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sábado, 17 de abril de 2021

As 5 principais perguntas que os cristãos fazem sobre anjos

Renata Sedmakova | Shutterstock

Algumas delas: Eles têm mesmo asas? Será que nós nos tornamos anjos quando morremos?

Os anjos são criaturas espirituais fascinantes. Muitos cristãos têm dúvidas sobre quem eles são e que impacto têm no mundo.

A rigor, não sabemos muito sobre anjos, além do que é revelado na Bíblia.

Aqui estão as 5 principais perguntas que os cristãos fazem sobre os anjos e suas respostas.

Pergunta: Você deve nomear seu anjo da guarda?

Nos últimos anos, tem sido popular entre muitos cristãos nomear seu anjo da guarda ou fazer uma novena para descobrir seu nome. Essa devoção geralmente tem histórias milagrosas associadas a ela, onde as pessoas afirmam que descobriram o nome de seu anjo da guarda.

Embora as histórias pareçam confirmar a legitimidade de tal prática, a Igreja Católica é muito clara sobre sua posição em nomear anjos.

No Diretório sobre piedade popular, a Igreja proclama: “A prática de atribuir nomes aos Santos Anjos deve ser desencorajada, exceto nos casos de Gabriel, Rafael e Miguel, cujos nomes estão contidos nas Sagradas Escrituras”.

Tornamo-nos anjos quando morremos?

Na cultura popular, é comum se referir a pessoas que morreram como “anjos” no céu. Para muitos, isso significa simplesmente que pensam na pessoa falecida como estando com Deus, onde vivem os anjos.

No entanto, às vezes esse pensamento reconfortante se torna mais concreto. Algumas pessoas acreditam que os humanos realmente se tornam anjos quando morrem.

Mas isso é verdade?

A resposta é: não. Não há possibilidade de um humano se tornar um anjo.

Quando morremos, nossa alma é separada de nosso corpo por um momento, mas será reunida a ele no final dos tempos. Falamos sobre isso no Credo todos os domingos quando dizemos: “Creio na ressurreição da carne.”

Tornar-se um anjo após a morte significaria que nos tornamos um ser totalmente diferente.

Os católicos acreditam que os anjos são seres espirituais únicos e irrepetíveis.

Pergunta: Os anjos têm asas?

Para entender a representação artística dos anjos, devemos primeiro entender a natureza de um anjo na tradição cristã. Em primeiro lugar, a palavra “anjo” vem do latim angelus, que significa “mensageiro de Deus”. O latim deriva do grego ἄγγελος, que é uma tradução do hebraico mal’ākh, que significa “mensageiro”, “delegado” ou “embaixador”.

O Catecismo da Igreja Católica expressa isso da seguinte maneira:

Santo Agostinho diz a respeito deles: «Angelus […] officii nomen est, non naturae. Quaeris nomen naturae, spiritus est; quaeris officium, angelus est: ex eo quod est, spiritus est: ex eo quod agit, angelus –Anjo é nome de ofício, não de natureza. Desejas saber o nome da natureza? Espírito. Desejas saber o do ofício? Anjo. Pelo que é, é espírito: pelo que faz, é anjo (anjo = mensageiro)». Com todo o seu ser, os anjos são servos e mensageiros de Deus. Pelo facto de contemplarem «continuamente o rosto do meu Pai que está nos céus» (Mt 18, 10), eles são «os poderosos executores das suas ordens, sempre atentos à sua palavra» (Sl 103, 20).

A palavra “anjo” então descreve simplesmente o que eles fazem e não o que são. Os anjos são acima de tudo mensageiros e mensageiros do plano divino de Deus.

Os anjos são espíritos puros, o que significa que eles não possuem um corpo físico, embora às vezes possam assumir a aparência de um humano.

A forma visível que é frequentemente relatada nas Escrituras ou em histórias devocionais é mera aparência provisória, para que possam ser vistos através dos nossos olhos.

Os artistas geralmente usam asas como um símbolo da missão dessas criaturas como mensageiros.

Qual é a aparência do meu anjo da guarda?

Se alguma vez tivermos a oportunidade de notar nosso Anjo da Guarda, é provável que ele apareça para nós de uma forma que traga consigo sentimentos de paz e segurança.

Nosso anjo da guarda nos conhece melhor do que nós mesmos e habilmente escolhe uma forma que é específica para nós, não querendo nos assustar, mas nos confortar em nossa hora de necessidade.

É provável que nunca os perceberemos visivelmente nesta vida. Mas nossa fé cristã nos dá a confiança de que nosso anjo da guarda está sempre ao nosso lado, pronto para nos ajudar quando mais precisamos dele.

Os Anjos da Guarda conhecem nossos pensamentos?

Eles são capazes de entrar em nossa mente e ler nossos pensamentos secretos? Esta é uma pergunta comum.

A resposta é: não. Eles não têm acesso especial aos nossos pensamentos. Só Deus é capaz de saber exatamente o que está acontecendo em nossa mente, pois ele é o criador e sustentador de todos nós.

Santo Tomás de Aquino afirma isso claramente em sua Summa Theologiae: “O que é próprio de Deus não pertence aos anjos” (I, 57, 4).

No entanto, embora os anjos não tenham acesso irrestrito aos nossos pensamentos, podemos revelar a eles nossos pensamentos de maneira espiritual. O filósofo Peter Kreeft escreveu es em seu livro Angels and Demons que você pode “revelar seus pensamentos e seus segredos ao seu anjo da guarda, falando com ele, como falaria (rezando) com um santo humano no céu ou a um amigo na terra”.

Aleteia

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF