sábado, 20 de abril de 2019
Antiga Homilia sobre a Sábado Santo
Que está acontecendo hoje? Um grande
silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um
grande silêncio, porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou
silenciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam há
séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos.
Ele vai antes de tudo à procura de Adão,
nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão
mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Filho vão ao encontro
de Adão e Eva cativos, agora libertos dos sofrimentos.
O Senhor entrou onde eles estavam, levando
em suas mãos a arma da cruz vitoriosa. Quando Adão, nosso primeiro pai, o viu,
exclamou para todos os demais, batendo no peito e cheio de admiração: “O meu
Senhor está no meio de nós”. E Cristo respondeu a Adão: “E com teu espírito”. E
tomando-o pela mão, disse: “Acorda, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos,
e Cristo te iluminará.
Eu sou o teu Deus, que por tua causa me
tornei teu filho; por ti e por aqueles que nasceram de ti, agora digo, e
com todo o meu poder, ordeno aos que estavam na prisão: ‘Saí!’; e aos que
jaziam nas trevas: ‘Vinde para a luz!’; e aos entorpecidos: ‘Levantai-vos!’
Eu te ordeno: Acorda, tu que dormes, porque
não te criei para permaneceres na mansão dos mortos. Levanta-te dentre os
mortos; eu sou a vida dos mortos. Levanta-te, obra das minhas mãos; levanta-te,
ó minha imagem, tu que foste criado à minha semelhança. Levanta-te, saiamos
daqui; tu em mim e eu em ti, somos uma só e indivisível pessoa.
Por ti, eu, o teu Deus, me tornei teu filho;
por ti, eu, o Senhor, tomei tua condição de escravo. Por ti, eu, que habito no
mais alto dos céus, desci à terra e fui até mesmo sepultado debaixo da terra;
por ti, feito homem, tornei-me como alguém sem apoio, abandonado entre os
mortos. Por ti, que deixaste o jardim do paraíso, ao sair de um jardim fui
entregue aos judeus e num jardim, crucificado.
Vê em meu rosto os escarros que por ti
recebi, para restituir-te o sopro da vida original. Vê na minha face as
bofetadas que levei para restaurar, conforme à minha imagem, tua beleza
corrompida.
Vê em minhas costas as marcas dos açoites
que suportei por ti para retirar de teus ombros o peso dos pecados. Vê minhas
mãos fortemente pregadas à árvore da cruz, por causa de ti, como outrora
estendeste levianamente as tuas mãos para a árvore do paraíso.
Adormeci na cruz e por tua causa a lança
penetrou no meu lado, como Eva surgiu do teu, ao adormeceres no paraíso. Meu
lado curou a dor do teu lado. Meu sono vai arrancar-te do sono da morte. Minha
lança deteve a lança que estava dirigida contra ti.
Levanta-te, vamos daqui. O inimigo te
expulsou da terra do paraíso; eu, porém, já não te coloco no paraíso mas num
trono celeste. O inimigo afastou de ti a árvore, símbolo da vida; eu, porém,
que sou a vida, estou agora junto de ti. Constituí anjos que, como servos, te
guardassem; ordeno agora que eles te adorem como Deus, embora não sejas Deus.
Está preparado o trono dos querubins,
prontos e a postos os mensageiros, construído o leito nupcial, preparado o
banquete, as mansões e os tabernáculos eternos adornados, abertos os tesouros
de todos os bens e o reino dos céus preparado para ti desde toda a eternidade”.
Liturgia das Horas/PaulusO que significam os símbolos gravados no Círio Pascal?
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Círio Pascal / Foto: Wikimedia (Domínio público) |
REDAÇÃO CENTRAL, 20 Abr. 19 / 09:00 am (ACI).- O Círio Pascal é, desde os primeiros séculos do cristianismo, um dos elementos mais expressivos da Vigília do Sábado Santo. No entanto, você sabe o significado de cada um dos símbolos gravados nele?
A seguir, veja cada um dos símbolos com seus respectivos significados:
1. Luz
O Círio Pascal representa Cristo ressuscitado, "a verdadeira luz que ilumina todo homem que vem a este mundo" e que dissipa as trevas (a morte).
2. Chama
No início, na procissão de entrada da Vigília, a única luz é a do Círio Pascal. Então, com essa chama, a pequena vela levada pelos fiéis é acesa, o que significa a fé que todos nós recebemos e compartilhamos.
Através deste ato, os batizados são lembrados de que devem ser portadores da luz de Cristo, testemunhas de seu amor, que como uma chama acende e aquece os corações.
3. A Cruz
A cruz é sempre o símbolo central, é o caminho que deve ser tomado, como Cristo, para chegar ao Pai.
4. Cravos
São cinco grãos de incenso, muitas vezes vermelhos, que são cravados no círio e simbolizam as cinco chagas de Jesus, os três pregos que perfuraram suas mãos e pés, a lança no lado direito do corpo e os espinhos em sua cabeça,
5. Fogo
O fogo da chama também representa uma imagem viva da ressurreição, do homem que abandona o pecado e nasce para uma nova vida. Enquanto o círio está aceso, o sacerdote pode dizer palavras semelhantes a: "A luz de Cristo, elevando-se em Glória, dissipa as trevas de nossas mentes e de nossos corações".
6. Alfa e Ômega
As letras Alfa e Ômega, a primeira e a última do alfabeto grego, indicam que a Páscoa de Cristo, o início e o fim do tempo e da eternidade, chega até nós sempre com nova força no ano especial em que vivemos.
7. Ano
O ano atual representa Deus no presente e como Mestre e Senhor de toda a eternidade.
8. Cordeiro
Cristo é representado pela figura de um cordeiro.
ACI Digital
Os símbolos do Sábado Santo

REDAÇÃO CENTRAL, 20 Abr. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste Sábado Santo, a Igrejacelebra a Vigília Pascal, considerada a mãe de todas as vigílias por realizar-se na noite em que Cristo passou da morte à vida. Esta celebração possui quatro partes: a liturgia da luz; a liturgia da Palavra; a liturgia batismal; e a liturgia eucarística. Conheça os símbolos presentes nessa Missa.
1. A luz e o fogo
Desde sempre, a luz existe em estreita relação com a escuridão: na história pessoal ou social, uma época sombria vai seguida de uma época luminosa; na natureza é das escuridões da terra de onde brota à luz a nova planta, assim como à noite lhe sucede o dia.
A luz também se associa ao conhecimento, ao tomar consciência de algo novo, frente à escuridão da ignorância. E porque sem luz não poderíamos viver, a luz, sempre, mas sobretudo nas Escrituras, simboliza a vida, a salvação, que é Ele mesmo (Sl 27,1; Is 60, 19-20).
A luz de Deus é uma luz no caminho dos homens (Sl 119, 105), assim como sua Palavra (Is 2,3-5). O Messias traz também a luz e Ele mesmo é luz (Is 42.6; Lc 2,32).
As trevas, então, são símbolo do mal, a desgraça, o castigo, a perdição e a morte (Jó 18, 6. 18; Am 5. 18). Mas é Deus quem penetra e dissipa as trevas (Is 60, 1-2) e chama os homens à luz (Is 42,7).
Jesus é a luz do mundo (Jo 8, 12; 9,5) e, por isso, seus discípulos também devem sê-lo para outros (Mt 5,14), convertendo-se em reflexos da luz de Cristo (2 Cor 4,6). Uma conduta inspirada no amor é o sinal de que se está na luz (1 Jo 2,8-11).
Durante a primeira parte da Vigília Pascal, chamada “lucenário”, a fonte de luz é o fogo. Este, além de iluminar, queima e, ao queimar, purifica. Como o sol por seus raios, o fogo simboliza a ação fecundante, purificadora e iluminadora. Por isso, na liturgia, os simbolismos da luz–chama e iluminar–arder se encontram quase sempre juntos.
2. O círio pascal
Entre todos os simbolismos derivados da luz e do fogo, o círio pascal é a expressão mais forte, porque reúne ambos.
O círio pascal representa Cristo ressuscitado, vencedor das trevas e da morte, sol que não tem ocaso. Acende-se com fogo novo, produzido em completa escuridão, porque, na Páscoa, tudo se renova: dele se acendem as demais luzes.
As características da luz são descritas no exultet e formam uma unidade indissolúvel com o anúncio da libertação pascal. O círio aceso é, pois, um memorial da Páscoa. Durante todo o tempo pascal o círio estará aceso para indicar a presença do Ressuscitado entre os seus.
Os símbolos do Batismo
1. A água
Embora o rito do Batismo esteja repleto de símbolos, a água é o elemento central, o símbolo por excelência. Em quase todas as religiões e culturas, a água possui um duplo significado: é fonte de vida e meio de purificação.
Nas Escrituras, encontramos as águas da Criação sobre as quais pairava o Espírito de Deus (Gn 1,2). A água é vida no regaço, na seiva, no líquido amniótico que nos envolve antes de nascer. No dilúvio universal, as águas torrenciais purificam a face da terra e dão lugar à nova criação a partir de Noé.
No deserto, os poços e os mananciais se oferecem aos nômades como fonte de alegria e de assombro. Perto deles, têm lugar os encontros sociais e sagrados, preparam-se os matrimônios, etc.
Os rios são fontes de fertilização de origem divina; as chuvas e o orvalho contribuem com sua fecundidade como benevolência de Deus. Sem a água, o nômade seria imediatamente condenado à morte e queimado pelo sol palestino. Por isso, pede-se a água na oração.
Yahvé se compara com uma chuva de primavera (Os 6,3), ao orvalho que faz crescer as flores (Os 14.6). O justo é semelhante à árvore plantada ao borde das águas que correm (Nm 24,6); a água é sinal de bênção.
Segundo Jeremias (2, 13), o povo de Israel, ao ser infiel, esquece Yahvé como fonte viva, querendo escavar suas próprias cisternas. A alma procura Deus como o cervo sedento procura a presença da água viva (Sl 42,2-3). A alma aparece assim como uma terra seca e sedenta, orientada para a água.
Jesus emprega também este simbolismo em sua conversa com a samaritana (Jo 4.1-14), a quem se revela como “água viva” que pode saciar sua sede de Deus. Ele mesmo se revela como a fonte dessa água: “Se alguém tiver sede, que venha para Mim e beba” (Jo 7,37-38). Como da rocha de Moisés, a água surge do flanco transpassado pela lança, símbolo de sua natureza divina e do Batismo (cf Jo 19,34).
Por este motivo, a água se converteu no elemento natural do primeiro sacramento da iniciação cristã. Desde os primeiros séculos do cristianismo, os cristãos adultos eram batizados em uma espécie de pia cheia de água que tinha duas escadas: por uma descia e por outra saía. A imagem de “descer” às águas representava o momento da purificação dos pecados e estava associada à morte de Cristo.
A saída, subindo pelo lado oposto, representava o renascer à nova vida, como se estivesse saindo do ventre materno e era associado à ressurreição. No centro se fazia a profissão de fé pública. E isto significa que a água do batismo não é algo “mágico” – como pensam muitos – que protege ou transforma por si só, mas sim a expressão deste duplo compromisso: o de mudar de vida morrendo ao pecado e o de renovar a escala de valores, iluminados por Cristo, ressuscitados com Ele.
2. A veste branca
A cor branca sempre foi identificada com a pureza, com o inocente. Parece lógico que, desde os primeiros séculos do cristianismo, os catecúmenos fossem ao Batismo vestidos com túnicas brancas. Poderíamos considerá-lo, inclusive, como inspirado na imagem reiterada do Apocalipse, em que os seguidores fiéis do Cordeiro mereceram vestir-se de branco (cf 3,4-5.18; 4,4; 7,9.13-14; 19,14; 22,14).
Entretanto, os textos bíblicos dependeriam do que nos diz a tradição cultural dos primeiros séculos, anterior aos mesmos. Em todo o Império Romano, só os membros do Senado se vestiam com túnicas brancas, por isso os chamavam candidatus, do latim “cândido”, branco. Desta maneira, manifestava publicamente sua dignidade, a de servir ao Imperador, o qual se apresentava como o filho de deus.
Os cristãos, então, a irem vestidos de branco a receber o Batismo, tentaram mostrar que a verdadeira dignidade do homem não consiste em trabalhar para nenhum poder político, mas em servir a Jesus Cristo, o verdadeiro Filho de Deus. Portanto, mais que símbolo de pureza, era símbolo de dignidade, de vida nova, de compromisso com um estilo de vida e com o esforço cotidiano por conservá-la sem mancha, para ser considerados dignos de participar do banquete do Reino (cf. Mt 22, 12).
Em uma sociedade consumista como a nossa, em que a dignidade das pessoas depende de como vão vestidas, da moda que seguem, das marcas que usam, os cristãos deveriam nos perguntar o que fizemos de nossa “veste branca” batismal e verificar se, como diz São Paulo, “tendo-nos revestido de Cristo” (cf. Gl 3.27).
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No Sábado Santo, esperamos com Maria
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Aci Digital |
REDAÇÃO CENTRAL, 20 Abr. 19 / 06:00 am (ACI).- Hoje é Sábado Santo, dia de espera. Jesus está no sepulcro e Maria é quem acompanha a Igreja.
Maria é a mãe da paciente espera, embora esteja sofrendo pela morte de seu Filho. Ela foi a única que manteve viva a chama da fé quando Cristo foi sepultado.
Muitos seguidores de Jesus ficaram desiludidos, pois acreditavam que Ele seria o Grande Messias de Israel. Eles esperavam um guerreiro que os libertasse do domínio romano com punho de ferro e um exército numeroso.
Entretanto, quando viram que Cristo deixou que o crucificassem e morreu, ficaram tristes e desiludidos. “Jesus fracassou, voltemos para nosso trabalho ordinário”, disseram os discípulos de Emaús. Os apóstolos também estavam com medo e ficaram escondidos.
Inclusive as mulheres que estiveram ao pé da Cruz, foram embalsamar o corpo do Senhor porque estava morto. Elas não tinham acreditado na ressurreição de Cristo e, quando encontraram o sepulcro vazio, ficaram surpresas. Sem entender porque o corpo de Jesus não estava lá, começaram a duvidar do que Ele lhes havia dito sobre a ressurreição. Ao aparecer o anjo, uma delas pergunta: Para onde levaram o Senhor? Somente quando Cristo lhes aparece, acreditam.
Maria, muito pelo contrário, não foi ao sepulcro, pois tinha acolhido a palavra de Deus em seu coração. E por ser uma mulher de fé profunda, havia acreditado. Portanto, Ela não estava desiludida, nem assustada e desconfiada. Mas esperava plenamente a ressurreição do seu Filho.
Apesar de ter vivido toda a dor do dia anterior, sua fé e sua esperança são muito maiores. Permaneceu firme ao pé da cruz, embora profundamente dolorida. Nesses momentos, a única coisa que a sustentou foi a sua fé e também a esperança de que se cumpririam as promessas de Deus.
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Fonte: https://www.acidigital.com/
Este é o verdadeiro significado da Vigília Pascal
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Vigília Pascal celebrada pelo Papa Emérito Bento XVI / Crédito: Vatican Media |
REDAÇÃO CENTRAL, 20 Abr. 19 / 07:00 am (ACI).- A celebração da Vigília Pascal na noite do Sábado Santo é a mais importante de todas as celebrações cristãs, porque comemora a ressurreição de Jesus Cristo.
A Vigília, que significa passar “uma noite velando”, tem um sentido especial na véspera pascoal, porque recorda a passagem bíblica (Mc 16,1-7), na qual um grupo de mulheres chega ao sepulcro para terminar de embalsamar Jesus, mas não encontram seu corpo. Em seguida, um anjo aparece a elas e diz: “Não tenhais medo. Buscais Jesus de Nazaré, que foi crucificado. Ele ressuscitou, já não está aqui. Eis o lugar onde o depositaram. Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vos precede na Galileia. Lá o vereis como vos disse” (Mc 16,6-7).
Na Vigília Pascal, celebra-se a Ressurreição que está adornada pelo cumprimento de todas as profecias e a recuperação vital da vida de Jesus para não morrer jamais, indicou Pe. Donato Jiménez ao Grupo ACI.
“Esta ressurreição é a que nos ensina, mais claramente do que qualquer outra coisa, o cumprimento das palavras de Jesus em nossa vida. Assim como Jesus Cristo morreu e ressuscitou ao terceiro dia, também o cristão que morre em Cristo ressuscitará no fim dos tempos”, indicou o sacerdote.
No início da Vigília, depois de acender o círio pascal, proclama-se a Ressurreição e recita-se a Proclamação da Páscoa.
Nela se relata brevemente a história da salvação desde a criação, a provação e queda de Adão, a espera e libertação do povo de Israel, até a entrega de Jesus Cristo, que morreu por nossos pecados e nos leva à salvação.
A Proclamação da Páscoa é dirigida a toda a humanidade, mas especialmente aos cristãos. Santo Agostinho nos convida a recordá-la constantemente, porque é uma mensagem de esperança e nos transmite a vitória da luz sobre a escuridão.
Após as leituras, segue a Liturgia Batismal ou, pelo menos, a bênção da água e a renovação das promessas batismais.
Finalmente, na celebração eucarística se entoam os cantos do Aleluia. Vive-se um ambiente festivo e de louvor, porque cumpriu-se as promessas de Deus, especialmente, por ter restaurado sua amizade com a humanidade e outorgar a salvação.
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Sábado Santo: Esta noite celebramos a Vigília Pascal

REDAÇÃO CENTRAL, 20 Abr. 19 / 04:00 am (ACI).- Hoje é realizada a celebração do Sábado Santo, a Igreja Católica medita sobre a paixão e morte do Senhor, assim como sua descida ao inferno, e espera em oração a sua ressurreição. Realiza-se também a Vigília Pascal que conclui com a Liturgia Eucarística.
Durante este dia, é dada atenção especial à Virgem Maria, acompanhando-a em sua solidão, que vela junto ao túmulo de seu Filho amado.
Na Vigília Pascal, são realizados três atos importantes que começam com a Celebração do Fogo, na qual o padre abençoa o fogo e acende o círio pascal. Neste ato, entoa-se a Proclamação da Páscoa, que é um poema escrito por volta do ano 300, que proclama que Jesus é o novo fogo.
Ocorre também a Liturgia da Palavra, na qual são feitas sete leituras, desde a criação até a Ressurreição também, sendo a leitura do livro do Êxodo a mais importante que narra a passagem dos israelitas através do Mar Vermelho, quando fugiam das tropas egípcias, sendo bem salvos por Deus. Da mesma maneira, recorda que Deus, esta noite, nos salva por seu Filho.
O terceiro ato é quando toda a Igreja renovou suas promessas batismais renunciando a Satanás, suas seduções e suas obras. A pia batismal ou um recipiente que a representa é abençoada e é recitada a ladainha dos santos, que nos une em oração com a Igreja militante e triunfante.
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sexta-feira, 19 de abril de 2019
Os símbolos da Sexta-feira Santa
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Foto: Cruz / Crédito: Lauren Cater CNA. |
REDAÇÃO CENTRAL, 19 Abr. 19 / 06:00 am (ACI).- A tarde de Sexta-feira Santa apresenta o drama imenso da morte de Cristo no Calvário. A cruz erguida sobre o mundo continua de pé como sinal de salvação e de esperança.
Com a Paixão de Jesus segundo o Evangelho de João, é contemplado o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que lhe traspassou o lado.
Neste dia não há Missa, celebra-se a Paixão do Senhor, que conta com os seguintes símbolos:
A cruz
A cruz foi, na época de Jesus, o instrumento de morte mais humilhante. Por isso, a imagem do Cristo crucificado se converte em “escândalo para os judeus e loucura para os pagãos” (1 Cor 1,23). Teve que passar muito tempo para que os cristãos se identificassem com esse símbolo e o assumissem como instrumento de salvação, entronizado nos templos e presidindo as casas e habitações, e pendendo no pescoço como expressão de fé.
Isto demonstram as pinturas nas catacumbas dos primeiros séculos, onde os cristãos, perseguidos por sua fé, representaram a Cristo como o Bom Pastor pelo qual “não temerei nenhum mal” (Salmo 22,4); ou fazem referência à ressurreição em imagens bíblicas como Jonas saindo do peixe depois de três dias; ou ilustram os sacramentos do Batismo e a Eucaristia, antecipação e alimento de vida eterna. A cruz aparece só velada, nos cortes dos pães eucarísticos ou na âncora invertida.
Poderíamos pensar que a cruz era já a que eles estavam suportando, nos anos da insegurança e a perseguição. Entretanto, Jesus nos convida a segui-lo negando a nós mesmos e tomando nossa cruz a cada dia (cfr. Mt 10,38; Mc 8,34; Lc 9,23).
Expressão desse martírio cotidiano são as coisas que mais nos custam e nos doem, mas que podem ser iluminadas e vividas de outra maneira precisamente desde Sua cruz.
Só assim a cruz já não é um instrumento de morte, mas de vida e ao “por que eu” expresso como protesto diante de cada experiência dolorosa, substituímo-lo pelo “quem sou eu” de quem se sente muito pequeno e indigno para poder participar da Cruz de Cristo, inclusive nas pequenas “lascas” cotidianas.
A coroa de espinhos, o látego, os pregos, a lança e a esponja com vinagre
Estes “acessórios” da Paixão muitas vezes aparecem graficamente apoiados ou superpostos à cruz.
São a expressão de todos os sofrimentos que, como peças de um quebra-cabeças, conformaram o mosaico da Paixão de Jesus.
Eles materialmente nos recordam outros sinais ou elementos igualmente dolorosos: o abandono dos apóstolos e discípulos, as brincadeiras, as cusparadas, a nudez, os empurrões, o aparente silêncio de Deus.
A Paixão revestiu os três níveis de dor que todo ser humano pode suportar: física, psicológica e espiritual. A todos eles, Jesus respondeu perdoando e abandonando-se nas mãos do Pai.
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Este é o significado da Via-Sacra
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Via-Sacra / Crédito: Pintura de Raúl Berzosa |
REDAÇÃO CENTRAL, 19 Abr. 19 / 05:00 am (ACI).- A Via-Sacra consiste em percorrer espiritualmente o caminho de Jesus ao Monte Calvário enquanto carregava a Cruz, assim como a oportunidade de interiorizar em seu sofrimento.
Em relação ao seu significado, “Via Crucis”, ou Via-Sacra, significa em latim “O caminho da Cruz”. Este caminho é formado por 14 estações que representam determinadas cenas da Paixão, cada uma corresponde a um acontecimento especial ou a maneira especial de devoção relacionada a tais representações.
Antigamente, o número de estações variava consideravelmente em diferentes lugares, mas agora o Magistério prescreve quatorze:
1. Cristo é condenado à morte
2. Jesus carrega a cruz aos ombros
3. Jesus cai pela primeira vez
4. Jesus encontra a sua Santíssima Mãe
5. Simão Cirineu ajuda Jesus a carregar a cruz
6. Verônica enxuga o rosto de Jesus
7. Jesus cai pela segunda vez
8. Jesus encontra as mulheres de Jerusalém
9. Jesus cai pela terceira vez
10. Jesus é despojado de suas vestes
11. Jesus é pregado na cruz
12. Jesus morre na cruz
13. Jesus é descido da cruz
14. Jesus é colocado no sepulcro
2. Jesus carrega a cruz aos ombros
3. Jesus cai pela primeira vez
4. Jesus encontra a sua Santíssima Mãe
5. Simão Cirineu ajuda Jesus a carregar a cruz
6. Verônica enxuga o rosto de Jesus
7. Jesus cai pela segunda vez
8. Jesus encontra as mulheres de Jerusalém
9. Jesus cai pela terceira vez
10. Jesus é despojado de suas vestes
11. Jesus é pregado na cruz
12. Jesus morre na cruz
13. Jesus é descido da cruz
14. Jesus é colocado no sepulcro
No princípio, a oração da Via-Sacra era diferente. No século IV, a religiosa Egedia escreveu acerca das peregrinações que os cristãos realizavam a Jerusalém para percorrer os lugares da paixão e morte de Jesus com os Evangelhos na mão. Esta peregrinação terminava no Monte Calvário.
“É uma devoção muito importante e favorável para o cristão, pois o ajuda a representar na imaginação e na memória os passos sucessivos de Jesus, os seus sofrimentos e sentimentos”, comenta Pe. Donato Jiménez.
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Sexta-feira Santa: Celebração da Paixão do Senhor

REDAÇÃO CENTRAL, 19 Abr. 19 / 04:00 am (ACI).- Hoje toda a Igreja Católica se une em penitência, abstinência e jejum para celebrar a Paixão do Senhor. Entre as atividades deste dia, estão a Via Sacra, o Sermão das Sete Palavras de Jesus na Cruz; as procissões com a imagem de Cristo e da sua Mãe Dolorosa, entre outros.
Neste dia, a Igreja não celebra a Eucaristia e nenhum sacramento, exceto a Reconciliação e a Unção dos Enfermos.
A celebração litúrgica celebra a morte do Senhor, também é realizada a celebração da Palavra, que termina com a adoração da Cruz e Comunhão Eucarística, com as hóstias consagradas na Quinta-feira Santa.
Além disso, hoje, convida-se a acompanhar ao final da adoração da Cruz uma pequena comemoração da Virgem Maria, a Mãe Dolorosa, que esteve aos pés da Cruz.
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quinta-feira, 18 de abril de 2019
“Sem a via da misericórdia tudo se enfraquece”, afirma arcebispo de Belo Horizonte
Em seu artigo “Via da misericórdia”, o arcebispo de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira afirma que a humanidade precisa ser banhada por um novo bálsamo – o bálsamo da misericórdia, que é muito antigo, mas sempre atual. “Antigo por ter suas raízes plantadas na eternidade. Novo e necessário porque a humanidade depende dessa fonte inesgotável, que é o amor de Deus”, explica. Para o bispo, o rosto desse amor misericordioso está próximo de cada pessoa – é Jesus Cristo. “Nele, o Filho de Deus, a misericórdia divina, se torna visível, mostrando que o seu Pai é o Pai de todos, Deus amor”, declara.
Eis, pois, a direção que de acordo com dom Walmor deve ser seguida pela humanidade, para encontrar novo rumo, após tantos descasos com a vida e o planeta, a “Casa Comum: a via da misericórdia”. Para ele, esse caminho está na contramão da perversidade e da indiferença. “Envolvendo corações e mentes, esses males marcam os tempos atuais com os frutos da insanidade e da ignorância, insensíveis às muitas possibilidades para os avanços humanitários, sociais e políticos”, afirma. A misericórdia é, assim, segundo dom Walmor, remédio indispensável, lição inigualável.
Quando um coração é forjado pela misericórdia, dom Walmor diz que ele se torna base para uma mente límpida, orientada para a fraternidade solidária, repleta de uma luz que inspira a inteligência e a sabedoria, qualidades indispensáveis em qualquer momento da história. “Afinal, a desastrosa percepção dos mais diferentes processos é um tipo de cegueira que causa confusões, leva a decisões equivocadas, à falta de senso crítico sobre as próprias atitudes”, considera.
Segundo dom Walmor para percorrer a via da misericórdia é necessário treinamento para se conquistar a competente compreensão a respeito de si e do outro. Permite, segundo ele, reconhecer a vida de cada pessoa como dom. “É, pois, atitude fundamental para se administrar, com equilíbrio, a própria vida. Caminho que consolida a justiça, pois conduz ao compromisso com a verdade, o bem comum, a honestidade”, aponta. Quem se aproxima do amor misericordioso de Deus, revelado em Jesus Cristo, desenvolve conforme o bispo, o gosto pela honestidade, não alimenta qualquer tipo de orgulho ou ilusória concepção sobre si.
Sem a via da misericórdia, o bispo acredita que tudo se enfraquece. “A religiosidade deixa de contribuir para que a sociedade alcance nova etapa de seu desenvolvimento. As famílias, que deveriam ser ambiente para muitos aprendizados, ficam desfiguradas”, considera. Para ele, buscar a misericórdia não é, pois, um passeio sem propósito. “É experiência renovadora, a partir do encontro com Jesus Cristo, o rosto misericordioso de Deus-Pai. Um acontecimento capaz de corrigir muitos descompassos, a exemplo do costume de se alegrar, perversamente, com o fracasso dos outros”, diz.
Ainda em seu artigo, dom Walmor destaca que as lições de Jesus Cristo salvam a humanidade também de males que afligem a alma, tornando-a suscetível a sofridas depressões: “Quem segue o Mestre, rosto da misericórdia divina, não desiste de viver, pois passa a reconhecer a própria existência como dom. Cultiva especial apreço à vida de todos, acima de qualquer interesse egoísta que possa levar a disputas insanas”.
Nesse horizonte, dom Walmor faz um elo com a Semana Santa e diz que o tempo compreende oportunidade singular para buscar a misericórdia seguindo os passos do Mestre, na sua paixão, morte e ressurreição, a partir das celebrações e da escuta da Palavra de Deus. “A Semana Santa condensa lições essenciais que, se aprendidas por todos, permitem o surgimento de uma humanidade nova, solidária”, aponta o bispo. Ainda de acordo com ele, Jesus é único e seus ensinamentos são a verdadeira sabedoria.
“Todos aproveitem a chance de fixar o olhar em Cristo, para percorrer com Ele a via da misericórdia. Assim, cada pessoa tem a oportunidade de unir-se a Deus, abrir o próprio coração para o amor, que transforma, produz sabedoria, permite discernimentos e escolhas acertadas”, exorta dom Walmor. Para ele, os atos de Jesus são permeados de compaixão, que não pode ser confundida com fraqueza. Trata-se, de acordo com ele, de corajosa fidelidade à verdade e ao bem de todos.
“Acolher suas palavras, silenciar ante seus sofrimentos e sua morte expiatória, refletindo sobre os preciosos ensinamentos reunidos na Bíblia, a exemplo dos que estão concentrados no Sermão da Montanha, é passo importante para percorrer a via da misericórdia junto com Cristo”, garante dom Walmor. No final de seu artigo, ele diz que a humanidade precisa, com urgência, trilhar esse caminho. “Seja, pois, compromisso de todos, percorrer a via da misericórdia para aproximar-se de Deus e aprender com o seu amor”, finaliza.
CNBB
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Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF