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domingo, 5 de junho de 2016

O Brasil merece um Estatuto do Nascituro

9ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida contra o Aborto. ZENIT entrevista a Dra. Lenise Garcia, presidente do Movimento Nacional Brasil sem Aborto.
Cartaz 9ª Marcha Nacional
Na próxima terça-feira, 7 de junho, o Movimento Brasil sem Aborto realiza, em Brasília, a 9ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida contra o Aborto. A concentração será a partir das 14h, próximo à Torre de TV, no Eixo Monumental.
Com o tema Quero Viver! Você me ajuda?, a edição deste ano pede a aprovação do Estatuto do Nascituro (PL478/2007), que define direitos da criança ainda não nascida, assim como da gestante.
A Marcha também questiona o Projeto de Lei 882/2015 e a SUG15/2014 (em tramitação no Senado Federal), além de pedir uma reforma do Código Penal que defenda a vida desde a concepção.
Para saber os detalhes sobre essas propostas, ZENIT conversou com a Dra. Lenise Garcia, presidente do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil Sem Aborto, professora do Instituto de Biologia da Universidade de Brasília, doutora em Microbiologia pela UNIFESP.
Acompanhe a entrevista:ZENIT: Dra. Lenise, por que um Estatuto do Nascituro?
Dra. Lenise Garcia: Para explicitar melhor os direitos da criança ainda não nascida, assim como da sua mãe. Já temos Estatutos da criança e do adolescente, da juventude, do idoso, até do torcedor. No ano passado, foi aprovado o Estatuto da pessoa com deficiência. São iniciativas louváveis, que reúnem em uma única lei vários direitos daquele grupo de pessoas que ali estão representadas, com suas peculiaridades. Por isso, pensamos que o Brasil merece também um Estatuto do Nascituro.
ZENIT: O Estatuto do Nascituro tramita no congresso desde 2007. Em que fase ele se encontra atualmente? Quais os próximos passos?
Dra. Lenise Garcia: O Estatuto do Nascituro (PL 478/07) já foi aprovado em duas comissões: a de Seguridade Social e Família (CSSF) e a de Finanças e Tributação (CFT). Atualmente, está na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados (CCJ), podendo o relatório ser apresentado a qualquer momento. Sendo aprovado na CCJ, vai para apreciação do Plenário da Câmara, e depois segue para o Senado Federal.
ZENIT: Na edição do ano passado, a marcha questionou um projeto de lei que propõe a legalização do aborto no Brasil. Qual a situação atual dessa proposta no Congresso?
Dra. Lenise Garcia: O PL 882/2015 é quase uma cópia do PL 1185/91, rejeitado por ampla maioria pelo Congresso e sepultado há anos. Ele busca abrir amplas portas para o aborto. Usa de um subterfúgio para não mostrar o seu verdadeiro propósito, porque traz em seu Artigo 11:
“Toda mulher tem o direito a decidir livremente pela interrupção voluntária de sua gravidez durante as primeiras doze semanas do processo gestacional”, o que já é uma proposta muito grave, uma vez que a vida humana deve ser protegida desde a concepção. Entretanto, o Artigo 19 revoga os Artigos 124, 126 e 128 do atual Código Penal, fazendo com que o aborto deixe de ser crime, em qualquer circunstância, exceto quando realizado contra a vontade da gestante. Na prática, o aborto estaria permitido em qualquer idade gestacional e sob qualquer justificativa, já que tudo o que não é proibido é permitido.
ZENIT: O Movimento Brasil sem Aborto também questiona a chamada SUG 15/2014, que tramita no Senado Federal. A senhora pode nos explicar os detalhes dessa proposta?
Dra. Lenise Garcia: Essa é uma proposta que pede a realização de aborto pelo Sistema Único de Saúde (SUS) até 12 semanas de gestação, bastando para isso a vontade da gestante. Foi feita usando a página e-cidadania, do Senado, com o apoio de 20 mil pessoas, pelo menos em teoria. Digo isso porque os dados estão sendo questionados, por apresentarem possíveis nomes falsos. Todos os cidadãos estão chamados à participação, e podem se envolver nos debates que ocorrem nessa página do Senado.
ZENIT: E qual a situação atual da SUG 15/2014?
Dra. Lenise Garcia: Será analisada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). O relator, senador Magno Malta, solicitou a realização de várias audiências públicas, nas quais tivemos também a oportunidade de participar. O site do Brasil sem Aborto abriu uma página específica para acompanhar esse debate, na qual se podem ver as audiências que já ocorreram e ter atualizações sobre o andamento da proposta: http://brasilsemaborto.org/sug-152014/.  A perspectiva é de que o relatório seja apresentado no início do segundo semestre.
ZENIT: Outra preocupação do Movimento é a reforma do Código Penal, no que diz respeito aos artigos que tratam do aborto. Qual o momento atual do projeto e quais as alterações foram propostas?
Dra. Lenise Garcia: A proposta inicial, feita por uma comissão de juristas, trazia muitas aberturas para o aborto. O substitutivo aprovado, de autoria do relator Pedro Taques, modificou para melhor esse aspecto, mantendo o código atual, com um acréscimo que pretende atender ao que foi aprovado no Supremo Tribunal Federal (STF), incorporando a não punição ao aborto no caso de anencefalia. Agora, o projeto deve ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas encontra-se sem relator desde o início desta legislatura.
ZENIT: Dra. Lenise, o Movimento Brasil sem Aborto completa neste ano 10 anos de existência. Como a senhora avalia a trajetória do movimento? 
Dra. Lenise Garcia: Temos que agradecer aos diferentes grupos e às diversas iniciativas em favor da vida que têm colaborado para a nossa atuação e desenvolvimento. Para mim, foram anos de muito aprendizado. Penso que pudemos dar, como movimento, nossa contribuição para o debate e para o esclarecimento da população sobre os direitos humanos desde a concepção. Surgiram núcleos bastante atuantes em vários estados e esperamos que cidadãos de todo o Brasil continuem a se envolver com a causa da vida. No dia 12 de julho, vamos comemorar os 10 anos do movimento com duas atividades no Congresso Nacional, para as quais todos já estão convidados. Oportunamente, colocaremos os dados em nosso site.
ZENIT: Uma das principais frentes de trabalho do Movimento é a realização das Marchas pela Vida em várias cidades. Como tem sido essa mobilização?
Dra. Lenise Garcia: No ano passado, tivemos marchas em 12 cidades. Algumas fotos e informações podem ser vistas em  http://brasilsemaborto.org/2015/12/29/retrospectiva-2015-marchas-pela-vida-se-espalham-pelo-brasil/
ZENIT: E as expectativas para o futuro?
Dra. Lenise Garcia: Continuar as nossas atividades, com a formação da juventude, as manifestações públicas e a atuação junto a nossos representantes no Congresso Nacional. Esperamos cada vez mais não termos que nos preocupar com os ataques aos direitos do nascituro, para nos envolvermos em pautas positivas em favor das crianças e de suas mães.
Serviço:
9ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida contra o Aborto
Data: 7 de junho
Horário: 14h (concentração próximo à Torre de TV)
Local: Esplanada dos Ministérios
Mais informações: http://brasilsemaborto.org/
Material de divulgação:

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Facebook censura as publicações católicas em suas tendências?

Imagem referencial de Facebook / Foto: Pixabay (Domínio Público)
DENVER, 02 Jun. 16 / 05:00 pm (ACI).- No início de maio, o site Gizmodo, especializada em tecnologia, revelou que os funcionários do Facebook costumam descartar da seção de tendências as notícias de interesse para os grupos conhecidos como conservadores dos Estados Unidos.
Ex-funcionários do Facebook citados por Gizmodo acrescentaram que em certas ocasiões, inclusive, pediam-lhes para colocar histórias não atrativas na seção trends (tendências) e que deixavam a seu critério pessoal a eleição das notícias que iriam para uma “lista negra”.
Um ex-curador de conteúdos, que preferiu permanecer no anonimato, expressou que a maioria dos curadores de notícias do Facebook têm entre 20 e 30 anos e que muitos têm uma orientação política de centro-esquerda. “Acredito que isto tem um efeito negativo em relação às notícias conservadoras”, assinalou.
Alguns líderes católicos consideram possível que as publicações de grupos religiosos também possam estar sendo censuradas da seção de tendências do Facebook.
Ashley McGuire, membro da ‘The Catholic Association’, disse ao Grupo ACI que esta situação é preocupante, pois as pessoas costumam formar sua opinião política a partir de sua fé. Portanto, “esta censura do Facebook terá consequências a nível religioso”.
“Pensem em todos os cristãos cuja fé influi em seu ponto de vista a favor da vida e em sua paixão pelo tema. Essas vozes devem ser suprimidas ou afastadas?”, indagou McQuire.
É possível. Um exemplo disso é a questão do aborto nos Estados Unidos: 59% dos membros do Partido Republicano, que são conservadores, são contra sua aprovação; enquanto 70% dos membros do Partido Democrata, cuja orientação política é de centro-esquerda, sustenta que deve ser legalizado.
“O Papa Francisco nos recorda que ‘a política, segundo a Doutrina Social daIgreja, é uma das formas mais elevadas da caridade porque serve ao bem comum’”, indicou McQuire. “A religião tem um papel importante na política e ao censurar a metade dos americanos, o Facebook também está censurando em certo modo as crenças religiosas que configuram as políticas”.
Quando se tornou público o tema da censura às notícias conservadoras, o Comitê de Comércio do Senado dos Estados Unidos – cuja autoridade abrange os assuntos da mídia, a proteção ao consumidor e as comunicações por internet – enviou uma carta a Mark Zuckerberg pedindo que responda as suas perguntas sobre o processo de seleção de notícias para a seção tendências.
Zuckerberg anunciou que se reuniria com os políticos e líderes conservadores para escutar suas perguntas e inquietações. A companhia também anunciou no início desta semana que não foi demonstrada a existência de uma suposta tendência liberal na empresa, mas realizarão mudanças no processo de seleção de notícias para a seção tendência.
Christopher White, diretor de ‘Vozes Católicas dos Estados Unidos’, manifestou que as redes sociais são muito importantes para a evangelização porque são “dispositivos reais para o intercâmbio de mensagens e podem ser utilizados para compartilhar o que é e o que deveria ser a alegria que temos como católicos”.
Recordou o exemplo do Papa Francisco, “que é a figura mais popular no Twitter e Instagram”. Também assinalou que as redes sociais são um “mercado aberto para a intercâmbio de ideias” e que “ninguém deveria ser atacado por ser conservador, progressista, cristão ou secular”.
AciDigital

domingo, 29 de maio de 2016

Jovens da Palestina se preparam espiritualmente para JMJ Cracóvia 2016

Jovens palestinos se preparam para a JMJ 2016 / Foto: Captura de vídeo (Christian Media Center)
Roma, 25 Mai. 16 / 07:00 pm (ACI).- Dezenas de jovens da Palestina começaram a sua preparação para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ Cracóvia 2016) com um encontro na paróquia latina de Taybeh, onde o Vigário do Patriarcado Latino de Jerusalém, Dom William Shomali, os exortou a viver o perdão ante as ofensas ou abusos recebidos.

“Cada dia há uma ofensa ou um abuso contra nós. Como devemos atuar? Como acabamos com esta situação? Devemos buscar a vingança? Ou há uma terceira solução? De fato, esta é a sinceridade, a compreensão e o perdão”, expressou o Prelado durante o encontro.
Segundo informou o Christian Media Center, Dom Shomali assinalou que “hoje convidamos os jovens a pensar nestas palavras e, especialmente, no precioso versículo que diz: ‘Se teu irmão pecar contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste teu irmão. Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada’”.Por sua parte, Mira Khader, de Zababdeh, disse que “o fato de morar na Terra Santa e viajar para lá (Cracóvia) é algo maravilhoso, pois representaremos a Terra Santa e é muito bonito também para as pessoas que estão ao meu redor”.
“É obvio que a minha mensagem é uma mensagem de amor e de paz que levo comigo da Terra Santa, pois rezamos pela paz em nossa terra e no mundo inteiro”, afirmou.
Em seguida, Issa Tawil, de Jerusalém, também disse que “a JMJ é uma experiência única para todo jovem que participa”. “Cada ano é diferente, cada participação é uma experiência única para todo mundo. Em dois sentidos: para a própria juventude e pelo que os jovens dão à sociedade que os recebe, as pessoas, as famílias e os jovens que lhes dão as boas-vindas”.
AciDigital

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Apresentado o IX Encontro Mundial das Famílias 2018

“É o primeiro grande encontro das famílias do mundo após o Sínodo dos Bispos, após o qual o Papa Francisco publicou a Exortação Apostólica Amoris Laetitia, que torna-se, obviamente, a “Carta Magna” de todo o encontro, quer na sua preparação como na sua celebração”, afirmou Dom Paglia.
“A Exortação Apostólica, que foi às Igrejas locais para ser acolhida, abraçada, aprofundada e aplicada nos diversos contextos culturais, terá em Dublin uma etapa significativa desta recepção. Amoris in Laetitia requer não uma simples atualização da pastoral familiar, mas bem mais do que isto: um novo modo de viver a Igreja, um novo modo de realizar aquele amor que torna alegre a vida do povo de Deus, das famílias e da própria sociedade”. Neste sentido, o Encontro de Dublin assume uma característica particular em relação aos outros Encontros Mundiais”, acrescenta Dom Paglia.
Rádio Vaticano

terça-feira, 24 de maio de 2016

O registro civil de “seres” nascidos por reprodução assistida e a revogação cartorária da figura do “pai” e da “mãe” por Resolução Administrativa no Brasil

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A nova Resolução do CNJ está em pleno vigor. Isto significa que os servidores cartorários devem ignorar completamente, por ordem do CNJ e sob as penas da lei, que tal criança tenha pai e mãe.
Citando decisões judiciais e do Conselho Federal de Medicina, uma resolução do CNJ revoga o parentesco entre pais, mães e filhos e cria, com ameaça de punição administrativa a Oficiais de Registro Civil, o registro e a certidão de nascimento com “ascendência” neutra de “seres nascidos em reprodução assistida” em favor de contratantes de “geração por substituição” (úteros de aluguel) ou de “doação de gametas” que pertençam a contratantes envolvidos em “famílias” hétero ou homoafetivas.
Foi recentemente editada e publicada a Resolução n.º 52/2016, do CNJ, que trata do “registro de nascimento e emissão da respectiva certidão dos filhos havidos por reprodução assistida”. A norma cita como fundamento para a sua própria validade o julgamento conjunto das ADPF n.º 132/RJ e ADI n.º 4277/DF, que reconheceu “a união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como família”, e o julgamento do REsp 1.183.378/RS pelo STJ, que teria permitido às pessoas do mesmo sexo o direito ao casamento civil. Cita, ainda, a resolução 2.121/2015 do Conselho Federal de Medicina, que “estabelece normas éticas para o uso de técnicas de reprodução assistida, tornando-a dispositivo deontológico a ser seguido por todo o território brasileiro”, e passa, com base nestas decisões judiciais e numa resolução de uma autarquia, o Conselho Federal de Medicina, a disciplinar o registo e a emissão de certidão de nascimento aos “filhos havidos por técnica de reprodução assistida, de casais heteroafetivos e homoafetivos”.
O CNJ citou algumas decisões judiciais e uma resolução administrativa do Conselho Federal de Medicina para adentrar na biologia, na genética, na Constituição, no Código Civil e na Lei brasileira de Registros Públicos e estabelecer procedimentos cartorários, no registro de nascimento, que implicam profunda alteração na própria vida e identidade das crianças, pais e mães, quando fizerem negócios com reprodução assistida heteróloga (ou seja, que envolvem a participação de terceiros, pais biológicos, estranhos à unidade familiar dos que fazem sexo entre si). As crianças que forem produtos desse negócio serão registradas como filhos efetivos dos beneficiários dessas novas técnicas de medicina, em nome de pessoas que não são seus verdadeiros genitores biológicos, pelo fato de que uma resolução do CNJ estaria a regulamentar administrativamente decisões judiciais e administrativas regulamentaram a reprodução assistida heteróloga e reconheceram o eventual caráterfamiliar da convivência sexual estável, homo ou heteroafetiva.
Assim, os registros e certidões de nascimento que decorrerem de “técnicas de reprodução assistida”, heterólogas (ou seja, com a participação de material genético ou útero de terceiros), serão elaborados com o nome daquelas pessoas que se apresentarem ao Cartório como parte de uma “família” que decorre de uma convivência sexual estável, de natureza “homo ou heteroafetiva” e, mediante a apresentação de uma série de contratos e documentos privados entre as partes, ou seja, entre os pais e mães biológicos e os membros da “família em sua nova definição de convivência estável sexual homo ou heteroafetiva) a criança sairá dali com um registro “adequado para que constem o nome dos ascendentes, sem haver qualquer distinção quanto à ascendência materna ou paterna”.
E mais, a criança fruto de “doação voluntária de gametas” (quer dizer, se ela é filha biológica de terceiro, que não é um daqueles membros da assim chamada família que pratica sexo homo ou heteroafetivo de maneira estável entre si), ou de “gestação por substituição” (ou seja, se saiu efetivamente do útero de uma pessoa que não faz parte da tal família agora redefinida), ela será registrada em nome daqueles membros da família que recebeu a “doação de gametas” ou contratou a cessão do útero, e não da gestante ou dodoador de gametas. E mais, do registro “não constará o nome da parturiente, informado na Declaração de Nascido Vivo” (art. 2º, § 2º da Resolução), mas constará, como genitores neutros e “ascendentes”, os nomes dos contratantes dos serviços médicos reprodutivos.
A revogação da figura do pai e da mãe por contrato entre as partes.

A Resolução vai além, e diz que “o conhecimento da ascendência biológica não importará no reconhecimento de vínculo de parentesco e dos respectivos efeitos jurídicos entre o doador e a doadora e o ser gerado por meio da reprodução assistida” (§ 4º do mesmo artigo). Sem outro nome melhor para designar estes filhos, a resolução chama-os simplesmente de “seres gerados por reprodução assistida”.
Zenit


Papa Francisco: Não se pode ser cristão sem alegria


Vaticano, 23 Mai. 16 / 12:30 pm (ACI).- O Papa Francisco comentou nesta manhã durante sua habitual Missa na Casa Santa Marta sobre a Primeira Carta do Apóstolo Pedro, na qual assinala que “não se pode ser cristão sem alegria” e que, inclusive nos momentos de maior sofrimento, sabe-se eu é possível confiar em Deus e viver com esperança.

Francisco, referindo-se à ressurreição do Jesus, assinalou que a alegria não nos será tirada. Deus “nos regenerou em Cristo e nos deu a esperança”, esperança que nos dá a alegria.

O Papa comentou que “o cristão é um homem e uma mulher da alegria, um homem e uma mulher com a alegria no coração. Não existe cristão sem alegria”. E, quem atua de maneira contrária “não são cristãos! Dizem que são, mas não são! Falta-lhes alguma coisa”. Explicou que “a carteira de identidade do cristão é a alegria, a alegria do Evangelho”, “a alegria daquela esperança que Jesus espera de nós”, essa alegria que inclusive em momentos de sofrimento se expressa de uma maneira distinta, “é a paz, na certeza de que Jesus nos acompanha”.O Pontífice acrescentou que nossa alegria cresce quando colocamos nossa confiança em Deus, o qual não esquece sua aliança, lembra-se deles, ama-os, acompanha-os, está os esperando. “Esta é a alegria”.
Em outro momento, centrando-se no Evangelho de hoje que nos relata o encontro de Jesus com o jovem rico, o Papa disse que este homem “não foi capaz de abrir o coração à alegria e escolheu a tristeza”. “Ele franziu a testa e retirou-se triste”.O Papa assinalou que muitas vezes é possível encontrar pessoas assim nas paróquias, comunidades, instituições, pessoas que dizem ser cristãos, mas são tristes. Quando isso ocorre, indicou, algo está errado. “E nós devemos ajudá-las a encontrar Jesus, a tirar essa tristeza, para que possa se alegrar com o Evangelho, possa ter essa alegria que é própria do Evangelho”.
“O estupor bom diante da revelação, diante do amor de Deus, diante das emoções do Espírito Santo”. Francisco disse que o cristão “é um homem, uma mulher de estupor”, explicando que quando Jesus disse que o jovem rico se foi entristecido por estar apegado às riquezas, os apóstolos se perguntaram quem poderia se salvar, ao que “o Senhor responde: Impossível aos homens, mas não para Deus!”.
O Papa finalizou recordando que só é possível obter “o estupor da alegria” “com a força de Deus, com a força do Espírito Santo”.
“Peçamos hoje ao Senhor que nos dê o estupor diante Dele”, que “com este estupor da alegria” seja possível “viver com paz no coração”; que “nos proteja da busca da felicidade em muitas coisas que, no final, nos entristecem: prometem muito, mas não nos darão nada! Lembrem-se bem: um cristão é um homem e uma mulher de alegria, de alegria no Senhor; um homem e uma mulher de estupor”, concluiu o Papa.
AciDigital

domingo, 22 de maio de 2016

Francisco explica como Jesus supera as ciladas dos ‘teólogos iluminados’

Homilia do Papa Francisco na Capela da Casa Santa Marta
Refletindo sobre o Evangelho de hoje o Papa Francisco definiu a cilada que os fariseus prepararam contra Jesus como ‘a cilada da casuística’, montada por um ‘pequeno grupo de teólogos iluminados’ convencidos de possuir toda a ciência e a sabedoria do povo de Deus. Um risco do qual Jesus escapa indo ‘além’, indo até ‘a plenitude do matrimônio’.
Nesse sentido o Papa recorda que Jesus já havia feito isso no passado, com os saduceus, em relação à mulher que tinha tido sete maridos, mas que na ressurreição não será esposa de nenhum, porque no céu não se tem ‘mulher nem marido’.
Naquele caso Cristo, observou o Papa, se referiu à ‘plenitude escatológica’ do matrimônio. Com os fariseus, ao contrário, ‘vai à plenitude da harmonia da criação’. ‘Deus os criou homem e mulher, os dois serão uma só carne’.
“Não são mais dois, mas uma só carne. Assim, ‘o homem não divida o que Deus uniu. Seja no caso do levirato, seja neste, Jesus responde da verdade esmagadora, da verdade contundente – esta é a verdade! – da plenitude sempre! E Jesus nunca negocia a verdade. E estes, este pequeno grupo de teólogos iluminados, negociavam sempre a verdade, reduzindo-a à casuística. Jesus não negocia a verdade e esta é a verdade sobre o matrimônio, não existe outra”.
“Mas Jesus – prossegue Francisco – é tão misericordioso, tão grande, que jamais, jamais, fecha a porta aos pecadores. Por isso, não se limita a expressar a verdade de Deus, mas pergunta também aos fariseus o que Moisés estabeleceu na lei. E quando os fariseus lhe repetem que contra o adultério é lícito escrever ‘um ato de repúdio’, Cristo replica que aquela norma foi escrita ‘para a dureza do seu coração’. Quer dizer, explicou o Papa, Jesus distingue sempre entre a verdade e a fraqueza humana, sem rodeios”.
“Neste mundo em que vivemos, com esta cultura do provisório, a realidade do pecado é muito forte, mas Jesus, recordando Moisés, nos diz: ‘Se há dureza do coração, se há pecado, algo se pode fazer: o perdão, a compreensão, o acompanhamento, a integração, o discernimento destes casos… Mas a verdade não se pode vender nunca! E Jesus é capaz de dizer esta verdade tão grande e, ao mesmo tempo, ser tão compreensivo com os pecadores, com os fracos”.
Assim, sublinhou Francisco, estas são as duas coisas que Jesus nos ensina: a verdade e a compreensão, o que os ‘teólogos iluminados’ não conseguem fazer porque estão fechados na cilada da ‘equação matemática ‘pode?’ ou ‘não pode?’ e, portanto, são incapazes de horizontes maiores e de amar a fraqueza humana.
É suficiente ver – concluiu o Papa – a delicadeza com a qual Jesus trata a adultera quando está para ser lapidada. ‘Eu também não te condeno; vai e de agora em diante, não peque mais’.
“Que Jesus nos ensine a ter, com o coração, uma grande adesão à verdade e também com o coração, uma grande compreensão e acompanhamento a todos os nossos irmãos que estão com dificuldades. E este é um dom, isto o ensina o Espírito Santo, não estes doutores iluminados, que para nos ensinar, precisam reduzir a plenitude de Deus a uma equação casuística. Que o Senhor nos dê esta graça”. (Com informações Rádio Vaticano)
Fonte: Zenit

terça-feira, 17 de maio de 2016

Como atua o Espírito Santo na Jornada Mundial da Juventude?



ROMA, 16 Mai. 16 / 05:00 pm (ACI).- Na medida em que se aproxima a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a ser realizada entre os dias 26 e 31 de julho em Cracóvia (Polônia), aumenta a expectativa sobre o que acontecerá nesses dias e, de maneira especial, sobre como o Espírito Santo atuará.
Este último ponto foi abordado no mês passado por Danny Casey, chefe de operações da JMJ realizada em 2008 em Sidney (Austrália), em uma conferência organizada na Universidade Jaguelónica em Cracóvia sobre a Jornada Mundial da Juventude.
Em sua intervenção, indicou que a oração é a melhor forma através da qual os organizadores podem “promover” a ação do Espírito durante a JMJ.
“Em algumas ocasiões teremos a sensação de acreditar que as coisas não ‘fluem’; vocês experimentarão muitas mudanças inesperadas, perceberão que há forças que não desejam que isto se realize e a única maneira de ultrapassar estes obstáculos é a oração. Logo, oração por um lado e trabalho árduo pelo outro. Estes dois elementos são inseparáveis”, manifestou Casey.
Em seguida disse que “com Deus poderemos fazer muito mais do que poderíamos fazer somente pelas nossas forças. Devemos dar tudo de nós mesmos, até a última gota e para isso precisamos de força espiritual e oração. Podemos começar e terminar cada reunião com a oração pela JMJ; poderíamos convidar as autoridades civis para que rezem conosco, a fim de que sejam conscientes de que durante a Jornada, serão servidores de Deus e da Igreja”.
Por outro lado, em relação à segurança e ao ambiente de temor devido aos atentados de Bruxelas e Paris, Casey comentou que antes da JMJ de Toronto em 2002 passaram pela mesma situação, porque um ano antes ocorreu o atentado contra as Torres Gêmeas em Nova Iorque (Estados Unidos).Entretanto, o então Papa João Paulo II escreveu uma carta ao Pe. Thomas Rosica, que organizava o evento, na qual lhe disse: “Agora mais do que nunca precisamos da JMJ”.
Nesse sentido, Casey expressou: “Agora mais do que nunca precisamos nos reunir como crentes, precisamos nos reunir e nos encontrar no louvor e na oração. Podemos assegurar que as autoridades civis tomarão todas as precauções em relação à segurança”.
A respeito das pessoas que não poderão participar da JMJ na Polônia, Casey indicou que em 2008 passaram por uma situação semelhante, pois o evento aconteceu na Austrália e nem todos puderam viajar.
“Se for possível participar de maneira física, a JMJ é uma viagem maravilhosa, que vai muito além da nossa imaginação, mas se não puderem estar presentes, não duvidamos que o Espírito Santo trabalhará à distância. Digo aos jovens que participam em alguma comunidade em sua diocese, procurem e compartilhem o material disponível na página, sigam as transmissões online”.
Nesse sentido, Casey comentou que a “missão” dos meios de comunicação é ajudar as pessoas que não puderem estar presentes a fim de que vivam a experiência da JMJ à distância.
Os organizadores da JMJ na Polônia contam com a participação de mais de dois milhões de peregrinos.  As inscrições serão realizadas até o dia 30 de junho.
ACI DIGITAL

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Símbolos da JMJ começam a última etapa de peregrinação na Polônia

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Durante a peregrinação, os símbolos passarão por 45 decanatos, cerca de 200 paróquias e capelas, 50 escolas, mais de uma dezena de hospitais, assim como prisões e centros de recuperação em toda a arquidiocese de Cracóvia.
Com uma solene missa presidida pelo Cardeal Stanislaw, no dia 20 de maio, no Santuário de São João Paulo II em Cracóvia, começará a última etapa da peregrinação dos símbolos da JMJ – A Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani.
Durante a peregrinação, os símbolos passarão por 45 decanatos, cerca de 200 paróquias e capelas, 50 escolas, mais de uma dezena de hospitais, assim como prisões e centros de recuperação em toda a arquidiocese. Eles também estarão presentes durante o show de evangelização na Praça do Mercado que acontecerá em 25 de maio. Os jovens de várias comunidades irão carregá-los durante a tradicional procissão de Corpus Christi da colina Wawel até a Praça do Mercado.

A peregrinação na Polônia começou em abril de 2014 e os símbolos visitaram quase todas as dioceses do país, assim como nações vizinhas: Bielorússia, Lituânia, Letônia, Rússia, Ucrânia, Moldávia, Romênia, Hungria, Eslováquia e República Tcheca.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Papa: cristãos trabalhem pela unidade, fofocas dividem

Unidade dos cristãos (comshalom)

Cidade do Vaticano (RV) - Jesus, antes da Paixão, reza pela “unidade dos fiéis, das comunidades cristãs” para que sejam uma só coisa como Ele e o Pai, a fim de que o mundo creia”. Com estas palavras do Evangelho do dia, o Papa Francisco iniciou a homilia da missa celebrada nesta quinta-feira, (12/05), na Casa Santa Marta.
“A unidade das comunidades cristãs, das famílias cristãs são testemunho: são o testemunho do fato de o Pai ter enviado Jesus. Talvez, chegar à unidade numa comunidade cristã, numa paróquia, numa diocese, numa instituição cristã e numa família cristã, seja uma das coisas mais difíceis. A nossa história, a história da Igreja, nos envergonha muitas vezes, pois provocamos guerra contra os nossos irmãos cristãos! Pensemos numa, na Guerra dos Trinta Anos.”
Onde “os cristãos incitam guerra entre eles”, afirma o Papa Francisco, ali “não há testemunho”:Pedir perdão
“Devemos pedir perdão ao Senhor por esta história! Uma história muitas vezes de divisões, não somente no passado, mas também hoje! O mundo vê que estamos divididos e diz: ‘Mas que entrem num acordo, depois vamos ver. Jesus ressuscitou e está vivo e estes seus discípulos não estão de acordo? Uma vez, um cristão católico disse a outro cristão do Oriente, também católico: ‘O meu Cristo ressuscita depois de amanhã. E o seu quando ressuscita?’ Não somos unidos nem mesmo na Páscoa! Isso no mundo inteiro, e o mundo não crê”.
“Foi a inveja do diabo”, explicou o Papa, que fez entrar o pecado no mundo”: assim, também nas comunidades cristãs “é quase habitual” que haja egoísmo, ciúmes, invejas e divisões. Isto leva a falar mal um do outro. Falamos muito mal dos outros! Na Argentina, estas pessoas são chamadas de fofoqueiras: semeiam discórdia, dividem. E ali as divisões começam com a língua, por causa da inveja, ciúmes e também fechamento!
"Moder a língua"
A língua é capaz de destruir uma família, uma comunidade, uma sociedade. É capaz de semear ódio e guerras”, disse o Papa. Ao invés de procurar esclarecer, “é mais cômodo falar mal” e destruir “a fama do outro”. O Papa citou a anedota conhecida de São Filipe Neri que, a uma mulher que tinha falado mal, deu como penitência depenar uma galinha e espalhar suas penas pelo bairro para depois recolhê-las. “Mas não é possível!”, exclamou a mulher. Assim, é o falar mal: 
“O falar mal é assim: suja o outro. Aquele que fala mal, suja! Destrói! Destrói a fama, destrói a vida e muitas vezes, várias vezes!, sem motivo contra a verdade. Jesus rezou por nós, por todos nós que estamos aqui e por nossas comunidades, por nossas paróquias, por nossas dioceses: ‘Que sejam um’.
Peçamos ao Senhor que nos dê a graça, pois a força do diabo, do pecado que nos impulsiona a criar desunião, é muito grande. Que Ele nos dê a graça, que nos dê o dom. Qual é o dom que faz a unidade? O Espírito Santo! Que Ele nos dê este dom que cria harmonia, porque Ele é a harmonia, a alegria em nossas comunidades. Que Ele nos dê a paz, porém com a unidade. Peçamos a graça da unidade para todos os cristãos, a grande graça e a pequena graça de todos os dias para as nossas comunidades, as nossas famílias, e a graça de morder a língua!” 

Fonte: Radio Vaticano

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF