Translate

domingo, 14 de fevereiro de 2021

“É tempo de regressar a Deus”, afirmam cubanos católicos

Guadium Press
Viver na verdade, nos torna livres; viver na mentira é viver acorrentado: “é tempo, como povo, de regressar a Deus”: diz carta dos cubanos.

Redação (13/02/2021, 13:40, Gaudium Press) De acordo com informações da Fundação Ajuda à Igreja que sofre, citada pela Agencia ACI, ”Centenas de católicos lançaram uma carta aberta na qual criticam o regime cubano e advertem que o país precisa “de mudanças políticas” a fim de “superar o autoritarismo”.

A carta aberta foi inicialmente lançada por católicos cubanos, entre os quais muitos sacerdotes, e também opositores do regime em 24 de janeiro.

Posteriormente foram recolhidas mais assinaturas de cubanos e, no início de fevereiro, o número de aderentes à carta já chegava a mais de 700 pessoas.

Na carta está a denúncia de o país vive “o colapso de um modelo econômico, político e social”. Por isso, defendem a necessidade de “mudanças políticas” para “superar o autoritarismo” e alcançar o sonho de uma “República onde a plena dignidade de cada homem e mulher seja respeitada”.

Para signatários da carta aberta, o sistema político em vigor desde a tomada de poder pelos comunistas em 1959 não tem possibilidade de ser reformado pois é oriundo de “uma filosofia que ignora a verdade sobre o que dá sentido pleno ao ser humano”. E, segundo assinalam os autores da missiva, este sistema, em mais de 60 anos mostra que “tem sido incapaz de evoluir”.

A vida cotidiana em Cuba favorece e promove a corrupção

A carta apresenta também um panorama sobre a vida cotidiana em Cuba, onde a população vive “sob a constante ameaça de escassez, de preços praticamente proibitivos”.

Esta realidade, lamenta os autores da carta, promove a corrupção:
“A quase impossibilidade de se viver sem haver o envolvimento em algo ilegal torna o mercado negro um aliado indispensável para a sobrevivência e cria um ambiente dominado por roubos, subornos e até chantagens”.

Além disso, há que lamentar ainda que “a atmosfera do ‘cada um por si’, onde vale tudo, mostra uma corrupção que atravessa quase todas as camadas sociais”.

Porém, a denúncia não fica só nisso, a essa situação os missivistas indicam que se soma um “controle excessivo” do Estado, que gera “a sensação de estarmos constantemente sendo espionados”. E, ressaltam, “mesmo sem qualquer culpa, uma pessoa pode sentir medo devido ao controle excessivo dos órgãos da Segurança do Estado” que entram “até mesmo na vida estritamente pessoal dos indivíduos”.

Viver na verdade, nos torna livres; viver na mentira é viver acorrentado: “é tempo, como povo, de regressar a Deus”: diz carta dos cubanos.
Guadium Press

“Viver na mentira é viver acorrentado…”, “é tempo, como povo, de regressar a Deus”

A carta dos cubanos lança uma advertência para os danos que tal situação gera no país, como a emigração, que é vista como “único meio de melhorar a qualidade de vida das pessoas”, mas provoca “a separação dos membros da família”.

E, denuncia a carta, não se pode esquecer que há também danos morais. Não raro, “o anúncio de um bebê, que deveria ser motivo de esperança e de alegria, torna-se causa de incerteza e preocupação, e termina em aborto”.

A carta aberta dos cubanos, por fim, afirma que “Viver na verdade às vezes tem um preço elevado, mas torna-nos interiormente livres, além de qualquer coerção externa. Viver na mentira é viver acorrentado…”, afirma a carta e reconhece que “é tempo, como povo, de regressar a Deus”. (JSG)

https://gaudiumpress.org/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF