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sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Começa a primavera, trazendo um lembrete importante sobre ciência e fé

alefbet | Shutterstock
Por Francisco Vêneto

Uma "provoca" saudavelmente a outra a dar respostas para perguntas instigantes sobre a origem e a finalidade da ordem natural.

O Hemisfério Sul vive hoje o início da primavera, que traz um lembrete importante sobre ciência e fé.

A popular estação das flores começa oficialmente neste dia 22 de setembro, às 22h04 pelo horário de Brasília, na maior parte do território brasileiro: a exceção, naturalmente, são as porções do país que ficam no Hemisfério Norte, o que inclui a quase totalidade do Amapá e de Roraima, assim como partes do Amazonas e do Pará.

A transição para a nova estação é marcada pelo equinócio, um fenômeno que ocorre duas vezes por ano e dá início à primavera e ao outono. Em ambas as ocasiões, a luz do sol incide da mesma forma sobre os dois hemisférios, o que faz com que, nessas duas datas, os dias e as noites tenham praticamente a mesma duração de 12 horas cada. Este, aliás, é o significado da palavra equinócio, do latim “aequus” (igual) e “nox” (noite): “noites iguais”.

Primavera e ciência

A explicação para este fenômeno parte do fato de que, enquanto vai completando a sua órbita de um ano ao redor do sol, o planeta Terra também vai girando em torno do seu próprio eixo, num movimento contínuo que demora 24 horas para completar cada volta.

Acontece que o eixo da Terra tem uma inclinação de 23,5 graus em relação ao seu plano de órbita, e é dessa inclinação que derivam as estações do ano. Se o eixo estivesse a 90º ou fosse perpendicular ao plano de órbita da Terra, o nascer e o pôr-do-sol aconteceriam na mesma hora todos os dias e, por conseguinte, não existiriam diferentes estações. Por causa da inclinação do eixo da Terra, o nosso planeta fica mais “inclinado” em direção ao sol durante o verão e mais afastado dele durante o inverno.

Entretanto, nos equinócios, nenhum polo da Terra fica inclinado em relação ao sol, o que leva os raios solares a incidirem sobre a linha do Equador e a iluminarem os dois hemisférios com a mesma intensidade.

Ordem, razão e criação

Essa harmonia natural testemunhada pela ciência indica a existência de uma ordem inteligível no universo, o que, no mínimo, gera perguntas instigantes sobre até que ponto a lógica verificável e previsível do cosmo poderia ser mero resultado de puro acaso surgido do nada e por razão nenhuma.

Outra perspectiva aberta pela constatação dessa lógica da natureza é a de que ela tenha sido querida e criada por uma Inteligência Superior, o que aciona o “importante lembrete” mencionado no título desta matéria: o lembrete de que a fé e a razão dialogam continuamente, já que uma “provoca” saudavelmente a outra a dar respostas para perguntas instigantes sobre a origem e a finalidade dessa ordem natural.

A esse respeito, recomendamos o seguinte artigo sobre o assim chamado “Princípio Antrópico“: ele aborda a interessante questão de se Deus teria tido ou não escolha ao criar o universo.

Ainda envolvendo ciência, religião e primavera, não deixe de recordar como foi que surgiu o nosso atual calendário, o gregoriano, que foi implantado por um Papa há cerca de 450 anos:

Fonte: https://pt.aleteia.org/

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF