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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Espanhol que ficou tetraplégico e quis eutanásia busca medalha nos Jogos Paralímpicos

Víctor González, nos Jogos Paralímpicos de Inverno de 2018 /
Crédito: paralimpicos.es

MADRI, 02 fev. 22 / 03:50 pm (ACI).- Víctor González é o único espanhol que vai participar dos Jogos Paralímpicos de Inverno de Pequim, de 4 a 13 de março. González sofreu um acidente, ficou tetraplégico e chegou a querer a eutanásia. “Eu queria morrer para não ser um estorvo para a minha família. Estava convencido de que queria morrer. Felizmente, continuo vivo e aproveitando”.

Para Víctor González, o snowboard sempre foi sua vida. Ele inclusive fundou uma escola em Baqueira Beret, na Espanha. Em 2015 sofreu um acidente, fraturou as vértebras C5 e C6, com 30% de lesão sensório-motora e ficou tetraplégico.

Em várias entrevistas concedidas ao jornal espanhol El Comercio, González declarou que ao saber do diagnóstico ficou muito desanimado e pensou em eutanásia.

"Não queria passar o resto da vida deitado na cama sem poder mexer um único músculo, sem poder falar, condicionando a vida da minha família", disse. “Eu queria morrer para não ser um estorvo para a minha família. Eu estava convencido de que queria morrer. Felizmente, ainda estou vivo e aproveitando".

Passou um ano inteiro no hospital. “No começo eu não conseguia mexer nada do pescoço para baixo e depois, 20 dias antes da operação, comecei a mexer o dedão do pé. O começo foi muito difícil. Devo dizê-lo pois qualquer pessoa que escute o meu caso pode se sentir identificada. A atitude com que se enfrenta a lesão e o ambiente em que se vive são muito importantes. Eu tive a sorte de que meus amigos e a minha família fizeram muito por mim”, disse.

Sua força de vontade e ânimo tornaram possível que recuperasse parte da mobilidade.

"Pouco a pouco aceitei a minha nova situação e me esforcei para melhorar, até o ponto de ter certa mobilidade”, disse.

González disse que “talvez algumas pessoas nunca tenham conseguido se mexer por terem se rendido a um laudo médico impreciso”.

González disse que espera que outros que tenham sofrido acidentes parecidos vejam que é possível sair adiante através do esporte e que as pessoas percebam que “a deficiência é a capacidade de ser extraordinariamente capaz”.

Fonte: https://www.acidigital.com/

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF