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quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Altar profanado por padre em ato obsceno é queimado em reparação

Paróquia de São Pedro e São Paulo /
Arquidiocese de Nova Orleans, EUA
(Reprodução Redes Sociais)
por Francisco Vêneto

O arcebispo descreveu a profanação do altar como demoníaca.

Altar profanado em ato sexual realizado e filmado por padre: esta manchete surreal chocou e entristeceu católicos do mundo inteiro na semana passada.

E não é para menos. Afinal, além da grave infidelidade do sacerdote à própria consagração, o ato constitui um doloroso sacrilégio. Pelo menos não há vítimas como num caso de abuso sexual, mas, ainda assim, o altar é consagrado para receber a Presença Real de Jesus Cristo na Santíssima Eucaristia. A sua profanação, por isso, é particularmente penosa para todo católico fiel.

A polícia de Nova Orleans, nos EUA, deteve Travis Clark, de 37 anos, sob a acusação de prática de ato obsceno em local visível ao público. De fato, uma janela da igreja permite ver o presbitério a partir da rua. Mas não é só isso: o local era sagrado. O padre profanou o altar da igreja de São Pedro e São Paulo em Pearl River, na Luisiana, onde ele mesmo era o pároco.

Altar profanado em ato sexual

O padre foi flagrado realizando e filmando o ato obsceno sobre o altar na companhia de duas mulheres: Mindy Dixon, de 41 anos, e Melissa Cheng, de 23. Segundo informações da polícia, eles instalaram iluminação profissional para filmagens sobre o presbitério, o que demonstra a premeditação da profanação.

Mindy Dixon, de fato, é atriz pornográfica de carreira. Além disso, de acordo com veículos de imprensa norte-americanos, ela publicou em rede social, um dia antes da detenção, que estava indo a Nova Orleans “para profanar uma casa de Deus“.

A polícia não indiciou o padre por abuso sexual, porque houve livre consenso entre os envolvidos. A procuradoria, no entanto, aceitou a acusação de obscenidade contra ele e as duas mulheres, já que o ato sexual sacrílego era visível a transeuntes e vizinhos.

Profanação demoníaca

A Arquidiocese de Nova Orleans destituiu imediatamente o padre do ministério.

O Código de Direito Canônico, por sua vez, determina em seu cânon 1376 que a profanação de um altar deve receber justa punição. No caso do sacrilégio que o padre cometeu, a pena deverá ser bastante severa.

De fato, dom Gregory Aymond, arcebispo de Nova Orleans, descreveu o ato do sacerdote como “demoníaco”. Ele afirmou, ademais, que esse padre jamais voltará ao ministério católico.

“O comportamento obsceno de Travis Clark foi deplorável. A profanação do altar na igreja foi demoníaca. Estou enfurecido com o que ele fez. Quando esclarecerem os detalhes, vamos retirar aquele altar e queimá-lo. Eu vou consagrar um novo altar”.

Dom Aymond também realizou uma liturgia penitencial de reparação. Além disso, ele pediu orações pelos paroquianos e pela comunidade escolar que o padre sacrílego atendia.

Quanto ao altar, a arquidiocese confirmou posteriormente que ele já foi queimado em reparação pelo sacrilégio.

Aleteia

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF