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sábado, 27 de maio de 2023

Fátima: o santuário mariano preferido dos Papas?

Shutterstock | #image_title

Por Anna Kurian

João Paulo II, por exemplo, visitou o santuário português três vezes.

“Mesmo que eu tenha que ir em uma cadeira de rodas, mesmo assim eu vou”, disse o Papa Francisco aos organizadores da Jornada Mundial da Juventude, segundo o Bispo de Leiria-Fátima, Dom José Ornelas Carvalho. Dadas as dificuldades de mobilidade do Papa, de 86 anos, a viagem de Lisboa, onde acontecerá JMJ, até Fátima — cerca de 130 quilômetros — poderá ser feita de helicóptero, disse o bispo. A Santa Sé ainda não confirmou esta proposta.

Esta será a segunda visita do Papa Francisco ao santuário mariano português desde a sua eleição. A ocasião anterior foi a sua viagem apostólica de 12 a 13 de maio de 2017, para participar do centenário das aparições da Virgem Maria aos três pastorinhos: Lúcia Santos e Francisco e Jacinta Marto, e para canonizar os dois últimos.

Papa Francisco no Santuário de Fátima, em 2017.
Pope Francis/agefotostock/East News

De fato, o pontífice argentino criou um vínculo especial com Fátima. A seu pedido, no dia 13 de maio de 2013, o então Patriarca de Lisboa, Cardeal José Policarpo, presidiu ali uma consagração pontifícia à Virgem Maria. Depois, em 25 de abril de 2018, durante uma audiência geral, Francisco abençoou e coroou uma imagem da Virgem de Fátima destinada a uma paróquia italiana.

Um mês após o início da guerra na Ucrânia, Francisco decidiu consagrar a Rússia e a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria – seguindo o “segundo segredo” de Fátima – durante uma celebração penitencial em 25 de março de 2022, na Basílica de São Pedro. A mesma consagração foi realizada simultaneamente no Santuário de Fátima.

Papas visitam Fátima 

Antes de Francisco, três pontífices visitaram a Cova da Iria. O primeiro foi Paulo VI, que esteve no local em 13 de maio de 1967, para marcar o 50.º aniversário das aparições. Ele presenteou Nossa Senhora do Rosário com uma rosa de ouro.

Já João Paulo II visitou Fátima três vezes (1982, 1991 e 2000). Ele teve um interesse especial no santuário português depois de escapar de uma tentativa de assassinato na Praça de São Pedro em 13 de maio de 1981, dia da festa de Nossa Senhora de Fátima.

O papa polonês, impressionado com a coincidência de datas, viu nisso um sinal de que a Virgem Maria havia desviado a bala fatal disparada por um assassino de aluguel. No ano seguinte, em 13 de maio de 1982, visitou pessoalmente Fátima para expressar sua gratidão à Mãe de Deus. João Paulo II voltou nove anos depois, em 12 e 13 de maio de 1991; depois, nos dias 12 e 13 de maio de 2000.

Papa João Paulo II com Irmã Lúcia. Fátima, 13 de maio de 1991.
Joao Paulo Trindade | LUSA | AFP

Finalmente, o seu sucessor Bento XVI visitou Fátima em maio de 2010, por ocasião do 10º aniversário da beatificação dos pastorinhos. Mas, mesmo antes de sua eleição, o então Cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, foi incumbido pelo Papa João Paulo II de tornar público o terceiro e último segredo das aparições de Fátima por ocasião da Grande Jubileu do Ano 2000.

Clique na galeria abaixo para conhecer um pouco mais do Santuário de Fátima!

(slideshow) Santuário de Fátima

Fonte: https://pt.aleteia.org/
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Vinde Espírito de vida, harmonia e de paz!

Espírito Santo | Vatican News

Ele nos dá a sabedoria de encontrar e compreender, nas coisas e pessoas, o desígnio de Deus, para colaborar e servir.

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz - Bispo Diocesano de Campos (RJ)

Em Pentecostes, culminamos o tempo Pascal com o derramamento da superabundância do Espírito Santo sobre a Igreja e toda a Terra. O Espírito, sopro divino, é dador e sustentador da vida em todas as dimensões, estruturas, pessoas, e seres da Criação. Recebê-lo é deixar-se transformar para retomar à maravilhosa unidade e harmonia do Projeto do Pai, tornando-nos em cuidadores e guardiães da beleza, da graça, e do amor, em tudo e em todas as manifestações viventes. Ele nos dá a sabedoria de encontrar e compreender, nas coisas e pessoas, o desígnio de Deus, para colaborar e servir.

Desperta-nos a ser construtores da Jerusalém celestial na história, desmontando os projetos das Babeis, que sufocam a alma humana e destroem a convivência e solidariedade humanas. Ele vem para reconciliar-nos, e recriar vínculos de uma paz duradoura, centrada na ternura e misericórdia da fraternidade entre todas as pessoas, povos, e criaturas que habitam a Terra. Espírito que purifica e santifica a Igreja, impulsionando-a na missão, no serviço, e no diálogo, alargando, sempre, a tenda e abrindo portas e caminhos, sendo ponte e amparo para todos(as).

Ele, como Mestre interior, cura e liberta nossas mentes das visões estreitas, e caolhas, que nos apequenam e semeiam, entre nós, a mentira, o ódio e a inimizade, jogando-nos uns contra os outros. Como Paráclito e Defensor, nos encoraja e nos dá o dom da profecia e da paresia, para não nos acovardar e sermos sempre evangelizadores com Espírito, comprometidos com o Reino, superando, sempre, toda escravidão, e atentado contra a dignidade humana e a liberdade de filhos de Deus.

Vento impetuoso, dá-nos a força de mudar, e fazer acontecer as conversões necessárias, e corrigir, com suavidade e delicadeza, aquilo que nos atrapalha na caminhada de seguir a Cristo e testemunhá-lo, com amor e firmeza. Que sejamos sempre capazes de responder, e assumir, a seu chamado e inspirações, desenvolvendo com fidelidade e zelo, os carismas, dons, e graças copiosas e abundantes que recebemos, diariamente, do Espírito.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

sexta-feira, 26 de maio de 2023

Oito chaves para compreender Pentecostes

Pentecostes / Waiting for the World (CC-BY-2.0)

Oito chaves para compreender Pentecostes

REDAÇÃO CENTRAL, 26 Mai. 23 / 07:00 am (ACI).- No domingo (28), a Igreja celebra a festa de Pentecostes, dia em que se cumpriu a promessa de Cristo aos apóstolos de que o Pai lhes enviaria o Espírito Santo para guiá-los na missão evangelizadora. Para compreender mais esta data, apresentamos oito chaves:

1. O que significa o nome Pentecostes?

Provém da palavra grega que significa “quinquagésimo” (pentecoste). O motivo é porque Pentecostes é o quinquagésimo dia (em grego, pentecoste hemera) depois do Domingo da Páscoa (no calendário cristão).

Este nome começou a ser usado no período final do Antigo Testamento e foi herdada pelos autores do Novo Testamento.

2. Quais outros nomes tem esta festividade?

A festa das semanas; a festa da colheita; o dia dos primeiros frutos.

Hoje em dia, nos círculos judeus, é conhecida como Shavu’ot (em hebraico, “semanas”). Além disso, é conhecida com diferentes nomes em vários idiomas.

Nos países de fala inglesa também é conhecido como “Whitsunday” (Domingo Branco), nome que deriva, provavelmente, das vestes brancas dos recém-batizados.

3. Que tipo de festa Pentecostes foi no Antigo Testamento?

Foi um festival para a colheita e significava que estava chegando ao seu fim. Deuteronômio 16 diz:

“Contarás sete semanas, a partir do momento em que meteres a foice em tua seara. Celebrarás então a festa das Semanas em honra do Senhor, teu Deus, apresentando a oferta espontânea de tua mão, a qual medirás segundo as bênçãos com que o Senhor, teu Deus, te cumulou” (Dt 16,9-10).

4. O que Pentecostes representa no Novo Testamento?

Representa o cumprimento da promessa de Cristo ao final do Evangelho de São Lucas:

“Assim é que está escrito, e assim era necessário que Cristo padecesse, mas que ressurgisse dos mortos ao terceiro dia. E que em seu nome se pregasse a penitência e a remissão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas de tudo isso. Eu vos mandarei o Prometido de meu Pai; entretanto, permanecei na cidade, até que sejais revestidos da força do alto” (Lc 24,46-49).

5. Como é simbolizado o Espírito Santo nos eventos no dia de Pentecostes?

O capítulo 2 de Atos dos Apóstolos recorda:

“Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”.

Esta passagem contém dois símbolos do Espírito Santo e sua ação: o vento e o fogo.

O vento é um símbolo básico do Espírito Santo; a palavra grega que significa “Espírito” (Pneuma) também significa “vento” e “sopro”. Embora o termo usado para “vento” nesta passagem seja ‘pnoe’ (em termo relacionado com penuma), ao leitor é dado a entender a conexão entre o vento forte e o Espírito Santo.

Em relação ao símbolo do fogo, o Catecismo assinala:

“Enquanto a água significava o nascimento e a fecundidade da vida dada no Espírito Santo, o fogo simboliza a energia transformadora dos atos do Espírito Santo. O profeta Elias, que ‘apareceu como um fogo e cuja palavra queimava como um facho ardente’ (Sir 48, 1), pela sua oração faz descer o fogo do céu sobre o sacrifício do monte Carmelo, figura do fogo do Espírito Santo, que transforma aquilo em que toca. João Batista, que ‘irá à frente do Senhor com o espírito e a força de Elias’ (Lc 1, 17), anuncia Cristo como Aquele que ‘há-de batizar no Espírito Santo e no fogo’ (Lc 3, 16), aquele Espírito do qual Jesus dirá: ‘Eu vim lançar fogo sobre a terra e só quero que ele se tenha ateado!’ (Lc 12, 49). É sob a forma de línguas, ‘uma espécie de línguas de fogo’, que o Espírito Santo repousa sobre os discípulos na manhã de Pentecostes e os enche de Si (31). A tradição espiritual reterá este simbolismo do fogo como um dos mais expressivos da ação do Espírito Santo (32). «Não apagueis o Espírito!» (1 Ts 5, 19)” (CIC696).

6. Há uma ligação entre as “línguas” de fogo e o fato de os discípulos falarem em outras “línguas” nesta passagem?

Sim. Em ambos os casos a palavra grega para “línguas” é a mesma (glossai) e o leitor é destinado a entender a ligação.

A palavra “língua” é utilizada para significar tanto uma “chama (de fogo)” como o “idioma”.

As “línguas como de fogo” que se distribuem e pousam sobre os discípulos fazem com que comecem a falar milagrosamente em “outras línguas” (ou seja, os idiomas).

Esse é o resultado da ação do Espírito Santo, representado pelo fogo.

7. Quem é o Espírito Santo?

Segundo o Catecismo da Igreja Católica, o Espírito Santo é a “Terceira Pessoa da Santíssima Trindade”. Ou seja, havendo um só Deus, existem Nele três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Esta verdade foi revelada por Jesus em seu Evangelho.

O Espírito Santo coopera com o Pai e o Filho desde o começo da história até sua consumação, mas é nos últimos tempos, inaugurados com a Encarnação, que o Espírito se revela e nos é dado, quando é reconhecido e acolhido como pessoa. O Senhor Jesus o apresenta a nós e se refere a Ele não como uma potencial impessoal, mas como uma Pessoa diferente, com um agir próprio e um caráter pessoal.

8. O que significa a festa de Pentecostes para nós?

A solenidade de Pentecostes é uma das mais importantes no calendário da Igreja e contém uma rica profundidade de significado. Desta forma, Bento XVI a resumiu em 27 de maio de 2012:

“Esta solenidade faz-nos recordar e reviver a efusão do Espírito Santo sobre os Apóstolos e os outros discípulos, reunidos em oração com a Virgem Maria no Cenáculo (cf. At 2, 1-11). Jesus, tendo ressuscitado e subido ao céu, envia à Igreja o seu Espírito, para que cada cristão possa participar na sua mesma vida divina e tornar-se sua testemunha válida no mundo. O Espírito Santo, irrompendo na história, derrota a sua aridez, abre os corações à esperança, estimula e favorece em nós a maturação na relação com Deus e com o próximo”.

Publicado originalmente em National Catholic Register.

Fonte: https://www.acidigital.com/

Tríduo Festivo em preparação para Corpus Christi

Tríduo em preparação para Corpus Christi | arqbrasilia

O Reitor do Santuário do Santíssimo Sacramento, padre Wilson José Santos Pereira, convida para o Tríduo Festivo em preparação para Corpus Christi no Santuário de Adoração Perpétua de Brasília, quadra 606 L2 sul.


Programação:
Dias 05/06 às 19h. Vicariato Sul e Comunidade do Santuário, Celebrante:
DOM DENILSON GERALDO.


Dia 06/06 às 19h. Vicariato Centro e Comunidade do Santuário, Celebrante:
DOM ANTÔNIO APARECIDO MARCOS FILHO.


Dia 07/06 às 19h. Vicariato Norte Leste e Comunidade do Santuário,
Celebrante: DOM JOSÉ APARECIDO GONÇALVES DE ALMEIDA.


Dia 08/06 às 10h. Todos os Vicariatos e Comunidade do Santuário.
Celebrante: CARDEAL ARCEBISPO DOM PAULO CEZAR COSTA.


A partir das 15h do dia 08/06 todos estão convidados a participarem da
Solene Celebração de Corpus Christi na Esplanada dos Ministérios com
nosso Cardeal Arcebispo Dom PAULO CEZAR, os Bispos Auxiliares e todo
Clero.

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

O Brasil encanta o Papa na Audiência Geral com dança e capoeira

A interpretação da cultura brasileira no Vaticano | Vatican News

O grupo do bairro Marcos Moura, um dos mais carentes e violentos da cidade de Santa Rita, região metropolitana de João Pessoa, esteve na Audiência Geral para encontrar o Papa Francisco. Ao final, eles entregaram um cocar e cantaram o "Rap da Felicidade" ao Papa, denunciando a violência das favelas, num grito de esperança. "Cantamos essa música que representa muito bem a nossa comunidade", afirmou o jovem Rodrigo Baima, que liderava o grupo.

Andressa Collet - Vatican News

Um colorido e uma batucada bem brasileira chamaram a atenção do Papa Francisco e dos presentes na Praça São Pedro para a Audiência Geral. Na manhã desta quarta-feira, 24 de maio e de aniversário de 8 anos da encíclica Laudato si' de Francisco, um grupo formado por 21 jovens carentes, provenientes do bairro de Marcos Moura da cidade paraibana de Santa Rita, região metropolitana de João Pessoa, foi lembrado pelo Pontífice durante a saudação tradicional aos peregrinos de língua portuguesa:

“Saúdo cordialmente os fiéis de língua portuguesa, especialmente os peregrinos vindos de Bragança (Portugal) e de Brasília, Rio Grande do Sul, Campo Magro, Divinópolis e Marcos Moura (Brasil). Queridos irmãos e irmãs, é o Senhor que nos sustenta no anúncio do Evangelho. Oxalá possam sentir sempre o conforto do Seu Espírito, que reconstrói a harmonia entre nós e nos abre novos caminhos de evangelização. Que Nossa Senhora proteja cada um de vocês e respectivas famílias.”

Ao final da Audiência, à espera do tão aguardado encontro com Francisco, o grupo continuou fazendo jus às origens brasileiras cantando, dançando e jogando capoeira em pleno sagrado da Basílica de São Pedro. Uma interpretação que faz parte de um espetáculo em defesa da Amazônia e da cultura dos povos originários que alimentam a casa comum para divulgar a ecologia integral que leva o nome da encíclica do Papa: "Laudato si'. O Espaço da Vida na Terra".

O Brasil encanta o Papa na Audiência Geral | Vatican News

Projeto social sobre a Laudato si'

O projeto, de grande impacto social que está rodando a Europa desde a semana passada - fazendo etapa inclusive no Festival de Cannes, na França - vai render um filme com previsão de ser lançado no início de 2024, segundo a diretora Lia Beltrami. O protagonista do documentário "Amazonia. The Space of Life on Earth", Rodrigo Baima, que terá a sua história de vida retratada a exemplo de tantas outras que superam grandes dificuldades no Brasil, é também o coreógrafo do show de dança e capoeira que encantou o Papa Francisco. 

Segundo Rodrigo, eles entregaram um cocar azul ao Pontífice e cantaram  o "Rap da Felicidade", uma música dos Anos 90 dos compositores MC Doca e MC Cidinho, que segue atual com a denúncia de violência nos espaços das favelas. A letra que diz: “Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci, e poder me orgulhar e ter a consciência que o pobre tem seu lugar” é um grito pela vida e pelo respeito à dignidade humana! Rodrigo, emocionado, contou que foi chamado pelo nome pelo Papa, num encontro que viu a maioria dos jovens chorando e que, ao final, Francisco ainda agradeceu pelo testemunho num belo português: "muito obrigado".

O momento da entrega do cocar ao Papa | Vatican News

"Nós precisamos cuidar do pulmão amazônico e a Laudato si' vem exatamente com esse propósito para que o mundo e todas as pessoas do bem comum possam se voltar e ajudar esse espaço e a ecologia integral. E estar ali com o Papa, firmando esse compromisso, foi muito importante para cada menino e menina. E ele chegou a fazer uma pergunta: 'faz horas que vocês estão ali cantando, pulando, dançando e jogando capoeira, vocês não cansam?' E todos os jovens gritaram: 'nãoooooo!'."

“No final, o Papa nos parabenizou e cantamos a música que representa muito bem a nossa comunidade, o Rap da Felicidade. E, assim, seguimos cantando aqui na Europa e em todos os espaços que formos, levando essa música e esse propósito, a nossa identidade, que é a nossa favela de Marcos Moura.”

Jovens capoeiristas do Brasil | Vatican News
O Brasil encanta o Papa na Audiência Geral | Vatican News
Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

3 palavras hebraicas que todo cristão deveria conhecer

Bíblia hebraica, na edição conhecida como Codex Sassoon | Public domain

Por Daniel R. Esparza

Aprender (um pouco de) hebraico pode beneficiar muito os cristãos, fornecendo-nos uma compreensão mais profunda das origens, cultura e textos que formam a base da nossa fé.

Muito provavelmente, Jesus falava aramaico como sua língua principal, já que era a língua comum falada na região da Palestina durante o século I. Como língua semítica, é diretamente relacionada com o hebraico e ainda hoje é usada por comunidades cristãs e judaicas no Iraque, na Síria, no Irã, na Turquia, na Armênia, no Azerbaijão e até na Rússia. Como era a língua usada nas conversas cotidianas, no comércio e nas interações comunitárias da época de Jesus, os historiadores supõem que Ele cresceu falando aramaico em família e na comunidade.

No entanto, também é provável que Jesus tivesse algum conhecimento de hebraico. O hebraico era a língua dos textos e rituais religiosos, e Jesus, criado numa família de judeus devotos, estaria familiarizado com as Escrituras hebraicas e participaria das práticas religiosas conduzidas em hebraico.

Além disso, devido à ocupação romana da região, é plausível que Jesus tivesse algum contato com o grego. O grego era a língua franca do Mediterrâneo oriental e era comumente usado para fins comerciais e administrativos. A influência da cultura e da língua grega durante esse tempo significa que Jesus e seus discípulos teriam encontrado falantes de grego – e é concebível que eles próprios tivessem alguma habilidade para se comunicar em grego. Os Evangelhos, de fato, foram todos escritos em grego.

O hebraico e a religião

Embora o aramaico fosse provavelmente o idioma principal de Jesus, a sua familiaridade com o hebraico e a possível exposição ao grego teriam fornecido a Ele um contexto linguístico mais amplo, permitindo que Ele se envolvesse com vários indivíduos e comunidades durante o seu ministério. Esta é uma das razões pelas quais aprender hebraico pode beneficiar muito os cristãos, fornecendo uma compreensão mais profunda das origens, cultura e textos que formam a base da fé cristã.

O hebraico é o idioma no qual partes significativas do Antigo Testamento foram escritas. Ele carrega nuances linguísticas únicas e percepções teológicas que às vezes se perdem na tradução. Ao se familiarizarem com ao menos algumas palavras e conceitos hebraicos, os cristãos podem apreciar com mais profundidade as narrativas bíblicas, os temas teológicos e o contexto histórico que moldam as suas crenças.

Isso posto, aqui estão três palavras hebraicas importantes que todo cristão deve conhecer:

1 | Elohim

A palavra hebraica Elohim é freqüentemente traduzida como “Deus” (ou “Deuses”) na Bíblia. Até certo ponto, isso é correto. A palavra Elohim é o plural de Eloah. Em algumas passagens da Bíblia, Elohim se refere aos deuses singulares de outras nações, ou a divindades no plural. Mas em alguns outros, é um dos nomes primários de Deus – e é assim que é usado principalmente na Bíblia hebraica. Chamar Deus de Elohim transmite a ideia da Sua suprema autoridade, poder e soberania.

2 | Ruach HaKodesh

A expressão hebraica Ruach HaKodesh se traduz como Espírito Santo. Tanto na Bíblia hebraica quanto no Novo Testamento, a Ruach HaKodesh sempre se refere, inequivocamente, ao Espírito de Deus. A expressão se refere à presença e ao poder de Deus no mundo e na vida dos crentes – associados à inspiração divina, à revelação, a orientação, transformação e capacitação para o serviço espiritual.

3 | Kippur

Esta palavra hebraica se refere ao conceito de expiação. O Yom Kippur, o Dia da Expiação, é o mais sagrado do ano para os judeus. É um tempo de jejum, oração e arrependimento, onde os indivíduos buscam o perdão de seus pecados e se reconciliam com Deus. Embora alguns autores entendam que perdão e expiação são radicalmente diferentes, é verdade que ambos destacam a capacidade humana (e divina) que as vítimas e credores têm de perdoar transgressores e devedores morais e financeiros. Esse entendimento da liberação da dívida é encontrado em Deuteronômio 15 (o famoso Remissionis Domini, o Shmita, o Jubileu) e é repetido na formulação original grega da Oração do Senhor (“perdoai-nos as nossas dívidas”, kai aphes hēmin ta opheilēmata hēmōn) e no primeiro sermão de Jesus encontrado no evangelho de Lucas, que o apresenta desenrolando o rolo de Isaías em um sábado na sinagoga e anunciando que veio proclamar “o Ano do Senhor”, o Ano do Jubileu.

Ao aprender essas palavras hebraicas e seus significados, os cristãos podem obter uma compreensão mais profunda das Escrituras, do caráter de Deus e do contexto histórico e cultural da sua fé. Explorar algumas dessas nuances linguísticas abre caminhos para estudar a Bíblia de forma mais abrangente e permite uma conexão mais profunda com ela.

Fonte: https://pt.aleteia.org/

Semana Laudato si' para celebrar a encíclica sobre o cuidado com a casa comum

Reserva natural de Borbollon (ANSA)

Patrocinado pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, o evento teve início no último domingo, 21 de maio, e terminará no dia 28, dia de Pentecostes. Ele inclui quatro eventos globais e o site dedicado disponibilizou vários recursos para apoiar reuniões temáticas, ideias e projetos em todo o mundo com o objetivo de proteger a Terra. Em 27 de maio, um encontro sobre o filme "A Carta", com o Papa Francisco.

Tiziana Campisi - Cidade do Vaticano

Para promover a eco-espiritualidade, estilos de vida e mobilização, a Semana Laudato si' 2023 foi aberta no último domingo, 21 de maio, e terminará em 28 de maio. Nove dias para comemorar o oitavo aniversário da publicação da encíclica do Papa Francisco sobre o cuidado da casa comum, que ocorreu em 24 de maio. Um guia especial está disponível no portal da iniciativa, sugerindo como proteger a Terra por meio de gestos simples e comportamentos cotidianos. Em primeiro lugar, o pequeno manual convida as pessoas a criarem jardins para contemplação, a homenagearem a Virgem Maria no mês de maio "enquanto cuidam da Mãe Terra" e a promoverem a biodiversidade por meio do cultivo de flores, frutas e legumes. Também recomenda caminhadas na natureza e momentos de oração ao ar livre. Em seguida, exorta as pessoas a criarem canteiros de flores, pequenos espaços verdes ou vasos de plantas, e a organizarem ou participarem de atividades de limpeza em bairros, praias, rios, lagos, caminhos e parques. Na vida cotidiana, o convite é, por exemplo, para escolher sacolas de compras reutilizáveis, reduzir o desperdício de alimentos usando as sobras de forma criativa e usar produtos naturais para a limpeza. Por fim, para conscientizar as pessoas sobre os problemas do Planeta, recomenda-se envolver as paróquias, fazer a sua parte e contribuir para a revitalização da biodiversidade, participar das campanhas regionais de defesa organizadas pelo Movimento Laudato si'. Para promover eventos, iniciativas e acontecimentos, o site da Semana também oferece vários outros recursos, inclusive uma oração para celebrar os nove dias "verdes".

Colocando em diálogo as necessidades do homem e da natureza

Quatro eventos globais são propostos. No último dia 23, em Roma, no Instituto Sueco de Estudos Clássicos da Villa Borghese, foi realizada a mesa redonda "Esperança para a Terra. Esperança para a humanidade" - organizada pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral em colaboração com a Embaixada da Suécia junto à Santa Sé - que destacou a necessidade de um diálogo frutífero entre teologia e ciência, entre as necessidades do homem e as da natureza, entre as feridas espirituais e as causadas ao meio ambiente. Um diálogo, foi enfatizado, que deve ser entendido como uma experiência geradora crucial, uma experiência de esperança e colaboração. O Cardeal Michael Czerny, Prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, Ulf Hansson, Diretor do Instituto Sueco de Estudos Clássicos em Roma, Andrés Jato, Embaixador da Suécia junto à Santa Sé, Måns Nilsson, Diretor Executivo do Instituto Ambiental de Estocolmo, e Tomás Insua, Presidente do Movimento Laudato Si', entre outros, intervieram no encontro. No contexto da iniciativa, o projeto do livro "Nossa Casa Comum. Um guia para cuidar do nosso planeta", promovido pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral em conjunto com o Stockholm Environment Institute. Trata-se de uma brochura ilustrada que relaciona as mudanças climáticas, a biodiversidade e o uso sustentável dos recursos com as mensagens da Encíclica Laudato si' do Papa Francisco e foi distribuída na Praça de São Pedro no último domingo, após o Regina Caeli. "Convido todos a trabalharem juntos para o cuidado de nossa casa comum: há tanta necessidade de reunir habilidades e criatividade", disse o Pontífice após a oração mariana, lembrando a Semana Laudato si. 

Os outros eventos globais da Semana Laudato si' 2023

Neste dia 25 de maio, na Sala de Imprensa da Santa Sé, foi realizada a coletiva de imprensa para divulgar a Mensagem do Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, enquanto no dia 27 de maio, às 19h, haverá um evento online "Respondendo ao filme à Carta", um longa-metragem que conta a história de uma viagem de líderes a Roma para discutir a carta encíclica Laudato Si' com o Papa Francisco. O filme "A Carta. Uma mensagem para a nossa Terra" está disponível na web e o Movimento Laudato Si' convida à organização de exibições comunitárias. É um diálogo exclusivo com o Papa que oferece um vislumbre revelador da vida pessoal do Papa Francisco e histórias inéditas. O evento do próximo sábado tem como objetivo unir os católicos para que se regozijem com o progresso que está sendo feito sob o impulso da Laudato Si' e mostrar como os protagonistas do filme A Car já estão fazendo isso. Por fim, o último evento global está programado para 28 de maio, domingo de Pentecostes. É o envio missionário dos animadores da Laudato Si', que acontecerá em Assis durante uma celebração litúrgica ao vivo no portal da Semana.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Papa Francisco confirma Dom Orlando Brandes como Arcebispo de Aparecida (SP)

Dom Orlando Brandes - Arcebispo de Aparecida (SP) | arqaparecida

PAPA FRANCISCO CONFIRMA DOM ORLANDO BRANDES ARCEBISPO DE APARECIDA (SP) ATÉ COMPLETAR 80 ANOS

O Papa Francisco, por meio de uma comunicação divulgada nesta quarta-feira (24) pela nunciatura apostólica no Brasil, confirmou a continuidade de dom Orlando Brandes como arcebispo de Aparecida (SP) por mais três anos.

A Nunciatura Apostólica no Brasil comunica que o Santo Padre Francisco dispôs que S.E. Dom Orlando Brandes continue no Ministério Pastoral de Arcebispo de Aparecida e Metropolita da Província Eclesiástica homônima até completar 80 anos idade”, diz um trecho do comunicado.

O texto assinado pelo núncio apostólico, dom Giambattista Diquattro, ainda cita as instruções recebidas para informar aos fiéis da arquidiocese de Aparecida sobre a decisão.

Divina providência

Dom Orlando Brandes | Portal A12

Dom Orlando Brandes, de 77 anos, em entrevista exclusiva ao A12, no seminário Santo Afonso, falou sobre o sentimento de continuar à frente da arquidiocese por mais três anos.

Eu recebo mais essa missão que o Papa Francisco me confiou com gratidão e também com tremor e com muita esperança”, disse.

O arcebispo confidenciou que espera orações dos peregrinos e devotos de Nossa Senhora Aparecida e contou como foi a conversa com o Santo Padre, Papa Francisco, quando o Pontífice fez o pedido para ele continuar na Arquidiocese de Aparecida.

Eu fui muito claro com o Santo Padre ao falar das minhas limitações de idade e outras limitações, mas eu me coloco à disposição da Igreja, no caso do Papa Francisco, vendo por trás disso a Divina Providência, a vontade de Deus”, falou.

Com informações Portal A12 | Foto de capa: Thiago Leon

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

São Filipe Néri

São Filipe Néri | A12

26 de maio

São Filipe Néri

Filipe Néri nasceu em San Pier Gattolino, próximo à cidade de Florença, Itália, no ano de 1515. Sua família era rica. Ficou órfão de mãe muito cedo, e ele e sua irmã Elisabete foram educados pela madrasta. Criança, era conhecido pela alegria, lealdade, inteligência e bondade, ganhando o apelido de Pippo il Buono, “Filipe o bom”.

Estudou e trabalhou com o pai, um tabelião, e embora frequentasse normalmente a igreja, não aparentava vocação religiosa. Quando fez 18 anos, recebeu o convite de um tio para trabalhar em São Germano, na região de Monte Cassino, sul de Roma. Ali, por contato e influência dos monges beneditinos da famosa abadia de Monte Cassino, decide, ao contrário do jovem rico que não seguiu Jesus (Mt 19,16-30), abandonar as riquezas para se entregar a Deus.

Foi para Roma sem dinheiro e sem projeto algum, confiando na Divina Providência. Foi recebido por uma família, na qual ajudou a criar os dois filhos, que se tornaram sacerdotes. Estudou Filosofia e Teologia com os agostinianos, e passou a viver austeramente, alimentando-se só de pão, água e legumes, dormindo pouco e dedicando-se longamente à oração e adoração. Por fim vendeu sua biblioteca, deu os bens aos pobres e passou a viver a maior parte do tempo nas igrejas e catacumbas.

Iniciou o hábito da “Visitação das Sete Igrejas” – Giro delle Sette Chiese. Passava a maioria das suas noites nas catacumbas da cidade. No tempo livre, dedicava-se com alegria à ajuda e pregação aos pobres, órfãos, doentes e prisioneiros.

Certa noite, a caminho de levar alimentos a um desvalido, foi salvo pelo anjo da guarda de cair num profundo buraco – não o seu anjo, mas o da pessoa a quem ia ajudar: Deus quis assim mostrar quanto Lhe era agradável a esmola que ia fazer.

Em 1544, na Vigília de Pentecostes, na catacumba da Basílica de São Sebastião, pediu ao Espírito Santo os Seus dons; uma bola de fogo entrou-lhe pela boca e fez arder de tal modo o seu coração, que este se dilatou, deslocando duas costelas (fato constatado por uma autópsia) e formando uma protuberância visível no seu peito. Mas ele nunca sentiu qualquer dor.

Fundou a Irmandade da Santíssima Trindade, em particular para acolher os romeiros que visitavam a cidade, particularmente os doentes e pobres, oferecendo hospedagem e tratamento gratuitos, com o auxílio de 15 companheiros. No início de cada mês, Filipe convidava o povo para a Adoração Eucarística, e embora fosse leigo pregava admiravelmente; muitas eram as esmolas recebidas para a Irmandade, à qual ficavam honrados de pertencer cardeais, bispos, reis, princesas, generais e ministros. Seu exemplo estimulou muitas vocações religiosas; e Santo Inácio de Loyola, que o conheceu, dizia que ele parecia um sino, levando todos para dentro da Igreja, enquanto ele mesmo não entrava… Filipe achava-se indigno.

Afinal, com 36 anos, obediente ao seu confessor, foi ordenado sacerdote em 1551 e designado para a igreja de São Jerônimo da Caridade. E desejou ir para as Índias e morrer como mártir. Mas São João Evangelista apareceu-lhe para dizer que sua missão era em Roma.

Assim, fundou ali a Congregação do Oratório, chamando outros homens distintos pelo saber e piedade para participarem. A origem foi o Oratório do Divino Amor, onde reunia jovens para cantar e rezar, ele mesmo um apaixonado da poesia e música; o drama lírico com coro e orquestra foi desenvolvido. Nas reuniões dos adultos, frequentadas por todo o clero e pelos fiéis, fazia profundas reflexões a partir da Summa Teológica de São Tomás de Aquino, seus estudos universitários e experiência particular.

Seu sucesso despertou a inveja, e daí a perseguição, que culminou numa falsa acusação às autoridades eclesiásticas: Filipe foi suspenso das suas ordens sacerdotais e impedido de celebrar a Missa, ministrar a Eucaristia e pregar. Em resposta, dizia: “Como Deus é bom, que assim me humilha!”. Mas, seu principal inimigo, cardeal Virgílio Rosario, acabou por se retratar, publicamente, e se tornar seu discípulo. A suspensão foi retirada, e o Papa, São Pio V, quis torná-lo cardeal, oferta que Filipe recusou.

Sua vida sacerdotal era exemplar. Passava grande parte do dia no confessionário. Suscitou vocações, como a de César Barônio († 1607), autor de “Anais Eclesiásticos”, obra de extremo valor histórico e espiritual por compilar com exatidão fatos pretéritos da Igreja. Para não entrar em êxtase, o que era frequente, Filipe pedia companhia para rezar a Liturgia da Horas. Podia ver a santidade no rosto dos outros, como disse por exemplo para São Carlos Borromeu e Santo Inácio de Loyola.

Fez vários milagres, o principal a ressurreição do jovem e doente Paolo Massimo, em 16 de março de 1583. Atrasado para lhe ministrar os últimos sacramentos, encontrou o rapaz morto, mas ao falar o seu nome ele voltou à vida; recebendo o viático e as últimas assistências espirituais, o moço morreu.

Assim, aos poucos Roma foi se transformando, afastando-se da devassidão e paganização, e Felipe Néri ficou conhecido como “Apóstolo de Roma”.

Por seus jejuns e orações, acompanhado por Barônio, confessor do Papa Clemente VIII, conseguiu que este perdoasse pela segunda vez a heresia calvinista do rei Henrique IV, evitando assim que toda a França caísse na apostasia.

No final da vida, entrava em êxtase durante a celebração da Santa Missa, ficando seu corpo elevado até 45 cm do chão. Por isso, o Papa o consultava em decisões importantes, e também quis beijar as suas mãos.

Em 1594, idoso e doente, cria-se que em breve morreria. Mas os médicos, saindo do seu quarto, ouviram sua exclamação: “Ó minha Senhora, ó dulcíssima e bendita Virgem! Não sou digno, não sou digno de Vós, ó dulcíssima Senhora, que venhais visitar-me!”. Voltando, encontraram Filipe elevado sobre o leito: “Não vistes a Santíssima Virgem, que me livrou das dores?”.

Levantou-se, curado, e só veio a falecer no ano seguinte, no dia de Corpus Christi, após prever o horário de sua morte. Deitou-se na cama, em perfeita saúde, e disse Eu preciso morrer”. Três horas depois, faleceu serenamente, assistido pelo cardeal Barônio.

 São Filipe Néri é conhecido como o santo da alegria e da caridade, e padroeiro dos educadores e comediantes.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

São Filipe Néri foi exemplar como leigo, por saber abandonar as riquezas passageiras (ainda que legítimas) e pela imensa caridade no auxílio ao próximo, tanto na formação e assistência imateriais quanto nos auxílios materiais, e igualmente como sacerdote, pela pregação e ministério específico, particularmente no Sacramento da Confissão. Mas o que o singulariza dentre outros santos que assim também procederam é sem dúvida a sua alegria e bom humor. Seu lema, “Peccati e melancolia, fuori di casa mia”, “Pecados e melancolia, fora da casa minha”, é já uma declaração da sua confiança e abandono em Deus, ou seja, de um caminho concreto de santidade. E só a santidade pode trazer a verdadeira alegria. Nem sempre ela se manifestará em risos, é fato, mas quando além desta paz e serenidade internas que existem na comunhão (ainda que discreta) com Deus se traduz de forma mais perceptível, enorme é o seu poder de levar as almas para Deus. O verdadeiro bom humor, que tem sua origem e constância no seguir a Jesus, é apanágio dos santos, e parece ser especialmente recompensado por Deus (cf. São Jonas e São Baraquísio, em Santo do Dia - São Jonas e São Baraquísio (ou Barachiso) - Reze no Santuário Nacional (a12.com) ). Outro destaque em São Filipe Néri é que, apesar das suas grandes obras assistenciais, os seus maiores auxílios foram indiscutivelmente espirituais. Este é o sentido maior, aliás, do sacerdócio, e foi depois de abraçá-lo que a obra caritativa de Filipe tornou-se ainda maior, gigantesca. Talvez o melhor exemplo seja o caso de Paolo Massimo: receber os últimos sacramentos era de tal modo importante que Deus concedeu-lhe a ressurreição por meio do padre Filipe, para apenas em seguida levá-lo Consigo – o que talvez pudesse não ser o seu destino, sem esta ação espiritual. Devemos estar sempre atentos, clero e fiéis da Igreja, para a primazia do espiritual, pois é efetivamente desta dimensão existencial que teremos, ou não, a Vida infinita, e alegre, no Paraíso.

Oração:

Senhor Deus, que és e doais a Vida, concedei-nos por intercessão de São Filipe Néri dilatar o coração para Vós, abraçando a riqueza que é Vos servir na obediência e oração e na caridade aos irmãos, ainda que no corpo soframos as fraturas das imperfeições inerentes à nossa condição de pecadores; pois só assim chegaremos à alegria infinita de participar da Vossa Ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF