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quarta-feira, 6 de março de 2024

Papa Francisco: quem cede à soberba está longe de Deus

Audiência Geral de 06/03/2024 - Papa Francisco (VATICAN MEDIA)

"Aproveitemos esta Quaresma para combater a nossa soberba". Esse é o convite que o Papa dirige aos fiéis presentes na Praça São Pedro para a Audiência Geral desta quarta-feira (06). Em sua catequese dedicada a este vício, Francisco sublinha que "por trás desse mal está o pecado original, a absurda pretensão de ser como Deus".

https://youtu.be/pQ9iQmkrVx8

Thulio Fonseca - Vatican News 

Com um significativo aumento das temperaturas, sinalizando o fim do inverno no hemisfério norte, a Praça São Pedro voltou a receber nesta quarta-feira, 06 de março, milhares de peregrinos para a Audiência Geral. Antes da catequese, o Papa saudou os presentes a bordo do papamóvel e recebeu calorosas demonstrações de afeto por parte dos fiéis.

Francisco, que ainda se recupera de um resfriado, antes de seu discurso, lido por mons. Pierluigi Giroli, proferiu algumas breves palavras:

"A catequese de hoje será lida por um dos meus ajudantes, porque ainda estou resfriado e não consigo ler bem. Muito obrigado!"

A décima reflexão do Santo Padre no ciclo de catequeses sobre os vícios e as virtudes foi dedicada ao pecado da soberba.

De todos os vícios, a soberba é a grande rainha

No texto, o Papa define o soberbo como “alguém que se acha muito mais do que realmente é; alguém que se agita para ser reconhecido como maior que os outros, quer sempre ver seus méritos reconhecidos e despreza os outros considerando-os inferiores.” Ao recordar o vício da vanglória, tema da última reflexão, Francisco enfatiza que "é uma doença infantil" quando comparada a destruição de que a soberba é capaz:

“Analisando as loucuras do homem, os monges da antiguidade reconheciam uma certa ordem na sequência dos males: dos pecados mais grosseiros, como a gula, para chegar aos monstros mais perturbadores. De todos os vícios, a soberba é a grande rainha. [...] Quem cede a este vício está longe de Deus, e a correção deste mal exige tempo e esforço, mais do que qualquer outra batalha para que o cristão é chamado.”

Absurda pretensão de ser como Deus

Na raiz da soberba, prossegue o Papa, “reside a absurda pretensão de ser como Deus”. Este vicio arruína as relações humanas, envenena o sentimento de fraternidade e revela uma série de sintomas:

“O soberbo é altivo, propenso a julgamentos, desdenhoso, em vão emite sentenças irrevogáveis ​​contra os outros, que lhe parecem irremediavelmente ineptos e incapazes. Na sua arrogância, esquece-se que Jesus nos deu poucos preceitos morais nos Evangelhos, mas em um deles mostrou-se intransigente: não julgueis.”

Sintomas de um soberbo

Segundo Francisco, quando lidamos com uma pessoa soberba, quando, fazendo-lhe uma pequena crítica construtiva, ou uma observação completamente inofensiva, ela reage de forma exagerada, fica furiosa, grita, interrompe relações com outros de uma forma ressentida:

“Há pouco que se possa fazer com uma pessoa cheia de soberba. É impossível falar com ela, muito menos corrigí-la, porque em última análise ela não está mais presente consigo mesma. Com ela basta apenas ter paciência, porque um dia o seu prédio desabará.”

Audiência Geral com o Papa Francisco (VATICAN MEDIA)

O Pontífice acrescenta o exemplo do apóstolo Pedro que, confiante, diz a Jesus: "Mesmo que todos te abandonassem, eu não o faria!", mas se descobre tão temeroso quanto os outros quando se depara com o perigo da morte:

“E assim o segundo Pedro, aquele que já não levanta o queixo, mas chora lágrimas salgadas, será curado por Jesus e estará finalmente apto a suportar o peso da Igreja. Antes, exibia uma presunção que era melhor não ostentar; agora, em vez disso, é um discípulo.”

A salvação passa pela humildade

Por fim, o Papa enfatiza que o verdadeiro remédio para todo ato de soberba é a humildade. “No Magnificat, Maria canta ao Deus que com o seu poder dispersa os soberbos nos pensamentos doentios dos seus corações”:

"É inútil roubar algo de Deus, como os soberbos esperam fazer, porque em última análise Ele quer dar-nos tudo."

"Portanto, queridos irmãos e irmãs, aproveitemos esta Quaresma para lutar contra a nossa soberba", concluiu o Papa.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Santa Rosa de Viterbo

Santa Rosa de Viterbo (A12)
06 de março
Santa Rosa de Viterbo

Viterbo, próximo a Roma, Itália, é uma cidade importante para a igreja, pois abrigou conclaves e serviu de refúgio para diversos Papas. Ali nasceu Rosa, em 1233, de família pobre e humilde. Seus pais a educaram desde cedo na Fé. Ela nasceu sem o esterno, osso maior e central na parte anterior do tórax, e em teoria estava condenada a morrer em três anos, pois nestes casos não há sustentação suficiente para o esqueleto.

Desde tenra infância possuía dons místicos. Aos três anos, rezou ao lado do caixão de uma tia e esta ressuscitou. Entende-se que esta foi também uma ressurreição para a fé de Viterbo, na época em que havia duro confronto entre o partido dos guelfos, que apoiavam o Papa Inocêncio IV, e o dos guibelinos, apoiando o imperador Frederico II, autoritário e abusando dos seus poderes.

Rosa vivia asceticamente, buscando a oração e penitências. Aos sete anos, vítima de uma febre, apareceu-lhe Nossa Senhora, que a curou e confiou uma missão: visitar as igrejas de São João Batista, Santa Maria do Oiteiro e São Francisco, e pedir admissão na Ordem Terceira de São Francisco. Aos 11 anos procurou o Convento de Santa Maria das Rosas, mas as freiras a recusaram, pela falta de estudo e constituição frágil, sem o esterno. A santa menina lhes disse: “A donzela que repelis hoje há de ser por vós aceita um dia, com alegria, e a guardareis preciosamente”. Rosa então transformou seu quarto numa cela de religiosa e assim viveu os seus últimos anos de vida.

No ano de 1247 Viterbo, fiel ao Papa, caiu nas mãos do imperador Frederico II, herege cátaro (ou albigense, professando o dualismo – um Deus bom e um deus mal –, a reencarnação e uma suposta “pureza superior” para os escolhidos, manifesta no celibato). Após uma visão de Cristo crucificado, Rosa, com 12 anos, foi impelida a sair às ruas, pregando contra os hereges com um crucifixo nas mãos. Atraía multidões tão grandes que por vezes não era possível vê-la; numa destas ocasiões, levitou até uma altura suficiente, o que foi confirmado por milhares de testemunhas e noticiado por toda a Itália. Em consequência das pregações, ocorreram conversões, retorno de hereges à Igreja, e a reconciliação com o Papa.

Denunciada ao imperador, a quem também questionava, Rosa foi levada a ele, que a proibiu de pregar. Sua resposta foi, “Quem me manda pregar é muito mais poderoso e, assim, prefiro morrer a desobedecê-Lo”. Frederico mandou prendê-la, mas temendo uma revolta na cidade, deportou-a com seus pais para Soriano nel Cimino, aonde chegaram depois de muitas privações na neve. Mas tanto ali quanto em outra cidade, Vitorchiano, Rosa já era conhecida, foi muito bem recebida e continuou sua missão. Na noite de quatro para cinco de dezembro, ela teve uma visão da morte do imperador, de fato ocorrida no dia 13.

Em 1250 Viterbo voltou ao domínio papal, e Rosa para lá retornou como heroína. Mas contraiu uma doença e faleceu com 18 anos, provavelmente em 6 de junho de 1251, sendo sepultada na terra nua, próximo à igreja de Santa Maria no Poggio.

A exumação do corpo, pedida pelo Papa Inocêncio IV, revelou-o intacto, incorrupto e flexível. Foi então transladada para o Mosteiro das Clarissas (renomeado depois para Mosteiro de Santa Rosa), hoje seu Santuário. Assim, Rosa acabou aceita, como dissera, neste convento. Apesar de um incêndio em 1357, seu corpo, até então incólume, continua incorrupto.

Excepcionalmente, Santa Rosa de Viterbo tem duas festas litúrgicas oficiais, 6 de março na sua morte, ou início da vida celeste, como para todos os demais santos, e 4 de setembro, data da sua transladação em 1258. Desta ocasião, ficou tradicional a procissão com a Máquina de Santa Rosa, uma estrutura de madeira e tecido sempre mais cuidada. A festa é atualmente reconhecida pela UNESCO como patrimônio mundial da humanidade.

 Santa Rosa é padroeira da Juventude Franciscana e da Juventude Feminina da Ação Católica Italiana, e também dos exilados.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

O que sustenta a nossa vida não depende dos ossos e da carne, mas da comunhão com Deus; não do esterno do esqueleto nem do externo à Fé; buscar a intimidade com o Senhor e a ortodoxia dos Seus ensinamentos na Igreja é tarefa de todo cristão, desde a infância até o momento da morte física. Poucas obras são tão importantes, especialmente em ocasiões de crise espiritual na Igreja – como hoje acontece por exemplo por causa da herética “Teologia da Libertação” – do que o ensinamento correto da Doutrina e da Verdade, como fez Santa Rosa de Viterbo. O pão espiritual é muito mais importante do que o pão material, pois o corpo morre cedo ou tarde, em melhores ou piores condições, mas inevitavelmente; porém à alma é destinada a vida infinita, e para ela só há céu ou inferno, de modo definitivo. O corpo doente de Santa Rosa faleceu, e antes sofreu provações na pobreza e dificuldades, mas nele o reflexo incorrupto da sua alma em santidade dá ainda hoje o testemunho muito concreto de que fundamental é unicamente o destino do espírito.

Oração:

Senhor, que nunca nos deixais faltar o que realmente importa para a verdadeira Vida, seja ao corpo ou à alma, concedei-nos por intercessão de Santa Rosa de Viterbo a coragem e o ardor de viver e proclamar firmemente a Fé, sem temor dos poderes deste mundo, pois só assim estaremos de fato fazendo o Bem, ajudando os irmãos a chegarem a Vós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

terça-feira, 5 de março de 2024

Cinco vezes em que a ciência confirmou que a vida começa na fecundação

Imagem referencial | Flickr Zappys Technology Solutions (CC BY 2.0)

Em que momento começa a vida humana? Há décadas, a ciência teve uma resposta clara: na fecundação, a união de um óvulo e um espermatozoide.

Abaixo, cinco ocasiões nas quais a ciência garantiu que a vida humana começa na fecundação.

1. "O desenvolvimento de um ser humano começa com a fecundação"

Em 1975, a terceira edição do famoso livro Medical Embryology (Embriologia Médica), de Jan Langman, explicou que “o desenvolvimento de um ser humano começa com a fecundação, um processo pelo qual duas células altamente especializadas, o espermatozoide masculino e o óvulo feminino, se unem para dar origem a um novo organismo: o zigoto”.

A edição mais recente desse livro, de 2015, ensina que “o desenvolvimento começa com a fecundação”.

2. O óvulo fertilizado é "o princípio" do ser humano

O livro Essentials of Human Embryology (Fundamentos da Embriologia Humana), de Keith Moore, publicado em 1988, concorda que “o desenvolvimento humano começa depois da união dos gametas masculino e feminino ou células germinais durante um processo conhecido como fecundação (concepção)”.

O óvulo fertilizado, conhecido como zigoto, diz o livro, “é uma grande célula diploide que é o principio, o primórdio do ser humano”.

3. Um estudo publicado por 'Nature'

“O ciclo de vida dos mamíferos começa quando um espermatozoide entra em um óvulo”, disse um estudo publicado em 2010 na revista 'Nature' por Yukinori Okada e outros cientistas, intitulado “A role for the elongator complex in zygotic paternal genome demethylation”.

4. Na fecundação produz-se "um indivíduo geneticamente distinto"

Uma pesquisa feita por Janetti Signorelli e outros cientistas em 2012 concluiu que “a fertilização é o processo pelo qual os gametas haploides masculinos e os gametas haploides femininos (espermatozoides e óvulos) se unem para gerar um indivíduo geneticamente diferente”.

5. "O embrião tem características humanas inequívocas"

Em 2015, na última edição de seu livro 'The Developing Human: Clinically Oriented Embryology' (O Desenvolvimento Humano: Embriologia Clinicamente Orientada), os cientistas Keith Moore, TVN Persaud e Mark Torchia disseram que “o desenvolvimento humano é um processo contínuo que começa quando um óvulo feminino é fertilizado por um espermatozoide masculino”.

“O desenvolvimento humano começa na fertilização, quando o espermatozoide penetra em um óvulo para formar uma célula única, o zigoto”, escreveram.

Segundo os cientistas, “todas as principais estruturas externas e internas são estabelecidas entre a quarta e oitava semana” e “o surgimento das extremidades superiores são reconhecíveis nos dias 26 ou 27 como pequenos inchaços nas paredes ventrolaterais do corpo”.

No final da oitava semana, disseram, “o embrião tem características humanas inconfundíveis; entretanto, a cabeça ainda é desproporcionalmente grande, constituindo cerca da metade do embrião”.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Tão livre, tão obediente - Parte 3

Gianna, no sétimo mês de sua última gravidez, segura dois de seus filhos nos braços (30Giorni)

Revista 30Dias – 03/2004

Tão livre, tão obediente

História de Gianna Beretta Molla, a primeira mãe da era moderna a ser proclamada santa.

por Stefania Falasca

Na manhã de 21 de abril de 1962, ela deu à luz Gianna Emanuela. «Quando ela acordou da anestesia trouxeram-lhe a menina», diz o marido: «Ela olhou para ela e acariciou-a durante muito tempo, em silêncio...». Naquela Sexta-Feira Santa começou sua paixão. O que se temia não demorou a se manifestar: peritonite séptica. Nada poderia ser feito para salvá-la. Naqueles últimos dias, no meio de dores atrozes, ela continuou a oferecer-se humildemente, rezando, invocou a sua mãe no céu e pediu que não lhe fossem dados medicamentos, para permanecer consciente. Virgínia, a irmã freira, recorda assim os últimos momentos: «Entrei no quarto e fiquei sozinha com ela. Antes mesmo de beijá-la ela me disse: "Ginia, você está aqui... se você soubesse o que significa morrer e deixar para trás quatro filhos pequenos... Não deixe que eles te mandem para longe... eles Preciso de você agora". Ela me pediu para trazer sua comunhão. Mas não consegui encontrar o padre, então entreguei-lhe o meu crucifixo. Ela o abraçou contra o peito e o beijou com uma ternura indescritível."

«Nós a levamos para casa, para seu leito nupcial. Como ela queria”, lembra. “Meu querido Jesus, eu te amo” foram suas últimas palavras. Aos primeiros raios do amanhecer, sua respiração tornou-se difícil. Ela ouviu as vozes das crianças que naquele momento estavam acordando na sala ao lado. Seus olhos se encheram de lágrimas... ela sorriu e depois morreu. Era a manhã do dia 28 de abril, domingo em albis . O corpo permaneceu exposto por três dias. Em silêncio, uma interminável procissão de trabalhadores, médicos, doentes, sacerdotes, membros da Ação Católica, toda a população de Magenta e de outros concelhos, apressou-se a saudá-la. “Nunca esperei tanto pelas confissões como naqueles três dias”, diz o pároco no seu depoimento. “Antes de se despedirem do médico pela última vez, muitos, principalmente os homens, que raramente se viam na igreja, sentiram necessidade de se confessar”. Em seu funeral, um rio de pessoas esperou de joelhos a passagem de seu caixão. 

O impossível tornou-se possível

Gianna continuou a fazer o bem lá de cima. Quinze anos após sua morte foi como missionária para o Brasil. Precisamente no hospital de Grajaú, no Maranhão, onde seu irmão frade capuchinho exercia a profissão de médico. No dia 22 de outubro de 1977, o Padre Alberto Beretta não estava no hospital. A notícia da cura milagrosa de uma mulher que deu à luz, por intercessão de sua irmã, chegou até ele quando estava na Itália. É o milagre que levou Gianna à sua beatificação em 24 de abril de 1994. O segundo milagre, novamente no Brasil, no Estado de São Paulo. Em 11 de janeiro de 2000, a senhora Elisabete Arcolino Comparini foi internada devido à perda total de líquido amniótico no quarto mês de gestação. Nestes casos o resultado é selado. Morte do feto resultando em aborto espontâneo ou terapêutico devido a perigo imediato para a vida da mãe. Mas depois de implorar pela ajuda de Gianna, a gravidez, sob o olhar atônito dos médicos, continuou e até chegou ao fim. «Na literatura científica mundial não existem casos registados de sobrevivência fetal após ruptura das membranas na décima sexta semana de gestação; tanto a evolução quanto o desfecho favorável com o nascimento de uma menina completamente saudável são absolutamente inexplicáveis", relata o especialista do Conselho Médico, professor Elio Cirese, chefe de obstetrícia e ginecologia do hospital Fatebenefratelli de Roma e professor da Universidade de Roma Tor Vergata. Em foto, anexada aos autos do julgamento, a brasileira segura sua pequena Gianna Maria nos braços. O depoimento da mulher termina com estas palavras: «Cada vez que ia ao hospital fazer visitas sentia o coração da menina bater e isso dava-me forças para continuar. Todo mundo ficava me dizendo: isso não é possível. Eles me disseram: é impossível. O médico italiano... queria segurar minha mão lá de cima. Deus me amou. E hoje ainda falo desse “impossível” que se tornou “possível”.

 Fonte: https://www.30giorni.it/

Maria, Mãe de todos os povos!

Maria, Mãe de todos os povos! (A12)

“Totus tuus”. Esse o lema de João Paulo II, o papa mariano, que se consagrou a Maria como “todo teu”, porque encarnava as virtudes emanadas do coração da Mãe.

Por que Mãe? Porque somos feitos à imagem e semelhança de Deus; Ela, como Mãe de Jesus, que é Deus, é também nossa Mãe, portanto, Mãe de todos os povos.

Ladainha de Nossa Mãe é bem extensa, pois temos diversos títulos, conforme o lugar em que se manifestou à humanidade sofredora.

Conforme São Justino de Roma“Maria é a segunda Eva”, pois nela encontramos a realização das profecias do Antigo Testamento. A encarnação do Cristo no ventre materno de Maria traz para todos os povos a semente da vida divina; em consequência, somos divinizados em Jesus, sendo seus irmãos, portanto, fazendo parte desse Corpo Místico.

Santo Irineu de Lion, tido como pioneiro dos estudos Mariológicos, nos ensina que “assim como Maria transmite a Cristo toda a humanidade de Adão, Maria é a serva de Emanuel, pois seu seio materno acolhe o Amor divino”.

Para nos fortalecer na fé, a Virgem tem aparecido em muitos lugares do mundo, como em Fátima (Portugal), em Aparecida (Brasil), em Guadalupe (México), em Medjugorje (Iugoslávia), onde continua se revelando a alguns videntes, há várias décadas, enfim, em diversas localidades, cujos nomes preencheriam centenas de páginas, dada a diversidade de títulos com que foi contemplada.

Celebração: 'Aparecida pelo Brasil' (Thiago Leon)

Maria é a personagem central do projeto de Deus

doutrina acerca de Maria nos aponta quatro títulos principais, que são:

1) A Maternidade divinadeclarada no Concílio de Éfeso (431 d.C.), definida como dogma pelo Papa Clementino I;

2) A virgindade perpétua (“Aeiparthenos”, a sempre virgem), manifestando a sua devoção e consagração ao projeto de seu Filho, com exclusividade;

3) A Imaculada Conceiçãodogma proclamado, em 1854, pela Bula “Ineffabilis Deus”, sendo confirmada pela sua aparição a Bernadete Soubirous, em Lourdes-França;

4) A assunção de Mariapela Constituição “Munificentissimus Deus”, de Pio XII, no Ano Santo de 1950, declarando que Maria subiu aos céus de corpo e alma, antecipando, pois, a sua ressurreição.

Todas essas prerrogativas vêm enfeitar e coroar a Virgem Santíssima, depois de anos e anos que o povo já a venerava com esses predicados.

Maria é a personagem central do projeto de Deus; Ela certamente nos escuta e nos fortalece com sua intercessão junto a seu Divino Filho, conseguindo-nos tudo aquilo que pedirmos com fé, conforme nos ensinou São Bernardo:

“Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que, tendo recorrido a Vossa proteção, fosse por Vós abandonado”

Oração esta muito conhecida e que deve ser rezada sempre pelos cristãos fervorosos, pois Ela é o canal das graças que podemos alcançar. Dela nunca será demais falar; se quisermos conseguir alguma coisa, convém sempre suplicar a Deus por seu intermédio.


Fonte: https://www.a12.com/

França, aprovado aborto na Constituição. Paglia: a vida deve ser protegida

O Congresso da França (Vatican News)

O Congresso aprovou por 780 votos a inclusão na Constituição francesa da garantia da liberdade das mulheres de abortar. Uma declaração da Pontifícia Academia para a Vida, na tarde desta segunda-feira, reiterou o apoio à posição da Conferência Episcopal Francesa: "precisamente na era dos direitos humanos universais, não pode haver um 'direito' de suprimir uma vida humana". Presidente da PAV: essa não é a maneira de defender as mulheres e seus filhos.

Vatican News

"Precisamente na era dos direitos humanos universais, não pode haver um 'direito' de suprimir uma vida humana". Em uma nota, a Pontifícia Academia para a Vida apoia a posição da Conferência Episcopal Francesa sobre a proposta de inserir na Constituição a garantia de liberdade para as mulheres recorrerem ao aborto, aprovada na tarde desta segunda-feira, 4 de março, por ampla maioria pelo Congresso reunido em Versalhes.

A proposta havia sido aprovada pelo Senado em primeira leitura e sem emendas (267 votos a favor e 50 contra) no último dia 29 de fevereiro. Para a aprovação final, era necessário o voto de três quintos dos parlamentares reunidos em sessão plenária no Congresso. Na noite desta segunda-feira, 780 deputados e senadores aprovaram a inserção no artigo 34 do texto básico da frase: "A lei determinará as condições em que será exercida a liberdade garantida à mulher de recorrer à interrupção voluntária da gravidez". Apenas 72 deputados votaram contra.

Paglia: todos juntos devemos proteger cada vida

Entrevistado pela mídia do Vaticano, o presidente da Pontifícia Academia para a Vida, dom Vincenzo Paglia, reitera sua proximidade "aos bispos franceses que declaram sua tristeza". "Eu", afirma, "acredito que este não é o método ou estas não são as palavras com as quais podemos proteger e defender as mulheres e seus filhos. Diante de vidas marcadas pela dor e pelas dificuldades, devemos todos trabalhar juntos para que a vida seja sempre salvaguardada e preservada, a vida de todos, particularmente a dos mais fracos". "É nesse sentido", acrescenta o arcebispo, "que a Pontifícia Academia para a Vida continua a apoiar o compromisso de todos para que ela seja protegida em todo tempo, momento e situação. Nisso, nossa proximidade aos bispos franceses me parece ser um dever".

Proteção da vida, o primeiro objetivo da humanidade

No início da tarde desta segunda-feira, a mesma Academia para a Vida – organismo encarregado de "estudar, informar e formar sobre os principais problemas da biomedicina e do direito, relacionados à promoção e defesa da vida" - disse que estava próxima aos bispos que, em um comunicado emitido há alguns dias, reiteraram que "o aborto, que continua sendo um ataque à vida desde o início, não pode ser visto exclusivamente da perspectiva dos direitos das mulheres", lamentando o fato de que "o debate lançado não mencionou medidas de apoio para aquelas que gostariam de manter seu filho".

A Pontifícia Academia guiada por dom Vincenzo Paglia - cuja tarefa é "estudar, informar e formar sobre os principais problemas da biomedicina e do direito, relativos à promoção e defesa da vida" - apoia o episcopado da França e com sua declaração "apela a todos os governos e a todas as tradições religiosas" para que façam o melhor possível, "para que, nesta fase da história, a proteção da vida se torne uma prioridade absoluta, com passos concretos em favor da paz e da justiça social, com medidas eficazes para o acesso universal aos recursos, à educação e à saúde".

"As situações particulares de vida e os contextos difíceis e dramáticos do nosso tempo devem ser enfrentados com as ferramentas de uma civilização jurídica que se preocupa, em primeiro lugar, com a proteção dos mais fracos e vulneráveis", argumenta o PAV, acrescentando que "a proteção da vida humana é o primeiro objetivo da humanidade e só pode se desenvolver em um mundo livre de conflitos e lacerações, com a ciência, a tecnologia e a indústria a serviço da pessoa humana e da fraternidade".

Não ideologia, mas realidade que envolve todos

Na nota, a Pontifícia Academia para a Vida ressalta que, para a Igreja Católica, "a defesa da vida não é uma ideologia", como enfatizou o Papa Francisco na audiência geral de 25 de março de 2020, mas "uma realidade humana que envolve todos os cristãos, precisamente porque são cristãos e porque são humanos" e que "é uma questão de agir em nível cultural e educacional para transmitir às gerações futuras a atitude à solidariedade, ao cuidado, à acolhida", conscientes "de que a cultura da vida não é patrimônio exclusivo dos cristãos, mas pertence a todos aqueles que, trabalhando para construir relações fraternas, reconhecem o valor de cada pessoa, mesmo quando frágil e sofredora".

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

segunda-feira, 4 de março de 2024

Mensagem do Papa Francisco para a 1ª Jornada Mundial das Crianças

Papa com as crianças (Vatican Media)

Foi publicada neste sábado, 02 de março, a mensagem do Papa Francisco para a 1ª Jornada Mundial das Crianças, que será celebrada nos dias 25 e 26 de maio próximo, em Roma. "Não esqueçais quem dentre vós embora tão pequeno já se encontra a lutar contra doenças e dificuldades, no hospital ou em casa, quem é vítima da guerra e da violência, quem padece a fome e a sede, quem vive na rua".

Silvonei José – Vatican News

Francisco na sua mensagem para a 1ª Jornada Mundial das Crianças dirige-se antes de mais, a cada um pessoalmente: “a ti, querida menina, a ti, querido menino, porque sois preciosos aos olhos de Deus, como nos ensina a Bíblia (cf. Is 43, 4) e tantas vezes o demonstrou Jesus”.

“Ao mesmo tempo a mensagem é enviada a todos, porque todos sois importantes e, juntos – os de perto e os de longe –, manifestais o desejo que há em cada um de nós de crescer e se renovar. Lembrais-nos que somos, todos, filhos e irmãos e ninguém pode existir sem uma pessoa que o traga ao mundo, nem crescer sem ter outros a quem dar amor e de quem receber amor” (cf. Francisco, Carta enc. Fratelli tutti, 95).

“Assim todos vós, meninas e meninos, que sois a alegria dos vossos pais e das vossas famílias, constituís também a alegria da humanidade e da Igreja, na qual cada um representa o elo duma cadeia muito longa, que se estende do passado ao futuro e cobre toda a terra. Por isso vos recomendo que escuteis sempre com atenção as histórias dos adultos: da mamãe, do papai, dos avós e bisavós! E ao mesmo tempo não esqueçais quem dentre vós embora tão pequeno já se encontra a lutar contra doenças e dificuldades, no hospital ou em casa, quem é vítima da guerra e da violência, quem padece a fome e a sede, quem vive na rua, quem é forçado a combater como soldado ou tem de escapar como refugiado, separado dos seus pais, quem não pode ir à escola, quem é vítima de grupos criminosos, das drogas ou doutras formas de escravidão, dos abusos. Em resumo, todas aquelas crianças a quem, ainda hoje, é cruelmente roubada a infância. Escutai-as, ou melhor, escutemo-las, porque, no seu sofrimento, falam-nos da realidade, com os olhos purificados pelas lágrimas e com aquele tenaz desejo de bem que nasce no coração de quem viu como é feio, de verdade, o mal”.

“Meus amiguinhos, para nos renovarmos a nós mesmos e ao mundo, não basta encontrar-nos entre nós: é necessário estar unidos a Jesus. D’Ele recebemos tanta coragem! Está sempre perto de nós; o seu Espírito precede-nos e acompanha-nos pelos caminhos do mundo. Jesus diz-nos: «Eu renovo todas as coisas» (Ap 21, 5); são as palavras que escolhi como tema para a vossa primeira Jornada Mundial. Estas palavras convidam a tornar-nos ágeis como crianças no acolhimento das novidades suscitadas em nós e ao nosso redor pelo Espírito.

Com Jesus, podemos sonhar uma nova humanidade e trabalhar por uma sociedade mais fraterna e atenta à nossa casa comum, começando por coisas simples como saudar os outros, pedir licença, pedir desculpa, dizer obrigado. O mundo transforma-se antes de mais através de pequenas coisas, sem ter vergonha de realizar apenas pequenos passos. Com efeito, a nossa pequenez lembra-nos que somos frágeis e que precisamos uns dos outros enquanto membros de um único corpo” (cf. Rm 12, 5; 1 Cor 12, 26).

“Mais ainda! Sozinhos, queridas meninas e queridos meninos, não podemos sequer ser felizes, porque a alegria cresce na medida em que a partilhamos: nasce com a gratidão pelos dons que recebemos e, por nossa vez, comunicamos aos outros.

Quando guardamos só para nós o que recebemos, ou até fazemos uma birra para conseguir esta ou aquela dádiva, na realidade esquecemo-nos de que o maior dom somos nós mesmos, uns para os outros: somos nós a «prenda de Deus». Os outros dons servem apenas para estar juntos; se não os utilizamos para isso, seremos eternos insatisfeitos e nunca nos bastarão”.

“Quero agora confiar-vos um segredo importante: para sermos verdadeiramente felizes, é preciso rezar, rezar muito, todos os dias, porque a oração liga-nos diretamente a Deus, enche-nos o coração de luz e calor e ajuda-nos a fazer tudo com confiança e serenidade. Também Jesus sempre rezava ao Pai.

Sabeis como Lhe chamava? Na sua língua, chamava-Lhe simplesmente Abbá, que significa Papá (cf. Mc 14, 36). Façamo-lo também nós! Senti-Lo-emos sempre perto de nós.

Queridas meninas, queridos meninos! Sabeis que em maio nos encontraremos em grande número em Roma; encontrar-nos-emos precisamente convosco, que vireis de todo o mundo! E assim, para nos prepararmos bem, rezando, recomendo-vos que useis as mesmas palavras que Jesus nos ensinou: o Pai nosso. Rezai-o todas as manhãs e todas as noites; e fazei-o também em família, com os vossos pais, irmãos, irmãs e avós.

Caríssimos, Deus, que desde sempre nos amou (cf. Jr 1, 5), vela por nós com o olhar do mais amoroso dos papás e da mais terna das mamãs. Ele nunca Se esquece de nós (cf. Is 49, 15), e cada dia acompanha-nos e renova-nos com o seu Espírito.

Juntamente com Maria Santíssima e São José, rezemos com estas palavras:

Vinde, Santo Espírito,

mostrai-nos a vossa beleza

refletida nos rostos

das meninas e meninos da terra inteira.

Vinde Jesus,

que renovais todas as coisas

e sois o caminho que nos conduz ao Pai,

vinde e ficai conosco.

Amém.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Tão livre, tão obediente - Parte 2

Gianna com o marido Pietro e a filha Lauretta (30Giorni)

Revista 30Dias – 03/2004

Tão livre, tão obediente

História de Gianna Beretta Molla, a primeira mãe da era moderna a ser proclamada santa.

por Stefania Falasca

“Ela não gostava de fazer discursos morais, era essencial no discurso”, lembra um dos seus companheiros da Ação Católica. «As poucas coisas que disse foram fruto da sua naturalidade feita de uma simplicidade clara e franca». Pelas suas raras qualidades de equilíbrio e capacidade de discernimento, em 1949 foi-lhe também confiada a função de presidente da Ação Feminina Católica de Magenta. Uma tarefa que ela desempenhou de forma compatível com os seus compromissos de mãe e médica. «É natural», diz numa das suas últimas conferências, «que para dar é preciso ter. Uma fonte não pode nos dar água se estiver seca. Assim não conseguiremos fazer o bem se não tivermos a graça dentro de nós. É isso que devemos almejar. Seja rico em graça! E a quem devemos perguntar? Para Jesus. Como? Com oração."

O marido, no seu depoimento, afirma: "Gianna tinha um carácter fundamentalmente otimista, baseado, no entanto, na esperança da ajuda de Deus. Os componentes fundamentais da esperança cristã de Gianna eram dois: a sua plena confiança na Providência e a certeza da eficácia decisiva da oração." 

Meu bom Jesus, eu te amo. 

Durante sua última gravidez, ela foi diagnosticada com um mioma que comprometeu a vida do bebê. Gianna não hesita em escolher o caminho mais perigoso para ela, escolhendo a saúde da criança. Ela, portanto, passa por uma difícil operação para remover o mioma. A operação foi bem sucedida, a gravidez continuou, mas o risco para ela, no momento do parto, teria reagido e teria sido fatal. Naqueles dias deixou escrita esta oração: «Ó Jesus, prometo submeter-me a tudo o que permitires que me aconteça, basta que me faças saber a tua vontade. Meu dulcíssimo Jesus, Deus infinitamente misericordioso, terníssimo Pai das almas, e em particular dos mais fracos, dos mais miseráveis, dos mais enfermos que carregas com especial ternura nos teus braços divinos, venho a Ti pedir-te, pelo amor e Tu mereces do teu Sagrado Coração a graça de sempre compreender e fazer a tua santa vontade, a graça de confiar em Ti, a graça de descansar seguramente pelo tempo e pela eternidade em teus braços amorosos." Ela passou os seis meses seguintes de gravidez confidenciando apenas a alguns que estava ciente, como médica, dos sérios riscos que enfrentava.

«Alguns meses antes da sua última internação para o nascimento da nossa filha» recorda o marido, «estava saindo para trabalhar e já tinha vestido o casaco. Gianna, ainda posso vê-la, estava encostada nos móveis da antessala do nosso quarto. Ela chegou perto de mim. Ela olhou para mim, sem falar... assim, como quando você tem que dizer coisas difíceis nas quais tanto pensou. Aí ela me disse: “Pietro, por favor... Se tiver que decidir entre mim e o filho, decida por ele. Eu exijo isso, salve-o. Peço a você." Assim, nada mais. Fiquei sem conseguir dizer nada. Eu conhecia minha esposa... saí de casa sem dizer uma palavra."

«Continuou a atividade como sempre», diz, «mantendo intacta a esperança de um resultado positivo para a criança e para ela. Ela pediu para orar. Ela disse às crianças: “Rezem uma Ave-Maria por mim, para que Nossa Senhora me cure logo”. E para mim: “Tenho muita confiança no Senhor e tenho certeza que ele nos ajudará”. Isto ela sempre repetia: “Confio no Seu amor. Tenho fé na Providência."

Ela entrou sozinha na sala de cirurgia. «Encontrei-a parada à minha frente», recorda o irmão médico Ferdinando; «com aquele seu jeito firme e sincero ela me disse: “Aqui estou, estou pronta para fazer tudo o que Deus quiser”».

Fonte: https://www.30giorni.it/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF