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quinta-feira, 13 de abril de 2017

Aborto: nova nota da CNBB

Brasília (RV) - Na tarde desta terça-feira (09/04), a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu Nota Oficial "Pela vida, contra o aborto". Os bispos reafirmam posição firme e clara da Igreja "em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural" e, desse modo lembra condenam "todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil". 

"O direito à vida permanece, na sua totalidade, para o idoso fragilizado, para o doente em fase terminal, para a pessoa com deficiência, para a criança que acaba de nascer e também para aquela que ainda não nasceu", sublinham os bispos.
Os bispos ainda lembram que "o respeito à vida e à dignidade das mulheres deve ser promovido, para superar a violência e a discriminação por elas sofridas. A Igreja quer acolher com misericórdia e prestar assistência pastoral às mulheres que sofreram a triste experiência do aborto".  E afirmam: "A sociedade é devedora da mulher, particularmente quando ela exerce a maternidade". 
Atitudes antidemocráticas
Na Nota, os bispos afirmam: "Neste tempo de grave crise política e econômica, a CNBB tem se empenhado na defesa dos mais vulneráveis da sociedade, particularmente dos empobrecidos. A vida do nascituro está entre as mais indefesas e necessitadas de proteção. Com o mesmo ímpeto e compromisso ético-cristão, repudiamos atitudes antidemocráticas que, atropelando o Congresso Nacional, exigem do Supremo Tribunal Federal-STF uma função que não lhe cabe, que é legislar". 
A CNBB pede: "O Projeto de Lei 478/2007 - “Estatuto do Nascituro”, em tramitação no Congresso Nacional, que garante o direito à vida desde a concepção, deve ser urgentemente apreciado, aprovado e aplicado". E conclama: as "comunidades a unirem-se em oração e a se mobilizarem, promovendo atividades pelo respeito da dignidade integral da vida humana".
 Leia a Nota:
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL 
Presidência
NOTA DA CNBB PELA VIDA, CONTRA O ABORTO
 “Não matarás, mediante o aborto, o fruto do seu seio”
(Didaquê, século I)
 A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, através da sua Presidência, reitera sua posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural . Condena, assim, todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil. 
O direito à vida é incondicional. Deve ser respeitado e defendido, em qualquer etapa ou condição em que se encontre a pessoa humana. O direito à vida permanece, na sua totalidade, para o idoso fragilizado, para o doente em fase terminal, para a pessoa com deficiência, para a criança que acaba de nascer e também para aquela que ainda não nasceu. Na realidade, desde quando o óvulo é fecundado, encontra-se inaugurada uma nova vida, que não é nem a do pai, nem a da mãe, mas a de um novo ser humano. Contém em si a singularidade e o dinamismo da pessoa humana: um ser que recebe a tarefa de vir-a-ser. Ele não viria jamais a tornar-se humano, se não o fosse desde início . Esta verdade é de caráter antropológico, ético e científico. Não se restringe à argumentação de cunho teológico ou religioso.
A defesa incondicional da vida, fundamentada na razão e na natureza da pessoa humana, encontra o seu sentido mais profundo e a sua comprovação à luz da fé. A tradição judaico-cristã defende incondicionalmente a vida humana. A sapiência  e o arcabouço moral  do Povo Eleito, com relação à vida, encontram sua plenitude em Jesus Cristo . As primeiras comunidades cristãs e a Tradição da Igreja consolidaram esses valores . O Concílio Vaticano II assim sintetiza a postura cristã, transmitida pela Igreja, ao longo dos séculos, e proclamada ao nosso tempo: “A vida deve ser defendida com extremos cuidados, desde a concepção: o aborto e o infanticídio são crimes abomináveis” .
O respeito à vida e à dignidade das mulheres deve ser promovido, para superar a violência e a discriminação por elas sofridas. A Igreja quer acolher com misericórdia e prestar assistência pastoral às mulheres que sofreram a triste experiência do aborto. O aborto jamais pode ser considerado um direito da mulher ou do homem, sobre a vida do nascituro. A ninguém pode ser dado o direito de eliminar outra pessoa. A sociedade é devedora da mulher, particularmente quando ela exerce a maternidade. O Papa Francisco afirma que “as mães são o antídoto mais forte para a propagação do individualismo egoísta. ‘Indivíduo’ quer dizer ‘que não se pode dividir’. As mães, em vez disso, se ‘dividem’ a partir de quando hospedam um filho para dá-lo ao mundo e fazê-lo crescer” .
Neste tempo de grave crise política e econômica, a CNBB tem se empenhado na defesa dos mais vulneráveis da sociedade, particularmente dos empobrecidos. A vida do nascituro está entre as mais indefesas e necessitadas de proteção. Com o mesmo ímpeto e compromisso ético-cristão, repudiamos atitudes antidemocráticas que, atropelando o Congresso Nacional, exigem do Supremo Tribunal Federal-STF uma função que não lhe cabe, que é legislar. 
O direito à vida é o mais fundamental dos direitos e, por isso, mais do que qualquer outro, deve ser protegido. Ele é um direito intrínseco à condição humana e não uma concessão do Estado. Os Poderes da República têm obrigação de garanti-lo e defendê-lo. O Projeto de Lei 478/2007 - “Estatuto do Nascituro”, em tramitação no Congresso Nacional, que garante o direito à vida desde a concepção, deve ser urgentemente apreciado, aprovado e aplicado. 
Não compete a nenhuma autoridade pública reconhecer seletivamente o direito à vida, assegurando-o a alguns e negando-o a outros. Essa discriminação é iníqua e excludente; “causa horror só o pensar que haja crianças que não poderão jamais ver a luz, vítimas do aborto” . São imorais leis que imponham aos profissionais da saúde a obrigação de agir contra a sua consciência, cooperando, direta ou indiretamente, na prática do aborto. 
É um grave equívoco pretender resolver problemas, como o das precárias condições sanitárias, através da descriminalização do aborto. Urge combater as causas do aborto, através da implementação e do aprimoramento de políticas públicas que atendam eficazmente as mulheres, nos campos da saúde, segurança, educação sexual, entre outros, especialmente nas localidades mais pobres do Brasil. Espera-se do Estado maior investimento e atuação eficaz no cuidado das gestantes e das crianças. É preciso assegurar às mulheres pobres o direito de ter seus filhos. Ao invés de aborto seguro, o Sistema Público de Saúde deve garantir o direito ao parto seguro e à saúde das mães e de seus filhos. 
Conclamamos nossas comunidades a unirem-se em oração e a se mobilizarem, promovendo atividades pelo respeito da dignidade integral da vida humana.
Neste Ano Mariano Nacional, confiamos a Maria, Mãe de Jesus, o povo brasileiro, pedindo as bênçãos de Deus para as nossas famílias, especialmente para as mães e os nascituros.  
Brasília-DF, 11 de abril de 2017.
 Cardeal Sergio da Rocha
 Arcebispo de Brasília
 Presidente da CNBB
         Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ   
         Arcebispo de São Salvador
         Vice-Presidente da CNBB
                 Dom Leonardo U. Steiner, OFM
                 Bispo Auxiliar de Brasília
                 Secretário-Geral da CNBB
Rádio Vaticano

Missa dos Santos Óleos: Sinal da bondade e misericórdia de Deus que nos toca

Antes de celebrar os mistérios centrais da salvação, toda a comunidade diocesana, de modo muito significativo o clero, se unirá ao seu bispo para a bênção dos Santos Óleos e para a renovação das promessas sacerdotais. Chegamos à Quinta-feira Santa, que nos insere no coração do mistério pascal de Cristo. Nas “Igrejas Catedrais”, pela manhã, temos a “Missa do Santo Crisma”, exórdio do Solene Tríduo Pascal, que se inicia propriamente com a Missa vespertina da Ceia do Senhor. Na “Missa Crismal”, o bispo diocesano, abençoará, como em todos os anos, os óleos litúrgicos: dos catecúmenos e dos enfermos, e consagrará o Santo Crisma, mediante os quais anuncia-se o novo “ano da graça” do Senhor” (Lc4, 19; Is 61, 2). Por isso falamos ser chamada “Missa dos Santos Óleos”. Os óleos estão no centro da ação litúrgica. São esses óleos que servirão para a administração dos sacramentos do batismo, da Confirmação, da Ordem e da Unção dos Enfermos.

O óleo é sinal da bondade e misericórdia de Deus que nos toca. O óleo é sinal da bondade e misericórdia de Deus que nos toca. Assim o óleo, nas suas diversas formas, nos acompanha ao longo de toda a nossa vida, desde o catecumenato e o batismo até o momento do fim da nossa caminhada terrestre, onde nos encontraremos, face a face, com Deus juiz e salvador. Na Igreja Primitiva, o óleo consagrado foi considerado, particularmente, como sinal da presença do Espírito Santo, que se comunica conosco a partir de Cristo, o ungido. O Espírito é o óleo da alegria.
Nessa celebração, além de abençoar e consagrar os óleos, renovam-se as promessas sacerdotais pronunciadas no dia da ordenação, sendo por isso também chamada Missa da Unidade, manifestando assim a comunhão diocesana em torno do mistério pascal de Cristo, sendo um momento muito intenso de comunhão eclesial, de participação intensa das comunidades e de valorização dos sacramentos da vida da Igreja.
Por Everton Vieira da Silva,
Seminarista da Arquidiocese de Brasília

Foto: Núcleo de Fotografia da Arquidiocese de Brasília
(Parte)

Dom Sergio toma posse de título cardinalício em Roma

No dia 23 de abril o cardeal Sergio da Rocha, Arcebispo de Brasília e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), tomará posse do título cardinalício na Basílica de Santa Cruz, em Roma, para qual foi designado pelo Papa Francisco, quando foi criado cardeal.

A cerimônia será realizada às 11h00, horário local de Roma.
Dom Sérgio da Rocha foi criado cardeal pelo Papa Francisco, em 19 de novembro de 2016, na Basílica de São Pedro, no Consistório Ordinário Público para a criação de 17 novos cardeais.
O cardeal foi nomeado arcebispo de Brasília em 15 de junho de 2011 pelo Papa Bento XVI e desde abril de 2015 preside a CNBB.
Por Kamila Aleixo

Hoje é celebrada a Quinta-feira Santa, dia da instituição da Eucaristia


REDAÇÃO CENTRAL, 13 Abr. 17 / 04:00 am (ACI).- A Igreja celebra hoje a Quinta-feira Santa. Neste dia, durante a Última Ceia, Jesus instituiu dois sacramentos: a Eucaristia e a Ordem Sacerdotal.

Esta data é comemorada pela Igreja com uma eucaristia especial. Nela, o sacerdote lava os pés de doze pessoas que representam os apóstolos, repetindo assim o gesto de Jesus Cristo.  Com esta ação, Jesus transmite a mensagem da caridade, quando diz: “Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz”.
Dessa forma, o Senhor Jesus dá um testemunho idôneo da vocação ao serviço do mundo e da Igreja que todos os fiéis devem seguir.
Por outro lado, também é celebrada a instituição do Sacramento da Ordem sacerdotal por Cristo e a instituição da Eucaristia.
A Santa Missa é então a celebração da Ceia do Senhor, na qual Jesus, na véspera da sua paixão, “enquanto ceava com seus discípulos, tomou pão...”.
Ele quis que, como em sua última Ceia, seus discípulos se reunissem e recordassem-no abençoando o pão e o vinho: “Fazei isto em memória de mim”.
Neste dia, há alegria e a Igreja rompe a austeridade quaresmal cantando o “Glória”: é a alegria de quem se sabe amado por Deus; porém, ao mesmo tempo, é sóbria e dolorida, porque é conhecido o preço que Cristo pagou por nós.
Hoje inicia a festa da "crise pascoal", isto é, da luta entre a morte e a vida, já que a vida nunca foi absorvida pela morte mas sim combatida por ela. A noite do sábado de Glória é o canto à vitória, porém tingida de sangue, e hoje é o hino à luta, mas de quem vence, porque sua arma é o amor.
Acidigital

Da Homilia sobre a Páscoa, de Melitão de Sardes, bispo

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(N.65-71: SCh123,94-100) 

(Séc.II)

O Cordeiro imolado libertou-nos da morte para a vida
Muitas coisas foram preditas pelos profetas sobre o mistério da Páscoa, que é Cristo, a quem seja dada a glória pelos séculos dos séculos. Amém (Gl 1,5). Ele desceu dos céus à terra para curar a enfermidade do homem; revestiu-se da nossa natureza no seio da Virgem e se fez homem; tomou sobre si os sofrimentos do homem enfermo num corpo sujeito ao sofrimento, e destruiu as paixões da carne; seu espírito, que não pode morrer, matou a morte homicida.
Foi levado como cordeiro e morto como ovelha; libertou-nos das seduções do mundo, como outrora tirou os israelitas do Egito; salvou-nos da escravidão do demônio, como outrora fez sair Israel das mãos do faraó; marcou nossas almas como sinal do seu Espírito e os nossos corpos com seu sangue.
Foi ele que venceu a morte e confundiu o demônio, como outrora Moisés ao faraó. Foi ele que destruiu a iniquidade e condenou a injustiça à esterilidade, como Moisés ao Egito.
Foi ele que nos fez passar da escravidão para a liberdade, das trevas para a luz, da morte para a vida, da tirania para o reino sem fim, e fez de nós um sacerdócio novo, um povo eleito para sempre. Ele é a Páscoa da nossa salvação.
Foi ele que tomou sobre si os sofrimentos de muitos: foi morto em Abel; amarrado de pés e mãos em Isaac; exilado de sua terra em Jacó; vendido em José; exposto em Moisés; sacrificado no cordeiro pascal; perseguido em Davi e ultrajado nos profetas.
Foi ele que se encarnou no seio da Virgem, foi suspenso na cruz, sepultado na terra e, ressuscitando dos mortos, subiu ao mais alto dos céus.
Foi ele o cordeiro que não abriu a boca, o cordeiro imolado, nascido de Maria, a bela ovelhinha; retirado do rebanho, foi levado ao matadouro, imolado à tarde e sepultado à noite; ao ser crucificado, não lhe quebraram osso algum, e ao ser sepultado, não experimentou a corrupção; mas ressuscitando dos mortos, ressuscitou também a humanidade das profundezas do sepulcro.
www.liturgiadashoras.org

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Ativismo do judiciário busca aprovar o aborto no Brasil aos poucos, denuncia especialista

Imagem referencial: STF. Foto: Wikimedia / Domínio público
REDAÇÃO CENTRAL, 11 Abr. 17 / 06:00 pm (ACI).- Nos últimos anos, vê-se desenvolver no Brasil um “ativismo legislativo do judiciário” com vistas a aprovar o aborto “passo a passo”, com “casos de despenalização” cada vez mais amplos, denuncia Padre Hélio Luciano, especialista em Bioética, para quem “o Supremo tem extrapolado e muito suas competências e estamos nas mãos de intepretações pessoais”.
“É uma das competências do Supremo Tribunal Federal atuar nos casos em que há um vazio legal, regulando questões que o ordenamento jurídico não prevê. Do mesmo modo é de sua competência atuar quando uma lei entra em conflito com a Constituição. Porém, o que temos visto nos últimos anos é uma ação do Supremo que vai muito além dessas competências”, adverte o sacerdote da Arquidiocese de Florianópolis (SC).
No início de março, o PSOL e o Instituto Anis protocolaram no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), solicitando a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação.
A ação está sob a relatoria da ministra Rosa Weber, a qual, em novembro de 2016, se manifestou favorável a descriminalização do aborto até os três meses de gestação, durante o julgamento de um habeas corpus na Primeira Turma do STF. Na ocasião, a ministra seguiu o voto do ministro Luís Roberto Barroso, o qual também foi acompanhado pelo parecer do ministro Edson Fachin.
Para Pe. Hélio Luciano, não há problemas em que os ministros tenham suas convicções pessoas, uma vez que são “membros de uma democracia e têm direito a ter suas convicções”. Porém, ressalta que a questão “é até que ponto essas convicções pessoais permitem que julguem com imparcialidade – segundo o ordenamento jurídico brasileiro – as questões referentes ao aborto”.
“Suas convicções pessoais – ainda que fossem apoiadas por Organismos Internacionais – não podem se sobrepor às nossas leis. Se querem a aprovação do aborto, deveriam recorrer ao sistema legislativo e não legislar através do judiciário”.
Outra ação no Supremo que diz respeito à questão do aborto é a que pede a descriminalização da prática em caso de infecção da gestante pelo vírus Zika, apresentando como argumento a possibilidade de malformação do feto. Além disso, casos  anteriores trazem precedentes sobre a questão no STF, como o que levou à despenalização do aborto quando o feto apresenta anencefalia.
“A questão pública do aborto sempre foi um desafio para aqueles que o defendem, pois se trata de convencer as pessoas de que algo visivelmente mal – a morte de um ser humano inocente – poderia ser permitido em alguns casos ou, ainda mais, como defendido pela maioria dos seus apoiadores, o aborto seria um direito da mulher”, afirma o especialista em Bioética.
Desde os anos 1970, explica o sacerdote, “com o chamado ‘Relatório Kissinger’, o aborto passa a ser um modo de controle e colonização de certos países e regiões do planeta”. A partir de então, “instituições acabam sendo utilizadas para se conseguir esse controle populacional nos países em via de desenvolvimento, com especial interesse em toda a América Latina”.
“Nos últimos anos, essas instituições se deram conta de que, através do complexo sistema legislativo dos países da América Latina e, principalmente, considerando ser a opinião pública na sua grande maioria contrária ao aborto nestes países, a aprovação do aborto pela via democrática não seria viável ou pelo menos seria muito difícil”, observa.
Tais instituições, segundo Pe. Hélio, através do ativismo judiciário, tentam aos poucos aprovar “casos de despenalização do aborto cada vez mais amplos – primeiro a anencefalia e com ela todas as crianças com incompatibilidade de vida extrauterina, agora o aborto de crianças com microcefalia, tentando que com isso sejam incluídas todas as crianças com algum tipo de deficiência – até conseguir chegar a um direito pleno de aborto”.
Esses casos são chamados pelo sacerdote de “ativismo legislativo do judiciário”, pois, “se fosse para mudar algo deveria ser através do sistema Legislativo, que faria uma emenda à Constituição alterando seu texto e nunca por uma decisão judicial que legislaria através de interpretações do texto constitucional”.
Além disso, reconhece que existem pressões externas, como acontece em “qualquer função pública no Brasil”. Porém, esclarece que “a função do Supremo é julgar com imparcialidade” e, neste sentido, o problema não está nas pressões, “mas sim nas convicções pessoais de um juiz quando deixa de julgar segundo a Lei, para julgar segundo essas convicções, independente do ordenamento jurídico”.
“Existem ‘pseudo’ consensos mundiais que geram convicções pessoais em alguns ministros, que os fazem julgar não mais segundo o ordenamento jurídico, mas segundo essas convicções”, adverte Pe. Hélio e acrescenta que “não podem ser ordenamentos jurídicos de países considerados democráticos ou mais avançados a pauta para o julgamento que fará um ministro sobre a questão do aborto e sim o próprio ordenamento jurídico brasileiro”.
Por fim, o sacerdote lembra que a iniciativa de levar a questão do aborto direto às cortes supremas se trata “de uma estratégia planejada internacionalmente e de modo bastante evidente”.
“Em âmbito mais amplo, algumas instituições, como a International Planned Parenthooh Federation, provavelmente a maior instituição que advoga pelo aborto na América Latina em nossos dias (com várias instituições filiadas a ela), já divulgou várias vezes essa estratégia de judicializar a questão”, recorda.
Ele cita uma das publicações de 1991 dessa instituição, na qual afirma: “Estabelecer laços com advogados que estejam dispostos a defender nos tribunais o pessoal de saúde ou usuários acusados de haver levado a cabo ou tentado um aborto seguro. Eles poderiam também aceitar defender casos polêmicos para exercer pressão em prol de uma interpretação mais liberal de certas leis”.
Acidigital

terça-feira, 11 de abril de 2017

Do Livro sobre o Espírito Santo, de São Basílio Magno, bispo

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(Cap.15,35: PG32,127-130)

(Séc.IV)

Há uma só morte que resgata o mundo
e uma só ressurreição dos mortos
O desígnio de nosso Deus e Salvador em relação ao homem consiste em levantá-lo de sua queda e fazê-lo voltar, do estado de inimizade ocasionado por sua desobediência, à intimidade divina. A vinda de Cristo na carne, os exemplos de sua vida apresentados pelo Evangelho, a paixão, a cruz, o sepultamento e a ressurreição não tiveram outro fim senão salvar o homem, para que, imitando a Cristo, ele recuperasse a primitiva adoção filial.
Portanto, para atingir a perfeição, é necessário imitar a Cristo, não só nos exemplos de mansidão, humildade e paciência que ele nos deu durante a sua vida, mas também imitá-lo em sua morte, como diz São Paulo, o imitador de Cristo: Tornando-me semelhante a ele na sua morte, para ver se alcanço a ressurreição dentre os mortos (Fl 3,10).
Mas como poderemos assemelhar-nos a Cristo em sua morte? Sepultando-nos com ele por meio do batismo.Em que consiste este sepultamento e qual é o fruto dessa imitação? Em primeiro lugar, é preciso romper coma vida passada. Mas ninguém pode conseguir isto se não nascer de novo, conforme a palavra do Senhor, porque o renascimento, como a própria palavra indica, é o começo de uma vida nova. Por isso, antes de começar esta vida nova, é preciso pôr fim à antiga. Assim como, no estádio, os que chegam ao fim da primeira parte da corrida, costumam fazer uma pequena pausa e descansar um pouco, antes de iniciar o retorno, do mesmo modo, era necessário que nesta mudança de vida interviesse a morte, pondo fim ao passado para começar um novo caminho.
E como imitar a Cristo na sua descida à mansão dos mortos? Imitando no batismo o seu sepultamento. Porque os corpos dos batizados ficam, de certo modo, sepultados nas águas. O batismo simboliza, pois, a deposição das obras da carne, segundo as palavras do Apóstolo: Vós também recebestes uma circuncisão, não feita por mão humana, mas uma circuncisão que é de Cristo, pela qual renunciais ao corpo perecível. Com Cristo fostes sepultados no batismo (Cl 2,11-12). Ora, o batismo, por assim dizer, lava a alma das manchas contraídas por causa das tendências carnais, conforme está escrito: Lavai-me e mais branco do que a neve ficarei (Sl 50,9). Por isso, reconhecemos um só batismo de salvação, já que é uma só a morte que resgata o mundo e uma só a ressurreição dos mortos, das quais o batismo é figura.
www.liturgiadashoras.org

Hoje é celebrado Santo Estanislau

REDAÇÃO CENTRAL, 11 Abr. 17 / 05:00 am (ACI).- Santo Estanislau de Szczepanowski, cuja festa é celebrada neste dia 11 de abril, foi um homem que assumiu seu cargo de Bispo como um bom pastor que cuida das ovelhas, de maneira especial dos pobres e enfermos.

Santo Estanislau nasceu em Szczepanowski (Polônia) em 1030. Seus pais o consideravam um presente de Deus, porque não tinham concebido um filho em 30 anos de casados. Por isso, deram-lhe uma profunda educação na vida de fé. Estudou na Polônia e em Paris e foi ordenado sacerdote pelo Bispo de Cracóvia.
Designaram a ele uma paróquia e distinguiu-se por sua grande eloquência. Seus fiéis o consideravam um exemplo de santidade devido ao seu bom comportamento. Por meio de suas pregações e da direção espiritual, conseguiu converter muitas pessoas.
Por essas virtudes, o Bispo da cidade quis nomeá-lo seu sucessor, mas Estanislau se negou, pois se considerava indigno ao cargo. Quando o Bispo morreu, em 1072, o povo o aclamou como o mais digno para o posto. O santo exerceu o episcopado durante sete anos.
Santo Estanislau foi muito estrito nas exigências aos sacerdotes. Sempre lhes pedia que cumprisse com seus deveres e fossem como o Bom Pastor. Todos os anos, visitava todas as paróquias e dedicava horas à evangelização do povo.
Do mesmo modo, acolhia no palácio episcopal muitos pobres e jamais negou ajuda aos necessitados. Além disso, o santo tinha uma lista na qual figuravam os nomes das famílias mais pobres e se encarregava de atender suas necessidades.
Embora inicialmente tivesse buas relações com o rei da Polônia, Boleslau, as constantes advertências do santo sobre a má conduta do soberano foram motivo de antipatia. Apesar de ser um corajoso guerreiro, Boleslau se deixava dominar por suas paixões. Começou a cometer falhas muito graves que escandalizavam e davam maus exemplos ao povo.
Santo Estanislau recordava o mandato de São Paulo: “É necessário repreender, aconselhar e até ameaçar, com toda paciência e doutrina, porque chega o tempo em que os homens arrastados por suas próprias paixões já não querem ouvir as doutrinas verdadeiras, mas as falsidades”.
Um dia, o rei se apaixonou por Cristina, esposa de Miecislau, e mandou raptá-la. Este ato gerou um grande escândalo em todo o país. O corajoso Bispo de Cracóvia levantou a voz, admoestando o poderoso soberano sobre o dever de respeitar os direitos dos outros e o excomungou. Boleslau se enfureceu e mandou assassinar Estanislau em Cracóvia, na Igreja de Santa Matilde, durante a celebração da Santa Missa.
Os cronistas narras que foi o soberano quem cometeu o assassinato, porque os guardas se retiraram ao se verem obrigados a sair por uma força misteriosa. Desde esse mesmo dia, os poloneses começaram a venerá-lo.
Santo Estanislau foi canonizado em 17 de agosto de 1253, na Basílica de São Francisco de Assis.
Acidigital

Papa Francisco: O católico deve oferecer aos demais o remédio do amor

Imagem referencial. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
VATICANO, 11 Abr. 17 / 10:00 am (ACI).- O Papa Francisco encontrou no Vaticano com um grupo de crianças e jovens do Hospital Infantil “Bambino Gesù” de Roma, junto com seus pais e médicos, e afirmou que o católico deve dar aos outros um remédio importante: o amor.
“Cada um de vocês é uma história. Não só as crianças doentes, mas também os médicos, os enfermeiros, os que visitam, as famílias”, disse o Papa ao saudá-los.
“Entrar em um hospital sempre dá medo. Eu vejo que quando me aproximo de algumas crianças, não todas, mas as menores, me veem com a roupa branca, começam a chorar, acham que eu sou o médico que lhes dará uma vacina, choram e têm medo, mas depois eu faço carinho nelas e se tranquilizam”.
Francisco advertiu acerca do perigo e do risco de “esquecer o remédio mais importante que só uma família pode dar: o carinho!”. “É um remédio caro demais, porque tê-lo, para poder tê-lo você deve dar tudo, deve entregar todo o coração, todo o amor”.
Nesse sentido, “vocês têm o carinho dos médicos, dos doentes, do diretor, de todos”. Este hospital “cresceu muito ultimamente e se tornou uma família. É um lugar onde as crianças doentes encontram família”.
O “Bambino Gesù” é “um testemunho, um testemunho de humanidade. É um hospital católico e para ser católico é preciso antes de tudo ser humano, e hoje vocês dão um testemunho de humanidade”.
“Por favor, sigam em frente neste caminho, cresçam neste caminho”. “O que é o mais importante em uma família? A mãe, o pai, os irmãos mais velhos, os avós, os filhos... Cada um é importante, mas sempre juntos!”, concluiu.
Acidigital

domingo, 9 de abril de 2017

Domingo de Ramos: Bendito o que vem em nome do Senhor!

REDAÇÃO CENTRAL, 09 Abr. 17 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 9 de abril, a Igreja celebra o Domingo de Ramos, dando início à Semana Santa. O Evangelho do dia corresponde à leitura de Mateus. O primeiro (Mt 21,1-11) narra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, já o segundo (Mt 27,11-54) traz a narração da Paixão de Cristo.

A seguir, leia os Evangelhos deste Domingo de Ramos:
Mt 21,1-11
Naquele tempo, Jesus e seus discípulos aproximaram-se de Jerusalém e chegaram a Betfagé, no monte das Oliveiras. Então Jesus enviou dois discípulos, dizendo-lhes: “Ide até o povoado que está ali na frente, e logo encontrareis uma jumenta amarrada, e com ela um jumentinho. Desamarrai-a e trazei-os a mim! Se alguém vos disser alguma coisa, direis: ‘O Senhor precisa deles’, mas logo os devolverá’”.
Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelo profeta: Dizei à filha de Sião: Eis que o teu rei vem a ti, manso e montado num jumento, num jumentinho, num potro de jumenta”.
Então os discípulos foram e fizeram como Jesus lhes havia mandado. Trouxeram a jumenta e o jumentinho e puseram sobre eles suas vestes, e Jesus montou. A numerosa multidão estendeu suas vestes pelo caminho, enquanto outros cortavam ramos das árvores, e os espalhavam pelo caminho. As multidões que iam na frente de Jesus e os que o seguiam, gritavam: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus!”
Quando Jesus entrou em Jerusalém a cidade inteira se agitou, e diziam: “Quem é este homem?” E as multidões respondiam: “Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galileia”.
Mt 27,11-54
Narrador 1: Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo Mateus: Naquele tempo, Jesus foi posto diante de Pôncio Pilatos, e este o interrogou:
Leitor: “Tu és o rei dos judeus?”
Narrador 1: Jesus declarou:
— “É como dizes”.
Narrador 1: E nada respondeu, quando foi acusado pelos sumos sacerdotes e anciãos. Então Pilatos perguntou:
Leitor: “Não estás ouvindo de quanta coisa eles te acusam?”
Narrador 1: Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou muito impressionado. Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse. Naquela ocasião, tinham um prisioneiro famoso, chamado Barrabás. Então Pilatos perguntou à multidão reunida:
Leitor: “Quem vós quereis que eu solte: Barrabás, ou Jesus, a quem chamam de Cristo?”
Narrador 2: Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja. Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele:
Mulher: “Não te envolvas com esse justo, porque esta noite, em sonho, sofri muito por causa dele”.
Narrador 2: Porém, os sumos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem Barrabás e que fizessem Jesus morrer. O governador tornou a perguntar:
Leitor: “Qual dos dois quereis que eu solte?”
Narrador 2: Eles gritaram:
— “Barrabás”.
Narrador 2: Pilatos perguntou:
Leitor: “Que farei com Jesus, que chamam de Cristo?”
Narrador 2: Todos gritaram:
— “Seja crucificado!”
Narrador 2: Pilatos falou:
Leitor: “Mas, que mal ele fez?”
Narrador 2: Eles, porém, gritaram com mais força:
— “Seja crucificado!”
Narrador 1: Pilatos viu que nada conseguia e que poderia haver uma revolta. Então mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão, e disse:
Leitor: “Eu não sou responsável pelo sangue deste homem. Este é um problema vosso!”
Narrador 1: O povo todo respondeu:
— “Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos”.
Narrador 1: Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus, e entregou-o para ser crucificado. Em seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao palácio do governador, e reuniram toda a tropa em volta dele.
Leitor: Tiraram sua roupa e o vestiram com um manto vermelho;
Narrador 1: depois teceram uma coroa de espinhos, puseram a coroa em sua cabeça, e uma vara em sua mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombaram, dizendo:
— “Salve, rei dos judeus!”
Narrador 2: Cuspiram nele e, pegando uma vara, bateram na sua cabeça. Depois de zombar dele, tiraram-lhe o manto vermelho e, de novo, o vestiram com suas próprias roupas. Daí o levaram para crucificar. Quando saíam, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus. E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer “lugar da caveira”.
Narrador 1: Ali deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber. Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio, repartindo entre si as suas vestes. E ficaram ali sentados, montando guarda. Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da sua condenação:
— “Este é Jesus, o Rei dos Judeus”.
Narrador 1: Com ele também crucificaram dois ladrões, um à direita e outro à esquerda de Jesus. As pessoas que passavam por ali o insultavam, balançando a cabeça e dizendo:
Leitor: ”Tu, que ias destruir o Templo e construí-lo de novo em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da cruz!”
Narrador 2: Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, junto com os mestres da Lei e os anciãos, também zombavam de Jesus:
Leitor: "A outros salvou... a si mesmo não pode salvar! É Rei de Israel... Desça agora da cruz! e acreditaremos nele. Confiou em Deus; que o livre agora, se é que Deus o ama! Já que ele disse: Eu sou o Filho de Deus”.
Narrador 1: Do mesmo modo, também os dois ladrões que foram crucificados com Jesus o insultavam. Desde o meio-dia até as três horas da tarde, houve escuridão sobre toda a terra. Pelas três horas da tarde, Jesus deu um forte grito:
— “Eli, Eli, lamá sabactâni?”
Narrador 1: Que quer dizer:
— “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”
Narrador 1: Alguns dos que ali estavam, ouvindo-o, disseram:
— “Ele está chamando Elias!”
Narrador 1: E logo um deles, correndo, pegou uma esponja, ensopou-a em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara, e lhe deu para beber. Outros, porém, disseram:
— “Deixa, vamos ver se Elias vem salvá-lo!”
Narrador 1: Então Jesus deu outra vez um forte grito e entregou o espírito. (Todos se ajoelham)
Narrador 2: E eis que a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes, a terra tremeu e as pedras se partiram. Os túmulos se abriram e muito corpos dos santos falecidos ressuscitaram! Saindo dos túmulos, depois da ressurreição de Jesus, apareceram na Cidade Santa e foram vistos por muitas pessoas. O oficial e os soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo que havia acontecido, ficaram com muito medo e disseram:
— “Ele era mesmo Filho de Deus!”
Acidigital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF