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quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Santo Antônio Maria Claret, fundador dos Missionários Claretianos

REDAÇÃO CENTRAL, 24 Out. 19 / 05:00 am (ACI).- “Ó Virgem e Mãe de Deus, bem sabeis que somos filhos e ministros vossos, formados por Vós mesma na frágua da vossa misericórdia e amor”, costumava dizer Santo Antônio Maria Claret, cuja festa é celebrada neste dia 24 de outubro.

Santo Antônio Maria Claret nasceu em Sallent, Barcelona (Espanha), em 1807. Em sua juventude, foi trabalhador têxtil e é considerado o padroeiro dos tecelões. Desde a infância, destacou-se por seu amor à Eucaristia e à Virgem.
Um dia, estando na praia com alguns amigos, começou a refrescar os pés. Então, veio uma onda gigantesca e o arrastou para o mar. Por não saber nadar, quando começou a se afogar, gritou: “Virgem Santa, salva-me”. Imediatamente, estava na margem e com a roupa totalmente seca.
Mais tarde, ingressou no seminário e foi ordenado sacerdote. Seu desejo de ser missionário o levou às Ilhas Canárias e depois a Cuba, onde foi Arcebispo de Santiago. Ali, trabalhou buscando semear o amor e a justiça contra a discriminação racial e a injustiça social. Isto lhe rendeu alguns inimigos.
Foi ferido por um malfeitor contratado que queria cortar sua garganta com uma faca, mas só atingiu parte do rosto e o braço direito. Posteriormente, voltou para a Espanha, após ter ganhado o carinho dos cubanos.
Era muito devoto da Virgem e rezava constantemente o Santo Rosário: “Reza o Santo Rosário todos os dias com devoção e fervor e vereis como Maria Santíssimo será vossa Mãe, vossa advogada, vossa medianeira, vossa mestra, vosso tudo depois de Jesus”, dizia.
Em sua vida, fundou a Comunidade de Missionários do Coração de Maria, hoje chamados Missionários Claretianos, e as Missionárias Claretianas.
ACI Digital

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Bispos da Polônia pedem que São João Paulo II seja Doutor da Igreja

Retrato de São João Paulo II na Igreja Seminário de Lublin /
Crédito: Zbigniew Kotyłły - Wikimedia Commons (CC BY-SA 3.0)
VARSOVIA, 22 Out. 19 / 05:00 pm (ACI).- Em nome de todos os bispos da Polônia, o presidente da Conferência Episcopal, Dom Stanislaw Gądecki, pediu ao Papa Francisco que São João Paulo II seja proclamado Doutor da Igreja e padroeiro da Europa.
O pedido foi apresentado nesta terça-feira, 22 de outubro de 2019, dia da festa de São João Paulo II, durante o congresso do movimento “Europa Christi” realizado no país. Além disso, recebeu o apoio do Arcebispo Emérito de Cracóvia, Cardeal Stanislaw Dziwisz, que foi secretário pessoal de João Paulo II durante 40 anos.
“O Pontificado do Papa polonês era repleto de decisões revolucionárias e de acontecimentos importantes que mudaram o rosto do papado e influenciaram o curso da história europeia e mundial”, escreveu Dom Gądecki em uma carta enviada ao Papa Francisco.
Do mesmo modo, enfatizou que “a riqueza do Pontificado de São João Paulo II – chamado por muitos historiadores e teólogos João Paulo II, o Grande – nasceu da riqueza de sua personalidade: poeta, filósofo, teólogo e místico, que se realizava em muitas dimensões, do trabalho pastoral e do ensino, guiando a Igreja universal, até o testemunho pessoal da santidade da vida”.
Dom Gądecki destacou que o grande sucesso do pontificado de São João Paulo II, de 1978 a 2005, foi a sua contribuição à liberação de sua pátria do domínio comunista e a restauração da unidade na Europa, depois de mais de cinquenta anos de divisão simbolizada pela Cortina de Ferro.
“Após o anúncio unificador e cultural do Evangelho pelos Santos Cirilo e Metódio e por São Adalberto, mais de mil anos mais tarde, os frutos de suas atividades – não apenas em termos sociais, mas também religiosos – encontraram o seu protetor e continuador na pessoa do Papa polonês”, comentou o presidente dos bispos poloneses.
O Cardeal Dziwisz apoiou o pedido de Dom Gądecki e disse que “o legado do Papa Wojtyła é uma síntese rica, multifacetada e original de várias linhas de pensamento humano”.
“Não há dúvida de que ainda permanece – e permanecerá por muito tempo – um elemento essencial de um projeto de renovação cultural em escala global. Na minha opinião, estas são ao mesmo tempo as principais razões pelas quais João Paulo II deveria ser reconhecido como Doutor da Igreja e co-Padroeiro de nossa casa europeia”, acrescentou o Cardeal.
Durante o congresso, o Arcebispo Emérito de Cracóvia disse que o pedido não significa retornar ao passado, mas está certo de que os ensinamentos de João Paulo II poderiam ajudar a Europa a sair de sua atual “crise cultural”.
 “O pensamento de João Paulo II é de fato absolutamente moderno, original e criativo, mas, ao mesmo tempo, permanece nobremente clássico. O difícil equilíbrio de Wojtyła entre tradição e modernidade trouxe um sopro de grande frescor à vida da Igreja e, por meio dela, no espaço universal da cultura, da política e da ciência em geral”, expressou.
“Deste ponto de vista, o Papa Santo se tornou um verdadeiro mestre e Doutor da Igreja e, com isso, um guardião fundamental dos valores europeus, que constituem o fundamento irremovível da civilização contemporânea”, concluiu o Cardeal Dziwisz.
ACI Digital

São João Paulo II, o Papa da família e peregrino

REDAÇÃO CENTRAL, 22 Out. 19 / 05:00 am (ACI).- “Não, não tenhais medo! Antes, procurai abrir, melhor, escancarar as portas a Cristo”, disse São João Paulo II ao iniciar o seu pontificado. Aquela data marcou a história do Papa polonês, tanto que a Igreja determinou este mesmo dia, 22 de outubro, como data da memória litúrgica do santo.

Karol Wojtyla nasceu em 18 de maio de 1920, na cidade de Wadowice, na Polônia, onde viveu até 1938, quando se mudou para Cracóvia. Teve uma juventude muito dura pelo ambiente de ódio e destruição da Segunda Guerra Mundial com a invasão nazista. No outono de 1940, trabalhou como operário nas minas de pedra e depois numa fábrica química.
Mantendo-se firme na fé, em outubro de 1942, entrou no seminário clandestino de Cracóvia e foi ordenado sacerdote em 1º de novembro de 1946.
Em 1958, foi ordenado Bispo, adotando como lema episcopal a expressão mariana Totus tuus (todo teu) de São Luís Maria Grignion de Montfort. Inicialmente, foi Bispo auxiliar e, a partir de 1964, Arcebispo de Cracóvia.
Participou em todas as sessões do Concílio Vaticano II, tendo deixado importantes contribuições nas constituições dogmáticas ‘Gaudium et Spes’ e ‘Lumen Gentium’. Em 26 de junho de 1967, foi criado Cardeal pelo Beato Papa Paulo VI.
Quando, de maneira repentina, João Paulo I faleceu, em 1978, Karol Wojtyla foi eleito Supremo Pontífice, na tarde de 16 de outubro, depois de oito escrutínios. Primeiro Pontífice eslavo da história e primeiro não italiano depois de quase meio milênio.
De personalidade carismática, afirmou-se imediatamente pela grande capacidade comunicativa e pelo estilo pastoral fora dos esquemas. Com grande vigor, realizou muitas viagens: foram 104 internacionais e 146 na Itália; 129 países visitados nos cinco continentes. Estes dados lhe renderam o apelido de Papa peregrino.
O Brasil recebeu a graça de sua visita em três ocasiões. A primeira, em 1980, foi também a primeira vez que um Pontífice pisava em solo brasileiro. Na ocasião, presidiu beatificação do jesuíta espanhol José de Anchieta, fundador da cidade de São Paulo, que foi canonizado em 2014 pelo Papa Francisco. A segunda foi em 1991, quando visitou a Bem-Aventurada Irmã Dulce, em Salvador. A terceira e última aconteceu em 1997, por ocasião do Encontro Mundial das Famílias, no Rio de Janeiro.
Este encontro com as famílias, aliás, foi idealizado por São João Paulo II. Tal iniciativa, junto a outras ações em favor da vida e da família (entre elas a exortação apostólica ‘Familiaris Consortio’ e a carta encíclica ‘Evangelium Vitae’), fizeram com que ficasse conhecido como o Papa da Família.
Também foi uma iniciativa sua as Jornadas Mundiais da Juventude, nas quais se reuniu com milhões de jovens de todo o mundo.
Entre os números de seu pontificado, podem ser mencionadas as frequentes cerimônias de beatificação e canonização, durante as quais foram proclamados 1.338 beatos e 482 santos.
São João Paulo II faleceu em 2 de abril de 2005 às 21h37, na noite prévia ao Domingo da Divina Misericórdia, data que ele mesmo instituiu.
Após 26 dias do seu falecimento, Bento XVI concedeu a dispensa dos cinco anos de expectativa prescritos permitindo o início da causa de canonização. Em 1º de maio de 2011, Bento XVI o proclamou beato e, em 27 de abril de 2014, Papa Francisco o canonizou.
ACI Digital

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Santa Úrsula, padroeira das jovens e estudantes

REDAÇÃO CENTRAL, 21 Out. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 21 de outubro, a Igreja celebra Santa Úrsula, padroeira das jovens e estudantes, que foi martirizada junto com um grupo de virgens.

Conta a tradição que Santa Úrsula era filha de um rei inglês. Para adiar o casamento com um príncipe pagão, viajou com algumas donzelas em peregrinação a Roma.
Após seu retorno, em Colônia (Alemanha), foram capturadas pelos hunos. Santa Úrsula rejeitou a proposta de casamento com o chefe dos bárbaros e ela e suas amigas foram martirizadas por sua fé.
Santa Úrsula apareceu à Santa Ângela de Mérici, que fundou a primeira ordem de mulheres dedicadas à formação cristã de meninas, chamadas Ursulinas.
ACI Digital

domingo, 20 de outubro de 2019

29º Domingo do Tempo Comum- Ano C: REZAR SEMPRE!

+ Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
A Palavra de Deus nos leva, hoje,  a refletir sobre a oração em nossa vida. O Evangelho proclamado ressalta a necessidade da perseverança na oração. No início, São Lucas explica que “Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre e nunca desistir” (Lc 18,1). A viúva que recorre ao juiz, com insistência, clamando por justiça, torna-se modelo da perseverança na oração para os discípulos de Cristo. Além disso, destaca-se a resposta de Deus, que ouve a prece perseverante dos “que dia e noite gritam por ele” (Lc 18,7). A parábola se conclui com uma interrogação de Jesus que nos faz pensar na importância da fé para a oração: “O Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?” (Lc 18,8). A oração brota do coração e dos lábios de quem crê em Deus e, por isso, nele confia e espera.
O livro do Êxodo apresenta o exemplo de constância na oração deixado por Moisés. Ele intercede pelo povo que passava por grande dificuldade a caminho da nova terra. As suas mãos levantadas em oração eram condição para alcançarem a vitória. “Enquanto Moisés conservava a mão levantada, Israel vencia” (Ex 17,11). Quando ele não conseguia mais conservar as mãos erguidas, foram ajudá-lo. Quando necessário, nós também devemos ajudar os irmãos a perseverarem na oração e na vida cristã.
A verdadeira oração é acompanhada da vivência da Palavra de Deus. A segunda Carta de São Paulo a Timóteo destaca a importância da Sagrada Escritura. Ela tem “o poder de comunicar a sabedoria”, sendo “útil para ensinar, para argumentar, para corrigir e para educar na justiça” (2Tm 3,15-16). Por isso, a Palavra deve ser proclamada com insistência.
Neste espírito de oração confiante e perseverante, nós rezamos o Salmo 120, afirmando: “Do Senhor é que me vem o meu socorro, do Senhor que fez o céu e fez a terra”.
Continuamos a viver o Mês Missionário Extraordinário, celebrando o Dia Mundial das Missões. Rezemos pelos missionários presentes no mundo inteiro, especialmente na Amazônia. Como sinal de comunhão e de apoio aos missionários, realiza-se hoje, em todo o mundo, a coleta para as Missões. Reze e participe da coleta missionária. Seja também missionário, na vida cotidiana. O tema deste Mês Missionário nos recorda que somos “batizados e enviados”. Unidos ao Papa Francisco, nós continuamos a acompanhar, com a nossa oração e o nosso testemunho de comunhão eclesial. o Sínodo Especial para a Amazônia, que entra na sua semana conclusiva.
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus


sábado, 19 de outubro de 2019

São Pedro de Alcântara, padroeiro do Brasil

REDAÇÃO CENTRAL, 19 Out. 19 / 05:00 am (ACI).- No mês de outubro a Igreja celebra não só a padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, como também o padroeiro do país, São Pedro de Alcântara, cuja memória litúrgica é recordada neste dia 19 de outubro. Franciscano, o santo teve sua vida marcada pela penitência e mortificações.

Nasceu em 1499, em Alcântara, na Espanha, e desde pequeno cultivou a oração. Estudou na Universidade de Salamanca, onde descobriu sua vocação e decidiu entrar para a Ordem dos Franciscanos, embora seu pai desejasse que ele seguisse carreira na área de Direito.
Pedro foi ordenado sacerdote e se tornou exemplo de uma vida dedica à oração, ao jejum, ao desapego dos bens materiais e severo exercício de penitências e mortificações. Usava um hábito surrado e tinha poucas horas de sono por dia.
Tornou-se superior de vários conventos, sendo um modelo em estrita conformidade com as regras da comunidade. Suas orações levaram muitos à conversão.
A fim de que os religiosos vivessem mais a mortificação, oração e meditação, São Pedro de Alcântara fundou o ramo franciscano de “estrita observância” ou “Alcantarinos”.
Entre seus amigos, encontram-se São Francisco de Borja e Santa Teresa D’Ávila, de quem foi diretor espiritual e apoiou nas reformas da Ordem das Carmelitas.
Aos 63 anos, em 1562, morreu de joelhos, dizendo as palavras do Salmo 121: “Que alegria quando me vieram dizer: Vamos subir à casa do Senhor”.
Santa Teresa D’Ávilla disse que São Pedro de Alcântara apareceu para ela após sua morte e disse: “Felizes sofrimentos e penitência na terra, que me conseguiram tão grandes recompensas no céu”.
Durante sua vida, sendo um notável pregador, foi o confessor do Rei Dom João III, de Portugal. Tornou-se, mais tarde, o santo de devoção da Família Real. Seu nome, Pedro de Alcântara, foi escolhido como nome de batismo dos dois imperadores do Brasil – Dom Pedro I e Dom Pedro II.
Foi Dom Pedro I quem solicitou ao Papa que proclamasse São Pedro de Alcântara padroeiro do Brasil. E, assim foi feito, em 1826, pelo Papa Leão XII.
Confira a seguir a oração a São Pedro de Alcântara:
Ó grande amante da Cruz e servo fiel do divino Crucificado, São Pedro de Alcântara; à vossa poderosa proteção foi confiada a nossa querida Pátria brasileira com todos os seus habitantes. Como Varão de admirável penitência e altíssima contemplação, alcançai aos vossos devotos estes dons tão necessários à salvação. Livrai o Brasil dos flagelos da peste, fome e guerra e de todo mal. Restituí à Terra de Santa Cruz a união da fé e o verdadeiro fervor nas práticas da religião.
De modo particular, vos recomendamos, excelso Padroeiro do Brasil, aqueles que nos foram dados por guias e mestres: os padres e religiosos. Implorai numerosas e boas vocações para o nosso país. Inspirai aos pais de família uma santa reverência a fim de educarem os filhos no temor de Deus não se negando a dar ao altar o filho que Nosso Senhor escolher para seu sagrado ministério.
Assisti, ó grande reformador da vida religiosa, aos sacerdotes e missionários nos múltiplos perigos de que esta vida está repleta. Concede-lhes a graça da perseverança na sublime vocação e na árdua tarefa que por vontade divina assumiram.
Lá dos céus onde triunfais, abençoai aos milhares de vossos protegidos e fazei-nos um dia cantar convosco a glória de Deus na bem-aventurança eterna. Assim seja!
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sexta-feira, 18 de outubro de 2019

São Lucas Evangelista, o padroeiro dos médicos

REDAÇÃO CENTRAL, 18 Out. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 18 de outubro, a Igreja celebra a memória litúrgica de São Lucas Evangelista, o autor do terceiro Evangelho e dos Atos dos Apóstolos e o que mais fala sobre a Virgem Maria. Médico, tornou-se também padroeiro desses profissionais.

São Lucas, cujo nome significa “portador de luz”, foi introduzido na fé por volta do ano 40. Ele nunca conheceu Jesus, mas conheceu São Paulo, de quem foi discípulo. Foi educado na literatura e na medicina. É o único escritor do Novo Testamento que não é israelense e dirigiu sua mensagem aos cristãos gentios.
No prólogo de seu Evangelho, diz que o escreveu para que os cristãos conhecessem melhor as verdades nas quais tinham sido instruídos. Era, acima de tudo, um historiador e escrevia principalmente para os gregos.
São Lucas traça a biografia da Virgem e fala da infância de Jesus. Ele traz os segredos da Anunciação, da Visitação e do Natal, fazendo entender que tenha conhecido pessoalmente Maria.
Em seu Evangelho, destaca o cuidado especial para com os pobres, os pecadores arrependidos e a oração.
A tradição diz que ele morreu como um mártir pendurado em uma árvore na Acaia. É representado com um livro ou como um touro alado, pois inicia o Evangelho falando do templo, onde eram imolados os bois, e começa com o sacrifício do sacerdote Zacarias.
Além dos médicos, São Lucas é padroeiro dos cirurgiões, solteiros, açougueiros, encadernadores, escultores, artistas notários e diz-se que ele também era um pintor da Virgem.
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quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Santo Inácio de Antioquia, o primeiro a chamar a Igreja de “Católica”

REDAÇÃO CENTRAL, 17 Out. 19 / 05:00 am (ACI).- “Onde está Jesus Cristo, aí está a Igreja Católica”, escreveu Santo Inácio de Antioquia, atribuindo pela primeira vez o adjetivo Católica (Universal) à Igreja. Sua festa é celebrada neste dia 17 de outubro.

Santo Inácio se tornou o terceiro bispo de Antioquia (70-107 d.C.), onde São Pedro foi o primeiro.
No caminho para o seu martírio em Roma, Santo Inácio ia encorajando as igrejas das diversas cidades. Orientou sempre para a união com Cristo e se definiu como “um homem a quem foi encomendada a tarefa da unidade”.
Em uma carta aos cristãos de Trali disse: “Amai-vos uns aos outros com um coração indiviso. O meu espírito oferece-se em sacrifício por vós, não só agora, mas também quando tiver alcançado Deus… Que possais ser encontrados em Cristo sem mancha”.
Morreu devorado por feras. Ele é chamado “Padre Apostólico” por ter sido discípulo de São Paulo e São João.
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quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Santa Edwiges, padroeira dos endividados

REDAÇÃO CENTRAL, 16 Out. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 16 de outubro, a Igreja celebra Santa Edwiges, uma mãe que, com seu marido, fundou mosteiros e, após a morte dele, tornou-se monja e continuou a servir os carentes e enfermos. A santa é conhecida como a padroeira dos pobres e endividados e isso tem a ver com sua história e vida de caridade.

Edwiges nasceu na Bavária, Alemanha, em 1174, filha de uma família nobre. Desde pequena dava sinais de seu desapego material e zelo espiritual. Aos doze anos, casou-se com o duque da Silésia e da Polônia, Henrique I, de 18 anos. Eles tiveram sete filhos.
Aos 20 anos, Edwiges sentiu o chamado de Jesus e, após conversar com seu marido, os dois decidiram seguir o Senhor, mantendo no casamento o voto de abstinência sexual.
Entregando-se à piedade e à caridade, empregava grande parte dos seus ganhos para auxiliar os demais. Sabendo que muitos eram presos por causa de dívidas, passou a ir aos presídios, saldar as contas com o próprio dinheiro, libertar os encarcerados e ainda lhes arrumava um emprego.
Ela e seu marido fundaram muitos mosteiros, entre eles o de Trebnitz, na Polônia, do qual sua filha Gertrudes se tornou abadessa.
Henrique I construiu o Hospital da Santa Cruz em Breslau e Edwiges, um hospital para leprosos em Neumarkt, onde assistiram pessoalmente aqueles que sofriam desta doença. A santa também costumava ir à Igreja descalço na neve, mas levava os sapatos na mão para colocá-los imediatamente se encontrasse alguém.
Viu seis de seus sete filhos falecer e também seu marido, vítima de uma doença contraída após ser mantido como prisioneiro de guerra. Quando Henrique I morreu, muitas religiosas choraram e Edwiges as confortou dizendo: “Por que se queixam da vontade de Deus? Nossas vidas estão em suas mãos e tudo que Ele faz é bem feito”.
Santa Edwiges tomou o hábito religioso de Trebnitz, mas prometeu continuar a gerir suas ações em favor dos necessitados. Deus lhe concedeu o dom da profecia e milagres. Foi quando operou muitos milagres em enfermos.
Ela amava muito Maria e, por isso, sempre carregava uma pequena imagem da Virgem em suas mãos. Quando morreu, em 15 de outubro de 1243, foi impossível tirar a imagem de suas mãos. Anos mais tarde, quando foram transladar seu corpo, encontraram a imagem empunhada e os dedos que a seguravam incorruptos.
Santa Edwiges foi canonizada em 1266, pelo Papa Clemente IV.
Por razão desta data, confira a seguir a oração à Santa Edwiges.
Ó Santa Edwiges, Vós que na Terra fostes o amparo dos pobres, a ajuda dos desvalidos e o socorro dos endividados, no Céu agora desfrutais do eterno prêmio da caridade que em vida praticastes, suplicante Te peço que sejais a minha advogada, para que eu obtenha de Deus o auxílio que urgentemente preciso...
(Fazer o pedido da graça que urgentemente precisa)
Santa Edwiges, protetora dos endividados, aumentai minha confiança na providência divina para que não falte o pão de cada dia, e que no final do mês não falte o necessário, para que eu possa dar aos meus familiares saúde, educação e dignidade na moradia.
Santa Edwiges intercedei por mim para que eu consiga o equilíbrio na vida financeira e o discernimento nos negócios. Ajudai-me a superar os problemas financeiros, que eu não me iluda com o dinheiro fácil, que eu não seja conivente com a corrupção, propina. Dai equilíbrio na vida financeira.
Alcançai-me também, Santa Edwiges, a suprema graça da salvação eterna.
Santa Edwiges, rogai por nós!
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Santa Margarida Maria Alacoque, serva do Sagrado Coração de Jesus

REDAÇÃO CENTRAL, 16 Out. 19 / 06:00 am (ACI).- “Quando se ama, tudo fala de amor, até nossos trabalhos que requerem nossa total atenção podem ser um testemunho de nosso amor”, dizia Santa Margarida Maria Alacoque, a quem o Sagrado Coração de Jesus apareceu e cuja festa é celebrada neste dia 16 de outubro.

Santa Margarida Maria nasceu na França em 1647. Aos quatro anos, consagrou a Deus sua pureza e fez voto de perpétua castidade. Quando tinha oito anos, seu pai morreu. Ela ingressou na escola das Clarissas pobres, onde se sentiu atraída pela vida das religiosas e recebeu a comunhão aos nove anos, algo pouco comum para a época.
Dois anos mais tarde, contraiu uma doença reumática dolorosa que a obrigou a ficar de cama até os 15 anos e, por isso, teve que regressar para sua casa. Buscou alívio na Virgem Maria, a quem prometeu que, se ficasse saudável, se tornaria uma de suas filhas e, assim, recuperou a saúde.
A jovem, porém, se deixou levar pela vaidade e pelas diversões, mas a Virgem apareceu para ela em vários momentos para repreendê-la e encorajá-la em seu caminho de santidade.
Em casa, Margarida e sua mãe eram agressivamente controladas por alguns familiares que tinham se apoderado dos bens. Além disso, a mãe tinha uma dolorosa ferida no rosto que a jovem cuidava todos os dias. Diante de tudo isso, ela sempre buscou consolo no Senhor.
Aos poucos, foi tentada a se casar e começou a se preparar, considerando que talvez pudesse obter dispensa de seu voto, porque o fez quando era criança. Foi assim que em uma ocasião Jesus lhe disse que Ele tinha motivado o voto de castidade e que depois a tinha colocado aos cuidados de sua Santíssima Mãe.
Mas Margarida só compreendeu que estava perdendo um tempo precioso, do qual lhe seria pedido contas rigorosas na hora da morte, quando o Senhor apareceu a ela desfigurado, flagelado e lhe disse: “E bem quererá gozar deste prazer? Eu não gozei jamais de nenhum, e me entreguei a todo gênero de amarguras por teu amor e por ganhar teu coração”.
Mais tarde, depois de convencer seus parentes, ingressou no Convento da Visitação. Ali Margarida se desenvolveu de maneira humilde, obediente e sincera ante os sacrifícios da vida em comunidade e professou seus votos no dia 6 de novembro de 1672.
Com o tempo, recebeu revelações do Sagrado Coração de Jesus e sofreu todas as primeiras sextas-feiras do mês uma reprodução da misteriosa chaga no lado.
Por suas visões e doenças, começou a receber incompreensões e rejeições no convento, teve que passar por difíceis interrogatórios de teólogos e chegou-se a dizer que suas experiências místicas podiam ser obra do demônio. Tudo isso parou quando conheceu o sacerdote jesuíta São Cláudio de la Colombiere, que pôde ver nela sua santidade e falou com a madre superiora.
Por obediência, escreveu o que Deus lhe tinha revelado e contou as mensagens divinas para sua comunidade. A princípio, foi humilhada, mas depois recebeu o apreço de suas irmãs.
Santa Margarida, lamentavelmente, não veria se cumprir na Igreja a instituição do dia do Sagrado Coração de Jesus, tal como Jesus Cristo lhe tinha pedido. Em 17 de outubro de 1690, tendo previamente indicado esta data como o dia de sua morte, partiu para a Casa do Pai com 43 anos de idade e 18 de profissão religiosa.
Entre os mosteiros das visitandinas, começou-se a propagar a devoção ao Coração de Jesus e, em 1765, Clemente XIII introduziu a Festa do Sagrado Coração em Roma.  Em 1856, o Beato Pio IX a estendeu a toda a Igreja e, finalmente, em 1920, Margarida foi proclamado santa pelo Papa Bento XV.
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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF