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sexta-feira, 28 de maio de 2021

“Bebês para o Céu”: Igreja sepulta bebês abortados e abandonados

Guadium Press
Uma iniciativa de caridade cristã que nasceu há 3 anos quando corpos de bebês, abortados ou afogados, foram encontrados jogados em um parque, em Quito, no Equador.

Redação (27/05/2021, 15:50, Gaudium Press) A arquidiocese de Quito, no Equador, junto com o Serviço Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, realizou um funeral para 25 bebês que foram abortados ou morreram após serem abandonados.

A cerimônia aconteceu no dia 21 de maio e começou com a celebração de uma Santa Missa presidida pelo bispo auxiliar de Quito, Dom Danilo Echeverría que disse em sua homilia que colocariam estes pequeninos que “morreram de forma violenta nas mãos misericordiosas de Deus”.

O “dom mais valioso” recebido de Deus, é cada vez mais desvalorizado

Dom Danilo afirmou que uma das dolorosas realidades do mundo de hoje é que “só se valorizam as coisas que são caras, que têm um grande preço econômico” e o que é de graça “fica em segundo plano”

O Prelado destacou que esta tendência é algo muito sério pois é Deus que dá a vida que é o “dom mais valioso que temos” e vem cada vez mais sendo desvalorizada.

O Bispo frisou em suas palavras que agora se fala também em “direito de matar alguém”. Matar não só aos bebés no ventre materno, mas a todas as pessoas que “supostamente constituem um estorvo à sociedade”.

A vida de um ser inocente não é mais considerada sagrada

“A vida, lamentou Dom Danilo, principalmente a vida de um ser inocente, indefeso, tornou-se algo negociável, não é mais considerada sagrada”.

Então, ele pediu a Deus que, neste confronto com a realidade atual, “recuperemos aquele sentido inviolável da vida humana, ainda mais se for uma vida humana inocente e indefesa”.

“Aquela vida humana que não tem voz para reclamar, que não tem presença a ser notada e que exige pessoas com grande coração, com profundo sentido de dignidade, que façam valer os seus direitos, que façam valer o dom extraordinário que receberam tendo sido chamado à existência “.

Dom Echeverría pediu a Deus que movesse o coração dos cidadãos para compreender que “a vida humana é sagrada, que nenhuma pessoa pode ser violada”, especialmente se for um ser inocente.

Da mesma forma, pediu à Virgem Maria e a São José que ajudassem a cuidar da vida inocente, pois “souberam cuidar da vida de seu filho quando viram que ele estava sendo perseguido por Herodes”, e comover os fiéis a enfrentar dificuldades, como o fizeram, “para defender a vida, desde que a vida seja reconhecida pelo que é, um bem inviolável, um bem sagrado, um bem intangível”.

Projeto “Bebês para o Céu”

Em declarações ao ACI Prensa, a coordenadora do Projeto “Bebês para o Céu”, Amparo Medina, informou que esta iniciativa nasceu há 3 anos quando bebês recém-nascidos afogados foram encontrados em um parque, em Quito.

A coordenadora informou que quando procurou as autoridades do Instituto de Criminologia para pedir os restos mortais dos bebês, foi informada de que havia “mais de 90 restos” congelados e pediram ajuda para enterrar esses bebês.

Em coordenação com o então Arcebispo de Quito, Dom Fausto Trávez, e o Responsável e coordenador dos projetos de Pastoral da Família, Dom Echeverría, fizeram um acordo interinstitucional entre a criminalística, o Ministério Público, a Arquidiocese de Quito e os Camposanto Santa Rosa.

Amparo Medina informou que embora não se saiba se todas as crianças sepultadas pelo projeto são vítimas de aborto, sabe-se que todos os recém-nascidos encontrados são “bebês abandonados vivos e que morreram no abandono”.

Esses pequeninos não são coisas, merecem um enterro cristão

Medina disse que o Projeto “Bebês para o Céu” procura destacar a importância de dar a esses bebês um enterro cristão ”e quer mostrar que esses pequeninos não são coisas, não são objetos”, são crianças que merecem “amor e respeito, como qualquer outra pessoa ”.

As pessoas têm que perceber que “quando um bebê perde a vida no ventre da mãe, ainda é uma criança, ainda é um bebê, ainda é uma pessoa e merece o mesmo tratamento digno que qualquer outro ser humano”, acrescentou.  (JSG)

28 de maio: Bento XVI completa 44 anos como bispo

Bento XVI / Crédito: Encontro Mundial das Famílias 2012
(ACI Prensa)

REDAÇÃO CENTRAL, 28 mai. 21 / 05:00 am (ACI).- Em 28 de maio de 1977, o então pe. Joseph Ratzinger foi ordenado bispo na Catedral de Munique (Alemanha) e hoje completa 44 anos deste momento especial na vida do papa emérito Bento XVI.

Entre os principais consagrantes do novo prelado estavam o bispo de Wuzburg, dom Josef Stangl, o bispo de Regensburg, dom Rudolf Graber, e o bispo auxiliar de Munique, dom Ernst Tewes.

Naquele então, depois de 80 anos, a cátedra episcopal foi confiada novamente a um sacerdote da grande diocese bávara. No consistório do dia 27 de junho do mesmo ano, o futuro papa Bento XVI foi criado cardeal por Paulo VI.

Joseph Ratzinger nasceu em Marktl am Inn, na diocese de Passau (Alemanha), em 16 de abril de 1927.

Entre as importantes missões que desempenhou a serviço da Igreja, destaca-se que, em 1962, participou do Concílio Vaticano II como consultor teológico do então arcebispo de Colônia (Alemanha), cardeal Joseph Frings.

Além disso, serviu durante muitos anos como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, pPresidente da Pontifícia Comissão Bíblica e da Pontifícia Comissão Teológica Internacional, assim como decano do Colégio Cardinalício.

Em 11 de fevereiro de 2013, anunciou sua renúncia ao pontificado, que entrou em vigor no dia 28 do mesmo mês. Atualmente, Joseph Ratzinger vive no mosteiro Mater Ecclesiae no Vaticano, onde se dedica à leitura e à oração.

O sumopPontífice emérito apareceu várias vezes em público desde a sua renúncia em 2013.

Entre outros eventos, participou de dois consistórios para a criação de cardeais: em fevereiro 2014 e 2015. Além disso, concelebrou a Missa de canonização de São João XXIII e São João Paulo II em abril do mesmo ano e a beatificação do papa Paulo VI em 19 de outubro de 2015.

Em fevereiro de 2019, Bento XVI enviou uma carta ao editor do jornal italiano “Il Corriere della Sera”, na qual manifestou: “Eu me comovi que tantos leitores de seu jornal desejam saber como estou transcorrendo este último período de minha vida. A esse respeito, posso dizer que, no lento declínio das forças físicas, interiormente estou em peregrinação para Casa”.

ACI Digital

EUA: após novo tiroteio, bispos voltam a defender regulamentação de armas

Esposa de Paul Delacruz | San José - Califórnia |
REUTERS | Brittany Hosea-Small

“Este tiroteio nos recorda mais uma vez que há algo de fundamentalmente errado em nossa sociedade e cultura que deve ser enfrentado com coragem, para que os lugares comuns da vida cotidiana não se tornem mais palco de violência e desprezo pela vida humana”, diz o presidente do Comitê Episcopal para Justiça Interna e Desenvolvimento Humano, Dom Paul S. Coakley.

Vatican News

Regulamentação "racional e efetiva" de armas de fogo e monitoramento das situações de maior risco. É o que pede a Conferência Episcopal dos Estados Unidos (USCCB), após mais um tiroteio no país, ocorrido na quarta-feira, 26, no pátio de manutenção ferroviária da Autoridade de Transporte do Vale de Santa Clara, em San José, Califórnia. Nove mortos, além de inúmeros feridos, vítimas dos tiros disparados por um funcionário de uma empresa de transportes local, que abriu fogo contra os colegas após se apresentar armado para uma reunião sindical, suicidando-se em seguida. 

“Este tiroteio nos recorda mais uma vez que há algo de fundamentalmente errado em nossa sociedade e cultura que deve ser enfrentado com coragem, para que os lugares comuns da vida cotidiana não se tornem mais palco de violência e desprezo pela vida humana”, diz em uma declaração do presidente do Comitê Episcopal para Justiça Interna e Desenvolvimento Humano, Dom Paul S. Coakley. “Como americanos, precisamos entender por que esses episódios horríveis de violência continuam a acontecer em nossas comunidades e, então, agir sem demora para erradicar as causas de tais crimes”.

Recordando como há anos a Conferência Episcopal pressiona por uma regulamentação da venda e do uso de armas de fogo, os bispos pedem também uma maior presença dos serviços sociais e de saúde mental para identificar as situações onde o risco de degeneração de conflitos é maior, e assim evitar novas tragédias: “É necessário agir para tentar reduzir a frequência desses atos abomináveis ​​por meio de legislação e formação”, escreve Dom Coakley.

A nota se conclui com um convite aos católicos de todo o país para rezar pelos mortos e feridos e pela cura da comunidade. “Que o Espírito Santo, cuja sabedoria e orientação celebramos no último domingo de Pentecostes, possa nos trazer consolo e força neste tempo de grandes perdas”.

O presidente Joe Biden também se pronunciou sobre o massacre de San José, determinando bandeira a meio mastro na Casa Branca: "Cada vida tirada por uma bala, traspassa a alma de nossa nação. Podemos e devemos fazer mais", disse Biden em um comunicado.

Vatican News Service - LZ

São Germano de Paris

S. Germano de Paris | Instituto Hesed
28 de maio

Nascer e prosseguir vivendo não foram tarefas fáceis para Germano. Ele veio ao mundo na cidade de Autun, França, no ano 496. Diz a tradição que sua mãe não o desejava, por isso tentou abortá-lo, mas não conseguiu. Quando o menino atingiu a infância, ela atentou novamente contra a vida dele, tentando envenená-lo, mas também foi em vão.

Acredita-se que ele pertencia a uma família burguesa e rica, pois, depois disso, foi criado por um primo, bem mais velho, ermitão, chamado Escapilão, que o fez prosseguir os estudos em Avalon. Germano, com certeza, viveu como ermitão durante quinze anos, ao lado desse parente, em Lazy, aprendendo a doutrina de Cristo.

Decorrido esse tempo, em 531 ele foi chamado pelo bispo de Autun para trabalhar ao seu lado, sendo ordenado diácono, e três anos depois, sacerdote. Quando o bispo morreu, seu sucessor entregou a direção do mosteiro de São Sinforiano a Germano, que pela decadência ali reinante o supervisionava com certa dificuldade. Acabou deixando o posto por intrigas e pela austeridade que desejava impor às regras da comunidade.

Foi, então, para Paris, onde, pelos seus dons, principalmente o do conselho, ganhou a estima do rei Childeberto, que apreciava a sua sensatez. Em 536, o rei o convidou a ocupar o bispado de Paris, e Germano aceitou, exercendo grande influência na corte merovíngia. Nessa época, o rei Childeberto ficou gravemente enfermo, sendo curado com as orações do bispo Germano. Como agradecimento, mandou construir uma grande igreja e, bem próximo, um grande convento, que mais tarde se tornou o famoso Seminário de Paris, centro avançado de estudo eclesiástico e de vida monástica.

Germano participou, ainda, de alguns importantes acontecimentos da Igreja da França: do concilio de Tours, em 567, e dos concílios de Paris, inclusive o de 573, e a consagração do bispo Félix de Bourges em 570.

Entrementes não eram apenas os nobres que o respeitavam, ele era amado pelo povo pobre da diocese. Germano era pródigo em caridade e esmolas, dedicando ao seu rebanho um amor incondicional. Freqüentemente, era visto apenas com sua túnica, pois o restante das roupas vestira um pobre; ficava feliz por sentir frio, mas tendo a certeza de que o pobre estava aquecido. Quando nada mais lhe restava, permanecia sentado, triste e inquieto, com fisionomia mais grave e conversação mais severa.

Assim viveu o bispo Germano de Paris, até morrer no dia 28 de maio de 576. Logo os milagres e graças começaram a acontecer e o seu culto foi autorizado pela Igreja, mantendo a data de sua morte para a celebração. Suas relíquias se encontram na majestosa igreja de São Germano de Paris, uma das mais belas construções da cidade.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

Arquidiocese de São Paulo

quinta-feira, 27 de maio de 2021

Das Catequeses de São Cirilo, bispo de Jerusalém

S. Cirilo de Jerusalém | Canção Nova

Das Catequeses de São Cirilo, bispo de Jerusalém

(Cat. 13,1.3.6.23: PG 33,771-774.779.802)

(Séc. IV)

Seja-te a cruz um gozo, mesmo em tempo de perseguição

Toda ação de Cristo é glória da Igreja católica. Contudo, a glória das glórias é a cruz. Paulo, muito bem instruído, disse: Longe de mim gloriar-me a não ser na cruz de Cristo.

Foi uma coisa digna de admiração que ele tenha recuperado a vista àquele cego de nascença em Siloé. Mas o que é isto em vista dos cegos do mundo inteiro? Foi estupendo e acima das forças da natureza ressuscitar Lázaro após quatro dias de morto. Mas a um só foi dada essa graça; e os outros todos, em toda a terra, mortos pelo pecado? Foi maravilhoso alimentar com cinco pães, qual fonte, a cinco mil homens. Mas e aqueles que em toda a parte sofrem a fome da ignorância? Foi magnífico libertar a mulher ligada há dezoito anos por Satanás; mas que é isto se considerarmos a todos nós, presos pelas cadeias de nossos pecados?

Pois bem; a glória da cruz encheu de luz os que estavam cegos pela ignorância, libertou os cativos do pecado, remiu o universo inteiro.

Não nos envergonhemos da cruz do Salvador. Muito pelo contrário, dela tiremos glória. Pois a palavra da cruz é escândalo para os judeus e loucura para os gentios, para nós, no entanto, é salvação. Para aqueles que se perdem é loucura; para nós, que fomos salvos, é força de Deus. Não era um simples homem quem por nós morria; era o Filho de Deus feito homem.

Outrora o cordeiro, morto segundo a instituição mosaica, afastava para longe o devastador. Porém, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo, não poderá muito mais libertar dos pecados? O sangue de um cordeiro irracional manifestava a salvação. Sendo assim, não trará muito maior salvação o sangue do Unigênito?

O Cordeiro não entregou a vida coagido, nem foi imolado à força, mas por sua plena vontade. Ouve o que ele disse: Tenho o poder de entregar minha vida; e tenho o poder de retomá-la. Chegou, portanto, com toda a liberdade à paixão, alegre com a excelente obra, jubiloso pela coroa, felicitando-se com a salvação do homem. Não se envergonhou da cruz pois trazia a salvação para o mundo. Não era um homem qualquer aquele que padecia, era o Deus encarnado a combater pelo prêmio da obediência.

Por conseguinte, não te seja a cruz um gozo apenas em tempo de paz. Também em tempo de perseguição guarda a mesma fidelidade, não aconteça seres tu amigo de Jesus durante a paz e inimigo durante a guerra. Agora recebes a remissão dos pecados e és enriquecido com os generosos dons espirituais de teu rei. Rebentando a guerra, luta por ele valorosamente.

Jesus foi crucificado em teu favor, ele não tinha pecado. Tu, por tua vez, não te deixarás crucificar por aquele que em teu benefício foi pregado na cruz? Não estarás fazendo nenhum favor porque primeiro recebeste. Entretanto, mostras tua gratidão pagando a dívida a quem por ti foi crucificado no Gólgota.

https://liturgiadashoras.online/

A Igreja e a escravidão no Brasil (Parte 3/3)

Presbíteros

A Igreja e a escravidão no Brasil

Em síntese: O Centenário da Abolição da Escravatura no Brasil ocasionou a publicação de várias obras atinentes ao assunto, portadoras de notícias e documentos poucos divulgados referentes à ação humanizadora da Igreja em favor dos escravos. Três dessas obras são utilizadas nas páginas seguintes, pondo-se em relevo traços da atitude da Igreja frente à escravatura.

A ocorrência do Centenário da Abolição no Brasil oferece-nos ocasião de voltar ao assunto, valendo-se de obras recém-editadas sobre o mesmo e portadoras de novos dados, extraídos de Arquivos, que põem em mais claro relevo a ação humanizante da Igreja perante o fato escravagista. De modo especial referimo-nos a três publicações:

Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho, A Escravidão. Convergências e Divergências. Ed. Folha de Viçosa 1988.

Idem, A Igreja e a Escravidão. As Irmandades de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Instituto Histórico e Geográfico do Brasil, Rio de Janeiro 1988.

Jaime Balmes, A Igreja Católica em face da Escravidão, com Adendo do Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho: A Igreja e a Escravidão no Brasil, São Paulo 1988.

Estas três obras apresentam informações e documentos pouco divulgados, que passamos a resumir ou ocasionalmente transcrever nas páginas subseqüentes.

3.    Observação final

É necessário, sim, reconhecer o passado com realismo e veracidade. Mas não se pode esquecer o presente ainda trágico, que a humanidade vive, trazendo até hoje a chaga da escravatura, embora dissimulada ou elegantemente rotulada.

Eis, a propósito, o que se refere na imprensa de nossos dias:

Mundo tem 200 milhões de crianças escravas

“Londres – Em alguns países podem ser comprados pelo equivalente a apenas US$ 15 e em outros trabalham até 20 horas por dia. Não se trata dos robôs produzidos pela moderna tecnologia, mas de vítimas de um comércio que se acreditava há muito desaparecido: a escravidão de crianças.

Segundo a Sociedade contra a Escravidão, que tem sede em Londres, há no mundo pelos menos 200 milhões de crianças escravas, trabalhando em fazendas, fábricas, na indústria do sexo, esgotando-se em longos expedientes, freqüentemente maltratadas e sempre pagas com migalhas.

No livro “Crianças escravizadas”, recentemente lançado, Roger Swayer, de 57 anos, doutor em História, afirma que há no mundo mais escravos hoje que durante o século passado, quando a escravidão se tornou ilegal. Autor de muitas outras sobre a escravidão, ele explica que aparece até como participação forçada das vítimas em conflitos bélicos.

Swayer descreveu em seu livro as condições imperantes numa fábrica do norte da Índia, onde foram libertadas 27 crianças. Algumas haviam sido seqüestradas, outras vendidas por mães desesperadas para receber algumas rúpias imprescindíveis a alimentar o resto da família e outras “hipotecadas” a prestamistas que os parentes das vítimas utilizam para adquirir comida.

“Qualquer tentativa para escapar dos estreitos limites de uma jornada de trabalho de 20 horas era reprimida por golpes com uma vara de ferro ou bambu, e a penalidade por chorar era ser golpeado por uma pedra  envolta de pano. O castigo por tentar fugir era ser pendurado numa árvore de cabeça para baixo”.

Na Europa e nos Estados Unidos, as crianças-escravas trabalham fundamentalmente para a indústria de sexo. “O sofrimento físico das crianças utilizadas na indústria do cinema pornô, na prostituição e no tráfico de narcóticos faz com que, comparadas às crianças do Terceiro Mundo, pareçam privilegiadas”, escreveu Swayer, segundo quem a prostituição infantil e juvenil está proliferando em Paris, Nova York e Londres.

Somente em Paris, segundo especialistas, existem 8.000 crianças de ambos os sexos dedicadas à prostituição, em sua maioria provenientes da Argélia e Marrocos. Em várias grandes cidades dos Estados Unidos existem os denominados “cavalariços”, meninos de entre 12 e 14 anos que praticam a prostituição” (O Globo, 25/07/88, p. 12).

Como se vê, ainda mais importante do que censurar o passado é considerar o presente e dar-lhe os remédios de que carece para evitar a persistência da escravatura em nossos dias. Na verdade, somente a fé em Deus, que suscita o amor ao próximo, é capaz de conter a onda de erotismo e ganância que degradam o ser humano em nossos tempos. Possa, pois, o passado servir de escola e advertência ao presente, contribuindo para despertar a consciência do homem contemporâneo para uma das grandes nódoas do momento.

A propósito:

TERRA, JOÃO EVANGELISTA MARTINS, A Igreja e o Negro no Brasil. Ed. Loyola 1983.
PR 274/1984, pp. 240-247 (síntese do livro acima).
Bíblia, Igreja e Escravidão. Coordenador João Evangelista Martins Terra S. J. Ed. Loyola 1983.
PR 267/1983, pp. 106-132.

https://www.presbiteros.org.br/

5 belos versículos bíblicos sobre amizade

De Kamil Macniak | Shutterstock

Para compartilhar nos seus grupos do WhatsApp ou utilizar como legenda das fotos com amigos.

A amizade verdadeira é um dos maiores presentes que Deus nos concedeu.

Santo Agostinho, por exemplo, dizia que a amizade está diretamente ligada a Deus, pois ele é o nosso primeiro amigo. Disse o santo em seu livro “Confissões”:

“Bem-aventurado o que te ama, Senhor, e ama ao amigo em Ti, e ao inimigo por amor a Ti; só não perde o amigo quem tem a todos por amigos Naquele que nunca se perde”.

No final do mesmo livro, Santo Agostinho conclui:

“Eu amava a meus amigos desinteressadamente, e também sentia que eles me amavam com o mesmo desinteresse.”

De fato, esse amor desinteressado entre amigos está cada vez mais raro hoje em dia. Mas, como cristãos, precisamos resgatá-lo, assim como fizeram e recomendaram os santos.

A amizade na Bíblia

Não apenas os santos abordaram a questão da importância da amizade. Bem antes, as Sagradas Escrituras já falavam sobre este tesouro.

“Um amigo fiel é um remédio de vida e imortalidade; quem teme o Senhor, achará esse amigo.” (Eclesiástico 6, 16).

Além deste exemplo, na Bíblia existem muitos outros versículos que fazem referência à amizade e aos bons amigos. Abaixo, separamos cinco deles. Dá até para compartilhar esses versículos nos seus grupos de amigos do WhatsApp ou utilizá-los como legenda naquelas fotos que você posta com seus amigos e amigas nas redes sociais. Confira!

“Quem teme a Deus terá bons amigos, porque estes serão semelhantes a Ele.”(Eclo 6,17)

“Melhor é a repreensão aberta do que o amor encoberto. Fiéis são as feridas dum amigo.”(Provérbios 27,5-6)

“O amigo ama em todo o tempo: na desgraça, ele se torna um irmão.”(Provérbios 17)

“Porque, se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante.”(Eclesiastes 4,10)

“Amigo fiel é poderoso refúgio, quem o descobriu, descobriu um tesouro.”(Eclo 6,14)

Aleteia 

OBRIGADO, A GRANDE ORAÇÃO

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Dom Adelar Baruffi
Bispo de Cruz Alta (RS)

OBRIGADO, A GRANDE ORAÇÃO

Em tempos de pandemia, onde nossa oração maior é sempre uma súplica, a oração de ação de graças é preciosa. A oração é o grande grito do coração que se confia em Deus: “um grito que sai do coração de quem crê e se confia a Deus” (Francisco, Audiência, 06/05/2020). Somente quem tem um coração pleno da presença de Deus, pode dizer a Deus uma súplica ou um muito obrigado. Na verdade, a oração para quem confia nele, que sabe que ele caminha conosco sempre, tem duas dimensões: a súplica e a gratidão.

            Sempre, na oração o homem tem duas mãos ao alto. “Fé significa ter duas mãos levantadas, uma voz que grita para implorar o dom da salvação” (Francisco, Audiência, 06/05/2020). O homem, como “mendigo de Deus”, eleva a Deus sua prece sempre. A fé é um protesto contra a condição humana que não compreendemos. “A não-fé é limitar-se a padecer uma situação à qual não adaptamos” (Francisco, Audiência, 06/05/2020). Sempre dissemos que a fé dos católicos nos impulsiona muito neste tempo de provação. Ai de nós se não tivermos esta fé! De fato, a fé em Deus nos responde quem somos, o que fazemos aqui, para onde vamos, quem nós somos. Esta fé é a resposta para as limitações humanas, ainda presentes, sobretudo pelo desemprego, e sobre as grandes questões da vida após esta. Somos instigados a dizer um “muito obrigado”.

            Quando o ser humano reza, não é somente seu intelectual que reza. Nem é somente seu desejo, que logo pode passar, assim que passar a pandemia. O que reza é sua vida, seu coração, aquele que habita no seu ser. “O corpo reza, mas pode-se falar com Deus até na invalidez mais grave. Por conseguinte, é o homem todo que ora, se o seu “coração” reza” (Francisco, Audiência, 13/05/2020). Na verdade, o cristianismo é a manifestação de um Deus de amor, um grande misericordioso, que sabe que é sempre misericordioso.  “O cristianismo é a religião que celebrar continuamente a ‘manifestação’ de Deus, ou seja, a sua epifania” (Francisco, Audiência, 13/05/2020). Jesus inaugurou uma nova palavra para falar desta presença de Deus. Ele é o “paizinho”. Ele é aquele que “já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai” (Jo 15,15).

            O grande mistério da criação de Deus, para quem tem fé, é uma obra divina. Por isso, ao nos aquietarmos um pouco e contemplarmos tudo o que Deus fez, dizemos: como Deus é bom. A beleza e o mistério da criação divina geram no coração humano o desejo de Deus. A admiração é o grande mistério da nossa fé, olhar e deixar que tudo o que existe possa encontrar um lugar dentro de nós. O que somos nós, diante da grandeza do que existe? Tão pequenos! “Se a vicissitude da vida, com todas as suas amarguras, às vezes corre o risco de sufocar em nós o dom da oração, é suficiente a contemplação de um céu estrelado, de um pôr do sol, de uma flor…, para reacender a centelha da gratidão” (Francisco, Audiência, 13/05/2020).

            Mesmo quando a dor for grande demais, o sentimento interior que nasce da oração é um dizer: obrigado, Senhor! Neste obrigado, sabemos que o dom de Deus, maior do que tudo, é grande e seu amor é maior do que qualquer dano. Afinal, aguardamos dias melhores e o Senhor nos acompanha sempre.

CNBB

A oração não é uma varinha mágica: é necessário rezar com Fé, diz Papa

Papa Francisco | Guadium Press
A condição para uma boa oração é a humildade, um diálogo com Deus, como o Pai-Nosso e não uma varinha de condão que obriga Deus a dar sempre o que pedimos.

Cidade do Vaticano (26/05/2021, 14:40, Gadium Press) Nesta quarta-feira, 26/05, o Papa Francisco voltou a falar da Oração durante a Audiência Geral que foi realizada novamente no Pátio interno do Palácio Apostólico contando com a presença de fiéis.

Dentro dessa temática que vem sendo desenvolvida, o Papa falou da certeza de ser ouvido nas orações.

“Se Deus é Pai, por que não nos ouve”?

Desta vez, ao falar da oração, Francisco levantou a questão das preces que parecem permanecer desatendidas pelo Providência e que podem ser interpretadas como sendo algo escandaloso para muitos:
Todos rezamos por alguém, pela doença de um amigo, de um familiar e, depois eles morrem, disse o Papa.

Então, alguém poderia questionar: “Se Deus é Pai, por que não nos ouve? Todos nós fazemos esta experiência”, disse Francisco.

A oração não é uma vara de condão que executa mágicas…

O Pontífice recordou que uma resposta para este questionamento está no próprio Catecismo quando ali já se adverte para o risco de a relação com Deus ser transformada em uma espécie de passe de mágica.
Isso não seria autêntica experiência de fé: “A oração não é uma varinha de condão, mas um diálogo com Deus”, disse Francisco.

Essa atitude pode conduzir para a crença de que Deus deve sempre nos servir, atender sempre nossos desejos. O contrário disso é que deve ser, nós é que devemos servir a Deus.

Que Deus deva realizar nossos desejos, sem que admitamos outros planos que Ele para conosco é algo errado.

A condição para uma boa oração é a humildade. Jesus, ao nos ensinar a rezar, sabiamente, rezou o “Pai-Nosso” onde, humildemente, Ele pede que se realizasse a vontade do Pai no mundo.

Os tempos de Deus são diferentes dos nossos tempos: porque Deus nos faz esperar?

Na oração é Deus que deve nos converter, e não nós que devemos convertê-Lo, afirmou o Papa.

“É a humildade”, devemos rezar pedindo a Deus que converta o nosso coração pedindo o que é conveniente e o que seja melhor para a minha saúde espiritual.

Porém, relembrou Francisco, permanece o “escândalo”: quando homens rezam com coração sincero, quando uma mãe reza por um filho doente, por que às vezes Deus parece não ouvir?

Para responder a esta pergunta, disse o Pontífice, é necessário meditar calmamente os Evangelhos. Jesus cura imediatamente um doente que pede piedade mas, em outras ocasiões isso não acontece, como foi aconteceu com a mulher da Cananeia, e acrescentou:

“Todos tivemos esta experiência. Quantas vezes pedimos uma graça, um milagre e nada aconteceu. Depois, com o tempo, as coisas se ajustaram, mas segundo o modo de Deus, o modo divino, não segundo o que eu queria naquele momento. O tempo de Deus não é o nosso tempo.”

Um exemplo que diz muito: não ter medo, ter Fé

Como exemplo do que dizia, Francisco recorda um exemplo do Evangelho.
Ele recorda a filha de Jairo, que acaba falecendo mesmo tendo implorado misericórdia ao Mestre. Este pareceria o final, mas Jesus diz ao pai: Não tenha medo, tenha fé.

É a fé que sustenta a oração, disse o Papa. E, com efeito, Jesus despertará a menina do sono. Mas por um período, Jairo teve que caminhar na escuridão, somente com a chama da fé. Pedir a graça de ter fé é o que devemos fazer, recomendou o Pontífice.

Francisco recorda também a oração de Jesus ao Pai, no Getsêmani: parece permanecer desatendida. Mas o Sábado Santo não é o capítulo final, porque no terceiro dia há a ressurreição: o mal é senhor do penúltimo dia, jamais do último.

Foi no último dia em que se realizaram os desejos humanos da salvação

O último dia pertence a Deus, e é o dia em que se realizarão todos os anseios humanos de salvação.

“Aprendamos esta paciência humilde de esperar a graça do Senhor, esperar o último dia. Muitas vezes o penúltimo é terrível, porque os sofrimentos humanos são terríveis. Mas o Senhor está ali. E no último dia Ele resolve tudo.” (JSG)

(Com informações VaticanNews/Foto VaticanMedia)

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Simpósio aborda o papel da família na iniciação à vida cristã

Imagem ilustrativa / Crédito: Unsplash

REDAÇÃO CENTRAL, 26 mai. 21 / 04:00 pm (ACI).- No próximo sábado, 29 de maio, acontecerá o 11º Simpósio Nacional das Famílias, que neste ano tem como tema “Família e Catequese” e abordará a importância dos processos de iniciação à vida cristã voltados para a família e os processos que ocorrem no ambiente familiar, na formação cristã dos filhos pelos pais.

O evento é promovido pela Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF). Será transmitido pelo canal da Pastoral Familiar no Youtube e na página da CNBB no Facebook.

Um dos palestrantes será padre Jânison de Sá Santos, assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB. De acordo com ele, os pais tem uma responsabilidade central da formação cristã dos filhos, mas “delegaram aos catequistas, às instituições essa missão”.

“Os pais que iniciam seus filhos na fé alimentam e os ajudam a crescer na mesma fé”, disse o sacerdote ao Portal Vida e da Família, da Pastoral Familiar.

Segundo pe. Jânison, a Igreja motiva na atualidade a redescoberta de uma catequese familiar a serviço da iniciação à vida cristã. Nesse sentido, afirmou que o Novo Diretório para a Catequese, publicado no ano passado, dedica uma atenção especial sobre a catequese em família, “os pais como iniciadores na fé dos seus filhos, uma catequese também para namorados, para noivos e para jovens casais”.

Para o assessor da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética, no atual contexto de pandemia de covid-19, muitas famílias reassumiram sua missão de educar os filhos na fé, pois algumas paróquias passaram a realizar a catequese de modo virtual.

“Em alguns casos, não é propriamente dita uma catequese sistemática, mas um alimentar a fé da família, catequizandos e pais”, afirmou. De acordo com ele, os catequistas enviam para os pais “textos bíblicos, propostas de celebração, propostas de leitura orante” e “as famílias se reúnem, rezam, partilham a palavra; enfim, os pais catequizando seus filhos”.

Com isso, disse, “está crescendo sempre mais essa convicção e certeza do acompanhamento dos pais na iniciação à vida cristã de seus filhos”, isto é, “os pais como catequistas, como iniciadores”. “Mesmo diante da dificuldade dos pais, que podem trabalhar o dia inteiro e têm pouco tempo, mas não podemos esquecer dessa missão tão bonita que os pais têm que ter na educação na fé de seus filhos”, afirmou.

O 11º Simpósio Nacional das Famílias acontecerá no dia 29 de maio, das 8h às 12h e das 14h às 18h. Podem participar todas as pessoas que desejarem. A inscrição deve ser feita pelo site http://bit.ly/Simp2021.

ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF