Translate

domingo, 14 de agosto de 2022

Francisco: os pais que enfrentam todos os desafios pelos filhos são heróis

"Quando tivermos que exercer a paternidade, levaremos conosco antes de tudo
a experiência que tivemos em nível pessoal" - Papa Francisco  (Nick Lachance)

Entrevista do Papa Francisco à mídia vaticana sobre ser genitores em tempo de Covid e o testemunho de São José, exemplo de força e ternura para os pais de hoje.

Andrea Monda – Alessandro Gisotti

O Ano especial sobre São José se concluiu em 8 de dezembro passado, mas a atenção e o amor do Papa Francisco por este Santo não se esgotaram; pelo contrário, se desenvolveram ulteriormente com as catequeses que, desde 17 de novembro passado, está dedicando à figura do Padroeiro universal da Igreja. Da nossa parte, L’Osservatore Romano publicou uma coluna mensal no decorrer de todo o ano de 2021, que foi proposta também no site do Vatican News, sobre a Patris Corde, dedicando cada artigo a um capítulo da Carta Apostólica sobre São José. Esta coluna que falou de pais, mas também de filhos e de mães em diálogo ideal com o Esposo de Maria, suscitou em nós o desejo de poder nos confrontar com o Papa precisamente sobre o tema da paternidade em suas mais diversas facetas, desafios e complexidades. Assim nasceu esta entrevista, em que Francisco responde às nossas perguntas mostrando todo o seu amor pela família, a sua proximidade por quem experimenta o sofrimento e o abraço da Igreja aos pais e mães que hoje devem enfrentar inúmeras dificuldades para dar um futuro aos próprios filhos.

Santo Padre, o senhor convocou um Ano especial dedicado a São José, escreveu uma carta, a Patris Corde, e está realizando um ciclo de catequeses dedicado à sua figura. Que representa São José para o senhor?

Nunca escondi a sintonia que sinto em relação à figura de São José. Creio que isto provenha da minha infância, da minha formação. Desde sempre cultivei uma devoção especial a São José porque creio que a sua figura represente, de maneira bela e especial, o que deveria ser a fé cristã para cada um de nós. Com efeito, José é um homem normal e a sua santidade consiste precisamente em ter-se feito santo através das circunstâncias boas e ruins que teve que viver e enfrentar. Porém, não podemos nem mesmo esconder o fato de que encontramos São José no Evangelho, sobretudo nas narrações de Mateus e Lucas, como um protagonista importante do início da história da salvação. De fato, os eventos que viram o nascimento de Jesus foram eventos difíceis, repletos de obstáculos, de problemas, de perseguições, de escuridão, e Deus, para ir ao encontro do Seu Filho que nascia no mundo, colocou ao seu lado Maria e José. Se Maria é aquela que deu ao mundo o Verbo feito carne, José é quem o defendeu, quem o protegeu, quem o nutriu, quem o fez crescer. Nele, poderíamos dizer que existe o homem dos tempos difíceis, o homem concreto, o homem que sabe assumir sua responsabilidade. Neste sentido, em São José se unem duas características. De um lado, a sua acentuada espiritualidade, que é traduzida no Evangelho através das histórias dos sonhos; essas narrações testemunham a capacidade de José de saber escutar Deus que fala ao seu coração. Somente uma pessoa que reza, que tem uma intensa vida espiritual, pode ter também a capacidade de saber distinguir a voz de Deus em meio às muitas vozes que nos habitam. Ao lado desta característica, há depois outra: José é o homem concreto, isto é, o homem que enfrenta os problemas com extrema praticidade, e diante das dificuldades e dos obstáculos, ele jamais assume uma postura de vitimismo. Coloca-se, ao invés, sempre na perspectiva de reagir, de corresponder, de entregar-se a Deus e de encontrar uma solução de maneira criativa.

Esta renovada atenção a São José neste momento de tão grande provação assume um significado particular?

O tempo que estamos vivendo é um tempo difícil, marcado pela pandemia do coronavírus. Muitas pessoas sofrem, muitas famílias estão em dificuldade, tantas pessoas são assediadas pela angústia da morte, de um futuro incerto. Pensei que em um momento tão difícil tínhamos necessidade de alguém que pudesse nos encorajar, nos ajudar, nos inspirar, para entender qual é o modo correto para saber enfrentar esses momentos de escuridão. José é uma testemunha luminosa em tempos sombrios. Eis porque era correto dar-lhe espaço neste momento, para poder encontrar o caminho.

Seu ministério petrino começou precisamente em 19 de março, dia da festa de São José...

Sempre considerei uma delicadeza do céu poder iniciar meu ministério petrino em 19 de março. Creio que de alguma forma São José quis me dizer que continuaria a me ajudar, a estar ao meu lado, e eu poderia continuar a considerá-lo um amigo a quem posso recorrer, em quem posso confiar, a quem pedir para interceder e rezar por mim. Mas certamente essa relação que se dá na comunhão dos Santos não é reservada somente a mim, penso que poderá ser de ajuda para muitos. Eis porque espero que o ano dedicado a São José tenha despertado no coração de muitos cristãos o valor profundo da comunhão dos Santos, que não é uma comunhão abstrata, mas uma comunhão concreta que se expressa em uma relação concreta e tem consequências concretas.

Na coluna sobre a Patris Corde, apresentada pelo nosso jornal durante o ano especial dedicado a São José, entrelaçamos a vida do Santo com a dos pais, mas também com a dos filhos de hoje. O que os filhos de hoje, ou seja, os pais de amanhã, podem receber do diálogo com São José?

Não nascemos pais, mas certamente todos nascemos filhos. Esta é a primeira coisa que devemos considerar, isto é, cada um de nós, para além do que a vida lhe reservou, é antes de tudo um filho, foi confiado a alguém, vem de uma relação importante que o fez crescer e que o condicionou no bem e no mal. Ter essa relação, e reconhecer a sua importância na própria vida, significa entender que um dia, quando tivermos a responsabilidade pela vida de alguém, ou seja, quando tivermos que exercer uma paternidade, levaremos conosco antes de tudo a experiência que tivemos em nível pessoal. E, portanto, é importante poder refletir sobre essa experiência pessoal para não repetir os mesmos erros e valorizar as coisas belas que vivemos. Estou convencido de que a relação de paternidade que José tinha com Jesus influenciou de tal modo sua vida, a ponto de a futura pregação de Jesus estar repleta de imagens e referências retiradas precisamente do imaginário paterno. Jesus, por exemplo, diz que Deus é Pai, e esta afirmação não nos pode deixar indiferentes, sobretudo pensando no que foi a sua experiência humana pessoal de paternidade. Isso significa que José foi um pai tão bom, que Jesus encontrou no amor e na paternidade deste homem a mais bela referência a dar a Deus. Poderíamos dizer que os filhos de hoje que se tornarão os pais de amanhã, deveriam perguntar-se que pais tiveram e que pais querem ser. Não devem deixar que o papel paterno seja fruto do acaso ou simplesmente da consequência de uma experiência feita no passado, mas que conscientemente possam decidir como querer bem alguém, como assumir a responsabilidade por alguém.

O último capítulo da Patris Corde fala de José como um pai na sombra. Um pai que sabe como estar presente, mas deixa seu filho livre para crescer. Isso é possível em uma sociedade que parece recompensar apenas aqueles que ocupam espaço e visibilidade?

Uma das mais belas características do amor, e não apenas da paternidade, é precisamente a liberdade. O amor sempre gera liberdade, o amor nunca deve se tornar uma prisão, uma posse. José nos mostra a capacidade de cuidar de Jesus sem nunca tomar posse dele, sem nunca querer manipulá-lo, sem nunca querer distrai-lo da sua missão. Creio que isto seja muito importante como um teste à nossa capacidade de amar e também à nossa capacidade de saber dar um passo atrás. Um bom pai é assim quando sabe se retirar no momento certo para que seu filho possa emergir com a sua beleza, com a sua singularidade, com as suas escolhas, com a sua vocação. Neste sentido, em todo bom relacionamento, é necessário renunciar ao desejo de impor do alto uma imagem, uma expectativa, uma visibilidade, para preencher a cena completamente e sempre com um protagonismo excessivo. A característica de José de saber se colocar de lado, sua humildade, que é também a capacidade de ocupar um lugar secundário, talvez seja o aspecto mais decisivo do amor que José demonstra por Jesus. Neste sentido, ele é um personagem importante, ousaria dizer essencial na biografia de Jesus, justamente porque em determinado momento ele sabe como se retirar de cena para que Jesus possa brilhar em toda sua vocação, em toda sua missão. Na imagem de José, devemos nos perguntar se somos capazes de saber dar um passo atrás, de permitir que outros, e sobretudo aqueles que nos são confiados, encontrem em nós um ponto de referência, e nunca um obstáculo.

O senhor já denunciou várias vezes que a paternidade hoje está em crise. O que pode ser feito, o que a Igreja pode fazer para restaurar a força da relação pai-filho, que é fundamental para a sociedade?

Quando pensamos na Igreja, sempre pensamos nela como Mãe, e isto certamente não está errado. Ao longo dos anos, eu também tenho tentado insistir muito nesta perspectiva porque a maneira de exercer a maternidade da Igreja é através da misericórdia, ou seja, é aquele amor que gera e regenera a vida. Não é o perdão, a reconciliação, um modo através do qual somos recolocados em pé? Não é uma maneira através da qual recebemos novamente a vida porque recebemos outra chance? Não pode existir uma Igreja de Jesus Cristo a não ser através da misericórdia! Mas creio que devemos ter a coragem de dizer que a Igreja não deve ser apenas materna, mas também paterna. Ou seja, ela é chamada a exercer um ministério paterno, não paternalista. E quando digo que a Igreja deve recuperar este aspecto paterno, estou me referindo precisamente à capacidade inteiramente paterna de colocar os filhos em condições de assumir suas próprias responsabilidades, de exercer a própria liberdade, de fazer suas escolhas. Se por um lado a misericórdia nos cura, nos consola e nos encoraja, por outro o amor de Deus não se limita simplesmente a perdoar e curar, mas o amor de Deus nos leva a tomar decisões, a tomarmos o nosso caminho.

Às vezes, o medo, ainda mais neste momento de pandemia, parece paralisar este impulso...

Sim, este período da história é marcado por uma incapacidade de tomar grandes decisões na própria vida. Nossos jovens muitas vezes têm medo de decidir, de escolher, de se envolver. Uma Igreja é Igreja não só quando diz sim ou não, mas sobretudo quando encoraja e possibilita grandes escolhas. E toda escolha tem sempre consequências e riscos, mas às vezes por medo das consequências e riscos, ficamos paralisados e somos incapazes de fazer algo ou escolher algo. Um verdadeiro pai não diz a você que tudo vai sempre correr bem, mas que mesmo se você se encontrar em uma situação em que as coisas não vão bem, você será capaz de enfrentar e viver com dignidade esses momentos, também os fracassos. Uma pessoa madura se reconhece não por suas vitórias, mas pela forma como sabe viver um fracasso. É precisamente na experiência da queda e da fraqueza que se reconhece o caráter de uma pessoa.

Para o senhor, a paternidade espiritual é muito importante. Como os sacerdotes podem ser pais?

Dizia antes que a paternidade não é algo óbvio, não se nasce pai, no máximo torna-se pai. Do mesmo modo, um sacerdote não nasce já padre, mas deve aprender um pouco de cada vez, começando, antes de tudo, por se reconhecer como filho de Deus, mas depois também como filho da Igreja. E a Igreja não é um conceito abstrato, é sempre o rosto de alguém, uma situação concreta, algo a quem podemos dar um nome preciso. Recebemos sempre a nossa fé através de uma relação com alguém. A fé cristã não é algo que se possa aprender nos livros ou através de simples raciocínios, mas é sempre uma passagem existencial que passa através de relações. Assim, a nossa experiência de fé nasce sempre do testemunho de alguém. Devemos, portanto, perguntar-nos como vivemos a nossa gratidão para com estas pessoas e, sobretudo, se conservamos a capacidade crítica para sermos capazes de discernir o que não é bom daquilo que elas nos transmitiram. A vida espiritual não é diferente da vida humana. Se um bom pai, humanamente falando, é pai porque ajuda o seu filho a tornar-se si mesmo, tornando possível a sua liberdade e encorajando-o a tomar grandes decisões, igualmente um bom pai espiritual é pai não quando se substitui à consciência das pessoas que confiam nele, não quando responde às perguntas que essas pessoas carregam em seus corações, não quando domina a vida daqueles que lhe são confiados, mas quando de forma discreta e ao mesmo tempo firme é capaz de mostrar o caminho, fornecer diferentes chaves de interpretação e ajudar no discernimento.

O que é hoje mais urgente para dar força a esta dimensão espiritual da paternidade?

A paternidade espiritual é muitas vezes um dom que nasce sobretudo da experiência. Um pai espiritual pode partilhar não tanto os seus conhecimentos teóricos, mas sobretudo a sua experiência pessoal. Só desta forma pode ser útil a um filho. Há uma grande urgência neste momento histórico de relações significativas que poderíamos definir como paternidade espiritual, mas - permitam-me dizer - também maternidade espiritual, porque este papel de acompanhamento não é uma prerrogativa masculina ou apenas dos sacerdotes. Há muitas boas religiosas, muitas consagradas, mas também muitos leigos e leigas que têm uma bagagem de experiência que podem partilhar com outras pessoas. Neste sentido, a relação espiritual é uma daquelas relações que precisamos redescobrir com mais força neste momento histórico, sem nunca a confundir com outros caminhos de natureza psicológica ou terapêutica.

Entre as dramáticas consequências da Covid está também a perda do emprego de muitos pais. O que gostaria de dizer a estes pais em dificuldade?

Sinto-me muito próximo ao drama daquelas famílias, daqueles pais e mães que estão vivendo uma dificuldade particular, agravada sobretudo pela pandemia. Acredito que não seja um sofrimento fácil de ser enfrentado, o de não conseguir dar pão aos filhos e de se sentir responsável pela vida dos outros. Neste sentido, a minha oração, a minha proximidade, mas também todo o apoio da Igreja é para estas pessoas, para estes últimos. Mas também penso em tantos pais, tantas mães, tantas famílias que fogem das guerras, que são rejeitadas nas fronteiras da Europa e não somente, e que vivem em situações de dor, de injustiça e que ninguém leva a sério ou ignora deliberadamente. Gostaria de dizer a estes pais, a estas mães, que para mim eles são heróis, porque encontro neles a coragem daqueles que arriscam as suas vidas por amor aos seus filhos, por amor às suas famílias. Também Maria e José experimentaram este exílio, esta provação, tendo de fugir para um país estrangeiro por causa da violência e do poder de Herodes. Esse sofrimento deles os torna próximos destes irmãos e irmãs que hoje sofrem as mesmas provações. Estes pais se dirigem com confiança a São José, sabendo que, como pai, ele viveu a mesma experiência, a mesma injustiça. E a todos eles e às suas famílias, gostaria de dizer que não se sintam sós! O Papa sempre se lembra deles e, na medida do possível, continuará a dar-lhes voz e a não se esquecer deles.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sábado, 13 de agosto de 2022

Sete perigos para os católicos devido à falta de formação

Imagem ilustrativa / Unsplash

Cidade do México, 11 ago. 22 / 04:24 pm (ACI).- O padre Eduardo Hayen Cuarón, diretor do jornal Presencia da diocese mexicana de Ciudad Juárez, falou sobre sete perigos que os católicos correm por falta de formação.

Em sua conta no Twitter, o padre mexicano alertou que “a falta de formação católica traz:

1) falta de fé na eucaristia.

2) esquecimento da confissão.

3) ignorância do fim da vida.

4) Não viver a fé em público.

5) aumento do aborto, eutanásia, união livre e união entre pessoas do mesmo sexo.

6) queda da fertilidade da população

7) materialismo.

Para evitar esses perigos, o padre exorta os católicos a se formarem, principalmente através da catequese, que segundo explica o Catecismo da Igreja Católica, tem como principal missão a transmissão da fé.

O número 5 do documento explica que "a catequese é uma educação da fé das crianças, dos jovens e dos adultos, que compreende especialmente o ensino da doutrina cristã, ministrado em geral dum modo orgânico e sistemático, em ordem à iniciação na plenitude da vida cristã”.

O próprio Catecismo da Igreja Católica "tem por finalidade apresentar uma exposição orgânica e sintética dos conteúdos essenciais e fundamentais da doutrina católica, tanto sobre a fé como sobre a moral, à luz do Concílio Vaticano II e de toda a da Tradição da Igreja”.

Por isso, "suas principais fontes são a Sagrada Escritura, os santos Padres, a Liturgia e o Magistério da Igreja".

Para ler o Catecismo da Igreja Católica, clique AQUI.

Fonte: https://www.acidigital.com/

História, oração e frases de Santa Dulce dos Pobres

Santa Dulce dos Pobres | Guadium Press
A Igreja Católica celebra, no dia 13 de agosto, a memória de Santa Dulce dos Pobres, o Anjo Bom da Bahia.

Redação (12/08/2022 09:58, Gaudium Press) Nascida no dia 26 de maio de 1914, na cidade de Salvador (BA) Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus.

Desejando consagrar sua vida a Deus servindo aos mais necessitados, tornou-se religiosa, passando a ser chamada de Irmã Dulce, em homenagem a sua mãe. Mais tarde, ficou popularmente conhecida como o “Anjo bom da Bahia”.

Em 1949, improvisou, no galinheiro do convento, um abrigo para acolher os doentes que eram resgatados por ela nas ruas de Salvador. Dez anos depois, um terreno foi doado para a construção do Albergue Santo Antônio. Anos mais tarde, ao lado do albergue, foi fundado o Hospital Santo Antônio, coração das Obras Sociais de Irmã Dulce.

Irmã Dulce faleceu no dia 13 de março de 1992, em sua casa, no Convento Santo Antônio. Ela foi beatificada no dia 22 de maio de 2011 e canonizada pelo Papa Francisco no dia 13 de outubro de 2019, tornando-se a primeira santa brasileira.

Guadium Press

Frases de Santa Dulce dos Pobres

01 – “Nós somos como um lápis com que Deus escreve os textos que Ele quer ditos nos corações dos homens”.

02 – “O que fazer para mudar o mundo? Amar. O amor pode, sim, vencer o egoísmo”.

03 – “Quem tem mãos para servir, não tem tempo para fazer o mal”.

04 – “O amor supera todos os obstáculos, todos os sacrifícios. Por mais que fizermos, tudo é pouco diante do que Deus faz por nós”.

05 – “O corpo é um templo sagrado. A mente, o altar. Então, devemos cuidá-los com o maior zelo. Corpo e mente são o reflexo da nossa alma, a forma como nos apresentamos ao mundo e um cartão de visitas para o nosso encontro com Deus”.

Guadium Press

06 – “A providência divina é que mantém, que toma conta, que dirige. A gente aqui é somente um instrumento bem fraco nas mãos de Deus”.

07 – “É preciso acreditar e ter a certeza de que nada é impossível aos olhos de Deus. Se fosse preciso, começaria tudo outra vez do mesmo jeito, andando pelo mesmo caminho de dificuldades, pois a fé, que nunca me abandona, me daria forças para ir sempre em frente”.

08 – “Habitue-se a ouvir a voz do seu coração. É através dele que Deus fala conosco e nos dá a força que necessitamos para seguirmos em frente, vencendo os obstáculos que surgem na nossa estrada”.

09 – “Quando nenhum hospital quiser aceitar algum paciente, nós aceitaremos. Essa é a última porta e por isso eu não posso fechá-la”.

10 – “Tudo o que acontece no universo tem uma razão de ser; um objetivo. Nós como seres humanos, temos uma só lição na vida: seguir em frente e ter a certeza de que apesar de as vezes estar no escuro, o sol vai voltar a brilhar”.

Guadium Press

Oração à Santa Dulce dos Pobres

Senhor nosso Deus, lembrados de Vossa Filha, a Santa Dulce dos Pobres, cujo coração ardia de amor por Vós e pelos irmãos, particularmente os pobres e excluídos, nós vos pedimos: dai-nos idêntico amor pelos necessitados; renovai nossa fé e nossa esperança e concedei-nos, a exemplo desta Vossa filha, viver como irmãos, buscando diariamente a santidade, para sermos autênticos discípulos missionários de Vosso Filho Jesus. Amém. (EPC)

Fonte: https://gaudiumpress.org/

Sabia que o bebê aprende a rir e chorar no útero?

zffoto|Shutterstock
Por Paola Belletti

Pesquisadores conseguiram estabelecer padrões de comportamento que correspondem a sentimentos e emoções específicos do bebê em gestação.

A ciência já tentou espiar, procurando não ser tão invasiva, a vida maravilhosa e riquíssima do ser humano quando ele ainda está separado do mundo exterior pelo corpo materno. Já se sabe, por exemplo, que o bebê ainda dentro do útero desenvolve várias relações com a mãe, com outras pessoas que interagem com a mãe e com o feto, e também consigo mesmo.

Os bebês aprendem até a cadência de sua língua materna enquanto estão no útero materno. Eles praticam a compreensão e o reconhecimento de sons a ponto de, após o nascimento, poderem reconhecer melodias que só ouviram enquanto ainda estavam dentro do corpo da mãe.

Aprendendo a rir e chorar: os fundamentos

Entretanto, foi só recentemente que os cientistas descobriram que os bebês em gestação “praticam” o choro. Um estudo da Universidade de Durham observou que os bebês são capazes de fazer expressões faciais a partir do segundo ou terceiro trimestres.

O estudo mostra que certas expressões faciais relacionadas ao choro e ao riso são cada vez mais comuns à medida que o desenvolvimento fetal avança. Quanto mais o crescimento de um bebê avança fisiologicamente, a incidência do que eles chamam de “gestalt de cara de choro” passa de 0% na 24.ª semana gestacional para 42% na 35.ª semana. E, no mesmo período de tempo, as expressões faciais de “cara de riso” saem de 0 para 35%.

A autora da pesquisa, Nadja Reissland, correlacionou essas observações com os marcos fisiológicos do desenvolvimento: se tais expressões estão parcial ou totalmente ausentes, é um sinal claro de que o desenvolvimento facial e geral da criança não está dentro da normalidade.

Marcos de desenvolvimento levam a habilidades importantes

Esse desenvolvimento da capacidade de expressar tristeza, sofrimento e alegria antes do nascimento é de vital importância, pois nos permite ter voz no mundo dos relacionamentos em que nascemos. Graças à “habilidade” de chorar, somos capazes de apresentar nossas necessidades primárias já no nascimento.

Mas como os cientistas podem dizer quando um feto está chorando usando ultrassom 4D? Não é através do som do choro ou por meio de lágrimas, mas de certos movimentos e comportamentos listados no estudo, como levantar a sobrancelha interna, abaixar a sobrancelha, franzir o nariz, movimentos do lábio inferior etc.

Enfim, o bebê adquire capacidades cada vez mais complexas em cada estágio de sua existência pré-natal, em preparação para seu futuro fora do útero. No entanto, ainda no útero, o feto já possui um conjunto complexo de experiências, positivas e negativas, que começam a construir seu caráter e até mesmo sua personalidade futura.

Quanto mais a ciência progride no estudo da vida intrauterina, mais entendemos e devemos respeitar imperativamente o valor de cada pessoa desde o início de sua existência.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

São Ponciano e Santo Hipólito

SS. Ponciano e Hipólito | arquisp
13 de agosto

São Ponciano e Santo Hipólito

Para o mundo profano este dia representa um instante negativo, mas os cristãos sabem que não é verdade. Tanto que este dia lembra um momento histórico muito positivo para o cristianismo, protagonizado pelo gesto humilde e solidário de Ponciano e Hipólito, papa e sacerdote, que viveram em Roma no século III.

Tudo começou sob o governo do imperador Alexandre Severo, que, condescendente, aceitou a diversidade religiosa, não perseguiu os cristãos e permitiu que a Igreja se reorganizasse. Durante essa trégua externa, a batalha foi travada internamente, no meio do clero católico, ocasionando a primeira ruptura na Igreja de Roma, que contrapôs ao legítimo pontífice um antipapa, no caso o próprio Hipólito.

Hipólito era um sacerdote culto, austero, pouco tolerante e indulgente, sempre enxergando, ou mesmo temendo, que cada reforma pudesse violar a verdadeira doutrina cristã. Por esse extremado cuidado acusou de heresia o papa são Zeferino e o diácono Calisto. Seu ímpeto de guardião culminou quando este último foi eleito papa em 217. Hipólito rebelou-se e acabou sendo indevidamente eleito papa pelos bispos seus partidários.

Esse cisma manteve-se na Igreja até mesmo nos pontificados de Ubaldo I e Ponciano, que foi eleito em 230. Na ocasião, morrera em combate o imperador Alexandre Severo, sendo sucedido por Maximino, tirano que retomou a perseguição aos cristãos. E começou de forma singular: deparando-se com a existência de dois papas, deportou ambos, condenando-os a trabalhos forçados numa mina de pedras da Sardenha.

Ponciano foi o primeiro papa a ser deportado. Era um fato novo para a Igreja, que ele administrou com sabedoria, sagacidade e muita humildade. Para que seu rebanho não ficasse sem pastor, renunciou ao trono de Pedro, tornando-se, também, o primeiro papa da Igreja a usar este recurso extremo. Foi sucedido pelo papa Antero, de origem grega, que exerceu a função por apenas quarenta dias.

Todavia seu gesto comoveu Hipólito, que percebeu o sincero zelo apostólico de Ponciano. Por isso também renunciou ao seu posto, interrompendo o prolongado cisma e reconciliando-se com a Igreja de Roma, antes de morrer, em 235, mesmo ano da morte de Ponciano.

O cristianismo só se beneficiou porque Hipólito tornou-se o mais importante filósofo cristão do final do século III. As suas obras mais conhecidas são "Teorias filosóficas", o "Livro de Daniel" e "A tradição apostólica", que aborda temas importantes, como rito, disciplina e costumes cristãos da época. Papa Ponciano, por sua vez, instituiu o canto dos salmos, a reza do "confiteor Deo" antes de morrer e o uso do "Dominus vobiscum". E, o fundamental: pôs fim à heresia de Hipólito.

Os corpos desses dois mártires foram trasladados para Roma no dia 13 de agosto de 354, onde, com grande honra, foram sepultados. Santo Hipólito no cemitério da via Tiburtina e o papa são Ponciano nas catacumbas de são Calisto. A festa litúrgica foi mantida neste dia para a veneração de ambos.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

Ao querido papai!

Meu querido Papai! | YouTube

Dom Carlos José

Bispo de Apucarana (PR)

“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação de vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que Lhe agrada e o que é perfeito. ”  (Rm, 12, 2)

Honrar pai e mãe! Tão importante é honrar pai e mãe que, após os três primeiros, esse mandamento vem em quarto lugar, para nos lembrar de nossas origens, do dom de nossa vida que, já desejada por Deus antes do nosso nascimento, nos remete à união de nossos pais terrenos, nossos genitores. Escolhidos por Deus para serem transmissores da vida, nossos pais são os primeiros a nos acolher com amor, carinho e afeto. Criados por Deus, homem e mulher receberam o dom divino de gerar vidas novas e únicas, perpetuando a espécie humana.

Muito se fala das mães, seja por conta da gravidez, da amamentação e dos primeiros cuidados para com os filhos e reconhece-se tudo isso no dom maravilhoso da maternidade; porém, quase nada se fala dos pais, de sua importância e missão na geração e criação dos filhos. Ao celebrarmos o Dia dos Pais, é importante que, primeiramente, nos lembremos que Deus é o Pai de todos. O amor incondicional de Deus é a fonte e modelo de inspiração para o amor paterno. Ser pai é um dom especial, é uma vocação, um chamado à participação no plano da criação, é trazer à vida um novo ser para conduzi-lo e educá-lo conforme os ensinamentos e valores desejados por Deus, como fez São José ao ser escolhido como Pai terreno de Jesus. Homem de virtudes, justo e temente a Deus, São José não mediu esforços para salvaguardar e proteger a vida do Filho de Deus, tornando-se perpetuamente, exemplo de hombridade e obediência ao chamado do Criador.   Todo filho e filha tem no pai o primeiro modelo e referência de como se deve viver e é a ele, o pai, que   imitam em suas primeiras brincadeiras e levando seus exemplos para a vida também. Ser pai é ser, principalmente, o transmissor da fé católica com atitudes e gestos concretos de quem crê que “Cristo Vive e somos suas testemunhas”, conforme nos ensina o Tema do Mês Vocacional deste ano. Diferentemente do passado, onde o pai era visto mais como provedor e chefe da família, hoje temos os pais mais inseridos na vida cotidiana de cuidados e afazeres em relação à criação dos filhos, desde a mais tenra idade destes. Isso contribui para que os filhos vejam a participação de ambos, pai e mãe, na rotina familiar, o que dá a eles novas perspectivas de unidade e comunhão familiar. Bendito os pais que se espelham em São José e, apesar de tantas tribulações e dificuldades que vivemos nos dias atuais, se empenham com destemor e coragem para criarem seus filhos para Deus e não para o mundo. Bendito os avós que assumem como pais os filhos de seus filhos. Bendito os pais que, sem poderem gerar filhos de sua própria carne, geram-nos no coração, como pais adotivos. Que todos os pais, diante das limitações humanas que possuem, possam agir como o pai da parábola do filho pródigo: amar os que estão juntos e no caminho reto, amando também os que se desviam e voltam buscando o perdão e a reconciliação. Assim como Deus que está presente em todos os momentos de nossa vida, que os pais sejam presentes no amor, na compreensão e na unidade familiar, não se conformando com as propostas deste mundo, mas pedindo em oração o discernimento necessário para cuidar dos filhos conforme a vontade de Deus. À Virgem Maria entreguemos a vida de todos os pais, rogando sua benção, proteção e intercessão.

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Santa Dulce Lopes Pontes

Santa Dulce dos Pobres | Vatican News
13 de agosto

Irmã Dulce dos Pobres, mística brasileira, também conhecida como “Anjo bom da Bahia”, tinha como lema “Amar e Servir”: fez da sua existência um instrumento vivo de fé, amor e serviço aos indigentes e enfermos.

Vatican News

Dulce Lopes Pontes

A Igreja Católica recorda hoje Santa Dulce Lopes Pontes, também chamada de "Anjo bom da Bahia", a "Irmã Dulce dos pobres".

Maria Rita nasceu em 26 de maio de 1914, na freguesia de Santo Antônio Além do Carmo, em Salvador, Bahia, segunda filha do cirurgião dentista Augusto Lopes Pontes, professor de Odontologia, e Dona Dulce Maria de Souza. Foi batizada com o nome de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes.

A menina era muito alegre, adorava brincar de boneca, empinar arraia e tinha especial predileção pelo futebol. De fato, era torcedora do Esporte Clube Ypiranga, time da classe operária e excluídos da sociedade.

Em 1921, aos sete anos, ficou órfã de sua mãe, falecida com apenas 26 anos de idade. No ano seguinte, junto com seus irmãos, Augusto e Dulcinha, fez a Primeira Comunhão na igreja de Santo Antônio Além do Carmo.

Aos 13 anos, graças à influência da sua família e ao seu senso de justiça, a jovenzinha passou a acolher mendigos e doentes em sua casa, transformando-a em um pequeno “centro de atendimento”, que ficou conhecido como “Portaria de São Francisco”. Na época, ao visitar com sua tia, a periferia da cidade, bairros onde moravam os pobres e excluídos, Maria Rita começou a manifestar, pela primeira vez, o desejo de dedicar-se à vida religiosa.

Irmã Dulce e suas numerosas atividades

Em 8 de fevereiro de 1933, após sua formatura em Magistério, Maria Rita entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em São Cristóvão, Sergipe, onde recebeu o hábito religioso, mudando seu nome para Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe.

A primeira missão de Irmã Dulce como religiosa foi ensinar em um colégio, mantido pela sua Congregação, no bairro da Massaranduba, Cidade Baixa de Salvador. Mas, seu pensamento estava sempre voltado para o trabalho com os pobres.

Em 1935, começou a dar assistência à comunidade pobre de Alagados, conjunto de palafitas no bairro de Itapagipe, onde moravam numerosos trabalhadores. Ali, deu início a um posto médico, que, em 1936, se tornou “União Operária São Francisco”, a primeira organização católica do estado, que, depois, se transformou em “Círculo Operário da Bahia”, fundado em 1937, com Frei Hildebrando Kruthaup. Dois anos depois, Irmã Dulce inaugurou o “Colégio Santo Antônio”, uma escola pública para operários e seus filhos, no bairro da Massaranduba.

Relíquias da “Madre Teresa do Brasil”

A causa da Canonização de Irmã Dulce teve início em janeiro de 2000. Seus restos mortais, que, desde 1992 - ano de seu falecimento – jaziam na igreja da Conceição da Praia, foram transladados para a Capela do Convento Santo Antônio, sede das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), em Salvador.

A Congregação das Causa dos Santos, após a Positio, documento canônico sobre os dados biográficos, virtudes e testemunhos do processo de canonização, definiu a santa “Madre Teresa do Brasil” como a “Madre Teresa de Calcutá”, “conforto para os pobres e exame de consciência para os ricos”.

No dia 9 de junho de 2010, deu-se a exumação e translado das relíquias da Irmã Dulce para a Capela definitiva, na Igreja da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, hoje, Santuário Santa Dulce dos Pobres, situado ao lado da sede da OSID (Obras Sociais Irmã Dulce), lugar onde a santa havia fundado o Círculo Operário da Bahia, na década de 40. Ali, se encontra o túmulo da Mãe dos Pobres, lugar de devoção e fé.

Em setembro de 2019, por ocasião da sua Canonização, presidida pelo Papa Francisco, o local foi reformado, ganhando um túmulo de vidro com uma efígie, em tamanho real, da Santa Dulce dos Pobres.

Obras sociais “Irmã Dulce”.

Maria Rita Pontes, sobrinha da Irmã Dulce, escreveu uma biografia sobre sua tia, na qual destaca os exemplos de bondade, caridade e amor ao próximo da “Mãe dos Pobres”.

IRMÃ DULCE COMPARADA COM “MADRE TERESA”

(Congregação das Causas dos Santos)

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

MINISTÉRIO DO CATEQUISTA

cnbb

59ª AG CNBB: BISPOS VALIDARÃO SUBSÍDIO QUE TRATA SOBRE OS CRITÉRIOS PARA A INSTITUIÇÃO DO MINISTÉRIO DO CATEQUISTA

 

Dom José Antônio Peruzzo, presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), gravou um vídeo sobre o subsídio que trata sobre os critérios e encaminhamentos práticos para a instituição do ministério de catequista. O documento será objeto de apreciação e votação por parte do episcopado brasileiro durante a 59ª Assembleia Geral da CNBB, a ser realizada em Aparecida (SP), de 28 de agosto a 2 de setembro.

Dom José Antônio Peruzzo | cnbb

A intenção, com a votação do subsídio na 59ª Assembleia, segundo dom Peruzzo, é que os bispos reconheçam se de fato o documento é válido e se pode oferecer às dioceses uma espécie de roteiro.

“O subsídio é um referencial a partir do qual cada bispo e na circunscrição em que lhe é confiada siga o quanto possível esses critérios propostos e refletidos”, disse.

O objetivo, de acordo com ele, é que o bispos implantem o que o Papa Francisco pediu e determinou que vale como uma das expressões sublimes de evangelização: valorizar os catequistas como ministros evangelizadores.

Na gravação, dom Peruzzo esclarece que o subsídio “Critérios e itinerário para a Instituição do Ministério de Catequista” foi preparado pela Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB e teve como inspiração o Motu Proprio Antiquum Ministerium, do Papa Francisco, no qual a Igreja reconhece o Ministério de Catequista.

Ademais, o arcebispo salientou que o subsídio traz algumas considerações que podem ser colocadas em prática na vida comunitária.

Assista o vídeo na íntegra:

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Abertura Arquidiocesana da Semana Nacional da Família 2022

arqbrasilia

De 14 a 21 de agosto, acontece a Semana Nacional da Família 2022, que, neste ano, tem como tema: “Amor familiar, vocação e caminho de santidade”.

Em nossa Arquidiocese, o Setor Vida e Família convida a todos a participarem da abertura da Semana Nacional da Família no dia 13 de agosto, sábado, às 15h30 no Auditório da Cúria Metropolitana de Brasília com participação de Ronaldo da Silva – Canção Nova, e Michelle Abrantes. Às 17h, Santa Missa na Catedral Metropolitana, presidida por Dom Paulo Cezar, Arcebispo de Brasília.

Nas paróquias haverá programação de 14 a 20 de agosto.

A coordenação do Setor Vida e Família salienta a importância de procuramos nossas paróquias e nos informarmos sobre a programação da Semana Nacional da Família.
arqbrasilia

Nossa Senhora da Cabeça

Nossa Senhora da Cabeça | arquisp
12 de agosto

Nossa Senhora da Cabeça

Esta devoção mariana, de origem espanhola, teve início na Andaluzia, mais precisamente na Serra Morena, onde se encontra o Pico da Cabeça.

O pastor Juan de Rivas, depois de participar das guerras entre os mouros e os reis de Castela, mutilado e sem poder carregar armas, retirou-se à Serra Morena para apascentar um pequeno rebanho de sua propriedade. No dia doze de agosto de 1227, por volta da meia-noite, ouviu, em meio a fortes luzes que iluminavam o  monte da Cabeça, o som aprazível de uma campainha.

Vencido o temor, aproximou-se do monte e viu, no meio de uma fogueira, a Virgem Maria. A esplendorosa Senhora lhe pediu para ir à cidade de Andújar dizer a todos que era vontade de Deus que ali se construísse um templo. Juan prometeu cumprir o que era pedido, mas manifestou sua insegurança: não acreditariam nele. Adivinhando seus pensamentos, a Virgem restituiu-lhe o braço perdido. Tal prodígio serviria de prova contra aqueles que duvidassem da veracidade de suas palavras.

Sem conter sua alegria, Juan dirigiu-se ao povoado para contar o prodígio. A população delirante foi ao monte para ver a imagem. Nossa Senhora da Cabeça foi proclamada padroeira da vila. Com a ajuda de cidades vizinhas construíram um belo santuário no lugar da aparição.

Maria Santíssima será invocada sob este título em outros locais da Espanha. Conta a tradição que alguns soldados procedentes de Andújar levavam sob sua proteção uma imagem da Virgem da Cabeça. Quando passaram na vila de Casas Ibáñez, os soldados pediram abrigo para si e para a imagem. A população os acolheu. Uma vez restabelecidos prosseguiram viagem. Com o objetivo de agradecer a hospitalidade, deixaram a imagem na casa de alguma daquelas famílias que foram tão receptivas. Os ibañeses, sensibilizados com o presente e agradecidos pelos favores que começaram a ser concedidos pela Virgem, resolveram construir-lhe uma ermida. A imagem passou a ser propriedade de todos e seu culto se espalhou pelas redondezas.

No Rio de Janeiro, em sua ex-catedral, ainda hoje se venera uma imagem de Nossa Senhora da Cabeça, à qual os devotos oferecem ex-votos em forma de cabeças de cera de todos os tamanhos. Tal devoção data dos tempos da fundação da cidade.

Quando de seu surgimento na Espanha, a devoção a Nossa Senhora da Cabeça não era associada à parte do corpo humano a qual este título mariano nos remete. "Cabeça" era apenas o nome do monte onde Maria Santíssima foi vista. Aqui no Brasil, ela costuma ser invocada para males que atacam o cérebro.

Os fiéis que padecem de cefaléia e as mães de filhos com problemas escolares a ela recorrem para a solução de seus males.

As imagens espanholas de Nossa Senhora da Cabeça não trazem a cabeça de cera masculina que encontramos na imagem que se encontra na ex-catedral do Rio de Janeiro.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

https://arquisp.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF