportivo mais... "transformador" do mundo está agora em andamento.

Como família paraolímpica honraremos esta confiança, daremos substância a esta esperança, assegurando que a excepcional "herança" que os Jogos deixam pontualmente para o país anfitrião realmente consiste em uma nova percepção das pessoas com deficiência. Através de uma mudança de mentalidade.

Mas, na verdade, nós queremos muito mais! Nós não queremos apenas mudar a maneira como a deficiência é vista no Japão! Queremos mudar a cultura do mundo inteiro!

Atleta paraolímpicos | Vatican News
É por isso que o Comitê Paraolímpico Internacional e a International Disability Alliance conceberam, lançaram e agora estão apoiando a campanha "WeThe15".

Nos próximos dez anos, "WeThe15" pretende lançar um desafio contínuo para mudar o modo como o qual 15% da população mundial com deficiência é percebida e, consequentemente, tratada.

"WeThe15" lançará luz sobre a vida cotidiana de 15% da população mundial e fará o máximo para derrubar as barreiras. Para que todas as pessoas com deficiências possam realizar seu potencial e participar ativamente em uma sociedade verdadeiramente inclusiva.

Portanto, com o apoio de muitas organizações internacionais, da sociedade civil - mas também da rede empresarial e da mídia - queremos colocar 1,2 bilhões de pessoas com deficiência no centro da agenda de inclusão global.

E os Jogos Paraolímpicos são certamente uma plataforma extraordinária para a mudança. Mas um evento que ocorre apenas a cada quatro anos certamente não é suficiente. Cabe a cada um de nós fazer nossa parte, todos os dias, para construir uma sociedade mais inclusiva em cada país, em nossas cidades, em nossas comunidades.

Atleta paraolímpicos | Vatican News
A diversidade que vem da deficiência é uma força, não uma fraqueza. O novo mundo pós-pandêmico terá que ser construído de uma maneira melhor do que antes. Ele terá que ser caracterizado por sociedades onde existam oportunidades para todos.

Quando os Jogos foram adiados há um ano, os atletas paraolímpicos se tornaram faróis de esperança. Nem mesmo quando a sombra da incerteza era mais escura eles pararam de treinar, perseguindo seus sonhos. E eles nunca deixaram de acreditar que estariam aqui, em Tóquio, nestes dias.

É por isso que os atletas paraolímpicos são uma força da natureza, uma força para o bem.  Sua resiliência devolveu a esperança a muitas pessoas que a haviam perdido. Mas estes atletas não estão sozinhos. Ao lado deles estão os Comitês Paraolímpicos Nacionais e as Federações Internacionais que os apoiaram neste momento sem precedentes para a humanidade.

Esta é precisamente a força do movimento paraolímpico: trabalhar juntos para garantir que os atletas tenham a melhor plataforma para "brilhar", para dar o melhor de si mesmos.

Os atletas paraolímpicos deram tudo de si para estarem aqui em Tóquio: sangue, suor e lágrimas. Agora é a hora de mostrar ao mundo sua capacidade, sua força, sua determinação. Se o mundo os rotulou como "deficientes", agora é o momento de serem re-etiquetados: campeão, herói, amigo, colega, modelo. Ou simplesmente um ser humano.

Estes atletas extraordinários são os melhores da humanidade e os únicos que podem decidir quem e o que ser em suas vidas, apesar de tudo. Com suas performances, eles sabem que podem mudar suas próprias vidas. Mas, acima de tudo, eles sabem que poderiam mudar, e para sempre, a vida de 1,2 bilhões de pessoas.

Este é o poder do esporte: transformar vidas e fazer comunidade. E a mudança pode realmente começar com o esporte. E agora, em Tóquio, os atletas paraolímpicos estão tentando mudar o mundo.

Fonte: Vatican News

São Raimundo Nonato

S. Raimundo Nonato | ArquiSP
31 de agosto

São Raimundo Nonato

Raimundo nasceu em Portell, na Catalunha, Espanha, em 1200. Seus pais eram nobres, porém não tinham grandes fortunas. O seu nascimento aconteceu de modo trágico: sua mãe morreu durante os trabalhos de parto, antes de dar-lhe à luz. Por isso Raimundo recebeu o nome de Nonato, que significa não-nascido de mãe viva, ou seja, foi extraído vivo do corpo sem vida dela.

Dotado de grande inteligência, fez com certa tranqüilidade seus estudos primários. O pai, percebendo os dotes religiosos do filho, tratou de mandá-lo administrar uma pequena fazenda de propriedade da família. Com isso, queria demovê-lo da idéia de ingressar na vida religiosa. Porém as coisas aconteceram exatamente ao contrário.

Raimundo, no silêncio e na solidão em que vivia, fortificou ainda mais sua vontade de dedicar-se unicamente à Ordem de Nossa Senhora das Mercês, fundada por seu amigo Pedro Nolasco, agora também santo. A Ordem tinha como principal finalidade libertar cristãos que caíam nas mãos dos mouros e eram por eles feitos escravos. Nessa missão, dedicou-se de coração e alma.

Apesar da dificuldade, conseguiu o consentimento do pai e, finalmente, em 1224, ingressou na Ordem, recebendo o hábito das mãos do próprio fundador. Ordenou-se sacerdote e seus dotes de missionário vieram à tona, dedicando-se nessa missão de coração e alma. Por isso foi mandado em missão à Argélia, norte da África, para resgatar cristãos das mãos dos muçulmanos. Conseguiu libertar cento e cinqüenta escravos e devolvê-los às suas famílias.

Quando se ofereceu como refém, sofreu no cativeiro verdadeiras torturas e humilhações. Mas mesmo assim não abandonou seu trabalho. Levava o conforto e a Palavra de Deus aos que sofriam mais do que ele e já estavam prestes a renunciar à fé em Jesus. Muitas foram as pessoas convertidas por ele, o que despertou a ira dos magistrados muçulmanos, os quais mandaram que lhe perfurassem a boca e colocassem cadeados, para que Raimundo nunca mais pudesse falar e pregar a doutrina de Cristo.

Raimundo sofreu durante oito meses essa tortura até ser libertado, mas com a saúde abalada. Quando chegou à pátria, na Catalunha, em 1239, logo foi nomeado cardeal pelo papa Gregório IX, que o chamou para ser seu conselheiro em Roma. Empreendeu a viagem no ano seguinte, mas não conseguiu concluí-la. Próximo de Barcelona, na cidade de Cardona, já com a saúde debilitada pelos sofrimentos do cativeiro, Raimundo Nonato foi acometido de forte febre e acabou morrendo, em 31 de agosto de 1240, quando tinha, apenas, quarenta anos de idade.

Raimundo Nonato foi sepultado naquela cidade e o seu túmulo tornou-se local de peregrinação, sendo, então, erguida uma igreja para abrigar seus restos mortais. Seu culto propagou-se pela Espanha e pela Europa, sendo confirmado por Roma em 1681. São Raimundo Nonato, devido à condição difícil do seu nascimento, é venerado como Padroeiro das Parturientes, das Parteiras e dos Obstetras.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Missa em honra a Dom Bosco é celebrada na Ermida seguida de Procissão Náutica

Dom Paulo Cezar | arquibrasília
Missa em honra a Dom Bosco

Nesta manhã de domingo (29), último domingo do mês vocacional, uma missa campal marcou a festa do co-padroeiro de Brasília, São João Bosco e o retorno da procissão Náutica de Dom Bosco após dez anos, no Lago Paranoá. A missa foi presidida por Dom Paulo Cezar, arcebispo de Brasília e concelebrada por seu auxiliar, Dom José Aparecido, pelo Pe. Natale Vitale – Provincial dos Salesianos; o Pe. Jonh, padres e diáconos convidados.

Em sua homilia, o arcebispo de Brasília ressaltou que “o sonho representa sempre a percepção de que Deus olha o seu povo. O sonho de Dom Bosco não é um sonho simplesmente humano, representa que Deus está olhando por nós. O sonho de Dom Bosco toma forma através de um outro homem sonhador, Juscelino Kubitschek, que foi capaz de construir aqui a capital.

Estamos aqui hoje também sonhando, porque quando deixamos de sonhar, nós perdemos o horizonte do presente e do futuro. O sonho faz parte da vida de um povo, o sonho faz parte da vida do ser humano, é preciso sonhar, é preciso sonhar grande.”

É preciso sonhar grande

Celebra São João Bosco, este sonho que mostra que Deus olha por nós, que Deus tem um grande projeto para nós, relembra que, nesse tempo histórico em que estamos vivendo com seus problemas, uma sociedade polarizada, é preciso sonhar. É preciso ter grandes sonhos. É preciso ter grandes ideais. Uma sociedade quando perde a capacidade de sonhar, de ter grandes sonhos, ela vai enterrando o seu presente e minando as suas condições de futuro.

“Que daqui de Brasília, porque na origem dessa cidade está o sonho, sempre emerjam grandes sonhos para a vida da nossa sociedade. Grandes sonhos que façam jus verdadeiramente a grandeza da dignidade humana, da grandeza do ser humano. Que daqui, saiam grandes sonhos da vida da igreja. Que o nosso tempo seja regado por grandes sonhos,” conclui Dom Paulo Cezar.

Com o sentimento de alegria e unidade, o casal Wilson e Gorete Costa, vieram celebrar o santo de devoção. “Dom Bosco é muito especial para a minha família. Meus filhos só deslancharam através dos cuidados dos Salesianos de Dom Bosco, na paróquia São João Bosco, no Núcleo Bandeirante,” explica Gorete.

Para o grupo de jovens: Luana, Maria Melo, Daniel, Erica Machado, Maria Clara e Elton Soares, membros do coral da paróquia São João Bosco – Núcleo Bandeirante, “voltar aqui em plena pandemia está sendo muito gratificante. Sentir a presença do povo reunido é muito importante, ainda mais neste tempo difícil. Dom Bosco é uma inspiração muito grande para todos nós.”

PASCOM | Arquidiocese de Brasília
Comemoração

A festa de São João Bosco iniciou às 8h, com uma carreata com a imagem do Santo partindo do Santuário São João Bosco, na 702 Sul, com destino à Ermida Dom Bosco, para a tradicional missa campal, realizada anualmente.

Por volta de 11h30, a procissão largou do deck da ermida rumo à Ponte JK, onde o Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar, concedeu dias bençãos: pelas necessidades públicas e pelos barcos da marinha que completam 10 anos. Após a chegada do Lago Paranoá, o evento seguiu em carreata até a Paróquia São João Bosco, no Núcleo Bandeirante, com benção aos motoristas na chegada à igreja Matriz. Às 18h, os festejos encerraram com missa solene presidida pelo Cardeal Dom Raymundo Damasceno.

Nas mãos de Dom Paulo – Relíquia de Dom Bosco
(Fios de cabelo guardados em um ostensório)
Cercada de 300 pessoas participaram da missa campal, entre autoridades, membros da família Salesiana, educadores e jovens das obras Salesianas do DF e fiéis devotos ao santo, respeitando os protocolos de segurança contra o COVID-19.

O evento foi organizado pela Secretaria de Turismo do DF (Setur), com apoio da Secretaria de Governo (Segov) e da Arquidiocese de Brasília. A Marinha do Brasil prestou suporte logístico à comemoração, que contou também com a participação do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e da Secretaria do Meio Ambiente (Sema).

Fonte: PASCOM/Arquidiocese de Brasília

A partir de outubro, primeira Faculdade católica de Teologia em Damasco

Faculdade quer ser um espaço aberto a todos  (AFP or licensors)

Um lugar "ecumênico" onde até os não-cristãos são bem-vindos. O reitor da nova Faculdade, nascida de um projeto da Igreja Melquita síria, falou ao Vatican News sobre as esperanças e projetos que ganharão vida com o início dos cursos no próximo mês de outubro.

Gabriella Ceraso - Cidade do Vaticano

"Abertura" a todos e "serviço". Estas são as palavras mais frequentes na conversa por telefone que tivemos com o padre Youssef Lajin, que está em Damasco, onde é reitor da nova Faculdade Católica de Teologia que, inaugurada em setembro, abrirá as portas a professores e alunos no mês seguinte.

Ao visitá-la, o núncio apostólico na Síria, cardeal Mario Zenari, expressou seu grande entusiasmo. É “uma novidade e um primado” para a Síria - frisa padre Lajin - que tem uma população de 90% de muçulmanos e sofre com o êxodo constante de cristãos. Será uma forma de reconstituir o tecido sírio dilacerado? É o que esperamos. "Tantos anos de guerra criaram uma fissura e não queremos uma fissura, queremos ter um contato normal com aqueles que não são de nossa própria comunidade religiosa", queremos ser uma família", como já foi, um tempo lindo que nos deu alegria”.

Um trabalho a ser feito junto também com os não-cristãos

Na visão do reitor, esta nova Faculdade pode tornar-se um “lugar ecumênico”: concebida como “aberta a todos”, é dirigida àqueles que - explica ele - “se interessam pela religião cristã e pelo mundo católico, aos ortodoxos, caldeus, armênios e siríacos, mas também para os muçulmanos que querem saber mais sobre a nossa fé”.

Por isso o Pe. Lajin, quando questionado sobre quais são os objetivos da nova Faculdade, concentra-se em três pontos, dando particular ênfase ao último.

O primeiro - afirma - é dar aos alunos uma cultura católica geral e eclesiástica, o segundo é permitir que trabalhem, com o diploma obtido, no âmbito do ensino no final do curso. Por fim, e mais importante, é uma abertura a todos, para dizer especialmente aos não cristãos: 'Somos por vocês, queremos dialogar com vocês'. Até mesmo professores não cristãos nos ajudarão nisso. É um trabalho a ser feito em conjunto e que nos levará para a frente”.

Erigida com decreto presidencial de 7 de maio de 2019, a Faculdade nasceu onde era a antiga escola patriarcal, depois Instituto Teológico de Damasco. A oferta formativa é de cinco anos, sendo dois de Filosofia e três em Teologia, com cursos de Dogmática, Patrística, Sacramentos, História da Igreja, Pastoral, Doutrina Social da Igreja, até culminar na habilitação para lecionar em Teologia, reconhecida pelo Estado.

As diretrizes do curso estão de acordo com a Congregação para a Educação Católica, explica Pe. Youssef, isso inclui também o estudo das línguas, francês, inglês, grego, latim. Estamos pensando em abrir - conclui - também um instituto de línguas, "muito importante para nós - confessa - muitos têm interesse em aprender".

Certamente, conclui, abre-se um novo espaço com esta faculdade também para os seminaristas que - recordou o reitor - poderão ficar e estudar no seu país e não necessariamente mudar-se para o vizinho Líbano como até agora”.

Fonte: Vatican News

SÃO FÉLIX E SANTO ADAUTO

São Félix e Santo Adauto | Vatican News
30 de agosto

SS. FÉLIX SACERDOTE, E ADAUTO, MÁRTIRES

Padroeiros dos perseguidos pela causa de Deus

Origens

Os registros existentes sobre os santos Félix e Adauto são poucos. A história desses dois chegou até nós através da Tradição (com “T” maiúsculo) cristã, que remonta aos primeiros tempos do cristianismo. Sabe-se que São Félix foi um sacerdote cristão que viveu no tempo do imperador Diocleciano por volta do ano 300, em Roma. O pouco que se sabe sobre Santo Adauto é surpreendente e inquietante.

Mártires oferecendo suas vidas por Jesus

A história conta que São Félix foi preso pelos soldados do imperador Diocleciano, um dos maiores perseguidores dos cristãos, pelo simples fato de se declarar cristão e exercer o ministério sacerdotal em Roma. Com efeito, no tempo de Diocleciano, esta era uma razão forte de condenação à morte. Como São Félix não renunciou à sua fé em Cristo, foi condenado à morte por decapitação.

Santo Adauto aparece e se oferece para morrer com Félix

Condenado à morte, São Félix estava sendo levado para ser executado pelos soldados romanos. Nesse caminho, eis que aparece um homem que afronta os soldados e se declara cristão. Os soldados, a princípio, estranham a atitude daquele homem. E o estranho insistiu, oferecendo-se para ser morto junto com São Félix. Determinados a exterminar cristãos, os soldados prenderam o homem e o levaram junto com São Félix.

Martírio

Os soldados, então, chegando ao local determinado, decapitaram primeiro a São Félix e, logo em seguida, com a mesma espada, decapitaram o estranho que desafiou o imperador. Nenhum daqueles que assistiram à decapitação tinha ideia de quem seria aquele homem. Por isso, passaram a chama-lo de “Adauto”, nome que quer dizer “adjunto”, ou seja, aquele que morreu junto com São Félix e, junto com ele, recebeu a glória do martírio, entregando sua vida por Jesus.

Culto

Segundo a Tradição, os dois foram sepultados num túmulo do cemitério chamado Comodila, em Roma. Tal cemitério ficava próximo à Basílica de São Paulo Fora dos Muros. Mais tarde, o Papa Sirício fez construir uma Basílica no lugar onde eles foram sepultados. A basílica veio a se tornar um local de enorme peregrinação até depois de passada a Idade Média. Com o passar do tempo, o culto aos dois santos foi diminuindo até ficar quase esquecido pelos cristãos. Somente em 1903 a pequenina basílica dedicada a São Félix e Santo Adauto foi restaurada definitivamente. A história dos dois santos ficou tão marcada na história da Igreja que foi dedicado o mesmo dia de celebração aos dois mártires. Há algumas fontes descobertas mais tarde, que afirmam que os dois seriam irmãos. Sendo irmãos de sangue ou não, eles eram irmãos pelo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Oração a São Félix e Santo Adauto

Concedei-nos, Ó Deus Onipotente, a graça de sermos sempre firmes na fé, e pela intercessão de S. Félix e de Santo Adauto, dai-nos, Senhor, a graça que vos pedimos. Por Cristo Nosso Senhor, amém. São Félix e Santo Adauto, rogai por nós.”

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF