Translate

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Os Papas e o doce nome de Maria

Os Papas e o doce nome de Maria
O mês de setembro tem no Calendário Litúrgico duas datas especiais dedicadas a Maria: dia 8, seu nascimento e dia 12 seu Santíssimo Nome, datas que levam a recordar a intensa e filial devoção mariana de todos grandes Papas do passado
Cidade do Vaticano
O nome de Maria, o doce nome de Maria. Não há Papa que o tenha pronunciado mais do que João Paulo II, que no seu lema tinha uma dedicatória docemente mariana: Totus tuus.
O atentado de 11 de setembro às Torres Gêmeas deu ocasião a João Paulo II de reativar a festa do Santo Nome de Maria que tinha desaparecido do calendário litúrgico em meados de 1970. De fato, para o Papa polonês, 11 de setembro era uma data significativa também por outro motivo histórico e mariano. Recorda a intercessão da Virgem na vitória do exército polonês que fez com que acabasse o assédio de Viena por parte dos turcos, no século XVII.
Todavia no dia 12 de setembro de 2001, um dia depois da tragédia das Torres, o Papa manifesta sua dor e dirige-se a Maria:
“Com profundo afeto, dirijo-me ao povo dos Estados Unidos nesta hora de angústia e de terror, em que a coragem de muitos homens e mulheres de boa vontade é posta à dura prova. De maneira especial, abraço os familiares dos defuntos e dos feridos, enquanto lhes garanto a minha proximidade espiritual. Confio à misericórdia do Altíssimo as vítimas inermes desta tragédia, pelas quais hoje de manhã celebrei a Santa Missa, implorando para elas o descanso eterno. Deus dê coragem aos sobreviventes, assista com a sua ajuda a obra benemérita dos socorristas e dos inúmeros voluntários, que nestas horas dedicam toda a sua energia para fazer frente a uma emergência tão dramática. Convido-vos também a vós, caríssimos Irmãos e Irmãs, a unir-vos à minha oração. Imploremos ao Senhor para que não prevaleça a espiral do ódio e da violência. A Virgem Santíssima, Mãe de misericórdia, suscite pensamentos de sabedoria e propósitos de paz nos corações de todos.”

Enquanto que no Angelus do domingo 16 de setembro, pronunciado em Frosinone por ocasião de uma visita pastoral, o Papa voltou a falar sobre a tragédia e invocou o consolo de Maria.
“A Virgem infunda conforto e esperança também a quantos sofrem por causa do trágico atentado terrorista, que nos últimos dias feriu profundamente o amado povo americano. A todos os filhos dessa grande Nação dirijo, também agora, o meu sincero pensamento de participação. Maria acolha os defuntos, console os sobreviventes, sustenha as famílias particularmente provadas e ajude todos a não ceder à tentação do ódio e da violência, mas a empenhar-se no serviço da justiça e da paz. Maria Santíssima alimente, sobretudo nos jovens, elevados ideais humanos e espirituais, bem como a constância necessária para os realizar. Recorde-lhes o primado dos valores eternos a fim de que, especialmente nestes momentos difíceis, os compromissos e as atividades quotidianas continuem a estar sempre orientados para Deus e o seu Reino de solidariedade e de paz.”
A devoção de João Paulo II ao Nome de Maria continuou com o seu sucessor Bento XVI. Na sua peregrinação ao Santuário de Mariazell, durante sua Viagem Apostólica à Áustria, em 8 de setembro de 2007 disse:
“Mostra-nos Jesus!". Com este pedido à Mãe do Senhor pusemo-nos a caminho em direção a este lugar. Este mesmo pedido acompanhar-nos-á quando voltarmos à nossa vida quotidiana. E sabemos que Maria satisfaz a nossa oração: sim, em qualquer momento, quando olhamos para Maria, ela mostra-nos Jesus. Assim podemos encontrar o caminho justo, segui-la passo a passo, cheios de confiança jubilosa de que o caminho leva à luz na alegria do Amor eterno.”
Na Audiência Geral de alguns dias depois, 12 de setembro de 2007, Bento XVI evidencia uma importante ligação sobre a proximidade entre as duas datas no calendário litúrgico…
“Sábado passado celebramos a festa da natividade de Maria e hoje recordamos o seu Santo Nome. A celestial Mãe de Deus, que nos acompanha ao longo de todo o ano litúrgico, vos guie caros jovens no caminho de uma adesão cada vez mais perfeita ao Evangelho.”
Enquanto que o Papa Paulo VI, na Festa da Natividade de Maria oferece ocasião para uma bela recordação pessoal (8 de setembro de 1974).
“Recordamos que a Igreja de S. Maria das Graças em Brescia, ao lado da nossa casa, e que frequentávamos quando crianças com assiduidade, é dedicada ao nascimento de Nossa Senhora, à qual Beatíssima todos os anos fazia-se grande festa e toda nossa família pontualmente estava presente. Assim como não podemos esquecer a dedicatória sobre a fachada do sempre amado e glorioso Domo de Milão: “Mariae Nascenti”, a Maria que nasce, e que na agulha mais alta do encantador edifício ostenta triunfante a “Madonnina.”

Rádio Vaticana

Viagem do Papa à África: alegria, esperança e responsabilidade

"O momento mais emocionante de toda a viagem foi, sem dúvida, o encontro com as oito mil crianças de Akamasoa"
"O momento mais emocionante de toda a viagem foi, sem dúvida, o encontro com as oito mil crianças de Akamasoa"  (ANSA)
Imagens e palavras que marcaram a visita do Papa a Moçambique, Madagascar e Maurício.
De Andrea Tornielli
A viagem do Papa a Moçambique, Madagascar e Maurício já foi concluída e destes dias intensos e extraordinários permanecem antes de tudo impressos na memória os rostos cheios de alegria das crianças, das mulheres e dos homens que acompanharam Francisco ao longo das estradas, às vezes enlameadas ou poeirentas, de Maputo e Antananarivo, e que animaram - no verdadeiro sentido da palavra - as maravilhosas liturgias celebradas nos três países.
A alegria que souberam expressar, não obstante as dificuldades e as condições precárias em que muitos deles são forçados a viver, tem algo a ensinar a todos nós. Nos ensina que, ao calcular o bem-estar de um povo, os parâmetros vinculados apenas aos dados econômicos não são suficientes: a fé vivida, a amizade, a capacidade de se relacionar, os laços familiares, a solidariedade, a capacidade de usufruir das pequenas coisas, a disponibilidade de se doar, não poderão nunca entrar nas estatísticas.
O momento mais emocionante de toda a viagem foi, sem dúvida, o encontro com as oito mil crianças de Akamasoa, no local onde antes havia um grande aterro sanitário e onde agora existem pequenas mas dignas casas de tijolos, escolas, locais de recreação.
A obra iniciad há trinta anos pelo padre Pedro Opeka é um dos tantos tesouros escondidos da Igreja Católica no mundo. Uma obra que encarna a esperança cristã. Graças à dedicação deste missionário, milhares de famílias encontraram trabalho e dignidade, e milhares de crianças encontraram um teto para suas cabeças, comida e a possibilidade de frequentar a escola.
A recepção barulhenta e festiva que os pequenos de Akamasoa dedicaram ao Papa é combustível para a alma. Quantos padres Pedro existem na África, na Ásia, na América Latina, mas também nas periferias mais problemáticas do Ocidente.
Contemplando o rosto daquelas crianças, felizes por terem hospedado em sua casa aquele avô vestido de branco vindo de Roma, nos deparamos com a essência mais profunda da Igreja e de sua missão: evangelizar e promover o homem.
Evangelizar, escolhendo a proximidade aos mais fracos e descartados. Evangelizar testemunhando "a presença de um Deus que decidiu viver e sempre permanecer no meio de seu povo", como disse Francisco em Akamasoa.
Várias vezes, nestes dias, o Papa exortou sacerdotes, religiosos e religiosas a reavivarem o fogo do autêntico espírito missionário que não pode prescindir da proximidade daqueles que sofrem.
Francisco também convidou a não considerar a condição dos pobres como uma fatalidade: "Nunca se rendam diante dos efeitos nocivos da pobreza, nunca cedam às tentações de uma vida fácil ou do inclinar-se sobre si mesmos".
Neste sentido, a outra linha que ligou os eventos da viagem foi um chamado à responsabilidade dos governos, das autoridades políticas e da sociedade civil, para que novos caminhos possam ser percorridos na via do desenvolvimento. Caminhos inovadores capazes de questionar o atual modelo econômico-financeiro, tornando os povos protagonistas da construção de um futuro mais justo, mais solidário, mais respeitador da dignidade da vida, das culturas e das tradições, mais respeitador da criação que nos foi dada para que a transmitíssemos aos nossos filhos sem depredá-la. Mensagens pronunciadas na África e para a África, mas também para todos nós.

Rádio Vaticana

São Nicolau de Tolentino, padroeiro das almas do purgatório

REDAÇÃO CENTRAL, 10 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- São Nicolau de Tolentino nasceu em Sant'Angelo (Itália), em 1245; diz-se que sua mãe, já de idade avançada, não tinha podido conceber e, junto com seu esposo, fez uma peregrinação ao Santuário de São Nicolau de Bari, onde ela rogou a Deus por um filho que entregaria ao serviço divino, depois ficou grávida.

Enquanto crescei, o pequeno Nicolau passava horas em oração, escutava com entusiasmo a Palavra de Deus, levava os pobres para sua casa para compartilhar com eles o que tinha e gostava de ler bons livros como estudante.
Depois de escutar o sermão de um frade ou eremita da Ordem de Santo Agostinho, decidiu renunciar ao mundo e ingressou na Ordem no convento do pequeno povoado de Tolentino. Fez sua profissão religiosa antes de ter completado 18 anos e, em 1271, foi ordenado sacerdote no convento de Cingole.
Os últimos 30 anos de sua vida, aproximadamente, Nicolau viveu em Tolentino. Pregava nas ruas, administrava os sacramentos em asilos, hospitais e prisões. Também passava longas horas no confessionário.
Quando, pela graça de Deus, realizava algum milagre, pedia aos presentes: “Não digam nada sobre isto. Deem graças a Deus, não a mim”.
Os fiéis, impressionados por ver as conversões que obtinha e sua profunda espiritualidade, pediam-lhe que intercedesse pelas almas do purgatório e isso o levou, muitos anos depois de sua morte, a ser nomeado “padroeiro das santas almas”.
O santo padeceu por muito tempo de dores de estômago e, aos poucos, sua saúde foi piorando.
Um dia, a Virgem Maria apareceu a ele e instruiu-o a pedir um pedaço de pão, molhá-lo em água e comê-lo com a promessa de que se curaria por sua obediência. Assim aconteceu e, por gratidão, São Nicolau abençoava pedaços de pão semelhantes e os dava aos enfermos, obtendo numerosas curas.
Partiu para a Casa do Pai em 10 de setembro de 1305 e foi enterrado na igreja de seu convento em Tolentino.
Muitas décadas depois, seu corpo incorrupto foi exposto e diz-se que um homem estrangeiro cortou o braço para leva-lo ao seu país natal, mas foi capturado por um fluxo de sangue que brotou das extremidades do santo.
Um século depois, foi feito o reconhecimento dos ossos e viu-se que os braços amputados estavam intactos e ensopados de sangue. Séculos depois, repetiu-se o derramamento de sangue fresco dos braços de São Nicolau de Tolentino.
ACI Digital

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

São Pedro Claver, protetor da população negra

REDAÇÃO CENTRAL, 09 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- “Ego Petrus Claver, etiopum semper servur (Eu Pedro Claver, dos negros escravo para sempre)”, escreveu uma vez São Pedro Claver, que, como missionário em Cartagena (Colômbia), tornou-se protetor da população negra e escravos.

Pedro nasceu em Verdú (Espanha), em 26 de junho de 1580. Aos 19 anos ingressou na Companhia de Jesus. Mais tarde, foi enviado como missionário para Nova Granada e ordenado sacerdote em Cartagena, em 1616.
Nas missões, opôs-se às injustiças da escravidão institucionalizada, na qual vendiam escravos para todo tipo de trabalho forçado.
Enquanto os escravos estavam presos para ser comprados, Claver os instruía e batizava, o que lhe causou mais de um problema. Chegou a ser incompreendido pelas pessoas do povoado e, em algum momento, até pelos superiores.
Entretanto, o santo continuava com sua obra, tornando-se um grande profeta do amor evangélico que não tem fronteiras, nem cor. Partiu para a Casa do Pai em 9 de setembro de 1654, no território da atual Colômbia.
São João Paulo II, que visitou o túmulo deste santo em Cartagena, em 1986, disse que “hoje, como no século XVII em que viveu São Pedro Claver, a ambição do dinheiro domina o coração de muitas pessoas e as converte, mediante o comércio da droga, em traficantes da liberdade de seus irmãos aos quais escravizam com uma escravidão mais temível, às vezes, do que ados escravos negros...”.
“Como homens livres a quem Cristo chamou a viver em liberdade, devemos lutar decididamente contra essa nova forma de escravidão que a tantos subjuga em tantas partes do mundo, especialmente entre a juventude, a qual é necessário prevenir a todo custo e ajudar as vítimas da droga a se libertar dela”, enfatizou.
ACI Digital

domingo, 8 de setembro de 2019

23º DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano C: CONDIÇÕES PARA SER DISCÍPULO

+ Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
O Evangelho (Lc 14,25-33) nos apresenta as condições para ser discípulo propostas por Jesus aos que o seguiam no caminho para Jerusalém. A expressão “não pode ser meu discípulo” aparece três vezes no relato de São Lucas. Não pode ser discípulo de Jesus, isto é, não pode seguir os seus passos, quem não for capaz de aceitar as renúncias e de carregar a cruz. É importante recordar-se que Jesus está caminhando para a paixão e a morte na cruz, em Jerusalém. O discípulo deve estar pronto para subir o calvário com Cristo e permanecer com ele na hora da cruz.
Quanto às renúncias, não basta deixar os pecados. É preciso renunciar também a coisas boas para seguir a Jesus. O Evangelho menciona o desapego à família, à própria vida e a renúncia aos bens materiais. O discípulo dever estar disposto a tais renúncias, ainda que elas não venham a ocorrer sempre de modo total. Isso que pode parecer demais para o mundo de hoje, ocorre frequentemente na vida cristã. Por exemplo, quem quiser participar da missa, servir a comunidade, atuar em alguma pastoral ou visitar um doente, deverá estar disposto a fazer alguma renúncia. Quem quiser viver para si ou unicamente para o trabalho ou a família, não terá tempo para estar na comunidade e servir os outros irmãos.
É preciso pensar no modo como seguimos a Cristo, conforme nos sugerem as imagens do construtor imprudente e do rei diante da batalha, utilizadas por Jesus no trecho meditado. Naquele tempo, assim como ocorre hoje, muita gente não tinha consciência da seriedade de ser discípulo, vivendo mais ou menos o Evangelho, sem dar a devida prioridade ao seguimento de Cristo.
Entretanto, qual é o homem que pode conhecer a vontade de Deus? (Sb 9,13). A esta pergunta, o próprio livro da Sabedoria nos responde, mostrando-nos que isso é possível somente pela sabedoria que Deus nos concede e pelo Santo Espírito que ele nos envia (Sab 9,17).   Com a sabedoria divina, podemos discernir retamente o valor dos bens deste mundo e perseverar no discipulado. Com ela, podemos tratar as pessoas com verdadeiro amor, tratando o próximo como “irmão querido” e não como “escravo”, conforme a expressão empregada por S. Paulo na Carta a Filemon, pedindo-lhe para  receber Onésimo “como pessoa humana e irmão no Senhor”.
Sejamos reconhecidos, hoje, como discípulos pela vivência do amor ao próximo, assumindo as renúncias que se fizerem necessárias para tratar a todos como “irmãos queridos”, em Cristo. Aproveite este mês especialmente dedicado à Bíblia, para ler e meditar mais a Palavra de Deus e com maior atenção. Faça a leitura orante da Bíblia! Procure por em prática a Palavra de Deus!
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

Natividade da Virgem Maria

REDAÇÃO CENTRAL, 08 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- A Igreja celebra neste dia 8 de setembro a Natividade da Santíssima Virgem Maria. “Esta Festividade Mariana é toda ela um convite à alegria, mais precisamente porque, com o nascimento de Maria Santíssima, Deus dava ao mundo como garantia concreta de que a salvação era já iminente”, disse São João Paulo II em 1980.

A celebração da festa da Natividade da Santíssima Virgem Maria é conhecida no Oriente desde o século VI. Foi fixada em 8 de setembro, dia com o que se abre o ano litúrgico bizantino, que é encerrado com a Assunção, em agosto. No Ocidente foi introduzida no século VII e era celebrada com uma procissão-ladainha, que terminava na Basílica de Santa Maria Maior.
O Evangelho não apresenta dados do nascimento de Maria, mas há várias tradições. Algumas consideram Maria descendente de Davi, assinalam seu nascimento em Belém. Outra corrente grega e armênia assinala Nazaré como berço de Maria.
Entretanto, já no século V existia em Jerusalém o Santuário Mariano situado junto aos restos da piscina Probática, ou seja, das ovelhas. Debaixo da formosa Igreja românica, levantada pelos cruzados, que ainda existe – a Basílica de Santa Ana – acham-se os restos de uma basílica bizantina e criptas escavadas na rocha que parecem ter feito parte de uma moradia que se considerou como a casa natal da Virgem.
Esta tradição, fundada em apócrifos muito antigos como o chamado Proto evangelho de São Tiago (século II), vincula-se com a convicção expressa por muitos autores a respeito de que Joaquim, o pai de Maria, fora proprietário de rebanhos de ovelhas. Estes animais eram lavados naquela piscina antes de serem oferecidos no templo.
A festa tem a alegria de um anúncio pré-messiânico. É famosa a homilia que pronunciou São João Damasceno (675-749) um 8 de setembro na Basílica da Santa Ana, durante a qual exclamou:
“Eia!, povos todos, homens de qualquer raça e lugar, de qualquer época e condição, celebremos com alegria a festa natalícia do gozo de todo o Universo. Temos razões muito válidas para honrar o nascimento da Mãe de Deus, por meio da qual todo o gênero humano foi restaurado e a tristeza da primeira mãe, Eva, transformou-se em gozo. Esta escutou a sentença divina: parirá com dor. Maria, pelo contrário, lhe disse: alegra-te, cheia de graça!”.
ACI Digital

sábado, 7 de setembro de 2019

Santa Regina, virgem e mártir

REDAÇÃO CENTRAL, 07 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- Santa Regina é uma virgem mártir gaulesa (hoje França) que, apesar de não ser muito conhecida fora de seu culto particular, está presente em muitas representações artísticas.

O nome Regina significa “rainha” em latim, por isso, é chamada pelos franceses de Sainte Reine. Foi filha de uma cidadão pagão de Alise, chamado Clemente, no Condado de Borgonha. Sua mãe faleceu ao dá-la à luz e, por isso, Regina foi entregue a uma ama de leite cristã que a educou na fé a e a batizou.
Quando cresceu, sua beleza atraiu os olhares de um prefeito chamado Olibrio, que ao saber que era de nascimento nobre, quis se casar com ela. A santa se negou, embora seu pai tenha tentado convencê-la.
O prefeito, ao saber que era cristã, mandou colocá-la em uma prisão. Interrogou-a algumas vezes e descobriu que a jovem não renunciaria a Cristo, a quem havia consagrado sua virgindade.
Uma daquelas noites, recebeu em seu calabouço o consolo de uma visão da cruz, enquanto uma voz lhe dizia que sua libertação estava próxima. No dia seguinte, Olibrio ordenou que fosse torturada de novo e que fosse decapitada em seguida.
Segundo as Atas, em 7 de setembro do ano 251, foi executada. A tradição detalha que naquele momento apareceu uma pomba branquíssima que causou a conversão de muitos dos presentes.
A iconografia da mártir a representa com a palma do triunfo nas mãos, o machado ou a espada com a qual foi decapitada e, mais frequentemente, segurança as correntes que a aprisionaram e que são veneradas em Flavigny.
Às vezes, aparece uma pomba suspensa sobre sua cabeça em referência ao Espírito Santo que desceu sobre ela ou com uma ovelha ao seu lado, aludindo ao seu trabalho de pastora.
ACI Digital

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Retornar a Nazaré para redescobrir a verdadeira identidade da Igreja

Crianças moçambicanas a espera do Papa Francisco em frente à Catedral da Imaculada Conceição
Crianças moçambicanas a espera do Papa Francisco em frente à Catedral da Imaculada Conceição  (ANSA)
Este é o caminho indicado pelo Papa Francisco em Maputo no encontro com os bispos, o clero, os religiosos (as), os catequistas e os animadores

De Andrea Tornielli

Diante da crise de identidade vivida pelos sacerdotes religiosos e religiosas, o caminho é o de retornar para Nazaré. Isso é, "aos lugares onde fomos chamados e onde era evidente que a iniciativa e o poder eram de Deus".
O Papa Francisco, na Catedral de Maputo, acrescentou outra peça ao perfil de quem consagra a própria vida a Deus e ao serviço de seus irmãos. Ele fez isso comparando os dois anúncios de que Lucas fala nas primeiras passagens de seu evangelho: o de Zacarias, sacerdote e pai de João Batista, ocorrido no templo de Jerusalém, no lugar mais sagrado da cidade mais importante. E aquele a Maria, jovem mulher leiga, ocorrido em Nazaré, na pequena e remota cidadezinha da Galileia.
 "Às vezes", explicou o Papa, "sem querer, sem culpa moral, habituamo-nos a identificar a nossa atividade quotidiana de sacerdotes, religiosos, consagrados, leigos catequistas, etc., com certos ritos, com reuniões e colóquios, onde o lugar que ocupamos na reunião, na mesa ou na aula é de hierarquia; parecemo-nos mais com Zacarias do que com Maria".
Em vez disso, precisamente "a grandeza incomensurável do dom que nos é dado para o ministério relega-nos entre os menores dos homens". O padre, acrescentou Francesco, " é o mais pobre dos homens, se Jesus não o enriquece com a sua pobreza; é o servo mais inútil, se Jesus não o trata como amigo; é o mais louco dos homens, se Jesus não o instrui pacientemente como fez com Pedro; o mais indefeso dos cristãos, se o Bom Pastor não o fortifica no meio do rebanho. Não há ninguém menor que um sacerdote deixado meramente às suas forças”.
É possível sair da crise de identidade se "os nossos cansaços estiverem mais relacionados com a nossa capacidade de compaixão", ou seja, naquela cotidiana partilha da vida das pessoas, naqueles compromissos "em que nosso coração estremece e se comove”. Porque assim se redescobre o caminho do serviço, o caminho de Nazaré, confiando não nas nossas próprias forças, nas  próprias estruturas, na própria bravura ou nas próprias estratégias, mas somente no Deus que "derrotou os poderosos dos tronos e elevou os humildes".

RÁDIO VATICANO

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Confira o programa detalhado da Viagem do Papa à África e os horários das transmissões

Logotipos da Viagem do Papa Francisco a Moçambique, Madagascar e Maurício
Logotipos da Viagem do Papa Francisco a Moçambique, Madagascar e Maurício 
De 4 a 10 de setembro de 2019, o Papa Francisco realiza uma Viagem Apostólica a Moçambique, Madagascar e Maurício, visitando as cidades de Maputo em Moçambique, Antananarivo em Madagascar e Port Louis em Maurício.
Cidade do Vaticano
Este é programa detalhado da Viagem Apostólica do Papa Francisco a Moçambique, Madagascar e Maurício. O Vatican News transmitirá os eventos públicos, com comentários em português. Os horários indicados são sempre os horários locais:
Moçambique: +5 em relação ao horário de Brasília, +1 em relação ao horário de Portugal. 
Madagascar e Mauricio:  +6 em relação ao horário de Brasília, +2 em relação ao horário de Portugal.
Quarta-feira, 4 de setembro de 2019

ROMA - MAPUTO
08:00 - Partida em avião do Aeroporto de Roma / Fiumicino para Maputo
18:30  - Cerimônia de boas-vindas no Aeroporto de Maputo
Quinta-feira, 5 de setembro de 2019

MAPUTO  (+5 em relação ao horário de Brasília, +1 em relação ao horário de Portugal.)
09:45 – Visita de cortesia ao Presidente no Palácio “Ponta Vermelha”
10:05 – Encontro com as Autoridades, a Sociedade Civil e o Corpo Diplomático no Palácio “Ponta Vermelha” - Discurso do Santo Padre (c/ transmissão)
10:50 – Encontro Inter-religioso com os jovens no Pavillon Maxaquene - Discurso do Santo Padre (c/ transmissão)
Almoço na Nunciatura
16:10 – Encontro com os bispos, os sacerdotes, religiosos (as), consagrados, seminaristas, catequistas e animadores pastorais na Catedral da Imaculada Conceição - Discurso do Santo Padre (c/              transmissão)
 17:25 – Visita Privada à Casa “Mateus 25”
Sexta-feira, 6 de setembro de 2019

MAPUTO-ANTANANARIVO
08:35 – Visita ao Hospital de Zimpeto – Saudação do Santo Padre  (c/ transmissão)
09:50 – Santa Missa no Estádio do Zimpeto -  Homilia do Santo Padre  (c/ transmissão)
12:25 – Cerimônia de despedida no Aeroporto de Maputo
12:40 – Partida do Avião Papal para Antananarivo
16:40 – Cerimônia de boas-vindas no Aeroporto de Antananarivo
Sábado, 7 de setembro de 2019

ANTANANARIVO  (+6 em relação ao horário de Brasília, +2 em relação ao horário de Portugal)
09:30 – Visita de cortesia ao Presidente no Palácio Presidencial "Iavoloha"
10:05 – Encontro com as Autoridades, a Sociedade Civil e o Corpo Diplomático no Ceremony Building -  Discurso do Santo Padre  (c/ transmissão)
11:10 – Hora Média no  no Mosteiro das Carmelitas Descalças – Homilia do Santo Padre  (c/ transmissão)
Almoço na Nunciatura
16:00 – Encontro com os bispos de Madagascar na Catedral de Andohalo - Discurso do Santo Padre  (c/ transmissão)
17:10 – Visita ao túmulo da Beata Victoire Rasoamanarivo
18:00 – Vigília com os jovens no Campo Diocesano de Soamandrakizay – Discurso do Santo Padre  (c/ transmissão)
Domingo, 8 de setembro de 2019

ANTANANARIVO
09:50 – Santa Missa no Campo Diocesano de de Soamandrakizay -  Homilia do Santo Padre e Angelus  (c/ transmissão)
Almoço com o Séquito Papal na Nunciatura
15:05 – Visita à Cidade da Amizade – Akamasoa – Saudação do Santo Padre  (c/ transmissão)
15:55 – Oração pelos trabalhadores no Estaleiro Mahatazana -  Oração do Santo Padre (c/ transmissão)
17:05 – Encontro com os sacerdotes, religiosos (as), consagrados e seminaristas no  no Collège Saint Michel -  Discurso do Santo Padre (c/ transmissão)
Segunda 9 de setembro de 2019

ANTANANARIVO - PORT LOUIS - ANTANANARIVO ( +6 em relação ao horário de Brasília, +2 em relação ao horário de Portugal)
08:50 – Partida do avião para Port Louis
10:40 – Cerimônia de boas-vindas no aeroporto de Port Louis
12:10 – Santa Missa no Monumento de Maria Rainha da Paz - Homilia do Santo Padre (c/ transmissão)
Almoço com os bispos da CEDOI no Episcopado
16:25 – Visita privada ao Santuário de  Père Laval
16:55 – Visita de cortesia ao Presidente no Palácio Presidencial
17:15 – Encontro com o Primeiro-Ministro no Palácio Presidencial
17:30 – Encontro com as Autoridades, a Sociedade Civil e o Corpo Diplomático no Palácio presidencial - Discurso do Santo Padre (c/ transmissão)
18:45 – Cerimônia de despedida no Aeroporto de Port Louis (c/ transmissão)
19:00 - Partida de avião para Antananarivo
20:00 - Chegada ao Aeroporto de Antananarivo
Terça-feira, 10 de setembro de 2019

ANTANANARIVO-ROMA
09:00 – Cerimônia de despedida no aeroporto de Antananarivo
09:20 - Partida em avião para Roma / Ciampino
 19:00 - Chegada ao aeroporto de Roma / Ciampino
VATICAN NEWS

Santa Teresa de Calcutá

REDAÇÃO CENTRAL, 05 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- “Se de verdade queremos que haja paz no mundo, comecemos por nos amarmos uns aos outros no seio das nossas próprias famílias”, costumava dizer Santa Teresa de Calcutá, fundadora das Missionárias da Caridade, defensora da família e dos pobres e modelo de misericórdia, cuja memória é celebrada neste dia 5 de setembro.

Agnes Gonxha Bojaxhiu nasceu em 1910 em Skopje, que naquela época pertencia à Albânia, e hoje é da Macedônia. Despertou para sua vocação à vida religiosa quando era uma jovem de 18 anos e, atendendo ao chamado de Deus, forjou seu trajeto para a santidade, dedicando-se aos pobres e doentes.
Em 29 de setembro de 1928, ingressou na Casa Mãe das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto, na Irlanda. Depois, foi enviada à Índia, a fim de iniciar seu noviciado. Fez sua profissão religiosa em 24 de maio de 1931, quando adotou o nome Teresa, em homenagem à carmelita francesa, Teresa de Lisieux, padroeira dos missionários.
Atuou como professora em Calcutá por 17 anos, com as filhas das famílias mais tradicionais da cidade. Até que, no dia 10 de setembro de 1946, viveu um fato marcante em sua história, o “Dia da Inspiração”. Em uma viagem de trem ao noviciado do Himalaia, deparou-se com um irmão pobre de rua que lhe disse: “Tenho sede!”. Desde então, teve a certeza de sua missão: dedicar sua vida aos mais pobres dos pobres, deixando o conforto do colégio da Congregação.
Em 1949, Madre Teresa começou a escrever as constituições das Missionárias da Caridade e, no dia 7 de outubro de 1950, a congregação foi aprovada pela Santa Sé, expandindo-se por toda a Índia e pelo mundo inteiro.
Pequena em estatura, magra e encurvada, Madre Teresa surpreendeu o mundo com o seu amor, humildade, simplicidade e entrega total pelos doentes. Com sua atuação, ensinou que a maior pobreza não estava nos subúrbios de Calcutá, mas nos países “ricos” quando falta o amor ou nas sociedades que permitem o aborto.
“Para mim, as nações que legalizaram o aborto são as nações mais pobres, têm medo de uma criança não nascida e a criança tem que morrer”, disse.
Neste sentido, estava convencida da importância do fortalecimento das famílias para alcançar um mundo de paz.
“Em todo mundo se comprova uma angústia terrível, uma espantosa fome de amor. Levemos, portanto, a oração para as nossas famílias, levemos a oração para as nossas crianças, ensinemos-lhes a rezar. Pois uma criança que ora, é uma criança feliz. Família que reza é uma família unida”, enfatizou a Santa.
Em 1979 foi homenageada com o Prêmio Nobel da Paz. Entretanto, isso não a encheu de vanglória, mas buscou levar as almas a Deus. Tal como o recordou São João Paulo II durante a beatificação de Madre Teresa em 19 de outubro de 2003.
“Satisfazer a sede que Jesus tem de amor e de almas, em união com Maria, Sua Mãe, tinha-se tornado a única finalidade da existência de Madre Teresa, e a força interior que a fazia superar-se a si mesma e ‘ir depressa’ de uma parte a outra do mundo, a fim de se comprometer pela salvação e santificação dos mais pobres”, ressaltou.
Por outro lado, em uma entrevista à revista brasileira missionária “Sem Fronteiras” (1997) perguntaram-lhe sobre a mensagem que gostaria de nos deixar e ela respondeu:
“Amem-se uns aos outros, como Jesus ama a cada um de vocês. Não tenho nada que acrescentar à mensagem que Jesus nos transmitiu. Para poder amar, é preciso ter um coração puro e é preciso rezar. O fruto da oração é o aprofundamento da fé. O fruto da fé é o amor. E o fruto do amor é o serviço ao próximo. Isso nos conduz à paz”.
Partiu para a Casa do Pai em 5 de setembro de 1997. Foi canonizada pelo Papa Francisco em 4 de setembro de 2016, dentro da celebração do Jubileu dos voluntários e operários da misericórdia.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF