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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

As crianças valorizam mais o que ouvem; os adultos, o que veem

Dmytro Zinkevych | Shutterstock
por Dolors Massot

Um estudo da Durham University dá pistas para pais e profissionais da educação sobre as reações emocionais das crianças.

Um estudo publicado recentemente pela revista acadêmica “Journal of Experimental Child Psychology” mostra que, enquanto os adultos prestam mais atenção ao visual quando são apresentados a estímulos emocionais de todos os tipos, as crianças menores de 8 anos prestam mais atenção ao ouvem.

O experimento foi feito em adultos e crianças.

Como resultado, constatou-se que as informações que chegam às crianças pelo ouvido (um grito, uma saudação ou uma canção alegre, por exemplo) as impactam mais em termos de reação emocional.

Saber disso pode orientar os educadores

De acordo com uma declaração da Durham University, à qual pertence a equipe de pesquisa, “as descobertas podem beneficiar tanto os profissionais da educação quanto os pais que atualmente gerenciam a aprendizagem em casa, aumentando sua compreensão de como os filhos pequenos captam o que está acontecendo ao seu redor”.

É que as crianças “determinam as emoções mais pela audição do que pela visão”, ao contrário de nós, adultos. O comportamento dessa criança obedece ao “domínio auditivo”.

Possível aplicação em crianças com problemas de desenvolvimento

O estudo é “único” neste tipo de pesquisa em Psicologia Infantil. A equipe acredita que ajudará a educar pais e profissionais. Ele também fornece novos caminhos para a compreensão do reconhecimento emocional em crianças com problemas de desenvolvimento, como autismo.

Em que consiste o experimento?

Os voluntários foram divididos em três categorias de idade (7 anos ou menos, 8-11 anos e maiores de 18 anos). Eles viram imagens de humanos, com rostos borrados, e ouviram vozes humanas, que transmitiam emoções de felicidade, medo, tristeza e raiva.

Especificamente, as imagens e sons foram apresentados isoladamente e em combinações correspondentes e contrastantes, e os voluntários foram questionados qual era a emoção predominante em cada um.

Assim, “a equipe descobriu que os adultos baseavam sua avaliação emocional no que podiam ver, enquanto as crianças confiavam no que podiam ouvir”, explicam.

Aleteia

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF