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segunda-feira, 25 de agosto de 2025

''A celebração da missa salva o mundo hoje'', afirma Papa Leão

Papa Leão XIV (Vatican News)

O Pontífice recebeu Servidores do Altar vindos da França, por ocasião do Jubileu da Esperança. Em seu discurso, o Santo Padre falou da Eucaristia como o ''Tesouro dos Tesouros'', mas também manifestou preocupação com a escassez de vocações no país.

Vatican News

A celebração da Missa é a salvação do mundo! Essas foram as palavras do Papa ao receber em audiência esta segunda-feira, 25 de agosto, ministrantes franceses, em peregrinação jubilar a Roma.

Com efeito, Leão XIV faz votos que os servidores do Altar aproveitem o Ano Santo para aprofundar a amizade com Jesus e amá-Lo cada vez mais. Num mundo com desafios cada vez mais graves e preocupante, somente Jesus pode nos salvar, e ninguém mais: porque somente Ele tem o poder – Ele é Deus Todo-Poderoso em pessoa –, e porque Ele nos ama. “Coloquem Jesus no centro de suas vidas”, exortou o Pontífice, de modo que possam voltar para França mais próximos Dele, mais decididos do que nunca a amá-Lo e segui-Lo.

O Papa recordou que há uma prova certa de que Jesus nos ama e nos salva: Ele deu a sua vida por nós, oferecendo-a na cruz. “E isso é o que há de mais maravilhoso em nossa fé católica”, prosseguiu Leão, acrescentado que a Igreja, de geração em geração, guarda cuidadosamente a memória da morte e ressurreição do Senhor, da qual é testemunha, como seu tesouro mais precioso. “A Igreja a guarda e transmite celebrando a Eucaristia, que vocês têm a alegria e a honra de servir. A Eucaristia é o Tesouro da Igreja, o Tesouro dos Tesouros.”   

Desde o primeiro dia de sua existência, e depois durante séculos, a Igreja celebrou a Missa, domingo após domingo, para lembrar o que seu Senhor fez por ela.

“Caros Servidores do Altar, a celebração da Missa nos salva hoje! Ela salva o mundo hoje! É o evento mais importante da vida do cristão e da vida da Igreja, pois é o encontro em que Deus se entrega a nós por amor, repetidas vezes. O cristão não vai à Missa por obrigação, mas porque precisa absolutamente dela! Necessita da vida de Deus que se doa sem pedir nada em troca!”

Quando se aproximarem do Altar, aconselhou o Papa, tenham sempre em mente a grandeza e a santidade do que está sendo celebrado. A missa é um momento de festa e alegria, mas, ao mesmo tempo, é um momento sério, solene, marcado pela sobriedade. Por isso, a atitude de quem serve no Altar deve levar os fiéis a entrarem na grandeza sagrada do Mistério.

Por fim, Leão fez uma constatação: a escassez de vocações ao sacerdócio não apenas em território francês. “A falta de padres na França, no mundo, é uma grande infelicidade! Uma desgraça para a Igreja! Que vocês possam, pouco a pouco, domingo após domingo, descobrir a beleza, a felicidade e a necessidade de tal vocação. Que vida maravilhosa é a do sacerdote que, no centro de seus dias, encontra Jesus de modo excepcional e O oferece ao mundo!”

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

domingo, 24 de agosto de 2025

Homem e mulher na sociedade e na Igreja (Parte 1/2)

Foto/Crédito: Opus Dei.

Homem e mulher na sociedade e na Igreja

Como São Josemaria compreendia o papel do homem e da mulher na sociedade? Ambos “se hão de sentir justamente protagonistas da história da salvação” Este texto, do “Diccionario de san Josemaria Escrivá de Balaguer” explica algumas chaves dos seus ensinamentos.

20/08/2025

No começo do século XX desenvolveu-se no mundo ocidental uma ampla literatura sobre a distinção-relação entre homem e mulher, dando origem a abordagens antropológicas muito diversas. São Josemaria tinha conhecimento desse debate, mas sua doutrina sobre a vocação do homem e da mulher não se baseia nessas fontes, nem se desenvolve em diálogo com elas. Sua doutrina fundamenta-se nos ensinamentos da Sagrada Escritura e da Tradição da Igreja, e em sua experiência como fundador de uma instituição, o Opus Dei, destinada a promover a chamada à santidade e, portanto, também ao desenvolvimento da personalidade humana entre pessoas, homem ou mulher, de países e condições diversas.

1. Dignidade humana e vocação divina do homem e da mulher

São Josemaria, de acordo com a tradição judaico-cristã, ensinou que existe uma unidade fundamental entre homem e mulher. Ambos são iguais em dignidade como seres criados por Deus à sua imagem e semelhança (cfr. Gn 1, 22) e corresponsáveis, por mandato divino, da dupla tarefa de transmitir a vida e dar origem à história e à cultura (“crescei, multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a”: Gn 1, 28). Essas afirmações do Gênesis, essa doutrina sobre a igualdade originária do homem e da mulher, completa-se na antropologia cristã com o conhecimento da filiação divina que Cristo nos ganhou na Cruz. “A mulher tem em comum com o homem sua dignidade pessoal e sua responsabilidade, e – na ordem sobrenatural – todos temos uma idêntica filiação divina adotiva (Gl 3, 26-28) ” (Carta 29/07/1965, n. 4: AGP, série A.3, 94-4-1).

Todo batizado deve saber-se membro da família universal dos filhos de Deus, à qual são chamados todos os seres humanos. Na terra, há apenas uma raça: a raça dos filhos de Deus, ensina São Josemaria (cfr. É Cristo que passa, 13). Todas as pessoas – homens e mulheres, anciãos, sãos e enfermos – iguais em dignidade, merecem respeito e amor. Todos, mulheres e homens de qualquer idade, condição, estado ou ofício, nas circunstâncias em que se acham, no exercício de suas diversas atividades podem, apoiados na graça de Deus que é nosso Pai, alcançar a plenitude de vida, a santidade. Para tornar isso viável, Cristo estabeleceu a Igreja, que conserva e transmite sua doutrina e comunica a graça que torna possível o viver cristão. Essa é a grande tarefa dos filhos de Deus: santificar-se e contribuir, entregando-se como Cristo o fez, até a Cruz, para santificação dos outros. Neste horizonte da chamada universal à santidade, São Josemaria enquadrou a consideração da dignidade e do valor de toda pessoa.

Ensinou que o homem e a mulher possuem condições para realizar – segundo suas aptidões pessoais – todos os trabalhos que contribuem para o bem comum e dignificam a pessoa que os realiza. Por isso, desde o início de seu trabalho pastoral, abriu horizontes para as mulheres e os homens para que empreendessem com garbo e confiança em Deus o trabalho profissional que escolhessem livremente (Intelectual, manual, de gestão, etc.). E apresentou tanto aos homens como às mulheres que se incorporavam ao Opus Dei, um horizonte de vida espiritual e de formação doutrinal-teológica que lhes permitiria realizar com sentido cristão a tarefa profissional, familiar ou social que cada um deveria levar a cabo e nesse contexto dar vida a um profundo apostolado do testemunho e da doutrina.

Cumprir a vontade de Deus no dever de cada instante, santificando a própria ocupação ou ofício, requer o exercício das virtudes cardeais e morais. São Josemaria viu isso feito realidade em seus próprios pais, no lar em que Deus o fez nascer. Com convicção realista supera princípios gerais que limitam algumas virtudes ao homem ou à mulher: “Mais forte a mulher do que o homem, e mais fiel na hora da dor” (Caminho, 982); “Quem te disse que fazer novenas não é varonil? – Serão varonis essas devoções, sempre que as pratique um varão...” (Caminho, 574); “quem caluniou a mulher dizendo que a discrição não é virtude de mulheres?” (Caminho, 652).

As virtudes não constituem qualidades instintivas, é preciso que se criem raízes na alma com determinação, vencendo os obstáculos que o ‘eu’ ou as circunstâncias opõem. São Josemaria ensina que para se santificar é preciso partir da realidade de quem somos, com os pés na terra e a cabeça no céu. E adverte: “Somos homens e mulheres, não anjos. Seres de carne e osso, com coração e paixões, com tristezas e alegrias” (É Cristo que passa, 103). Ensina por isso a amar a Deus com a capacidade afetiva que, no plano humano, todos temos: “com o mesmo coração com o qual quero a meus filhos, com aquele que quis a meus pais”. Vai, ao mesmo tempo, ao encontro das possíveis dificuldades que se pode encontrar no caminho: expõe com clareza aos casados os meios que devem empregar para continuar fiéis até o fim, renovando o amor que os uniu; aos que não puderam ter filhos orienta para cuidar dos que os rodeiam, com a dedicação que possam assumir; aos solteiros impulsiona a amar a Deus com o coração indiviso; aos que ocupam posições relevantes na sociedade recorda sua responsabilidade; aos que realizam tarefas sem relevo aparente faz ver que nada está oculto aos olhos de Deus. A todos homens e mulheres convoca a alcançar uma profunda personalidade humana e cristã.

A igualdade fundamental do homem e da mulher, pregada por São Josemaria, manifesta-se na igualdade espiritual, moral e jurídica que caracteriza o Opus Dei. Há um mesmo espírito, uma única vocação e meios iguais para vivê-la: “O espírito é único, o mesmo para todos, aquele que Deus quis para esta Obra que é dele” (Carta 29/07/1965, n. 2: AGP, série A.3, 94-4-1). “Por essa identidade do espírito e do modo de fazer o apostolado, é norma geral estabelecida em nossas leis – precisava São Josemaria – que tudo quanto te escrevo está dirigido, normalmente, tanto a meus filhos quanto a minhas filhas, desde que, de alguma forma, não se diga claramente o contrário” (Carta 29/07/1965 n. 2: AGP, série A.3, 94-4-1).

2. Igualdade e diferença

São Josemaria entende a igualdade total: “Em um plano essencial – que deve ter reconhecimento jurídico, tanto no direito civil como no eclesiástico – (...) a mulher tem, exatamente como o homem, a dignidade de pessoa e de filha de Deus (Entrevistas com Mons. Josemaria Escrivá, 87). Ele observa a igualdade no nível da natureza humana e no nível do ser pessoal e cita expressamente São Paulo: “já não há distinção de judeu, nem grego; nem de servo, nem livre; nem de homem, nem mulher” (cfr. Gl 3, 26-28). (Entrevistas com Mons. Josemaria Escrivá, 14). Esta afirmação radical da igualdade reflete-se também em sua linguagem; é notável a frequência com que seus escritos acentuam expressamente – com o uso de expressões – que a doutrina que transmite dirige-se a todos: tanto cristãos como cristãs (cfr. Entrevistas com Mons. Josemaria Escrivá, 112), “cada homem, cada mulher” (Entrevistas com MonsJosemaria Escrivá, 99), “homem – ou mulher – de uma só peça” (Sulco, 443), “de um homem de Deus, de uma mulher de Deus” (Sulco, 60; F, 649), “um varão católico – uma mulher católica” (F, 859), “cavalheiro cristão, mulher cristã” (F, 450), “não esqueças que cristão (...) significa homem – mulher – que tem a fé de Jesus Cristo” (F, 642), “a autêntica existência do homem cristão, da mulher cristã” (Amigos de Deus, 205).

A igualdade do homem e da mulher não suprime as diferenças entre eles. Com olhar realista, que se eleva do que é mais evidente aos sentidos a uma projeção do psíquico e espiritual, afirma: “a partir dessa igualdade fundamental, cada um deve alcançar o que lhe é próprio” (Entrevistas com Mons. Josemaria Escrivá, 87). Ao tratar o tema do homem e da mulher afirma basicamente, nesse sentido, a continuidade entre as dimensões biológica, psicológica e espiritual que se refletem na feminilidade e na masculinidade.

Às vezes alude a essas diferenças. Sobre a mulher diz que “está chamada a levar à família, à sociedade civil, à Igreja, algo característico que lhe é próprio e que só ela pode dar: sua delicada ternura, sua generosidade incansável, seu amor pelo concreto, sua agudeza de engenho, sua capacidade de intuição, sua piedade profunda e simples, sua tenacidade” (Entrevistas com Mons. Josemaria Escrivá, 87). Do homem, sua dedicação ao trabalho e sua capacidade para assumir com responsabilidade e iniciativa as tarefas que tem em mãos, que se destacam por exemplo, na figura de São José (cfr. Amigos de Deus, 40). Embora fale de diferença, detém-se, porém, com frequência para indicar que a dupla contribuição do homem e da mulher contribui para enriquecer o patrimônio comum. São Josemaria recorda a cada pessoa as virtudes do outro. Anima homens e mulheres a conquistar qualidades que, se bem que costumem destacar-se em um dos dois sexos, são objetivos de ambos: “Hás de ser, como filho de Deus e com sua graça, varão ou mulher forte (F, 792), propriedades que ajudam a viver uma “entrega – sacrificada e alegre – de tantos homens e mulheres que souberam ser fieis” (Entrevistas com Mons. Josemaria Escrivá, 71). Ele destaca que a mulher, “junto com o que tem em comum com o homem, leva à família, à sociedade civil, à vida da Igreja, algo peculiar, algo que lhe é próprio que só ela pode levar (...). Assim, feminilidade quer dizer a riqueza e a formosura e a necessidade de sua contribuição própria e insubstituível” (Carta 29/07/1965, n. 2: AGP, série A.3, 94-4.1).

São Josemaria proclama nitidamente a radical igualdade entre homem e mulher, mas rejeita ao mesmo tempo a uniformidade. Nem o homem deve imitar a mulher, nem a mulher o homem: “seria uma perda para a mulher: não porque seja mais ou menos que o homem, mas porque é diferente” (Entrevistas com Mons. Josemaria Escrivá, 87). A diferença é querida por Deus (cfr. Forja, 866): “não foi em vão que Deus os criou homem e mulher. Tal diversidade não se deve compreender em um sentido patriarcal (...) tanto o homem como a mulher devem sentir-se protagonistas da história da salvação, mas ambos de forma complementar” (Entrevistas com Mons. Josemaria Escrivá). Em suma, como diz João Paulo II: “Os recursos, pessoais da feminilidade não são sem dúvida menores que os recursos da masculinidade, são apenas diferentes” (Mulieris Dignitatem, 10).

Aurora Bernal Martínez De Soria

Fonte: https://opusdei.org/pt-br/article/homem-e-mulher-na-sociedade-e-na-igreja/

O Papa: “a porta estreita”, a salvação passa pelas escolhas difíceis e impopulares

Papa Leão XIV - Angelus  (@Vatican Media)

O Papa Leão XIV no Angelus deste domingo (24/08): as palavras de Jesus “servem, antes de mais nada, para abalar a presunção daqueles que pensam que já estão salvos, daqueles que praticam a religião e, por isso, se sentem tranquilos”.

Silvonei José – Vatican News

“Ao mesmo tempo que nós, às vezes, julgamos quem está longe da fé, Jesus põe em crise “a segurança dos crentes”. Foi o que destacou o Papa Leão XIV ao introduzir o Angelus deste domingo (24/08) e comentar a imagem do Evangelho da “porta estreita”, usada por Jesus para responder a alguém que lhe perguntou se são poucos os que se salvam.

"Com efeito, diz-nos que não basta professar a fé com palavras, comer e beber com Ele celebrando a Eucaristia ou conhecer bem os ensinamentos cristãos. A nossa fé é autêntica quando envolve toda a nossa vida, quando se torna um critério para as nossas escolhas, quando nos torna mulheres e homens que se comprometem com o bem e apostam no amor, tal como fez Jesus".

Fiéis na Praça São Pedro   (@Vatican Media)

O Senhor não quer, certamente, desanimar-nos, disse o Papa. “As suas palavras servem, antes de mais nada, para abalar a presunção daqueles que pensam que já estão salvos, daqueles que praticam a religião e, por isso, se sentem tranquilos. Na realidade, eles não compreenderam que não basta realizar atos religiosos se estes não transformam o coração: o Senhor não quer um culto separado da vida e não lhe são agradáveis sacrifícios e orações que não nos levam a viver o amor aos irmãos e a praticar a justiça”.

“É bonita a provocação que nos chega do Evangelho de hoje”, acrescentou o Papa leão.

Fiéis na Praça São Pedro   (@Vatican Media)

Recordando que Jesus “não escolheu o caminho fácil do sucesso ou do poder”, mas, para nos salvar, atravessou a “porta estreita” da Cruz, o Papa salientou que Jesus é “a medida da nossa fé”, “a porta que devemos atravessar para sermos salvos, vivendo o seu mesmo amor e tornando-nos, com a nossa vida, agentes de justiça e paz”.

Vídeo:

https://youtu.be/SbV-wA3AOwk

“Às vezes, isso significa fazer escolhas difíceis e impopulares, lutar contra o próprio egoísmo e gastar-se pelos outros, perseverar no bem onde parece prevalecer a lógica do mal, e assim por diante”. Mas – continuou –, ao ultrapassar esse limiar, descobriremos que a vida se abre diante de nós de uma maneira nova e, desde já, entraremos no espaçoso coração de Deus e na alegria da festa eterna que Ele preparou para nós”.

E o Santo Padre concluiu: “Invoquemos a Virgem Maria, para que nos ajude a atravessar com coragem a “porta estreita” do Evangelho, de modo que possamos abrir-nos com alegria à largura do amor de Deus Pai”.

Palácio Apostólico   (@Vatican Media)

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

CIÊNCIA E TECNOLOGIA: Não só de tecnociência vive o homem...(Parte 1/2)

Uma imagem do 26º Encontro de Rimini, realizado de 21 a 27 de agosto de 2005, com o título: "A liberdade é o maior presente que os céus deram à humanidade". Abaixo, o professor Giorgio Israel durante o encontro "Ciência e Regras?" | 30Giorni.

Arquivo 30Dias nº  09 - 2005

Não só de tecnociência vive o homem...

"Tecnociência" significa ciência baseada na tecnologia. Refere-se à prática pela qual a tecnologia avança com liberdade cada vez maior e se torna uma forma de manipulação, independentemente do conhecimento profundo dos processos que afeta. O professor Giorgio Israel, que palestrou na conferência "Ciência e Regras?" durante o último Encontro pela Amizade entre os Povos em Rimini, explica como a biotecnologia representa a manifestação mais evidente dessa tendência perigosa.

Entrevista com Giorgio Israel por Paolo Mattei

Durante o último Encontro pela Amizade entre os Povos (realizado no Novo Centro de Exposições de Rimini de 21 a 27 de agosto), o Professor Giorgio Israel discursou no painel "Ciência e Regras?", que também contou com a presença de Giancarlo Cesana, Professor de Medicina do Trabalho na Universidade Bicocca de Milão. Em sua apresentação, Israel revisitou muitos dos temas que lhe são mais caros. São temas que ele vem destacando há muito tempo em artigos de jornais e revistas e que se encontraram no centro do debate desencadeado pelos recentes referendos sobre reprodução assistida. Ciência e popularização, ciência e religião, ciência e tecnologia, ciência e economia, ciência e poder político... Esses pares, sintetizados pelo título questionador do encontro de Rimini em 23 de agosto, podem se transformar em antinomias assustadoras para a vida humana quando a relação entre o pensamento científico e cada um desses termos secundários é alterada ou interrompida. O professor Israel explicou a natureza e a evolução dessas "relações perigosas" ao longo da história ocidental com a expertise de um acadêmico: ele leciona História da Matemática na Universidade La Sapienza, em Roma, e é autor de vários ensaios ( A Mão Invisível. Equilíbrio Econômico na História da Ciência , Roma-Bari, 1987; Ciência e Raça na Itália Fascista , Bolonha, 1998; O Jardim das Nogueiras. Pesadelos Pós-modernos e a Tirania da Tecnociência, Nápoles, 1988; Ciência e História: Coexistência Difícil , Roma, 1999). Fizemos algumas perguntas a ele. 

O senhor frequentemente fala de duas "cesuras" que existem há muito tempo em nossa cultura: a primeira, entre o pensamento científico e a herança cultural filosófica, teológica e religiosa; a segunda, entre a ciência e o que o senhor chama de "tecnociência". O senhor pode explicar quais são elas?

GIORGIO ISRAEL: O filósofo Edmund Husserl descreveu com veemência o projeto de conhecimento abrangente que teve início no Renascimento: "Uma construção única que prossegue infinitamente de geração em geração", que visa abordar todos os problemas, desde os naturais até os éticos e morais. A própria construção da ciência moderna reflete essa visão, pois o conceito de lei natural tem uma origem teológica: a ideia de que existe uma "ordem" do mundo estabelecida por Deus. O positivismo concluiu, a partir dos sucessos das ciências naturais, que seu método cognitivo era o único válido. A partir daquele momento, não apenas todas as disciplinas — como as ciências sociais — foram avaliadas com base em sua adesão ao método das ciências físico-matemáticas, mas todos os problemas envolvendo filosofia, ética, moralidade e religião foram descartados como "metafísicos" ou "irracionais".

A segunda ruptura diz respeito à relação entre ciência e tecnologia. Desde a revolução científica, esta última tem sido conceitualmente dependente da primeira: o conhecimento dos processos era considerado crucial para orientar as escolhas tecnológicas (e "tecnologia" significa precisamente "ciência baseada na técnica"). Há cerca de meio século — devido a uma série de fatores, predominantemente econômicos e produtivos —, surgiu uma prática na qual a tecnologia avança com crescente liberdade e se torna uma forma de manipulação, independentemente do conhecimento profundo dos processos que influencia. A biotecnologia é a manifestação mais evidente dessa tendência, que chamo de "tecnociência" para enfatizar sua especificidade.

Você pode dar alguns exemplos concretos do que essas "rupturas" significaram para a história e a cultura ocidentais?

ISRAEL: Para citar Husserl, o conceito positivista de ciência é um conceito "residual" porque negligenciou todas as questões que verdadeiramente mais preocupam a humanidade, porque dizem respeito ao significado de sua existência e de sua liberdade; ou tentou reduzi-las a uma abordagem cientificista, como acontece em tratamentos quantitativos de escolhas subjetivas reduzidas a critérios de "utilidade". Isso representou um empobrecimento espiritual e cultural dramático. A conjunção dessa atitude com o desenvolvimento tecnocientífico levou aos dilemas colocados pela biotecnologia e à constatação de que, se aceitarmos uma abordagem puramente utilitária, só podemos concluir que qualquer manipulação é permissível. Dostoiévski disse: "Se Deus não existe, então tudo é possível". Uma versão "fraca", para um descrente, poderia ser: "Se ética e moral autônomas não existem, então tudo é possível". Mas nenhum ser racional pode admitir que seja permissível fazer qualquer coisa.

Diante desse perigo “utilitário”, seria possível propor a ideia de um pensamento científico dedicado exclusivamente ao “conhecimento” e não também à “transformação”?

ISRAEL: Não acredito que o pensamento científico possa ser reduzido ao conhecimento puro, excluindo a transformação. As concepções constitutivas da ciência incluem a ideia de que conhecer também significa transformar. De fato, conhecer a lei científica de um fenômeno também significa conhecer as circunstâncias sob as quais o fenômeno ocorrerá de forma idêntica a cada vez: isso implica, pelo menos em princípio, sua "reprodutibilidade" e, portanto, a possibilidade de implementação prática. Mas duas observações são necessárias aqui. A primeira é que tal visão de "lei científica" não se aplica bem ao contexto de fenômenos não físicos: processos sociais e econômicos, e processos históricos em geral, não se enquadram em uma definição tão restrita — ninguém pode demonstrar razoavelmente que "leis" da história existem — e não são reproduzíveis. Aplicar o reducionismo físico-matemático às ciências humanas produz resultados insatisfatórios e fomenta a ideia infundada de uma onipotência transformadora. A segunda observação — talvez mais importante — é que a primazia do conhecimento garante que aquilo que se busca manipular seja compreendido da forma mais completa possível. A abordagem tecnocientífica, no entanto, não se preocupa muito em compreender a fundo os processos que manipula. Isso corre o risco de reviver uma abordagem semelhante à da alquimia medieval, que apresenta todos os riscos do aprendiz de feiticeiro: manipular processos excessivamente complexos, cujo resultado é incerto, e arriscar resultados imprevistos e indesejáveis. Nosso conhecimento do mundo biológico ainda é extremamente modesto e vastamente desproporcional à nossa capacidade de manipulá-lo. Portanto, a ciência aplicada deve avançar mais lentamente, aguardando com mais paciência o avanço do conhecimento.

Fonte: https://www.30giorni.it/

Os diabos sentiam medo diante de são Bartolomeu

Bartolomeu, o apóstolo | Domínio público (Wikimedia Commons)

Por Abel Camasca*

24 de ago. de 2025

Hoje (24) é a festa do apóstolo são Bartolomeu, também conhecido na Bíblia como Natanael. Ele recebeu dons especiais que fizeram com que os demônios sentissem terror e medo diante de sua presença.

São Bartolomeu pregou na Índia e, segundo o beato dominicano Santiago de La Vorágine, ao chegar a essa região, foi a um templo de Astaroth. Os doentes acreditavam este ídolo os curava, mas na verdade dentro da imagem havia um demônio que os enganava.

O maligno deixou de fazer seus atos e muitos doentes foram embora em busca de “melhora” em outra cidade, onde se rendia culto a Berith. Eles perguntaram a essa divindade o que estava acontecendo com Astaroth, e o demônio que habitava ali lhes respondeu que seu companheiro estava atado com correntes de fogo e em silêncio depois da chegada de Bartolomeu.

Diante da insistência dessas pessoas para saber quem era esse homem e como identificá-lo, o espírito maligno descreveu que se tratava de “um amigo do Deus todo-poderoso”, que por 26 anos tinha usado uma túnica branca com um manto branco e sandálias. Mas, nenhum desses objetos foi desgastado ou manchado.

Também disse que Bartolomeu sempre estava acompanhado por anjos “que impedem que se canse por mais que caminhe e que sinta fome ou sede”. Bartolomeu também sabia tudo o que ia acontecer, entendia todos os idiomas e naquele momento estava escutando o que estava sendo dito sobre ele.

Disse também que só encontrariam Bartolomeu se ele quisesse e lhes pediu que suplicassem a ele que não fosse a sua cidade. O demônio queria evitar ser inutilizado pelos anjos do apóstolo, como aconteceu com o outro. Os doentes foram em busca de Bartolomeu, mas não o encontraram.

Certo dia, um endemoniado repreendeu são Bartolomeu porque suas orações o atormentavam, mas o santo ordenou que se calasse e o expulsou do corpo daquela pessoa.

O rei da região ficou sabendo e pediu que o levassem a Bartolomeu. O apóstolo foi à corte e viu que a filha do rei estava acorrentada. Mandou que a soltassem dizendo que ele tinha amarrado bem o demônio que a afligia. Quando a libertaram, ela se curou.

Mais tarde, o santo presenciou o culto pagão no templo próximo ao palácio e o demônio daquele ídolo começou a dar gritos de tormento porque tinha sido atado. Bartolomeu ordenou ao maligno que fosse embora. Ele obedeceu e destruiu todos os ídolos do local.

O santo começou a rezar e todos os doentes presentes ficaram curados. Um anjo apareceu e mostrou ao povo o demônio que os tinha enganado. Era uma espécie de mostro escuro que tinha as mãos atadas nas costas com correntes de fogo.

O anjo disse ao diabo que o libertaria por ter obedecido ao apóstolo, mas que devia permanecer no deserto até o fim dos tempos. Finalmente, o espírito maligno foi embora dando gritos. O rei, sua família e todo o povo receberam o batismo.

*Abel Camasca é comunicador social. Foi produtor do telejornal EWTN Noticias por muitos anos e do programa “Más que Notícias” na Rádio Católica Mundial.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/55983/os-diabos-sentiam-medo-diante-de-sao-bartolomeu

Deus dorme na tenda!

Shutterstock

Valdemar De Vaux - publicado em 22/08/25

Para quem lê a Bíblia, dormir em uma tenda não é trivial: o habitat do povo hebreu em movimento também simboliza a presença de um Deus que, em Jesus, vem armar sua tenda no meio da humanidade.

"Um dia a tropa acampou...", diz a canção, que não especifica o que parece óbvio: os escoteiros dormiram naquele dia, apesar da chuva, na tenda. Uma prática comum do escotismo. O que pode parecer trivial, cochilar sob uma lona, hoje tão avançado, ainda assim tem um forte poder evocativo para o leitor da Bíblia. Aqui está um breve guia para não mais armar ou desmontar a barraca da mesma maneira. Se este habitat precário, a tenda, está tão presente nas Escrituras, é claro que é porque faz parte da cultura do povo hebreu e de seus vizinhos. Nestas terras quentes, a tenda oferece proteção contra o sol quando não se está em casa. De forma muito prosaica, Abraão está, portanto, "sentado à entrada da tenda [na] hora mais quente do dia" quando vê "três homens" parados perto dele e diante dos quais se prostra. Este episódio (cf. Gn 18), conhecida como "hospitalidade de Abraão" e retratada no famoso ícone de Rublev, foi lida pela tradição cristã como uma prefiguração: a Trindade vem visitar seu povo.

Deus entre seu povo

O mesmo se aplica à famosa "tenda da reunião" que protege a Arca da Aliança durante todo o Êxodo: Deus habita ali, Deus e o homem vivem lado a lado. Este santuário móvel, ordenado com muita precisão pelo Senhor (cf. Ex 26) acompanha o povo hebreu em seu caminho e o Criador, em sua delicadeza, aceita viver entre as criaturas que não abandona em suas peregrinações (cf. Ex 33). Esta morada de Deus torna-se então o Templo, apesar da relutância da primeira pessoa interessada (cf.2 de 7), "o Senhor, que anuncia que ele mesmo fará uma casa" para o seu povo. Este é, de fato, o risco: que a criatura imponha as mãos ao Criador, fixando-o em um lugar, que se esqueça de que nada vem dele, mas que ela recebe tudo. E a tenda tem a vantagem de ser leve e instável, forçando aquele que dorme sob sua proteção a abandonar sua pretensão de onipotência.

O mesmo ensinamento é dado no Novo Testamento na época da Transfiguração (cf. Mt 17, 1-13;Mc 9, 2-13;Lc 9, 28-36). Pedro, que percebe que é “bom estar aqui”, na presença do Ressuscitado prefigurado na sua brancura, gostaria de parar o tempo armando três tendas para Jesus, Moisés e Elias, o primeiro dos apóstolos ainda não compreendeu que o próprio Filho de Deus cumpre em seu corpo as profecias da Antiga Aliança. Como João diz em seu prólogo, se traduzirmos literalmente, "o Verbo se fez carne e armou sua tenda entre nós" (Jo 1,14). Este é o mistério da Encarnação, de Deus que vem definitiva e plenamente partilhar a condição cambaleante, como a lona, de todos os homens.

Onde queremos armar nossa barraca para sempre?

Além disso, Cristo, por meio da Ressurreição, armou uma tenda perto do Pai, no Céu, para todos aqueles que o seguiriam. Como morada, a tenda de Deus nada mais é do que o próprio Paraíso. Assim, o movimento escoteiro fala de grande acampamento em falas de espiritualidade sobre a morte. Mas "quem ficará em sua tenda", pergunta o salmista? Aquele que se comporta perfeitamente, que age com justiça e fala a verdade segundo o seu coração" (Sl 14, 1-2). Mas onde queremos armar para sempre a tenda da nossa existência?

Fonte: https://pt.aleteia.org/2025/08/22/deus-dorme-na-tenda/

Reflexão para o XXI Domingo do Tempo Comum (C)

Evangelho do domingo (Vatican News) 

Muitas vezes lutar pela justiça, desinstalar-se pode levar o cristão à porta estreita, mas será exatamente essa atitude que irá abrir as portas do coração, e isso poderá fazer sofrer, poderá fazer doer!

Vatican News

No Evangelho, Jesus anuncia o Reino do Céu a todos os seres humanos.

Ele o anuncia através de sua caminhada para Jerusalém, caminhada não apenas no sentido geográfico, mas principalmente no sentido teológico. Para nós é a caminhada para a salvação.

Por isso ela começa com a pergunta sobre se são muitos ou são poucos os que se salvam.

Jesus não a responde, mas fala que a salvação depende do compromisso radical com o projeto do Pai, a prática da justiça.

Muitos pensam em entrar no Reino apenas pertencendo à Igreja pelo batismo, fazendo parte de alguma associação, tendo títulos religiosos honoríficos, mas tudo isso para Jesus diz pouco ou nada.

É necessário não praticar injustiças, não ser conivente com elas, não ser omisso, mas comprometer-se, radicalmente, com a prática da justiça e sentir-se pequeno, não contando com suas obras, suas práticas religiosas, mas contando apenas com a misericórdia divina.

Na segunda leitura, o autor da Carta ao Hebreus nos incentiva à perseverança por causa das lutas travadas para serem todos fiéis ao projeto de Deus. O grande incentivo e modelo de perseverança é Cristo Crucificado. Mais ainda, seu autor diz que o sofrimento ajuda os cristãos a alcançar a maturidade da fé.

Se Deus permite que soframos, é porque não somos estranhos a Ele, mas filhos queridos. Ele deseja nossa perfeição. Não é Ele que nos envia sofrimentos. Doenças e aflições não procedem de Deus, mas das circunstâncias da vida e, às vezes, da maldade dos homens.

Não existe um número de eleitos, de chamados à salvação. O que existe é um apelo permanente à conversão. Para o cristão, o sofrimento não deverá deprimir, mas fazer crescer em nós frutos de paz e de justiça.

Estamos dispostos a entrar pela porta estreita da desinstalação e do compromisso com os marginalizados? Abrimos a porta de nosso coração para que também ela deixe de ser estreita e se torne ampla?

Muitas vezes lutar pela justiça, desinstalar-se pode levar o cristão à porta estreita, mas será exatamente essa atitude que irá abrir as portas do coração, e isso poderá fazer sofrer, poderá fazer doer!

Desinstalar-se, lutar pelo direito e pela justiça faz sofrer porque nos coloca em luta contra o egoísmo de outros e também nossos, lutar nos tira do comodismo, nos desinstala.

Caminhar par Jerusalém supõem maturidade, supõem sair-se de si e estar voltado para o Outro.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sábado, 23 de agosto de 2025

Encontro dos bispos da Amazônia é concluído, em Bogotá

Fotos: CEAMA e ADN Celam

ENCONTRO DOS BISPOS DA AMAZÔNIA É CONCLUÍDO, EM BOGOTÁ, COM CHAMADO A CUIDAR DOS POVOS E DO BIOMA

21/08/2025

Um encontro histórico reuniu mais de 90 bispos de 76 circunscrições eclesiásticas da Pan-Amazônia, entre os dias 17 e 20 de agosto, em Bogotá, na Colômbia. O evento foi voltado para a reflexão sobre os desafios pastorais, sociais e ambientais da região. Do Brasil, participaram 47 prelados, os quais estão à frente de arquidioceses, dioceses e prelazias nos regionais Norte 1, 2 e 3, Noroeste, Nordeste 5 e Oeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Realizado na sede do Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (Celam), o encontro reuniu ainda representantes da Conferência Eclesial da Amazônia (Ceama), entre líderes indígenas, religiosos e religiosas, e cristãos leigos. Os debates apontaram como eixos centrais da ação da Igreja na Amazônia a sinodalidade, a defesa dos povos originários, o cuidado do bioma e o compromisso da Igreja em acompanhar a vida no território considerado decisivo para o planeta.

Ao final do encontro, foi apresentado o documento “Ceama, sinal de esperança – cinco anos após os Sínodo para a Amazônia”. No material, os bispos da região reafirmam ressaltam a conferência eclesial como “espaço privilegiado de comunhão, discernimento e missão”:

Nos comprometemos a fazê-la crescer, fortalecer-se e consolidar-se para que seja oportunidade de serviço e renovação para cada comunidade cristã da região, e sinal de esperança para toda a Igreja. Desejamos desenvolver programas de formação para seminaristas e o clero, a vida religiosa e agentes de pastoral.

Renovação do compromisso

O cardeal Pedro Barreto, arcebispo emérito de Huancayo, no Peru, e presidente da Ceama, afirmou que o encontro “renovou o compromisso de anunciar o Evangelho em diálogo com as culturas originárias, ao tempo que enfrenta os efeitos das mudanças climáticas e o desmatamento”.

Fotos: CEAMA e ADN Celam

Ouvir o bioma e os povos

A líder indígena Patrícia Gualinga Montalvo, vice-presidente da Ceama, destacou que esta assembleia foi uma experiência de sinodalidade, onde os bispos puderam ouvir a voz do bioma amazônico e de seus povos. Ela mencionou que as ameaças diárias aos territórios ancestrais — como o desmatamento, a criminalização e as violações dos direitos humanos — continuam afetando de forma permanente não apenas as comunidades, mas toda a humanidade.

Ela também alertou que a Amazônia se encontra atualmente em um ponto de não retorno devido à crise climática provocada pelo próprio ser humano, o que exige respostas urgentes da Igreja e da sociedade. Para ela, o encontro permitiu descobrir realidades comuns e, ao mesmo tempo, a grande diversidade do bioma, motivando a caminhar juntos na defesa da vida e na evangelização inculturada.

Amazônia, um dom de Deus

O encontro teve a participação do prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, cardeal Michael Czerny. Ele parabenizou a Ceama  pela iniciativa do encontro e recordou que a Igreja já articula há mais de dez anos uma resposta comum aos desafios amazônicos, começando com seus povos e estendendo-se à defesa da natureza.

Ele também observou que os dias de encontro serviram como um momento de amadurecimento para a Conferência Eclesial, que se consolida como um organismo a serviço do povo de Deus na Amazônia. Czerny manifestou seu desejo de que os frutos se tornem visíveis na vida das comunidades e que os meios de comunicação possam multiplicar esse desejo e reconhecer como a Igreja continua acompanhando o grande dom de Deus que é este bioma.

Fotos: CEAMA e ADN Celam

A sinodalidade como sinal de esperança

Dom Zenildo Lima da Silva | Foto: Celam

Bispo brasileiro na presidência da Ceama, dom Zenildo Lima da Silva é bispo auxiliar da arquidiocese de Manaus (AM) e vice-presidente do organismo regional. Para ele, o encontro foi um grande sinal de esperança em meio a um contexto marcado pela violência e pela exploração do território. Ele ressaltou que a Igreja percorreu um caminho de novas relações de cuidado e proximidade, onde a sinodalidade é vivida de forma concreta nas dioceses, prelazias e vicariatos.

Além disso, destacou que os bispos trouxeram consigo os testemunhos de suas igrejas locais, confirmando que o Sínodo para a Amazônia de 2019 continua sendo uma realidade viva. Ele afirmou que, apesar dos grandes desafios, a experiência do encontro trouxe a convicção de que a Igreja amazônica é forte e capaz de oferecer sinais de novidade, consolo e alegria para seus povos.

Outras partilhas dos bispos do Brasil

Foi um momento de sinodalidade onde reafirmamos o valor de dar continuidade ao Sínodo para a Amazônia. Os ritos da Amazônia ganharam destaque, e ficou claro como, enquanto Igreja, podemos realizar muito mais estando juntos. Este é o nosso compromisso, e contamos com a participação de toda a Igreja para que isso se concretize”.

Dom Paulo Andreolli, bispo auxiliar de Belém (PA)

A Igreja atua na Amazônia em meio a um contexto maravilhoso de vida, povos, culturas e nações, mas também enfrenta problemas como a devastação florestal, a questão mineral, a pobreza e desafios pastorais, como a carência de sacerdotes, a questão vocacional, o protagonismo dos leigos e a importância da presença da mulher na catequese. Todos esses assuntos e desafios foram abordados aqui, tanto na plenária quanto nos grupos. Saímos daqui felizes, sabendo que a Igreja Católica na Amazônia é significativa e quer cada vez mais abraçar o compromisso de Jesus ‘Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância’. Que possamos crescer na sinodalidade, na comunhão e na ação conjunta em todas as nossas igrejas, lutando pela promoção do Reino de Deus nesta nossa querida Amazônia”.

Dom Antônio de Assis Ribeiro
Bispo de Macapá (AP)
Secretário do Regional Norte 2 da CNBB

Fotos: CEAMA e ADN Celam

Esse encontro é muito importante. A Ceama recolhe a vida das Igrejas Particulares que estão na Pan-Amazônia. Reunir os bispos é reunir as dioceses. A reflexão dos bispos quer ajudar a Ceama a ser profundamente encarnada na realidade amazônica e estar a serviço das Igrejas Particulares, de todas as nossas comunidades católicas que estão na Pan-Amazônia. É muito importante porque visa também [refletir] como podemos, entre nós dioceses, nos ajudar a, cada vez mais, sermos uma Igreja sinodal, encarnada e libertadora.

Cardeal Leonardo Steiner
Arcebispo de Manaus
Presidente do Regional Norte 1

Fotos: CEAMA e ADN Celam

Um encontro fraterno, acolhedor e muito enriquecedor por causa das experiências que são vivenciadas nos diversos países. Além disso, estamos vendo quais são os avanços que as nossas Igrejas Particulares estão conquistando, e ao mesmo tempo os desafios, as dificuldades, as resistências a essa inculturação, a esse novo jeito de ser Igreja e, sobretudo, a essa espiritualidade dessa Igreja em Saída.

Dom Gilberto Pastana Oliveira
Arcebispo de São Luís (MA)
Presidente do Regional Nordeste 5

Luiz Lopes Jr - com informações da ADN Celam, CNBB Norte 2, CNBB Nordeste 5 e arquidiocese de Manaus

Fotos: CEAMA e ADN Celam

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

FILOSOFIA: A verdade é que se funcionar

Um homem caminha pelos escombros de Freiburg, que foi destruída pelos bombardeios | 30Giorni.

Arquivo 30Dias nº  06 - 2005

A verdade é que se funcionar

A primeira edição dos Escritos Filosóficos de Paul Ludwig Landsberg, um pensador alemão que morreu no campo de concentração de Oranienburg-Sachsenhausen em 1944.

por Massimo Borghesi

A obra de Paul Ludwig Landsberg, pouco conhecida na Itália, finalmente recebe o devido reconhecimento graças à edição de Marco Bucarelli de seus Escritos Filosóficos (com prefácio de Giulio Andreotti) na excelente série "Clássicos do Pensamento", publicada pela San Paolo. Esta é, como o autor observa, a primeira edição no mundo, e o presente volume abrange o período de 1933 a 1944, os "anos de exílio" durante os quais Landsberg, de origem judaica, deixou a Alemanha nazista para se estabelecer na Espanha e na França. Um segundo volume virá em seguida, contendo os escritos do período alemão, publicados entre 1922 e 1933. Estes incluem a importante correspondência entre Landsberg e Max Horkheimer, os escritos sobre Santo Agostinho publicados entre 1934 e 1944, e a obra fundamental " Einführung in die philosophische Anthropologie" , de 1934. Ainda falta, apesar da pesquisa de Bucarelli, a qualificação para o magistério universitário, Augustinus. Studien zur Geschichte seiner Philosophie (Bonn 1928), o Diário , Augustin le philosophe, uma obra inacabada do período clandestino (1940-1943) que, entregue a Pierre Klossowski em três manuscritos, viu a tradução e publicação de dois deles, mas não do terceiro. Com louvável paciência, Bucarelli conseguiu, no entanto, neste primeiro volume dos Scritti, reunir uma quantidade notável de material disperso: dos ensaios sobre Nietzsche, Scheler, De Unamuno publicados em revistas espanholas; aos publicados em francês, em Esprit em particular; aos que aparecem em Die Zukunft, a revista dos exilados alemães na França, traduzida por Fabio Olivetti. A estes se acrescenta o Essai sur l'expérience de la mort, já publicado na Itália. Uma obra completa, portanto, a de Bucarelli, na coleta, tradução e ampla apresentação da vida e obra de Landsberg (pp. 19-189), capaz de preencher uma lacuna e, finalmente, nos permitir compreender aquele que Paul Ricoeur considerava ser «o único verdadeiro filósofo do personalismo».

Quem é Paul Ludwig Landsberg? Eminentemente um pensador existencialista . Jean Lacroix, que o conhecia bem, lembra como "ele habitava seu próprio pensamento. Não tinha amor pelo existencialismo, mas queria captar o elemento existencial presente em toda doutrina, tanto em Santo Agostinho quanto em Pascal, em Montaigne como em Maquiavel, em Goethe como em Lutero, em Nietzsche como em Malebranche, e até mesmo em São Tomás. Para ele, a filosofia não consistia primariamente em um sistema, mas em uma espécie de duplicação da vida na existência. Em oposição à estrutura, ele restabelecia o acontecimento como fonte original da reflexão."

Landsberg nasceu em Bonn em 3 de dezembro de 1901, o segundo filho de uma família judia. Seu pai, Ernst, era professor titular de Direito Romano e Direito Penal na Universidade de Bonn. Sua mãe, Anna Silverberg, era uma mulher refinada, participando das animadas discussões que aconteciam na espaçosa casa na Humboldtstrasse, onde Thomas Mann, Wilhelm Worringer, Ernst Robert Curtius, Max Scheler e Romano Guardini participavam. Após o ensino médio, o jovem Ludwig voltou-se para os estudos filosóficos, seguindo Husserl e Heidegger em Freiburg e, de 1921 a 1922, Scheler em Colônia. Foi Scheler quem o apresentou à Abadia Beneditina de Maria Laach. Landsberg, de fato, embora nascido judeu, foi batizado pelos pais. Seu interesse pelo cristianismo era forte e intenso desde a adolescência. "Ou Cristo era filho de Deus ou era uma fraude! A maior das fraudes!" Não há outra verdade como a do grande homem ." Nestas palavras, ditas a um amigo, ressoa uma paixão, um idealismo que se confirma também nos gestos de uma alma generosa. Em 1922, aos dezenove anos, publicou, incentivado por Guardini, Die Welt des Mittelalters und wir (O Mundo da Idade Média e Nós). A obra, apesar das reservas de Scheler de que era demasiado romântica, alcançou um sucesso considerável. O fascínio pela Idade Média, disseminado no clima cultural da década de 1920, não impediu Landsberg de afirmar que "nenhum 'retorno à Idade Média' nos pode beneficiar". […] Somente a redescoberta do eterno no mundo, mesmo no mundo da história, mesmo na Idade Média histórica, pode nos beneficiar." Em Colônia, em 1923, Landsberg doutorou-se com a tese " Wesen und Bedeutung der Platonischen Akademie" (A Essência e o Significado da Academia Platônica), publicada no mesmo ano na série "Schriften zur Philosophie und Soziologie", editada por Max Scheler. Em 1923, o ensaio "Kirche und Heidentum " (Igreja e Paganismo) foi publicado na revista Hochland. Nesse ensaio, diante das legítimas exigências da vida mortificadas pelo cristianismo protestante, ele conclamou a Igreja a se tornar a "herdeira da heresia", daquilo que Chesterton chamaria de "verdades insanas" presentes na cultura não cristã. Esses escritos, que documentam o compromisso de Landsberg com a cultura católica alemã da época, foram seguidos por anos de Silêncio, anos de "crise" marcados por forte ceticismo. Retomou seus estudos em 1928 com a licenciatura em filosofia, dedicada a "Augustinus. Estudos sobre a História de Sua Filosofia". De 1928 a 1933, foi professor particular na Universidade de Bonn. Nesse período, escreveu sua obra seminal, "Einführung" in die philosophische Anthropologie., publicado em 1934. Em 1º de março de 1933, Landsberg, compreendendo lucidamente a nova direção alemã com a ascensão de Hitler ao poder, deixou a Alemanha. Depois de se casar com Magdalena Hoffman na Suíça, foi para Paris, onde entrou em contato com o ramo do “Institut für Sozialforschung” fundado por Max Horkheimer, dirigido por Raymond Aron. Lá conheceu Walter Benjamin e conheceu Klossowski, Bataille, Mounier e Maritain. De 1934 a 1936 lecionou nas Universidades de Barcelona e Santander, na Espanha. Escreveu a Experencia de la muerte, posteriormente ampliada, na versão francesa, com o título Essai sur l'expérience de la mort, seu texto mais conhecido e mais traduzido. Começou a colaborar com a revista Esprit, dirigida por Emmanuel Mounier, da qual se tornou «uma das pedras angulares». Aqui, em 1938, ele publicou Introduction à una critique du mythe , um texto-chave no qual o autor se posiciona contra o "mitologismo, a doença da época", cujo porta-estandarte era o nazista Alfred Rosenberg, autor de O Mito do Século XX . Landsberg, como escreveu a Mounier, pretendia "analisar a ideia moderna de mito e verdade, opondo-a à imagem da verdade como presença, como uma presença que realmente atua. A verdade é se ela opera ". Em oposição à redução mítica da verdade, prevalente na cultura europeia após Nietzsche, o critério da verdade é colocado na adaequatio intellectus et rei. A adaequatio não é um mero espelhamento, mas a "descoberta de uma correspondência" entre o sujeito e o objeto. A verdade provoca "uma transformação desse mesmo espírito por e segundo a essência do objeto do conhecimento. Todo conhecimento é uma transformação [...]. É sempre um evento em que, no espírito, algo passa da potência ao ato por meio da participação no objeto".

Paul Ludwig Landsberg, Escritos Filosóficos, San Paolo, Cinisello Balsamo (Milão) 2004, 810 pp. | 30Giorni

Em 1939, Landsberg e sua esposa obtiveram a cidadania francesa. Isso não os impediu de serem internados, como todos os cidadãos de origem alemã, em vários campos de concentração em maio de 1940. Landsberg escapou com um nome falso, conseguindo se juntar à esposa em um sanatório. Segundo o depoimento de Magdalena, foi no final de 1941 que seu marido expressou o desejo de também se tornar formalmente católico e, portanto, celebrar o sacramento do matrimônio. "Para mim", escreveu ele, "o cristianismo não é um fardo, mas a mais poderosa esperança e apoio." No verão de 1942, ele escreveu "Le problème moral du suicide" (O problema moral do suicídio). É o ensaio em que Landsberg se reconcilia consigo mesmo. A tentação de cometer suicídio de fato o acompanhou ao longo de seus últimos anos. Em 4 de maio de 1938, sua mãe, negada a permissão para deixar o país para se juntar ao filho, suicidou-se. Em seus escritos sobre suicídio, Landsberg já havia se decidido. "Impressionado pelo fato de que, entre todas as morais existentes, a moral cristã é a única que se opõe absolutamente ao suicídio, sem fazer exceções ", ele aceita "não poder dispor da própria vida". Ele aceita, porém, não por causa dos argumentos teórico-morais geralmente defendidos pela tradição cristã, de Agostinho a Tomás, e criticamente discutidos na obra. Ele aceita apenas diante do exemplo de Jesus Cristo. Diante desse exemplo, a grandeza do estoico e do herói antigo, para quem a negação da vida é a suprema afirmação da liberdade, declina para algo inferior. Resta-nos apenas o exemplo de Cristo e de todos aqueles, entre os homens, que souberam segui-lo [...]. Ao homem que sofre e é tentado ao suicídio, só podemos dizer: lembra-te do que Jesus e os mártires sofreram. Carrega a cruz, como eles fizeram. Não deixarás de sofrer, mas a cruz do sofrimento tornar-se-á doce para ti graças a uma força desconhecida que provém do centro do amor divino. Numa época em que "muitas vezes se tornou horrivelmente medíocre, o cristianismo é simultaneamente ameaçado por um novo paganismo, fanático e, por vezes, à sua maneira, heroico. O cristianismo desaparecerá ou redescobrirá a sua virtude original. Não creio", escreve Landsberg, "que possa desaparecer, mas deve certamente renovar-se, tornando-se consciente da sua verdade". Portanto, não é supérfluo mostrar hoje, insistindo num problema específico, que a moral cristã não é qualquer moral universal, natural ou racional, talvez com mais algumas intuições, mas é a manifestação na vida de uma revelação paradoxal. […] Hoje devemos tomar consciência explícita de algumas coisas que eram óbvias numa época ainda próxima do “espetáculo” dos mártires.”

Ele próprio se tornaria ator desse "espetáculo". Em 23 de fevereiro de 1943, quando já havia decidido deixar a França com a esposa, Landsberg foi capturado pela Gestapo em Pau como um alsaciano suspeito de resistir aos nazistas (sua verdadeira identidade nunca foi descoberta). Após várias transferências, foi internado, no outono, no campo de concentração de Oranienburg-Sachsenhausen, perto de Berlim. Lá, morreu de tuberculose e fome. "Um dia, levaram-no para a enfermaria num estado de emagrecimento e fraqueza assustadores. Ninguém mais o viu. Ao se despedir dos seus últimos companheiros, testemunhas recordam, voltou-se para eles em silêncio — já não tinha forças para falar — e fez o sinal da cruz sobre os restantes." Era 2 de abril de 1944.

Fonte: https://www.30giorni.it/

A devoção da Coroa Angélica de São Miguel Arcanjo

Zvonimir Atletic | Shutterstock

Reportagem local - publicado em 20/04/18

Como rezar as saudações a São Miguel, pedidas pelo próprio Arcanjo em uma aparição.

A devoção da Coroa Angélica de São Miguel foi ensinada pelo próprio Arcanjo durante uma aparição a Antônia de Astônaco, em Portugal, e passada em seguida para muitos outros países. Aprovada por bispos, foi confirmada pelo Papa Pio IX, que a enriqueceu de indulgências, em 8 de agosto de 1851.

Como rezar:

DEUS, vinde em nosso auxílio.
SENHOR, socorrei-nos e salvai-nos.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo,
como era no princípio, agora e sempre.
Amém.

Primeira Saudação
Pela intercessão de SÃO MIGUEL e do coro celeste dos SERAFINS, fazei-nos, SENHOR, dignos do fogo da perfeita Caridade.
Um Pai-Nosso; três Ave-Marias.

Segunda Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste dos QUERUBINS, pedimos SENHOR a graça de trilharmos a estrada da perfeição cristã.
Um Pai-Nosso; três Ave-Marias.

Terceira Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste dos TRONOS, pedimos SENHOR que nos deis o espírito da verdadeira humildade.
Um Pai-Nosso; três Ave-Marias.

Quarta Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste das DOMINAÇÕES, pedimos ao SENHOR nos conceda a graça de dominar nossos sentidos, e de nos corrigir das nossas más paixões.
Um Pai-Nosso; três Ave-Marias.

Quinta Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste das POTESTADES, pedimos ao SENHOR se digne de proteger nossas almas contra as ciladas e as tentações de satanás e dos demónios.
Um Pai-Nosso; três Ave-Marias.

Sexta Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste das VIRTUDES, pedimos ao SENHOR a graça de sermos, vencedores no perigoso combate das tentações.
Um Pai-Nosso; três Ave-Marias.

Sétima Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste dos PRINCIPADOS, pedimos ao SENHOR que nos dê o espírito de uma verdadeira e sincera obediência a Ele.
Um Pai-Nosso; três Ave-Marias.

Oitava Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste de todos os ARCANJOS, pedimos ao SENHOR nos conceder o dom da perseverança na Fé e nas boas obras, a fim de que possamos chegar a possuir a glória do Paraíso.
Um Pai-Nosso; três Ave-Marias.

Nona Saudação
Pela intercessão de São Miguel e do coro celeste de todos os ANJOS, pedimos ao SENHOR que estes espíritos bem-aventurados nos guardem sempre, e principalmente na hora da nossa morte e nos conduzam à glória do Paraíso.
Um Pai-Nosso; três Ave-Marias.

Um Pai-Nosso em honra de São Miguel Arcanjo;
Um Pai-Nosso em honra de São Gabriel;
Um Pai-Nosso em honra de São Rafael;
Um Pai-Nosso em honra do nosso Anjo da Guarda.

Antífona:
Glorioso São Miguel, chefe e príncipe dos exércitos celestes, fiel guardião das almas, vencedor dos espíritos rebeldes, amado da casa de DEUS, nosso admirável guia depois de Cristo; vós, cuja excelência e virtudes são eminentíssimas, dignai-vos livrar-nos de todos os males, a nós todos que recorremos a vós com confiança, e fazei, pela vossa incomparável proteção, que adiantemos, cada dia mais, na fidelidade em servir a DEUS. Amém.

Rogai por nós, ó bem-aventurado São Miguel, príncipe da Igreja de CRISTO,
para que sejamos dignos das Suas promessas.

Oração:
DEUS, Todo-Poderoso e Eterno, que, por um prodígio de bondade e misericórdia para a salvação dos homens, escolhestes para príncipe de Vossa Igreja o gloriosíssimo Arcanjo São Miguel, tornai-nos dignos, nós Vo-lo pedimos, de sermos preservados de todos os nossos inimigos, a fim de que, na hora da nossa morte, nenhum deles nos possa inquietar, mas que nos seja dado ser introduzidos por ele na presença da Vossa poderosa e Augusta Majestade, pelos merecimentos de JESUS CRISTO, nosso Senhor. Amém.

Fonte: https://pt.aleteia.org/2018/04/20/a-devocao-da-coroa-angelica-de-sao-miguel-arcanjo/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF