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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

São Romano

S. Romano | arquisp
28 de fevereiro

São Romano

Nascido no ano 390, o monge Romano era discípulo de um dos primeiros mosteiros do Ocidente, o de Ainay, próximo a Lion, na França. No século IV, quando nascia a vida monástica no Ocidente, com o intuito de propiciar elementos para a perfeição espiritual assim como para a evolução do progresso, ele se tornou um dos primeiro monges franceses.

Romano achava as regras do mosteiro muito brandas. Então, com apenas uma Bíblia, o que para ele era o indispensável para viver, sumiu por entre os montes desertos dos arredores da cidade. Ele só foi localizado por seu irmão Lupicino, depois de alguns anos. Romano tinha se tornado um monge completamente solitário e vivia naquelas montanhas que fazem a fronteira da França com a Suíça. Aceitou o irmão como seu aluno e seguidor, apesar de possuírem temperamentos opostos.

A eles se juntaram muitos outros que desejavam ser eremitas. Por isso teve de fundar dois mosteiros masculinos, um em Condat e outro em Lancome. Depois construiu um de clausura, feminino, em Beaume, no qual Romano colocou como abadessa sua irmã. Os três ficaram sob as mesmas e severas regras disciplinares, como Romano achava que seria correto para a vida das comunidades monásticas. Romano e Lupicino se dividiam entre os dois mosteiros masculinos na orientação espiritual, enquanto no mosteiro de Beaume, Romano mantinha contato com a abadessa sua irmã, orientando-a pessoalmente na vida espiritual.

Consta nos registros da Igreja que, durante uma viagem de Romano ao túmulo de São Maurício, em Genebra, ele e um discípulo que o acompanhava, depois também venerado pela Igreja, chamado Pelade, tiveram de ficar hospedados numa choupana onde havia dois leprosos. Romano os abraçou, solidarizou-se com eles e, na manhã seguinte, os dois estavam curados.

A tradição, que a Igreja mantém, nos narra que este foi apenas o começo de uma viagem cheia de prodígios e milagres. Depois, voltando dessa peregrinação, Romano viveu recluso, na cela de seu mosteiro e se reencontrou na ansiada solidão. Assim ele morreu, antes de seu irmão e irmã, aos 73 anos de idade, no dia 28 de fevereiro de 463.

O culto de São Romano propagou-se velozmente na França, Suíça, Bélgica, Itália, enfim por toda a Europa. As graças e prodígios que ocorreram por sua intercessão são numerosos e continuam a ocorrer, segundo os fieis que mantêm sua devoção ainda muito viva, nos nossos dias.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

domingo, 27 de fevereiro de 2022

ORE PARA CARMEM

ORE PARA CARMEM

Nasceu em Ólvega (Soria) a 24 de Novembro de 1930. Passou a infância em Tudela (Navarra). Desde criança sentiu a vocação missionária sob a influência do espírito de São Francisco Xavier. Estudou Ciências Químicas na Universidade de Madrid. Por alguns anos ela fez parte do "Instituto dos Missionários de Cristo Jesus" e estudou Teologia em Valência. Em 1964 conheceu Kiko Argüello no quartel de Palomeras Altas em Madrid, e depois de anunciar o Evangelho aos pobres com os quais o Senhor vive, os conduz a uma síntese teológico-catequética baseada na Palavra de Deus, na Liturgia e na Comunidade, que será a base do Caminho Neocatecumenal, cujo Estatuto foi aprovado pela Santa Sé em 2008. O então Arcebispo de Madrid, D. Casimiro Morcillo, encoraja-os a difundi-lo nas paróquias. Há mais de 50 anos, junto com Kiko Argüello, Ele deu sua vida anunciando o Evangelho em todo o mundo. Tinha um amor imenso por Jesus Cristo, pela Igreja, pela Virgem, pelo Papa, pela Liturgia, pela Sagrada Escritura e pelas raízes hebraicas do cristianismo. Ele morreu em Madri em 19 de julho de 2016.

ORAÇÃO PARA DEVOÇÃO PRIVADA

PARA PEDIR GRAÇAS E FAVORES POR INTERCESSÃO DE CARMEN HERNÁNDEZ

Ó DEUS,
QUE ESCOLHENDO CARMEN HERNÁNDEZ
COMO CO-INICIADORA DO CAMINHO NEOCATECUMENAL,
CONCEDESTE UM GRANDE AMOR A CRISTO JESUS E À IGREJA,
À SAGRADA ESCRITURA E À ORAÇÃO LITÚRGICA,
ZELO ARDENTE PELO ANÚNCIO ITINERANTE DO EVANGELHO
E FIDELIDADE PARA VOCÊ NO TESTE CRUZADO;
CONCEDE-ME, POR SUA INTERCESSÃO,
SER FIEL AO BATISMO QUE RECEBI
E, SE FOR DA TUA VONTADE, A GRAÇA QUE TE PEÇO.
POR JESUS CRISTO, NOSSO SENHOR. AMÉM
PAI NOSSO. AVE MARIA. GLÓRIA.

De acordo com os decretos de Urbano VIII, nada se destina a impedir
o julgamento da autoridade da Igreja. COM LICENÇA ECLESIÁSTICA.


Fonte: https://carmenhernandez.org/

Conversa telefônica entre o Papa e Zelenskyi: profunda dor pela guerra na Ucrânia

Presidente Zelensky nas ruas de Kiev  (ANSA)

O presidente ucraniano agradeceu Francisco pelas suas orações pela paz, afirmando que o povo da Ucrânia sente o seu "apoio espiritual".

Silvonei José - Vatican News

Neste sábado o Papa teve uma conversa telefônica com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyi. A confirmação foi feita pelo diretor da Sala de Imprensa vaticana, Matteo Bruni. A conversa teve lugar enquanto notícias dramáticas da frente de guerra continuam a chegar e em Kiev se combate nas ruas. A embaixada ucraniana junto à Santa Sé relatou num tuíte que Francisco expressou "a sua mais profunda dor pelos trágicos eventos que estão ocorrendo no nosso país".

Num outro tuíte, o próprio presidente Zelenskyi disse: "Agradeci ao Papa Francisco por ter rezado pela paz na Ucrânia e por uma trégua. O povo ucraniano sente o apoio espiritual de Sua Santidade".

Hoje, pelo segundo dia consecutivo, o Papa usou na conta do Twitter @Pontifex os idiomas ucraniano e russo para dizer com força o seu não à guerra:

"Jesus ensinou-nos que à diabólica insensatez da violência se responde com as armas de Deus, com a oração e o jejum. Que a Rainha da Paz preserve o mundo da loucura da guerra".

Os tuítes, com a imagem de Cristo na cruz, são acompanhados pelos hashtags #PreghiamoInsieme e #Ucrânia e acompanham-nos ao dia do jejum e oração pela paz na Ucrânia convocado por Francisco para o dia 2 de março, Quarta-feira de Cinzas.

Na manhã de sexta-feira Francisco quis expressar a sua preocupação sobre o conflito num colóquio de 30 minutos, indo pessoalmente à sede da Embaixada da Federação Russa junto à Santa Sé.

Ontem Francisco em tuítes em ucraniano e russo retomou as palavras da encíclica Fratelli tutti:

"Toda guerra deixa o nosso mundo pior de como o encontrou. A guerra é um fracasso da política e da humanidade, uma vergonhosa rendição, uma derrota diante das forças do mal".

Também ontem, o Papa telefonou ao arcebispo mor de Kiev-Halyč da Igreja Greco-católica ucraniana, Sviatoslav Shevchuk, pedindo informações sobre a situação em Kiev e na Ucrânia e expressando a sua vontade de fazer tudo o que estiver ao seu alcance. O Papa agradeceu à Igreja Greco-católica ucraniana pela sua proximidade com o povo, pela sua decisão de estar ao lado do povo e por disponibilizar a cripta da Catedral de Kiev, que se tornou um verdadeiro refúgio. Finalmente, assegurou as suas orações e deu a sua bênção ao sofrido povo ucraniano.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Para o bem da humanidade, Senado dos EUA tem que rejeitar lei do aborto, diz Warsaw

Michael Warsaw, CEO da EWTN / EWTN

REDAÇÃO CENTRAL, 26 fev. 22 / 04:00 pm (ACI).- O Senado dos EUA programou-se para votar na segunda-feira um projeto de lei que anularia as restrições estaduais ao aborto nos EUA e permitiria que crianças não nascidas fossem mortas até o momento do nascimento, por qualquer motivo.

Intitulada Women's Health Protection Act (WHPA, Lei de Proteção à Saúde da Mulher), a medida reformularia radicalmente a lei do aborto no país, ainda que a Suprema Corte anule neste anos as decisões históricas que efetivamente legalizaram o aborto nos EUA há quase 50 anos.

“Esta é a legislação sobre aborto mais radical que já foi votada no Senado dos EUA”, diz Michael Warsaw, presidente do conselho e CEO da EWTN Global Catholic Network, a que pertence ACI Digital.

“Este projeto anularia todas as leis estaduais que regulamentam o aborto. Isso inclui leis estaduais que limitam abortos dolorosos tardios e leis que proíbem a realização de abortos por causa da raça, sexo ou condição da criança. Acabaria até com as leis básicas de consentimento informado que garantem que as mães tenham todas as informações relevantes antes de escolher um aborto", escreveu Warsaw no jornal National Catholc Register, da EWTN.

A votação do Senado ocorre enquanto a Suprema Corte decide, ainda este ano, o caso Dobbs x Jackson Women's Health Organization, que desafia diretamente Roe x Wade, a decisão de 1973 que legalizou o aborto em todo o país. O caso Dobbs, que julga uma lei do Mississippi de 2018, centra-se na questão de saber se "todas as proibições de abortos eletivos antes da viabilidade são inconstitucionais", ou se os Estados podem proibir o aborto antes que um bebê seja viável, ou seja, possa sobreviver fora do útero, estágio que o tribunal já determinou ocorrer entre a 24ª e a 28ª semanas de gravidez.

Se a Suprema Corte não mantiver a decisão sobre Roe quando decidir o caso Dobbs, legislar sobre o aborto será deixado para cada Estado. O WHPA ameaça essas eventuais restrições estaduais ao aborto.

A Câmara dos Deputados aprovou o projeto em setembro. Embora o presidente Joe Biden, um católico, apoie fortemente a medida, não se espera que ela seja aprovada no Senado quando for votada.

Mesmo assim, Warsaw exorta os católicos e os americanos pró-vida a reconhecerem a grave ameaça do projeto de lei aos nascituros e à dignidade da vida humana. Ele cita o ensinamento claro da Igreja Católica, que chama o aborto de "grave ofensa", e condena os esforços legislativos para financiá-lo e promovê-lo. Mas a resistência a tais erros não é suficiente, diz Warsaw; a Igreja e o movimento pró-vida devem continuar a pressionar por mudanças nas políticas que deem ajuda real às mães e seus bebês.

“O cerne da agenda do lobby do aborto não é apenas uma desvalorização total da dignidade de cada vida humana, é pôr as mães contra seus filhos – pondo de cabeça para baixo a compreensão do relacionamento humano mais fundamental”, escreve ele.

"É totalmente falso afirmar que as crianças são um impedimento para o florescimento das mulheres, que a única solução para uma gravidez inesperada é o aborto e que os bebês ‘indesejados’ estão melhor mortos. Católicos e pró-vidas devem se unir para dissipar esses mitos", continua.

“Estamos em um ponto de virada crítico em nossa luta para proteger a vida. Não podemos vacilar. Não podemos permitir que todo o nosso progresso seja eliminado", escreve Warsaw. "Esta legislação deve ser derrotada - para o bem da humanidade".

Leia o texto completo em inglês de Warsaw aqui.

Fonte: https://www.acidigital.com/

VIII Domingo do Tempo Comum - Ano C

Dom Paulo Cezar | arqbrasilia

VIII Domingo do Tempo Comum

Dom Paulo Cezar Costa

Arcebispo de Brasília

O coração, fonte das ações

            A Palavra de Deus deste oitavo domingo, no Evangelho (Lc 6, 39-45), traz vários ensinamentos de Jesus, que nos fazem olhar para nós mesmos, para a nossa realidade humana e espiritual e respondermos as perguntas: que caminho fizemos no nosso crescimento interior e que caminho deveremos ainda trilhar no nosso crescimento? Jesus inicia com um provérbio que expressa a realidade da cegueira espiritual: “Pode um cego guiar outro cego?” A cegueira é a incapacidade de ver, aqui ela expressa a falta de crescimento espiritual, humano. Alguém que não cresceu espiritualmente, humanamente, pode formar outra pessoa? Pode ser mestre de outro? Jesus mostra que não. Jesus continua mostrando que o caminho do discipulado é seguir o mestre. Ele é o nosso mestre. Quem quer ser perfeito deve se espelhar em Jesus, deve buscar se identificar com Jesus. A perfeição cristã não é um caminho de conformação ao mundo, às ultimas ideias do mundo, mas sim, a Jesus Cristo, ao seu Evangelho: esse é o caminho do discípulo.

Em seguida, Jesus usa a imagem do cisco no olho. Para tirar o cisco do olho do irmão, do outro, é preciso estar com o olho limpo, sem uma trave. Quem tem uma trave no olho, não consegue ver para tirar o cisco do olho do irmão. É a realidade de cada um de nós que deve analisar-se, conhecer seus pontos fortes e suas debilidades, seus defeitos e virtudes. Quem se conhece, é capaz de, verdadeiramente, ajudar os irmãos. Pouco tempo faz se tinha o hábito, nos seminários e casas religiosas, de antes da oração da noite, se fazer o exame de consciência. Infelizmente é um hábito que parece que foi perdido. O exame de consciência nos ajuda a nos encontrarmos, todos os dias, com as nossas virtudes e com os nossos defeitos. Conhecer- se a si mesmo é um princípio de sabedoria e a condição para ajudarmos os outros a crescer. Por isso, Sócrates já dizia: “Conhece-te a ti mesmo”.

Por fim, Jesus usa a imagem da árvore boa que dá bons frutos e a árvore má, que dá frutos ruins. Essa imagem da natureza nos ajuda a olharmos para a nossa interioridade, para o nosso coração. É da nossa forma de pensar, de conceber, da nossa interioridade, que provem as nossas ações. A nossa exterioridade revela a nossa interioridade, o nosso coração. Por isso, Jesus conclui: “O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira coisas boas, mas o mau, de seu mal tira o que é mau: por que a boca fala daquilo que o coração está cheio” (Lc 6, 45). O Evangelho remete para a interioridade, para o coração. É dali, que sai o bem e o mal. Se o coração é bom, sairá coisas boas, se o coração é mal, sairá coisas ruins. Este Evangelho deve nos conduzir à reflexão sobre a educação na nossa sociedade hoje. Vive-se num mundo da exterioridade, da cultura da aparência, e a formação da interioridade, da consciência, onde fica? Se quisermos uma cultura de valores, pautada pela ética, pelo bem, é preciso formar o coração e a consciência das pessoas. Nossas ações externas revelam aquilo que vai dentro de nós. Que o grande educador, Jesus de Nazaré, nos ajude a uma educação integral, a uma educação que forme o coração, a consciência para o bem, para os valores.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

O Papa: as palavras têm um peso, as calúnias mais afiadas que uma faca

Papa Angelus  (Vatican Media

No Angelus, Francisco nos convida a termos cuidado com as palavras que usamos e que podem "alimentar preconceitos, levantar barreiras" e poluir o mundo. Pede às pessoas que reflitam sobre seu olhar: "Nós olhamos para nossas misérias. Sempre encontramos razões para culpar os outros e nos justificarmos.

Silvonei José – Vatican News

"Falamos com mansidão ou poluímos o mundo espalhando venenos: criticando, lamentando-se, alimentando a agressão generalizada"?

Num momento de crise e tensão, de medo e desequilíbrios internacionais, Francisco exorta à paz que, disse no Angelus, é construída a partir da linguagem. Detendo-se sobre o Evangelho de Lucas, no qual "Jesus nos convida a refletir sobre nosso olhar e nosso falar", o Papa em sua catequese adverte sobre as consequências de um uso impróprio e superficial de uma linguagem que pode ferir como uma arma. 

Com a língua também podemos alimentar preconceitos, levantar barreiras, atacar e até destruir nossos irmãos: as fofocas machucam e as calúnias podem ser mais afiadas que uma faca!

Raiva e agressão no mundo digital

Um risco que está aumentando especialmente hoje em dia no mundo digital: demasiadas palavras, disse o Papa, que "correm velozes" e "transmitem raiva e agressão, alimentam notícias falsas e se aproveitam dos medos coletivos para propagar ideias distorcidas". O Pontífice citou Dag Hammarskjöld, o diplomata sueco que foi secretário geral da ONU de 1953 a 1961 e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, que disse: "Abusar das palavras equivale a desprezar o ser humano".

Praça São Pedro - Angelus | Vatican News

Cuidado com o uso superficial das palavras

É verdade, assim como é verdade que "como alguém fala, pode-se dizer o que tem no coração".

As palavras que usamos dizem quem somos. Às vezes, porém, prestamos pouca atenção às nossas palavras e as usamos superficialmente. Mas as palavras têm peso: elas nos permitem expressar pensamentos e sentimentos, dar voz aos medos que temos e aos projetos que queremos fazer, de abençoar a Deus e aos outros.

Vamos nos perguntar que tipo de palavras usamos, disse o Papa aos fiéis: "Palavras que expressam atenção, respeito, compreensão, proximidade, compaixão, ou palavras que visam principalmente nos fazer parecer bem diante dos outros"?

O cisco e a trave

Da mesma forma, devemos também refletir sobre o nosso "olhar". Isto é, se estivermos concentrados em "olhar o cisco no olho de nosso irmão sem perceber a trave em nosso próprio olho". Significa "estar muito atento aos defeitos dos outros, mesmo aqueles pequenos como um cisco, negligenciando serenamente os nossos, dando-lhes pouco peso".

Sempre encontramos razões para culpar os outros e nos justificarmos. E tantas vezes reclamamos de coisas que estão erradas na sociedade, na Igreja, no mundo, sem primeiro nos questionarmos e sem nos comprometermos a mudar, antes de tudo, nós mesmos.

"Toda mudança fecunda, positiva, deve começar por nós mesmos, caso contrário, não haverá mudança", disse o Papa.

Reconhecer as próprias misérias

Fazendo assim, enfatizou o Papa, "nosso olhar é cego". E se somos cegos "não podemos pretender ser guias e mestres para os outros: um cego, de fato, não pode guiar outro cego". A primeira coisa é, portanto, "olhar para dentro de nós mesmos para reconhecer nossas misérias", porque "se não conseguirmos ver nossos próprios defeitos, estaremos sempre inclinados a ampliar os defeitos dos outros". Se, por outro lado, reconhecemos nossos erros e nossas misérias, a porta da misericórdia se abre para nós".

Ver o bem nos outros, não o mal

Trata-se, em síntese de olhar para os outros como o Senhor nos olha, "que não vê antes de tudo o mal, mas o bem".

É assim que Deus olha para nós: Ele não vê em nós erros irredimíveis, mas filhos que cometem erros. Muda-se a ótica. Ele não se concentra nos erros, mas nos filhos que cometem erros... Deus sempre distingue a pessoa de seus erros. Ele sempre acredita na pessoa e está sempre pronto para perdoar os erros. E nós sabemos que Deus sempre perdoa.

Todos nós somos chamados a fazer o mesmo: "Não buscar nos outros o mal, mas o bem".

https://youtu.be/-ED5aHC2_0o

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

São Gabriel de Nossa Senhora das Dores

S. Gabriel de Nossa Senhora das Dores | arquisp
27 de fevereiro

São Gabriel de Nossa Senhora das Dores

No dia primeiro de março de 1838 recebeu o nome de Francisco Possenti, ao ser batizado em Assis, sua cidade natal. Quando sua mãe Inês Friscioti morreu, ele tinha quatro anos de idade e foi para a cidade de Espoleto onde estudou em instituição marista e Colégio Jesuíta, até aos dezoito anos. Isso porque, como seu pai Sante Possenti era governador do Estado Pontifício, precisava a mudar de residência com freqüência, sempre que suas funções se faziam necessárias em outro pólo católico.

Possuidor de um caráter jovial, sólida formação cristã e acadêmica, em 1856 ingressou na congregação da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, fundada por São Paulo da Cruz, ou seja, os Passionistas. Sua espiritualidade foi marcada fortemente pelo amor a Jesus Crucificado e a Virgem Dolorosa

Depois foi acolhido para o noviciado em Morrovalle, recebendo o hábito e assumindo o nome de Gabriel de Nossa Senhora das Dores, devido à sua grande devoção e admiração que nutria pela Virgem Dolorosa. Um ano após emitiu os votos religiosos e foi por um ano para a comunidade de Pievetorina para completar os estudos filosóficos. Em 1859 chegou para ficar um período com os confrades da Ilha do Grande Sasso. Foi a última etapa da sua peregrinação. Morreu aos vinte e quatro anos, de tuberculose, no dia 27 de fevereiro de 1862, nessa ilha da Itália.

As anotações deixadas por Gabriel de Nossa Senhora das Dores em um caderno que foi entregue a seu diretor espiritual, padre Norberto, haviam sido destruídas. Mas, restaram de Gabriel: uma coleção de pensamentos dos padres; cerca de 40 cartas testemunhando sua devoção à Nossa Senhora das Dores e um outro caderno, este com anotações de aula contendo dísticos latinos e poesias italianas.

Foi beatificado em 1908, e canonizado em 1920 pelo Papa Bento XV, que o declarou exemplo a ser seguido pela juventude dos nossos tempos.

São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, teve uma curta existência terrena, mas toda ela voltada para a caridade e evangelização, além de um trabalho social intenso que desenvolvia desde a adolescência. Foi declarado co-patrono da Ação Católica, pelo Papa Pio XI, em 1926 e padroeiro principal da região de Abruzzo, pelo Papa João XXIII, em 1959.

O Santuário de São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, é meta de incontáveis peregrinações e assistido pelos Passionistas, é um dos mais procurados da Itália e do mundo cristão. A figura atual deste Santo jovem, mais conhecido entre os devotos como o "Santo do Sorriso", caracteriza a genuína piedade cristã inserida nos nossos tempos e está conquistando cada dia mais o coração de muitos jovens, que se pautam no seu exemplo para ajudar o próximo e se ligar à Deus e à Virgem Mãe.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

sábado, 26 de fevereiro de 2022

Filme sobre o Sagrado Coração de Jesus terá pré-estreia dia 26 de fevereiro

Filme Coração Ardente | arqbrasilia

A devoção ao Sagrado Coração de Jesus é retratada no filme Coração Ardente, com pré-estreia no dia 26 de fevereiro em 10 cidades do Brasil.

Coração Ardente conta a história de Lupe Valdéz (Karyme Lozano), uma escritora de sucesso em busca de inspiração para seu novo livro. Nesse caminho, ela conhece a jornalista María (María Vallejo-Nájera), que lhe sugere investigar uma série de milagres que envolvem a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Empenhada nessa pesquisa, Lupe é levada a pensar sua fé, seus valores e a descobrir a importância do perdão.

Além deste drama, o filme leva o espectador a entender a profundidade dessa religiosidade popular e sua importância para a fé católica ao longo dos anos e até os dias de hoje.

Reunindo depoimentos emocionantes, Coração Ardente revela o alcance dessa devoção. Alicia Beauvisage, propagadora desta fé na América Latina, afirma ter vivido uma “experiência preciosa” que mudou muito sua vida: “Aquele que realmente encontra o Coração de Jesus nunca mais pode ser como antes”.

Coração Ardente foi ganhador do prêmio principal do Festival de Cinema Católico, na Polônia, em 2020. Na ocasião, o júri entendeu que o filme “revela ao mundo de hoje que o culto ao Sagrado Coração de Jesus não só pertence à história, mas que continua a ser uma grande esperança para o homem contemporâneo”.

Lembrando que o filme Coração Ardente conta com o apoio do Pe. Eliomar Ribeiro, diretor nacional do Apostolado da Oração e Movimento Eucarístico Jovem.

Pré-Estreia em 26 de Fevereiro

Coração Ardente terá lançamento oficial em março, mas a boa notícia é que haverá uma pré-estreia exclusiva no Cinemark Pier, em Brasília, e 9 cidades do Brasil com apoio do Apostolado da Oração e Movimento Eucarístico Jovem.

Saiba de todas as novidades do filme através dos seguintes canais:

Site: coracaoardenteofilme.com

Facebook: @coracaoardenteofilm

Instagram: @coracaoardenteofilme

Para informações sobre venda de ingressos para grupos e comunidades:

WhatsApp: 0800 403 0800

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

Dom Vital: A luta pela paz diante da guerra

Luz | Vatican News

Como cristãos, seguidores de Jesus Cristo somos contra a guerra porque ela traz fome, destruição, fuga de pessoas de seus territórios, mortes de pessoas, sobretudo de inocentes. Jesus é a paz que traz a reconciliação entre os seres humanos.

Dom Vital Corbellini, Bispo de Marabá – PA.

O mundo está presenciando de uma forma angustiante, uma guerra entre nações da Rússia com a Ucrânia. Este fato preocupa a toda a humanidade porque o desespero está presente na população que sofre com a guerra, devido as armas que matam muitas pessoas, jovens, mulheres, pais de famílias, crianças e idosos. No fundo é a prepotência de um povo que busca a dominação sobre o outro. Diante desta realidade de conflito e de guerra, nós pedimos a Deus Uno e Trino, graça da paz em nossa realidade e no mundo. Como cristãos, seguidores de Jesus Cristo somos contra a guerra porque ela traz fome, destruição, fuga de pessoas de seus territórios, mortes de pessoas, sobretudo de inocentes. Jesus é a paz que traz a reconciliação entre os seres humanos e nos leva até Deus (Jo 14,27). Supliquemos ao Deus Uno e Trino para que as autoridades russas, ucranianas e de outras nações do mundo possam se entender para a construção da paz universal, entre os povos e as nações.

O significado da palavra guerra

A guerra é um conflito aberto e declarado entre dois ou mais estados, países, com recursos às armas. É o complexo das noções pela direção das operações bélicas, nos setores da logística, estratégia e tática [1]. Nós vimos que as forças russas atacaram em diversas frentes a Ucrânia, pelo ar, terra e mar. A guerra é feita por muitos meios e por muitas direções, de modo que lutemos em favor da paz no Brasil e no mundo.

A mensagem de Cristo Jesus

A mensagem de Cristo Jesus requer o amor fraterno, também com os inimigos: “Amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei os que vos amaldiçoam, e rezai por aqueles que vos caluniam” (Lc 6,27-28). Cristo pede aos seus seguidores atitudes contrárias à guerra, a eliminação de pessoas, mortes, palavras e atos que levem à conversão de vida entre os seres humanos e entre os povos, para que todos sejam irmãos e irmãs no Senhor.

Os Padres da Igreja

Os Padres da Igreja como homens e como cristãos provaram uma profunda aversão à guerra e desejavam a paz entre as pessoas e os povos. Eles viveram no período do Império romano. Eles afirmavam que a guerra tem a sua raiz no pecado. Eles disseram que Jesus Cristo não fez recurso nenhum às armas para instaurar o Reino de Deus. Eles disseram que o Senhor pediu a conversão de vida, o amor fraterno como condições para se ter a vida plena (Jo 10,10) [2].

Lealdade ao império romano e atitude crítica à guerra

Os padres da Igreja admiravam a ordem do serviço militar romano, professavam a lealdade para com o poder, no entanto eram críticos para com a guerra, porque ela eliminava pessoas e povos. “De fato, aquele que matou milhares de milhares, seja ladrão, seja príncipe ou tirano, não pode pagar com uma só morte o castigo de tantos” [3]. A guerra só trazia mortes e violência entre as pessoas e os povos, de modo que era preciso lutar pelo bem e pela paz.

Os primeiros cristãos

Os cristãos dos primeiros séculos queriam aplicar às suas vidas, o ideal evangélico da paz. Santo Ireneu de Lião, bispo nos séculos II e III dizia que a vinda do Senhor trouxe a paz e uma lei vivificante se difundiu em terra como disseram os profetas que se de Sião sairá a lei, de Jerusalém a palavra do Senhor, corrigindo a muitos povos de modo que suas espadas se quebrarão para fazer arados e suas lanças para fazer foices e não mais se aprenderá a fazer guerra (Is 2, 3-4; Mq 4,2-3). Santo Ireneu ainda dizia que esta profecia se realizou ao Enviado do Pai, Jesus Cristo, o Senhor, no qual se verificou a palavra na ação, aquele que transformou as armas em instrumentos utilizáveis para a vida, e trouxe a paz entre todos os povos [4].

Aliados pela paz

São Justino de Roma, padre e mártir, séculos II e III, afirmou que os cristãos eram os melhores aliados e ajudantes para a manutenção da paz no Império romano. Eles professavam a fé em Deus que deseja o bem de toda a humanidade. Eles lutavam contra a pobreza, o sofrimento entre as pessoas e a desonra paterna para que reine a paz [5]. Eles seguiam os mandamentos da lei de Deus, sobretudo o do amor fraterno.

Guerra, derramamento de sangue

Santo Agostinho, bispo de Hipona, séculos IV e V, reconhecia os benefícios do Império romano aos povos, mas este resultado, afirmava foi alcançado com muitas guerras e muito derramamento de sangue [6]. É impossível a legitimação da guerra se não se leva em conta a justiça [7]. Para Santo Agostinho, está no coração do ser humano, o desejo da paz, para que os povos lutem contra a guerra para assim chegar à paz, como dom de Deus a ser vivido na humanidade [8].

A história da humanidade registra tempos de paz e de guerras. Como seguidores e seguidoras do Senhor Jesus, somos chamados a viver na paz, como dom e como compromisso humano. A guerra não serve para a convivência humana porque ela viola o diálogo, o amor fraterno, além de trazer mortes, fugas de pessoas, como estamos vendo no Leste Europeu. Pedimos ao Senhor da paz, que cesse a guerra nos povos da Rússia e da Ucrânia, em nosso meios e em todo o mundo. Nossa Senhora leve os nossos pedidos ao seu Filho, Jesus Cristo, em unidade com o Espírito Santo e o Pai.

[1] Cfr. Guèrra. In: Il vocabolario treccani, Il Conciso. Milano, Trento, 1998, pg. 699.

[2] Cfr. A. Hamman – M. Maritano. In: Nuovo Dizionario Patristico e di Antichità Cristianediretto da Angelo Di Berardino, F-0. Marietti, Genova - Milano, 2007, pg. 2481.

[3][3] Atenágoras de Atenas. Sobre a ressurreição dos mortos, 19. In: Padres Apologistas. São Paulo, Paulus, 1995, pg. 185.

[4] Cfr. Ireneu de Lião, IV, 34,4. São Paulo, Paulus, 1995, pgs. 483-484.

[5] Cfr. Justino de Roma. I Apologia, 12, 1-8. São Paulo, Paulus, 1995, pgs. 27-28.

[6][6] Cfr. Civitate Dei, 19,7. Cfr. A. Hamman – M. Maritano. In: Nuovo Dizionario Patristico..., Idem, pg. 2483.

[7] Cfr. Santo Agostinho. A Cidade de Deus, IV,4. São Paulo, Vozes, 1991, pg. 153.

[8] Cfr. Civitate Dei, 19, 10-20; 15,4;. Cfr. A. Hamman – M. Maritano. In: Nuovo Dizionario Patristico..., Idem, pg. 2483.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

BISPOS DO REGIONAL SUL 2 DIVULGAM NOTA DE SOLIDARIEDADE AO POVO UCRANIANO

CNBB

Os bispos do Paraná escreveram uma nota de solidariedade dirigida ao povo ucraniano e aos católicos ucranianos brasileiros. No Paraná está a sede da Metropolia Católica Ucraniana São João Batista, em Curitiba (PR), e da Eparquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, em Prudentópolis (PR) e os bispos dessas duas Igrejas particulares integram o episcopado paranaense.

“As consequências nefastas da guerra chocam, afligem e preocupam a todas as pessoas de boa vontade. Sabemos que para aqueles que nasceram no Brasil, mas que tem sangue ucraniano, essa aflição é ainda maior”, afirmam os bispos do Paraná.

O episcopado no Regional Sul 2 está unido ao apelo feito pelo Papa Francisco, em “combater a diabólica insensatez da violência com as armas de Deus: a oração e o jejum”. Assim, pedem aos católicos paranaenses que acolham o convite feito pelo Papa Francisco para, no próximo dia 2 de março, Quarta-feira de Cinzas, dedicarem-se intensamente à oração e ao jejum.

Confira a nota:

NOTA DE SOLIDARIEDADE DOS BISPOS DO PARANÁ AO POVO UCRANIANO

“O Senhor dará força ao seu povo, o Senhor abençoa o seu povo com a paz” (Sl 29, 11)

Nós, bispos do Paraná, expressamos nossa solidariedade e profunda dor ao povo e a nação ucraniana, diante do cenário dessa guerra insana que se instaurou no país desde ontem, 24 de fevereiro. Expressamos nossa proximidade nas orações com o Arcebispo da Metropolia Católica Ucraniana São João Batista, Dom Volodemer Koubetch, com o Bispo da Eparquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, Dom Meron Mazur, e com todos os católicos e descendentes de ucranianos que vivem no Brasil, especialmente aqui no Paraná.

As consequências nefastas da guerra chocam, afligem e preocupam a todas as pessoas de boa vontade. Sabemos que para aqueles que nasceram no Brasil, mas que tem sangue ucraniano, essa aflição é ainda maior. Em nosso estado está a maior comunidade ucraniana do país. Na cidade de Prudentópolis (PR), 75% dos habitantes são descendentes ucranianos. Sendo assim, essa dor é ainda mais da nossa Igreja.

Como bispos católicos, nos unimos ao apelo feito pelo Papa Francisco, em “combater a diabólica insensatez da violência com as armas de Deus: a oração e o jejum”. Pedimos aos católicos paranaenses que acolham o convite feito pelo Papa Francisco para, no próximo dia 2 de março, Quarta-feira de Cinzas, dedicarem-se intensamente à oração e ao jejum.

O Deus em quem acreditamos é o Deus da paz, que não compactua com nenhum tipo de violência. Essa guerra fere o Direito Internacional, os direitos humanos e traz o risco de se desdobrar num conflito militar mundial. Pedimos a Deus que ilumine a Federação Russa, a fim de que compreenda as trágicas consequências dessa guerra e abaixem as armas. Pedimos também que os líderes mundiais busquem uma solução pacífica, por meio do diálogo, a fim de que a vida e a dignidade humana sejam preservadas.

Confiantes na força da oração, rogamos sobre o mundo, especialmente sobre a nação ucraniana, a bênção e a paz de Deus.

Dom Geremias Steinmetz
Arcebispo de Londrina e Presidente da CNBB Sul 2

Dom José Antonio Peruzzo
Arcebispo de Curitiba e Vice-Presidente da CNBB Sul 2

Dom Amilton Manoel da Silva
Bispo de Guarapuava e Secretário da CNBB Sul 2

Padre Valdecir Badzinski
Secretário Executivo da CNBB Sul 2

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF