Translate

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Você sabe o que simboliza o azul do manto da Virgem Maria?

Manto de nossa senhora | Imagem: Reprodução

Azul é cor que sempre esteve presente no mando ou nas vestes da Virgem Maria, mas o que essa cor representa?

“E sobre a mesa do pão da Presença eles devem espalhar um pano de cor azul”  – (Números 4:7).

Nas raízes bíblicas do antigo testamento, azul era utilizado para representar o povo de Israel.Essa cor estava ligada à figura de obediência a Deus.

Ao mesmo tempo, é a cor do céu. Algumas culturas associam o manto de Maria como alcance do Reino de Deus.

Nossa Senhora das Graças |Imagem:Reprodução

As cores

As cores sempre são muito utilizadas no cristianismo.

Assim como o Verde,Roxo, Vermelho e Branco são usados para representar os tempos litúrgicos, vestes de figuras bíblicas possuem uma ligação com o seus significados.

Sagrado Coração de Jesus|Imagem:Reprodução

Jesus, por exemplo, sempre é representado com vestes vermelhas, brancas e azuis.

o vermelho representa terra e o sangue, o branco a paz e assim como o manto de maria, o azul simboliza a obediência a Deus.

 Fonte:Dicas online

https://catholicus.org.br/

Já houve algum papa negro? É possível...

A Catequista
Por "A Catequista"

Quando pensamos em “papas”, geralmente nos vem à mente a imagem homens brancos. De fato, a realidade dos últimos séculos confirma esse imaginário.

Mas nem sempre foi assim. Nos primeiros séculos da cristandade, foram eleitos três papas africanos:

  • São Victor I, o 14º papa, no século II;
  • São Miltíades, o 32º papa, no século IV;
  • São Gelásio, o 49º papa, no século V.

São Victor nasceu no norte da África, enquanto São Miltíades e São Gelásio nasceram em Roma, tendo pais africanos.

Algum desses três papas era negro? É possível, mas não há como ter certeza. Afinal, os territórios do Império Romano na África eram um mosaico de etnias.

Qual a razão de o último papa africano ter sido eleito no século V? O primeiro fator é que o catolicismo foi praticamente banido da África em meados no século V. Foi quando a tribo germânica dos vândalos invadiu o Norte da África e estabeleceu ali o seu reino.

Depois, durante o período de dominação bizantina do papado – o chamado Papado Bizantino, entre os anos 537 e 752 –, subiram ao trono de Pedro mais de trinta papas do Oriente. Eles eram católicos de língua grega, e eram indicados pelo Imperador bizantino. Muito provavelmente, tinham a pele mais escura.

Desde então, praticamente todos os papas eleitos foram europeus ocidentais. O motivo não tem nada a ver com questões raciais, mas sim com geografia e política. Vamos explicar...

Os papas eram muitas vezes eleitos por aclamação popular: o povão nas ruas de Roma e começava a gritar o nome de algum favorito. Com esse método, era impossível que elegessem algum cristão que fosse de algum país longínquo.

Também havia a eleição papal por meio do sínodo de bispos, que geralmente só envolvia alguns bispos das regiões próximas. Novamente, era quase impossível que algum cristão não europeu fosse eleito, já que eles só votavam naqueles que conheciam – e não tinham internet para conhecer o trabalho dos bispos de países distantes.

O primeiro papa eleito por um conclave (reunião fechada de cardeais, numa sala fechada “com chave”) foi Celestino IV, em 1241.

A ideia do conclave é que todos os cardeais votantes participassem da eleição de cada novo pontífice. Mas, na prática, a grande demora no deslocamento (não existia avião) impedia que os cardeais de países longínquos chegassem a Roma a tempo.

Com isso, a imensa maioria dos papas eram italianos (brancos), e alguns poucos eram de países vizinhos. Pois somente os cardeais da Itália e adjacências efetivamente compareciam aos conclaves.

Isso sem falar do período em que famílias poderosas de Roma dominavam o andamento das eleições papais (saiba mais no nosso livro "As Verdades que nunca te contaram sobre a Igreja Católica"). Não tinha como o papa não ser italiano!

Nos séculos X e XI alguns alemães se tornaram vigários de Cristo, devido à influência do Imperador Sacro Império Romano Germânico.

A combinação de todos esses fatores deu esse resultado: dos mais de 260 papas já eleitos, 217 foram italianos.

O Papa Francisco, argentino, foi o primeiro papa das Américas. E, apesar da grande influência dos Estados Unidos em Roma, nenhum prelado estadunidense subiu ao trono de Pedro até hoje.

Para vocês terem uma ideia mais clara do “problema”: em 1922, dois cardeais americanos ficaram muito aborrecidos por terem viajado em vão até o Vaticano: William O’Connell, de Boston, e Dennis Dougherty, da Filadélfia. Eles não conseguiram chegar a tempo no conclave que elegeu Pio XI.

Essa situação levou Pio XI a mudar as regras do conclave, para garantir que os cardeais de países de fora da Europa tivessem mais tempo para viajar e participar da votação.

*****

Siga no Instragram! @ocatequistaoficial

https://ocatequista.com.br/

Bielorrússia se consagra ao Imaculado Coração de Maria

Guadium Press
Este Ato de Consagração foi marcado para esta terça-feira, 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição.

Bielorrússia – Minsk (08/12/2020 12:00, Gaudium Press) O presidente da Conferência de Bispos Católicos da Bielorrússia, Dom Tadeusz Kondrusiewicz, divulgou uma carta na qual convida as comunidades eclesiais e os fiéis do país a celebrarem um Ato de Consagração do país ao Imaculado Coração de Maria.

Consagração na Solenidade da Imaculada Conceição

Este Ato de Consagração, que foi marcado para esta terça-feira, 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição, ocorre dentro de um panorama de crise sócio política no país e diante de uma delicada situação sanitária por conta da pandemia de Covid-19.

Guadium Press

Ad Jesum per Mariam

Em sua carta, o Arcebispo metropolitano de Minsk e Mogilev, recordou a piedosa expressão latina ‘Ad Jesum per Mariam’ (‘A Jesus por Maria’). A partir daí exortou aos bielorrussos para que peçam a intercessão de Nossa Senhora diante de seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, para que “todos nós e nossa Pátria tenhamos a graça de colocar um fim à pandemia do coronavírus e viver uma vida em paz”.

Retiro de Advento

No último domingo, 6 de dezembro, o prelado encerrou um retiro espiritual de Advento que foi realizado na Catedral do Santo Nome de Maria, em Minsk. Os fiéis puderam acompanhar as reflexões de Dom Kondrusiewicz através dos canais oficiais da Igreja Católica nas redes sociais.

A Consagração ocorrerá no dia 25 de março, depois do ngelus no final da novena, e será presidida pelo Arcebispo Primaz da Irlanda, Dom Eamon Martin.
Guadium Press

Coronavírus na Bielorrússia

A emergência sanitária na Bielorrússia se agravou nas últimas semanas, com o aumento diário dos casos de coronavírus. O presidente do país, Alexandr Lukashenko, qualificou a situação como controlável, entretanto, não descartou a possibilidade de introduzir novas medidas restritivas para evitar mais contágios. (EPC)

https://gaudiumpress.org/

A caridade e a prosopagnosia

Shutterstock | Hananeko_Studio
por Vitor Roberto Pugliesi Marques

Parece-nos que as máscaras criaram um ambiente de prosopagnosia global sem que ao menos percebêssemos.

Certa vez, estávamos, juntamente com toda equipe multiprofissional em saúde, realizando visita aos leitos dos pacientes como rotineiramente fazemos e uma situação nos chamou a atenção. Ao final da visita, tivemos de ajustar a máscara facial, momento no qual um colega de trabalho fez uma brincadeira dizendo: “Prazer em conhecê-lo sem máscara, creio que não o reconheceria”; caímos ambos em risadas. Esse episódio, todavia, lembrou-nos uma alteração neurológica que é por demais interessante, a chamada prosopagnosia. Também conhecida como agnosia de face ou agnosia facial, trata-se de uma situação clínica na qual um indivíduo apresenta incapacidade em reconhecer faces familiares. Os indivíduos acometidos são incapazes de olhar para rostos de pessoas familiares e dizer de quem se trata, sendo necessários outros estímulos para haver o reconhecimento: por exemplo, a escuta da voz.

Em tempos de pandemia, as máscaras tornaram-se acessório frequente (inclusive obrigatório) nos diversos cenários sociais. Há situações, inclusive, em que praticamente só se tem contato com certa pessoa em uso de máscara. Citamos uma experiência pessoal em que apenas após quase três meses de convivência profissional pudemos ver (e com distância, diga-se de passagem) o rosto de uma enfermeira. Comentei nesse momento que caso a encontrasse na rua e não a cumprimentasse que ela não se ofendesse, pois não iria reconhecê-la. Parece-nos que as máscaras criaram um ambiente de prosopagnosia global sem que ao menos percebêssemos. 

Nesse contexto, podemos extrapolar a reflexão para o campo espiritual. Na primeira epístola de São João, escreve-se que “temos de Deus este mandamento: o que amar a Deus, ame também o seu irmão” (1Jo 4,21). Tais palavras são a retumbância do ensinamento do próprio Senhor que, em suas despedidas, nos exorta: “Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros” (Jo 13,34). Nesse amor mútuo, o Senhor nos ensina como viver a verdadeira caridade. Ensina-nos Santo Tomás de Aquino que “por isso o hábito da caridade não só se estende ao amor de Deus, mas também ao próximo” (Summa theologica IIa-IIæ q.25 a.1). Completa ainda o Doutor Angélico nesse mesmo artigo: “por isso, amamos todos os próximos com o mesmo amor de caridade, enquanto referidos a um só bem comum, que é Deus”. Em um sincretismo neurológico-teológico, somos chamados pelo Senhor a reconhecer no nosso próximo o rosto de Cristo. 

Desse modo, o nosso próximo adquire uma “dupla face”: a face de si mesmo e a face do próprio Cristo. Somos assim chamados a negar a “prosopagnosia moderna” que nos leva a olharmos apenas para nós e para os nosso interesses e transportarmo-nos ao outro para acolhê-lo e socorrê-lo, pois nele vemos a face daquele que tanto amamos e tanto desejamos ter por perto: Nosso Senhor e salvador. “São repreensivos os que esperam no homem como autor principal de sua salvação”, alerta-nos, mais uma vez, Santo Tomás de Aquino, “não porém quem o ama por amor de Deus – o que é próprio da caridade” (Summa theologica IIa-IIæ q.25 a.1). Isso nos ensina a Mãe Igreja e isso praticaram nossos santos. Santa Teresa de Calcutá, em um dia de muito calor, recebeu em seus braços uma mulher tomada pela fome e pela doença, raquítica e mal cuidada, tendo o corpo repleto por chagas. Ajudada por suas irmãs começou um trabalho de cuidado delicado para com todo aquele corpo, de modo que sua assistida pergunta: Por que fazes isso? E a santa responde: Porque te quero bem. No coração dessa mulher luminosa certamente pulsava uma resposta tanto àquela mulher quanto a Nosso Senhor, pois só se consegue tamanha virtude quando se quer bem ao Deus que tanto buscamos e tanto honramos. 

Que saibamos, pois, sair da “prosopagnosia espiritual”, a nos impedir de ver a face de Deus no próximo e de praticar a caridade, e pratiquemos “a escola de serviço do Senhor” (RB prólogo 45) na qual exercemos a caridade ao próximo por amor ao Senhor.

Aleteia

Jesus nasceu em 25 de dezembro? (Parte 7/7)

Nascimento de Jesus | Caravaggio

Conclusão

Onde tudo isso nos deixa? Por um lado, os argumentos contra o nascimento de Jesus em 25 de dezembro não funcionam, e a alegação de que a data foi escolhida para suplantar uma celebração pagã é insuportável. Não apenas encontramos cristãos apoiando 25 de dezembro bem antes do feriado pagão em questão, mas também não os encontramos dizendo algo como “Vamos oferecer uma celebração alternativa”. Os que apoiam o dia 25 de dezembro acreditam sinceramente que é quando Jesus nasceu.

Por outro lado, a Bíblia não nos dá informações suficientes para determinar o aniversário de Jesus, e a tradição nos Padres da Igreja é mista, com datas diferentes sendo propostas.

Observou-se que no mundo antigo duas das datas – 25 de dezembro e 6 de janeiro – eram às vezes consideradas a data do solstício de inverno, a época em que os dias começam a ficar mais longos. Além disso, os Padres da Igreja discutiram o nascimento de Cristo em termos de luz vindo ao mundo, com base na profecia de Malaquias: “Para vós, que temereis o meu nome, nascerá o sol da justiça, com cura nas suas asas” (4: 2).

Portanto, é possível que a crença de que Cristo nasceu em uma data de solstício tenha sido baseada nessa profecia. Alternadamente, pode ter havido uma lembrança de que Cristo nasceu no inverno, e a data específica foi determinada com base na profecia. Ou pode ser que Cristo simplesmente tenha nascido em uma dessas datas, e sua conjunção com os antigos cálculos do solstício foi uma questão de providência divina.

Seja qual for o caso, Cristo nasceu. O sol da justiça levantou-se e “o povo que estava sentado em trevas viu uma grande luz e, para os que estavam assentados na região e sombra da morte, a luz amanheceu” (Mt 4:16; Is 9: 2).

 Portal Apologistas da Fé Católica

Papa convoca um Ano de São José: Assim será possível lucrar a indulgência plenária

Pintura de São José e imagem de arquivo do Papa Francisco.
Foto: ACI Prensa - Vatican Media

Vaticano, 08 dez. 20 / 10:26 am (ACI).- O Papa Francisco convocou um Ano de São José a partir desta terça-feira, 8 de dezembro, a 8 de dezembro do próximo ano 2021, durante o qual a Igreja Católica concederá indulgências de acordo com uma série de condições estabelecidas pela Penitenciária Apostólica.

Por meio de um decreto aprovado pelo Pontífice e assinado pelo Penitenciário-Mor, Cardeal Mauro Piacenza, o Santo Padre convocou este Ano de São José para comemorar os 150 anos do Decreto Quemadmodum Deus, por meio do qual o Beato Pio IX declarou Santo José Padroeiro da Igreja.

“Comovido pelas circunstâncias graves e sombrias em que se encontrava a Igreja, acossada pela hostilidade dos homens, proclamou São José Padroeiro da Igreja Universal”, explica o Decreto aprovado nesta terça-feira, 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição.

Com a convocação deste Ano de São José, pretende-se, continua o Decreto, “que todos os fiéis com o seu exemplo (de São José) possam fortalecer diariamente a sua vida de fé em plena realização da vontade de Deus”.

“Todos os fiéis terão assim a possibilidade de se comprometer, mediante a oração e as boas obras, a obter com a ajuda de São José, chefe da celeste Família de Nazaré, consolo e alívio das graves tribulações humanas e sociais que hoje afligem o mundo contemporâneo".

Para obter a indulgência plenária, destaca-se no Decreto, devem ser cumpridas as condições prescritas pela Igreja para tal efeito: confissão sacramental, comunhão eucarística e rezar pelas intenções do Santo Padre.

As modalidades nas quais se concederá a indulgência plenária no Ano de São José, que começa hoje, são as seguintes:

“A indulgência plenária é concedida àqueles que meditarem pelo menos durante 30 minutos na oração do Pai-Nosso, ou participarem em um Retiro Espiritual de pelo menos uma jornada no qual se realize uma meditação sobre São José”.

“Aqueles que, com o exemplo de São José, realizem uma obra de misericórdia corporal ou espiritual poderão lucrar o dom da indulgência plenária”.

“Para que todas as famílias cristãs se sintam encorajadas a recriar o mesmo ambiente de íntima comunhão, amor e oração que se vivia na Sagrada Família, é concedida a indulgência plenária pela oração do Santo Terço nas famílias e entre os noivos”.

“A indulgência plenária pode ser lucrada por aqueles que confiem cotidianamente suas atividades à proteção de São José e cada fiel que invoque com a oração a intercessão do Artesão de Nazaré para que, quem se encontre procurando emprego, possa encontrar ocupação e que o trabalho de todos seja digno”.

“A indulgência plenária é concedida aos fiéis que recitem as Ladainhas a São José (para a tradição latina), ou o Akathistos a São José, inteiro ou pelo menos uma parte (para as tradições bizantinas), ou outra oração a São José propriamente dita de outras tradições litúrgicas pela Igreja perseguida ad intra e ad extra e para o alívio de todos os cristãos que sofrem alguma forma de perseguição”.

Além disso, "para reafirmar a universalidade do patrocínio de São José sobre a Igreja, além dessas razões, a Penitenciária Apostólica concede indulgência plenária aos fiéis que recitarem qualquer oração legalmente aprovada ou ato de piedade em homenagem a São José".

“Por exemplo, 'A ti, oh, San José', especialmente de 19 de março a 1º de maio, na festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José; no domingo de São José (segundo a tradição Bizantina); no dia 19 de cada mês e todas as quartas-feiras, dia dedicado à memória do Santo segundo a tradição latina”.

O Decreto termina especificando que “no atual contexto de emergência sanitária, o dom da indulgência plenária estende-se de modo particular aos idosos, aos doentes, aos moribundos e a todos aqueles que por motivos legítimos não podem sair de casa, aos quais, com a alma livre de todo pecado e com a intenção de cumprir, na medida do possível, as três condições habituais, em casa ou onde estiverem devido à doença, recitem um ato de piedade em homenagem a São José , consolo dos enfermos e padroeiro da boa morte, oferecendo com fé a Deus as dores e sofrimentos da vida”.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

ACI Digital

S. JOÃO DIOGO CUAUHTLATOATZIN

S. João Diogo Cuauhtlatoatzin, Miguel Cabrera

Na manhã do dia 9 de dezembro de 1531, um índio de 57 anos passava por um terreno pedregoso, onde até as plantas não cresciam.
Alguns anos antes foi batizado com o nome de Juan Diego, mas seu nome original era "Cuauhtlatoatzin", que, em asteca, quer dizer "grito da águia".

Certo dia, o camponês estava indo da sua aldeia à Cidade do México: era um sábado, dia em que os missionários espanhóis dedicavam à catequese. Ao chegar à colina Tepeyac, Juan Diego foi atraído por uma coisa estranha: um canto de passarinhos, que nunca havia ouvido antes e, depois, uma voz suave rompeu o silêncio e o chamou: "Juantzin, Juan Dieguinho"! O homem subiu para o cume da colina e se defrontou com uma jovem mulher, cujo vestido brilhava como o sol. Ele se ajoelhou diante dela e maravilhado a ouviu dizer: “Eu sou a Perfeita sempre Virgem Maria, mãe do Deus único e verdadeiro”.

Um sinal para acreditar

A Senhora confiou uma tarefa a Juan Diego: narrar ao Bispo o que lhe havia acontecido, para que construísse um templo mariano aos pés da colina. Não era fácil narrar uma coisa incrível! De fato, o Bispo, Dom Zumarraga, não acreditou no que disse.
À noite, sobre a colina, o fracasso da sua narração não impediu a Senhora a convidar Juan Diego a tentar novamente, no dia seguinte.
Desta vez, o Bispo fez-lhe algumas perguntas a mais sobre a aparição, permanecendo sempre cético. No entanto, pediu ao índio para levar-lhe um sinal, para que seu conto não fosse uma fábula.
O camponês apresentou o pedido à Senhora, que concordou em lhe mandar um sinal no dia seguinte. Porém, aconteceu um imprevisto: o índio soube que seu tio enfermo estava em fim de vida. Depois de uma noite de sofrimento, o homem sentiu a necessidade urgente de chamar um sacerdote. Assim, na manhã do dia 12, Juan Diego pôs-se a caminho, mas, ao chegar a Tepeyac, procurou mudar de rota para evitar um novo encontro com a Senhora.

O prodígio da tilma

Seu gesto foi inútil. A Senhora apareceu novamente diante dele e lhe perguntou o motivo de tanta pressa. Envergonhado, o camponês jogou-se no chão e, pedindo perdão, explicou-lhe tudo. A senhora o acalmou, dizendo: “Seu tio está curado”! Ao invés, convidou Juan Diego a subir a colina para recolher algumas flores e levá-las ao Bispo. Entre as pedras, tinham nascido lindas "flores de Castela", uma coisa impossível em meados de dezembro. O índio recolheu algumas flores e as colocou na sua “tilma”, um manto de lona grosseira que usava, e foi para a Cidade do México.
Depois de uma longa espera, foi levado até o Bispo. Juan Diego conta-lhe os novos acontecimentos e, depois, abriu seu manto diante dos presentes. Naquele instante, em sua “tilma” ficou estampada a imagem da Virgem, o ícone que se tornou famoso e venerado em todos os lugares.

O guardião da Virgem

Desde então, o caminho ficou aplainado. O Bispo pediu para ser acompanhado até ao local das aparições e, assim, começaram as obras. Em 26 de dezembro, já estava pronta a primeira Capela aos pés da colina do milagre. Juan Diego, viúvo há alguns anos, pediu e conseguiu permissão para morar em uma pequena casa adjacente à Capela.
Por mais 17 anos, até 1548, São Juan Diego permaneceu o fiel guardião de Nossa Senhora, a Virgem morena.
Em 31 de julho de 2002, São João Paulo II o proclamou Santo.

Vatican News

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

O SIGNIFICADO DO PRESÉPIO

CaféPress

O presépio é um sinal característico do tempo litúrgico do Natal. Em sua beleza e simplicidade, o presépio é uma escola de vida na qual podemos aprender a pedagogia de Cristo e o segredo da autêntica alegria e, por isso, é motivo de entusiasmo para nós sabermos que diversas famílias cristãs conservam o hábito de montar o presépio em seus lares.

O simples gesto de montar um presépio, por si só, já é uma catequese, pois “o sinal admirável do presépio, muito amado pelo povo cristão, não cessa de suscitar admiração e encanto. Representar o acontecimento da natividade de Jesus equivale a anunciar, com simplicidade e alegria, o mistério da encarnação do Filho de Deus. De fato, o presépio é como um Evangelho vivo que transborda das páginas da Sagrada Escritura”. (Papa Francisco, Admirabile Signum, nº 1).

A primeira lição que adquirimos no desenvolvimento da montagem de um presépio é a seguinte: nós temos que vivenciar, em nossa realidade cotidiana, tudo aquilo que o presépio representa, isto é, a caridade, a humildade e o desprendimento, pois, como nos ensina Chesterton: “Ninguém podia imaginar que Deus viesse viver entre os homens e conversasse com funcionários romanos e cobradores de impostos. Mas a mão de Deus que tinha moldado as estrelas converteu-se de repente na mãozinha de uma criança que choraminga num berço”.

O Menino Deus que choraminga na Manjedoura é Jesus Cristo, o nosso Redentor, o Messias esperado, o Príncipe da Paz, O Emanuel, o Deus conosco a quem devemos recorrer com confiança, porque o Seu amor dá um novo sentido a cada uma das nossas aspirações.

Este Menino Deus quer ser acolhido por todos, ou seja, pelos pobres e pelos humildes – representados pelos pastores – e pelos ricos e intelectuais – representados pelos Magos do Oriente. Esta é a segunda lição que aprendemos diante do cenário da natividade de Cristo: a salvação é para todos. Mas, de um modo especial, Cristo tem um apreço especial por todos os excluídos e os marginalizados.

Diante do presépio, nós somos convidados a perceber que todo aquele que se encontra com Cristo é transformado pela alegria e se converte em um mensageiro desta feliz notícia: Deus está no meio de nós, Ele nos ama e nos chama à vivência da paz e da santidade. Ele conforta o nosso coração e responde às nossas expectativas mais nobres. “Ele é o Deus vivo que permanece para sempre, Seu reino não será destruído e Seu poder durará eternamente; Ele é o libertador e o Salvador, que opera sinais e maravilhas no céu e na terra!” (Dn 6, 27-28).

O Menino Deus, que nasceu da Virgem Santa Maria, mesmo sem palavras, manifesta-se com os sinais da misericórdia, do acolhimento, do perdão e da esperança. Deste modo, reconhecemos que o Menino Jesus é o centro de tudo, o coração do mundo, da nossa história e da nossa existência. Quando aceitamos o convite de caminhar todos os dias ao lado deste Menino que nos foi dado, percebemos que “o presépio é também expressão da ação de graças Àquele que decidiu compartilhar a nossa condição humana, na pobreza e na simplicidade”. (Papa Bento XVI, Audiência em 22 de dezembro de 2010).  Quando aceitamos o convite para permanecermos com o coração em brasas pelo contato com o Cristo, nós somos as pessoas de boa vontade, os bem-aventurados que recebem o anúncio da paz, proclamado pelos Anjos na gruta de Belém.

O exercício de montar um presépio é um ato de nobreza que proporciona saudáveis momentos de meditação e de questionamentos: sabemos buscar o Cristo que está no presépio e na Eucaristia ou estamos nos perdendo por entre centenas de propostas deste mundo pagão? Estamos acolhendo o Cristo no presépio de nosso coração ou Ele ainda está suplicando por uma morada em nossa alma? As respostas a estas perguntas podem ser obtidas na montagem de um presépio, pois montar um presépio não é coisa de criança, um mero divertimento para os nossos filhos, mas é, sim, algo grandioso e pode ser considerado, acima de tudo, um fecundo testemunho da fé cristã que continua surpreendendo os corações dos mansos e dos humildes que não se cansam de bradar: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados!”.

No final da montagem de um presépio, na meditação do infinito amor de Deus, se soubermos somar os conhecimentos sistemáticos relativos à natividade de Cristo, nós sentiremos em nossa alma a certeza de que a esperança está consolidada em nosso íntimo. Deus se despojou de tudo e se fez um pequeno Menino para nos ensinar a viver os valores, as virtudes, a graça e a Verdade em sua centralidade.

Na vivência da pedagogia do presépio, nós acolhemos o nascimento de Cristo em nossos corações e testemunhamos que o Natal é um fecundo caminho transformador. Neste caminho, nós contamos com a intercessão da Virgem Maria e de São José, que nos convidam a acolher o Menino Deus e nos ensinam a cuidar do Cristo que vive em nós. Contemplando a Sagrada Família – Jesus, Maria e José – devemos permitir que a ternura de Deus nos alcance sempre mais e faça de todos nós discípulos missionários do Menino Deus que professam que a mansidão, a unidade e a fraternidade são sinais da nossa pertença ao Cristo que nos impulsiona ao serviço missionário da Igreja.

Aloísio Parreiras

(Escritor e membro do Movimento de Emaús)

Arquidiocese de Brasília

Arquidiocese de Brasília se prepara para a posse do seu 5° arcebispo, Dom Paulo Cezar

ArqBsB

Obs: A inscrição para participar da missa deverá ser feito através dos números de WhatsApp abaixo:

  • Inscrição Clero – missa 12/12 na Catedral de Brasília, às 10h00, clique aqui  –  (61) 99994-2518
  • Representantes paroquiais e leigos – missa em Brazlândia 13/12, às 10h00 –  Clique aqui  –  (61)  99819-9428

Nomeado pelo papa Francisco a Arcebispo da Arquidiocese de Brasília, Dom Paulo, até então Bispo Diocesano de São Carlos (SP), tem sua posse marcada para o dia 12 de dezembro, dia de Nossa senhora de Guadalupe, às 10h30 na Catedral Metropolitana de Brasília.

Respeitando o distanciamento social, para conter o contágio da COVID-19, a cerimônia de posse do 5º Arcebispo de Brasília será restrita a um grupo. Dentre esses, representantes do clero, religiosos, autoridades convidados e familiares de Dom Paulo. Bispos do regional

A missa poderá ser acompanhada, ao vivo, pelo canal do YouTube da Arquidiocese de Brasília e pela rádio Nova Aliança 103,3 FM e 710 AM e emissoras católicas regionais.

Já no dia 13/12, domingo, a Arquidiocese de Brasília convida o povo a participar primeira missa de acolhida ao novo arcebispo no Santuário Menino Jesus em Brazlândia, às 10h00. Essa celebração, por conta da necessidade de distanciamento, terá um número reduzido de fieis.

Em entrevista a SeCom ArqBrasilia, Dom Paulo Cezar fala que está se preparando para entrar na vida dessa grande arquidiocese. “O coração esta nesse tempo de preparação para a mudança, para o novo. Peço que rezem e me esperam numa atitude oração para que possa entrar na vida dessa igreja com muita alegria e esperança, buscando realizar aqui, a vontade de Deus.”

Biografia

Dom Paulo Cezar Costa nasceu em Valença (RJ), em 20 de julho de 1967, recebeu sua Ordenação Sacerdotal em 5 de dezembro de 1992.

Sendo nomeado Bispo pelo Papa Bento XVI em 24 de novembro de 2010 e foi ordenado em 5 de fevereiro de 2011, no Rio de Janeiro. Como lema de ordenação Espiscopal escolheu a frase “Tudo suporto pelos eleitos” (2 Tm 2,10). Em 22 de junho de 2016 o Papa Francisco nomeou como o 7º Bispo da Diocese de São Carlos. Sua posse canônica aconteceu no dia 06 de agosto de 2016.

Graduado em Teologia pelo Instituto Superior de Teologia da Arquidiocese do Rio de Janeiro (1991), mestre em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana (1998) e doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana (2001) Dom Paulo Cezar Costa, teve sua caminhada eclesial marcada pela organização da Jornada Mundial da Juventude no Brasil que reuniu mais de quatro milhões de jovens junto do Papa Francisco.

Atualmente, é responsável pelo Setor Universidades da Igreja no Brasil da Comissão Episcopal Pastoral para Educação e Cultura, membro do Conselho Permanente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e membro do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM); em Roma é membro da Pontifícia Comissão para América Latina e do Pontifício Conselho para Unidade dos Cristãos. (Texto: Diocese de São Carlos)

Arquidiocese de Brasília

Das Meditações de Santo Anselmo, bispo

Imaculada Conceição | liturgiadashoras

Oratio 52: PL 158,955-956         sec.XII

 

Ó Virgem, pela tua benção é abençoada a criação inteira!

O céu e as estrelas, a terra e os rios, o dia e a noite, e tudo quanto obedece ou serve aos homens, congratulam-se, ó Senhora, porque a beleza perdida foi por ti de certo modo ressuscitada e dotada de uma graça nova e inefável. Todas as coisas pareciam mortas, ao perderem sua dignidade original que é estar em poder e a serviço dos que louvam a Deus. Para isto é que foram criadas. Estavam oprimidas e desfiguradas pelo mau uso que delas faziam os idólatras, para os quais não haviam sido criadas. Agora, porém, como que ressuscitadas, alegram-se pois são governadas pelo poder e embelezadas pelo uso dos que louvam a Deus.

Perante esta nova e inestimável graça, todas as coisas exultam de alegria ao sentirem que Deus, seu Criador, não apenas as governa invisivelmente lá do alto, mas também está visivelmente neles, santificando-as com o uso que delas faz. Tão grandes bens procedem do bendito fruto do sagrado seio da Virgem Maria.

Pela plenitude da sua graça, aqueles que estavam na mansão dos mortos alegram-se, agora libertos;e os que estavam acima do céu rejubila-se renovados. Com efeito, pelo fim se seu cativeiro, e os anjos se congratulam pela restauração de sua cidade quase em ruínas.

Ó mulher cheia e mais que cheia de graça, o transbordamento de tua plenitude faz renascer toda criatura! Ò Virgem bendita e mais que bendita, pela tua benção é abençoada toda a natureza, não só as coisas criadas pelo Criador, mas também o Criador pela criatura!

Deus deu a Maria o seu próprio Filho único, gerado de seu coração, igual a si, a quem amava como si mesmo. No seio de Maria, formou seu filho, não outro qualquer, mas o mesmo, para que, por natureza, fosse realmente um só e o mesmo Filho de Deus e de Maria! Toda a criação é obra de Deus, e Deus nasceu de Maria. Deus criou todas as coisas, e Maria deu à luz Deus! Deus que tudo fez, formou-se a si próprio no seio de Maria. E deste modo refez tudo o que tinha feito. Ele que pode fazer tudo do nada, não quis refazer sem Maria o que fora profanado.

Por conseguinte, Deus é o pai das coisas criadas, e Maria a mãe das coisas recriadas. Deus é o Pai da CRIAÇÃO UNIVERSAL, E Maria a mãe da redenção universal. Pois Deus gerou aquele por quem tudo foi feito, e Maria deu à luz aquele por quem tudo foi salvo. Deus gerou aquele sem o qual nada absolutamente existe, e Maria deu à luz aquele sem o qual nada absolutamente é bom.

Verdadeiramente o Senhor é contigo, pois quis que toda a natureza reconheça que deve a ti, juntamente com ele, tão grande benefício.


https://liturgiadashoras.online/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF