Foi publicado o Relatório de
Síntese na conclusão da XVI Assembleia Geral do Sínodo sobre a Sinodalidade. Em
vista da segunda sessão em 2024, são oferecidas reflexões e propostas sobre
temáticas como o papel das mulheres e dos leigos, o ministério dos bispos, o
sacerdócio e o diaconato, a importância dos pobres e migrantes, a missão
digital, o ecumenismo e os abusos.
Salvatore
Cernuzio - Vatican News
Formação (PARTE III)
Em seguida,
pede-se uma "abordagem sinodal" para a formação, recomendando, antes
de tudo, "aprofundar o tema da educação afetiva e sexual, acompanhar os
jovens em seu caminho de crescimento e apoiar o amadurecimento afetivo daqueles
que são chamados ao celibato e à castidade consagrada" (14 g). Pede-se que
aprofunde o diálogo com as ciências humanas (14 h) de modo a desenvolver
"questões que são controversas até mesmo dentro da Igreja" (15 b).
Ou seja,
questões "relacionadas à identidade de gênero e à orientação sexual, ao
fim da vida, a situações matrimoniais difíceis e a problemas éticos
relacionados à inteligência artificial". Para a Igreja, essas
"colocam questões novas" (15 g). "É importante dedicar o tempo
necessário para essa reflexão e investir nela as melhores energias, sem ceder a
julgamentos simplificadores que ferem as pessoas e o Corpo da Igreja",
lembrando que "muitas indicações já são oferecidas pelo Magistério e estão
esperando para serem traduzidas em iniciativas pastorais apropriadas".
A escuta
Com a mesma
preocupação, o convite é renovado para uma escuta "autêntica" das
"pessoas que se sentem marginalizadas ou excluídas da Igreja, por causa de
sua situação conjugal, identidade e sexualidade" e que "pedem para
serem ouvidas e acompanhadas, e que sua dignidade seja defendida". Seu
desejo é "voltar para 'casa'", na Igreja, e "ser ouvido e
respeitado, sem medo de se sentir julgado", afirma a Assembleia,
reafirmando que "os cristãos não podem deixar de respeitar a dignidade de
qualquer pessoa" (16 h).
Poligamia
À luz das
experiências relatadas na assembleia por alguns membros do Sínodo da África, o
SECAM (Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar) é
incentivado a promover "um discernimento teológico e pastoral" sobre
a questão da poligamia e "o acompanhamento de pessoas em uniões
poligâmicas que estão chegando à fé" (16 q)
Cultura digital
Por fim, o
Relatório de Síntese fala sobre o ambiente digital. O incentivo é para
"alcançar a cultura atual em todos os espaços onde as pessoas buscam
significado e amor, incluindo seus celulares e tablets" (17 c), tendo em
mente que a Internet "também pode causar danos e lesões, por exemplo, por
meio de bullying, desinformação, exploração sexual e
dependência". É urgente, portanto, "refletir sobre como a comunidade
cristã pode apoiar as famílias para garantir que o espaço on-line não seja
apenas seguro, mas também espiritualmente vivificante" (17 f).
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt
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