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domingo, 29 de setembro de 2019

Santos arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

REDAÇÃO CENTRAL, 29 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- A Igreja celebra neste dia 29 de setembro a festa dos santos arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael, que aparecem na Bíblia com missões importantes dadas por Deus.

São Miguel em hebreu significa “Quem como Deus” e é um dos principais anjos. Seu nome era o grito de guerra dos anjos bons na batalha combatida no céu contra o inimigo e seus seguidores.
Segundo a Bíblia, ele é um dos sete espíritos assistentes ao Trono do Altíssimo, portanto, um dos grandes príncipes do Céu e ministro de Deus.  É chamado pelo profeta Daniel, no Antigo Testamento, de príncipe protetor dos judeus. No Novo Testamento, é citado na carta de São Judas e no Livro do Apocalipse. Aparece como protetor dos filhos de Deus e de Sua Igreja.
São Gabriel significa “Fortaleza de Deus”. Teve a missão muito importante de anunciar a Nossa Senhora que ela seria a Mãe do Salvador.
Segundo o profeta Daniel (IX, 21), foi Gabriel quem anunciou o tempo da vinda do Messias; quem apareceu a Zacarias “estando de pé à direita do altar do incenso” (Lc 1, 10-19), para lhe dar a conhecer o futuro nascimento do Precursor; e, finalmente, o arcanjo como embaixador de Deus, foi enviado a Maria, em Nazaré para proclamar o mistério da Encarnação. É ele o portador de uma das orações mais populares e queridas do cristianismo, a Ave Maria.
São Rafael quer dizer “Medicina de Deus” ou “Deus obrou a saúde”. É o arcanjo amigo dos caminhantes, médico dos doentes, auxílio dos perseguidos.
No Livro de Tobias é narrado o momento que quando Tobit, pai de Tobias e homem de grande caridade, passou pela provação da cegueira e todos lhe questionavam a fé, juntamente quando Sara era atormentada por um demônio que matava seus maridos nas núpcias. Então, ambos rezaram a Deus e foram ouvidos; e foi Rafael que foi enviado para lhes prestar socorro.
São Rafael tomou a forma humana, fez-se chamar Azarías e acompanhou Tobias em sua viagem, ajudando-o em suas dificuldades, guiando-o por todo o caminho e auxiliando-o a encontrar uma esposa da mesma linhagem. Então, o Arcanjo explicou ao jovem Tobias que poderia se casar com Sara sem perigo algum. E, por fim, ao retornarem esclareceu como ele poderia curar o pai da cegueira. No livro de Tobias o próprio arcanjo se descreve como “um dos sete que estão na presença do Senhor”.
Para celebrar esta data, recordamos a oração aos Santos Arcanjos:
Ajudai-nos, ó grandes santos, irmãos nossos, que sois servos como nós diante de Deus. Defendei-nos de nós mesmos, de nossa covardia e tibieza, de nosso egoísmo e de nossa ambição, de nossa inveja e desconfiança, de nossa avidez em procurar a saciedade, a boa vida e a estima.
Desatai as algemas do pecado e do apego a tudo o que passa. Desvendai os nossos olhos que nós mesmos fechamos para não precisar ver as necessidades de nosso próximos e poder, assim, ocupar-nos de nós mesmos numa tranquila autocomplacência. Colocai em nosso coração o espinho da santa ansiedade de Deus para que não deixemos de procurá-lo com ardor, contrição e amor.
Contemplai em nós o Sangue do Senhor, que Ele derramou por nossa causa.  Contemplai em nós as lágrimas de vossa Rainha, que ela derramou sobre nós.
Contemplai em nós a pobre, desbotada, arruinada imagem de Deus, comparando-a com a imagem íntegra que deveríamos ser Sua vontade e Seu amor.
Ajudai-nos a conhecer Deus, a adorá-Lo, a amá-Lo e a servir-Lhe. Ajudai-nos no combate contra os poderes das trevas que, traiçoeiramente, nos envolvem e nos afligem.
Ajudai-nos para que nenhum de nós se perca e para que, um dia, estejamos todos jubilosamente reunidos na eterna bem-aventurança. Amém.
São Miguel, assisti-nos com vossos santos anjos;
Ajudai-nos e rogai por nós.
São Rafael, assisti-nos com vossos santos anjos;
Ajudai-nos e rogai por nós.
São Gabriel, assisti-nos com vossos santos anjos;
Ajudai-nos e rogai por nós.
ACI Digital

7 coisas sobre os arcanjos Gabriel, Rafael e Miguel que talvez você não saiba


REDAÇÃO CENTRAL, 29 Set. 19 / 06:00 am (ACI).- A cada 29 de setembro, a Igreja Católica celebra a festa de três Santos Arcanjos: São Miguel, São Gabriel e São Rafael.

Confira a seguir sete coisas que talvez não conhecia sobre eles:
1. São os mais próximos aos humanos
Desde Pseudo-Dionísio, Padre da Igreja do século VI, está acostumado a se enumerar três hierarquias de anjos. Na primeira estão os Serafins, Querubins e Tronos. Depois vêm as Dominações, Virtudes e Potestades. Enquanto que na terceira hierarquia estão os Principados, Arcanjos e Anjos. Estes últimos são os que estão mais próximos às necessidades dos seres humanos.
2. São mensageiros de anúncios importantes
A palavra Arcanjo provém das palavras gregas “Arc” que significa “principal” e “anjo” que é “mensageiro de Deus”. Vejamos o que diz São Gregório Magno:
“Deveis saber que a palavra ‘Anjo’ designa uma função, não uma natureza. Na verdade, aqueles santos espíritos da pátria celeste são sempre espíritos, mas nem sempre se podem chamar Anjos. Só são Anjos quando exercem a função de mensageiros. Os que transmitem mensagens de menor importância chamam-se Anjos; os que transmitem mensagens de maior transcendência chamam-se Arcanjos.
3. Existem sete Arcanjos segundo a Bíblia
No livro do Tobias (12,15), São Rafael se apresenta como “um dos sete anjos que estão diante da glória do Senhor e têm acesso a sua presença”. Enquanto que no livro do Apocalipse (8,2), São João descreve: “vi os sete Anjos que estavam diante de Deus, e eles receberam sete trombetas”. Por estas duas citações bíblicas, afirma-se que são sete Arcanjos.
4. Conhecemos somente três nomes
A Bíblia menciona somente o nome de três Arcanjos: Miguel, Rafael e Gabriel. Os outros nomes (Uriel, Barachiel ou Baraquiel, Jehudiel, Saeltiel) aparecem em livros apócrifos de Enoc, o quarto livro de Esdras e em literatura rabínica. Entretanto, a Igreja reconhece apenas os três nomes que estão nas Sagradas Escrituras. Os outros podem servir como referência, mas não são doutrina.
5.  Gabriel significa “a força de Deus”
No Antigo Testamento, São Gabriel Arcanjo aparece no livro sagrado de Daniel explicando ao profeta uma visão do carneiro e do cabrito (Det 8), assim como instruindo-o nas coisas futuras (Det 9,21-27).  Nos Evangelhos, São Lucas (1,11-20) o menciona anunciando a Zacarias o nascimento de São João Batista e a Maria (1,26-38) que conceberia e daria a luz Jesus.
São Gabriel Arcanjo é conhecido como o “anjo mensageiro”, representado com uma vara perfumada de açucena e é padroeiro das comunicações e dos comunicadores, pois através da Anunciação trouxe ao mundo a mais bela notícia.
6. Rafael em hebreu é “Deus cura”
O único livro sagrado que menciona a São Rafael Arcanjo é o de Tobias e figura em vários capítulos. Ali se lê que Deus envia este Arcanjo para que acompanhe Tobias em uma viagem, na qual se casou com Sara.
Da mesma maneira, São Rafael indicou a Tobias como devolver a visão ao seu pai. Por esta razão é invocado para afastar doenças e conseguir terminar bem as viagens.
7. Miguel significa “Quem como Deus”
O nome do Arcanjo Miguel vem do hebreu “Mija-El” que significa “Quem como Deus ” e que, segundo a tradição, foi o grito de guerra em defesa dos direitos de Deus quando Lúcifer se opôs aos planos salvíficos e de amor do Criador.
A Igreja Católica teve sempre uma grande devoção ao Arcanjo São Miguel, especialmente a fim de pedir-lhe que nos liberte dos ataques do demônio e dos espíritos infernais. Costuma ser representado com a roupa de guerreiro ou soldado centurião pondo seu calcanhar sobre a cabeça do inimigo.
ACI Digital

sábado, 28 de setembro de 2019

São Venceslau, mártir e padroeiro da República Tcheca

REDAÇÃO CENTRAL, 28 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- São Venceslau foi um soberano tcheco que evangelizou seu povo, modificou o sistema judicial e reduziu as condenações relativas à pena de morte ou à tortura.

O santo foi filho de Vratislau e de sua esposa Draomira. Era neto de Santa Ludimila, esposa do primeiro cristão da Boêmia, que se encarregou de sua educação e o ensinou a amar e servir a Deus.
Quando jovem, o santo perdeu seu pai após uma guerra e, por isso, sua mãe assumiu o poder. Entretanto, ela instaurou uma política anticristã e secularista que converteu o povo em um caos total.
Diante dessa situação, sua avó tentou persuadir o príncipe a assumir o trono e proteger o cristianismo, o que fez com que os nobres a assassinassem por considerá-la uma ameaça latente aos seus interesses.
Entretanto, por circunstâncias desconhecidas, a rainha foi expulsa do trono e Venceslau foi proclamado rei pela vontade do povo.
Como primeira medida, anunciou que apoiaria decididamente à Igreja. Sempre governou com justiça e misericórdia.
Por interesses políticos obscuros, Boleslau – que desejava o trono de seu irmão – assassinou o santo rei a punhaladas durante uma festividade.
O povo proclamou o rei Venceslau como mártir da fé e logo a Igreja de São Vito – onde se encontram seus restos mortais – se tornou um centro de peregrinações.
Tempos depois, foi proclamado padroeiro do povo da Boêmia e hoje sua devoção é tão grande que também da República Tcheca.
ACI Digital

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

São Vicente de Paulo, padroeiro das obras de caridade

REDAÇÃO CENTRAL, 27 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- “Sendo a Mãe de Deus invocada e tomada por padroeira das coisas de importância, não pode acontecer que tudo não vá bem e não redunde para a maior glória do bom Jesus, seu Filho”, dizia o grande São Vicente de Paulo, padroeiro das obras de caridade e fundador da Congregação da Missão (Vicentinos) e das Filhas da Caridade.

São Vicente nasceu na França em 1581, em uma família de camponeses. Quando era adolescente, foi enviado para o colégio dos franciscanos na próspera cidade de Dax. Lá, entregou-se por completo aos estudos, mas começou a sentir vergonha de suas origens.
Recebeu a tonsura e as ordens menores para, em seguida, entrar na Universidade de Toulouse, onde estudou teologia. Seu pai morreu e lhe deixou parte da herança para que pudesse pagar seus estudos, mas o jovem Vicente recusou a ajuda e decidiu cuidar de si mesmo. Por isso, trabalhou como educador em um colégio.
Foi ordenado em 1600 com apenas dezenove anos e preferiu continuar seus estudos, desejando ser bispo. Uma anciã, dama de Toulouse, deixou para ele uma herança econômica que ele teve que ir receber em Marselha. Quando retornava, o navio foi atacado pelos turcos e Vicente foi feito prisioneiro.
Diz-se que foi vendido como escravo e esteve a serviço de um pescador, de um médico e de um cristão renegado. A este último conseguiu converter e, assim, pôde empreender sua viagem de retorno até que chegou a Paris.
Mais tarde, serviu como pároco, mas teve que deixar a função para ser preceptor de uma ilustre família. No entanto, nessa vida de riqueza, começou a se dar conta de que o Evangelho exige uma caridade radical.
Assim, ao atender um moribundo, aprofundou no amor de Deus e começou a querer ir a todas as regiões remotas para expressar que existe um Deus de ternura que não os tinha esquecido.
Com o tempo, fundou a Congregação da Missão para dar missões populares e trabalhar na formação do clero. Do mesmo modo, foi cofundador com Santa Luíza de Marilac da Companhia das Filhas da Caridade.
Durante sua vida, São Vicente conheceu o Bispo São Francisco de Sales, que logo pediu que assumisse a capelania de suas Visitandinas de Paris e a direção espiritual de Santa Joana de Chantal.
Para São Vicente, a oração era o principal e apresentou a humildade como a primeira qualidade dos sacerdotes missionários. Sempre buscou a paz e a atenção aos necessitados, mesmo em meio às guerras de seu tempo, tornando-se conselheiro de governantes e verdadeiro amigo dos necessitados.
Partiu para a Casa do Pai em 27 de setembro de 1660, pouco antes das quatro da manhã, a hora que costumava se levantar para servir a Deus e aos pobres.
ACI Digital

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Mártires não são "santinhos", são verdadeiros vencedores, afirma Papa Francisco

Papa Francisco durante a Audiência Geral. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
Vaticano, 25 Set. 19 / 12:00 pm (ACI).- O Papa Francisco afirmou que os mártires não são "santinhos", mas homens e mulheres de carne e osso que, como diz o Apocalipse, “lavaram suas vestes, tornando-as brancas no sangue do Cordeiro".
O Pontífice se expressou assim durante a Audiência Geral realizada nesta quarta-feira, 25 de setembro, na Praça de São Pedro, no Vaticano, onde ressaltou que os mártires "são os verdadeiros vencedores". Recordou que "hoje existem mais mártires do que no tempo do início da Igreja, e os mártires estão por toda parte".
“A Igreja de hoje é rica de mártires e é irrigada pelo seu sangue que é a semente de novos cristãos e garante crescimento e fecundidade ao povo de Deus".
Em sua catequese, o Pontífice refletiu sobre o livro dos Atos dos Apóstolos, onde é narrado como os apóstolos nomearam os primeiros diáconos. Dois deles eram Estêvão e Felipe. Francisco destacou o caso de Estêvão como modelo de mártir, destacou sua força evangelizadora, que lhe trouxe inúmeras inimizades. 
“Não encontrando outra maneira de fazê-lo desistir, os seus adversários escolhem a solução mais mesquinha para aniquilar um ser humano: ou seja, a calúnia ou falso testemunho. Nós sabemos que a calúnia mata. Sempre”, explicou o Santo Padre.
Francisco definiu a calúnia como um "câncer diabólico" que "nasce do desejo de destruir a reputação de uma pessoa, também agride o resto do corpo eclesial e o danifica seriamente".
Assim como Jesus, Estêvão é levado ao Sinédrio, onde, "como aconteceu com todos os mártires, acusaram-no com falsos testemunhos e com calúnias".
Diante dessas mentiras, "Estêvão denuncia corajosamente a hipocrisia com a qual os profetas e o próprio Cristo foram tratados". “Não usa meio termo, Estêvão fala claro, diz a verdade".
Essa clareza das palavras de Estêvão "causa a reação violenta dos ouvintes, e Estêvão é condenado à morte, à lapidação". Ele “mostra o verdadeiro rosto do discípulo de Cristo. Não busca escapatórias, não recorre a personalidades que poderiam salvá-lo, mas coloca sua vida nas mãos do Senhor”.
"Peçamos também ao Senhor que, olhando para os mártires de ontem e de hoje, possamos aprender a viver uma vida plena, acolhendo o martírio da fidelidade diária ao Evangelho e da confirmação a Cristo", concluiu o Santo Padre a sua catequese.
ACI Digital

São Cosme e São Damião, gêmeos mártires e padroeiros dos médicos

REDAÇÃO CENTRAL, 26 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 26 de setembro, a Igreja celebra os mártires Cosme e Damião, irmãos gêmeos que, junto com São Lucas, são os padroeiros dos médicos católicos.

No Oriente, são chamados “os não cobradores”, porque exerciam a medicina sem cobrar nada aos pacientes pobres. A única coisa que pediam aos pacientes era que lhes permitissem falar por alguns minutos a respeito de Jesus Cristo e de seu Evangelho.
Lisias, o governador de Cilícia, desgostou-se muito porque estes dois irmãos propagavam efetivamente o cristianismo. Tentou inutilmente que deixassem de pregar e, como não conseguiu, mandou atirá-los ao mar. Mas, uma onda gigantesca os levou sãs e salvos à margem.
Então, o governador mandou que fossem queimados vivos, mas as chamas não os tocaram e, em troca, queimaram aos verdugos pagãos que queriam atormentá-los. O mandatário pagão mandou que lhes cortassem a cabeça. Finalmente, derramaram seu sangue por proclamar o amor ao Divino Salvador.
Junto ao túmulo dos dois irmãos gêmeos começou a realizar-se milagrosas curas. O imperador Justiniano de Constantinopla, padecendo de uma grave enfermidade, encomendou-se a estes dois santos mártires e foi curado inexplicavelmente.
São Cosme e Damião também são padroeiros dos cirurgiões, farmacêuticos, dentistas e faculdades de medicina.
ACI Digital

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

O sangue dos mártires é a semente dos cristãos

Martírio de São Paulo, Capela Redemptoris Mater, Palácio Apostólico, Vaticano.
Martírio de São Paulo, Capela Redemptoris Mater, Palácio Apostólico, Vaticano. 
Junto ao tema do diaconato, sobre serviço, o Papa Francisco recordou na Audiência Geral desta quarta-feira, o tema do martírio.

Padre Arnaldo Rodrigues - Cidade do Vaticano

“O sangue dos mártires é a semente dos cristãos” (Tertuliano, Apologético, 50,13). Com esta frase de Tertuliano recordamos um dos grandes dons da Igreja: o martírio.

Algumas pessoas poderiam pensar que seria uma loucura ou ousadia chamar o martírio de dom, mas como disse São Oscar Romero, “o martírio é uma graça de Deus que eu acho que não mereço, mas se Deus aceita o sacrifício da minha vida, que o meu sangue seja uma semente de liberdade e o sinal de que a esperança será em breve realidade”.

Em sua catequese na Audiência Geral desta quarta-feira, 25,  na Praça de São Pedro, o Papa Francisco - ao recordar Santo Estevão - reiterou que “hoje existem mais mártires que no início da vida da Igreja, e eles estão por todos os lugares”.

Somente nos meses de agosto e setembro de 2019, o Vatican News noticiou alguns cristãos que deram suas vidas em martírio: Padre David Tanko, na Nigéria, onde morreu lutando pela paz; Diana Isabel Hernández Juárez, na Guatemala, professora e lutou pela defesa do meio ambiente; Genifer Buckley, nas Filipinas, voluntária em uma escola secundária; Faustine Brou, Costa do Marfim, secretaria paroquial; Pe. Paul Offu, Nigéria. E assim tantos outros, que poderíamos recordar que por serem cristãos, foram convidados a testemunharem com a própria vida o Evangelho, dando testemunho da fé com o derramamento de seu sangue.

Segundo o Catecismo da Igreja Católica (n.2473):

“ O martírio é o supremo testemunho dado em favor da verdade da fé; designa um testemunho que vai até à morte. O mártir dá testemunho de Cristo, morto e ressuscitado, ao qual está unido pela caridade. Dá testemunho da verdade da fé e da doutrina cristã. Suporta a morte com um ato de fortaleza. ‘Deixai-me ser pasto das feras, pelas quais poderei chegar à posse de Deus - Santo Inácio de Antioquia, Epistula ad Romanos, 4, 1: SC 10bis, p. 110 (Funk, 1, 256). ”

Porém nem todos são chamados ao martírio de sangue, mas todos somos chamados a vivermos cotidianamente o “martírio branco”, que é o “martírio sem derramamento de sangue, em meio às perseguições”, como disse São João Paulo II no livro “Estou nas mãos de Deus”.

Todos os dias somos convidados a dar testemunho de nossa fé nas realidades mais cotidianas de nossas vidas. Em nossas casas com nossas famílias, no trabalho com as pessoas que passam parte do dia conosco, no trânsito com carro ou transportes públicos, nas paróquias que frequentamos etc.

Pensemos nas vezes em que temos que ser compreensíveis e pacientes com as pessoas que estão ao nosso redor. Nas vezes em que somos obrigados a suportar uma enfermidade, onde podemos nos lamentar, permanecendo em um espiral sem sentido, ou unir a dor do nosso sofrimento com os sofrimentos de Cristo, oferecendo por alguma intenção especifica.

Enfim, ao longo da nossa vida passamos por diversas provações que são os nossos martírios brancos diários. Todos eles nos ajudam a sermos verdadeiras testemunhas do amor de Deus, um amor concreto que passa também pelo martírio escondido da Cruz. Esse é o fermento da Igreja, como nos recordou Papa Francisco:

“ A Igreja cresce também com o sangue dos mártires, homens e mulheres que dão a vida. Hoje existem muitos. Curioso: não são notícia. O mundo esconde isso. O espírito do mundo não tolera o martírio, o esconde. (...). Peçamos também ao Senhor que, olhando os mártires de ontem e de hoje, possamos aprender a viver uma vida plena, acolhendo o martírio da fidelidade diária ao Evangelho e à conformação a Cristo. ”

Vatican News

Dom Sergio celebra missa em despedida do Padre Casemiro



O velório começou às 8h00 da manhã ao som de várias orações entoadas por paroquianos e amigos. Uma música em especial foi tocada. A melodia fúnebre é tradicionalmente cantada nos velórios em seu país de origem e foi conduzida pelo Pe.Jorge, da Arquidiocese de Niterói, também polonês. Ele veio  para prestar suas últimas homenagens ao amigo.

Por volta das 10h00 da manhã, foi celebrada a primeira missa do dia. A celebração foi presidida pelo representante do clero padre Júlio Cesar, pároco da paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima em Sobradinho. Na ocasião estiveram presentes o governador de Brasília, Ibanes Rocha e o ex governador Rodrigo Rollemberg.

Com a Igreja Nossa Senhora da Saúde completamente lotada, Dom Sergio da Rocha, arcebispo de Brasília, celebrou a segunda missa desta segunda-feira, as 14hoo, pela alma do Padre Kazimerez Wojn.

O sentimento é de pesar e dor, como afirmou Dom Sergio em sua homilia. “A Igreja é ferida quando seus filhos, templos vivos do Senhor, são mortos de modo tão cruel. […] Contudo, a tristeza e a dor, a indignação pela morte violenta não podem jamais nós levar ao ódio e à vingança. Como Jesus no calvário, unidos a Cristo crucificado, nós suplicamos o perdão de Deus e a conversão para quem pratica a violência e destrói a vida”, disse o Cardeal em sua homilia.

Ao final, Dom Sergio lembrou que Padre Casemiro venerou Nossa Senhora com especial devoção e pediu sua intercessão “por este nosso querido irmão”.
O coral da paróquia conduziu os cantos com vozes embargadas de emoção, enquanto fiéis se despediam do padre polonês.  Cerca de 1.300 pessoas participaram da celebração, as 14h00, e se uniram em oração.

Os bispos auxiliares de Brasília, Dom Marcony e Dom Leonardo Steiner concelebraram, juntamente com o clero da capital. Dom Valdir Mamede, Bispo da Diocese de Catanduva e o Núncio Apostólico do Brasil, Dom Giovanni d’Aniello, também participou da missa exequial.

Antes de encerrar, Dom Sergio realizou o rito de encomendação do corpo com a oração e a aspersão da água benta, ao som de Ave Maria.

Seis representantes da Embaixada da Polônia também estavam presentes, incluindo a encarregada de negócios a.i. Marta Olkowska, que representou o Embaixador.
Em solidariedade ao Padre Casemiro, Dom João Wilk, bispo de Anápolis, e Dom Augusto, bispo emérito de Floriano no Piauí, vieram para a missa de despedida.
Da igreja, o corpo seguiu para o cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, para o sepultamento.

Breve Bio

Kazimerez Wojn, nasceu em 03 de fevereiro de 1948 na cidade de Sklody Biazystok – Pôlonia. Filho de Aniela Dmochowska e Josef Wojno.

Estudou filosofia no seminário maior em Zomza –  e foi ordenado padre no dia 27 de maio de 1973 na cidade de Kulesze Koscielne,  ambos na Polônia. O prelado Ordenante foi Dom Micozaj Sassinowski.
Veio para o Brasil, no dia 16 de fevereiro de 1984.  Foi nomeado pároco da Paróquia Nossa Senhora da Saúde, em 06 de janeiro de 1985.
Tinha paixão pelas pinturas, a fotografia e obras de arte. As molduras espalhadas por toda a paróquia foram feitas por ele mesmo.
Outra característica marcante, era o seu carinho especial pelas crianças nas celebrações das missas domínicas às 11h00. O padre tinha o hábito de reunir as crianças, ali presentes na missa, em torno do altar na hora da consagração. Ele entregava os sinos para que os pequenos participassem do rito.
Que Nossa Senhora interceda por este nosso querido irmão.

Arquidiocese de Brasília


terça-feira, 24 de setembro de 2019

Nossa Senhora das Mercês, a Virgem da Misericórdia

REDAÇÃO CENTRAL, 24 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 24 de setembro é celebrada Nossa Senhora das Mercês, que significa “misericórdia”, devoção que remonta ao século XIII, quando a Virgem apareceu a São Pedro Nolasco e o encorajou a seguir libertando os cristãos escravos.

Naquela época, os mouros saqueavam regiões costeiras e levavam os cristãos como escravos para a África. Nessa horrível condição, muitos perdiam a fé por pensar que Deus os tinha abandonado.
Pedro Nolasco, vendo essa situação, vendeu até seu próprio patrimônio para libertar os cativos. Do mesmo modo, formou um grupo para organizar expedições e negociar resgates. Quando o dinheiro acabou, então, pediram esmolas. Entretanto, as ajudas também terminaram.
Foi quando Nolasco pediu a Deus para ajudá-lo. Em resposta, a Virgem apareceu a ele e pediu que fundasse uma congregação para resgatar os cativos.
Nolasco lhe perguntou: “Ó Virgem Maria, Mãe da graça, Mãe de misericórdia, quem poderia acreditar que tu me envias?”.
Maria respondeu dizendo: “Não duvides de nada, porque é vontade de Deus que se funde uma ordem desse tipo em minha honra; será uma ordem cujos irmãos e professos, a imitação de meu filho Jesus Cristo, estarão postos para ruína e redenção de muitos em Israel, isto é, entre os cristãos, e serão sinal de contradição para muitos”.
Diante desse desejo, foi fundada a ordem dos Mercedários no dia 10 de agosto de 1218 em Barcelona, Espanha. São Pedro Nolasco foi nomeado pelo Papa Gregório IX como Superior Geral.
Os integrantes, além dos votos de pobreza, castidade e obediência, faziam um quarto voto em que se comprometiam a dedicar sua vida a libertar os escravos e que ficariam no lugar de um cativo que estivesse em perigo de perder a fé, quando o dinheiro fosse era suficiente para conseguir a libertação.
Mais tarde, no ano 1696, o Papa Inocêncio XII fixou o dia 24 de setembro como a Festa de Nossa Senhora das Mercês em toda a Igreja.
ACI Digital

Amarram e assassinam sacerdote para roubar Paróquia em Brasília

Pe. Kazimierz Wojno +. Crédito: Facebook Arquidiocese de Brasília
BRASILIA, 23 Set. 19 / 08:40 am (ACI).- Um grupo de seis homens invadiu uma paróquia em Brasília no sábado, 21 de setembro, onde amarraram e assassinaram o sacerdote polonês Kazimierz Wojno, de 71 anos, para depois roubar vários objetos de valor.
A Polícia Militar de Brasília informou que o sacerdote, conhecido como padre Casimiro, foi assassinado após celebrar a Missa na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, enquanto o caseiro, que também foi feito refém, ficou ferido, mas conseguiu escapar.
O caseiro, assinala Efe, pediu ajuda à polícia, enquanto o pároco foi encontrado sem vida em um terreno em obras, com os pés e as mãos amarrados e com um arame enrolado no pescoço.
Essa paróquia já havia sido atacada em abril. Naquela ocasião, os ladrões levaram um sacrário que mais tarde foi encontrado em Samambaia, perto de Brasília.
“É com pesar que a Arquidiocese de Brasília comunica o falecimento, nesta noite de sábado (21/9), do Padre Kazimerez Wojn ( conhecido como Casemiro), pároco do Santuário Nossa Senhora da saúde, na 702 norte”, indicou a Arquidiocese de Brasília.
O presbítero tinha 46 anos de sacerdote. A nota também indica que "a Arquidiocese está acompanhando o caso".
Depois de convidar os fiéis a participarem das exéquias do sacerdote, a Arquidiocese pediu que "rezemos por sua alma, sua família e sua comunidade paroquial".
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF