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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Papa explica o que é e como funciona a Comunhão dos Santos

Audiência Geral, Papa Francisco | Guadium Press
Não são os santos que fazem milagres, mas apenas a graça de Deus que atua através deles. Os milagres são feitos por Deus, pela graça de Deus que age através de uma pessoa santa, uma pessoa justa.

Cidade do Vaticano (02/02/2022 12:35, Gaudium Press) Na Audiência Geral desta quarta-feira, 2 de fevereiro, o Papa Francisco seguiu o tema “São José e a Comunhão dos Santos”, concentrando-se neste importante artigo de Fé “que pode enriquecer a nossa vida cristã e também moldar da melhor maneira a nossa relação com os santos e com os nossos entes queridos falecidos”.

O Pontífice alertou que nossa confiança só tem valor em relação a Cristo, mesmo que confiemos na intercessão de um santo ou de Nossa Senhora. Esse vínculo que nos une a Ele é a Comunhão dos Santos. “Não são os santos que fazem milagres, mas apenas a graça de Deus que atua através deles. Os milagres são feitos por Deus, pela graça de Deus que age através de uma pessoa santa, uma pessoa justa”, assegurou.

Todos os Santos | Guadium Press

A Comunhão dos Santos

Em seguida, questionando-se sobre o significado da Comunhão dos Santos, Francisco afirmou que ela é a Igreja. “A nossa santidade é o fruto do amor de Deus manifestado em Cristo, que nos santifica amando-nos na nossa miséria e salvando-nos dela. Graças a Ele formamos sempre um só corpo, diz São Paulo, no qual Jesus é a cabeça e nós somos os membros”, explicou.

O Santo Padre ressaltou ainda que estamos todos num só corpo, em comunhão. “Neste sentido, o pecado de uma pessoa atinge sempre a todos, e o amor de cada pessoa atinge a todos. Em virtude da comunhão dos santos, desta união, cada membro da Igreja está ligado a mim de uma forma profunda, e este vínculo é tão forte que não pode ser interrompido nem mesmo pela morte. A comunhão dos santos mantém unida a comunidade de fiéis na terra e no Céu”.

https://youtu.be/0unsk8mOtrY

A devoção aos Santos

Em seguida, ensinou que os santos são amigos com quem estabelecemos relações de amizade. “Aquilo que chamamos devoção a um santo, é na verdade uma forma de expressar o amor a partir deste mesmo vínculo que nos une. Todos sabemos que podemos sempre recorrer a um amigo, especialmente quando estamos em dificuldade e precisamos de ajuda”.

Francisco frisou que “graças à comunhão dos Santos nos sentimos próximos dos Santos e Santas que são nossos padroeiros. Esta é a confiança que nos deve animar sempre a recorrer a eles em momentos decisivos de nossa vida”.

“A devoção aos Santos não é uma coisa mágica, não é uma superstição. É simplesmente falar com um irmão, uma irmã que está diante de Deus, que viveu uma vida justa, uma vida santa, uma vida modelo, e agora está diante de Deus. Eu falo com este irmão, com esta irmã e peço sua intercessão pelas necessidades que tenho”, concluiu. (EPC)

Padre Dario Bossi: “na Amazônia há muito mais para aprender que para ensinar”

Padre Dario Bossi, missionário na Amazônia | Vatican News

Em entrevista, padre Dário Bossi fala sobre os 70 anos de presença Comboniana no Brasil e o compromisso com a Amazônia.

Vatican News

“Os sonhos do Papa Francisco na Querida Amazônia são também os nossos”, assim define padre Dário Bossi sobre o compromisso dos missionários Combonianos com a Amazônia e seus povos. Coordenador provincial dos Combonianos no Brasil e assessor da Rede Eclesial Pan-Amazônica – REPAM-Brasil, padre Dário participou como padre sinodal no Sínodo da Amazônia realizado no Vaticano, em outubro de 2019.  

“A vida missionária é um modo de viver a fé e estar na Igreja que incomoda, às vezes desestabiliza, mas entusiasma e aproxima ao pulsar da vida dos povos.” 

Nesta entrevista, o padre italiano fala sobre a trajetória e missão dos missionários Combonianos, que neste ano completa 70 anos de presença no Brasil, e as contribuições dos Combonianos para tornar a Igreja mais missionária e com rosto amazônico. Pe. Dário também comenta os desafios de uma Igreja missionária e destaca elementos do carisma comboniano. Confira: 

REPAM-Brasil – Os missionários Combonianos chegaram no Brasil em 1952. As primeiras missões foram realizadas no Maranhão, em Balsas, e no Espírito Santo, onde realizaram inúmeras obras e construíram uma trajetória de contribuições para a Igreja do Brasil. Nesses quase 70 anos de missão, quais as marcas da presença dos Combonianos no Brasil?

Tentamos aportar à caminhada da Igreja e do povo brasileiro com todos os nossos limites: é o desafio que sempre caracteriza uma igreja missionária, composta por “pessoas outras”, que trazem uma fé moldada por outras culturas. Sempre há o risco de uma evangelização que impõe seus modelos e categorias, de uma igreja colonial, como refletimos de Aparecida ao Sínodo da Amazônia.
Assim mesmo, apesar dos limites, conheci missionários de profunda fé e doação radical.

Neles, pude apreciar alguns elementos do carisma comboniano, o mais importante dos quais é “Salvar a África com a África”. Em outras palavras, confiar nas forças e nas capacidades do povo de Deus, para que seja ele mesmo protagonista de sua história, organização, caminhada.

Na longa experiência comboniana aqui no Brasil, as primeiras energias foram investidas em educação, saúde, geração de oportunidades de renda: tentava-se construir comunidade a partir da defesa e promoção dos direitos e necessidades básicas do povo. Os missionários atuavam em contextos pobres, desafiadores (“Aqui é pão para nossos dentes”, diziam os primeiros deles, no Maranhão).

Os passos seguintes foram marcados pelo desejo de crescer junto à Igreja, escutar os sinais dos tempos e assumi-los com paixão. Os combonianos puseram-se à escola das grandes Conferências Episcopais no Continente, de Medellin a Puebla, e agora até Aparecida. Assim, aprenderam a importância de acreditar e investir nas comunidades eclesiais de base (São Mateus – ES foi um dos primeiros laboratórios nessa dinâmica eclesial, que se tornou histórico e iluminou várias outras experiências).

Os combonianos, obviamente, caminham nas pegadas de São Daniel Comboni e em comunhão com o resto da família que respira o mesmo carisma. Desde sempre, a prioridade da missão comboniana foi a África; assim, também em América latina, uma prioridade é acompanhar os povos afrodescendentes. Alguns leitores devem ter ouvido falar da figura profética de Pe. Heitor Frisotti, em Salvador (BA). “Beber ao poço alheio” era um dos lemas dele: Pe. Heitor destacava o valor do diálogo interreligioso, o respeito profundo por outras espiritualidades e crenças, como oportunidade para aprofundar cada vez mais nosso jeito autentico, fecundo, de viver o cristianismo.

Outra grande testemunha que marcou a Igreja no Brasil foi dom Franco Masserdotti, bispo de Balsas, presidente do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), organizador do 5o Congresso Missionário Latino-Americano (COMLA), tecedor de pontes no projeto igrejas irmãs, entre Brasil e Moçambique: um respiro profundamente missionário e comprometido para nossa Igreja!

Houve muitas outras testemunhas, com mais ou menos destaque, muitos deles missionários silenciosos, mas profundamente dedicados… Estamos até escrevendo um livro em memória de todos eles, sobre o dom da missão à Igreja do Brasil. Assim, a partir destas inspirações, a missão pode se tornar dom do Brasil para o mundo!

REPAM-Brasil – Quais os marcos do presente da instituição? 

O grupo, ao longo das décadas, cresceu e se diversificou. Hoje, estamos presentes em 14 comunidades, na região amazônica, nordestina, nas periferias de diversas capitais do litoral, no Sudeste.

Inicialmente composto por uma maioria de missionários de origem italiana (nosso fundador, São Daniel Comboni, é daquela terra), pouco a pouco o grupo tornou-se internacional: há espanhóis, portugueses, latino-americanos, hoje também vários missionários de diversos países da África. Assim, os combonianos no Brasil, hoje, vêm de 13 diferentes países!

É um laboratório intercultural, que de certa forma é, cada vez mais, a cara do mundo atual: nele, vivenciamos todos e todas o desafio de experimentar-se no encontro com o desconhecido, a importância de cultivar e promover o valor de cada cultura e das trocas de conhecimento e sabedoria entre elas, a missão de vencer o preconceito e lutar vigorosamente para que nossa sociedade não se apequene em processos de exclusão e segregação do diferente.

Como missionários, tentamos viver um espírito de família: a Família Comboniana! Composta por Irmãs, Leigos/as Missionários Combonianos (abertos à Missão Ad Gentes), outros leigos/as que se alimentam de nosso carisma, vivem inseridos em suas comunidades e as tornam missionárias.

Acreditamos que não há caminho de fé se não for profundamente entrelaçado com a vida: o que ocupa, alegra e carrega de paixão nosso coração são as alegrias e esperanças, as dores e os clamores de nosso povo e da criação inteira. Queremos, assim, celebrar unindo fé e vida. Construir comunidades de uma Igreja realmente em saída, assumir as pastorais sociais como dimensão chave da missão, em total sintonia com o magistério de Papa Francisco e a Doutrina Social da Igreja.

No Brasil, temos quatro grandes prioridades:

·         Amazônia (caminhos de inserção pastoral junto aos povos; participação ativa na REPAM; promoção do paradigma da Ecologia Integral, também junto à Conferência de Religiosos de América Latina);

·         Afrodescendentes (atuamos ainda a partir do contexto de Salvador, mas também caminhamos junto aos quilombolas do interior do Maranhão e da Paraíba, ou ao povo negro da periferia de São Luís; empenhamo-nos na reflexão e incidência através do Observatório Racial Dom José Maria Pires, ligado à Comissão Brasileira de Justiça e Paz – CBJP);

·         Periferias urbanas (buscamos proximidade aos pobres através das comunidades eclesiais, fonte de esperança e de organização popular; promovemos e acompanhamos Centros de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos; seguimos projetos de promoção da dignidade das pessoas e das comunidades; fundamos a Articulação Comboniana de Direitos Humanos);

·         Animação missionária e vocacional (para despertar a Igreja brasileira à missão, temos diversos empenhos no Conselho Missionário Nacional da CNBB, trabalho junto às juventudes, forte presença nas redes sociais pelos #combonianosbrasil).

REPAM-Brasil – Padre Ezequiel Ramin foi um mártir que doou sua vida em favor dos pobres em Cacoal, Rondônia. Padre Ezequiel viu no rosto dos pobres o rosto de Cristo e viveu a missão através do compromisso evangélico de lutar por justiça e vida digna para os trabalhadores rurais e indígenas da Amazônia. De que forma o trabalho do Padre. Ezequial Ramin marcou a missão dos Combonianos no Brasil?

Não é um herói solitário. Encarnou uma Igreja comprometida, a Igreja das CEBs de Rondônia, o vigor e a intuição profética de Dom Antônio Possamai, a fé de tantos leigos/as das comunidades e pastorais sociais daquela época. Que alegria em ver que muito, agora, está sendo retomado pelo carisma e a profunda visão pastoral de Dom Norberto, bispo de Ji-Paraná.  

Diria, com as palavras do Papa Francisco, que Pe. Ezequiel foi um “poeta social”: soube traduzir a alegria e a esperança do Evangelho com criatividade, entusiasmo – a palavra significa “ter a paixão de Deus dentro de nós”, compromisso transformador. Ele via, junto ao povo de Deus, que aquela situação de violência, exclusão, roubo das terras, perseguição contra os povos indígenas e as famílias camponesas era uma blasfêmia contra o Deus da Vida e seu sonho do Reino. E comprometeu-se para transformar a realidade para gerar mais fraternidade – como não lembrar a Encíclica do Papa Francesco “Fratelli tutti”? – pouco a pouco, junto à sua comunidade religiosa e à Diocese.  

Logo chegaram as primeiras ameaças, ele se deu conta, mas nunca retrucou com violência. Ezequiel tinha crescido à luz dos princípios da não-violência, que são os princípios de Cristo e do Evangelho! Pe. Ezequiel foi morto, assim como estão sendo ameaçados e mortos, hoje, muitos líderes cristãos e não cristãos, que defendem e promovem a vida, o direito à terra, ao teto e ao trabalho, os “três T”, como diz o Papa. Pe. Ezequiel ainda vive, hoje, nestas pessoas e comunidades perseguidas. Aliás, um dos maiores sinais de esperança são as tantas iniciativas que floresceram em Rondônia com o nome de Pe. Ezequiel Ramin: escolas públicas, Escolas Família Agrícola, comunidades cristãs e entre outras.  

Nós, missionários combonianos, nos sentimos de certa forma continuadores deste mutirão de vida. Mas, insisto, não de forma solitária e heroica: muito melhor quanto mais mergulhando na caminhada do povo, dos movimentos sociais e das pastorais, dos percursos pastorais das Igrejas locais. 

REPAM-Brasil – A paixão missionária e a fidelidade ao carisma de Daniel Comboni levaram os missionários Combonianos, em comunhão com a Igreja no Brasil, a assumirem a Amazônia e seus povos como uma das suas prioridades. Quais os desafios para esse trabalho junto à Amazônia e seus povos?

Estamos presentes em quatro realidades da Amazônia, cada uma diferente. São presenças pequenas, que compreendemos mais como escolas de missão e de vida. Uma junto aos povos indígenas, em Roraima; outra nas periferias urbanas, em Manaus; outra a serviço dos ribeirinhos, em Rondônia; outra ainda em defesa dos direitos socioambientais junto a comunidades atingidas pela mineração, no Maranhão. Estas presenças são, para nós, como observatórios da realidade amazônica, cada vez mais ameaçada. Sentimo-nos provocados, como era o lema do Sínodo da Amazônia, a buscar “novos caminhos para a Igreja e a ecologia integral”, na Amazônia. Aliás, o Sínodo condensa em si todo o programa de nossa missão – participamos ativamente a todo o processo de consulta sinodal, e também à assembleia em Roma e à abertura de caminhos pós-sinodais, nestes dois anos. 

Assim, os quatro sonhos que Papa Francisco apresenta em Querida Amazônia são também os nossos. Descobrimos cada vez mais que na Amazônia há muito mais para aprender que para ensinar. Há tempos longos, necessidade de estudar e compreender bem contextos, desafios, perspectivas. Na maior parte dos casos, somos estrangeiros nesta terra. Precisamos entrar em ponta de pé, no respeito da cultura, da diversidade religiosa, da visão de mundo. Mas, como missionários, podemos ser também pontes entre culturas, tecer solidariedade entre povos e países do mundo, cultivar a conexão entre igrejas, fazer ecoar a sabedoria, a riqueza e também o grito da Amazônia mundo afora. Sim, ainda faz muito sentido a missão na Amazônia! 

REPAM-Brasil – Algo a mais que o senhor queira acrescentar?

Poucos dias atrás, perguntava ao padre comboniano mais idosos, aqui na província do Brasil, aos 96 anos, mas ainda um entusiasmo vigoroso: “vale a pena ser missionário?”. Ele me respondeu: iniciando a contar trechos de sua longa vida, com uma paixão dentro do peito que desbordava dos olhos. Queria dizer isso: a vida missionária é um modo de viver a fé e estar na Igreja que incomoda, às vezes desestabiliza, mas entusiasma e aproxima ao pulsar da vida dos povos. Sim, vale a pena ser missionário, ser missionária! 

Fonte: Comunicação REPAM-Brasil 

https://www.vaticannews.va/pt

Espanhol que ficou tetraplégico e quis eutanásia busca medalha nos Jogos Paralímpicos

Víctor González, nos Jogos Paralímpicos de Inverno de 2018 /
Crédito: paralimpicos.es

MADRI, 02 fev. 22 / 03:50 pm (ACI).- Víctor González é o único espanhol que vai participar dos Jogos Paralímpicos de Inverno de Pequim, de 4 a 13 de março. González sofreu um acidente, ficou tetraplégico e chegou a querer a eutanásia. “Eu queria morrer para não ser um estorvo para a minha família. Estava convencido de que queria morrer. Felizmente, continuo vivo e aproveitando”.

Para Víctor González, o snowboard sempre foi sua vida. Ele inclusive fundou uma escola em Baqueira Beret, na Espanha. Em 2015 sofreu um acidente, fraturou as vértebras C5 e C6, com 30% de lesão sensório-motora e ficou tetraplégico.

Em várias entrevistas concedidas ao jornal espanhol El Comercio, González declarou que ao saber do diagnóstico ficou muito desanimado e pensou em eutanásia.

"Não queria passar o resto da vida deitado na cama sem poder mexer um único músculo, sem poder falar, condicionando a vida da minha família", disse. “Eu queria morrer para não ser um estorvo para a minha família. Eu estava convencido de que queria morrer. Felizmente, ainda estou vivo e aproveitando".

Passou um ano inteiro no hospital. “No começo eu não conseguia mexer nada do pescoço para baixo e depois, 20 dias antes da operação, comecei a mexer o dedão do pé. O começo foi muito difícil. Devo dizê-lo pois qualquer pessoa que escute o meu caso pode se sentir identificada. A atitude com que se enfrenta a lesão e o ambiente em que se vive são muito importantes. Eu tive a sorte de que meus amigos e a minha família fizeram muito por mim”, disse.

Sua força de vontade e ânimo tornaram possível que recuperasse parte da mobilidade.

"Pouco a pouco aceitei a minha nova situação e me esforcei para melhorar, até o ponto de ter certa mobilidade”, disse.

González disse que “talvez algumas pessoas nunca tenham conseguido se mexer por terem se rendido a um laudo médico impreciso”.

González disse que espera que outros que tenham sofrido acidentes parecidos vejam que é possível sair adiante através do esporte e que as pessoas percebam que “a deficiência é a capacidade de ser extraordinariamente capaz”.

Fonte: https://www.acidigital.com/

São Brás

São Brás | arquisp
03 de fevereiro

São Brás

A vida e os feitos de São Brás atingem aquele ápice de alguns poucos, que atraem a profunda fé e a admiração popular. Ele é venerado no Oriente e Ocidente com a mesma intensidade ao logo de séculos, e até hoje, mães aflitas recorrem à sua intercessão quando um filho engasga ou apresenta problemas de garganta. A bênção de São Brás, procurada principalmente por quem tem problemas nesta parte do corpo, é ministrada nesta data em muitas igrejas do mundo cristão.

O prodígio atribuído a ele quando era levado preso, para depois ser torturado, é dos mais conhecidos por pessoas de todo o planeta. Consta que uma mãe aflita jogou-se aos seus pés pedindo que socorresse o filho, que agonizava com uma espinha de peixe atravessada na garganta. O santo rezou, fez o sinal da cruz sobre o menino e este se levantou imediatamente como se nada lhe tivesse acontecido.

Brás nasceu na Armênia, era médico, sacerdote e muito benevolente com os pobres e cristãos perseguidos e por essas virtudes foi nomeado bispo de Sebaste, isto no século três. Também sabemos que, apesar de aqueles anos marcarem os finais das grandes perseguições aos cristãos, muitos ainda foram torturados e mortos na mão dos poderosos pagãos. Brás abandonou o bispado e se protegeu na caverna de uma montanha isolada e mesmo assim, depois de descoberto e capturado, morreu em testemunho de sua fé sob as ordens do imperador Licínio, em 316.

Muitas tradições envolvem seus prodígios, graças e seu suplício. Segundo elas, a fama de sua santidade rodou o mundo ainda enquanto vivia e sua morte foi impressionante. O bispo Brás teria sido terrivelmente flagelado e torturado, sendo por fim pendurado em um andaime para morrer. Como isso não acontecia, primeiro lhe descarnaram os ossos com pentes de ferro. Depois tentaram afogá-lo duas vezes e, frustrados, o degolaram para ter certeza de sua morte.

O corpo do santo mártir ficou guardado na sua catedral de Sebaste da Armênia, mas no ano 732 uma parte de suas relíquias foram embarcadas por alguns cristãos armênios que seguiam para Roma.

Nessa ocasião uma repentina tempestade interrompe a viagem na altura da cidade de Maratea, em Potenza; e ali os fiéis acolhem as relíquias do santo numa pequena igreja, que depois se tornaria sua atual basílica e a localidade receberia o nome de Monte São Brás.

Mais recentemente, em 1983 no local da igrejinha inicial foi erguida uma estátua de São Brás, com a altura de vinte e um metros. Como dissemos, do Oriente ao Ocidente, todo mundo cristão se curva à devoção de São Brás nomeando ainda hoje cidades e locais, para render-lhes homenagem e veneração.

*Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas http://www.paulinas.org.br

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Dos Sermões de São Sofrônio, bispo

Apresentação do Senhor no Templo | Katholika

Dos Sermões de São Sofrônio, bispo

(Orat. 3, de Hypapante,6.7: PG87,3,3291-3293)    (Séc.VII)

Recebamos a luz clara e eterna

Todos nós que celebramos e veneramos com tanta piedade o mistério do encontro do Senhor, corramos para ele cheios de entusiasmo. Ninguém deixe de participar deste encontro, ninguém recuse levar sua luz.

Acrescentamos também algo ao brilho das velas, para significar o esplendor divino daquele que se aproxima e ilumina todas as coisas; ele dissipa as trevas do mal com a sua luz eterna, e também manifesta o esplendor da alma, com o qual devemos correr ao encontro com Cristo.

Do mesmo modo que a Mãe de Deus e Virgem imaculada trouxe nos braços a verdadeira luz e a comunicou aos que jaziam nas trevas, assim também nós: iluminados pelo seu fulgor e trazendo na mão uma luz que brilha diante de todos, corramos pressurosos ao encontro daquele que é a verdadeira luz.

Realmente, a luz veio ao mundo (cf. Jo 1,9) e dispersou as sombras que o cobriam; o sol que nasce do alto nos visitou (cf. Lc 1,78) e iluminou os que jaziam nas trevas. É este o significado do mistério que hoje celebramos. Por isso caminhamos com lâmpadas nas mãos, por isso acorremos trazendo as luzes, não apenas simbolizando que a luz já brilhou para nós, mas também para anunciar o esplendor maior que dela nos virá no futuro. Por este motivo, vamos todos juntos, corramos ao encontro de Deus.

Chegou a verdadeira luz, que vindo ao mundo ilumina todo ser humano (Jo 1,9). Portanto, irmãos, deixemos que ela nos ilumine, que ela brilhe sobre todos nós.

Que ninguém fique excluído deste esplendor, ninguém insista em continuar mergulhado na noite. Mas avancemos todos resplandecentes; iluminados por este fulgor, vamos todos ao seu encontro e com o velho Simeão recebamos a luz clara e eterna. Associemo-nos à sua alegria e cantemos com ele um hino de ação de graças ao Criador e Pai da luz, que enviou a luz verdadeira e, afastando todas as trevas, nos fez participantes do seu esplendor.

A salvação de Deus, preparada diante de todos os povos, manifestou a glória que nos pertence, a nós que somos o novo Israel. Também fez com que víssemos, graças a ele, essa salvação e fôssemos absolvidos da antiga e tenebrosa culpa. Assim aconteceu com Simeão que, depois de ver a Cristo, foi libertado dos laços da vida presente.

Também nós, abraçando pela fé a Cristo Jesus que nasceu em Belém, de pagãos que éramos, nos tornamos povo de Deus – Jesus é, com efeito, a salvação de Deus Pai – e vemos com nossos próprios olhos o Deus feito homem. E porque vimos a presença de Deus e a recebemos, por assim dizer, nos braços do nosso espírito, somos chamados de novo Israel. Todos os anos celebramos novamente esta festa, para nunca nos esquecermos daquele que um dia há de voltar.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

CNBB DIVULGA NOTA CONTRA A LEGALIZAÇÃO DOS JOGOS DE AZAR NO BRASIL

CNBB

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) é contra a legalização dos jogos de azar no Brasil. Em nota divulgada nesta terça-feira, 1º de fevereiro, a Presidência da entidade reitera sua “inegociável posição” em desacordo com a mobilização feita nas últimas sessões de 2021 na Câmara dos Deputados que favorece a regulamentação, logo nas primeiras sessões deste ano 2022, da exploração de jogos de azar no país.

“Cabe-nos, por razões éticas e evangélicas, alertar que o jogo de azar traz consigo irreparáveis prejuízos morais, sociais e, particularmente, familiares. Além disso, o jogo compulsivo é considerado uma patologia no Código Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde. O sistema altamente lucrativo dos jogos de azar tem sua face mais perversa na pessoa que sofre dessa compulsão”, afirmam os bispos.

A Conferência também denuncia os “falsos argumentos” em favor da aprovação do Projeto de Lei 442/91, os quais “não consideram a possibilidade de associação dos jogos de azar com a lavagem de dinheiro e o crime organizado”.

“A CNBB conclama o Congresso Nacional a rejeitar este projeto e qualquer outra iniciativa que pretenda regularizar os jogos de azar no Brasil. O voto favorável ao jogo será, na prática, um voto de desprezo pela vida, pela família e seus valores fundamentais”, exorta a Conferência.

No contexto do ano eleitoral, “a CNBB assume o compromisso de acompanhar atentamente essa tramitação e divulgar amplamente o nome dos parlamentares que escolherem deixar suas digitais nessa delituosa afronta ao povo brasileiro”.

Confira o texto na íntegra:

Brasília-DF, 01 de fevereiro de 2022.
P – Nº. 012/22

NOTA DA CNBB CONTRA A LEGALIZAÇÃO DOS JOGOS DE AZAR NO BRASIL

Uma árvore má não pode dar frutos bons (cf. Mt 7,18)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, através de sua Presidência, acompanhou perplexa, no apagar das luzes do ano de 2021, a aprovação na Câmara de Deputados do requerimento nº 5.358/16, que assinala como urgente a apreciação do Projeto de Lei 442/91. Esse nefasto ato acelerou o caminho para regulamentar, logo nas primeiras sessões do ano 2022, a exploração de jogos de azar no país. Nesse período os parlamentares ainda estarão deliberando de maneira virtual, o que na prática limita o debate, camufla as posições e facilita as artimanhas regimentais. Diante desse lamentável fato, a CNBB reitera a sua inegociável posição contra a legalização dos jogos de azar no Brasil.

Os argumentos de que esta liberação aumentará a arrecadação de impostos, favorecerá a criação de postos de trabalho e contribuirá para tirar o Brasil da atual crise econômica, seguem a repudiante tese de que os fins justificam os meios. Esses falsos argumentos não consideram a possibilidade de associação dos jogos de azar com a lavagem de dinheiro e o crime organizado. Diversas instituições de Estado têm alertado que os cassinos podem facilmente transformar-se em instrumentos para que recursos provenientes de atividades criminosas assumam o aspecto de lucros e receitas legítimas.

Cabe-nos, por razões éticas e evangélicas, alertar que o jogo de azar traz consigo irreparáveis prejuízos morais, sociais e, particularmente, familiares. Além disso, o jogo compulsivo é considerado uma patologia no Código Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde. O sistema altamente lucrativo dos jogos de azar tem sua face mais perversa na pessoa que sofre dessa compulsão. Por motivos patológicos, esta pessoa acaba por desprezar a própria vida, desperdiçar seus bens e de seus familiares, destruindo assim sua família. Enquanto isso, as organizações que têm o jogo como negócio prosperam e seus proprietários se tornam cada vez mais ricos. A autorização do jogo não o tornará bom e honesto. Nosso país não precisa disso!

A CNBB conclama o Congresso Nacional a rejeitar este projeto e qualquer outra iniciativa que pretenda regularizar os jogos de azar no Brasil. O voto favorável ao jogo será, na prática, um voto de desprezo pela vida, pela família e seus valores fundamentais. Particularmente neste ano eleitoral, a CNBB assume o compromisso de acompanhar atentamente essa tramitação e divulgar amplamente o nome dos parlamentares que escolherem deixar suas digitais nessa delituosa afronta ao povo brasileiro.

Inspirados pela voz profética de Maria, Mãe de Jesus, Nossa Senhora Aparecida, e sob sua proteção, se continuará a labuta da construção do Brasil justo, honesto e honrado!

D. Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte, MG
Presidente

D. Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre, RS
1º Vice-Presidente

D. Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima, RR
2º Vice-Presidente

D. Joel Portella Amado
Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, RJ
Secretário-Geral

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

Crianças não foram mortas em escolas católicas do Canadá, afirma novo estudo

Residential School Photos | ALETEIA
Por Francisco Vêneto

Historiador Jacques Rouillard questiona onde estão os alegados "restos mortais" e aponta graves incongruências nos relatos que chocaram o mundo em 2021.

Cerca de 7 meses após um escândalo de proporções planetárias sobre “centenas de crianças indígenas” sepultadas de modo anônimo “em escolas católicas do Canadá”, uma reviravolta coloca grande parte das narrativas de 2021 na berlinda.

O historiador Jacques Rouillard, professor emérito na Faculdade de História da Universidade de Montreal, publicou no portal canadense DorchesterReview.ca, neste último dia 11 de janeiro, um texto em que afirma que “nenhum corpo” de criança foi encontrado em alegadas valas comuns, sepulturas clandestinas ou em qualquer outra forma de sepultamento irregular na Escola Residencial Indígena Kamloops, no Canadá – e muito menos foram achados indícios de que alguma delas tenha sido assassinada.

De acordo com o levantamento apresentado por Rouillard, 51 crianças morreram naquele internato ao longo dos 49 anos transcorridos entre 1915 e 1964. No caso de 35 delas, foram encontrados documentos que comprovam que a causa da morte, para a grande maioria, foram doenças, e, em alguns casos, acidentes. Nenhuma das 51 crianças falecidas foi assassinada.

Narrativas viralizam em 2021

Ao longo de 2021, porém, teve ampla divulgação na grande mídia canadense, com repercussão mundial, a alegada descoberta de sepulturas sem identificação em escolas residenciais indígenas do país. Transportadas imediatamente para as redes sociais, estas alegações se transformaram em narrativas diversas, algumas das quais afirmavam que “centenas de crianças” haviam “sido mortas” e “enterradas secretamente” em “valas comuns” ou em túmulos irregulares dentro dos terrenos de “escolas católicas” espalhadas “por todo o Canadá”.

De fato, várias das escolas residenciais indígenas em questão, embora pertencessem ao governo canadense, tinham sua gestão confiada a congregações religiosas, muitas delas católicas. Por esta razão, a Igreja foi rapidamente acusada de “conivência ou omissão” diante de “abusos e atos de violência, física e psicológica”, infligidos às crianças nativas naquelas instituições, que haviam sido implantadas pelo governo do país para, em tese, “integrar crianças nativas” à sociedade canadense. O modelo governamental de suposta “integração”, porém, foi acusado de forçar as crianças a se distanciarem bruscamente da sua cultura, tradições e idiomas. Como não foi possível sustentar a narrativa de que “centenas de crianças” tinham “sido mortas” em “escolas católicas”, a mídia passou a enfatizar a indignação social causada não pelas mortes em si, mas pela maneira como as crianças eram separadas da família tanto em vida quanto no próprio sepultamento.

Até mesmo a China, cujo governo comunista perpetra explicitamente abusos sistemáticos e comprovados contra os direitos humanos dos próprios cidadãos, teve o desplante de exigir no Tribunal de Direitos Humanos da ONU, em junho de 2021, uma investigação sobre as “violações aos direitos humanos da população indígena do Canadá”. A Anistia Internacional, organização que defende abertamente o assassinato de bebês em gestação por meio do aborto livre, também exigiu que os responsáveis ​​pelos “restos mortais” que “foram encontrados” em Kamloops fossem processados.

Novas informações e questionamentos

Mas Jacques Rouillard questiona: onde estão estes alegados “restos mortais”?

Segundo o extenso e detalhado artigo do pesquisador, a suposta “descoberta” de mais de “200 corpos” de crianças “mortas em escolas católicas” se baseou numa varredura de solo, feita por radar, em busca de corpos de crianças que já se pressupunha que tivessem sido anonimamente sepultadas em terreno pertencente à escola residencial indígena de Kamloops. Um relatório preliminar não encontrou corpo algum, mas sim rupturas do solo num pomar de macieiras das proximidades. Nenhum “resto mortal” chegou a ser exumado, mas a líder indígena canadense Rosanne Casimir afirmou que, “de acordo com o ‘conhecimento’ da comunidade”, aquelas anomalias do solo “eram 215 crianças desaparecidas”, incluindo algumas de apenas 3 anos de idade.

Rouillard prossegue a exposição das suas investigações afirmando que, com base naquelas anomalias do solo, a jovem antropóloga Sarah Beaulieu, que havia supervisionado as assim descritas “varreduras”, teorizou que “provavelmente” havia 200 “possíveis sepultamentos” no local. Somente uma escavação, no entanto, poderia apresentar evidências – mas nenhuma escavação foi feita, nem na época, nem até hoje (!)

Desproporcionalidade das reações

As desvirtuações de informação provocaram uma série de violentos ataques incendiários contra igrejas católicas no país.

Mesmo com a responsabilidade final pelas escolas e pela sua metodologia cabendo ao governo canadense, os bispos católicos do Canadá fizeram publicamente um pedido de desculpas pelas graves falhas cometidas por membros da Igreja na gestão daqueles internatos. Além das palavras, a Igreja também assumiu compromissos concretos com as comunidades nativas canadenses. Segundo o Vatican News, foram disponibilizados 30 milhões de dólares, em todo o Canadá, durante cinco anos, para financiar programas a serem definidos conjuntamente entre as lideranças indígenas e as dioceses, paróquias e órgãos da Igreja no país. Dom Donald Bolen, arcebispo de Regina, disse que seria “um longo caminho” e que era “importante percorrê-lo: precisamos continuar com ações concretas por justiça e reconciliação”.

Representantes das comunidades indígenas canadenses manifestaram à Santa Sé o desejo de um encontro pessoal com o Papa, exigindo diretamente dele um pedido de desculpas. O Papa Francisco se declarou disposto a aceitar. Em 27 de outubro de 2021, o boletim diário da Santa Sé informou que “a Conferência Episcopal do Canadá convidou o Santo Padre a fazer uma viagem apostólica ao Canadá, também no contexto do longo processo pastoral de reconciliação com os povos indígenas. Sua Santidade indicou a sua disponibilidade para visitar o país, numa data a combinar”.

Enquanto isso, em contraposição à postura de responsabilização e reconciliação que a Igreja Católica apresentou desde o início das supostas “descobertas”, manifestantes radicais anticatólicos reagiram com estúpida violência no Canadá, promovendo uma onda de ataques contra igrejas e, com isso, dando uma mostra do que seria na realidade o seu hipocritamente alegado “desejo de paz e reconciliação”.

Reviravolta

Agora, a reviravolta provocada pela extensa matéria de Jacques Rouillard começa a repercutir em outros veículos da América do Norte, questionando as anteriores narrativas e suas intenções.

O “The Spectator World” se pergunta: “Por que o governo canadense não esperou por provas antes de lançar o país numa espiral de fúria e violência anticristã?”.

O “National Post” reforça a proposta do próprio Jacques Rouillard de exortar todos os canadenses a se questionarem se, “no caminho para a reconciliação, não seria melhor procurar e contar a verdade completa em vez de criar deliberadamente mitos sensacionalistas”.

O “The Daily Wire“, em matéria cujo título diz que “a narrativa pode estar colapsando”, recorda que, na época das alegadas “descobertas”, o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau declarou categoricamente que “restos mortais foram achados na antiga escola residencial Kamloops” e que tal achado “parte meu coração”, porque, segundo ele, “é uma dolorosa lembrança daquele capítulo escuro e vergonhoso da história do nosso país”.

Que a história real e completa seja agora – literalmente – escavada e exposta ao mundo.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Hoje a Igreja celebra o Dia Mundial da Vida Consagrada

Imagem ilustrativa / Vidar Nordli Mathisen (Unsplash)

REDAÇÃO CENTRAL, 02 fev. 22 / 10:48 am (ACI).- Hoje, 2 de fevereiro, festa da Apresentação do Senhor, a Igreja celebra o XXVI Dia Mundial da Vida Consagrada instituído pelo papa são João Paulo II em 1997.

“A vida consagrada, caminhando juntos” é o lema que anima o dia deste ano, cuja missa será celebrada pelo papa Francisco às 17h30 (13h30 no horário de Brasília) na basílica de São Pedro, e contará com a presença de membros de institutos de vida consagrada e sociedades de vida apostólica.

O cardeal João Braz de Aviz e dom José Rodríguez Carballo, prefeito e secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada, respectivamente, afirmaram em carta que o dia será "uma ocasião de encontro marcada pela fidelidade de Deus, que se manifesta na perseverança jubilosa de muitos homens e mulheres” consagrados e consagradas.

Os dois citaram o papa Francisco, que disse em 11 de dezembro de 2021 que “a vida consagrada nasce na Igreja, cresce e pode dar frutos evangélicos somente na Igreja, na comunhão viva do povo fiel de Deus”.

No Dia de 2021, o papa Francisco se referiu à aridez espiritual que atinge muitos consagrados diante das frustrações durante sua missão.

 “A tristeza interior em nós consagrados é um verme, um verme que nos corrói por dentro. Fuji da tristeza interior”, disse o papa. Segundo Francisco, é preciso "ter paciência” e “esperar, confiantes, os tempos e as modalidades de Deus: Ele é fiel às suas promessas.”

No Dia de 2020, o papa Francisco disse que os consagrados são “o grande tesouro da Igreja”, porque “seguem de perto o Senhor professando os conselhos evangélicos” que são pobreza, castidade e obediência.

O papa recordou também que a vida consagrada é um imerecido "dom de amor" do Senhor que deve ser acolhido "de braços abertos"; e convidou os consagrados a "saber ver a graça" recebida na vocação na história pessoal, "não apenas nos grandes momentos da vida, mas também nas fragilidades, fraquezas, misérias".

Em 26 de janeiro de 2019, durante sua visita ao Panamá para a Jornada Mundial da Juventude, o papa Francisco presidiu uma missa com sacerdotes, religiosos e consagrados.

Naquela ocasião, Francisco lembrou algumas das causas que causam cansaço nos consagrados: "Desde as longas horas de trabalho que deixam pouco tempo para comer, descansar, rezar e estar com a família, até às ‘tóxicas’ condições laborais e afetivas que levam ao esgotamento e desgastam o coração". “Todas elas reclamam, como um grito silencioso, um poço donde começar de novo", disse ele.

O papa encorajou os consagrados a recuperar "a paixão dos enamorados" de sua vocação e "voltar, sem medo, ao poço originário do primeiro amor, quando Jesus passou pelo nosso caminho, olhou-nos com misericórdia, escolheu-nos e pediu que O seguíssemos".

“Ao dizê-lo, recuperamos a memória daquele momento em que os seus olhos cruzaram os nossos, o momento em que Ele nos fez sentir que nos amava, que me amava, e não só como indivíduo, mas também como comunidade”, acrescentou.

Vida consagrada no mundo

A vida consagrada é composta por todos os batizados que se consagram a Deus pelo rito da profissão ou pela consagração das virgens. Estes fiéis comprometem-se a viver a pobreza, a castidade e a obediência, através da emissão de votos ou promessas.

Os fiéis que respondem à vocação da vida consagrada integram os institutos de vida contemplativa (homens e mulheres em comunidades de clausura), institutos de vida apostólica (congregações religiosas masculinas e femininas, sociedades de vida apostólica), institutos seculares, ordem das virgens consagradas e novas formas de vida consagrada.

De acordo com um relatório estatístico da Igreja Católica publicado em outubro de 2021 pela agência Fides, serviço noticioso das Obras Missionárias Pontifícias, no mundo existem 5.364 bispos, 414.336 sacerdotes, 48.238 diáconos permanentes, 50.295 religiosos não sacerdotes e 630.099 religiosos.

A Igreja tem 582 membros de institutos seculares masculinos e 20.913 membros de institutos seculares femininos. O número de seminaristas maiores diocesanos e religiosos é de 114.058 e 96.990 são seminaristas menores diocesanos e religiosos.

O Ano da Vida Consagrada começou em 30 de novembro de 2014 e terminou em 2 de fevereiro de 2016 em Roma, na presença de cerca de seis mil religiosos e religiosas.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF